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ENSINO MÉDIO – NAP III
                                                                          TEXTOS


 EDUCANDO(A): ____________________________________________________________________
 ANO: 2º TURMA: ______ TURNO: __________ DATA: _____/_____/2012TRIMESTRE: PRIMEIRO
 COMPONENTE CURRICULAR: ARTES CÊNICAS                     EDUCADOR(A): AMANDA

TEATRO ROMANO

        Diferentemente dos gregos, os romanos não eram voltados para as artes; eles começaram como agricultores,
cercados pelas sete colinas de Roma, e sempre ficaram desconfiados com gente de outros lugares, do mesmo modo
que o caipira brasileiro desconfia de quem chega da cidade.... Não houve tradição de lendas populares, e o teatro não
teve raízes locais para se desenvolver. No período anterior à grande expansão imperial de Roma, a metade sul da
península itálica era chamada de Magna Grécia, por ser dominada ainda pelos gregos e sua cultura. Por volta de 250
a.C, m romano esperto resolveu mostrar o teatro aos romanos e montou, em um palco improvisado, uma tragédia e
uma comédia, a que assistira na Magna Grécia e que traduzira para o latim. Só assim, e bem aos poços, o teatro
começou a fazer parte da vida de Roma.
        A sociedade romana era muito mais hierarquizada do que em Atenas, e, mesmo quando por volta do século IV
a.C foi criada a república, tudo ainda era muito dividido entre “patrícios” e “plebeus”, e foi só a muito custo que esses
últimos foram conseguindo ter alguma importância política. Com tudo isso, as autoridades romanas não gostavam que
as pessoas do povo pensassem muito sobre assuntos sérios, e por isso mesmo a tragédia não conseguiu ser aceita. O
governo romano tinha medo da popularidade do teatro, e assim, as peças só eram apresentadas em palcos
improvisados de madeira, durante as várias festas. Só no ano 55 a.C foi construído o primeiro teatro permanente, de
pedra, em Roma; mas assim mesmo teve de ser meio escondido.
        A medida que Roma ia ficando mais importante e o Império crescia, foram aparecendo teatros novos, copiados
dos gregos, mas um pouco diferentes: e vez de aproveitar encostas de montanhas, os romanos construíam imensas
paredes para as arquibancadas. Além disso, aquela arena central, circular, foi cortada em das ficando só a metade; o
coro desapareceu, e quem ficava na meia-lua central eram as pessoas importantes e as “autoridades”.

OS FESTIVAIS ERAM QUATRO, COMO NA GRÉCIA?
        Nada disso; vocês nunca ouviram dizer que os romanos não respeitavam o povo e diziam que bastava dar a
ele “pão e circo”, ou seja, o mínimo de comida e bastante entretenimento? O número de festivais regulares, que os
romanos chamavam de jogos, foi aumentando com a passagem dos anos, para manter o povo distraído, e ainda havia
jogos especiais quando alguém ganhava uma batalha ou fazia qualquer coisa que eles achavam importante. O teatro
era parte desses jogos, dos quais se sobressaíam as corridas de bigas ou quadrigas (isto é, carruagens puxadas por
dois ou quatro cavalos), as lutas etc.
        O engraçado é que havia também uma cerimônia religiosa na qual o sacerdote estudava as entranhas de uma
ave sacrificada, e, quando as coisas não andavam certo nessa cerimônia, os jogos tinham de ser repetidos. Em Roma,
parece que quem fazia teatro não tinha grande confiança na imaginação do público, e, todo mundo que entrava ou saía
explicava direitinho de onde tinha vindo ou para onde ia e por quê. Até os escravos, que iam correndo dar os recados
aos seus amos, paravam no meio do palco e explicavam tudo o que estavam fazendo.

A DECADÊNCIA DE ROMA
         Na decadência do Império as coisas ficaram muito piores, e o teatro refletia de perto o que estava acontecendo.
Basta saber que, em peças nas quais algum personagem morria, houve casos em que foram postos, para interpretar o
papel, criminosos já condenados, que realmente foram mortos no palco. Ao fim de uns dois anos ou três séculos, as
várias tribos Bárbaras se haviam acomodado em diferentes partes do Império, de modo geral adotando a organização
romana, e, aos poucos, dando lugar ao aparecimento de novas línguas. Mas, até que tudo se acalmasse, não havia
lugar nem para o teatro, nem para nenhuma das outras artes.
         Por outro lado, a Igreja Católica, que se espalhara por todo o Império e, com as invasões, se tornara a
instituição mais organizada de todo o Ocidente, ficava chocada com o escândalo que eram os espetáculos de teatro na
época, e, no século VII excomungaram não só todos os atores mas também suas famílias.
         Muito tempo iria se passar até aparecer teatro de novo.

TEATRO MEDIEVAL
 Arte medieval
 Durante a Idade Média, entre os séculos V e XV, a Igreja Católica exerce forte controle sobre a produção científica e
cultural. Essa ligação da cultura medieval com o catolicismo faz com que os temas religiosos predominem nas artes
plásticas, na literatura, na música e no teatro. Em todas as áreas, muitas obras são anônimas ou coletivas.
 Teatro
         Neste período o teatro sofreu perseguições. A Igreja não via com bons olhos a concorrência que os
espetáculos, jogos e diversões de toda espécie faziam as festividades religiosas. As atrizes passaram a ser
equiparadas às prostitutas... Os “histriões” (comediantes, atores) não podiam receber a comunhão e os padres e leigos
estavam proibidos de assistir peças teatrais sob pena de excomunhão (expulsão da Igreja).

         A atividade teatral se reduziu a brincadeiras (saltimbancos) na praça e nas feiras, para a diversão do povo.Mas
foi a própria Igreja quem veio a reconhecer a validade do teatro, usando-o para sua pregação.
          Assim, surgiram pequenas peças chamadas de “mistérios”, representadas nas portas das Igrejas, lembrando
as principais passagens do Evangelho. Lembrança disso são as representações da Paixão...
         Apesar de o teatro escrito no modelo greco-romano ser proibido pela Igreja Católica, a manifestação teatral
sobrevive no início do período medieval com as companhias itinerantes de acrobatas, jograis e menestréis. A partir do
século X, a Igreja adapta-o à pregação católica e às cerimônias religiosas. Dramas litúrgicos são encenados nas
igrejas. Depois se desenvolvem outras formas, como milagres (sobre a vida dos santos), mistérios (discutem a fé e
misturam temas religiosos e profanos) e moralidades (questionam comportamentos). As encenações passam a ser ao
ar livre por volta do século XII e se estendem por vários dias. Aos poucos, os espectadores assumem papéis de atores,
conferindo às apresentações um tom popular. Uma das primeiras obras independentes da liturgia é a francesa Le Jeu
d''Adam (1170). Nessa época os textos, em geral, são anônimos. No século XIII, na Espanha, surgem os autos, peças
alegóricas que tratam de temas religiosos, encenadas em palcos provisórios. A proibição, pela Igreja, da mistura de
temas religiosos com profanos – processo que se consolida no fim do século XIV – provoca o aparecimento das
comédias medievais, totalmente profanas. Uma peça importante é Farsa do Mestre Pierre Pathelim, do século XIV, que
mostra advogados e juízes como trapalhões sem caráter. Na França, a primeira sala permanente de teatro é aberta no
início do século XV. A primeira companhia profissional da Inglaterra é montada em 1493.
         O teatro na Idade Média compreendeu o período relativo ao século IX até o século XV, rompeu laços com a
cultura Greco-Romana e pode ser classificado como religioso fundamentado no Cristianismo. A intenção do drama
litúrgico foi a de mostrar Deus na vida cotidiana, fixando na memória dos fiéis a história sagrada e a vida de Cristo. A
religião, dessa forma, uni-se ao Teatro. O objetivo da Igreja e, consequentemente dos padres, era o de salvar almas
através do teatro e não o de trazer divertimento e prazer aos indivíduos. As representações eram feitas até mesmo por
padres dentro das igrejas. As peças contavam sempre passagens bíblicas ou referiam-se a festas religiosas como
Natal, Presépio, entre outras. No objetivo de promover sempre uma salvação da alma.
         O afastamento dos padrões clássicos abriu ao teatro novas perspectivas e formas de encenar e interpretar.
Suas formas básicas são: Drama Litúrgico, Mistério, Milagre, Moralidade, Laudas, Sotie, Farsa, Sermão Burlesco,
entre outros.


            o   Mistério: Episódios da Bíblia, ou seja, representações de episódios pertencentes ao velho e novo
                testamento. Era longo, durava mais ou menos uma semana. Possuía momentos de descanso para a
                platéia;

            o   Milagre: Representação de uma história na qual ocorre um milagre no final. Nessa eram retratadas as
                vidas dos Santos;

            o   Moralidade: Não possuía personagens individualizadas. Eram, na verdade, representações de
                entidades abstratas com uma lição de moral bem definida. Essa era uma forma de teatro que possuía
                uma estrutura bem definida e, até mesmo, a mais próxima do Teatro Moderno;

            o   Farsa: Representações que não possuíam nada de litúrgico. Justamente devido a isso eram chamadas
                de Farsas. Constituía-se na representação de um simples fato com o objetivo de instigar o riso e a
                crítica. Não possuíam unidade de tempo nem de ação, mas possuía, por menor que fosse, uma
                unidade filosófica (fundo religioso ou cristão)

         A primeira fase desse teatro foi, portanto, puramente litúrgica. Todavia com o passar do tempo as pessoas
começaram a sentir a necessidade de um teatro mais vivo e dinâmico. Começaram então a existir representações que
aconteciam independente de festas religiosas ou cerimônias.
          No século XVI a Igreja sentiu a necessidade de proibir os padres de se exibirem em espetáculos além de
proibir representações teatrais em santuários. Em algumas regiões o Cristianismo passou a considerar o Teatro como
um inimigo pessoal. Podemos afirmar que o Teatro Medieval não encontrou uma expressão bem definida embora seu
gênero principal fosse a moralidade. Foi um Teatro fraco e voltado para o fracasso.

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  • 1. ENSINO MÉDIO – NAP III TEXTOS EDUCANDO(A): ____________________________________________________________________ ANO: 2º TURMA: ______ TURNO: __________ DATA: _____/_____/2012TRIMESTRE: PRIMEIRO COMPONENTE CURRICULAR: ARTES CÊNICAS EDUCADOR(A): AMANDA TEATRO ROMANO Diferentemente dos gregos, os romanos não eram voltados para as artes; eles começaram como agricultores, cercados pelas sete colinas de Roma, e sempre ficaram desconfiados com gente de outros lugares, do mesmo modo que o caipira brasileiro desconfia de quem chega da cidade.... Não houve tradição de lendas populares, e o teatro não teve raízes locais para se desenvolver. No período anterior à grande expansão imperial de Roma, a metade sul da península itálica era chamada de Magna Grécia, por ser dominada ainda pelos gregos e sua cultura. Por volta de 250 a.C, m romano esperto resolveu mostrar o teatro aos romanos e montou, em um palco improvisado, uma tragédia e uma comédia, a que assistira na Magna Grécia e que traduzira para o latim. Só assim, e bem aos poços, o teatro começou a fazer parte da vida de Roma. A sociedade romana era muito mais hierarquizada do que em Atenas, e, mesmo quando por volta do século IV a.C foi criada a república, tudo ainda era muito dividido entre “patrícios” e “plebeus”, e foi só a muito custo que esses últimos foram conseguindo ter alguma importância política. Com tudo isso, as autoridades romanas não gostavam que as pessoas do povo pensassem muito sobre assuntos sérios, e por isso mesmo a tragédia não conseguiu ser aceita. O governo romano tinha medo da popularidade do teatro, e assim, as peças só eram apresentadas em palcos improvisados de madeira, durante as várias festas. Só no ano 55 a.C foi construído o primeiro teatro permanente, de pedra, em Roma; mas assim mesmo teve de ser meio escondido. A medida que Roma ia ficando mais importante e o Império crescia, foram aparecendo teatros novos, copiados dos gregos, mas um pouco diferentes: e vez de aproveitar encostas de montanhas, os romanos construíam imensas paredes para as arquibancadas. Além disso, aquela arena central, circular, foi cortada em das ficando só a metade; o coro desapareceu, e quem ficava na meia-lua central eram as pessoas importantes e as “autoridades”. OS FESTIVAIS ERAM QUATRO, COMO NA GRÉCIA? Nada disso; vocês nunca ouviram dizer que os romanos não respeitavam o povo e diziam que bastava dar a ele “pão e circo”, ou seja, o mínimo de comida e bastante entretenimento? O número de festivais regulares, que os romanos chamavam de jogos, foi aumentando com a passagem dos anos, para manter o povo distraído, e ainda havia jogos especiais quando alguém ganhava uma batalha ou fazia qualquer coisa que eles achavam importante. O teatro era parte desses jogos, dos quais se sobressaíam as corridas de bigas ou quadrigas (isto é, carruagens puxadas por dois ou quatro cavalos), as lutas etc. O engraçado é que havia também uma cerimônia religiosa na qual o sacerdote estudava as entranhas de uma ave sacrificada, e, quando as coisas não andavam certo nessa cerimônia, os jogos tinham de ser repetidos. Em Roma, parece que quem fazia teatro não tinha grande confiança na imaginação do público, e, todo mundo que entrava ou saía explicava direitinho de onde tinha vindo ou para onde ia e por quê. Até os escravos, que iam correndo dar os recados aos seus amos, paravam no meio do palco e explicavam tudo o que estavam fazendo. A DECADÊNCIA DE ROMA Na decadência do Império as coisas ficaram muito piores, e o teatro refletia de perto o que estava acontecendo. Basta saber que, em peças nas quais algum personagem morria, houve casos em que foram postos, para interpretar o papel, criminosos já condenados, que realmente foram mortos no palco. Ao fim de uns dois anos ou três séculos, as várias tribos Bárbaras se haviam acomodado em diferentes partes do Império, de modo geral adotando a organização romana, e, aos poucos, dando lugar ao aparecimento de novas línguas. Mas, até que tudo se acalmasse, não havia lugar nem para o teatro, nem para nenhuma das outras artes. Por outro lado, a Igreja Católica, que se espalhara por todo o Império e, com as invasões, se tornara a instituição mais organizada de todo o Ocidente, ficava chocada com o escândalo que eram os espetáculos de teatro na época, e, no século VII excomungaram não só todos os atores mas também suas famílias. Muito tempo iria se passar até aparecer teatro de novo. TEATRO MEDIEVAL Arte medieval Durante a Idade Média, entre os séculos V e XV, a Igreja Católica exerce forte controle sobre a produção científica e cultural. Essa ligação da cultura medieval com o catolicismo faz com que os temas religiosos predominem nas artes plásticas, na literatura, na música e no teatro. Em todas as áreas, muitas obras são anônimas ou coletivas. Teatro Neste período o teatro sofreu perseguições. A Igreja não via com bons olhos a concorrência que os espetáculos, jogos e diversões de toda espécie faziam as festividades religiosas. As atrizes passaram a ser equiparadas às prostitutas... Os “histriões” (comediantes, atores) não podiam receber a comunhão e os padres e leigos
  • 2. estavam proibidos de assistir peças teatrais sob pena de excomunhão (expulsão da Igreja). A atividade teatral se reduziu a brincadeiras (saltimbancos) na praça e nas feiras, para a diversão do povo.Mas foi a própria Igreja quem veio a reconhecer a validade do teatro, usando-o para sua pregação. Assim, surgiram pequenas peças chamadas de “mistérios”, representadas nas portas das Igrejas, lembrando as principais passagens do Evangelho. Lembrança disso são as representações da Paixão... Apesar de o teatro escrito no modelo greco-romano ser proibido pela Igreja Católica, a manifestação teatral sobrevive no início do período medieval com as companhias itinerantes de acrobatas, jograis e menestréis. A partir do século X, a Igreja adapta-o à pregação católica e às cerimônias religiosas. Dramas litúrgicos são encenados nas igrejas. Depois se desenvolvem outras formas, como milagres (sobre a vida dos santos), mistérios (discutem a fé e misturam temas religiosos e profanos) e moralidades (questionam comportamentos). As encenações passam a ser ao ar livre por volta do século XII e se estendem por vários dias. Aos poucos, os espectadores assumem papéis de atores, conferindo às apresentações um tom popular. Uma das primeiras obras independentes da liturgia é a francesa Le Jeu d''Adam (1170). Nessa época os textos, em geral, são anônimos. No século XIII, na Espanha, surgem os autos, peças alegóricas que tratam de temas religiosos, encenadas em palcos provisórios. A proibição, pela Igreja, da mistura de temas religiosos com profanos – processo que se consolida no fim do século XIV – provoca o aparecimento das comédias medievais, totalmente profanas. Uma peça importante é Farsa do Mestre Pierre Pathelim, do século XIV, que mostra advogados e juízes como trapalhões sem caráter. Na França, a primeira sala permanente de teatro é aberta no início do século XV. A primeira companhia profissional da Inglaterra é montada em 1493. O teatro na Idade Média compreendeu o período relativo ao século IX até o século XV, rompeu laços com a cultura Greco-Romana e pode ser classificado como religioso fundamentado no Cristianismo. A intenção do drama litúrgico foi a de mostrar Deus na vida cotidiana, fixando na memória dos fiéis a história sagrada e a vida de Cristo. A religião, dessa forma, uni-se ao Teatro. O objetivo da Igreja e, consequentemente dos padres, era o de salvar almas através do teatro e não o de trazer divertimento e prazer aos indivíduos. As representações eram feitas até mesmo por padres dentro das igrejas. As peças contavam sempre passagens bíblicas ou referiam-se a festas religiosas como Natal, Presépio, entre outras. No objetivo de promover sempre uma salvação da alma. O afastamento dos padrões clássicos abriu ao teatro novas perspectivas e formas de encenar e interpretar. Suas formas básicas são: Drama Litúrgico, Mistério, Milagre, Moralidade, Laudas, Sotie, Farsa, Sermão Burlesco, entre outros. o Mistério: Episódios da Bíblia, ou seja, representações de episódios pertencentes ao velho e novo testamento. Era longo, durava mais ou menos uma semana. Possuía momentos de descanso para a platéia; o Milagre: Representação de uma história na qual ocorre um milagre no final. Nessa eram retratadas as vidas dos Santos; o Moralidade: Não possuía personagens individualizadas. Eram, na verdade, representações de entidades abstratas com uma lição de moral bem definida. Essa era uma forma de teatro que possuía uma estrutura bem definida e, até mesmo, a mais próxima do Teatro Moderno; o Farsa: Representações que não possuíam nada de litúrgico. Justamente devido a isso eram chamadas de Farsas. Constituía-se na representação de um simples fato com o objetivo de instigar o riso e a crítica. Não possuíam unidade de tempo nem de ação, mas possuía, por menor que fosse, uma unidade filosófica (fundo religioso ou cristão) A primeira fase desse teatro foi, portanto, puramente litúrgica. Todavia com o passar do tempo as pessoas começaram a sentir a necessidade de um teatro mais vivo e dinâmico. Começaram então a existir representações que aconteciam independente de festas religiosas ou cerimônias. No século XVI a Igreja sentiu a necessidade de proibir os padres de se exibirem em espetáculos além de proibir representações teatrais em santuários. Em algumas regiões o Cristianismo passou a considerar o Teatro como um inimigo pessoal. Podemos afirmar que o Teatro Medieval não encontrou uma expressão bem definida embora seu gênero principal fosse a moralidade. Foi um Teatro fraco e voltado para o fracasso.