O documento descreve o processo de unificação da Alemanha no século XIX, que ocorreu principalmente devido aos ideais de nacionalismo e liberalismo. A Prússia liderou o movimento de unificação sob o comando de Bismarck, derrotando outros estados alemães e a Áustria para estabelecer o Império Alemão em 1871. O romantismo alemão também influenciou esse processo, despertando o orgulho nacional através da arte e da cultura.
1.
Carolina Casaccio Fim n°05 2ª série E.M.
Nathalia Salgado Silva n°22 Profª Kerol Brombal
Valquíria de Andrade Berardi n°25 História
2. Ao examinar a linguagem, a literatura e os costumes do povo
alemão, alguns pensadores românticos, pretendiam criar um
orgulho nacional. Ao despertar um amor profundo ao passado, o
nacionalismo, ideologia segundo a qual o indivíduo deve lealdade
e devoção ao Estado nacional, conduziria a guerras de expansão.
3. Johann Gottfried Herder (1744-
1803) concebeu a ideia da
Volksgeiste, “alma do povo”.
Para ele, cada povo era único e
criativo; cada um expressa seu
gênio na linguagem, na
literatura, nos monumentos e
nas tradições populares.
Sua ênfase na cultura una de
um povo estimulou a
consciência nacional entre os
alemães.
4. As revoluções de 1848 provaram a força do nacionalismo, liberalismo e
socialismo. Em 1867, a Hungria obteve a autonomia que perseguia desde
1848; por volta de 1870, a unificação, tanto da Itália como da Alemanha,
foi concretizada.
5. Queda de Napoleão – este foi responsável por uma grande divisão do
continente em prol dos seus interesses;
Reorganização das monarquias europeias;
Formação da Confederação Alemã;
6. Região formada por 38 Estados independentes comprometidos a defenderem
a soberania das monarquias dos estados participantes;
Dentro desse aglomerado de monarquias, os mais importantes eram o reino
da Prússia, governada pela dinastia dos Hohenzollern, e o Império
da Áustria, governado pela casa de Habsburgos.
7. Uma primeira tentativa de unificação ocorreu em meados no século XIX,
por influência da chamada Primavera dos Povos: movimentos
revolucionários que ocorreram em 1848 por toda a Europa.
8. Congresso de Viena:
• realizado na Europa entre 1814 e
1815;
• responsável pela reorganização
geopolítica do continente: retorno de
monarquias centralizadoras em
muitos pontos da Europa.
Processo de Industrialização:
• fortaleceu a burguesia;
• exploração da força de trabalho;
• operários em difíceis condições de
vida;
• camadas sociais desiguais se uniram
para a derrubada das monarquias
europeias.
9. Na Confederação Germânica, movimentos radicalizados exigiram:
• sufrágio (apoio) universal;
• a convocação de Assembleia Constituinte;
• a aprovação de novas cartas magnas;
• o fim do poder centralizado dos monarcas;
• e desejavam unificar todos os estados num só país: a Alemanha.
10. Porém, a Áustria mudou de posição, passando a apoiar o rei – dando
novo ânimo às monarquias e impossibilitando a unificação.
11. Áustria: desenvolvimento econômico sustentado pelo seu forte setor
agrícola.
Prússia: via no processo de unificação política dos estados confederados
um importante passo para o desenvolvimento econômico e industrial
daquela região:
• unificação significava um mercado de grandes dimensões, capaz de
sustentar seu desenvolvimento, e a proteção governamental contra a
concorrência inglesa;
• nobreza sonhava com a construção de um poderoso império alemão,
governado por uma casa imperial forte.
12. Buscando efetivar seu interesse, a Prússia criou uma zona aduana
chamada de Zollverein, que aboliu as taxas alfandegárias entre as
monarquias envolvidas no acordo, facilitando o comércio entre os
Estados e incentivando o desenvolvimento industrial. Grande parte dos
estados entrou nesta união, porém a Áustria optou por ficar de fora.
13. A criação desta união fez aumentar ainda mais o poder da Prússia e
diminuir o da Áustria na Confederação.
14. No ano de 1862, o rei prussiano
Guilherme I escolheu para ser o
primeiro-ministro da Prússia o
político e diplomata Otto Von
Bismarck, o Chanceler de Ferro.
A ideia de Guilherme I era
unificar os Estados Germânicos,
processo que seria organizado por
Bismarck.
Bismarck, membro da
aristocracia prussiana, era um
político conservador, partidário
de um regime monárquico forte e
concentrado nas mãos do rei.
15. Sua política interna tinha dois objetivos:
• a unificação do território alemão por uma extensa rede ferroviária que
colocasse em contato direto todas as regiões de um futuro império;
• a modernização do exército.
16. Foi a primeira etapa do plano militar de unificação germânica colocado
em prática.
1864: Prússia e Áustria conquistaram os ducados de Holstein e
Schleswig que estavam sob posse da Dinamarca, porém eram habitados
por germânicos (territórios perdidos durante o Congresso de Viena).
Holstein e Schleswig Prússia e Áustria conquistaram os
ducados
17. Como resultado da Guerra dos Ducados, a Áustria havia ficado com o
ducado de Holstein.
Bismarck ficou descontente com a administração austríaca no condado e
declarou guerra à Áustria no ano de 1866.
18. A Áustria estava envolvida numa guerra contra o reino do Piemonte na Itália,
e preocupada com uma iminente revolução húngara.
Por já estar envolvida em outros conflitos, assinou um acordo de paz (Paz de
Praga), dando à Prússia o controle de todos os estados do norte da
Confederação.
Com isso, a Prússia passou a deter maior influência política entre os estados
germânicos, isolando a Áustria.
19. Para concluir o objetivo de unificar todos os Estados Germânicos, a
Prússia precisava conquistar os estados do sul.
20. Porém, o imperador da França, Napoleão III, se
opôs a ideia de Bismark, após um problema de
sucessão no trono da Espanha.
Estava sendo cogitado o príncipe Leopoldo,
parente de Guilherme I da Prússia, ao qual a
França se opunha, pois seu acesso ao trono
poderia ampliar a influência prussiana.
Guilherme forçou o príncipe Leopoldo a retirar
seu nome como candidato ao trono.
21. Após Guilherme I recusar uma garantia formal de que nenhum parente
seu voltaria a se candidatar à coroa espanhola, houveram tensões entre o
embaixador francês e o rei, já que Bismarck publicou uma versão do
telegrama que dava a impressão de ter havido troca de insultos entre eles,
levando multidões a exigirem satisfações.
Quando a França proclamou a mobilização geral, Bismarck tinha a guerra
que queria.
22. O exército francês não pôde resistir à poderosa máquina militar
prussiana.
Os Estados do sul da Alemanha vieram em ajuda da Prússia.
Prussianos esmagaram as tropas Francesas, capturaram Napoleão III e
bloquearam Paris.
23. Em 1871 os franceses se renderam (Tratado de Frankfurt).
A França viu-se obrigada a pagar uma grande indenização e a ceder à
Alemanha as províncias fronteiriças de Alsácia e Lorena, ricas
produtoras de minério.
O império alemão viveu a rápida ascensão de sua economia.
24. O processo de unificação alemã se encerrou, oficialmente, em janeiro de
1871 quando os prussianos proclamaram o início do Segundo
Reich (“Segundo Império germânico”) no palácio de Versalhes, sede do
governo francês.
Sérias consequências futuras;
Espírito de revanche contra os alemães.
25. Guilherme I coroado como o primeiro Kaiser (imperador) da Alemanha
unificada.
Apesar disso, ainda haveria certas resistências regionais à formação do
Estado, como a do território da Baviera.
Processo extremamente demorado e complexo.
26. De forma geral, o processo de unificação da Alemanha, junto com o
italiano, simbolizou um período de acirramento das disputas entre as
economias europeias.
Tensão política gerada pelas disputas imperialistas responsáveis pela
montagem do delicado cenário preparatório da Primeira e da Segunda
Guerra Mundial.
27. Criação do II Reich na Alemanha (Império Alemão);
Desenvolvimento econômico e militar;
Crescimento do poder geopolítico;
Entrada da Alemanha na disputa por território no processo de
neocolonização da África e Ásia, aumentando a disputa por territórios
com o Reino Unido no final do século XIX (imperialismo);
Formação da Tríplice Aliança em 1882, bloco político-militar composto
por Áustria, Itália e Alemanha.
28. A Revolução Francesa causou profundas
transformações, não apenas políticas, mas
abalou todas as estruturas do pensamento
propagando sua influência no campo das
artes, da cultura e da filosofia.
Liberalismo: defesa dos Direitos do Homem,
da democracia e da liberdade de expressão,
alterando a mentalidade europeia e
modificando os seus critérios de valor.
A música e a arte: se desligar da arte do
passado deixando aos poucos os salões dos
palácios e pondo-se mais ao alcance da nova
classe social em ascensão, a burguesia,
invadindo as salas de concerto.
29. Romantismo Alemão: movimento
artístico, político e filosófico que nasce
no final do século XVIII, na Alemanha.
Valorizava os sentimentos (até mesmo
os sofrimentos), a imaginação, a
natureza idealizada, o passado e o
nacionalismo.
Contra a ideia da Razão vangloriada
pelo Iluminismo na Revolução Francesa.
30. Movimento alemão criado pelos irmãos August e Friedrich Schlegel, por
Novalis, jovem poeta, pelo autor de obras dramáticas Ludwig Tieck e pelos
ícones da Filosofia Schelling e Schleiermacher, todos unidos em torno da
revista “Atheanum”, em 1797.
Presença de Goethe e Schiller, a música com os compositores Beethoven e
Brahms, as Artes Plásticas com a Escola de Berlim e Frankfurt, e a filosofia.
Schelling Beethoven
31. Entre os traços comuns aos compositores do período pode-se ressaltar a
maior liberdade de modulação dos versos, garantindo uma maior liberdade e
expressividade a essa música “individualista” e “subjetiva”.
Elementos fora da tonalidade estrita do classicismo – atonalidade – Wagner.
Cavalgada das Valquírias Tristão e Isolda
32. Outro aspecto de destaque no
período romântico é o nacionalismo;
Nacionalismo: a música do final do
século XIX, embora contida no
individualismo, reflete as
preocupações coletivas relacionadas
aos movimentos de unificação que
marcam a Europa;
Até a metade do século XIX, toda a
música fora dominada pelas
influências alemãs;
Nacionalismo Musical: temas
nacionalistas em óperas
33. O processo de unificação da Alemanha simbolizou um
período de disputas entre as maiores economias
europeias.
A unificação alemã era principalmente desejada por
fatores mais do que políticos, eram econômicos e
industriais, o que proporcionaria seu respectivo
desenvolvimento.
Essa unificação só foi realizada devido a força do
nacionalismo, liberalismo e socialismo germânico, que
desejava unificar todos os estados num só país: a
Alemanha.
34. http://www.suapesquisa.com/historia/unificacao_da_alemanha.htm
http://www.brasilescola.com/historiag/unificacao-alemanha.htm
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=1139
http://www.coladaweb.com/historia/unificacao-alema
http://www.infoescola.com/historia/unificacao-da-alemanha/
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/unificacao-alema-bismarck-foi-o-cerebro-da-unificacao.htm
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http://rachacuca.com.br/educacao/historia/unificacao-da-alemanha/
http://www.academia.edu/655267/A_Alemanha_e_as_causas_da_Primeira_Guerra_Mundial
http://www.historiadigital.org/resumos/resumo-unificacao-da-italia-e-alemanha/
http://www.infoescola.com/movimentos-artisticos/romantismo-alemao/
http://www.beatrix.pro.br/index.php/o-romantismo-na-musica-1810-1910/
http://www.youtube.com/watch?v=aK4QW6o519Q
http://www.youtube.com/watch?v=Wwd51vB7Uow
http://www.youtube.com/results?search_query=%C3%B3pera+de+wagner
http://www.youtube.com/watch?v=izt1UrNzRj0
http://www.youtube.com/watch?v=uGAxAM5p0Qs
Flávio de Campos e Regina Claro, A escrita da História 2, São Paulo, Editora Educacional S/A, 1ª Edição,
2010.
Leonel Itaussu A. Mello e Luís César Amad Costa, História Moderna e Contemporânea, São Paulo, Editora
Scipione, 5ª Edição, 2001.
Revista Guia do Estudante – História, Editora Abril, 2014.