1. TEIXEIRA DE PASCOAES
«Agir é construir, destruindo.»
«A corrupção favorece as ideias novas.»
«A ciência desenha a onda; a poesia
enche-a de água.»
(Teixeira de Pascoaes)
Pascoaes, por Columbano. Lisboa, Museu Nacional de Arte Contemporânea
Pseudónimo do escritor português Joaquim Pereira Teixeira de Vasconcelos (Amarante,
2/11/1877 – Gatão, Amarante 14/12/1952). Passou quase toda a sua vida no “Solar de
Pascoais”, a 3 Km de Amarante. Licenciou-se em Direito, em Coimbra (1901), passando a
exercer a advocacia e a desempenhar funções judiciais, ocupações que abandonou em 1913
para passar a viver naquele seu refúgio das abas do Marão, celibatário, mas acompanhado
da família. Em 1910, com Jaime Cortesão e Leonardo Coimbra, fundou a revista A Águia - de
que veio a assumir a direcção literária - tendo sido, pouco depois, responsável pelo
lançamento do movimento cultural da “Renascença Portuguesa” (que atravessaria todo o
séc. XX português - até 1890). Mentor do Saudosismo (1912-1915) como traço definidor da
alma nacional, Pascoaes viria a ser próximo de outras figuras de grande projecção no mundo
da cultura, como António Correia de Oliveira e Raul Brandão ou os espanhóis Miguel de
Unamuno e Eugenio d’Ors.
Tendo publicado o primeiro livro aos 18 anos – Embriões (1895), integram igualmente a sua
vasta obra - que oscila entre a poesia, o memorialismo e o biografismo - títulos como:
Sempre (1898), Jesus e Pan (1903), As Sombras (1907), Marânus (1911), A Arte de Ser
Português (1915), Os Poetas Lusíadas (1919), Livro de Memórias (1928), Napoleão (1940),
Santo Agostinho (1945) e O Empecido (1950).
Sobre Pascoaes, realizou Dórdio Guimarães o filme Marânus, em 1978.
(Texto adaptado a partir de: Grande Dicionário Enciclopédico Ediclube, vol. XIV, pág.4678)