1) Até 1870, nem Alemanha nem Itália existiam como nações unificadas, mas sim como uma série de pequenos reinos e estados. 2) A Prússia propôs a unificação alemã em 1815, mas Áustria e Inglaterra se opuseram por temerem a concorrência. 3) Sob o governo de Bismarck na década de 1860, a Prússia promoveu uma série de guerras que culminaram na unificação da Alemanha em 1871.
1. Unificação Alemã e Italiana
Professor: Miguel Dratovsky
Concepção Gráfica: Bruno Vinagre
Até 1870 não existiam nem Alemanha nem Itália. Onde hoje é a Alemanha havia
um conjunto de trinta e nove países, sendo o mais importante a Prússia. Na área
da Itália atual, havia um conjunto de sete países, cujo mais importante era o
Piemonte.
Em 1815, no Congresso
de Viena, a Prússia
propõe unificação. Como
a Prússia já era um país
que começava a se
industrializar, percebe a
utilidade de formar um
grande mercado. Mas,
temendo a concorrência,
a Áustria e a Inglaterra
irão se opor a essa
unidade.
Em 1830, com o início
das revoluções liberais
na França, a Alemanha
tenta se unificar, mas a
Inglaterra e Áustria se
unem e impedem esse
resultado.
Porém, a Prússia vai receber um
“prêmio de consolação” (a
formação de um mercado comum
entre os vários países da
confederação germânica, o
Zollverein, em 1834).
Além do crescimento do comércio
que isso provocou, não somente
para a Prússia mas para todos os
países da confederação, também
2. houve um enorme crescimento do contato entre os povos desses países. Isso será
determinante para o nascimento da consciência da existência de uma Nacionalidade
Germânica.
Um outro fator muito importante para o processo de criação dessa “consciência
nacional” foi o movimento romântico. O romantismo vai buscar no passado
histórico, a justificativa para a unificação política. Além disso, o enorme apelo
popular que esse estilo tinha, fez com que a ideia da unidade nacional fosse
abraçada pelo povo. Por isso, em 1848, mais uma vez, os movimentos de
unificação tentam criar uma Alemanha e uma Itália, dessa vez, com amplo apoio
popular. Mas, mais uma vez essas tentativas foram frustradas pela Áustria e pela
Inglaterra.
Somente em 1862, quando se torna Primeiro Ministro da Prússia, Otto Von
Bismark, é que esse processo começa a se materializar.
Bismark vai perceber que era impossível unificar a Alemanha se a Inglaterra
continuasse se opondo. Por isso, sua estratégia será tentar convencer os ingleses a
permitirem esse processo.
Serão anos de conversações secretas, até que, a
Inglaterra permitirá essa unidade, mas sob duas
condições:
A Alemanha unificada jamais partiria para um
processo imperialista.
A Alemanha permitiria o livre acesso dos
produtos ingleses ao seu mercado.
Ele aceita essas condições e a Inglaterra promete não
mais intervir para impedir a unificação. A partir daí,
Bismark vai promover uma série de guerras, que vão
terminar levando à unificação.
Derrota a Dinamarca e anexa os ducados do Norte do país (Holstein,
Schleswig e Macklenburg).
Vence a Áustria e
unifica a parte norte do
país.
Por fim, derrota a França
e anexa a rica região da
Alsácia-Lorena, uma das
mais importantes
produtoras de carvão da
Europa. O Sul se une ao
BISMARCK
K
3. Norte e se completa a unificação.
Com a derrota da Áustria e da França, a Igreja perde suas duas grandes proteções.
Dessa forma, a Itália completa sua unificação em 1871, anexando Roma.
O Papa Pio IX, em protesto, passa a se considerar prisioneiro da Itália e se confina
no Vaticano, dando origem à “Questão Romana”.
Pio IX foi o papa que governou a Igreja durante o
período da unificação da Itália. Inicialmente, ele foi
favorável a uma confederação dos Estados Italianos.
Posteriormente, ele percebe que, a tendência do
movimento era por uma Itália liberal e, de certa
forma, anticatólica.