Face à gravidade da situação em que se encontram duas grandes empresas do distrito, UNICER (Santarém) e TEGAEL (Coruche) o Secretariado da Federação Distrital do Partido Socialista manifesta a sua preocupação e total solidariedade para com os quase 550 trabalhadores que vêm a manutenção do seu posto de trabalho em risco e, consequentemente, a salvaguarda do bem-estar das suas famílias.
1. FEDERAÇÃO DISTRITAL DE SANTARÉM
COMUNICADO
Face à gravidade da situação em que se encontram duas grandes empresas do distrito, UNICER
(Santarém) e TEGAEL (Coruche) o Secretariado da Federação Distrital do Partido Socialista
manifesta a sua preocupação e total solidariedade para com os quase 550 trabalhadores que vêm
a manutenção do seu posto de trabalho em risco e, consequentemente, a salvaguarda do bem-
estar das suas famílias.
Em Santarém, a UNICER anunciou o encerramento da unidade de produção de cerveja, até Março
de 2013. A reestruturação desta empresa, reputada e sem qualquer dificuldade financeira que se
conheça, irá lançar cerca de 133 trabalhadores no desemprego com a contrapartida da possível
integração de alguns deles na unidade fabril de Leça do Balio para onde a gestão da empresa
deslocalizou a produção.
No dia seguinte foi a vez da Administração da TEGAEL anunciar a cessação da sua atividade, após
as tentativas de obter os meios de financiamento necessários para uma reestruturação, terem
sido goradas pela falta aprovação, por parte da Caixa Geral de Depósitos. Esta empresa tem-se
afirmado no plano internacional, com contratos na Irlanda, Escócia, Marrocos e Angola, para
além de ser o maior empregador do concelho de Coruche.
De realçar que nenhuma destas empresas irá encerrar atividade por falta de viabilidade o que
torna a situação ainda mais imoral e obscena.
Temos um documento assinado, que muito nos condiciona, mas que não nos pode impedir de
combater os erros, as injustiças e o fundamentalismo neo-liberal. É urgente que o Governo
assuma o seu papel de disciplinador nos meios financeiros, de forma a alavancar a economia e a
combater o desemprego.
Uma política recessiva, com o objectivo único de reduzir o déficit, o mais rápido possível e sem
olhar a meios só promove a destruição de emprego e o disparar do número de desempregados
sobre os quais as severas medidas de austeridade serão ainda mais insidiosas.
É necessário clarificar estas situações e exigir responsabilidades ao Governo, mais
concretamente ao Ministério da Economia. Urge saber que medidas estão a ser tomadas contra o
encerramento e que mecanismos de apoio à reestruturação de empresas, com viabilidade, estão
a ser criadas por forma a manter os postos de trabalho.
Janeiro de 2012
O Secretariado da Federação Distrital de Santarém do Partido Socialista