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SÃO BRÁS DE ALPORTEL E AS PANDEMIAS,
NO TEMPO DE ESTANCO LOURO E NA ATUALIDADE
Biblioteca Municipal, segunda-feira, 8 de novembro de 2021
Conferência de José Manuel Antonino Belchior
SÃO BRÁS DE ALPORTEL E AS PANDEMIAS, NO TEMPO DE
ESTANCO LOURO E NA ATUALIDADE
O HOMEM E O GATO NA LUA
Imagem polémica!
Que faz o homem e o gato na Lua?
Percebemos que o Homem foi lá, e lá há de
um dia viver …
… como vive na restrita comunidade do continente
gelado da Antártida.
A equipa de cientistas celebra aqui o adeus ao sol durante 4 meses, em condições inóspitas.
A 16ª equipa da Estação de Investigação Concórdia,
na Antártida.
A pensar em futuras missões espaciais a missão
investiga efeitos do isolamento.
E um dia, que virá, estará a colonizar o planeta Marte...
Temos aqui o Monte Sharp em Marte.
Bem, o gato, essa é outra história que remete para teoria da conspiração:
A Terra é plana e a NASA nos
engana;
o homem não pisou a Lua;
Jesus foi casado e teve filhos...;
O que há de verdade em tudo isto?
Os céticos não acreditam que o Homem tivesse ido à Lua,
dizem: foi tudo uma invenção, forjada na rivalidade entre as
superpotências, Estados Unidos da América e União Soviética,
na corrida espacial, 1955 – 1975,
e então aí temos a resposta dada pelos opositores: a cena foi
montada algures, no planeta Terra, num cenário tão doméstico,
tão caseiro, que, até um gato, resolveu passear por lá, pela Lua,
numa imaginativa montagem fotográfica.
A competição efetivamente começou com o lançamento do
satélite artificial soviético Sputnik 1, em 4 de outubro de 1957,
e foi concluída com o projeto cooperativo Apollo-Soyuz, entre
os Estados Unidos e a União Soviética, em julho de 1975.
Sptutnik, que significa, em russo satélite ou amigo viajante, é o nome dado à vacina produzida pela
Rússia contra o Covid.
Voltamos à Terra, à nossa terra.
Dr. Manuel Francisco do Estanco Louro,
Alportel, São Brás de Alportel, 6 de Setembro de 1890 – Lisboa,
21 de setembro de 1953.
Advogado, professor e investigador.
Um dos nossos ilustres. São-brasense, patrono da nossa
Biblioteca.
Notabilizou-se no campo das letras. Produziu uma obra
volumosa, com diversos estudos nas áreas da linguística –
gramática, dialetologia e toponímia, da etnografia algarvia, dos
estudos camoneanos e ensaios diversos de literatura
portuguesa.
Do lado nascente da escola do Alportel encontra-se um
monumento dedicado a Estanco Louro.
A encimar a coluna de pedra lá está O Livro de Alportel, da sua
autoria. Iniciou o trabalho em 1912 – 1913, tinha 22 anos de idade.
Terminou-o em 1925 e foi publicado em 1929.
O monumento foi erigido na 2.ª metade da década de 1950.
A grande obra de referência do Dr. Estanco Louro
Aspetos da obra-prima de Estanco
Louro.
Primeiras edições.
Edição de 1986
Edição de 1996
Estanco Louro,
de olhar penetrante no seu universo de ação.
Este grande homem, e entendem porque foi grande este são-
brasense, que se divertia, e assimilava, na cadeira do barbeiro
Antonino Calapez da Cruz, no Salão Chic, da Rua Gago
Coutinho. Sabemos quanto este nosso ilustre letrado apreciava
estes momentos de tosquia.
Imaginamos Antonino Calapez, barbeiro evoluído, a ouvir do
letrado, Dr. Estanco Louro, sobre a peste Antonina ou de
Galeno, iniciada no ano 165, que atingiu Roma em 166 e que
perdurou até 180, afetando todo o mundo Romano, e em volta
do seu enorme território governado pelo Imperador Marco
Aurélio. O barbeiro Antonino transmitia-lhe, com certeza, o
conhecimento herdado dos seus congéneres barbeiros...
O nome da peste, pandemia ou praga, nomes por que estes
fenómenos têm sido conhecidos, deriva da família dos
Antoninos que governava o Império Romano desse tempo, do
qual a nossa terra fazia parte.
Antonino Calapez da Cruz
“Antonino barbeiro”, como era conhecido, aqui numa pose que
faz lembrar a de um tribuno romano em momento de ócio.
O recorte é de uma fotografia de grupo, o do elenco da revista
Armando aos Pássaros, de Boaventura Passos, representada em
1928, em benefício da corporação dos bombeiros e do hospital
a construir em São Brás.
O LIVRO DE ALPORTEL, Cap. VI, A higiene
e a Nosologia, secção I, A Higiene, E – A
Medicina. Página 395.
Imaginamos o quanto Estanco Louro
calcorreou pelo Concelho, por livros e
registos, pelas vozes de gente culta e
humilde, e nos dá uma resenha da
medicina aqui praticada ao longo dos
tempos, até ao seu tempo.
Dr. Victorino João Rodrigues Passos Pinto (1870 – 1937)
Em resumo nosso, diz o nosso patrono:
... só no ano de 1900 a Câmara de Faro nomeou
o Senhor Dr. Passos Pinto como médico
municipal residente.
Foi o primeiro médico na nossa Aldeia em 1895.
Em 1925, havia 2 médicos com residência
permanente. O segundo era sub-delegado de
saúde.
Edifício das Repartições Públicas. Postal da coleção
José Ferreira, editado a 3 cores, da década de 1930.
O Dr. Vitorino iniciou a seu exercício profissional na
Residência Paroquial onde co-habitava com o
irmão, o prior João Rodrigues de Passos Pinto,
nesta rua com o seu nome.
Aí foram instaladas, em 1914, as Repartições
Públicas, onde é hoje todo o edifício, diria todo o
quarteirão, ocupado pela Câmara Municipal.
João Rodrigues de Passos Pinto (1858-1936)
Prior de São Brás de Alportel
(1902-1917)
Em 1914 o prior foi intimado a desocupar o
edifício. A Residência Paroquial passava a
albergar a Junta de Paróquia e o Registo
Civil a cumprir a Lei da Separação Igreja-
Estado, com os bens da Igreja a passar por
força da lei para o Estado.
“Panito Mole” – José Francisco Ramos
Do livro São Brás de Alportel, Memórias, volume II,
Terras de Alportel de Afonso da Cunha Duarte.
O Dr. Passos Pinto teve neste edifício o seu
primeiro consultório, onde realizou o feito notável
para a medicina algarvia - a primeira
apendicectomia feita no Algarve, em 1908, na
pessoa de José Francisco Ramos, conhecido por
Panito Mole. O consultório foi adaptado a bloco
operatório de emergência.
Da equipa cirúrgica também fizeram parte, vindos
de Loulé o Dr. José Bento Marim e o Dr. Belchior
Fructuoso da Silva. O Dr. Alexandrino Rodrigues de
Passos, dentista, estabelecido na nossa Aldeia, foi
chamado a ajudar.
À época não havia na nossa Província hospital com
bloco operatório. Os doentes cirúrgicos eram
enviados para Lisboa.
Neste caso o doente não resistiria.
José Rodrigues de Passos Pinto, 1915
Um outro irmão dos citados, de nome José, era
cangalheiro, e completava uma curiosa tríade de
são-brasenses de por em marcha um funeral...
Até 1900, os “médicos” da freguesia eram simplesmente barbeiros que tratavam das doenças mais graves, com
“cirurgia” elementar e remédios.
Para as doenças leves serviam as mezinhas caseiras, e o auxílio dos benzedeiros, e feiticeiros que tratavam das
doenças morais.
Em destaque o edifício da família Machada. A
farmácia, com os mesmo nome, foi aberta em
1892, ano em que foi demolida a primitiva ermida
de S. Sebastião.
Em primeiro plano, vê-se uma parte do pequeno
quarteirão, mais tarde demolido, onde existia a
casa do prior velho, doente ou aposentado, em
1929.
A travessa do Mascarenhas, viria a ter o nome de
Luís de Camões e, entroncava com a Rua Gago
Coutinho vinda do Largo da Praça.
Rua Dr. José Dias Sancho com o edifício de José de
Matos Casaca, da sua farmácia, mais tarde a farmácia
do Montepio.
No Largo de São Sebastião podemos ver a localização
da farmácia de Agostinho Féria, mais tarde farmácia
Pereira, e primeira localização da farmácia S. Brás.
Pela planta desenhada por José Félix Pontes, em 1912, sabe-se que a primitiva localização da farmácia Mora Féria ficava
no gaveto oposto ao edifício da atual Câmara Municipal, portanto no entroncamento do Terreiro com a Rua de São
Sebastião, agora Rua Gago Coutinho, e tinha uma funerária ao lado, frente à entrada da ainda Residência Paroquial.
Almanach de S. Braz d`Alportel para 1894.
Citando o Almanach de S. Braz d` Alportel de 1894 sabe-se
que o Dr. Silvestre Falcão, colocado em Loulé, deslocava-se
2 vezes por semana a São Brás de Alportel, às segundas-
feiras à Farmácia Matos Casaca e, às sextas-feiras, à
Farmácia Machada, onde dava consultas com caráter
transitório e ocasional.
A Serra no concelho de São Brás de Alportel, na Cabeça do Velho
No tempo do Dr. Estanco Louro os médicos enfrentavam obstáculos.
Além da dificuldade de comunicação com os sítios remotos da freguesia, os barbeiros eram os seus rivais. O povo
continuava, em parte, a preferir a medicina milenar, e tradicional, dos curandeiros, endireitas, benzedeiros, feiticeiros e
espíritos, num cortejo reacionário contra os remédios farmacêuticos.
Além dos ensalmos ou benzeduras, à época em que viveu, e pesquizou, curava-se a constipação tomando, de manhã e
à noite, uma boa colherada de azeite; untava-se o peito com sebo de Holanda, e ao deitar, tomava-se café muito
quente com aguardente!
Havia remédios caseiros para tudo... uns materiais e outros espirituais, melhor dizendo – com “orações”, rezas
transmitidas pelos ascentrais através dos tempos.
Para cada mal havia uma benzedura apropriada:
para curar o entorse;
para desenlear uma coisa qualquer;
para tirar o olhado;
para o aparecimento de uma coisa perdida,
para tirar o sapo da língua, etc, etc,
Esta medicina, que poderemos chamar humana, de há cem anos, estendia-se à assistência veterinária e vegetal.
Igreja de São Romão
Bilhete-postal da coleção São Brás de Alportel, Olhares,
editada pelo nosso Município, com fotografia de André
Nunes.
Citamos do nosso livro um exemplo de medicina
veterinária local contra a raiva:
Leva-se o animal à capela de São Romão, de onde se tira o azeite que está na lâmpada (lamparina), azeite que se
mistura com a cinza do madeiro do Natal (desde que este ardesse até aos Reis, sem se apagar com água). Dá-se depois
com o animal 9 voltas à roda da ermida, e, após isto, leva-se o animal para dentro da igreja, à presença de São Romão.
Se o animal entrar, esfrega-se com a mistura supra citada e está curado; se não entrar, não há mais remédio, se não
dar-lhe um tiro.
Banhos na Água Santa, em Quarteira, na foto de José Félix Pontes, do início da década de 1920.
Sobre a higiene do corpo, hoje tida em atual conta como
indispensável para o manter saudável, Estanco Louro
conta-nos que os adultos muito raramente tomavam
banho - um ou outro quando ia à pesca e de verão nos
tanques, especialmente na noite de São João, os
solteiros, porque era um banho que dava virtude
Acrescentava que, a gente muito rude, de trabalho mais
violento, em regra só se lavava aos domingos, muitas
vezes uma lavagem rápida da cara; os pés eram lavados
por acaso; os dentes nunca ou quase nunca...
Voltemos mais atrás no tempo, quando a Vila
ainda não existia e no Alportel já morava gente!
A primitiva ermida de São Brás, do século XV,
figura em documento oficial em 1518. Foi
construída em pleno mato do Barrocal que viria a
originar o lugar, a aldeia e mais tarde a vila de São
Brás de Alportel.
Tempos mais supersticiosos. Como sói dizer-se:
Ao olhar para as nuvens vemos nelas as figuras que
a nossa imaginação dita.
Nostradamus - França 1503 – 1566.
Michel de Nostredame,
Nome latinizado para Nostradamus.
Astrólogo, médico e vidente francês de renome, mais conhecido por seu livro Les Prophéties, uma coleção de 942
quadras poéticas supostamente prevendo eventos futuros. Wikipédia.
Ao tempo em que foi escrito poderia parecer inteligível ou poderia ser interpretado de maneira diferente, se é que
está bem reproduzido e não se trata de puro e atual oportunismo, a alimentar as contradições, inserido no
contexto dos dias da pandemia que estamos a viver.
As 5 maiores pandemias da História da Humanidade foram:
ou Peste Bubónica, que dizimou, no século XIV, 1/3
da população da Europa.
A PESTE NEGRA,
A VARÍOLA
Atormentou a Humanidade por mais de 3 mil anos.
Especula-se que Hernán Cortez tenha usado a varíola
para conquistar o México.
Em contrapartida importou para o Velho Continente
a sífilis...
Então além da sífilis passou a haver varíola no Novo
Mundo e varíola e sífilis no Velho Mundo, a Europa.
A CÓLERA
Quando beber água era um perigo por vezes fatal.
Chegou à Europa em 1832, e por várias vezes.
Recordamos o ano fatídico de 1855 em São Brás de
Alportel, e 1974 quando a cólera entrou em Portugal
por Tavira.
Na década de 1850 provocou na Europa 1 milhão de
mortos.
A GRIPE ESPANHOLA
ou pneumónica, causou, em números redondos, e
pouco precisos,
de 50 a 100 mil mortos em Portugal;
de 50 a 100 milhões a nível mundial,
da qual vamos falar à frente.
Espalhou-se pelo mundo por conta da
movimentação de tropas no período da Primeira
Guerra Mundial.
A GRIPE A
Ou Gripe Suína Africana, de 2009 (causada pelo
subtipo H1N1), o mesmo da gripe espanhola.
... numa nova combinação de genes de vírus da gripe
suína, das aves e humana, com perto de ½ milhão de
casos confirmados em laboratório e de 18.500
mortos a nível mundial (previa-se mais), inferior à
mortalidade de uma gripe sazonal.
Durou até agosto de 2010.
No século XX, além da gripe espanhola, a pneumónica, existiram duas outras pandemias vividas por alguns, ou a
maioria dos presentes:
a gripe asiática (causada pelo vírus Influenza A do subtipo H2 N2), no ano de 1957 que causou, a nível mundial, 4
milhões de mortes; Morreram em Portugal 1050 pessoas.
a gripe de Hong-Kong (vírus do sub-tipo H3 N2), de 1968 causou 2 milhões de vítimas. Em Portugal assinalou-se a
primeira onda epidémica entre 1968 e 1969. Uma segunda onda iniciou-se em 1970. A doença foi benigna em relação
às anteriores pandemias.
Em 1492, Cristóvão Colombo e, em 1519 Hernán Cortez,
tiraram partido do efeito da varíola transportada pelos
contaminados nas suas embarcações, na dizimação dos
povos que acabaram por submeter.
Não precisaram de conhecer o vírus para tirar dele utilidade
bélica. Empregaram o conhecimento empírico.
As doenças causadas por organismos invisíveis, como os
vírus, serviram para uns impérios conquistarem outros, para
uns exércitos serem chacinados por outros, e até para a
implementação de políticas perversas de exploração
colonial.
O COVID 19 é a pandemia atual, em alguns aspetos semelhante no combate e prevenção, inicial, atual e futura, a outras
pandemias. O vírus vai ficar connosco, como ficou o vírus Influenza, ou da gripe, e a SIDA que apareceu no início dos anos
80, quando o Homem tinha acabado de eliminar a varíola, em 1979, através de um bem sucedido programa de vacinação
maciça a nível mundial.
Registo no Boletim Individual de Vacinas de toma
contra a varíola em 1976:
A luta entre o Homem e os microorganismos é uma
constante da vida no Planeta, entregue aos estudiosos
sim, mas que requer a colaboração de todos, com
medidas simples e básicas que passa pela higiene, a
todos os níveis, e de cuidados no dia-a-dia que os mais
responsáveis e conscientes do perigo tiveram ao
aderirem aos conselhos para prevenir a COVID.
As teorias da conspiração também se levantaram
contra a realidade deste flagelo, e, lamentavelmente,
ainda muitos se negam à existência desta doença
como outros céticos, há 60 anos atrás, se negaram a
admitir que 12 homens tenha pisado a Lua e deixado
lá as marcas da Humanidade a assinalar o feito
histórico.
E que dizer da aceleração constante do progresso
científico que daí adveio nos mais variados campos?
A partir da referida exploração espacial nunca a
Humanidade tinha dado um salto tão grande, e tão
rápido, no Conhecimento.
Como sói dizer-se: “Os cães ladram, a caravana
passa”.
Além dos barbeiros, benzilhões – homens ou
mulheres considerados de virtude, muito bem quistos
do povo - que mais havia, quanto a assistência na
nossa terra, ao tempo da exaustiva pesquisa de
Estanco Louro? Resposta no livro:
No tempo de Estanco Louro havia
o Montepio Artístico de São Brás de Alportel,
o Albergue Noturno e
a Casa da Caridade.
Primeira localização do Albergue Noturno na atual Rua Dr. Evaristo de Sousa Gago, perto do Largo de São
Sebastião. Postal da coleção “4 Olhos”, anos 40-50
Segunda e última localização do Albergue Noturno, hoje uma ruína, paredes meias com o parque de estacionamento Vila
Adentro.
Localização da antiga Casa da Caridade na Rua Sacadura Cabral.
onde hoje se situa o n.º 30, a casa à direita na fotografia.
As farmácias ...
Largo de São Sebastião e Rua Gago Coutinho. Postal da coleção José Ferreira, década de 1930.
... onde de localizaram as farmácias de Agostinho Mora Féria, Lázaro Costa e Virgílio de Passos, esta na Rua Gago
Coutinho.
Rua de São Sebastião, 17 de fevereiro de 1918
Nesta imagem a Rua Gago Coutinho está
engalanada. São Brás de Alportel recebia a visita do
Presidente da República, o Dr. Sidónio Pais, com
passagem pelo Sanatório, prestes a abrir.
Após a visita presidencial ao Norte, o Alentejo e o
Algarve recebiam em banhos de multidão o
“Presidente-Rei”.
O Sanatório Iniciado em 1916 é inaugurado a 8 de setembro de 1918.
É destinado aos trabalhadores dos Caminhos de Ferro
do Estado e seus familiares.
Fotografia de Félix Pontes, 1924
É o primeiro hospital do País inserido numa empresa,
neste caso estatal.
O seu primeiro diretor-clínico foi o Dr. Alberto de Sousa.
Dr. Alberto Júlio Loureiro de Sousa (1881 – 1962).
Ele e o Dr. Estanco Louro, foram mobilizados para
a frente de guerra em França.
Foi interinamente substituído pelo são-brasense,
recém-licenciado em Medicina, o Dr. José Paulo
Pereira Machado, filho do farmacêutico José
Pereira da Machada Júnior.
Dr. José Paulo Pereira Machado (1895 – 1971).
O Dr. Gabriel Pereira de Medeiros Galvão (1907 – 1993)
viria mais tarde substituir, interinamente na direção do
Sanatório, o Dr. Alberto de Sousa, em 1934, e acabou
por ficar ...
Relatório de Prestação de Contas aos subscritores em 1942.
Em vida, Estanco Louro pugnou pela saúde na sua terra.
Defendeu a ideia de criar um partido municipal para uma
parteira diplomada;
Defendeu a enérgica difusão de medidas de puericultura;
condenou crimes, supostamente abortos e infanticídios.
Combateu o exercício da medicina por não diplomados,
como os barbeiros; defendia a ideia de colocar um
automóvel à disposição do médico municipal para que se
pudesse deslocar mais facilmente pelo Concelho;
Sugeria construir um ou mais sanatórios nos arredores da
Fonte Férrea;
construir um asilo para adultos e outro para crianças orfãs
ou abandonadas, com tutoria infantil.
construir um hospital com maternidade;
Quem viria a ocupar-se da construção do Hospital?
Foi o hospital uma aspiração são-brasense que
remonta aos anos de notável crescimento, de finais
do século XIX.
José Pereira da Machada Júnior, (1870 – 1951).
Virgílio Joaquim Rodrigues de Passos (1882 –
1945).
Em 1923 foram dados os primeiros passos, mas, só em
1931 foi iniciada a construção do hospital.
Para o efeito, a comissão era composta pelo presidente,
José Pereira da Machada Júnior, tesoureiro, Virgílio
Rodrigues de Passos, e secretário, Veríssimo Ribeiro Neto.
Dois notáveis farmacêuticos e um reconhecido notário.
Lamentavelmente a obra ficou pelo esqueleto.
A “Comissão de Creação do Hospital de S. Braz de
Alportel” apresentou aos subscritores as contas de
gerência, terminada a 5 de junho de 1939.
Dificuldades várias se depararam à Comissão para levar a
bom termo a obra.
No relatório de prestação de contas, publicado em 1942, com atraso, devido a doença de Virgílio de Passos, é referida
a falta de verba e estavam esgotadas as doações locais. Não houve apoio estatal.
Lar da 3.ª Idade da Santa Casa da Misericórdia de São
Brás de Alportel, em 2002.
Inaugurado em fevereiro de 1987.
O espólio restante foi entregue à Câmara Municipal. Foi condição dessa comissão cessante que este legado fosse
utilizado só para fins hospitalares, o que veio a acontecer, nos anos de 1970, quando foi aproveitado para instalar o
Centro Psiquiátrico Fernando Ilharco, então com perto de 45 camas, só para doentes do sexo masculino, do Alentejo e
do Algarve.
O hospital viria surgir mais tarde, em novembro
de 1966, por iniciativa do benemérito são-
brasense, o Comendador José Lourenço Viegas.
... onde funciona nos dias de hoje o Centro de
Saúde.
A China
A cólera teve origem no rio Ganges, na Índia, mas a peste
bubónica, que vitimou a cidade do Porto, em 1889, foi
identificada na China em 1840, onde provocou uma
epidemia na província chinesa de Yunnan. (Em Wuhan
foram detetados os primeiros casos de covid).
As doenças dos dias de hoje já existiam, umas mais antigas
e outras mais recentes, e outras apareceram de novo,
como a SIDA, e o covid da atualidade, esta causada pelo
vírus denominado SARS COV 2, na qual ainda estamos
envolvidos.
Até hoje o Homem só conseguiu eliminar da superfície da Terra, a varíola, graças à vacinação em 1979 e a peste bovina
em 2011. Mas, soube-se que os chineses dispunham do vírus da varíola em ogivas, prontas a desencadear uma guerra
biológica, se é que, este vírus do covid não a tenha já causado. A moeda chinesa é o Yuan, representada pelo Y com 2
tracinhos no tronco, se assemelharmos o Y à imagem de uma árvore.
Lá vamos nós ter de novo à teoria da conspiração!... Dá que pensar!
Os Estados Unidos da América ganharam a corrida espacial
à Lua.
A China irá ganhar a primazia económica, a nível mundial,
como superpotência que já é? Dá que pensar!
A História repete-se, de tempos em tempos, noutros
contextos, com outros protagonistas. Constata-se!
Até poderia algum de nós ser um Nostradamus do século XXI e, com alguns conhecimentos de História, desatar a
adivinhar o futuro.
“HÁ CEM ANOS TAMBÉM ESTAVA TUDO FARTO”
O filme trata da pandemia conhecida por
Pneumónica, gripe espanhola, ou gripe de
1918.
A pneumónica foi vivida pelo nosso Estanco Louro, ele
que também viveu o cenário mortal de La Lys a 9 de
abril de 1918.
Fora incorporado no CEP (Corpo Expedicionário
Português), em 1917, como Alferes Miliciano do R.I. 1 e,
por esse facto, foi obrigado a interromper o seu curso
de Filologia Românica, na Faculdade de Letras de Lisboa.
Estanco Louro na 1.ª Grande Guerra
À sua abalada para a frente de guerra – da qual felizmente
saiu ileso - o trabalho que vinha a fazer, de pesquisa e
escrita, mais tarde projetado para tese de doutoramento,
foi adiado – era esse trabalho “O Livro de Alportel”, a que
nos temos referido, e que foi premiado como a melhor
monografia sobre uma região em Portugal.
Concluiu a licenciatura em Filologia Românica em 1919 e
uma outra licenciatura, em Direito, em 1922.
Vicissitudes várias desviaram-no da cátedra, mérito
sobremaneira merecido, ficando-se pela docência liceal em
Beja, onde também exerceu advocacia (1921 – 1923) e
mormente em Lisboa, onde lecionou no liceu Pedro Nunes,
e liceu Camões, até à sua aposentação em 1952.
Publicou 12 livros, e muitos outros trabalhos,
notabilizando-se na investigação etnográfica e filológica.
Estanco Louro na fotografia, professor liceal, com 60 anos de idade, a 2 anos
da aposentação.
Este nosso conterrâneo viveu, e testemunhou em pessoa os dois flagelos, a 1.ª
Grande Guerra e a pneumónica, que se seguiram um ao outro de forma
implacável.
O qualificativo de “espanhola” deve-se ao facto de as primeiras notícias do
flagelo surgirem em Espanha, que não estava envolvida na Grande Guerra e
onde não havia, por isso, censura militar. Aqui ao lado as notícias corriam
livremente.
Em Portugal ficou conhecida por “pneumónica”, qualificativo que a distinguiu
de “peste pneumónica” que atingiu, em 1904, o Porto.
As estatísticas da época são imprecisas. Contudo, apurámos alguns números,
intercalados no descritivo, que nos podem dar ideia da extensão da
pneumónica. Terá sido a maior de todas as pandemias.
1.ª vaga - passou de Espanha para o Alentejo, no final
de maio de 1918. Em Vila Viçosa foram registados os
primeiros casos. Grassou em zonas próximas da
fronteira, entre assalariados rurais alentejanos que
tinham tomado parte nas ceifas nas regiões de Badajoz
e Olivença. Atingiu o pico em junho. Foi registada a
primeira morte em Leiria a 4 desse mês.
A pneumónica decorreu em 3 vagas:
Pastorinhos de Fátima vítimas da
pneumónica:
São Francisco Marto em 1919
E Santa Jacinta Marto em 1920.
A 2.ª vaga iniciou-se em Vila Nova de Gaia, em agosto de
1918. Alastrou de norte a sul, progrediu pelo litoral, e
atingiu o Algarve em outubro, quando a situação se
descontrolou.
São Brás de Alportel foi um caso preocupante em todo
o Algarve.
Fotos de José Félix Pontes, 1924
Encerraram as escolas, foram proibidos os
ajuntamentos e os casos suspeitos ou confirmados
foram isolados por sugestão do Delegado de Saúde de
Faro.
O comércio fechou. O jornal Folha do Domingo, de 17
de novembro de 1918, estimava uma média diária de
15 óbitos.
Apesar da gravidade parece ter sido o concelho algarvio
onde mais cedo a doença desapareceu.
A 2.ª vaga foi a mais mortal. Causou pneumonias
fulminantes e mortes súbitas.
O Dr. Ricardo Jorge, pede o internamento e isolamento
dos casos mais graves, e apela à mobilização dos médicos
reformados e dos estudantes do último ano de Medicina.
Ano de 1918, estatística oficial:
53.975 mortos em Portugal,
com maior incidência no distrito de Lisboa.
3128 dessas mortes ocorreram no distrito de Faro.
3.ª vaga – Ocorreu em abril e maio de 1919, de menor gravidade que a anterior.
Em 1919 teriam falecido mais de 3.000 pessoas no nosso
País.
Há quem refira uma 4.ª vaga no outono – inverno de 1920.
Factos relevantes e alguns inesperados da pneumónica (1918
– 1920):
Não deflagrou no inverno mas na primavera;
- Possuía uma mortalidade elevadíssima;
- Tinha uma contagiosidade extrema e um período de
incubação rapidíssimo;
- As vítimas principais eram os jovens e adultos entre os 15 e
os 45 anos;
- Atingiu pessoas de todas as classes sociais e mais as zonas
rurais.
Em Portugal, com 6 milhões de habitantes à altura, 80% da sua população ativa ocupava-se na agricultura.
- Desconhecia-se o agente causador, que só foi isolado na década de 1930. Hoje classificado como o vírus da gripe, subtipo
A (H1N1). Todos estes vírus são de origem aviária que, por mutação, passa a transmitir-se entre os humanos.
À impotência médica juntava-se a inoperância do Estado para lidar com tamanhas proporções do flagelo.
Outras doenças assolavam o nosso país: tuberculose, cólera, febre amarela, varíola, febre tifóide,
carbúnculo, difteria, tifo exantemático, peste bubónica, malária e múltiplas doenças infantis...
Já em maio de 1918 uma epidemia de varíola tinha assolado o Algarve.
A mortalidade causada pela tuberculose foi superada pela da pneumónica em 1918.
O subdelegado de saúde concelhio pouco mais podia
fazer do que enviar ofícios às autoridades competentes.
O Instituto Central de Higiene, o atual Instituto Ricardo Jorge, foi criado em 1899. Os meios modernos concentravam-se
em Lisboa, que dispunha de alguns hospitais especializados, como o do Rego, chamado de Hospital Curry Cabral, em
1906, foi destinado às doenças infetocontagiosas.
Já existia, nesse tempo, a Direção Geral de Saúde e os
cargos de delegado e subdelegado de saúde a nível
distrital e concelhio. Tinham poucos recursos.
Havia os hospitais ligados ao ensino da medicina em Lisboa, Coimbra e Porto. A maioria dos hospitais portugueses
pertencia às Misericórdias - os mais dotados nas capitais de distrito, e os muito modestos nas povoações mais pequenas.
Em 1920 havia, em Portugal, 1 médico por cada 2238 habitantes e 1 farmácia por cada 3825 habitantes, diferente da
atualidade.
Em 2018, havia 1 médico para 189 habitantes e 1 farmácia por cada 2800.
À época São Brás de Alportel tinha 5 farmácias para uma população concelhia um tanto semelhante à atual.
Pelo senso de 2021 o concelho de São Brás de Alportel tem
11.266 habitantes.
Em 1911 tinha 11.900 habitantes.
Foto de José Félix Pontes, 1924
Era um tempo marcado por profunda assimetria no acesso
aos cuidados médicos.
Até há 40 anos, antes da criação do Serviço Nacional de
Saúde, os mais carenciados, a maioria, fora dos grandes
centros, só podiam contar com a ação caritativa das
Misericórdias, e a dos municípios que contratavam os
médicos, chamados “do partido municipal ou facultativos”.
Só quem possuía o mínimo de meios podia ser cliente da
medicina privada.
Largo de São Sebastião.
Postal modificado de João Rosa Beatriz.
O pós Grande Guerra foi crítico:
- Afetou profundamente os trabalhadores e os mais humildes. Havia fome e falta de alimentos devido ao racionamento
e à subida de preços.
- Foi uma época de assaltos, e de greve geral em 1918, de quase guerra civil. Era Presidente da República Sidónio Pais e
o Diretor-Geral de Saúde Ricardo Jorge que, quando o mal viesse recomendava: “cama, dieta, tisanas* e médico”.
O Estado, debilitado com o esforço de guerra em África, e na Europa, pouco podia oferecer aos seus cidadãos pobres,
que eram a maioria.
(Tisana – cozimento de cevada, aquoso, contendo alguns princípios medicamentosos, que servia de bebida aos
doentes).
Vejam este telegrama dramático enviado pelo
governador-civil de Faro no pico da epidemia:
Exmo. Senhor Presidente da República, Belém, Lisboa.
Gravemente doente, solicito a V. Ex.ª proteção para o Algarve. Epidemia varre povoações inteiras havendo já cemitérios
completamente cheios, fazendo-se enterramentos em campa rasa.
Faltam medicamentos, arroz, açúcar, velas, petróleo, massas, manteiga, batatas e há três dias que não há pão (...).Povo
ordeiramente vem pedir-me pão e crianças vagueiam na rua chorando com fome. (...) Rogo proteção a V. Ex.ª acudindo a
tanta miséria.
A todo o momento cai gente na rua com doença e fome. Barcos de pesca param serviço por falta de gente. Não há
peixe.
Não me vou alongar mais. Certamente pensarão como são
iguais nuns aspetos, e diferentes noutros, os tempos de
outrora, de há 100 anos, e os de agora.
Dos dados retirados da obra São Brás de Alportel
Memórias, volume II, do Padre Dr. Afonso da Cunha
Duarte, sabe-se que, em 1918 teriam falecido no Concelho
devido à pneumónica 499 pessoas e, em 1919, 209.
Estatísticas
Fonte JHU CSSE COVID-19 Data
Última atualização há 4 dias (4 de
novembro de 2021):
Em Portugal - 1,1 milhão de casos e
18 198 óbitos.
No Mundo - 250 milhões de casos e
5 040 000 óbitos.
Dr. Estanco Louro em 1950.
Rua Professor M. F. Estanco Louro, a rua onde se situam os
Correios em São Brás de Alportel.
´- Os piolhos, as pulgas, as carraças, além de outros vetores (moscas, mosquitos,...) podem transmitir doenças. Há que os
eliminar com medidas de higiene e outras ...
Não sabemos o que nos espera no futuro mas, podemos adiantar que, as epidemias e as pandemias vão repetir-se. A
História ensina-nos a estar preparados!
Há 3 notáveis são-brasenses a
centrar esta fotografia, 2 deles
mencionados nesta exposição.
Quem os reconhece?
Resposta – A formar um triângulo
central temos, de pé o Dr. Pereira
Machado, ladeado à sua esquerda
pelo Dr. Estanco Louro. Na fila de
baixo, ao centro, entre os dois
referidos encontra-se o Dr. José Dias
Sancho.
Sabem quem são os restantes?
Iremos descobrindo
Bibliografia:
Estanco Louro, O Livro de Alportel – Monografia de uma Freguesia Rural – Concelho, edição de 1986.
Martins, José do Carmo Correia, artigo Há Cem Anos (10) São Brás de Alportel: As adversidades na Afirmação do Novo
Concelho – A Pneumónica de 1918. Jornal Notícias de S. Braz, 20 de janeiro de 2016.
Martins, José do Carmo Correia, artigo Há Cem Anos (10) São Brás de Alportel: As Adversidades na Afirmação do Novo
Concelho, O Livro de Alportel, 1929 – Manuel Francisco do Estanco Louro (1890-1953).Jornal Notícias de S. Braz, 20 de abril
de 2016.
Martins, José do Carmo Correia, Subsídios para uma Biobibliografia São-Brasense, 2017.
Pestes e Epidemias em Portugal, revista Visão História, n.º 58, abril. 2020.
Museu do Traje de São Brás de Alportel, As Engrenagens do Tempo – Visão Social de 30 Anos de História de São Brás de
Alportel, 1900 – 1930.
Afonso da Cunha Duarte, São Brás de Alportel, Memórias, volume II, Terras de Alportel, 2008.
Dias, Joaquim Manuel, 100 Anos, 100 biografias, 2015.
Agradeço a preciosa colaboração do Dr. José do Carmo Correia Martins, do Senhor Emanuel Andrade Sancho e do meu filho
Pedro que teve a paciência de ultimar este powerpoint.
São Brás de Alportel e as pandemias ao longo da história

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São Brás de Alportel e as pandemias ao longo da história

  • 1. SÃO BRÁS DE ALPORTEL E AS PANDEMIAS, NO TEMPO DE ESTANCO LOURO E NA ATUALIDADE Biblioteca Municipal, segunda-feira, 8 de novembro de 2021 Conferência de José Manuel Antonino Belchior
  • 2.
  • 3. SÃO BRÁS DE ALPORTEL E AS PANDEMIAS, NO TEMPO DE ESTANCO LOURO E NA ATUALIDADE O HOMEM E O GATO NA LUA Imagem polémica! Que faz o homem e o gato na Lua? Percebemos que o Homem foi lá, e lá há de um dia viver …
  • 4. … como vive na restrita comunidade do continente gelado da Antártida. A equipa de cientistas celebra aqui o adeus ao sol durante 4 meses, em condições inóspitas. A 16ª equipa da Estação de Investigação Concórdia, na Antártida. A pensar em futuras missões espaciais a missão investiga efeitos do isolamento.
  • 5. E um dia, que virá, estará a colonizar o planeta Marte... Temos aqui o Monte Sharp em Marte. Bem, o gato, essa é outra história que remete para teoria da conspiração: A Terra é plana e a NASA nos engana; o homem não pisou a Lua; Jesus foi casado e teve filhos...; O que há de verdade em tudo isto?
  • 6. Os céticos não acreditam que o Homem tivesse ido à Lua, dizem: foi tudo uma invenção, forjada na rivalidade entre as superpotências, Estados Unidos da América e União Soviética, na corrida espacial, 1955 – 1975, e então aí temos a resposta dada pelos opositores: a cena foi montada algures, no planeta Terra, num cenário tão doméstico, tão caseiro, que, até um gato, resolveu passear por lá, pela Lua, numa imaginativa montagem fotográfica. A competição efetivamente começou com o lançamento do satélite artificial soviético Sputnik 1, em 4 de outubro de 1957, e foi concluída com o projeto cooperativo Apollo-Soyuz, entre os Estados Unidos e a União Soviética, em julho de 1975. Sptutnik, que significa, em russo satélite ou amigo viajante, é o nome dado à vacina produzida pela Rússia contra o Covid.
  • 7. Voltamos à Terra, à nossa terra. Dr. Manuel Francisco do Estanco Louro, Alportel, São Brás de Alportel, 6 de Setembro de 1890 – Lisboa, 21 de setembro de 1953. Advogado, professor e investigador. Um dos nossos ilustres. São-brasense, patrono da nossa Biblioteca. Notabilizou-se no campo das letras. Produziu uma obra volumosa, com diversos estudos nas áreas da linguística – gramática, dialetologia e toponímia, da etnografia algarvia, dos estudos camoneanos e ensaios diversos de literatura portuguesa.
  • 8.
  • 9. Do lado nascente da escola do Alportel encontra-se um monumento dedicado a Estanco Louro. A encimar a coluna de pedra lá está O Livro de Alportel, da sua autoria. Iniciou o trabalho em 1912 – 1913, tinha 22 anos de idade. Terminou-o em 1925 e foi publicado em 1929. O monumento foi erigido na 2.ª metade da década de 1950.
  • 10.
  • 11. A grande obra de referência do Dr. Estanco Louro
  • 12. Aspetos da obra-prima de Estanco Louro. Primeiras edições.
  • 15. Estanco Louro, de olhar penetrante no seu universo de ação.
  • 16. Este grande homem, e entendem porque foi grande este são- brasense, que se divertia, e assimilava, na cadeira do barbeiro Antonino Calapez da Cruz, no Salão Chic, da Rua Gago Coutinho. Sabemos quanto este nosso ilustre letrado apreciava estes momentos de tosquia. Imaginamos Antonino Calapez, barbeiro evoluído, a ouvir do letrado, Dr. Estanco Louro, sobre a peste Antonina ou de Galeno, iniciada no ano 165, que atingiu Roma em 166 e que perdurou até 180, afetando todo o mundo Romano, e em volta do seu enorme território governado pelo Imperador Marco Aurélio. O barbeiro Antonino transmitia-lhe, com certeza, o conhecimento herdado dos seus congéneres barbeiros... O nome da peste, pandemia ou praga, nomes por que estes fenómenos têm sido conhecidos, deriva da família dos Antoninos que governava o Império Romano desse tempo, do qual a nossa terra fazia parte.
  • 17. Antonino Calapez da Cruz “Antonino barbeiro”, como era conhecido, aqui numa pose que faz lembrar a de um tribuno romano em momento de ócio. O recorte é de uma fotografia de grupo, o do elenco da revista Armando aos Pássaros, de Boaventura Passos, representada em 1928, em benefício da corporação dos bombeiros e do hospital a construir em São Brás.
  • 18. O LIVRO DE ALPORTEL, Cap. VI, A higiene e a Nosologia, secção I, A Higiene, E – A Medicina. Página 395. Imaginamos o quanto Estanco Louro calcorreou pelo Concelho, por livros e registos, pelas vozes de gente culta e humilde, e nos dá uma resenha da medicina aqui praticada ao longo dos tempos, até ao seu tempo.
  • 19. Dr. Victorino João Rodrigues Passos Pinto (1870 – 1937) Em resumo nosso, diz o nosso patrono: ... só no ano de 1900 a Câmara de Faro nomeou o Senhor Dr. Passos Pinto como médico municipal residente. Foi o primeiro médico na nossa Aldeia em 1895. Em 1925, havia 2 médicos com residência permanente. O segundo era sub-delegado de saúde.
  • 20. Edifício das Repartições Públicas. Postal da coleção José Ferreira, editado a 3 cores, da década de 1930. O Dr. Vitorino iniciou a seu exercício profissional na Residência Paroquial onde co-habitava com o irmão, o prior João Rodrigues de Passos Pinto, nesta rua com o seu nome. Aí foram instaladas, em 1914, as Repartições Públicas, onde é hoje todo o edifício, diria todo o quarteirão, ocupado pela Câmara Municipal.
  • 21. João Rodrigues de Passos Pinto (1858-1936) Prior de São Brás de Alportel (1902-1917) Em 1914 o prior foi intimado a desocupar o edifício. A Residência Paroquial passava a albergar a Junta de Paróquia e o Registo Civil a cumprir a Lei da Separação Igreja- Estado, com os bens da Igreja a passar por força da lei para o Estado.
  • 22. “Panito Mole” – José Francisco Ramos Do livro São Brás de Alportel, Memórias, volume II, Terras de Alportel de Afonso da Cunha Duarte. O Dr. Passos Pinto teve neste edifício o seu primeiro consultório, onde realizou o feito notável para a medicina algarvia - a primeira apendicectomia feita no Algarve, em 1908, na pessoa de José Francisco Ramos, conhecido por Panito Mole. O consultório foi adaptado a bloco operatório de emergência. Da equipa cirúrgica também fizeram parte, vindos de Loulé o Dr. José Bento Marim e o Dr. Belchior Fructuoso da Silva. O Dr. Alexandrino Rodrigues de Passos, dentista, estabelecido na nossa Aldeia, foi chamado a ajudar. À época não havia na nossa Província hospital com bloco operatório. Os doentes cirúrgicos eram enviados para Lisboa. Neste caso o doente não resistiria.
  • 23. José Rodrigues de Passos Pinto, 1915 Um outro irmão dos citados, de nome José, era cangalheiro, e completava uma curiosa tríade de são-brasenses de por em marcha um funeral...
  • 24. Até 1900, os “médicos” da freguesia eram simplesmente barbeiros que tratavam das doenças mais graves, com “cirurgia” elementar e remédios. Para as doenças leves serviam as mezinhas caseiras, e o auxílio dos benzedeiros, e feiticeiros que tratavam das doenças morais. Em destaque o edifício da família Machada. A farmácia, com os mesmo nome, foi aberta em 1892, ano em que foi demolida a primitiva ermida de S. Sebastião. Em primeiro plano, vê-se uma parte do pequeno quarteirão, mais tarde demolido, onde existia a casa do prior velho, doente ou aposentado, em 1929. A travessa do Mascarenhas, viria a ter o nome de Luís de Camões e, entroncava com a Rua Gago Coutinho vinda do Largo da Praça.
  • 25. Rua Dr. José Dias Sancho com o edifício de José de Matos Casaca, da sua farmácia, mais tarde a farmácia do Montepio. No Largo de São Sebastião podemos ver a localização da farmácia de Agostinho Féria, mais tarde farmácia Pereira, e primeira localização da farmácia S. Brás. Pela planta desenhada por José Félix Pontes, em 1912, sabe-se que a primitiva localização da farmácia Mora Féria ficava no gaveto oposto ao edifício da atual Câmara Municipal, portanto no entroncamento do Terreiro com a Rua de São Sebastião, agora Rua Gago Coutinho, e tinha uma funerária ao lado, frente à entrada da ainda Residência Paroquial.
  • 26. Almanach de S. Braz d`Alportel para 1894. Citando o Almanach de S. Braz d` Alportel de 1894 sabe-se que o Dr. Silvestre Falcão, colocado em Loulé, deslocava-se 2 vezes por semana a São Brás de Alportel, às segundas- feiras à Farmácia Matos Casaca e, às sextas-feiras, à Farmácia Machada, onde dava consultas com caráter transitório e ocasional.
  • 27. A Serra no concelho de São Brás de Alportel, na Cabeça do Velho
  • 28. No tempo do Dr. Estanco Louro os médicos enfrentavam obstáculos. Além da dificuldade de comunicação com os sítios remotos da freguesia, os barbeiros eram os seus rivais. O povo continuava, em parte, a preferir a medicina milenar, e tradicional, dos curandeiros, endireitas, benzedeiros, feiticeiros e espíritos, num cortejo reacionário contra os remédios farmacêuticos. Além dos ensalmos ou benzeduras, à época em que viveu, e pesquizou, curava-se a constipação tomando, de manhã e à noite, uma boa colherada de azeite; untava-se o peito com sebo de Holanda, e ao deitar, tomava-se café muito quente com aguardente! Havia remédios caseiros para tudo... uns materiais e outros espirituais, melhor dizendo – com “orações”, rezas transmitidas pelos ascentrais através dos tempos. Para cada mal havia uma benzedura apropriada: para curar o entorse; para desenlear uma coisa qualquer; para tirar o olhado; para o aparecimento de uma coisa perdida, para tirar o sapo da língua, etc, etc, Esta medicina, que poderemos chamar humana, de há cem anos, estendia-se à assistência veterinária e vegetal.
  • 29. Igreja de São Romão Bilhete-postal da coleção São Brás de Alportel, Olhares, editada pelo nosso Município, com fotografia de André Nunes. Citamos do nosso livro um exemplo de medicina veterinária local contra a raiva: Leva-se o animal à capela de São Romão, de onde se tira o azeite que está na lâmpada (lamparina), azeite que se mistura com a cinza do madeiro do Natal (desde que este ardesse até aos Reis, sem se apagar com água). Dá-se depois com o animal 9 voltas à roda da ermida, e, após isto, leva-se o animal para dentro da igreja, à presença de São Romão. Se o animal entrar, esfrega-se com a mistura supra citada e está curado; se não entrar, não há mais remédio, se não dar-lhe um tiro.
  • 30. Banhos na Água Santa, em Quarteira, na foto de José Félix Pontes, do início da década de 1920. Sobre a higiene do corpo, hoje tida em atual conta como indispensável para o manter saudável, Estanco Louro conta-nos que os adultos muito raramente tomavam banho - um ou outro quando ia à pesca e de verão nos tanques, especialmente na noite de São João, os solteiros, porque era um banho que dava virtude Acrescentava que, a gente muito rude, de trabalho mais violento, em regra só se lavava aos domingos, muitas vezes uma lavagem rápida da cara; os pés eram lavados por acaso; os dentes nunca ou quase nunca...
  • 31. Voltemos mais atrás no tempo, quando a Vila ainda não existia e no Alportel já morava gente! A primitiva ermida de São Brás, do século XV, figura em documento oficial em 1518. Foi construída em pleno mato do Barrocal que viria a originar o lugar, a aldeia e mais tarde a vila de São Brás de Alportel. Tempos mais supersticiosos. Como sói dizer-se: Ao olhar para as nuvens vemos nelas as figuras que a nossa imaginação dita.
  • 32. Nostradamus - França 1503 – 1566. Michel de Nostredame, Nome latinizado para Nostradamus. Astrólogo, médico e vidente francês de renome, mais conhecido por seu livro Les Prophéties, uma coleção de 942 quadras poéticas supostamente prevendo eventos futuros. Wikipédia. Ao tempo em que foi escrito poderia parecer inteligível ou poderia ser interpretado de maneira diferente, se é que está bem reproduzido e não se trata de puro e atual oportunismo, a alimentar as contradições, inserido no contexto dos dias da pandemia que estamos a viver.
  • 33. As 5 maiores pandemias da História da Humanidade foram: ou Peste Bubónica, que dizimou, no século XIV, 1/3 da população da Europa. A PESTE NEGRA,
  • 34. A VARÍOLA Atormentou a Humanidade por mais de 3 mil anos. Especula-se que Hernán Cortez tenha usado a varíola para conquistar o México. Em contrapartida importou para o Velho Continente a sífilis... Então além da sífilis passou a haver varíola no Novo Mundo e varíola e sífilis no Velho Mundo, a Europa.
  • 35. A CÓLERA Quando beber água era um perigo por vezes fatal. Chegou à Europa em 1832, e por várias vezes. Recordamos o ano fatídico de 1855 em São Brás de Alportel, e 1974 quando a cólera entrou em Portugal por Tavira. Na década de 1850 provocou na Europa 1 milhão de mortos.
  • 36. A GRIPE ESPANHOLA ou pneumónica, causou, em números redondos, e pouco precisos, de 50 a 100 mil mortos em Portugal; de 50 a 100 milhões a nível mundial, da qual vamos falar à frente. Espalhou-se pelo mundo por conta da movimentação de tropas no período da Primeira Guerra Mundial.
  • 37. A GRIPE A Ou Gripe Suína Africana, de 2009 (causada pelo subtipo H1N1), o mesmo da gripe espanhola. ... numa nova combinação de genes de vírus da gripe suína, das aves e humana, com perto de ½ milhão de casos confirmados em laboratório e de 18.500 mortos a nível mundial (previa-se mais), inferior à mortalidade de uma gripe sazonal. Durou até agosto de 2010. No século XX, além da gripe espanhola, a pneumónica, existiram duas outras pandemias vividas por alguns, ou a maioria dos presentes: a gripe asiática (causada pelo vírus Influenza A do subtipo H2 N2), no ano de 1957 que causou, a nível mundial, 4 milhões de mortes; Morreram em Portugal 1050 pessoas. a gripe de Hong-Kong (vírus do sub-tipo H3 N2), de 1968 causou 2 milhões de vítimas. Em Portugal assinalou-se a primeira onda epidémica entre 1968 e 1969. Uma segunda onda iniciou-se em 1970. A doença foi benigna em relação às anteriores pandemias.
  • 38. Em 1492, Cristóvão Colombo e, em 1519 Hernán Cortez, tiraram partido do efeito da varíola transportada pelos contaminados nas suas embarcações, na dizimação dos povos que acabaram por submeter. Não precisaram de conhecer o vírus para tirar dele utilidade bélica. Empregaram o conhecimento empírico. As doenças causadas por organismos invisíveis, como os vírus, serviram para uns impérios conquistarem outros, para uns exércitos serem chacinados por outros, e até para a implementação de políticas perversas de exploração colonial. O COVID 19 é a pandemia atual, em alguns aspetos semelhante no combate e prevenção, inicial, atual e futura, a outras pandemias. O vírus vai ficar connosco, como ficou o vírus Influenza, ou da gripe, e a SIDA que apareceu no início dos anos 80, quando o Homem tinha acabado de eliminar a varíola, em 1979, através de um bem sucedido programa de vacinação maciça a nível mundial.
  • 39. Registo no Boletim Individual de Vacinas de toma contra a varíola em 1976: A luta entre o Homem e os microorganismos é uma constante da vida no Planeta, entregue aos estudiosos sim, mas que requer a colaboração de todos, com medidas simples e básicas que passa pela higiene, a todos os níveis, e de cuidados no dia-a-dia que os mais responsáveis e conscientes do perigo tiveram ao aderirem aos conselhos para prevenir a COVID. As teorias da conspiração também se levantaram contra a realidade deste flagelo, e, lamentavelmente, ainda muitos se negam à existência desta doença como outros céticos, há 60 anos atrás, se negaram a admitir que 12 homens tenha pisado a Lua e deixado lá as marcas da Humanidade a assinalar o feito histórico. E que dizer da aceleração constante do progresso científico que daí adveio nos mais variados campos? A partir da referida exploração espacial nunca a Humanidade tinha dado um salto tão grande, e tão rápido, no Conhecimento. Como sói dizer-se: “Os cães ladram, a caravana passa”. Além dos barbeiros, benzilhões – homens ou mulheres considerados de virtude, muito bem quistos do povo - que mais havia, quanto a assistência na nossa terra, ao tempo da exaustiva pesquisa de Estanco Louro? Resposta no livro:
  • 40. No tempo de Estanco Louro havia o Montepio Artístico de São Brás de Alportel, o Albergue Noturno e a Casa da Caridade.
  • 41.
  • 42. Primeira localização do Albergue Noturno na atual Rua Dr. Evaristo de Sousa Gago, perto do Largo de São Sebastião. Postal da coleção “4 Olhos”, anos 40-50
  • 43. Segunda e última localização do Albergue Noturno, hoje uma ruína, paredes meias com o parque de estacionamento Vila Adentro.
  • 44. Localização da antiga Casa da Caridade na Rua Sacadura Cabral. onde hoje se situa o n.º 30, a casa à direita na fotografia.
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49. Largo de São Sebastião e Rua Gago Coutinho. Postal da coleção José Ferreira, década de 1930. ... onde de localizaram as farmácias de Agostinho Mora Féria, Lázaro Costa e Virgílio de Passos, esta na Rua Gago Coutinho.
  • 50. Rua de São Sebastião, 17 de fevereiro de 1918 Nesta imagem a Rua Gago Coutinho está engalanada. São Brás de Alportel recebia a visita do Presidente da República, o Dr. Sidónio Pais, com passagem pelo Sanatório, prestes a abrir. Após a visita presidencial ao Norte, o Alentejo e o Algarve recebiam em banhos de multidão o “Presidente-Rei”.
  • 51. O Sanatório Iniciado em 1916 é inaugurado a 8 de setembro de 1918. É destinado aos trabalhadores dos Caminhos de Ferro do Estado e seus familiares. Fotografia de Félix Pontes, 1924 É o primeiro hospital do País inserido numa empresa, neste caso estatal. O seu primeiro diretor-clínico foi o Dr. Alberto de Sousa.
  • 52. Dr. Alberto Júlio Loureiro de Sousa (1881 – 1962). Ele e o Dr. Estanco Louro, foram mobilizados para a frente de guerra em França. Foi interinamente substituído pelo são-brasense, recém-licenciado em Medicina, o Dr. José Paulo Pereira Machado, filho do farmacêutico José Pereira da Machada Júnior.
  • 53. Dr. José Paulo Pereira Machado (1895 – 1971).
  • 54. O Dr. Gabriel Pereira de Medeiros Galvão (1907 – 1993) viria mais tarde substituir, interinamente na direção do Sanatório, o Dr. Alberto de Sousa, em 1934, e acabou por ficar ...
  • 55. Relatório de Prestação de Contas aos subscritores em 1942. Em vida, Estanco Louro pugnou pela saúde na sua terra. Defendeu a ideia de criar um partido municipal para uma parteira diplomada; Defendeu a enérgica difusão de medidas de puericultura; condenou crimes, supostamente abortos e infanticídios. Combateu o exercício da medicina por não diplomados, como os barbeiros; defendia a ideia de colocar um automóvel à disposição do médico municipal para que se pudesse deslocar mais facilmente pelo Concelho; Sugeria construir um ou mais sanatórios nos arredores da Fonte Férrea; construir um asilo para adultos e outro para crianças orfãs ou abandonadas, com tutoria infantil. construir um hospital com maternidade;
  • 56. Quem viria a ocupar-se da construção do Hospital? Foi o hospital uma aspiração são-brasense que remonta aos anos de notável crescimento, de finais do século XIX. José Pereira da Machada Júnior, (1870 – 1951).
  • 57. Virgílio Joaquim Rodrigues de Passos (1882 – 1945). Em 1923 foram dados os primeiros passos, mas, só em 1931 foi iniciada a construção do hospital. Para o efeito, a comissão era composta pelo presidente, José Pereira da Machada Júnior, tesoureiro, Virgílio Rodrigues de Passos, e secretário, Veríssimo Ribeiro Neto. Dois notáveis farmacêuticos e um reconhecido notário. Lamentavelmente a obra ficou pelo esqueleto. A “Comissão de Creação do Hospital de S. Braz de Alportel” apresentou aos subscritores as contas de gerência, terminada a 5 de junho de 1939. Dificuldades várias se depararam à Comissão para levar a bom termo a obra. No relatório de prestação de contas, publicado em 1942, com atraso, devido a doença de Virgílio de Passos, é referida a falta de verba e estavam esgotadas as doações locais. Não houve apoio estatal.
  • 58. Lar da 3.ª Idade da Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel, em 2002. Inaugurado em fevereiro de 1987. O espólio restante foi entregue à Câmara Municipal. Foi condição dessa comissão cessante que este legado fosse utilizado só para fins hospitalares, o que veio a acontecer, nos anos de 1970, quando foi aproveitado para instalar o Centro Psiquiátrico Fernando Ilharco, então com perto de 45 camas, só para doentes do sexo masculino, do Alentejo e do Algarve.
  • 59. O hospital viria surgir mais tarde, em novembro de 1966, por iniciativa do benemérito são- brasense, o Comendador José Lourenço Viegas. ... onde funciona nos dias de hoje o Centro de Saúde.
  • 60. A China A cólera teve origem no rio Ganges, na Índia, mas a peste bubónica, que vitimou a cidade do Porto, em 1889, foi identificada na China em 1840, onde provocou uma epidemia na província chinesa de Yunnan. (Em Wuhan foram detetados os primeiros casos de covid). As doenças dos dias de hoje já existiam, umas mais antigas e outras mais recentes, e outras apareceram de novo, como a SIDA, e o covid da atualidade, esta causada pelo vírus denominado SARS COV 2, na qual ainda estamos envolvidos. Até hoje o Homem só conseguiu eliminar da superfície da Terra, a varíola, graças à vacinação em 1979 e a peste bovina em 2011. Mas, soube-se que os chineses dispunham do vírus da varíola em ogivas, prontas a desencadear uma guerra biológica, se é que, este vírus do covid não a tenha já causado. A moeda chinesa é o Yuan, representada pelo Y com 2 tracinhos no tronco, se assemelharmos o Y à imagem de uma árvore. Lá vamos nós ter de novo à teoria da conspiração!... Dá que pensar!
  • 61. Os Estados Unidos da América ganharam a corrida espacial à Lua. A China irá ganhar a primazia económica, a nível mundial, como superpotência que já é? Dá que pensar! A História repete-se, de tempos em tempos, noutros contextos, com outros protagonistas. Constata-se! Até poderia algum de nós ser um Nostradamus do século XXI e, com alguns conhecimentos de História, desatar a adivinhar o futuro.
  • 62. “HÁ CEM ANOS TAMBÉM ESTAVA TUDO FARTO” O filme trata da pandemia conhecida por Pneumónica, gripe espanhola, ou gripe de 1918.
  • 63. A pneumónica foi vivida pelo nosso Estanco Louro, ele que também viveu o cenário mortal de La Lys a 9 de abril de 1918. Fora incorporado no CEP (Corpo Expedicionário Português), em 1917, como Alferes Miliciano do R.I. 1 e, por esse facto, foi obrigado a interromper o seu curso de Filologia Românica, na Faculdade de Letras de Lisboa.
  • 64. Estanco Louro na 1.ª Grande Guerra À sua abalada para a frente de guerra – da qual felizmente saiu ileso - o trabalho que vinha a fazer, de pesquisa e escrita, mais tarde projetado para tese de doutoramento, foi adiado – era esse trabalho “O Livro de Alportel”, a que nos temos referido, e que foi premiado como a melhor monografia sobre uma região em Portugal. Concluiu a licenciatura em Filologia Românica em 1919 e uma outra licenciatura, em Direito, em 1922. Vicissitudes várias desviaram-no da cátedra, mérito sobremaneira merecido, ficando-se pela docência liceal em Beja, onde também exerceu advocacia (1921 – 1923) e mormente em Lisboa, onde lecionou no liceu Pedro Nunes, e liceu Camões, até à sua aposentação em 1952. Publicou 12 livros, e muitos outros trabalhos, notabilizando-se na investigação etnográfica e filológica.
  • 65. Estanco Louro na fotografia, professor liceal, com 60 anos de idade, a 2 anos da aposentação. Este nosso conterrâneo viveu, e testemunhou em pessoa os dois flagelos, a 1.ª Grande Guerra e a pneumónica, que se seguiram um ao outro de forma implacável. O qualificativo de “espanhola” deve-se ao facto de as primeiras notícias do flagelo surgirem em Espanha, que não estava envolvida na Grande Guerra e onde não havia, por isso, censura militar. Aqui ao lado as notícias corriam livremente. Em Portugal ficou conhecida por “pneumónica”, qualificativo que a distinguiu de “peste pneumónica” que atingiu, em 1904, o Porto. As estatísticas da época são imprecisas. Contudo, apurámos alguns números, intercalados no descritivo, que nos podem dar ideia da extensão da pneumónica. Terá sido a maior de todas as pandemias.
  • 66. 1.ª vaga - passou de Espanha para o Alentejo, no final de maio de 1918. Em Vila Viçosa foram registados os primeiros casos. Grassou em zonas próximas da fronteira, entre assalariados rurais alentejanos que tinham tomado parte nas ceifas nas regiões de Badajoz e Olivença. Atingiu o pico em junho. Foi registada a primeira morte em Leiria a 4 desse mês. A pneumónica decorreu em 3 vagas: Pastorinhos de Fátima vítimas da pneumónica: São Francisco Marto em 1919 E Santa Jacinta Marto em 1920.
  • 67. A 2.ª vaga iniciou-se em Vila Nova de Gaia, em agosto de 1918. Alastrou de norte a sul, progrediu pelo litoral, e atingiu o Algarve em outubro, quando a situação se descontrolou.
  • 68. São Brás de Alportel foi um caso preocupante em todo o Algarve. Fotos de José Félix Pontes, 1924 Encerraram as escolas, foram proibidos os ajuntamentos e os casos suspeitos ou confirmados foram isolados por sugestão do Delegado de Saúde de Faro. O comércio fechou. O jornal Folha do Domingo, de 17 de novembro de 1918, estimava uma média diária de 15 óbitos. Apesar da gravidade parece ter sido o concelho algarvio onde mais cedo a doença desapareceu.
  • 69. A 2.ª vaga foi a mais mortal. Causou pneumonias fulminantes e mortes súbitas. O Dr. Ricardo Jorge, pede o internamento e isolamento dos casos mais graves, e apela à mobilização dos médicos reformados e dos estudantes do último ano de Medicina. Ano de 1918, estatística oficial: 53.975 mortos em Portugal, com maior incidência no distrito de Lisboa. 3128 dessas mortes ocorreram no distrito de Faro.
  • 70. 3.ª vaga – Ocorreu em abril e maio de 1919, de menor gravidade que a anterior. Em 1919 teriam falecido mais de 3.000 pessoas no nosso País. Há quem refira uma 4.ª vaga no outono – inverno de 1920. Factos relevantes e alguns inesperados da pneumónica (1918 – 1920): Não deflagrou no inverno mas na primavera; - Possuía uma mortalidade elevadíssima; - Tinha uma contagiosidade extrema e um período de incubação rapidíssimo; - As vítimas principais eram os jovens e adultos entre os 15 e os 45 anos; - Atingiu pessoas de todas as classes sociais e mais as zonas rurais. Em Portugal, com 6 milhões de habitantes à altura, 80% da sua população ativa ocupava-se na agricultura. - Desconhecia-se o agente causador, que só foi isolado na década de 1930. Hoje classificado como o vírus da gripe, subtipo A (H1N1). Todos estes vírus são de origem aviária que, por mutação, passa a transmitir-se entre os humanos.
  • 71. À impotência médica juntava-se a inoperância do Estado para lidar com tamanhas proporções do flagelo. Outras doenças assolavam o nosso país: tuberculose, cólera, febre amarela, varíola, febre tifóide, carbúnculo, difteria, tifo exantemático, peste bubónica, malária e múltiplas doenças infantis... Já em maio de 1918 uma epidemia de varíola tinha assolado o Algarve. A mortalidade causada pela tuberculose foi superada pela da pneumónica em 1918.
  • 72. O subdelegado de saúde concelhio pouco mais podia fazer do que enviar ofícios às autoridades competentes. O Instituto Central de Higiene, o atual Instituto Ricardo Jorge, foi criado em 1899. Os meios modernos concentravam-se em Lisboa, que dispunha de alguns hospitais especializados, como o do Rego, chamado de Hospital Curry Cabral, em 1906, foi destinado às doenças infetocontagiosas. Já existia, nesse tempo, a Direção Geral de Saúde e os cargos de delegado e subdelegado de saúde a nível distrital e concelhio. Tinham poucos recursos. Havia os hospitais ligados ao ensino da medicina em Lisboa, Coimbra e Porto. A maioria dos hospitais portugueses pertencia às Misericórdias - os mais dotados nas capitais de distrito, e os muito modestos nas povoações mais pequenas. Em 1920 havia, em Portugal, 1 médico por cada 2238 habitantes e 1 farmácia por cada 3825 habitantes, diferente da atualidade. Em 2018, havia 1 médico para 189 habitantes e 1 farmácia por cada 2800.
  • 73. À época São Brás de Alportel tinha 5 farmácias para uma população concelhia um tanto semelhante à atual. Pelo senso de 2021 o concelho de São Brás de Alportel tem 11.266 habitantes. Em 1911 tinha 11.900 habitantes. Foto de José Félix Pontes, 1924 Era um tempo marcado por profunda assimetria no acesso aos cuidados médicos. Até há 40 anos, antes da criação do Serviço Nacional de Saúde, os mais carenciados, a maioria, fora dos grandes centros, só podiam contar com a ação caritativa das Misericórdias, e a dos municípios que contratavam os médicos, chamados “do partido municipal ou facultativos”. Só quem possuía o mínimo de meios podia ser cliente da medicina privada.
  • 74. Largo de São Sebastião. Postal modificado de João Rosa Beatriz. O pós Grande Guerra foi crítico: - Afetou profundamente os trabalhadores e os mais humildes. Havia fome e falta de alimentos devido ao racionamento e à subida de preços. - Foi uma época de assaltos, e de greve geral em 1918, de quase guerra civil. Era Presidente da República Sidónio Pais e o Diretor-Geral de Saúde Ricardo Jorge que, quando o mal viesse recomendava: “cama, dieta, tisanas* e médico”. O Estado, debilitado com o esforço de guerra em África, e na Europa, pouco podia oferecer aos seus cidadãos pobres, que eram a maioria. (Tisana – cozimento de cevada, aquoso, contendo alguns princípios medicamentosos, que servia de bebida aos doentes).
  • 75. Vejam este telegrama dramático enviado pelo governador-civil de Faro no pico da epidemia: Exmo. Senhor Presidente da República, Belém, Lisboa. Gravemente doente, solicito a V. Ex.ª proteção para o Algarve. Epidemia varre povoações inteiras havendo já cemitérios completamente cheios, fazendo-se enterramentos em campa rasa. Faltam medicamentos, arroz, açúcar, velas, petróleo, massas, manteiga, batatas e há três dias que não há pão (...).Povo ordeiramente vem pedir-me pão e crianças vagueiam na rua chorando com fome. (...) Rogo proteção a V. Ex.ª acudindo a tanta miséria. A todo o momento cai gente na rua com doença e fome. Barcos de pesca param serviço por falta de gente. Não há peixe.
  • 76. Não me vou alongar mais. Certamente pensarão como são iguais nuns aspetos, e diferentes noutros, os tempos de outrora, de há 100 anos, e os de agora. Dos dados retirados da obra São Brás de Alportel Memórias, volume II, do Padre Dr. Afonso da Cunha Duarte, sabe-se que, em 1918 teriam falecido no Concelho devido à pneumónica 499 pessoas e, em 1919, 209.
  • 77. Estatísticas Fonte JHU CSSE COVID-19 Data Última atualização há 4 dias (4 de novembro de 2021): Em Portugal - 1,1 milhão de casos e 18 198 óbitos. No Mundo - 250 milhões de casos e 5 040 000 óbitos.
  • 78. Dr. Estanco Louro em 1950.
  • 79. Rua Professor M. F. Estanco Louro, a rua onde se situam os Correios em São Brás de Alportel.
  • 80.
  • 81. ´- Os piolhos, as pulgas, as carraças, além de outros vetores (moscas, mosquitos,...) podem transmitir doenças. Há que os eliminar com medidas de higiene e outras ... Não sabemos o que nos espera no futuro mas, podemos adiantar que, as epidemias e as pandemias vão repetir-se. A História ensina-nos a estar preparados!
  • 82. Há 3 notáveis são-brasenses a centrar esta fotografia, 2 deles mencionados nesta exposição. Quem os reconhece? Resposta – A formar um triângulo central temos, de pé o Dr. Pereira Machado, ladeado à sua esquerda pelo Dr. Estanco Louro. Na fila de baixo, ao centro, entre os dois referidos encontra-se o Dr. José Dias Sancho. Sabem quem são os restantes?
  • 84. Bibliografia: Estanco Louro, O Livro de Alportel – Monografia de uma Freguesia Rural – Concelho, edição de 1986. Martins, José do Carmo Correia, artigo Há Cem Anos (10) São Brás de Alportel: As adversidades na Afirmação do Novo Concelho – A Pneumónica de 1918. Jornal Notícias de S. Braz, 20 de janeiro de 2016. Martins, José do Carmo Correia, artigo Há Cem Anos (10) São Brás de Alportel: As Adversidades na Afirmação do Novo Concelho, O Livro de Alportel, 1929 – Manuel Francisco do Estanco Louro (1890-1953).Jornal Notícias de S. Braz, 20 de abril de 2016. Martins, José do Carmo Correia, Subsídios para uma Biobibliografia São-Brasense, 2017. Pestes e Epidemias em Portugal, revista Visão História, n.º 58, abril. 2020. Museu do Traje de São Brás de Alportel, As Engrenagens do Tempo – Visão Social de 30 Anos de História de São Brás de Alportel, 1900 – 1930. Afonso da Cunha Duarte, São Brás de Alportel, Memórias, volume II, Terras de Alportel, 2008. Dias, Joaquim Manuel, 100 Anos, 100 biografias, 2015. Agradeço a preciosa colaboração do Dr. José do Carmo Correia Martins, do Senhor Emanuel Andrade Sancho e do meu filho Pedro que teve a paciência de ultimar este powerpoint.