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Poesias e Pensamentos
Cidinei Barbosa
Borboleta
Tu és como a pluma ao vento
Minha alegria
Meu intento.
Tu és sempre assim
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Meu bem, meu mal.
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Teu beijo, sim.
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Preciso viver essa sensação.
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Outra noite
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Outra noite
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Outra noite
Reflete no espelho o luar,
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Reduza suas tarefas
Resuma seus compromissos,
Não seja submisso
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Viva com terna afeição,
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Como posso entender
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Tiritando
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Portão escuro
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Quero permanecer ao teu lado
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Cavalo Branco
Cavalo branco
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Hasã no mundo dos sonhos
Depois de um longo dia de trabalho, Hasã chegou em sua casa e
deitou no seu sofá predileto. Era um homem solitário. Apesar de seus
36 anos, ainda não tinha encontrado alguém que lhe chamasse a
atenção amorosamente.
Hasã gostava muito de ler contos e poesias românticas. Também
adorava ouvir músicas. Deitado no sofá, ele colocava seus
pensamentos em dia, e às vezes, tentava tirar um cochilo. De repente
começou a chover, e o som da chuva e a brisa refrescante ajudaram
Hasã a cair num sono profundo.
Naquele estágio profundo do sono, ele passou a sonhar como nunca
havia sonhado antes. Hasã se via naquele sofá, quando foi abduzido
por uma luz azul. Assim, ele foi parar num reino que tinha aspectos
medievais, tanto nas construções quanto nas vestimentas. Mas, ao
contrário do que se imaginava, esse era um reino do futuro. Ali havia
certos equipamentos tecnológicos que as pessoas de sua época não
poderiam nem sequer imaginar.
Hasã se viu outra vez diante de um enorme castelo. E de lá descia
uma princesa com um vestido iluminado. A parte radiante do vestido
foi se abrindo, revelando outro vestido tradicional. Depois, a princesa
pediu a todos que os deixassem a sós naquele palácio.
Então, a princesa, que se chamava Iara, passou a interrogar Hasã a
respeito de tudo em sua vida: seus sonhos, planos, desejos e
sentimentos. Depois que Iara ficou sabendo de tudo que Hasã
pensava, planejava e sonhava. Ela apegou-se ainda mais a ele. Em
seguida, a princesa Iara mostrou tudo que havia naquele palácio.
Deixando Hasã fascinado.
Após Hasã avistar um lindo rio de águas cristalinas muito bem
preservado, convidou a princesa para pescar. Eles partiram em
direção às nascentes do rio, pescando e se divertindo. Quando
chegaram perto das nascentes, encontraram lindíssimas cachoeiras.
Hasã não perdeu tempo. Logo foi se banhar. Rapidamente Iara foi
atrás. No fim da tarde, subiram em uma passarela para observar o
pôr do sol.
Depois, voltaram para o palácio e foram jantar. Terminando o jantar,
Iara levou Hasã ao teatro e depois a um concerto. No concerto, Hasã
ficou impressionado com a variedade de instrumentos. Havia
instrumentos musicais de várias gerações. Em seguida, foram para
um salão de baile. Iara pediu uma música especial para os dois
dançarem juntinhos. A canção era muito linda. Portanto, tocou
profundamente o coração de Hasã.
De repente, a princesa o beijou. Enquanto eles se beijavam, Hasã
percebeu que Iara estava chorando. Então ele perguntou a razão de
suas lágrimas. Iara disse que estava chegando a hora dele voltar.
Disse-lhe que ficaria sempre à sua espera, pois teria novas
oportunidades para ele chegar até aquele reino.
De repente, uma luz azul o cobriu. E assim, Hasã acordou na manhã
seguinte, bem na hora de tomar um banho e sair para seu trabalho
rotineiro. Após algumas semanas, ele voltou a sonhar com a princesa
Iara. Ele não conseguia tirá-la da mente. Mas dessa vez, não foi tão
distante. Ele a viu em uma parte desconhecida do seu próprio país.
Então, resolveu arriscar, procurando por aquelas regiões vistas em
sonhos.
Após semanas de procura, ele chegou ao lugar exato que tinha visto
nos seus sonhos. Era um vilarejo bem afastado da cidade. Porém
muito bonito. Ao passar diante de uma árvore, Hasã foi tirar um breve
cochilo. E outra vez, aquela luz azul o envolveu, levando ele até uma
casinha simples com flores na janela. Quando acordou. Ficou com
aquela imagem em sua mente.
Hasã percorria todas aquelas vilas tentando avistar uma casa
semelhante à do seu sonho. Por fim, ele a encontrou. Era como um
retrato daquela casinha vista por ele em um dos seus sonhos. Então,
chegou diante daquela simples morada e começou a chamar. Depois
de alguns minutos um velhinho o atendeu. Rapidamente Hasã
perguntou se ele morava sozinho. O velho então respondeu que
morava com sua neta.
Depois ele passou a comentar com Hasã a respeito dela. Disse que
era uma jovem solitária e que nunca havia interessado por ninguém,
visto que esperava por uma pessoa especial que teria encontrado
através dos sonhos. O senhor chegou a comentar que estava
preocupado com ela.
Quando a moça chegou foi uma grande surpresa. Ela e Hasã se
reconheceram mutuamente. Então, ambos se abraçaram e beijaram
como um casal apaixonado que se conhecia há muito tempo.
Deixando o pobre velhinho sem entender nada. Depois, Hasã vendeu
sua antiga casa e comprou um grande terreno naquela região, onde
a natureza ainda era mantida quase intacta. E foi comprando mais e
mais terras ali, para manter preservado aquele belo local.
Hasã casou-se com a moça, que também tinha o mesmo nome da
princesa que ele havia encontrado no palácio, naquele reino distante.
Por fim, eles viveram felizes e realizados em um vilarejo paradisíaco.
Até hoje, só não entenderam o mistério de seus sonhos… e como eles
se aproximaram. Que sejam então apenas mistérios do amor.
Autor: Cidinei Milagres Barbosa
Viçosa MG
E-mail: cidineimilagres@gmail.com
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Poesias e pensamentos sobre amor e saudade

  • 1.
  • 3. Borboleta Tu és como a pluma ao vento Minha alegria Meu intento. Tu és sempre assim Tudo para mim, Meu bem, meu mal. Só contigo sou feliz Do teu beijo peço bis, Não me deixe no desengano. Voa bem alto! Voa meu amor, Tu és a alegre borboleta Eu sou a melancólica flor.
  • 4. Livro Naquela velha mesa empoeirada, eu sou… O livro que você deixou para trás. Sem dó nem piedade Saudades, ou amor. Eu que sou tão frágil Rasgado pelos ventos, Tão desprezado. As folhas que caem no outono sou eu Preparando-me para o inverno, Esse esquecimento. Onde está a sua mente tão clara? Porque me deixou aqui? Quem é mais importante para você? Aquele quadro amarelado Esquecido na parede sou eu. Esse sonho delirante, É a minha vida sem você. Volte! Leia um dos meus poemas, Descanse sobre as folhas Faça desse inverno uma primavera.
  • 5. Trono real Essa paixão é um nevoeiro Que encobre meu sentido, No ar de sua graça Quem é pobre e desvalido? Perco-me No brilho do teu olhar, Celebro-me nessa tua alegria Prendo-me nessa essência transcendental. Tua voz é vida E o teu sorriso… Me tira desse plano irreal. Quero provar da doçura dos teus beijos E no teu aconchego Fiz meu trono real. “Sou um rei bem-sucedido” Minha torre segura, É esse vínculo fraternal.
  • 6. Lençol de cetim Anseio pela breve alvorada Estonteante chegada, ó minha amada! Tão quieta quanto calada Acompanhada pelas folhas no início do outono. Coração ardente Brisa gelada, A lua como prata Inspiração na madrugada. Em um lençol de cetim Teu beijo, sim. Minha cura Tira-me dessa saudade descontrolada.
  • 7. Arrebata-me Está aqui este corpo Pousado na palma de sua mão, Esse é o meu último refúgio Guarda-me em seu coração. Resgata-me Desse mundo de lágrimas, Arrebata-me dessa saudade anormal Preencha-me de paz e livra-me desse mal. Não quero ser poeta Nem mesmo ser cantor, Mas sei que quero para sempre Para sempre quero o seu amor.
  • 8. De que vale o amor O amor é flor O amor é espinho, De que vale o amor? Para viver sozinho. De que valem as flores? A não ser para lhe dar. De que vale a beleza? Se não te encantar. De que vale o mar? Se lá você não está, Qual o valor das estrelas? Se não for para lhe comparar. De que adiantam minhas poesias? Se não lhe tocar.
  • 9. Carente Queria ser aquela lua Diante da tua janela, Ver-te tão bela Olhando para mim. Escrevo estes versos Ao som do piano, Que triste desengano Estar longe de ti. Passa-se o tempo E sonho cada vez mais, Estar envolvido em teu perfume Nessa essência de jasmim. Se posso voar Voarei nas asas do amor, Nesse meu costume Serei como borboleta em busca da flor. Dos teus lábios retiro o néctar Meu alimento emocional, Tu és meu ar! Meu aconchego e refúgio Vital.
  • 10. Doce Saudade Entrego-te essa solidão! Pois, o frágil coração não pode suportar. Você foi meu sonho envolvente Rainha em meus planos inocentes, Seduziu-me e se apartou. Como posso seguir adiante? Si abalaram as minhas estruturas. Como viverei o futuro? Se o passado ainda me faz suspirar. Receba essas alvas rosas Como sinal da minha fragilidade, O meu amor não chegou ao fim E só aumenta essa doce saudade. Dissabor Não me lances no profundo Não me envenenes com tanta dor. Quando chegar a primavera Quero que o teu coração se abra, Como o desabrochar de uma flor. Lance no vazio as incertezas Acaba com esse dissabor, Só deixa bem guardado Nossa história, nosso amor.
  • 11. A tua dor Encontraste a porta do meu coração Feriu-me sem intenção, Nesse teu ar transcendi. As tuas lágrimas escorrem Por um móvel de cristal, Tão penetrantes como punhal Refletindo em mim a tua dor. Só queria te ver feliz e entregar-lhe uma flor, Mas não é por mim que choras. Quem será culpado? O destino ou o amor.
  • 12. Meu lugar Uma poesia Outra bela canção, Tu mudas o meu clima Meu ar de inspiração! Na noite escura Tu és meu luar, No teu aconchego É o meu lugar. Nessa calmaria Tu és a minha alegria, Meu baluarte Minha restauração. Quero viajar em sonhos! Transcender-me ao som do piano, Meu consolo! Faça parte do meu plano.
  • 13. Menina Há um som profundo Há um som ao fundo, A melodia que vem do coração da menina. A mais serena canção Canção que me leva ao encontro do meu eu. O brilho das estrelas Na expansão universal, Faz-me crer! Na harmonia Na sabedoria da menina, No calor de sua emoção. Faz-me ver! Deixa apenas conhecer Preciso viver essa sensação. Posso compreender o que é humildade E que há simplicidade na perfeição.
  • 14. Outra noite Outra noite Só nos dois, Dois amigos Eternos namorados. Outra noite Noite esperada, O meu recanto Os braços da amada. Outra noite Reflete no espelho o luar, Tudo passa ligeiro Para outra noite te encontrar.
  • 15. Seja luz Deixe a vida leve Não seja tão breve, Em demonstrar o seu amor. Reduza suas tarefas Resuma seus compromissos, Não seja submisso Tire tempo, deseje um bom dia. Brinque com sua imaginação Viva com terna afeição, E que o seu sorriso seja luz para os amargurados. Um olhar Descobri o amor Perdi o segredo, Hoje morro de medo de não lhe tocar. Como posso entender O que faço para compreender, Um coração tão protegido. Fico esperando um olhar A resposta num sorriso, Um sinal qualquer que me dê abrigo. São tantas incertezas Em pensamentos faço proezas, Mas a realidade não mudará.
  • 16. Universo dos amores Borboletas estão voando… Voando sem destino ou direção, Assim também está perdido Meu frágil coração. Aonde encontrarei o universo dos amores? Onde desabrocham as flores, Com eterno prazer. Como posso encontrar a liberdade Minha fantasia real e sem maldade, Nessa evolução Sentimental.
  • 17. Esplendor lunar Brilha… brilha. Brilha com todo esplendor lunar, Quanto mais escura está à noite Bilha… brilha meu luar. Assim também meu amor brilha E nem à distância o poderá apagar.
  • 18. Tiritando Meus traços Meus rastros, Uma busca incessante por teus abraços. Um contraste por contradição. Tiritando Enroscando, Por uma imaginação. Um Frio Uma hostilidade, A irrealidade desse universo enganoso dos sentimentos.
  • 19. Em quais abraços Meu amor é uma pluma lançada ao vento, Não posso prever aonde vai pousar. Não sei em que braços Em quais abraços, Vou me aconchegar. Apenas foi lançado Não está edificado, Pode ser enlaçado sem pretensão. Ele sempre volta Mas não encontra seu início, Não aceita a falta de compromisso. Pode ser tão simples Ou cheio de regalias, Seja da forma que lhe agrada Que nos trazem alegrias.
  • 20. Portão escuro Espalhe a paz como os ventos Que o amor não seja apenas momentos, Quero que toda amargura seja exterminada com um terno abraço. Quero ver os olhos brilhando Seguindo com seu plano, Só pensando no que é agradável. Não quero muro Nem me esconder por detrás de um portão escuro. Quero apenas uma cerquinha branca Onde eu possa me debruçar.
  • 21. Meu eu Badalam os sinos Expandem-se meus raciocínios. Sonhos pequeninos Meus resgates, Refúgio do meu eu menino. Que meu silêncio seja viagem Que os teus sorrisos não sejam miragem, Na paz e no respeito o amor aflora. Laço invertido Para aonde vai minha clareza Desfez-se a certeza, Nessa neblina de solidão. Vejo uma parte do seu vestido Laço invertido, Arrastando no pó desse inóspito saguão. Haverá um novo tempo? Terei outro momento? Será que posso lhe convencer a voltar?
  • 22. Varre Varre o profundo do meu sentir… Essa frustração que tenta me coibir, Não queria que o amor viesse florir. É claro que vou sorrir! Não darei espaço ao seu existir, Ocultar-te-ei ó dor! Até que possa ser eliminada. Sentinela Apaixonar por uma sentinela Foi minha maior perdição. Era apenas um corpo... Um belo corpo, que não expressa nenhuma emoção. Apenas tive o calor de uma maquina Uma pele que não sente arrepios. Estou em calafrios: Por essa febre, Por essa paixão. Forças que movem o coração Uma espaçonave em colisão Que ainda espera o sol raiar.
  • 23. Violão Entre sertões e ilusões se vai… Deu-me as costas Mesmo sem revoltas partiu. Apenas deixou seu violão Até hoje me lembro de nossa canção, Quando celebrávamos o romper da aurora. Sinto o seu perfume a cada amanhecer Parece que logo vai aparecer, Pois só quer me fazer uma surpresa. Até chego a pensar… Deixaste o teu violão Porque uma parte do teu coração ainda está aqui. Percebo que só observas… Fica na espreita por essas terras, Esperando manifestar o meu amor. O teu nome gritarei no mais alto monte Anunciarei ao horizonte, Quanta saudade você deixou.
  • 24. Chinesa Só observo a agilidade da chinesa Todo o seu ser irradia beleza, Obra prima em contraste com a natureza. Vejo seu longo vestido de seda Com os seus finos bordados, Passando ao meu lado Num gesto magistral. Seu rosto tão claro No teu cuidado diário, Uma expressão de felicidade Mesmo em dias frios. E quando toca sua viola Seu dedo desliza sobre a corda, Retirando sons desconhecidos. Quanto a mim Apaixono sim, Mesmo com poucas esperanças.
  • 25. Para a vida celebrar Quebre essa casca Retire a carapaça, Revele seu verdadeiro eu. Não aterre a mina Não esconde a menina, Que habita no seu interior. Solte seu grito Veja o que é infinito, Derrame seus ressentimentos. Fique disposta a recomeçar Para a vida celebrar, Solte sua criatividade Aproveite a liberdade e seja uma inspiração.
  • 26. Dueto perfeito Lembrei-me da donzela de Água Fria A flor que vivifica meu dia, Controle da minha emoção. Em sua casinha simples Nem mesmo os príncipes, Poderiam a ludibriar. Só para mim entregou o seu coração Só eu poderia despertar uma nova sensação, Pois só encontrava em mim segurança e pureza. Escrevíamos nossos versos Nossos protestos, Em um dueto perfeito Cantávamos sobre as maravilhas de um verdadeiro amor.
  • 27. Ser amado A lua reflete no lago cristalizado E a neve já encobre o meu gramado, Pensamentos voam… Seguindo um ser amado. Onde estará meu coração? Nesse meu humilde rancho só me resta o vazio e duas companheiras: Saudade e solidão. O jeito é esperar tudo passar E renovar meus sentimentos na próxima estação.
  • 28. Um momento Eu só queria mais uma oportunidade Sair dessa fria cidade, Ganhar apenas um momento… Expor meu sentimento e reverter aquele adeus. Correr e mostrar meu desespero Alcançar-te E dividir contigo até o meu velho travesseiro. Para mim… o que faz sentido e viver sempre contigo, Sem orgulho e sem dor. Não quero mais fingir Nem bancar uma de ator, Chega de interpretar! Ocultando o meu desejo Batalhando contra esse amor.
  • 29. Anéis de brilhante Quero me perder em teu olhar eternamente Ver a tua face no amanhecer reluzente, Me sentir inocente E no teu colo não ver o tempo passar. Meu ser venerado! Quero permanecer ao teu lado Sei que sou um pouco atrapalhado, Mas quero te fazer feliz. Não tenho anéis de brilhante Só esse amor incessante, E o medo de te perder.
  • 30. Meu canto Escorre as águas cristalinas Entre as escuras rochas de minas. No paredão despenca Regando a avenca, Que nasceu na fenda do lajeado. Cai a garoa Enquanto saboreio um bom pedaço de broa, Numa casinha bem distante. Por onde olho Vejo o paraíso! Só falta o teu sorriso… Para sentir-me extasiado. Volta para o seu campo Aquieta no meu canto, Sejamos felizes lado a lado.
  • 31. Cavalo Branco Cavalo branco Que corta a campina, Traz Valentina A flor que fascina e preenche o meu coração. Cavalo branco Com seu passo certeiro, Vem bem ligeiro Quero matar a saudade e reacender a paixão. Cavalo branco Com sua longa crina, Na chapada de Diamantina Levanta poeira… E quando ela chegar Vou celebrar, Toda a casa enfeitar Para tocar seu coração.
  • 32. Ipê florido Quero a alegria transcendente do ipê florido Não quero ter um coração ressentido, Tira o meu sentido Mas não me deixe na desilusão. Leve-me por outros caminhos Enche-me de mimos e carinhos, Faça de mim o alvo de sua atenção. Quero que os problemas sejam como nuvens E o nosso amor fixo como aquela serra, Deixa que toda a lembrança dolorida do passado Que ao seu lado tudo se encerra.
  • 33. Um cavaleiro Fui apenas um cavaleiro E por andar ligeiro Não vi o tempo passar. Não dei espaço para o amor Tão apegado ao meu labor, Deixei de sentir emoções. Eu só queria minha privacidade Nem sabia o que era lealdade, Só pensava em mim. Mas quando você chegou Meu coração acelerou, E eu… perdi o controle. Tudo passou de repente Deixei meu querer ausente, Para pensar em nós.
  • 34. Estrela azul No esplendor Uma nova visão, O brilho do teu olhar Meu universo em expansão. Raiou o sol Como uma grande explosão, Tempestades de amor Delírios de uma paixão. Estrela azul Meus sonhos podem ser reais Deixo meus ais, Chega de desilusão! Só quero o calor dos teus braços Conhecer-te E me perder nesse infinito amor.
  • 35. Testemunha de minha dor Derramei o meu coração em versos de amor. Enquanto minhas lágrimas desciam dando vida a uma flor. Reguei-a com o meu pranto Tornou-se um encanto, Cheio de brilho e cor. E quando receber cada carta O perfume que marca, Será o aroma daquela planta… A testemunha da minha dor
  • 36. Sereno revelar Linda! Você é a culpada! Se tudo ao meu redor escureceu, Pois agora, até a luz insiste em esconder no sorriso teu. O teu olhar Sereno revelar! O segredo do despertar… Na nova expectativa Faz-me sonhar e amar. Como um renascer O teu perfume leva-me a transcender, Acalma-me e revigora Como um harmonioso amanhecer. Um amanhecer na campina Com o desabrochar das rosas, Vendo a relva viçosa e o brotar das aguas de mina.
  • 37. Hasã no mundo dos sonhos Depois de um longo dia de trabalho, Hasã chegou em sua casa e deitou no seu sofá predileto. Era um homem solitário. Apesar de seus 36 anos, ainda não tinha encontrado alguém que lhe chamasse a atenção amorosamente. Hasã gostava muito de ler contos e poesias românticas. Também adorava ouvir músicas. Deitado no sofá, ele colocava seus pensamentos em dia, e às vezes, tentava tirar um cochilo. De repente começou a chover, e o som da chuva e a brisa refrescante ajudaram Hasã a cair num sono profundo. Naquele estágio profundo do sono, ele passou a sonhar como nunca havia sonhado antes. Hasã se via naquele sofá, quando foi abduzido por uma luz azul. Assim, ele foi parar num reino que tinha aspectos medievais, tanto nas construções quanto nas vestimentas. Mas, ao contrário do que se imaginava, esse era um reino do futuro. Ali havia certos equipamentos tecnológicos que as pessoas de sua época não poderiam nem sequer imaginar. Hasã se viu outra vez diante de um enorme castelo. E de lá descia uma princesa com um vestido iluminado. A parte radiante do vestido foi se abrindo, revelando outro vestido tradicional. Depois, a princesa pediu a todos que os deixassem a sós naquele palácio. Então, a princesa, que se chamava Iara, passou a interrogar Hasã a respeito de tudo em sua vida: seus sonhos, planos, desejos e sentimentos. Depois que Iara ficou sabendo de tudo que Hasã pensava, planejava e sonhava. Ela apegou-se ainda mais a ele. Em seguida, a princesa Iara mostrou tudo que havia naquele palácio. Deixando Hasã fascinado.
  • 38. Após Hasã avistar um lindo rio de águas cristalinas muito bem preservado, convidou a princesa para pescar. Eles partiram em direção às nascentes do rio, pescando e se divertindo. Quando chegaram perto das nascentes, encontraram lindíssimas cachoeiras. Hasã não perdeu tempo. Logo foi se banhar. Rapidamente Iara foi atrás. No fim da tarde, subiram em uma passarela para observar o pôr do sol. Depois, voltaram para o palácio e foram jantar. Terminando o jantar, Iara levou Hasã ao teatro e depois a um concerto. No concerto, Hasã ficou impressionado com a variedade de instrumentos. Havia instrumentos musicais de várias gerações. Em seguida, foram para um salão de baile. Iara pediu uma música especial para os dois dançarem juntinhos. A canção era muito linda. Portanto, tocou profundamente o coração de Hasã. De repente, a princesa o beijou. Enquanto eles se beijavam, Hasã percebeu que Iara estava chorando. Então ele perguntou a razão de suas lágrimas. Iara disse que estava chegando a hora dele voltar. Disse-lhe que ficaria sempre à sua espera, pois teria novas oportunidades para ele chegar até aquele reino. De repente, uma luz azul o cobriu. E assim, Hasã acordou na manhã seguinte, bem na hora de tomar um banho e sair para seu trabalho rotineiro. Após algumas semanas, ele voltou a sonhar com a princesa Iara. Ele não conseguia tirá-la da mente. Mas dessa vez, não foi tão distante. Ele a viu em uma parte desconhecida do seu próprio país. Então, resolveu arriscar, procurando por aquelas regiões vistas em sonhos. Após semanas de procura, ele chegou ao lugar exato que tinha visto nos seus sonhos. Era um vilarejo bem afastado da cidade. Porém
  • 39. muito bonito. Ao passar diante de uma árvore, Hasã foi tirar um breve cochilo. E outra vez, aquela luz azul o envolveu, levando ele até uma casinha simples com flores na janela. Quando acordou. Ficou com aquela imagem em sua mente. Hasã percorria todas aquelas vilas tentando avistar uma casa semelhante à do seu sonho. Por fim, ele a encontrou. Era como um retrato daquela casinha vista por ele em um dos seus sonhos. Então, chegou diante daquela simples morada e começou a chamar. Depois de alguns minutos um velhinho o atendeu. Rapidamente Hasã perguntou se ele morava sozinho. O velho então respondeu que morava com sua neta. Depois ele passou a comentar com Hasã a respeito dela. Disse que era uma jovem solitária e que nunca havia interessado por ninguém, visto que esperava por uma pessoa especial que teria encontrado através dos sonhos. O senhor chegou a comentar que estava preocupado com ela. Quando a moça chegou foi uma grande surpresa. Ela e Hasã se reconheceram mutuamente. Então, ambos se abraçaram e beijaram como um casal apaixonado que se conhecia há muito tempo. Deixando o pobre velhinho sem entender nada. Depois, Hasã vendeu sua antiga casa e comprou um grande terreno naquela região, onde a natureza ainda era mantida quase intacta. E foi comprando mais e mais terras ali, para manter preservado aquele belo local. Hasã casou-se com a moça, que também tinha o mesmo nome da princesa que ele havia encontrado no palácio, naquele reino distante. Por fim, eles viveram felizes e realizados em um vilarejo paradisíaco. Até hoje, só não entenderam o mistério de seus sonhos… e como eles se aproximaram. Que sejam então apenas mistérios do amor.
  • 40. Autor: Cidinei Milagres Barbosa Viçosa MG E-mail: cidineimilagres@gmail.com www.cidinei.com