1. 18ª LIÇÃO – A FAMÍLIA DE JESUS
Mc 3.31-35
INTRODUÇÃO: No estudo anterior vimos que o pecado imperdoável é a blasfêmia
contra o Espírito Santo; sendo este o consolador enviado pelo Pai que convence o
pecador de suas práticas repugnantes, do juízo e da necessária justiça, glorifica ao Filho
de Deus. Sua negativa, pois, representa a completa negação do plano redentor. Hoje
veremos quem, de fato, é a família de JC e como ela tem sido tratada.
DESENVOLVIMENTO:
a) V. 31 – JC está em sua própria casa (Mc 3.20). Tendo sua mãe e irmão
chegado não conseguiram nem mesmo entrar, tamanha era a multidão
que enchia a casa.
Jesus era tão humano que possuía irmãos. O ensinamento de que estes
eram irmãos unilateral de Jesus, pois seriam filhos apenas de José ou,
ainda, que seriam primos de Jesus, não encontra amparo bíblico.
Tal pensamento deriva do ensinamento da igreja romana (Católica) de
que Maria seria eternamente virgem.
A Bíblia não dá amparo a tal afirmação; pelo contrário, em mais de
uma oportunidade é afirmado que Jesus possuía irmãos (Mt 12.46, Lc
8.19, Jo 7.5 e At 1.14) e em Mc 6.3 se menciona o nome destes.
b) V. 32-33 – a afirmação “Quem é minha mãe” é bastante interessante.
Com isso vemos claramente que JC nunca quis entronizar sua mãe.
No Reino dos Céus ela era como qualquer outra pessoa que ama e
prática a vontade de Deus.
Outra passagem interessante neste sentido é no milagre da
multiplicação do vinho no casamento ocorrido em Cana da Galileia (Jo
2.3-5) em que Maria, mãe de JC, chama Ele para fazer um milagre.
Sendo ela uma santa não poderia fazer o milagre?
Interessante, também, que em Jo 2.5 ela diz para fazerem tudo o que
ele (JC) pedir.
A pergunta de JC ao povo era retórica, ou seja, Ele já sabia a resposta.
O que Ele desejava era ver se eles tinham aprendido que o Reino dos
Céus não é terreno e sim espiritual.
Tal pergunta não pode ser encarada como uma completa negação da
família carnal. Pelo contrário, o Ap. Paulo chega a dizer que quem não
cuida de sua família “é pior do que o descrente” (1 Tm 5.8)
c) V. 34-35 – são familiares de JC aqueles que o obedecem, que estão,
pela fé, unidos com ele (Gl 2.20).
aqui fica claro que o Reino dos Céus é espiritual cuja “adoção” se dá
pela fé (Ef 2.8).
2. . O Ap. Paulo compreendeu bem esta colocação e afirmou que somos
filhos de Deus (Rm 8.14), devemos clamar “Aba, Pai” (Rm 8.15) e,
ainda, somos “co-herdeiros com Cristo” (Rm 8.17).
Tal constatação observa-se também no evangelho escrito pelo Ap. João
(Jo 1.12)
O Ap. Paulo diz, ainda, que nós, a igreja de JC, somos seu Corpo e, em
união, devemos cumprir sua missão (Mt 28.19).
Temos dado continuidade a missão de JC aqui na terra?
Na legislação mosaica o cuidado das viúvas, dos órfãos e dos idosos
era dever dos parentes. O mandamento descrito em Êx 20.12 tinha por
finalidade precípua o amparo dos filhos aos pais na terceira idade, eis
que não existiam sistemas de previdência.
Em Mt 25.44 e 45 vemos que o amparo ao semelhante é comparado
por JC ao auxílio prestado a Ele próprio. Temos prestado auxílio
àquele que precisa? A ação social tem sido uma constante na sua vida?
Sua fé fica na mera declaração ou é externada por ações (Tg 2.14,26)?
Existe uma exata correspondência entre JC e sua igreja (At 9.5); existe
alguém na sua igreja local que passa por necessidade material? Você
encara isso como sua responsabilidade ou você não tem nada a ver com
o que acontece com os domésticos na fé (Gl 6.10)?
CONCLUSÃO: Nós somos a família de JC. Somos irmãos uns dos outros e de JC. Em
louvor a Deus, devemos cuidar do próximo como se estivéssemos cuidado de JC (Cl
3.23).
Discuta com seu grupo formas de aprimorar a ação social desenvolvida pela igreja local.
3. CURIOSIDADE: Belzebu, ou Baal-Zebube (em hebraico, senhor das moscas) era o deus de Ecrom, uma
das cinco principais cidades dos Filisteus e a mais próxima de Israel, o qual o rei Acazias iria consultar se
não fosse impedido pelo profeta Elias (2Rs 1.1-6,16). Ao tempo do Novo Testamento era conhecido
como o chefe dos demônios