O documento descreve como Jesus ensinou em sua cidade natal de Nazaré, mas os vizinhos não acreditavam nele e ficaram admirados de forma negativa. Apesar da falta de fé deles, Jesus continuou ensinando e curando, nadando contra a maré da incredulidade.
1. 27ª LIÇÃO – NADANDO CONTRA A MARÉ (parte 1)
Mc 6.1-6
INTRODUÇÃO: No estudo anterior vimos que JC foi tocado de um modo muito
especial por uma mulher que padecia há muito tempo. Este toque audacioso
acompanhado de muita fé no salvador da humanidade foi o suficiente para levar a cura
àquela que estava sem esperança.
Na presente seção, vemos exatamente o oposto da lição anterior: se JC havia
sido tocado com muita fé pela mulher do fluxo de sangue, este mesmo componente (a
fé) faltava em seus vizinhos. Será que isso foi suficiente para inviabilizar o ministério
terreno do Mestre?
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 1 – Este versículo nos mostra que JC estava em Nazaré, local onde
fora criado e morava (Lc 2.39).
Vemos, também, que seus discípulos o seguiam; não pode ser diferente
na atualidade.
b) V. 2 e 3 – JC era um oportunista: no sábado, quando os judeus se
reuniam na sinagoga, o Mestre mostra toda sua perfeita sabedoria.
Vemos que muitos o ouviam e que estes se maravilhavam;
infelizmente vamos ver que a “admiração” foi recíproca (v. 6a),
no entanto de modo negativo.
As pessoas não compreendiam como Ele, sendo de origem pobre,
conhecido por sua profissão (o que denota que JC era
trabalhador!), provavelmente tendo seu crescimento físico
acompanhado por muitos dos que ali O observavam poderia
ensinar com tanta propriedade.
A verdade é que os vizinhos de JC não o viam como o filho de
Deus, o salvador anunciado pelos profetas do AT (p.e. Is 53),
embora anteriormente já obtivessem uma demonstração visível de
que Ele era usado pelo Espírito Santo (Mc 1.10; Lc 2.40-47).
2. Os familiares de JC são mencionados no v.3; embora nesta época
ainda não cressem em JC como o salvador da humanidade (Jo
7.5), antes O viam apenas como mais um irmão chato (tenho
como base minha experiência familiar), tendo se convertido após
a ressurreição de JC (At 1.14), os irmãos Tiago e Judas foram
inspirados pelo Espírito Santo para exortar a igreja de JC (Tg 1.1
e Jd 1).
Isso nos mostra que nada está perdido aos olhos do Senhor:
embora seu parente próximo ainda não creia em JC, pode ser que
mais tarde o fará, ainda que você não o veja. Se com o Mestre foi
assim, considere-se no lucro, meu irmão!
c) V. 4 e 5 – Aqui JC usa um dito popular para justificar a rejeição dos
seus vizinhos (vide Jo 4.44).
Será essa a situação da igreja hoje? Será que JC não tem feito muitas
maravilhas, apenas algumas poucas curas (v.4), por não ser honrado no
meio dos seus? Por não acreditarmos que o mesmo JC narrado nos
evangelhos é o que continua atuando hoje?
Devemos lembrar que a igreja de JC somos eu e você e que qualquer
avivamento depende de uma atitude pessoal que deve ser tomada ainda
hoje.
A grande oposição dos fariseus e saduceus ao ministério de JC era
porque JC não se enquadrava no conceito religioso deles.
Será que não é essa a nossa situação quando olhamos incredulamente
para um milagre ocorrido no nosso meio?
A fé é um componente indispensável na vida daquele que se entende
como cristão (Hc 2.4; Hb 11.6)
d) V. 6a – JC ficou consternado com a falta de fé dos seus vizinhos.
Como será que Ele se sente quando olha para a PIBA? Ele fica
admirado? Positiva ou negativamente?
3. Se o olhar de JC demonstrar indiferença, corremos o sério risco
de sermos “vomitados” (Ap 3.16).
e) V. 6b – Nem a incredulidade foi suficiente para desanimar JC.
Mesmo nadando contra a maré, o Mestre prosseguiu ensinando e
curando (v.5).
Assim vemos que mesmo diante de uma multidão incrédula,
sempre haverá um terreno propício para a semente do evangelho;
ao semeador cabe lançar a semente.
Quando JC olha para um aglomerado de pessoas, diferente de
nós, ele não vê uma multidão, antes vê a cada um
particularmente.
Isso nos ensina que mesmo que estejamos nadando contra a forte
maré, devemos prosseguir em nadar e não desanimar, pois o
evangelho precisa ser pregado (Rm 10.14).
Outras fortes marés por vezes se apresentam: corrupção, busca
desenfreada pelo prazer, etc.
Nenhuma delas, no entanto, deve mudar o seu foco: você é um
discípulo, deve seguir o seu Mestre e Ele não desanimou diante
das fortes marés.
CONCLUSÃO: A fé é indispensável no seu relacionamento com Deus; a mesma fé que
você demonstrou no dia da sua conversão deve ser exercitada hoje.
Em que pese a contrariedade, o evangelho precisa ser pregado. Devemos
trabalhar e fazer a mesma oração que o autor sacro “que não seja preciso que se levante
outra geração que vá avante...”
Existe alguém no grupo desanimado na caminhada com JC? Qual a “maré” que
proporcionou tal desânimo?
4. À guisa de conclusão, ressalte que nem mesmo a falta do principal ingrediente
humano (a fé) foi suficiente para desanimar o nosso mestre.