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DEPOIS DE TANTOS DESASTRES NA
TENTATIVA DE ESTABILIZAÇÃO DA
INFLAÇÃO......
FINALMENTE TIVEMOS
SUCESSO NESSA
BATALHA...
O PLANO REAL
• Reconheceu que as principais causas da inflação
brasileira estavam no desiquilíbrio do setor público
e nos mecanismos de indexação.
• Inflação possuía forte caráter inercial, caracterizada
pelos choques que levam a alteração do patamar
inflacionário e a tendência que faz com que a taxa de
inflação se perpetue em dado patamar.
• Economia estava mais exposta à concorrência
devido ao processo de abertura comercial, limitando a
capacidade dos agentes de repassarem para preços
os choques.
CONTEXTUALIZANDO...
FORMULANDO UM PLANO...
• Objetivando não incorrer nos erros dos planos
anteriores, foram tomadas algumas medidas que
caracterizariam essa transição:
• O plano não seria adotado de surpresa.
• Não recorreria a congelamentos.
• Haveria uma preocupação com a correção dos
desequilíbrios existentes na economia.
O ATAQUE AO PROCESSO
INFLACIONÁRIO EM TRÊS FASES
1.Ajuste Fiscal
2.Indexação completa da economia –
Unidade Real de Valor (URV)
3.Reforma Monetária - transformação
da URV em Reais (R$)
O AJUSTE FISCAL
• Visava equacionar os desequilíbrios orçamentários para os próximos
anos e impedir que daí decorressem pressões inflacionárias.
• Baseava-se em três elementos principais:
1. Corte de Despesas – Plano de Ação Imediata (Corte de US$ 7 bi
concentrado nas despesas de investimentos e pessoal).
2. Aumento da Arrecadação – Criação do Imposto Provisório sobre
Movimentação Financeira (IPMF, posteriormente CPMF).
3. Aprovação do Fundo Social de Emergência (FSE) que concentrava
15% de toda a arrecadação, sendo que, sob esses recursos, a União não
teria que cumprir as vinculações de despesas, assim o FSE ampliava os
recursos livres à disposição do governo.
4. Deveria ocorrer também o avanço da reforma tributária, administrativa
e previdenciária.
INDEXAÇÃO COMPLETA DA ECONOMIA-
URV
• O valor da URV manteria uma paridade fixa de um para um com
o dólar, ou seja, seu valor seria a própria taxa de câmbio.
• Instituição de um sistema bimonetário em que a URV
funcionava como unidade de conta, expressando os preços das
mercadorias, mas as transações eram liquidadas em cruzeiro real,
que mantinha a função de meio de troca.
• No momento da transação convertia-se o preço da mercadoria
expresso em URV em CR$ pela cotação do dia da URV.
• Com isso a inflação persistia na moeda em circulação (CR$) mas
não na unidade de conta, cujo valor era corrigido pela própria
inflação da moeda ruim.
REFORMA MONETÁRIA- URV EM REAIS
(R$)
• Em 1º de julho de 1994, quando praticamente todos
os preços estavam expressos em URV, o governo
introduziu a nova moeda o Real (R$).
• Valor do Real era igual ao da URV ( e por
consequente ao US$) do dia: CR$ 2.750,00.
APÓS A REFORMA MONETÁRIA
• Concentração nas chamadas âncoras monetária e
cambial.
• Âncora Monetária: constituiu no estabelecimento da
taxa de juros e da taxa de compulsório sobre os
depósitos à vista relativamente elevada, para
controlar a demanda agregada.
• Âncora Cambial: constituiu na valorização do real
associada ao regime de câmbio fixo. (Facilitando as
importações).
IMPACTOS DO PLANO REAL
• O impacto imediato foi a rápida queda da taxa de inflação.
• De um patamar de 40 % a.m. para algo em torno de 3% a.m. um
mês depois da implementação.
• Melhoria no padrão de vida dos trabalhadores de baixa renda,
que eram os maiores prejudicados com a inflação elevada.
• Avanço nos índices de produtividade da economia brasileira em
função de uma política cambial que levou a um aumento das
importações.
COMO TUDO EM ECONOMIA TEM UM
CUSTO...
• Devido a política de apreciação cambial ocorreu um entrave a nossas
exportações ao passo que houve um incentivo nas importações,
ocasionando déficits persistentes na balança comercial entre 1995 e
2000.
• Aumento da dependência de recursos financeiros externos.
• Com as sucessivas crises financeiras no México, Sudeste da Ásia e Rússia,
a vulnerabilidade externa aumentou, obrigando a uma elevação da taxa
de juros internas para defender-se dos ataques especulativos gerados
por essas crises.
• Levando o Brasil a recorrer ao Fundo Monetário Internacional em 1998.
TRIPÉ MACROECONÔMICO
• Desde 1999 a política econômica brasileira está
fundamentada no tripé macroeconômico que é composto
por:
• Metas de Inflação
• Câmbio Flutuante
• Responsabilidade Fiscal (Superávit Primário)
APÓS O PLANO REAL APENAS EM DOIS
MOMENTOS TIVEMOS DESCONTROLES QUE
OCASIONARAM DOIS DIGÍTOS DE
INFLAÇÃO...
EM 2002, EM FUNÇÃO DAS ELEIÇÕES
PRESIDENCIAIS...
• O favoritismo do candidato do partido dos trabalhadores Luís
Inácio Lula da Silva, provocou uma grande saída de recursos
financeiros do país, levando a uma forte desvalorização do real.
• Dólar passou de 1,20 para quase quatro reais.
• A consequência foi o aumento dos custos em reais para os
produtos importados, que foram repassados para preços.
• A taxa de inflação voltou a alcançar dois dígitos (26,41%).
• Essa instabilidade foi causada pelo temor de que o governo
implementasse medidas radicais propostas pelo PT, como
moratórias das dividas e reestatização de empresas que foram
privatizadas no governo anterior, fatos esses que acabaram não
ocorrendo.
A CRISE DE 2015...
REFERÊNCIAS
• ECONÔMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA/ Amaury Patrick
Gremaud, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, Rudinei Toneto Jr –
7. ed.- 14. reimpr. – São Paulo: Atlas, 2015.
• MANUAL DE ECONOMIA; Equipe de Professores da USP; 6. ed.- São
Paulo: Editora Saraiva, 2011.

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  • 1. DEPOIS DE TANTOS DESASTRES NA TENTATIVA DE ESTABILIZAÇÃO DA INFLAÇÃO......
  • 2.
  • 3.
  • 6.
  • 7. • Reconheceu que as principais causas da inflação brasileira estavam no desiquilíbrio do setor público e nos mecanismos de indexação. • Inflação possuía forte caráter inercial, caracterizada pelos choques que levam a alteração do patamar inflacionário e a tendência que faz com que a taxa de inflação se perpetue em dado patamar. • Economia estava mais exposta à concorrência devido ao processo de abertura comercial, limitando a capacidade dos agentes de repassarem para preços os choques. CONTEXTUALIZANDO...
  • 8. FORMULANDO UM PLANO... • Objetivando não incorrer nos erros dos planos anteriores, foram tomadas algumas medidas que caracterizariam essa transição: • O plano não seria adotado de surpresa. • Não recorreria a congelamentos. • Haveria uma preocupação com a correção dos desequilíbrios existentes na economia.
  • 9. O ATAQUE AO PROCESSO INFLACIONÁRIO EM TRÊS FASES 1.Ajuste Fiscal 2.Indexação completa da economia – Unidade Real de Valor (URV) 3.Reforma Monetária - transformação da URV em Reais (R$)
  • 10.
  • 11. O AJUSTE FISCAL • Visava equacionar os desequilíbrios orçamentários para os próximos anos e impedir que daí decorressem pressões inflacionárias. • Baseava-se em três elementos principais: 1. Corte de Despesas – Plano de Ação Imediata (Corte de US$ 7 bi concentrado nas despesas de investimentos e pessoal). 2. Aumento da Arrecadação – Criação do Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF, posteriormente CPMF). 3. Aprovação do Fundo Social de Emergência (FSE) que concentrava 15% de toda a arrecadação, sendo que, sob esses recursos, a União não teria que cumprir as vinculações de despesas, assim o FSE ampliava os recursos livres à disposição do governo. 4. Deveria ocorrer também o avanço da reforma tributária, administrativa e previdenciária.
  • 12. INDEXAÇÃO COMPLETA DA ECONOMIA- URV • O valor da URV manteria uma paridade fixa de um para um com o dólar, ou seja, seu valor seria a própria taxa de câmbio. • Instituição de um sistema bimonetário em que a URV funcionava como unidade de conta, expressando os preços das mercadorias, mas as transações eram liquidadas em cruzeiro real, que mantinha a função de meio de troca. • No momento da transação convertia-se o preço da mercadoria expresso em URV em CR$ pela cotação do dia da URV. • Com isso a inflação persistia na moeda em circulação (CR$) mas não na unidade de conta, cujo valor era corrigido pela própria inflação da moeda ruim.
  • 13. REFORMA MONETÁRIA- URV EM REAIS (R$) • Em 1º de julho de 1994, quando praticamente todos os preços estavam expressos em URV, o governo introduziu a nova moeda o Real (R$). • Valor do Real era igual ao da URV ( e por consequente ao US$) do dia: CR$ 2.750,00.
  • 14.
  • 15. APÓS A REFORMA MONETÁRIA • Concentração nas chamadas âncoras monetária e cambial. • Âncora Monetária: constituiu no estabelecimento da taxa de juros e da taxa de compulsório sobre os depósitos à vista relativamente elevada, para controlar a demanda agregada. • Âncora Cambial: constituiu na valorização do real associada ao regime de câmbio fixo. (Facilitando as importações).
  • 16. IMPACTOS DO PLANO REAL • O impacto imediato foi a rápida queda da taxa de inflação. • De um patamar de 40 % a.m. para algo em torno de 3% a.m. um mês depois da implementação. • Melhoria no padrão de vida dos trabalhadores de baixa renda, que eram os maiores prejudicados com a inflação elevada. • Avanço nos índices de produtividade da economia brasileira em função de uma política cambial que levou a um aumento das importações.
  • 17.
  • 18. COMO TUDO EM ECONOMIA TEM UM CUSTO... • Devido a política de apreciação cambial ocorreu um entrave a nossas exportações ao passo que houve um incentivo nas importações, ocasionando déficits persistentes na balança comercial entre 1995 e 2000. • Aumento da dependência de recursos financeiros externos. • Com as sucessivas crises financeiras no México, Sudeste da Ásia e Rússia, a vulnerabilidade externa aumentou, obrigando a uma elevação da taxa de juros internas para defender-se dos ataques especulativos gerados por essas crises. • Levando o Brasil a recorrer ao Fundo Monetário Internacional em 1998.
  • 19. TRIPÉ MACROECONÔMICO • Desde 1999 a política econômica brasileira está fundamentada no tripé macroeconômico que é composto por: • Metas de Inflação • Câmbio Flutuante • Responsabilidade Fiscal (Superávit Primário)
  • 20. APÓS O PLANO REAL APENAS EM DOIS MOMENTOS TIVEMOS DESCONTROLES QUE OCASIONARAM DOIS DIGÍTOS DE INFLAÇÃO...
  • 21. EM 2002, EM FUNÇÃO DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS... • O favoritismo do candidato do partido dos trabalhadores Luís Inácio Lula da Silva, provocou uma grande saída de recursos financeiros do país, levando a uma forte desvalorização do real. • Dólar passou de 1,20 para quase quatro reais. • A consequência foi o aumento dos custos em reais para os produtos importados, que foram repassados para preços. • A taxa de inflação voltou a alcançar dois dígitos (26,41%). • Essa instabilidade foi causada pelo temor de que o governo implementasse medidas radicais propostas pelo PT, como moratórias das dividas e reestatização de empresas que foram privatizadas no governo anterior, fatos esses que acabaram não ocorrendo.
  • 22. A CRISE DE 2015...
  • 23. REFERÊNCIAS • ECONÔMIA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA/ Amaury Patrick Gremaud, Marco Antonio Sandoval de Vasconcellos, Rudinei Toneto Jr – 7. ed.- 14. reimpr. – São Paulo: Atlas, 2015. • MANUAL DE ECONOMIA; Equipe de Professores da USP; 6. ed.- São Paulo: Editora Saraiva, 2011.