O documento fornece informações sobre o exame de fundo de olho, descrevendo a técnica de oftalmoscopia direta e as estruturas da retina que podem ser observadas durante o exame, como o disco óptico, vasos sanguíneos, mácula e alterações normais e patológicas.
1. Fundo de Olho - I
Treinamento – turma 41
Paulo César R P Corrêa, M.D., MPH
2. Oftalmoscopia direta
Também chamada de exame de fundo de
olho ou fundoscopia.
É feito de rotina durante o exame
oftalmológico e pode ser realizado por
qualquer médico desde que tenha um
oftalmoscópio e ambiente na penumbra.
O foco na retina é ajustado conforme o grau
do paciente e do examinador. Nos mostra
uma imagem direta monocular, ampliada 14
a 15 vezes e com campo pequeno.
5. Retina
Membrana mais interna do globo
ocular; delicada; fina e transparente
que recobre os 2/3 posteriores
internos do globo ocular. Se origina de
uma invaginação do ectoderma neural.
Espessura de 0,1 mm na periferia
(=ora serrata);0,23 mm no polo
posterior e 0,4-0,5 mm na periferia da
fóvea.
6. Nutrição da retina
1/3 externo pela coriocapilar e os 2/3
internos pela artéria central da retina e
seus ramos.
7. Regiões da retina
Região central é formada pelo:
- Disco óptico
- Mácula
Região periférica é formada pela:
- Ora serrata
- Retina periférica
8. Disco óptico- (=papila; cabeça do n.
óptico) é o final de todas as camadas
da retina, exceto a camada de células
nervosas.
Mácula- mede cerca de 1,5 mm de
diâmetro, em seu centro tem a fóvea
com 0,4 mm. É a região de melhor
acuidade visual.
9. Ora serrata- é o final anterior da
retina neurossensorial situada a cerca
de 8 mm do limbo esclero-corneano
(junção fóvea-escleral). É uma
estrutura denteada contínua ao epitélio
pigmentar da retina. É a parte mais
frágil da retina.
Retina periférica- são todas as
outras regiões da retina também
chamada de retina extracentral.
11. Sistematização do Exame
Disco Óptico (papila)
Vasos sanguíneos (artérias e
veias)
Retina (tapete posterior)
Mácula (com a fóvea)
Coróide
12. Disco Óptico (ou Cabeça de
N.O. )
É a emergência do nervo óptico
Avaliar
Forma
Cor
Bordas
Escavação
Pedir ao paciente –quando examinando o olho D – olhar na direção da orelha direita do
médico; quando a pupila aparece vermelha nós chegamos mais perto do paciente e
olhamos pela pupila como se fosse um buraco de fechadura
13. Arno Nover. O Fundo de Olho, 5ª edição revisada. Figura 6. Página 11. Ed Manole,1992
14. Coloração
Disco óptico
Mácula
Vasos
Disco óptico tem forma de disco oval e sua cor é mais clara em relação às áreas
vizinhas. Notar a cor amarelada da papila.
Arteríolas = vermelho-brilhantes e finas
Veias = vermelho-escuras e largas
15. Alterações normais da papila
Crescente escleral
Crescente pigmentar
Fibras de mielina
Escavação fisiológica
F 31. FO normal mulher
coreana
Pigmentação marcada
mácula
F 34. Margem temp
Cabeça NO
Crescente escleral
16. Alterações normais da papila
Crescente escleral
Fibras de mielina
Crescente escleral Fibras de mielina
17. Alterações patológicas da
papila
Papiledema
- Atrofia de papila
Bordos da papila não nítidos são chamados
de papiledema ou edema de papila
Todo olho que tiver uma atrofia de papila tem sua circulação diminuída, então as veias
vão estar mais finas do que o normal e as artérias também. Papila está branca.
( = aumento da pressão
intracraniana)
18. Observar os bordos da papila
Cabeça N.O. aspecto sobreelevado
(pseudopapiledema), com limites
borrados e difusos, hiperemia,
obliteração da excavação fisiológica,
hemorragias papilares e peripapilares
– em chama em alguns casos.
Neurite
Escavação patológica
19. Embolia da artéria
central da retina
A mancha vermelha no meio da
foto é uma “mancha em cereja
vermelha” clássica
O branqueamento da retina é
causada por inchaço das células
ganglionares da retina interna.
Desde que não há células
ganglionares no centro da retina
esta área não fica branca.
20. Trombose da veia
central da retina
Disco de cor vermelha ou amarelada
Margens borradas, ligeiramente salientes, circundadas por hemorragias
Hemorragias em chama de vela (ou em pincel)
Exudatos algodonosos = microinfartos isquêmicos da retina (manchas
brancas)
Notas do Editor
Monocular = não estereoscópica
Dedo indicador no disco de rotação (o qual permite ao médico colocar uma lente na frente do oftalmoscópio de sisso for necessário)
retina neurossensorial = células fotorreceptoras
Movimentação nasal permite obter disco óptico no centro do campo
Esses espaços brancos que se chama crescente escleral, isso aqui é uma zona de esclera nua é branca, pq isso aconteceu? Pq o epitélio pigmentar da retina e o resto das camadas da retina mal chegaram até a margem do nervo óptico, então a esclera ficou nua sem cobrimento de retina sendo chamado então de crescente escleral.
http://areaprofesional.blogspot.com.br/2011/08/papila-sana-vs-papila-patologica.html persistencia fibras mielina
oligodendrócitos ectópicos na etapa embrionária atravessaram a lamina cribosa são responsáveis pela existência de fibras intraretinianas com recobrimento mielinico. El aspecto oftalmoscópico muestra placas blancas nacaradas a nivel peripapilar y con bastante menos frecuencia a distancia del nervio óptico. No producen alteraciones visuales y sí en ocasiones algún defecto campimétrico arciforme.
Neuritis óptica (papilitis) (fig.7) : no estudiaremos las neuritis retrobulbares en las que la cabeza del nervio óptico permanece intacta. El aspecto oftalmoscópico de una papilitis es congestivo, se caracteriza por un edema o inflamación papilar que confiere a la cabeza del nervio óptico un aspecto sobreelevado (pseudopapiledema), con los límites borrosos y difusos, hiperemia, obliteración de la excavación fisiológica, hemorragias papilares y peripapilares en llama en algunos casos. Suelen ser unilaterales y de etiología muy variada ; víricas y postvíricas, tóxicas, hereditarias, por esclerosis múltiple, inflamaciones locales contiguas de órbita o senos, inflamaciones intraoculares, idiopáticas o de causas desconocidas. Cursan con una pérdida brusca de visión, con dolores periorbitarios al mover los ojos, alteración de los colores y de la sensibilidad al contraste, y defecto pupilar aferente relativo (DPAR = Marcus-Gunn) del ojo afecto. Los defectos campimétricos suelen ser centrales o paracentrales, sin escotomas periféricos. El pronóstico visual es bueno en la mayoría de los casos.
También vamos a incluir en este apartado la neuritis óptica isquémica anterior (NOIA) (fig.8) no arterítica y la neuritis óptica isquémica anterior arterítica. Ambas tienen un aspecto oftalmoscópico muy similar al descrito más arriba en la papilitis. Las neuropatías ópticas isquémicas anteriores (NOIA) son vasculopatías oclusivas de las arterias ciliares posteriores que producen un infarto sectorial o general de la papila. Las no artériticas son más frecuentes y se dan en pacientes entre 45 y 65 años. Cursan con pérdida de AV brusca, no hay dolor en el movimiento ocular, hay DPAR, suele haber bilateralidad no simultánea, defectos campimétricos altitudinales y mal pronóstico visual, puesto que las zonas donde no ha habido perfusión sanguínea durante tanto tiempo se atrofian. La arterítica se da en pacientes más mayores, los enfermos refieren cefaleas, amaurosis fugax, diplopia transitoria, claudicación mandibular, mialgias, pérdida de AV severa, no hay dolor, hay DPAR, defectos altitudinales campimétricos, son bilaterales en un 75 % de los casos y con mal pronóstico visual.