1. Biologia – parcial dia 10/10
Angiospermas
- Vasculares
- Sementes protegidas por fruto
- Espermatófitas
- Fanerógamas – flores
- Maior diversidade
- Polinização – dispersão
Órgãos vegetativos:
- Raiz, caule e folhas;
Órgãos reprodutivos:
- Flores, sementes e frutos;
Órgãos vegetativos:
Raiz: Auxilia a fixação do vegetal e na absorção de nutrientes do substrato. Seu
crescimento se dá por meio da divisão celular do meristema apical. Por isso, a
extremidade da raiz é a parte mais jovem.
Caule: parte principal do eixo da planta. Faz ligação entre raízes pelos vasos lenhosos e
liberianos. Além de ser uma estrutura adaptada à condução de seiva, oferece
sustentação aos ramos, às folhas, às flores e aos frutos.
Folha:típico órgão vegetativo vegetal, normalmente de forma laminar e clorofilado,
cujas funções principais seriam a realização da fotossíntese e as trocas gasosas
(respiração, transpiração e a própria fotossíntese).
A folha é revestida pela epiderme. Entre a epiderme superior e a epiderme inferior fica
o mesofilo, a região interior da folha, composta de tecidos de sustentação parênquima
clorofiliano e tecidos de condução. Os tecidos de condução, conjugados em feixes
líbero-lenhosos, formam as nervuras foliares no interior do mesofilo. O xilema ocupa a
parte superior do mesofilo, e o floema ocupa a parte inferior. Além de conduzirem
seiva, os vasos condutores dão sustentação mecânica à folha. As nervuras foliares são
visíveis a olho nu.
Órgãos reprodutivos
Flor: órgão reprodutor encontrado somente nos vegetais denominados como
fanerógamas, ou seja, em plantas que possuem órgãos reprodutores macroscópicos.
Ramo extremamente especializado que contém esporofilos, isto é, folhas que originam
esporângios.
A estrutura que define a flor é o carpelo (vaso), de onde se origina o nome
angiosperma. De fato, no interior do carpelo estão os óvulos que, após a fecundação,
serão transformados em sementes.
Uma flor completa possui três elementos: um pedúnculo, que é a haste que sustenta a
flor, unindo-a ao caule; um receptáculo floral, porção curta e dilatada do pedúnculo; e
verticilos florais, que são os elementos inseridos no receptáculo. Na ausência de um ou
mais verticilos, a flor é considerada incompleta. Os verticilos florais de proteção são o
2. cálice floral e a corola. O cálice floral é um conjunto de sépalas, folhas modificadas, em
geral verdes. A corola corresponde ao conjunto das pétalas, folhas modificadas, em
geral coloridas. O conjunto de verticilos formado pelo cálice e pela corola é chamado
de perianto.
Os verticilos florais de reprodução são o androceu e o gineceu. O androceu é formado
por unidade chamadas estames. Casa estame é um microsporófilo composto de filete,
antera e conectivo. O filete é a haste fina, na ponta da qual se prende uma antera
bilobada contendo quatro microsporângios ou sacos polínicos, que produzem grãos de
pólen. O conectivo une o filete à antera.
O gineceu é formado por um ou mais carpelos. O carpelo ou pistilo é um
megasporófilo composto de estigma, estilete e ovário. O estigma é a parte achatada,
geralmente pegajosa, em que se aderem os grãos de pólen. O estilete é a geste que vai
do ovário até o estigma. O ovário é a porção dilatada e oca do carpelo. Ligada
diretamente ao receptáculo da flor. Dentro do ovário estão os óvulos.
Ciclo reprodutivo: As angiospermas apresentam reprodução sexuada por alternância
de gerações. O esporófito diploide é a fase predominante. Quando chegam à
maturidade sexual, as angiospermas originam estruturas reprodutivas.
O esporófito, que corresponde ao indivíduo vemos, é a geração diploide e se reproduz
por meio de esporos. O gametófito geração haploide, está presente na flor do
esporófito, onde se nutre e desenvolve; é pequeno, de curta duração e se reproduz
por meio de gametas.
Gineceu: no pistilo o grão de pólen entra pelo estigma passando pelo tubo polínico e
chegando enfim ao ovário – dentro do ovário acontece a fecundação que gera então o
zigoto.
Androceu: saindo do receptáculo floral o grão de pólen passa pelo filete e pela antera
até ser disperso e entrar em contato com o sistema reprodutor feminino.
O grão de pólen é dividido em dois tegumentos:
Intina – protege internamente
Exina – protege externamente
Óvulo – protegido pelo saco embrionário – forma o ovário
Células (núcleos) que não foram fecundadas (corpúsculo polar) foram o saco
embrionário que darão origem ao fruto, que irá proteger o embrião irá se desenvolver
na semente.
Semente: A semente nutre e protege o embrião e auxilia na sua dispersão. Ela é
formada pelo embrião, pelo endosperma secundário e pelo tegumento (casca). O
tegumento é constituído pelos envoltórios do óvulo. A parede mais interna da casca é
chamada de tégmen e a mais externa, testa. O embrião apresenta três partes básicas:
radícula, caulículo e a cotilédone. A radícula originará a raiz da planta adulta. O
caulículo formará caule e folhas. O cotilédone é uma folha, podendo estar presente
em número de um ou dois. Sua função é absorver o endosperma e transferi-lo para o
embrião ou armazená-lo.
Em relação ao número de cotilédone, as angiospermas podem ser divididas em
monocotiledôneas e dicotiledôneas. Principais diferenças entre elas:
Monocotiledôneas Dicotiledôneas
Número de cotilédones Um Dois
3. Tipos de nervuras Paralelas Ramificadas/Reticuladas
Vasos condutores Dispostos de forma difusa Dispostos de forma ordenada
Xilema e floema juntos e Xilema e floema distribuídos
misturados na região periférica da planta
Pétalas – nº de verticilos Flores trimeras (múltiplos Flores dímeras, tetrâmeras ou
florais de 3) pentâmeras (2, 4, 5 ou
múltiplos de 5).
Tipo de raiz Fasciculada Pivotante
Após sua formação, as sementes de algumas espécies podem germinar em seguida.
Outras entram em dormência e podem permanecer assim por anos ou até séculos. Ao
encontrarem condições de desenvolvimento adequado, como água, calor, gás oxigênio
e, em alguns casos, luz, elas germinam originando uma plântula, que é a planta jovem.
Fruto: órgão encontrado somente nas angiospermas, com a finalidade protetora, mas
acima de tudo, de dispersão das sementes. Portanto, suas características estão
adaptadas ao tipo de dispersor, assim como, observado nas flores.
Os frutos são considerados também órgãos reprodutores. São originados após a
fecundação, a partir do ovário floral. Qualquer órgão semelhante, desenvolvido a
partir de qualquer outra parte floral será denominado de pseudofruto.
Também pode ser chamado de pericarpo. É composto de epicarpo, mesocarpo e
endocarpo. O epicarpo é a casca do fruto, que tem origem na epiderme externa do
ovário. O mesocarpo ou a polpa é a parte mediana do fruto e origina-se do mesofilo,
tecido que fica entre as epidermes interna e externa do ovário. O endocarpo, porção
mais interior, originasse da epiderme interna do ovário.
Tecidos Vegetais
Células embrionárias
- São células meristemáticas: indiferenciadas e capazes de originar qualquer tipo de
célula vegetal: Grande capacidade de divisão mitótica.
- Constituem os meristemas.
- Características:
Parede celular fina e flexível (parede celulósica primária),
Citoplasma denso com pequenos vacúolos,
Núcleo volumoso,
Forma poliédrica.
Tecidos meristemáticos:Origem de todo o crescimento da planta:Plantas continuam a crescer
ao longo de toda a vida.
Meristemas apicais: Formados por tecidos perpetuamente jovens e capazes de acrescentar
novas células indefinidamente ao corpo da planta.Responsáveis pelo crescimento primário da
planta em comprimento.
- Meristemas primários:
Localizados nas extremidades de raízes e caules:
1. Protoderme,
2. Procâmbio,
3. Meristema fundamental.
Meristemas laterais: Responsáveis pelo crescimento secundário da planta em espessura.
- Meristemas secundários:
Originados a partir do procâmbio ou da desdiferenciação de células parenquimáticas
(que retornam ao estado de células meristemáticas):
4. 1. Câmbio vascular:
2. Câmbio fascicular - origina-se do procâmbio;
3. Câmbio interfascicular - origina-se da desdiferenciação de células
parenquimáticas.
4. Felogênio ou câmbio da casca- origina-se da desdiferenciação de células
parenquimáticas.
Organização do corpo da planta: Células tecidos sistemas de tecidos órgãos (raízes,
caules e folhas).
Sistema radicular:constituído pelo conjunto de raízes.
- Raízes laterais (ramificações) - surgem de um tecido interno da raiz (periciclo).
Sistema caulinar: constituído pelo caule e pelas folhas.
- Caules: constituídos por:
1. Nós - parte do caule na qual uma ou mais folhas se inserem;
2. Internós ou entrenós - parte do caule entre dois nós sucessivos;
3. Gema apical - origina outros meristemas e forma os primórdios de folhas;
4. Gemas laterais ou axilares - tecidos embrionários do caule:geralmente
formam-se nas axilas (ângulo superior entre a folha e o caule) - originam os
ramos.
- Folhas: apresentam mesófilo, tecido especializado na realização da fotossíntese.
Sistemas de tecidos: ocorrem em todos os órgãos da planta e são contínuos de órgão para
órgão:
- Sistema dérmico;
- Sistema vascular;
- Sistema fundamental.
Principais diferenças nas estruturas de raízes, caules e folhas:
- Residem na distribuição relativa dos tecidos dos sistemas vascular e fundamental.
Tecidos de revestimento: Forma a cobertura mais externa de proteção da planta.
Epiderme - tecido primário originado da protoderme: reveste e protege todo o corpo
primário da planta
Periderme - tecido secundário originado do felogênio:
- Formada por 3 camadas:
1. Súber ou felema - casca (camada mais externa);
2. Felogênio (camada intermediária);
3. Feloderme - tipo de parênquima originado a partir da atividade do
felogênio (camada mais interna).
- Substitui a epiderme durante o crescimento secundário da planta.
Sistema vascular: Está imerso no sistema fundamental.
- Primário: originado do procâmbio e constituído de:
Xilema ou lenho primário - conduz água e sais minerais das raízes até as folhas;
Floema ou líber primário - conduz os produtos da fotossíntese das folhas e de
outras partes fotossintetizantes para as demais partes da planta.
- Secundário:
5. Câmbio fascicular: porção do câmbio que se origina dentro dos feixes
vasculares:origina xilema e floema secundários.
Câmbio interfascicular: porção do câmbio que se origina nas regiões dos raios
medulares, entre os feixes vasculares: origina xilema e floema secundários.
Sistema fundamental:
Compreende os seguintes tecidos:
1. Parênquimas - diversas funções:
Preenchimento,
Reserva (armazenamento),
Assimilação (fotossíntese).
2. Colênquima e esclerênquima:
Sustentação.
Sistema dérmico:Tecidos de revestimento e proteção
Epiderme: Anexos epidérmicos
Periderme:súber, felogênio e feloderme:
- Lenticelas e ritidoma.
Sistema de revestimento e proteção: Abrange a epiderme e todas as suas estruturas
anexas.
Epiderme: reveste toda a estrutura primária da planta:
- Geralmente incolor (desprovida de cloroplastos) e uniestratificada (formada
por uma camada de células justapostas e achatadas);
- Com grande vacúolo.
- Sua superfície externa é recoberta geralmente por uma cutícula, formada
pela deposição de cutina, substância de natureza lipídica
(cera):impermeabilização que reduz a perda de água.
Anexos epidérmicos:
- Estômatos;
Estruturas epidérmicas presentes nas folhas, que garantem as trocas gasosas e a
transpiração (eliminação de água na forma de vapor).
Estrutura:
1. Células-guarda ou estomáticas - duas células clorofiladas alongadas e
recurvadas, com paredes celulares desigualmente espessadas (reforço na
parte côncava);
2. Ostíolo ou poro estomático - pequena abertura entre as células-guarda.
Abertura e fechamento do ostíolo - controle da perda de água por transpiração.
Tamanho da abertura estomática - determina também a taxa de trocas gasosas.
- Hidatódios;
Estruturas semelhantes aos estômatos e situadas ponta e nas margens de certas folhas.
6. São responsáveis pelo fenômeno da gutação - eliminação de água na forma líquida: sob
condições especiais de temperatura e umidade relativa do ar
- Papilas;
Pequenas saliências das células epidérmicas que dão um aspecto aveludado às pétalas de
algumas flores.
- Tricomas ou pelos;
Também chamados pelos.
Formações epidérmicas largamente distribuídas nas folhas, caules, frutos, sementes e
raízes;
Nas folhas a sua principal função é proteger contra o excesso de transpiração: abundantes
nas plantas de climas quentes.
- Escamas;
São modificações de tricomas geralmente discóides, unidas à epiderme por um pedúnculo.
Sua função principal é a de proteger contra a perda de água.
Nas plantas epífitas (bromeliáceas) funcionam como elementos de absorção de água e
nutrientes minerais - escamas absorventes.
- Acúleos
São formações epidérmicas rígidas e pontiagudas.
Ocorrem geralmente no caule.
Acúleo X Espinho
Acúleo – base longa; origem na epiderme; base como local de armazenamento
de água; proteger contra ação dos predadores; destaca-se com facilidade;
folhas modificadas (conecção com o ambiente externo);
Espinho – fino; da base ao topo; tecido de preenchimento e sustentação
vegetal; proteção – manter um elo de comunicação; origem no tecido
parenquimático; difícil de ser arrancado; folhas modificadas - promove trocas
gasosas;
Tecido de preenchimento ou parenquimático: compostos de células vivas, de paredes finas,
que se comunicam entre si. Além do preenchimento, o tecidos parenquimáticos
desempenham tarefas como síntese e armazenamento de substâncias. Os tecidos de síntese
são os parênquimas clorofilianos; os tecidos de armazenamento são os parênquima de
reserva.
Tecidos de sustentação: Oferecem suporte mecânico à planta. Existem dois tipos: colênquima
e esclerênquima.
Colênquima: Em botânica, chama-se colênquima a um tecido parenquimatoso em que as
células possuem a parede primária espessada e que ajudam a suportar órgãos em
crescimento. Ocorre sob a forma de "cordões"; é espesso e brilhante. Possui celulose,
7. substâncias pécticas e água, e suas células podem conter cloroplastos.
De uma forma simplificada, trata-se de um tecido especializado na sustentação esquelética dos
vegetais. É formado por um grande número de células vivas alongadas, dotadas de paredes
grossas e rígidas muito resistentes, com depósitos de celulose reforçados.
Esclerênquima: Tecido de sustentação dos vegetais, composto por células mortas, o
esclerênquima é composto por diversos tipos celulares, por vezes formando tecidos distintos,
por vezes dispersos no parênquima. São todas células mortas na maturidade, com parede
celular espessada e lignificada, de modo que a parede destas células permanece no vegetal,
constituindo tecidos. Fazem parte do esclerênquima células associadas ao xilema (fibras) e os
esclereídeos, dispersos entre os tecidos parenquimáticos, ou constituindo verdadeiras
carapaças, como quando formam o envoltório de sementes.
Tecidos de condução:São os tecidos responsáveis pela condução da seiva. Dividem-se em
xilema ou lenho e floema ou líber.
Xilema ou lenho (condução e sustentação): É um tecido morto, que conduz a seiva bruta ou
inorgânica, constituída de água e sais minerais, das raízes às folhas, para a realização da
fotossíntese.
O xilema é constituído pelos seguintes elementos:
- Células mortas, diretamente ligadas à condução de seiva bruta. Caracterizam-
se por apresentar reforços de lignina.
- Os traqueídes constituem o único tipo de células condutora de seiva bruta das
plantas inferiores e gimnospermas.
- As traqueias são elementos mais especializados, encontrados na grande
maioria nas angiospermas. Geralmente as angiospermas, além das traqueias,
contém traqueídes no xilema.
Floema ou líber: É um tecido vivo responsável pela condução da seiva orgânica.
Na sua constituição vamos encontrar:
- Elementos crivados: as células crivadas são filogeneticamente menos evoluídas e
aparecem nas angiospermas e nas gimnospermas.
- Células anexas ou companheiras: São células vivas que se ligam diretamente aos
elementos de tubos crivados por meio de plasmodesmos. Estas células são
consideradas fornecedoras das funções nucleares e de energia para os tubos
crivados.
- Parênquima liberiano: formado por células vivas, com funções de reserva. Este
tecido envolve os vasos liberianos.
- Fibras esclerenquimáticas: São células mortas, alongadas, colocadas junto aos
vasos, com funções de sustentação e proteção.