O poema descreve uma casa solitária e tranquila no campo, escondida atrás de eucaliptos, com jardim, pomar e horta. No entanto, ao final revela que a casa na verdade não existe, trata-se apenas de uma ilusão do poeta, que se sente sozinho.
2. Onde a cidade acaba em chácaras quietas e a campina se alarga em sulcados caminhos achei a solidão amiga dos poetas numa casa que é ninho, entre todos os ninhos.
3. Térrea, branquinha, com portadas muito largas, desse azul português das antiquadas vilas e uma decoração de laranjas amargas que perfumam da tarde as aragens tranqüilas.
4. Ergue-se no pendor suave da colina, escondida por trás dos eucaliptos calmos; tem jardim, tem pomar, tem horta pequenina, solar de Liliput que a gente mede aos palmos ...
5. este ponto, a ilusão, a miragem, se some; olho para você,eu triste, você triste. Enganei uma boba! O bairro não tem nome, a estrada não tem sombra, a casa não existe!
6. AFONSO SCHMIDT nasceu em Cubatão / SP em 18 de junho de 1890 e faleceu em São Paulo em 03 de abril de 1964. Em 1963 recebeu o prêmio O Intelectual do Ano , troféu Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores. Sua obra poética inclui Mocidade (1921), Garoa (1932), Poesias (1934), Poesia (1945). De origem humilde, Afonso Schmidt manifestou em seu trabalho como jornalista, contista e romancista a preocupação com os pobres, os excluídos da sociedade. Poeta parnasiano, apontou também em seus versos desigualdades e injustiças sociais, que o inquietaram ao longo de toda a vida.
7. FORMATAÇÃO: Mima Badan [email_address] MÚSICA: A time for us – Execução: Peter Nero (Repasse com os devidos créditos)