O documento discute as etapas de pós-colheita das anonáceas, incluindo colheita manual, embalagens adequadas, armazenamento refrigerado e atmosfera modificada para prolongar a vida útil dos frutos e reduzir perdas pós-colheita. Também aborda tratamentos como filmes plásticos e radiação UV para conservação, além de requisitos para exportação e considerações finais sobre comercialização e falta de informações sobre a cultura.
2. • A colheita deve ser realizada quando os frutos estiverem no estádio “de vez” antes
do seu pico climatérico.
• A cor da casca torna-se verde amarelada.
• Há o aparecimento de 40% do tecido intercapelar.
• Deve ser consumida quando o teor de sólido solúveis e acidez forem adequados.
COLHEITA
3. • Deve ser feita manualmente utilizando tesoura de poda.
• A época da colheita depende
Condições climáticas locais
Distância do mercado
consumidor
COLHEITA
4. • Evitar torções
• Utilizar escadas, sacolas, tesouras e caixas para acondicioná-los.
COLHEITA
5. • Embalagens adequadas podem contribuir para diminuir o elevado índice
de perdas pós-colheita, o que impede que 20 a 30% das frutas produzidas
que saem do campo cheguem ao consumidor final.
• Dentre as causas de perdas pós-colheita de frutas no país, as mais
importantes são o manuseio e o uso de embalagens inadequadas e os
consequentes danos mecânicos infringidos ao produto.
EMBALAGENS
6. • Filmes plásticos: Reduzem sensivelmente a perda de massa dos frutos, retardando o
amadurecimento e a elevação das taxas respiratórias, assim como reduzem a
produção de etileno e atrasam o amolecimento (perda da firmeza).
EMBALAGENS
7. • Rede Protetora: Sua função é proteger superfícies e evitar danos durante o
transporte e armazenagem. Fornece a melhor opção deixando as cargas mais
seguras, diminuindo a taxa de danos.
• Protege a superfície de frutas em geral e evita danos durante o transporte e o
período vendas, ideal para proteção contra impactos.
EMBALAGENS
8. • Caixas: Suas principais funções são evitar danos
mecânicos e agrupar produtos em unidades adequadas para
o mercado e o manuseio;
• As embalagens de madeira podem ser facilmente
manuseadas e transportadas através de empilhadeiras, é
fundamental para uma mercadoria que exerce uma função
de transporte de peças frágeis;
• É possível garantir a facilidade durante o transporte, além,
é assegurar a segurança necessária para as frutas;
EMBALAGENS
9. • As condições inadequadas de colheita e práticas pós-colheita e a falta de
armazenamento refrigerado faz com que os frutos se conservam por curto
período de tempo;
• Utilizando-se filme plástico associado a refrigeração ocorre ganho maior de
dias para a comercialização das frutas;
• O objetivo principal da pós-colheita e armazenamento de alimentos é a
redução das perdas, permitindo maior flexibilidade na comercialização.
ARMAZENAMENTO
10. • A refrigeração é o método mais econômico para o armazenamento prolongado;
• Baixas temperaturas retardam o envelhecimento devido ao amadurecimento;
• A umidade relativa deve se manter em torno de 85 a 95% de acordo com o fruto;
• O armazenamento refrigerado associado à utilização da atmosfera modificada prolonga
a vida útil de frutos refletindo no aumento do período de comercialização. Permitindo
que, além da temperatura e da umidade relativa do ar, controle-se a concentração dos
gases no ambiente da câmara.
ARMAZENAMENTO
11. O aumento nas taxas da atividade respiratória nas anonáceas, que, segundo Bruinsma e Paull
(1984), é induzida pela própria colheita, é seguido de uma rápida modificação na composição
química, tornando o sabor e o aroma muito agradáveis. Porém, em contrapartida, há um
decréscimo muito rápido da firmeza da polpa (ALVES et al., 1997).
TRATAMENTOS DE CONSERVAÇÃO
12. Frutos acondicionados em filmes plásticos:
• Barreira para a movimentação do vapor da água
• Redução sensivelmente a perda de massa dos frutos
• Redução da produção de etileno e atraso do amolecimento
• Transformações bioquímicas
Toda esta mudança na condição de armazenamento do fruto, pode estender a sua vida útil, mas
pode induzir desordens fisiológicas, caso a permeabilidade da película seja inadequada.
TRATAMENTOS DE CONSERVAÇÃO
13. • A embalagem com polietileno promove uma
modificação na atmosfera ao redor dos frutos
devido ao aumento na taxa respiratória,
elevando a concentração de CO2 e diminuindo
a concentração de O2
TRATAMENTOS DE CONSERVAÇÃO
14. Armazenamento refrigerado:
• Embalagens ativas, com absorvedores de etileno;
• atenção na temperatura de armazenamento;
• Uma combinação de embalagem com uma temperatura inadequada poderá causar uma entrada
de oxigênio e/ou saída de gás carbônico insuficiente através da embalagem;
Para a atemóia, temperaturas muito baixas podem
causar injúria pelo frio, alterando a coloração da
casca e da polpa, além de provocar outros distúrbios
fisiológicos.
TRATAMENTOS DE CONSERVAÇÃO
15. Atmosfera modificada: consiste na redução do O2 e aumento do CO2.
• Interferem nos processos bioquímicos e fisiológicos do fruto;
• Retarda a senescência;
• Diminui a proliferação de agentes microbianos.
O armazenamento refrigerado associado à utilização da atmosfera modificada destaca-se como
uma possibilidade no prolongamento da vida útil dos frutos, refletindo na dilatação do período
de comercialização.
TRATAMENTOS DE CONSERVAÇÃO
16. Radiação ultravioleta (UVC):
• Atuador antimicrobiano;
• Possibilita aumento da vida do fruto;
• Manutenção das características sensoriais e nutricionais do produto.
Utilizando-se adequadamente, permite
reduzir patógenos no tecido vegetal,
minimizando as doenças pós-colheita e,
consequentemente, aumentando o período
de vida útil.
TRATAMENTOS DE CONSERVAÇÃO
17. A Comissão Econômica para a Europa, da Organização das Nações Unidas, estabelece para
Anonáceas duas classes de frutas de acordo com a qualidade:
• Classe Extra: reúne os frutos de qualidade superior;
• Classe I: admite frutos com defeitos leves na forma.
EXPORTAÇÃO
18. Os limites de tolerância para qualidade e tamanho são:
• Classe Extra - 5% dos frutos não atende às exigências da classe, mas satisfaz às da classe I
ou, excepcionalmente, estão inseridos na tolerância daquela classes.
• Classe I - 10% do peso dos frutos não satisfaz às exigências mínimas, com exceção para
frutos afetados por podridão, amassamento grave ou qualquer deterioração que torne o fruto
impróprio para consumo.
EXPORTAÇÃO
19. • A classificação por peso é obrigatória para ambas as classes. Utilizando-se essa norma como
base, sugere-se a classificação apresentada na Tabela.
Classificação de atemóia de acordo com o peso.
EXPORTAÇÃO
20. Há algumas situações observadas nas casas de embalagem que não
são recomendadas para o manuseio das frutas:
• Manuseio excessivo e inadequado das frutas
• Acessórios deficientes (caixas, ferramentas)
• Desconhecimento da qualidade microbiana da água
• Limpeza e higiene deficientes
• Deficiência de estruturas de apoio à higiene e saúde dos trabalhadores
(banheiros, bebedouro, pias, etc.)
• Ausência de planejamento de manutenção de instalações e equipamentos
• Acessos mal conservados (estradas)
• Ausência de drenagem e tratamento de água
• Ausência de local específico para agroquímicos
• Ausência de registros do uso e preparação de químicos
• Deficiência no uso de EPIs
21. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A comercialização é prejudicada devido ao rápido amadurecimento.
A falta de informações sobre a cultura e a conservação de pós-colheita tem limitado a
instalação de novos pomares.
Atualmente, as técnicas e tecnologias que visam à qualidade pós-colheita com
maior extensão da vida de prateleira são iniciantes.
Notas do Editor
Deixando entre 0,5 e 1 cm de pedúnculo para evitar perda de peso e abertura para patógenos
Deixando entre 0,5 e 1 cm de pedúnculo para evitar perda de peso e abertura para patógenos