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Departamento de Ciências da Educação
                         1º Ciclo de Ciências da Educação
                                2º Ano 1º Semestre
                               Educação Comparada
                               Docente: Nuno Fraga



       Promover a compreensão da educação comparada em toda a Europa


O contributo que as visitas de estudo têm para a educação comparada


       Como todos nós sabemos os estabelecimentos de ensino são bastante complexos
e por isso não é fácil compreender o seu funcionamento. Actualmente com uma Europa
mais alargada existe a necessidade de promover a educação e a melhor forma de
promover essa mesma educação é através de visitas de estudo, desde que sejam bem
organizadas. Para que isso aconteça as autoridades europeias estão a tentar ajudar os
especialistas da educação comparada a compreender a educação nos diferentes países da
Europa.


Dificuldades e riscos das visitas de estudo


       O primeiro ponto é de natureza epistemológica. As nossas observações nunca
poderão ser verdadeiramente objectivas, porque somos influenciados pela nossa
personalidade, pela nossa história, assim como pela experiência académica e
competências do investigador. O facto de a nossa objectividade não ser absoluta impõe-
nos certos limites e obrigações. Depois devemos confirmar sistematicamente os nossos
dados, comparando-os com outros dados fidedignos. Devemos ainda procurar
desenvolver as nossas capacidades de comparação, estudando técnicas e métodos nesta
matéria e por ultimo devemos manter sempre uma atitude realista e um espírito aberto
para outras opiniões e novos factos. A segunda dificuldade é de natureza conceptual.
Devemos sempre ter em atenção a formulação de conceitos que estão intimamente
ligados a uma determinada sociedade porque dependem do carácter cultural dessa
mesma sociedade. Ao procurarmos estudar um sistema educativo estrangeiro, temos de


                                                                                    1
ter sempre em conta, que, nesse país, os conceitos podem ser interpretados de forma
diferente. Por isso devemos sempre adaptar os sistemas educativos estrangeiros no
devido contexto conceptual, senão podemos chegar a conclusões erradas. O terceiro
ponto esta relacionado com o contexto social que é mudado constantemente pela
tradição e pela visão de um futuro melhor.


Condições necessárias para uma visita de estudo de sucesso


       Uma visita de estudo tem de ser vista como um acto de comunicação e para que
seja eficaz é essencial que seja considerada como tal. O facto dos participantes serem
provenientes de diferentes realidades culturais, históricas e sociais, faz com que estes
tenham diferentes visões e interpretações da mesma mensagem.
       Segundo Dimitris Mattheou a educação comparada poderá dar o seu contributo
através das seguintes fases:
       “A primeira fase abrange a escolha do tema, conteúdo e estrutura da visita de
estudo pelas autoridades do país de acolhimento. A segunda refere-se à selecção dos
participantes de acordo com determinados critérios predefinidos. A terceira fase
corresponde à preparação e apoio aos participantes por parte das autoridades do seu
país. A quarta fase consiste na própria visita, que inclui tantos os participantes como
as pessoas seleccionadas pelas autoridades do país de acolhimento, mais uma vez de
acordo com determinados critérios. A apresentação de relatórios, tanto às autoridades
do país dos participantes, como a um grupo mais vasto de especialistas no domínio da
educação, constitui a última fase.”
       Apesar    de   todas    as   fases    descritas   anteriormente   serem   estudadas
minuciosamente torna-se fundamental que todo este processo da visita de estudo seja
avaliado sistematicamente, tanto pelas autoridades como pelos participantes do país de
acolhimento, e pelos participantes do país de origem, com base em objectivos e critérios
estabelecidos de comum acordo, tendo o cuidado de utilizar instrumentos de avaliação
válidos e fidedignos e dando sempre atenção à importância de definir correctamente as
prioridades.
       Por fim, estas conclusões da avaliação devem ser registadas num relatório bem
elaborado e documentado.




                                                                                        2

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Educação Comparada: O contributo das visitas de estudo

  • 1. Departamento de Ciências da Educação 1º Ciclo de Ciências da Educação 2º Ano 1º Semestre Educação Comparada Docente: Nuno Fraga Promover a compreensão da educação comparada em toda a Europa O contributo que as visitas de estudo têm para a educação comparada Como todos nós sabemos os estabelecimentos de ensino são bastante complexos e por isso não é fácil compreender o seu funcionamento. Actualmente com uma Europa mais alargada existe a necessidade de promover a educação e a melhor forma de promover essa mesma educação é através de visitas de estudo, desde que sejam bem organizadas. Para que isso aconteça as autoridades europeias estão a tentar ajudar os especialistas da educação comparada a compreender a educação nos diferentes países da Europa. Dificuldades e riscos das visitas de estudo O primeiro ponto é de natureza epistemológica. As nossas observações nunca poderão ser verdadeiramente objectivas, porque somos influenciados pela nossa personalidade, pela nossa história, assim como pela experiência académica e competências do investigador. O facto de a nossa objectividade não ser absoluta impõe- nos certos limites e obrigações. Depois devemos confirmar sistematicamente os nossos dados, comparando-os com outros dados fidedignos. Devemos ainda procurar desenvolver as nossas capacidades de comparação, estudando técnicas e métodos nesta matéria e por ultimo devemos manter sempre uma atitude realista e um espírito aberto para outras opiniões e novos factos. A segunda dificuldade é de natureza conceptual. Devemos sempre ter em atenção a formulação de conceitos que estão intimamente ligados a uma determinada sociedade porque dependem do carácter cultural dessa mesma sociedade. Ao procurarmos estudar um sistema educativo estrangeiro, temos de 1
  • 2. ter sempre em conta, que, nesse país, os conceitos podem ser interpretados de forma diferente. Por isso devemos sempre adaptar os sistemas educativos estrangeiros no devido contexto conceptual, senão podemos chegar a conclusões erradas. O terceiro ponto esta relacionado com o contexto social que é mudado constantemente pela tradição e pela visão de um futuro melhor. Condições necessárias para uma visita de estudo de sucesso Uma visita de estudo tem de ser vista como um acto de comunicação e para que seja eficaz é essencial que seja considerada como tal. O facto dos participantes serem provenientes de diferentes realidades culturais, históricas e sociais, faz com que estes tenham diferentes visões e interpretações da mesma mensagem. Segundo Dimitris Mattheou a educação comparada poderá dar o seu contributo através das seguintes fases: “A primeira fase abrange a escolha do tema, conteúdo e estrutura da visita de estudo pelas autoridades do país de acolhimento. A segunda refere-se à selecção dos participantes de acordo com determinados critérios predefinidos. A terceira fase corresponde à preparação e apoio aos participantes por parte das autoridades do seu país. A quarta fase consiste na própria visita, que inclui tantos os participantes como as pessoas seleccionadas pelas autoridades do país de acolhimento, mais uma vez de acordo com determinados critérios. A apresentação de relatórios, tanto às autoridades do país dos participantes, como a um grupo mais vasto de especialistas no domínio da educação, constitui a última fase.” Apesar de todas as fases descritas anteriormente serem estudadas minuciosamente torna-se fundamental que todo este processo da visita de estudo seja avaliado sistematicamente, tanto pelas autoridades como pelos participantes do país de acolhimento, e pelos participantes do país de origem, com base em objectivos e critérios estabelecidos de comum acordo, tendo o cuidado de utilizar instrumentos de avaliação válidos e fidedignos e dando sempre atenção à importância de definir correctamente as prioridades. Por fim, estas conclusões da avaliação devem ser registadas num relatório bem elaborado e documentado. 2