Este documento discute as origens e definições das teorias do caos e da complexidade, bem como os sistemas complexos e o pensamento complexo. Apresenta as origens dos termos "caos" e "complexidade" na mitologia grega e no latim, respectivamente. Também descreve as características dos sistemas complexos e como a teoria do caos estuda o comportamento de sistemas dinâmicos de forma não linear e sensível às condições iniciais. Por fim, aborda os sete princípios do pensamento complexo de Edgar Mor
Desvendando a complexidade: origens, definições e desdobramentos de teorias
1. Desvendando a complexidade: origens, definições e desdobramentos de teorias Claudio de Paiva Franco UFRJ / 2010.01
2. Esta apresentação está organizada da seguinte forma: 1.A origem do termo “caos” 2.A origem do termo “complexidade”3.Caos e Complexidade4.Os Sistemas Complexos5.A Teoria do Caos6.O Pensamento Complexo7.Considerações Finais8.Referências
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4. século XV - ato de ficar boquiaberto ou bocejar;
5. século XVI - “confusão total” (uso teológico da palavra para fazer menção ao “vazio no início da criação”, de Gênesis);
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8. Para Morin (2007, p.13):A um primeiro olhar, a complexidade é um tecido (complexus: o que é tecido junto) de constituintes heterogêneas inseparavelmente associadas: ela coloca o paradoxo do uno e do múltiplo. Num segundo momento, a complexidade é efetivamente o tecido de acontecimentos, ações, interações, retroações, determinações, acasos, que constituem nosso mundo fenomênico.
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12. Os Sistemas Complexos 3/7 Para ser um sistema complexo é preciso que haja não apenas a soma dos subsistemas, mas também interação entre esses subsistemas. Ainda mais: essa interação não deve ficar restrita aos subsistemas de uma determinada camada, (...) mas deve incluir também subsistemas de outras camadas. (...) A primeira característica essencial de um sistema complexo é, portanto, essa capacidade de transpor não só as fronteiras do próprio sistema, no sentido horizontal, mas também de alcançar os sistemas que habitam em outras camadas, no sentido vertical (LEFFA, 2009, p. 25).
13. Os Sistemas Complexos 4/7 Exemplos de sistemas complexos: mercado acionário clima tráfego
14. Os Sistemas Complexos 5/7 Exemplos de sistemas complexos: corpo/ ser humano fauna e flora transmissão de doenças infectocontagiosas
25. É usada para estudar o comportamento de sistemas complexos e dinâmicos;
26. Edward Lorenz (1960) – meteorologista que primeiro trabalhou com a teoria do caos.Suas equações configuradas por um computador o ajudavam a fazer previsões do tempo. Uma pequena diferença de 3 casa decimais causou um enorme mudança na previsão. Gráfico de Lorenz
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29. Caos “é a ciência do processo, em vez do estado; do tornar-se, em vez do ser” (GLEICK, 1987, p. 5);
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31. Para Morin, o pensamento humano não pode ser reduzido a um mecanismo de relógio, sistema fechado que não realiza trocas de energia com o mundo externo e é regido por regras simples.
32. “O antigo universo controlava e destilava o tempo. O novo universo é levado pelo tempo” (MORIN, 2008, p. 85).Edgar Morin
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34. No paradigma simplificador, cientistas e físicos estavam preocupados em encontrar uma lei única a qual pudesse por ordem no universo e acabar com a desordem. Morin chama essa antiga obsessão de “inteligência cega”, a qual “destrói os conjuntos e as totalidades, isola todos os seus objetos do seu meio ambiente. Ela não pode conceber o elo inseparável entre o observador e a coisa observada” (MORIN, 2007, p. 12).Sir Isaac Newton René Descartes
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36. Percebeu-se que ordem e desordem, apesar de opostas, contribuem para organizar o universo (big bang).
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39. Partiu-se de uma investigação das origens dos termos “caos” e “complexidade”, resgatando mitos e alegorias relacionados a esses termos.
40. Em seguida, deu-se início à discussão das características de sistemas complexos. Algumas particularidades da teoria do caos e do pensamento complexo também foram endereçadas.
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42. Adotar a epistemologia da complexidade é uma escolha, antes de tudo, pessoal. É o comprometer-se em problematizar constantemente e querer viver no limite do caos, pois é lá que o turbilhão de interações pode nos renovar e abalar nossas quase-verdades que, em breve, transformar-se-ão em verdadeiras incertezas