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Duetando a “Alma” com Gui Oliva
Procurando a poesia com Lêda Mello
Fragmentos – resposta poética – edição de Sônia Pallone
Duetando Vícios e Viços – Walter Pereira Pimentel
Vou e Vai – Gui Oliva
O vai-e-vem do papel – com Sylvia Cohin
Sobre novos e velhos encantos com Rosângela do Valle Dias
Libertando o coração com Gui Oliva
Poetando o “SE” com Gui Oliva
Sentindo o coração da poeta Vera Mussi
Acróstico da PAZ... seguindo o poeta Alceu
Fragmentando o tempo com Jorge Linhaça
“A minha oferta...” com Vera Mussi
Pedido de Socorro – entrelace de Sylvia Cohin
Duetando o “Vale à pena...”, Gui Oliva e Michèle Christine
Duetando com Gui Oliva – Cadê? Por quê? com Taí... porque...
Louvação – Entrelace de Vera Mussi e Sylvia Cohin
Os meus dedos errantes (Eugênio de Sá) e Os teus dedos (Susana
Custódio)
Fervendo, em décimas (Eugênio de Sá) e Ferve ao poeta... em
décimas (Carmo Vasconcelos)
Haverás (J. G. Martinez) e Haverei (Rose Mari)
Foste Tudo,Não Foste Nada (E. Possídio) – Glosa de Lêda Mello
TRANSMUDAÇÃO D´ALMA
             Gui Oliva



     minh´alma vive em elegia,

    canta o canto dos teus versos

  com amor, e se refaz a cada dia,

  transmuda-se do lúgubre em lume

        Santos/SP 28/04/07




     APELO D'ALMA
         Michèle Christine



  Que se levante em reza-ladainha

      sem tristeza e nostalgia,

     louvação de adeus à elegia.



  Que se levante em reza-ladainha
com firmeza e harmonia.

  louvação à chegada da alegria.



Que se conserve como reza-ladainha

festejando o renascer do dia-a-dia,

  a beleza mais-valia da poesia.



Que se conserve, poeta, o seu lume,

      o seu dom vaga-lume,

  candeia dessa vida-caminhante

  paz da nossa alma inconstante.



    Belo Horizonte, nov./2007




                                      Início
CADÊ POESIA?
           Lêda Mello



         Seguir é preciso.

        Sentir, nem tanto!

        Seguir sem sentir,

         talvez, é preciso.

         Apagar saudade,

      esquecer lembranças...

          Secura, deserto

      nas entranhas da alma.

      Os sonhos não brotam,

      não nascem os versos.

     Sem sonhos, sem versos,

           cadê poesia?

Arapiraca (AL) - Brasil, 07.05.2007




                                      Início
TUA MORADA... A POESIA!
            Michèle Christine



          Abre a tua alma, canta,

       sente que ela não está vazia!

     Tem lume de verso que encanta,

      tem oásis de rimas, tem magia!

   Embale-a com teus sonhos de poeta,

   plantados com sementes de alforria!

    Esquece essa lembrança irriquieta,

       dê asas de condor a alegria.

  Regresse ao teu rumo, ao teu repouso,

     tua ribalta em vigia está armada.

     Abrace a poesia, ela é teu pouso

         A poesia é tua morada...

 Belo Horizonte (MG) - Brasil, 08/05/2007




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Fragmentos
                 Michèle Christine



    "...Repudiar o impossível... é impossível...

           Ele não deixa o relógio parar;

as horas viram danças exaustivas que suam tristezas

 e o corpo reage às vigílias e vive com as estrelas.

         A esperança se veste de vontade

         e transborda a espera em emoção

               Seu espaço vira vida,

              roda-vida, roda-viva...

            O avesso enquanto lassidão

           vira o direito da vibração..."

                       2007




                                                       Início
Meu vício
   Walter Pereira Pimentel



  Em ti começa o meu vício
   Minha fome de amor
  Minha alegria, minha dor
       Meu suplício...



   Te seduzir, te conquistar
   Foi promessa, foi feitiço
         Sabes disso
       Não podes negar



  Aceita-me então como sou

      Sem tirar nem pôr

Minhas "fomes", meus desejos



Saciarei em ti, deixa acontecer
     O tão sonhado beijo
  Embriaga-me de prazer!
Meu Viço
              Michèle Christine



         Tu não és mais o meu vício,

         tampouco meu desperdício,

       ou minha dor, minha promessa,

              ou o meu suplício.



      Não és alfa, nem beta, nem gama.

  És meu inteiro, meu braseiro, minha rima.

    Timoneiro da minha rotina, lamparina.

    Minha gana, meu calor e minha cama.



  És minha veste, meu calçar e meu intento,

   meu presente, luar fervente, meu tempo...

         meu beijo com gosto de uva,

      meu perfume com cheiro de chuva.



       És minha paixão, minha chama,

pelerine suada de flama, meu bulício indecente,

           minha carícia inocente.



       Meu fermento e minha preguiça.

            Meu mundo inteiriço...

                  meu viço.



          Belo Horizonte, 23/06/2007




                                                  Início
VOU                            VAI

    Gui Oliva               Michèle Christine


     Versejar,                 Voar vôo viageiro

   pode ser mau              de vida-viva, veleiro,

 o verso, mas é meu     pois que é valentia, valsa, valia.

                                 É verdadeiro.

       Vício               É ventura! Viveza de anjo,

  que corrói alma,             vermelho-vinhedo,

mas ela não esqueceu   varanda-de-renda ao vento ventoso.

      Vontade                    Vogar ditoso.

que apazigua, acalma

   e me mantém

       Viva                      Versejo, verso,

                               ventura vespertina,

                         verde-oliva, várzea verdejante,

                           vesperal com viso de verão.
não me vejo          É vocação!

   em apogeu,

  só tento voar

      Voejo           Valor de poeta,

                     minha veneração.

     Volátil

  vou versejar          08/08/2008

vício vontade viva

  voejo volátil

   15/07/2008




                                        Início
A REVOLTA DO PAPEL            O PAPEL QUE VOLTA

      Sylvia Cohin               Michèle Christine


   Peço licença ao papel          Para Sylvia Cohin

 e rabisco algumas linhas,       presente da Michèle

 (uma daquelas cartinhas)           Dezembro/2006

 para o meu Papai Noel...

   Há que pedir licença,

  (que seja dita a verdade)

 que o papel é só descrença

   e lhe dói a nulidade...



 Constrangida e cautelosa       Da lonjura do além-mar

 vou escrevendo e riscando    "teu papel" entrou-me à casa
toda verve caudalosa          com rabiscos de desejos

 que o papel vai rejeitando...    e traçados de esperança.



  “Feliz Natal e Ano Novo,        Dos rabiscos e traçados,

   Dinheiro, paz e saúde,        constrangimento e cautela,

   Feliz enfim o meu povo          nasce tua carta singela

 livre de toda inquietude...”      ao Pai Noel que espera

“Reina Amor na humanidade,       sem cansaço e sem estorvo

Acaba a Pobreza no Mundo,            acatar tua quimera.

  O que se fala é verdade...

O Bem anda mais Fecundo...”



    Vejo o papel amarelo         Em além-mar volta o velho,

 a fitar-me com descrença...      brejeiro no seu vermelho

   como quem ri do anelo           de boné, bota e bengala

 querendo que o convença...      e o teu mundo desembala:



   “Todo Homem é Irmão            muito papel confiante...

e Reina a Paz sobre a Terra,     papel cor, tons do amor...

  Já não se fala de Guerra        papel branco, esperanto...

  A Justiça ergueu a mão!”         ousando te convencer

                                    muito neles escrever

                                  poemas, versos e canto.



  Nas linhas da minha carta       Do teu pedido, um trato:

 noto um movimento brando        teu mundo novo é o retrato
cada palavra se aparta,          do teu poetar, do teu canto.

   outra palavra buscando...         Do teu canto... um recanto.

    E olhando estarrecida       Do teu poetar... sacrossanto acalanto.

      a revolta do papel,       Teu Novo Mundo... sem pranto... só
                                           encanto!
   leio a carta assim nascida

    para o meu Papai Noel:



  “Pra poupar-te de cansaço

   E não te causar estorvo,

   Um só pedido eu te faço:

Traz pra mim um Mundo Novo?”




                                                                         Início
NOVOS ENCANTOS…
      Rosângela do Valle Dias


      Sem mistérios, sem silêncios!

Naquele bosque, imensidão de esperança...

     Quietude na passagem da brisa!

           Novos encantos ...

            Dentro de mim,

              um coração,

         até então, adormecido,

               pulsa forte,

    encantado, ritmado, iluminado...

        Caminho entre as árvores

        à procura do meu refúgio.

            As folhas, caídas,

        sussurram sob meus pés,

     como se quisessem me mostrar,

       como se pudessem me levar

          por um atalho seguro,
à fonte dos meus desejos,

       ao meu oceano de sedução

         em ondas de êxtases!

             Mais quereres,

             mais encantos,

            mais prazeres...

            Sem mistérios ...
          BH/MG -17/abril/2007




 VELHOS ENCANTOS...
          Michèle Christine


     Com mistérios, com silêncios!

   Naquele bosque, densa desilusão...

    Lamentos do vento... um pranto!

             Desencanto...

               Em mim,

               um corpo,

          morada da solidão,

             que estremece,

descompassado, dorido, sem expressão...

 Olho os rabiscos de sol entre os galhos

   e procuro a cadência da calmaria.

       O ruído das folhas secas,
barulham nostalgia,

     mostrando insistente agonia,

que chora os olhos e soluça a garganta.

     Vontade que avança e canta

        de saciar meus desejos,

       de querer outros beijos,

        de delírios, de lirismo,

          de conto de amor!

           Mais querência,

            mais ardência,

            mais paixão...

            Sem mistério,

             sem silêncio,

               sem dor.



       BH/MG - 19/abril/2007




                                          Início
Liberte
          Gui Oliva



Deixe livres sons melodiosos...
    pela madrugada afora
     compasse o coração
    bem ritmado e, assim,
      sob ela enluarada
       seja, finalmente,
    o regente dele agora.
     Santos/SP 25/03/06



Coração liberto...
      Michèle Christine



   Nem as luas enluaradas
nem os dias de sol, o rouxinol
       ou o girassol...
 nem jardins, nem perfumes,
nem lágrimas e queixumes,
  farão compassar meu coração.
   Ele não tem siso, nem guiso,
           é impreciso.
Faz rondas, sonda e avança ondas...
  engenha caminhos da sedução.
    E sendo seu próprio agente,
            concludente
    queima-se, constantemente,
       nos braços da paixão.




                                      Início
SE
        Gui Oliva


    Se a vida te acaricia,
  amor amigo a ti devota,
   a morte não o elimina
frente a ela procura rima,
 e também não te aquieta
   diante dela verseja,
com versos espanta a dor,
      chora em canto
          és poeta!

   Santos/SP 30/06/07




          SE
    Michèle Christine
Se algum dia me vires partindo, poeta,

              dá-me os teus versos,

         coloca-os entre as minhas mãos.

             Partirei suave e quieta.

                Voarei borboleta

         nascida dos retalhos coloridos,

                vividos e amados

    que a inspiração da tua poesia interpreta.

                 Ou serei violeta

  no canto de um jardim de poesia, sem agonia,

   porque sempre fostes meu contentamento,

           minha graça, meu alimento.

  E naquele canto fica sem tempo... só no vento,

        tudo aquilo que mais me fez feliz.

       Abristes o meu coração de aprendiz

e restaurastes todo o amor que nele sempre desfiz.

         Belo Horizonte, MG-30/12/2007




                                                     Início
Um coração que sente
         para a Vera Mussi

            Sylvia Cohin



     As notas esvoaçam a trinar

      e depressa ou lentamente,

      espalham a magia pelo ar

  num canto ora feliz, ora dolente...

   Um coração não pára de pulsar

  senão quando se assusta ou sofre,

     de mal de amor fica doente,

ou guarda em segredo como um cofre,

     o que lhe custa confessar...

   Mas também pára embevecido

     ante a grandeza do Mistério

    e em reverência emocionante,

 tenta guardar a natureza do instante.

      Tudo percebe à sua volta,

    mas porque sente, tudo sabe.
Pensa... e se há revolta,

   acautela-se, pulsando mansamente...

        fechando d'alma os olhos,

   Alma tão grande que nem lhe cabe...

        Procura longe, muito além,

        no horizonte sem escolhos,

 um novo alento p'ra pulsar serenamente...

   Eu já nem sei, mas se pressinto bem,

        "é feminino todo coração"

           que sente como este.

    Azul é seu olhar tão transparente,

         calmaria e sobressalto...

  onde pousa, deixa um toque de emoção

    e segue solfejando ora em contralto

              ou em surdina,

          desordenado diapasão

    do velho coração de uma menina.

               Sylvia Cohin

           Portugal, 19.09.2007




Conheço este coração sentido
          (Michèle Christine)



         Este coração que sente,

     é um coração que está presente,
com guerra, com paz, com dor...

          o pulsar é sempre pelo amor.

         Amor grande, de maior valia,

      amor que canta, encanta, que é vida.

     Amor que cala, que chora sem guarida.

    Amor-amar-amando, amor-doído-ferida.

         Se o olhar é calmaria de azul,

         o peito é carmesim de paixão,

            é nesta dança-mudança

  que conheci a Vera-poeta, mulher, esperança.

Poeta que poeta vida, mulher que compassa a lida

   o verde da esperança pinta a sua travessia.

      Com calmarias, ventos ou ventanias,

        a vida lhe dá chegadas e saídas,

        aconchegos, medos e enredos...

                   na poesia.

               Michèle Christine

               Brasil, 27.09.2007




                                                   Início
Se o homem cultivar o      P    erdão



 À luz da virtude do     A     mor,



 Sem lhe faltar com o      Z    elo,

    Será revelado o segredo

    E o mundo terá solução.
       Alceu Sebastião Costa

   São Paulo, 15 de Junho de 2000.




 Resposta ao Acróstico da Paz
Eu cultivo o   P   erdão,



 no coração tenho    A    mor;



   pela natureza o   Z    elo,

    pelas pessoas afeição,

   e ao meu Deus devoção.

  Se é pra revelar o segredo

 de como amanhecer a PAZ...

   afirmo com convicção:

FAÇO PARTE DA SOLUÇÃO!
      Michèle Christine
     Belo Horizonte - MG




                                 Início
Fragmentos do tempo
   Jorge Linhaça

    Desfaz-se o tempo

    dilui-se o momento

     esvai-se no vento
     Minutos perdidos

   segundos esquecidos

    instantes rompidos
       Horas vazias

      dias de utopias

    meses de fantasias
   Séculos fragmentados

    décadas dispersas

    anos pulverizados
Distorção dos sentidos

      ilusão semi-ótica

  tic-tacs não mais ouvidos




Fragmentos do tempo
 Michèle Christine

   Tomara que o tempo

  guarde meu momento

      no pensamento.
    Minutos renascidos,

     segundos tecidos

   de instantes coloridos.
      Horas de alegria

      dias de energia,

    meses de harmonia.
      Século oportuno

      décadas em uno

     anos de aprumo.
    Beijos respondidos,

     sonhos atrevidos

         e ouvidos

  no tic-tac dos sentidos.




                              Início
Convite que faço a             Aceitei teu convite ao site e,

   Querida Poeta Amiga Michéle       em lá caminhando, me encontrei.

            Visite o Site                   É honra, é graça!

   http://www.veramussi.com.br/

Comemorando meio ano de existência
              ,

         plenamente feliz!

       A minha oferta ...                "A minha oferta" ...

      Um Poema ao Amor                    Amor em poema
             Vera Mussi                      Michéle Christine

           Nos intervalos...                "A minha oferta" ...

      Lindos sonhos imaginários                   à poeta

           Novos cenários!                       transcede

                                                  o breve.

          Tantos retalhos...              É sempiterna e fraterna,

        Embutidos nas páginas                 branca preciosa,

          Do Livro da Vida.                     cor da paz.
Pertinaz.

                                          Audaz.

    Entre versos e rendas           "Estrela das neves"

     Poesias inspiradas             ou lume de verão,

       Sob encomenda                   circunscreve

   Em rimas matizadas...              o céu, o vento,

Nas cores de um céu de anil...           o tempo.

       Tudo por mim                   A minha oferta

         Idealizado                       à poeta

     Todos os meus dias          tem beleza nobre de flor,

        Encantados...            talismã supremo do amor.

  Tantos versos espalhados        Tem mistério de fada,

    Pelo Universo - Fim             luz de lua prateada,

          Por Deus                    floração alpina

    Sempre iluminados !             divina obra-prima.

    Nos etéreos espaços           Entre blocos rochosos

Brilham as estrelas reluzentes     a persistência da lida.

      Tantos abraços...           Entre ecos verdejantes,

       Transcendentes              perfumados e alados,

       Ternos beijos...             a singeleza da vida.

     De um anjo azul...

   Todos os desejos mil !

    Afetos de raro sabor              A minha oferta

    Um poema ao Amor                    aos poetas

    "Quase primaveril ..."       são ramos, muitos ramos

                                     de "Edelweiss"...

                                         especiais,

                                   Colhidos na emoção
do meu coração.


"Do coração é a razão dos amigos"      "Do coração é a razão dos
                                               poetas"
       Carinho e Gratidão
                                    Parabéns Vera, Parabéns poetas
           Vera Mussi
                                       que congregam a festa de
      1º de Setembro/2008                    existência do

                                     http://www.veramussi.com.br/

                                           Carinhos meus,

                                               Michèle

                                         12 de Setembro/2008




                                                                     Início
PEDIDO DE SOCORRO

Michèle Christine & Sylvia Cohin

       Pedi socorro ao poeta

    para que alguma inspiração,

      levasse ao destino certo

       o meu afeto completo...

       recoberto de gratidão.

    Nasceu da mão duma esteta

       e um sopro de monção

      espalhou em céu aberto,

        o poema que decerto

     pousou no meu coração...

  Então me sussurou aos ouvidos

  Quintana de tempos já vividos:

"Ser poeta não é dizer grandes coisas,

    mas ter uma voz reconhecível

      dentre todas as outras"...

     ao coração que é sensível.

    De Quintana em tempos idos

      versos de saber colhidos

      que ignorar é impossível,

   como as rimas que aqui poisas

       nesse tom inesquecível!
Assim, recebam, Syl e Gui

  esta trova de agradecimento

  pelo som que me traz o vento

quando recebo, nas suas palavras,

   outras... que me dão alento.

     Assim, recebe co'a Gui

   este mimo onde acrescento

    um aplauso muito atento

   ao poema com que lavras,

     gratidão e sentimento!

         Beijosssssssssss

               Syl

           02.01.2008




                                    Início
VALE
                 Gui Oliva
     Já dedilhou o poeta Fernando Pessoa

  "tudo vale à pena se a alma não é pequena"
       Assim, vale à pena ouvir de novo

     e muito a pena vale, toda vez que fale

      do amor e ao versejar o escancare.
     Vale? indagam na Espanha toda vez

    que, dialogando contigo alguém esteja,

      e mais vale se for troca de conversa

         sobre um amor que já se fez.
     Vale recordar o sonho não desfeito,

         vale lembrar o ótimo, o bom

    e até vale quando indevido é o efeito,
  vale não esquecer que a vida são momentos

     que passam, e em átomo de segundos

               se dão rarefeitos,
vale no entanto sentí-los mais do que perfeitos,

     vale a correnteza de toda aquela água

 que corre como se descesse vale de lágrimas.
  Vale relembrar sim todo aquele aguaceiro,

vale represar o choro, vale imaginar amor novo,
vale, mas sem esquecer que da vida, no seu todo...
     serás sempre simples passageira ou passageiro!
                     Santos/ 04/02/07

               www.vidaemcaminho.com.br



                   SIM... VALE
                   Michèle Christine
E Mário Quintana soprou: "quero , um dia, dizer às pessoas

        que nada foi em vão... e que valeu a pena".
        Como vale à pena o pensamento e a ação

               ou a gota-serena na açucena

                   e os voos silenciosos

                 das misteriosas falenas.
               Vale a vez, o talvez e o fez,

             vale a palavra, o aceno, a poesia.

              Da paixão vale até a insensatez

              e do amor vale-mais a alegria.
      Vale a roda-do-tempo de todos os momentos:

          tempo de chuva e de calor-sem-ventos,

          tempo da dança, primavera-de-flores,

         vale a conquista e vale o mal-de-amores.
     Vale floretear o dia e o aquietar das boas-noites,

       como valem o tanto, o quanto e o enquanto

           dos açoites sensuais das entrenoites.
           Vale o sorriso, o siso e o improviso,

                vale sonhar com o paraíso.

   Vale o presente, vivente. Vale o passado, lembrado.

                Vale o futuro afortunado.
Sim, " tudo vale à pena, se a alma não é pequena".
                 BH, 24/11/2009

      http://michelechristine.wordpress.com/




                                                     Início
Cadê? Por quê?
 Cadê? procuro por toda sesmaria

    como achar em verso amor,

  sem que eu dispense a teimosia

     de não apagar este calor!


 Por quê? não festejo mais o sonho

    e brota meu verso à revelia,

 razão indaga... coração tristonho

cadê, dos versos que rimas, a magia?


             Gui Oliva
08/05/07

                         www.vidaemcaminho.com.br




                        Taí... porque...
                        Taí! em algum canto do jardim

                        meu verso encantado de amor

                     que implora nas notas de um flautim

                      tua presença, teu cheiro, teu sabor.


                     Porque o sonho se abre num sorriso

                     e do sorriso é que brota a inspiração

                     a mente crê ... que do coração alegre

                  nascem os versos mais mágicos da paixão.


                              Michèle Christine


                                  26/05/2010

                    www.michelechristine.wordpress.com




Ilustração conservada de Olga Kapatti




                                                             Início
" LOUVAÇÃO "


         Sol da Minha Vida

             vera mussi


                 &


       Norte da Minha Vida

            sylvia cohin




Não está distante... nem muito longe,

            ao contrário,

Luz da minha vida... meu relicário...
bem perto deste coração amante!

         Verdade histórica...

      Força que me leva adiante,

           Coragem estóica.


         Minha grande vitória

        Norte de minha história

 Sol que aquece as intenções gélidas,

Lume que esfuma as palavras pérfidas...


Sol que derrete o mel do amor menino

        das emoções crianças...

    Farol que acena ao meu destino

     a sábia luz de temperanças...

  Dor suave que passa ao som da voz

      das primeiras esperanças...

         Curso que leva à foz

      a tristeza de lembranças...


 Calor que enxuga lágrimas choradas,

    gotas de cristal embalsamadas!

      Abrigo de duras jornadas,

      de intempéries inesperadas!


   Manto de Luz que abençoa e cura.

     Bendita chuva de Graça pura.
Amor integral!

       Certeza incondicional!


És tu meu Deus, o Sol dos meus dias

     Luz de minhas travessias...

          Todas as alegrias

        A Fé que me sustenta

      O Maná que me alimenta


Envias os sinais, acenos de conforto...

   Nau que me conduz ao porto...


 Toda harmonia que os Teus Olhos

             podem ver,

E o Teu Sagrado Coração pode sentir

              por mim,

     Tu me desvias dos escolhos

       e das procelas por vir...


     Todas as graças derramadas

              sobre mim

    Tu és o Amor que jorra enfim

        Para um lindo viver!

       Promessa de Alvorecer!


           Tantas bençãos

            De tuas mãos
Tanto SOL na minha vida

            Jamais terá fim!

          És a última guarida

        Canto de Paz em mim!


        Eu Te louvo, meu Deus

         Senhor dos dias meus!


      SOL de teus filhos amantes,

      Guia dos meus pés errantes

  renascidos nesse amor transcendente,

       O meu rumo permanente!


              Ave Maria!

                 Ave!

      "Eis aqui a serva do Senhor"

        - Ensina-me o teu Amor!

"Faça-se em mim segundo a tua palavra "

       - Faz de mim a tua lavra!

                Amém!

               Convém!

                Amém!

               Por mim,

                Amém!

              Por quem...

                Amém!
VERA MUSSI

SYLVIA COHIN


  17.12.2005




               Início
Os meus dedos errantes
            Eugénio de Sá

 Os meus dedos, amor, dedos errantes
Úteis partes de mim, mas que eram teus
  Sem o altar do teu corpo são ateus
 Não se enternecem a orar como antes

São as extremidades destas mãos cativas
 Da saudade que as tuas lhes deixaram;
Os meus dedos nos teus, como brincaram
    Entrelaçados eles e nossas vidas

 É triste que hoje os saiba acarinhados
Por outros que talvez não te amem tanto
Enquanto estes meus sofrem, ignorados

  Mas sensações perduram, entretanto;
Nestas mãos que te amaram sem pecado
   Ficaram as memórias do encanto!
Os teus dedos
            Susana Custódio

  Esses teus dedos, dedos vacilantes
   Partes úteis de ti que foram minhas
  Dedos com que ainda me acarinhas
  Mas que estarão perdidos e distantes

   Estas mãos hoje inertes e cativas
Das carícias que em mim me deleitaram;
 Os nossos dedos, como eles brincaram
Longe se encontram eles e nossas vidas

  Ah, como eles foram tão acarinhados
Pois só tu me amas-te, casta e ternamente
    Devem sofrer horrores, ignorados

   Mas perduraram tantas sensações
Nestas mãos que te amaram, sem pecado
    Onde latejam tantas recordações!

        Portugal - Fevereiro 2011




                                            Início
Fervendo, em décimas
            Eugénio de Sá

 A cem graus ferve a água e dá o mote
   Às fervuras que temos nesta vida
 Ferve em tristeza uma causa perdida
Ou de um perdido amor ferve o derrote
  Fervem uns olhos lindos ao dichote
     Ferve numa quezília o palavrão
  Ferve uma mãe que morre d’aflição
   Ao ver em perigo o filho desvalido
   A raiva ferve aos atos sem sentido
Ferve o ouvido ao som de uma emoção.

  Ferve na carne o sol em combustão
  Que nos dota de tom a branca pele
     Ferve d’insuportável e repele
     Uma mordaz e vil insinuação
   Fervem no ar as notas da canção
 Que nos recorda uma ilusão perdida
 Fervem em pranto memórias da vida
   Que nos trazem ruídos de saudade
Ferve o desejo num corpo sem idade
    Pois sem idade é todo o coração.

     E se o ciúme ferve e dói na carne
     Ao falso anúncio de traição fatal
    Mais ferve a injustiça de um Natal
  Que um velho passa só e abandonado
  Porque é dos velhos esse triste fado
    Como dos jovens é a inconsciência
Quando lhes ferve o vício em consistência
  Mas se ferve o amor não se derrama
Se o soubermos manter como uma chama
     Que se alimenta da nossa paixão.

            Brasil/Setº/08




      Ferve ao Poeta... em décimas
          Carmo Vasconcelos

 Fervem-lhe os sãos direitos esquecidos
 Aos homens, às mulheres e às crianças
Ferve-lhe um amanhã nulo de esperanças
   Para os entes mais desfavorecidos
     Ferve-lhe a justiça surda e cega
    Que à solta deixa ímpios e ladrões
  Ferve-lhe a impunidade que lhes lega
    E mete os indigentes nas prisões
    – Inocentes se roubam um milhão
   Culpados se com fome roubam pão!

Fervem-lhe ao rubro os luxos desmedidos
     Vaidades sem acerto e probidade
  Fervem-lhe os que de tudo desprovidos
    Dia-a-dia morrem em mendicidade
 Fervem-lhe as verdes matas derrubadas
    Para servir aos reis da construção
   Ferve-lhe o planeta que sem espadas
      Mortífero se insurge à poluição
 – Homens possessos dum agir macabro
  Conducentes do mundo ao descalabro!
Ferve-lhe na pena o sangue do poeta
Gritam-lhe a dor as letras em cachão
  Ferve-lhe n’alma a mágoa secreta
   E na mente a denúncia p’la razão!
  Ferve-lhe a impotência pela justiça
   D’ alçar a moralidade em declínio
 Ferve-lhe a mão pra comandar a liça
   Em resgate da Paz em extermínio
- Na pena a garra de abolir o imundo...
 Ao Poeta a força de mudar o Mundo!

           Lisboa/Portugal
              Fevº/2008




                                          Início
HAVERÁS...
           José Geraldo Martinez


          Haverás de viver em mim,
   tal qual as neblinas nas grandes serras...
      Viverás sem fim e tornarás, assim,
       as flores de todas as primaveras!

         Haverás de viver em mim,
    tal qual os peixes no grande mar...
  Quais madrugadas misteriosas e silentes,
   buscando mansamente o dia chegar!

      Haverás de viver feito as aves,
        que voam ao céu fugitivas...
  O sol que humildemente busca o poente,
      para que a noite se cubra vida!

       Eternamente feito a lua a beijar
               o grande lago...
Sempre assim e cá dentro de mim, docemente,
     tal sereno adormecido nos cravos!

   Haverás de viver em mim sem tempo...
    Como vivem as chuvas livremente!
  Qual estrelas no cosmo, olhos do mundo,
a brilharem no firmamento...

     Quando esta vida me calar e
a morte chegar com toda aspereza...
   Serei toda a saudade que ficar,
 tal qual foste para mim todo amar,
          a própria natureza!

            06/6/2011


        HAVEREI...
            Rose Mori

      Haverei de estar em ti
 como a água que brota da fonte,
 saciando o tempo de tua sede...

      Haverei de estar em ti
      como um fogo ardente
   que não se extingue jamais...

      Haverei de estar em ti
      como o ar que respiras
    e que refrigera tua alma...

       Haverei de estar em ti
  como a raiz do grande carvalho
 que te abriga do sol inclemente...

   E se um dia a vida te calar,
          ainda assim,
     haverei de estar em ti,
  como a terra que te receberá...

      Haverei de estar em ti
       hoje e eternamente,
     como a própria natureza.

            06/06/2011




                                      Início
Foste Tudo...
      Não Foste Nada...
           Emília Possídio

   Foste silêncio nas longas esperas,
pergunta sem resposta (presa) ao coração,
   obra inacabada ultrapassando eras
     esquecida na estante da ilusão.

  Foste tristeza nos jardins do mundo,
    onde a açucena não pariu a flor
   e o sorriso, num rosto moribundo,
  perdeu-se na noite, morreu sem cor.

  Foste incerteza em caminhos duros,
  dúvida...Quisera eu - fosses verdade!
   Foste nuvem vagando nos escuros
   das noites sem nenhuma claridade.

   Foste solidão, campo abandonado,
     fenecer do amarelo dos trigais
    impedidos de crescer no prado,
 por teus passos sem rumo e marginais.

   Foste tudo, naquela madrugada,
 mas não ouviste o som dos madrigais!
(Emília Possídio)

              Recife (Pe) - Brasil


      Glosa de Lêda Mello
                    Mote:
     Foste silêncio nas longas esperas,
 pergunta sem resposta (presa) ao coração,
    obra inacabada ultrapassando eras
      esquecida na estante da ilusão.

                   GLOSA:

     Vieste à minha vida e te fiz senhor,
     Tudo te dei no nada das quimeras.
     Eu fui palavra expressando amor,
    Foste silêncio nas longas esperas.

    Nesse intervalo de uma vida inteira,
    Do tudo que sonhei foste a fração,
      Elo perdido n'alma prisioneira,
Pergunta sem resposta (presa) ao coração.

   Trecho de um livro que não foi escrito,
   Gotas de chuva em céus de primaveras,
     Tela esquecida no tempo infinito,
   Obra inacabada ultrapassando eras.

    Do tudo que sonhei, sincero e franco
       E dei abrigo no meu coração,
   Restou o nada de uma folha em branco
     Esquecida na estante da ilusão.

                (Lêda Mello)
             Arapiraca (AL) - Brasil




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Duetando poesia

  • 1. Duetando a “Alma” com Gui Oliva Procurando a poesia com Lêda Mello Fragmentos – resposta poética – edição de Sônia Pallone Duetando Vícios e Viços – Walter Pereira Pimentel Vou e Vai – Gui Oliva O vai-e-vem do papel – com Sylvia Cohin Sobre novos e velhos encantos com Rosângela do Valle Dias Libertando o coração com Gui Oliva Poetando o “SE” com Gui Oliva Sentindo o coração da poeta Vera Mussi Acróstico da PAZ... seguindo o poeta Alceu Fragmentando o tempo com Jorge Linhaça “A minha oferta...” com Vera Mussi Pedido de Socorro – entrelace de Sylvia Cohin Duetando o “Vale à pena...”, Gui Oliva e Michèle Christine Duetando com Gui Oliva – Cadê? Por quê? com Taí... porque... Louvação – Entrelace de Vera Mussi e Sylvia Cohin Os meus dedos errantes (Eugênio de Sá) e Os teus dedos (Susana Custódio) Fervendo, em décimas (Eugênio de Sá) e Ferve ao poeta... em décimas (Carmo Vasconcelos) Haverás (J. G. Martinez) e Haverei (Rose Mari) Foste Tudo,Não Foste Nada (E. Possídio) – Glosa de Lêda Mello
  • 2. TRANSMUDAÇÃO D´ALMA Gui Oliva minh´alma vive em elegia, canta o canto dos teus versos com amor, e se refaz a cada dia, transmuda-se do lúgubre em lume Santos/SP 28/04/07 APELO D'ALMA Michèle Christine Que se levante em reza-ladainha sem tristeza e nostalgia, louvação de adeus à elegia. Que se levante em reza-ladainha
  • 3. com firmeza e harmonia. louvação à chegada da alegria. Que se conserve como reza-ladainha festejando o renascer do dia-a-dia, a beleza mais-valia da poesia. Que se conserve, poeta, o seu lume, o seu dom vaga-lume, candeia dessa vida-caminhante paz da nossa alma inconstante. Belo Horizonte, nov./2007 Início
  • 4. CADÊ POESIA? Lêda Mello Seguir é preciso. Sentir, nem tanto! Seguir sem sentir, talvez, é preciso. Apagar saudade, esquecer lembranças... Secura, deserto nas entranhas da alma. Os sonhos não brotam, não nascem os versos. Sem sonhos, sem versos, cadê poesia? Arapiraca (AL) - Brasil, 07.05.2007 Início
  • 5. TUA MORADA... A POESIA! Michèle Christine Abre a tua alma, canta, sente que ela não está vazia! Tem lume de verso que encanta, tem oásis de rimas, tem magia! Embale-a com teus sonhos de poeta, plantados com sementes de alforria! Esquece essa lembrança irriquieta, dê asas de condor a alegria. Regresse ao teu rumo, ao teu repouso, tua ribalta em vigia está armada. Abrace a poesia, ela é teu pouso A poesia é tua morada... Belo Horizonte (MG) - Brasil, 08/05/2007 Início
  • 6. Fragmentos Michèle Christine "...Repudiar o impossível... é impossível... Ele não deixa o relógio parar; as horas viram danças exaustivas que suam tristezas e o corpo reage às vigílias e vive com as estrelas. A esperança se veste de vontade e transborda a espera em emoção Seu espaço vira vida, roda-vida, roda-viva... O avesso enquanto lassidão vira o direito da vibração..." 2007 Início
  • 7. Meu vício Walter Pereira Pimentel Em ti começa o meu vício Minha fome de amor Minha alegria, minha dor Meu suplício... Te seduzir, te conquistar Foi promessa, foi feitiço Sabes disso Não podes negar Aceita-me então como sou Sem tirar nem pôr Minhas "fomes", meus desejos Saciarei em ti, deixa acontecer O tão sonhado beijo Embriaga-me de prazer!
  • 8. Meu Viço Michèle Christine Tu não és mais o meu vício, tampouco meu desperdício, ou minha dor, minha promessa, ou o meu suplício. Não és alfa, nem beta, nem gama. És meu inteiro, meu braseiro, minha rima. Timoneiro da minha rotina, lamparina. Minha gana, meu calor e minha cama. És minha veste, meu calçar e meu intento, meu presente, luar fervente, meu tempo... meu beijo com gosto de uva, meu perfume com cheiro de chuva. És minha paixão, minha chama, pelerine suada de flama, meu bulício indecente, minha carícia inocente. Meu fermento e minha preguiça. Meu mundo inteiriço... meu viço. Belo Horizonte, 23/06/2007 Início
  • 9. VOU VAI Gui Oliva Michèle Christine Versejar, Voar vôo viageiro pode ser mau de vida-viva, veleiro, o verso, mas é meu pois que é valentia, valsa, valia. É verdadeiro. Vício É ventura! Viveza de anjo, que corrói alma, vermelho-vinhedo, mas ela não esqueceu varanda-de-renda ao vento ventoso. Vontade Vogar ditoso. que apazigua, acalma e me mantém Viva Versejo, verso, ventura vespertina, verde-oliva, várzea verdejante, vesperal com viso de verão.
  • 10. não me vejo É vocação! em apogeu, só tento voar Voejo Valor de poeta, minha veneração. Volátil vou versejar 08/08/2008 vício vontade viva voejo volátil 15/07/2008 Início
  • 11. A REVOLTA DO PAPEL O PAPEL QUE VOLTA Sylvia Cohin Michèle Christine Peço licença ao papel Para Sylvia Cohin e rabisco algumas linhas, presente da Michèle (uma daquelas cartinhas) Dezembro/2006 para o meu Papai Noel... Há que pedir licença, (que seja dita a verdade) que o papel é só descrença e lhe dói a nulidade... Constrangida e cautelosa Da lonjura do além-mar vou escrevendo e riscando "teu papel" entrou-me à casa
  • 12. toda verve caudalosa com rabiscos de desejos que o papel vai rejeitando... e traçados de esperança. “Feliz Natal e Ano Novo, Dos rabiscos e traçados, Dinheiro, paz e saúde, constrangimento e cautela, Feliz enfim o meu povo nasce tua carta singela livre de toda inquietude...” ao Pai Noel que espera “Reina Amor na humanidade, sem cansaço e sem estorvo Acaba a Pobreza no Mundo, acatar tua quimera. O que se fala é verdade... O Bem anda mais Fecundo...” Vejo o papel amarelo Em além-mar volta o velho, a fitar-me com descrença... brejeiro no seu vermelho como quem ri do anelo de boné, bota e bengala querendo que o convença... e o teu mundo desembala: “Todo Homem é Irmão muito papel confiante... e Reina a Paz sobre a Terra, papel cor, tons do amor... Já não se fala de Guerra papel branco, esperanto... A Justiça ergueu a mão!” ousando te convencer muito neles escrever poemas, versos e canto. Nas linhas da minha carta Do teu pedido, um trato: noto um movimento brando teu mundo novo é o retrato
  • 13. cada palavra se aparta, do teu poetar, do teu canto. outra palavra buscando... Do teu canto... um recanto. E olhando estarrecida Do teu poetar... sacrossanto acalanto. a revolta do papel, Teu Novo Mundo... sem pranto... só encanto! leio a carta assim nascida para o meu Papai Noel: “Pra poupar-te de cansaço E não te causar estorvo, Um só pedido eu te faço: Traz pra mim um Mundo Novo?” Início
  • 14. NOVOS ENCANTOS… Rosângela do Valle Dias Sem mistérios, sem silêncios! Naquele bosque, imensidão de esperança... Quietude na passagem da brisa! Novos encantos ... Dentro de mim, um coração, até então, adormecido, pulsa forte, encantado, ritmado, iluminado... Caminho entre as árvores à procura do meu refúgio. As folhas, caídas, sussurram sob meus pés, como se quisessem me mostrar, como se pudessem me levar por um atalho seguro,
  • 15. à fonte dos meus desejos, ao meu oceano de sedução em ondas de êxtases! Mais quereres, mais encantos, mais prazeres... Sem mistérios ... BH/MG -17/abril/2007 VELHOS ENCANTOS... Michèle Christine Com mistérios, com silêncios! Naquele bosque, densa desilusão... Lamentos do vento... um pranto! Desencanto... Em mim, um corpo, morada da solidão, que estremece, descompassado, dorido, sem expressão... Olho os rabiscos de sol entre os galhos e procuro a cadência da calmaria. O ruído das folhas secas,
  • 16. barulham nostalgia, mostrando insistente agonia, que chora os olhos e soluça a garganta. Vontade que avança e canta de saciar meus desejos, de querer outros beijos, de delírios, de lirismo, de conto de amor! Mais querência, mais ardência, mais paixão... Sem mistério, sem silêncio, sem dor. BH/MG - 19/abril/2007 Início
  • 17. Liberte Gui Oliva Deixe livres sons melodiosos... pela madrugada afora compasse o coração bem ritmado e, assim, sob ela enluarada seja, finalmente, o regente dele agora. Santos/SP 25/03/06 Coração liberto... Michèle Christine Nem as luas enluaradas nem os dias de sol, o rouxinol ou o girassol... nem jardins, nem perfumes,
  • 18. nem lágrimas e queixumes, farão compassar meu coração. Ele não tem siso, nem guiso, é impreciso. Faz rondas, sonda e avança ondas... engenha caminhos da sedução. E sendo seu próprio agente, concludente queima-se, constantemente, nos braços da paixão. Início
  • 19. SE Gui Oliva Se a vida te acaricia, amor amigo a ti devota, a morte não o elimina frente a ela procura rima, e também não te aquieta diante dela verseja, com versos espanta a dor, chora em canto és poeta! Santos/SP 30/06/07 SE Michèle Christine
  • 20. Se algum dia me vires partindo, poeta, dá-me os teus versos, coloca-os entre as minhas mãos. Partirei suave e quieta. Voarei borboleta nascida dos retalhos coloridos, vividos e amados que a inspiração da tua poesia interpreta. Ou serei violeta no canto de um jardim de poesia, sem agonia, porque sempre fostes meu contentamento, minha graça, meu alimento. E naquele canto fica sem tempo... só no vento, tudo aquilo que mais me fez feliz. Abristes o meu coração de aprendiz e restaurastes todo o amor que nele sempre desfiz. Belo Horizonte, MG-30/12/2007 Início
  • 21. Um coração que sente para a Vera Mussi Sylvia Cohin As notas esvoaçam a trinar e depressa ou lentamente, espalham a magia pelo ar num canto ora feliz, ora dolente... Um coração não pára de pulsar senão quando se assusta ou sofre, de mal de amor fica doente, ou guarda em segredo como um cofre, o que lhe custa confessar... Mas também pára embevecido ante a grandeza do Mistério e em reverência emocionante, tenta guardar a natureza do instante. Tudo percebe à sua volta, mas porque sente, tudo sabe.
  • 22. Pensa... e se há revolta, acautela-se, pulsando mansamente... fechando d'alma os olhos, Alma tão grande que nem lhe cabe... Procura longe, muito além, no horizonte sem escolhos, um novo alento p'ra pulsar serenamente... Eu já nem sei, mas se pressinto bem, "é feminino todo coração" que sente como este. Azul é seu olhar tão transparente, calmaria e sobressalto... onde pousa, deixa um toque de emoção e segue solfejando ora em contralto ou em surdina, desordenado diapasão do velho coração de uma menina. Sylvia Cohin Portugal, 19.09.2007 Conheço este coração sentido (Michèle Christine) Este coração que sente, é um coração que está presente,
  • 23. com guerra, com paz, com dor... o pulsar é sempre pelo amor. Amor grande, de maior valia, amor que canta, encanta, que é vida. Amor que cala, que chora sem guarida. Amor-amar-amando, amor-doído-ferida. Se o olhar é calmaria de azul, o peito é carmesim de paixão, é nesta dança-mudança que conheci a Vera-poeta, mulher, esperança. Poeta que poeta vida, mulher que compassa a lida o verde da esperança pinta a sua travessia. Com calmarias, ventos ou ventanias, a vida lhe dá chegadas e saídas, aconchegos, medos e enredos... na poesia. Michèle Christine Brasil, 27.09.2007 Início
  • 24. Se o homem cultivar o P erdão À luz da virtude do A mor, Sem lhe faltar com o Z elo, Será revelado o segredo E o mundo terá solução. Alceu Sebastião Costa São Paulo, 15 de Junho de 2000. Resposta ao Acróstico da Paz
  • 25. Eu cultivo o P erdão, no coração tenho A mor; pela natureza o Z elo, pelas pessoas afeição, e ao meu Deus devoção. Se é pra revelar o segredo de como amanhecer a PAZ... afirmo com convicção: FAÇO PARTE DA SOLUÇÃO! Michèle Christine Belo Horizonte - MG Início
  • 26. Fragmentos do tempo Jorge Linhaça Desfaz-se o tempo dilui-se o momento esvai-se no vento Minutos perdidos segundos esquecidos instantes rompidos Horas vazias dias de utopias meses de fantasias Séculos fragmentados décadas dispersas anos pulverizados
  • 27. Distorção dos sentidos ilusão semi-ótica tic-tacs não mais ouvidos Fragmentos do tempo Michèle Christine Tomara que o tempo guarde meu momento no pensamento. Minutos renascidos, segundos tecidos de instantes coloridos. Horas de alegria dias de energia, meses de harmonia. Século oportuno décadas em uno anos de aprumo. Beijos respondidos, sonhos atrevidos e ouvidos no tic-tac dos sentidos. Início
  • 28. Convite que faço a Aceitei teu convite ao site e, Querida Poeta Amiga Michéle em lá caminhando, me encontrei. Visite o Site É honra, é graça! http://www.veramussi.com.br/ Comemorando meio ano de existência , plenamente feliz! A minha oferta ... "A minha oferta" ... Um Poema ao Amor Amor em poema Vera Mussi Michéle Christine Nos intervalos... "A minha oferta" ... Lindos sonhos imaginários à poeta Novos cenários! transcede o breve. Tantos retalhos... É sempiterna e fraterna, Embutidos nas páginas branca preciosa, Do Livro da Vida. cor da paz.
  • 29. Pertinaz. Audaz. Entre versos e rendas "Estrela das neves" Poesias inspiradas ou lume de verão, Sob encomenda circunscreve Em rimas matizadas... o céu, o vento, Nas cores de um céu de anil... o tempo. Tudo por mim A minha oferta Idealizado à poeta Todos os meus dias tem beleza nobre de flor, Encantados... talismã supremo do amor. Tantos versos espalhados Tem mistério de fada, Pelo Universo - Fim luz de lua prateada, Por Deus floração alpina Sempre iluminados ! divina obra-prima. Nos etéreos espaços Entre blocos rochosos Brilham as estrelas reluzentes a persistência da lida. Tantos abraços... Entre ecos verdejantes, Transcendentes perfumados e alados, Ternos beijos... a singeleza da vida. De um anjo azul... Todos os desejos mil ! Afetos de raro sabor A minha oferta Um poema ao Amor aos poetas "Quase primaveril ..." são ramos, muitos ramos de "Edelweiss"... especiais, Colhidos na emoção
  • 30. do meu coração. "Do coração é a razão dos amigos" "Do coração é a razão dos poetas" Carinho e Gratidão Parabéns Vera, Parabéns poetas Vera Mussi que congregam a festa de 1º de Setembro/2008 existência do http://www.veramussi.com.br/ Carinhos meus, Michèle 12 de Setembro/2008 Início
  • 31. PEDIDO DE SOCORRO Michèle Christine & Sylvia Cohin Pedi socorro ao poeta para que alguma inspiração, levasse ao destino certo o meu afeto completo... recoberto de gratidão. Nasceu da mão duma esteta e um sopro de monção espalhou em céu aberto, o poema que decerto pousou no meu coração... Então me sussurou aos ouvidos Quintana de tempos já vividos: "Ser poeta não é dizer grandes coisas, mas ter uma voz reconhecível dentre todas as outras"... ao coração que é sensível. De Quintana em tempos idos versos de saber colhidos que ignorar é impossível, como as rimas que aqui poisas nesse tom inesquecível!
  • 32. Assim, recebam, Syl e Gui esta trova de agradecimento pelo som que me traz o vento quando recebo, nas suas palavras, outras... que me dão alento. Assim, recebe co'a Gui este mimo onde acrescento um aplauso muito atento ao poema com que lavras, gratidão e sentimento! Beijosssssssssss Syl 02.01.2008 Início
  • 33. VALE Gui Oliva Já dedilhou o poeta Fernando Pessoa "tudo vale à pena se a alma não é pequena" Assim, vale à pena ouvir de novo e muito a pena vale, toda vez que fale do amor e ao versejar o escancare. Vale? indagam na Espanha toda vez que, dialogando contigo alguém esteja, e mais vale se for troca de conversa sobre um amor que já se fez. Vale recordar o sonho não desfeito, vale lembrar o ótimo, o bom e até vale quando indevido é o efeito, vale não esquecer que a vida são momentos que passam, e em átomo de segundos se dão rarefeitos, vale no entanto sentí-los mais do que perfeitos, vale a correnteza de toda aquela água que corre como se descesse vale de lágrimas. Vale relembrar sim todo aquele aguaceiro, vale represar o choro, vale imaginar amor novo,
  • 34. vale, mas sem esquecer que da vida, no seu todo... serás sempre simples passageira ou passageiro! Santos/ 04/02/07 www.vidaemcaminho.com.br SIM... VALE Michèle Christine E Mário Quintana soprou: "quero , um dia, dizer às pessoas que nada foi em vão... e que valeu a pena". Como vale à pena o pensamento e a ação ou a gota-serena na açucena e os voos silenciosos das misteriosas falenas. Vale a vez, o talvez e o fez, vale a palavra, o aceno, a poesia. Da paixão vale até a insensatez e do amor vale-mais a alegria. Vale a roda-do-tempo de todos os momentos: tempo de chuva e de calor-sem-ventos, tempo da dança, primavera-de-flores, vale a conquista e vale o mal-de-amores. Vale floretear o dia e o aquietar das boas-noites, como valem o tanto, o quanto e o enquanto dos açoites sensuais das entrenoites. Vale o sorriso, o siso e o improviso, vale sonhar com o paraíso. Vale o presente, vivente. Vale o passado, lembrado. Vale o futuro afortunado.
  • 35. Sim, " tudo vale à pena, se a alma não é pequena". BH, 24/11/2009 http://michelechristine.wordpress.com/ Início
  • 36. Cadê? Por quê? Cadê? procuro por toda sesmaria como achar em verso amor, sem que eu dispense a teimosia de não apagar este calor! Por quê? não festejo mais o sonho e brota meu verso à revelia, razão indaga... coração tristonho cadê, dos versos que rimas, a magia? Gui Oliva
  • 37. 08/05/07 www.vidaemcaminho.com.br Taí... porque... Taí! em algum canto do jardim meu verso encantado de amor que implora nas notas de um flautim tua presença, teu cheiro, teu sabor. Porque o sonho se abre num sorriso e do sorriso é que brota a inspiração a mente crê ... que do coração alegre nascem os versos mais mágicos da paixão. Michèle Christine 26/05/2010 www.michelechristine.wordpress.com Ilustração conservada de Olga Kapatti Início
  • 38. " LOUVAÇÃO " Sol da Minha Vida vera mussi & Norte da Minha Vida sylvia cohin Não está distante... nem muito longe, ao contrário, Luz da minha vida... meu relicário...
  • 39. bem perto deste coração amante! Verdade histórica... Força que me leva adiante, Coragem estóica. Minha grande vitória Norte de minha história Sol que aquece as intenções gélidas, Lume que esfuma as palavras pérfidas... Sol que derrete o mel do amor menino das emoções crianças... Farol que acena ao meu destino a sábia luz de temperanças... Dor suave que passa ao som da voz das primeiras esperanças... Curso que leva à foz a tristeza de lembranças... Calor que enxuga lágrimas choradas, gotas de cristal embalsamadas! Abrigo de duras jornadas, de intempéries inesperadas! Manto de Luz que abençoa e cura. Bendita chuva de Graça pura.
  • 40. Amor integral! Certeza incondicional! És tu meu Deus, o Sol dos meus dias Luz de minhas travessias... Todas as alegrias A Fé que me sustenta O Maná que me alimenta Envias os sinais, acenos de conforto... Nau que me conduz ao porto... Toda harmonia que os Teus Olhos podem ver, E o Teu Sagrado Coração pode sentir por mim, Tu me desvias dos escolhos e das procelas por vir... Todas as graças derramadas sobre mim Tu és o Amor que jorra enfim Para um lindo viver! Promessa de Alvorecer! Tantas bençãos De tuas mãos
  • 41. Tanto SOL na minha vida Jamais terá fim! És a última guarida Canto de Paz em mim! Eu Te louvo, meu Deus Senhor dos dias meus! SOL de teus filhos amantes, Guia dos meus pés errantes renascidos nesse amor transcendente, O meu rumo permanente! Ave Maria! Ave! "Eis aqui a serva do Senhor" - Ensina-me o teu Amor! "Faça-se em mim segundo a tua palavra " - Faz de mim a tua lavra! Amém! Convém! Amém! Por mim, Amém! Por quem... Amém!
  • 42. VERA MUSSI SYLVIA COHIN 17.12.2005 Início
  • 43. Os meus dedos errantes Eugénio de Sá Os meus dedos, amor, dedos errantes Úteis partes de mim, mas que eram teus Sem o altar do teu corpo são ateus Não se enternecem a orar como antes São as extremidades destas mãos cativas Da saudade que as tuas lhes deixaram; Os meus dedos nos teus, como brincaram Entrelaçados eles e nossas vidas É triste que hoje os saiba acarinhados Por outros que talvez não te amem tanto Enquanto estes meus sofrem, ignorados Mas sensações perduram, entretanto; Nestas mãos que te amaram sem pecado Ficaram as memórias do encanto!
  • 44. Os teus dedos Susana Custódio Esses teus dedos, dedos vacilantes Partes úteis de ti que foram minhas Dedos com que ainda me acarinhas Mas que estarão perdidos e distantes Estas mãos hoje inertes e cativas Das carícias que em mim me deleitaram; Os nossos dedos, como eles brincaram Longe se encontram eles e nossas vidas Ah, como eles foram tão acarinhados Pois só tu me amas-te, casta e ternamente Devem sofrer horrores, ignorados Mas perduraram tantas sensações Nestas mãos que te amaram, sem pecado Onde latejam tantas recordações! Portugal - Fevereiro 2011 Início
  • 45. Fervendo, em décimas Eugénio de Sá A cem graus ferve a água e dá o mote Às fervuras que temos nesta vida Ferve em tristeza uma causa perdida Ou de um perdido amor ferve o derrote Fervem uns olhos lindos ao dichote Ferve numa quezília o palavrão Ferve uma mãe que morre d’aflição Ao ver em perigo o filho desvalido A raiva ferve aos atos sem sentido Ferve o ouvido ao som de uma emoção. Ferve na carne o sol em combustão Que nos dota de tom a branca pele Ferve d’insuportável e repele Uma mordaz e vil insinuação Fervem no ar as notas da canção Que nos recorda uma ilusão perdida Fervem em pranto memórias da vida Que nos trazem ruídos de saudade
  • 46. Ferve o desejo num corpo sem idade Pois sem idade é todo o coração. E se o ciúme ferve e dói na carne Ao falso anúncio de traição fatal Mais ferve a injustiça de um Natal Que um velho passa só e abandonado Porque é dos velhos esse triste fado Como dos jovens é a inconsciência Quando lhes ferve o vício em consistência Mas se ferve o amor não se derrama Se o soubermos manter como uma chama Que se alimenta da nossa paixão. Brasil/Setº/08 Ferve ao Poeta... em décimas Carmo Vasconcelos Fervem-lhe os sãos direitos esquecidos Aos homens, às mulheres e às crianças Ferve-lhe um amanhã nulo de esperanças Para os entes mais desfavorecidos Ferve-lhe a justiça surda e cega Que à solta deixa ímpios e ladrões Ferve-lhe a impunidade que lhes lega E mete os indigentes nas prisões – Inocentes se roubam um milhão Culpados se com fome roubam pão! Fervem-lhe ao rubro os luxos desmedidos Vaidades sem acerto e probidade Fervem-lhe os que de tudo desprovidos Dia-a-dia morrem em mendicidade Fervem-lhe as verdes matas derrubadas Para servir aos reis da construção Ferve-lhe o planeta que sem espadas Mortífero se insurge à poluição – Homens possessos dum agir macabro Conducentes do mundo ao descalabro!
  • 47. Ferve-lhe na pena o sangue do poeta Gritam-lhe a dor as letras em cachão Ferve-lhe n’alma a mágoa secreta E na mente a denúncia p’la razão! Ferve-lhe a impotência pela justiça D’ alçar a moralidade em declínio Ferve-lhe a mão pra comandar a liça Em resgate da Paz em extermínio - Na pena a garra de abolir o imundo... Ao Poeta a força de mudar o Mundo! Lisboa/Portugal Fevº/2008 Início
  • 48. HAVERÁS... José Geraldo Martinez Haverás de viver em mim, tal qual as neblinas nas grandes serras... Viverás sem fim e tornarás, assim, as flores de todas as primaveras! Haverás de viver em mim, tal qual os peixes no grande mar... Quais madrugadas misteriosas e silentes, buscando mansamente o dia chegar! Haverás de viver feito as aves, que voam ao céu fugitivas... O sol que humildemente busca o poente, para que a noite se cubra vida! Eternamente feito a lua a beijar o grande lago... Sempre assim e cá dentro de mim, docemente, tal sereno adormecido nos cravos! Haverás de viver em mim sem tempo... Como vivem as chuvas livremente! Qual estrelas no cosmo, olhos do mundo,
  • 49. a brilharem no firmamento... Quando esta vida me calar e a morte chegar com toda aspereza... Serei toda a saudade que ficar, tal qual foste para mim todo amar, a própria natureza! 06/6/2011 HAVEREI... Rose Mori Haverei de estar em ti como a água que brota da fonte, saciando o tempo de tua sede... Haverei de estar em ti como um fogo ardente que não se extingue jamais... Haverei de estar em ti como o ar que respiras e que refrigera tua alma... Haverei de estar em ti como a raiz do grande carvalho que te abriga do sol inclemente... E se um dia a vida te calar, ainda assim, haverei de estar em ti, como a terra que te receberá... Haverei de estar em ti hoje e eternamente, como a própria natureza. 06/06/2011 Início
  • 50. Foste Tudo... Não Foste Nada... Emília Possídio Foste silêncio nas longas esperas, pergunta sem resposta (presa) ao coração, obra inacabada ultrapassando eras esquecida na estante da ilusão. Foste tristeza nos jardins do mundo, onde a açucena não pariu a flor e o sorriso, num rosto moribundo, perdeu-se na noite, morreu sem cor. Foste incerteza em caminhos duros, dúvida...Quisera eu - fosses verdade! Foste nuvem vagando nos escuros das noites sem nenhuma claridade. Foste solidão, campo abandonado, fenecer do amarelo dos trigais impedidos de crescer no prado, por teus passos sem rumo e marginais. Foste tudo, naquela madrugada, mas não ouviste o som dos madrigais!
  • 51. (Emília Possídio) Recife (Pe) - Brasil Glosa de Lêda Mello Mote: Foste silêncio nas longas esperas, pergunta sem resposta (presa) ao coração, obra inacabada ultrapassando eras esquecida na estante da ilusão. GLOSA: Vieste à minha vida e te fiz senhor, Tudo te dei no nada das quimeras. Eu fui palavra expressando amor, Foste silêncio nas longas esperas. Nesse intervalo de uma vida inteira, Do tudo que sonhei foste a fração, Elo perdido n'alma prisioneira, Pergunta sem resposta (presa) ao coração. Trecho de um livro que não foi escrito, Gotas de chuva em céus de primaveras, Tela esquecida no tempo infinito, Obra inacabada ultrapassando eras. Do tudo que sonhei, sincero e franco E dei abrigo no meu coração, Restou o nada de uma folha em branco Esquecida na estante da ilusão. (Lêda Mello) Arapiraca (AL) - Brasil Início