O documento descreve as celebrações litúrgicas da Semana Santa, começando pelo Domingo de Ramos e culminando no Domingo de Páscoa. Destaca-se o Tríduo Pascal, com as celebrações da Quinta-feira Santa, Sexta-feira da Paixão e Sábado Santo, vivenciando os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
3. DOMINGO DE RAMOS
Com a celebração do Domingo de Ramos e da Paixão do
Senhor, a Igreja abre a Semana Santa.
Este Domingo que abre a
Semana Santa celebra dois
mistérios: (1) a Entrada solene
do Senhor Jesus em Jerusalém
para viver sua Passagem do
mundo para o Pai e (2) o
Mistério de sua Paixão, Morte
e Sepultura. Daí o título deste
dia: Domingo de Ramos e da
Paixão. A procissão é de
ramos; a Missa é da paixão.
5. Para os cristãos, a Semana Santa é a “Semana Maior” do
ano civil e litúrgico. Nela ocorre a celebração do
Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso
Senhor Jesus Cristo. O núcleo central da Semana Santa é
denominado de “Tríduo Pascal”, de quinta a domingo.
6. É no Tríduo Pascal que a Igreja vive o mistério
de Cristo, com mais intensidade. São três dias
de grandes momentos litúrgicos da igreja.
PRIMEIRO DIA
DO TRÍDUO
QUINTA SANTA
SEGUNDO DIA
DO TRÍDUO
SEXTA DA PAIXÃO
TERCEIRO DIA
DO TRÍDUO
PÁSCOA
8. Quinta-feira Santa
• 1 - Instituição da Sagrada Eucaristia – Jesus na noite em que
foi traído, ofereceu a Deus Pai seu Corpo e seu Sangue sob as
espécies do Pão e do Vinho, e os entregou para os apóstolos
para que os tomassem, mandando-lhes também oferecer
aos seus sucessores. Nosso Senhor Jesus Cristo nos doa seu
corpo e sangue como alimento de salvação.
9. Quinta-feira Santa
• A Santa Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, o
próprio Cristo, o Pão vivo. Através da Eucaristia, entramos
em comunhão com Deus, com a Igreja e com nossos irmãos.
10. Quinta-feira Santa
• 2- Instituição do Sacerdócio - Jesus Cristo na última ceia na
Quinta-Feira Santa antes de sua morte instituiu o Sacramento da
ordem, ou melhor do sacerdócio. Através deste sacramento o
sacerdote é promovido para sempre exercer o serviço de Cristo
profeta, Rei e Sacerdote. Ao olharmos um sacerdote vemos
meramente um homem, mas verdadeiramente é um ungido de
Deus, o qual foi retirado do meio do povo, consagrado e enviado a
eles novamente para os santificar.
12. Quinta-feira Santa
• 3 – O Mandamento do Amor - O que marca essa missa é a
cerimônia do Lava-Pés que lembra o gesto de Jesus na
Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos. É um
gesto de humildade e de santidade, um gesto de servo, um
exemplo para os discípulos e para a toda a Igreja. “Eu vim
para servir”.
13. Quinta-feira Santa
• O lava Pés é para recordar o gesto de Cristo e significa dar a
vida. Jesus disse: O Filho do Homem veio para servir e disse
qual era o serviço: Dar a vida em resgate da multidão. Por
isso o celebrante lava os pés, para recordar os gestos de
Cristo e aí Jesus dá o mandamento do amor.
14. - A Missa da Ceia do Senhor é uma missa eucarística, de tom
festivo, porém sereno. A missa deve começar com a igreja
enfeitada de modo discreto, mas belo. A cor é
- Após o Lava Pés, o sacerdote consagra as hóstias que serão
utilizadas na Quinta Feira Santa e na Sexta Feira Santa. A missa
termina sem a bênção final e faz-se a procissão do Translado do
Santíssimo Sacramento que será levado de modo solene para
um altar fora do espaço celebrativo, dentro da igreja: O altar
da Reposição. Lá ficarão em adoração pública.
- Após a missa da Ceia do Senhor, a igreja vai entrando em
recesso, tira-se a água benta da igreja, cobre-se todas as
imagens e todas as cruzes, desnuda o altar significando jejum
eucarístico.
Celebração Quinta-Santa
16. Sexta-feira Santa
Na Sexta Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus
Cristo. A cor é vermelha, vermelho do sangue, vermelho do
Espírito Santo, porque foi no Espírito Santo que Cristo se
entregou ao Pai.
Dia de silêncio, oração, jejum, abstinência de carne e de
profundo respeito diante da morte do Senhor.
A cruz fica velada, O altar fica descoberto. Nada de
ornamentação. O esposo foi tirado. A igreja exprime toda sua
dor pela morte de Cristo.
17. Sexta-feira Santa
. A liturgia da Palavra começa de modo muito sóbrio. O
sacerdote aproxima-se do altar, faz-lhe reverência e prostra-se
em sinal de profunda adoração. Fica no nível do chão. No
cristianismo chão quer dizer humilhação. A comunidade se
ajoelha e o sacerdote prostrado algum tempo adora o mistério
da cruz e começa a oração.
18. Sexta-feira Santa
• . A adoração da Cruz, que não é adoração da madeira. É
adoração do mistério da Cruz, o que aconteceu no madeiro.
Não é uma cruz vazia. É um crucifixo, é a cruz com a imagem
do Senhor. Cobre se o crucifixo e o padre vai descobrindo aos
poucos e dizendo a frase: Eis O lenho da Cruz, da qual
pendeu o Salvador do mundo. A igreja ajoelhada diz: Vinde,
adoremos!
19. Sexta-feira Santa
• Oração Universal
• Se canta o canto lamento do Senhor e os fiéis dizem: Deus
santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós.
• Rito da Comunhão, Nosso Deus é o Cristo vivo, o padre vai
buscar as hóstias que haviam sido consagradas na Quinta
Feira Santa com o véu umeral. Neste dia não se recoloca no
Sacrário e nem no altar de reposição.
• Nesta Sexta Feira Santa após o término do rito sagrado é
aconselhável fazer alguma apresentação. Nossa devoção
popular tem a Via Sacra ou o enterro do Senhor, a procissão
do Senhor morto, recordando aquele acontecimento bíblico
que se tomou o corpo de Jesus e piedosamente o sepultou.
• Neste dia também tem a coleta pelos lugares santos.
21. Sábado Santo
O Sábado Santo é um dia santo, dia de silêncio com Cristo,
o dia de meditar sua morte. Não é um dia vazio em que
"não acontece nada". Não é uma duplicação da Sexta-feira.
A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à
mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma
pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a
esposa. Calada, como Ele.
22. Sábado Santo
O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a
morte da Sexta-feira e a ressurreição do domingo nos
detemos no sepulcro. Um dia ponte, mas com
personalidade.
23. Sábado Santo
• Neste dia santo, durante o dia, é costume de o povo de
Deus ir à igreja, meditar todo o sofrimento da morte do
Senhor, contemplar, ficar um tempo diante daquele
crucifixo que foi apresentado na Sexta Feira Santa. É a
imagem do Cristo morto. É dia de pensar que um dia
também entraremos na morte.
24. Sábado Santo
A celebração do sábado à noite, é uma Vigília em honra ao
Senhor. Inicia-se a Ressurreição Gloriosa do Nosso Senhor Jesus
Cristo. É chamada mãe de todas as Santas vigílias, porque a
igreja mantém-se de vigília à espera da vitória do Senhor sobre
a morte.
25. Sábado Santo
• Liturgia do Fogo - Cristo é Luz, que ilumina no fogo do Espírito! O padre
abençoa o Fogo Novo e prepara o Círio Pascal.
• A vigília começa após o pôr-do-sol no Sábado Santo fora da igreja, onde o
fogo ou fogueira é abençoada pelo celebrante. Este novo fogo simboliza o
esplendor do Cristo ressuscitado dissipando as trevas do pecado e da
morte. O celebrante prepara o Círio Pascal e faz a incisão dos cravos,
lembrando as cinco chagas de Jesus.
26. Sábado Santo
• Esta vela pascal será usada em todo o Tempo Pascal,
permanecendo no santuário da igreja, e durante todo o ano em
batismos, Crismas e funerais, lembrando a todos que Cristo é a
"luz do mundo".
27. Sábado Santo
• A Liturgia da Palavra - Cristo é a Palavra de Deus, a
Palavra do Pai, cheia do Espírito Santo que nos vivifica.
Cristo é a Palavra que ilumina o evento da Paixão, da
ressurreição da nossa vida.
28. Sábado Santo
• A Liturgia Batismal - Cristo
nos dá o espírito pela água.
A água é cheia do Espírito
Santo. Neste dia a igreja
batiza seus filhos. Se não
houver batizado o padre
abençoa a água e asperge
no povo para renovação das
promessas batismais e
sendo aspergido o povo faz
memória do seu batismo. O
povo deve ir de branco.
29. Sábado Santo
• A Liturgia Eucarística - Ao se aproximar o dia da
Ressurreição, a Igreja é convidada a participar do
banquete eucarístico, que por sua Morte
Ressurreição, o Senhor preparou para seu povo.
• Toda a celebração da Vigília Pascal é realizada
durante a noite, de tal maneira que não se deva
começar antes de anoitecer, ou se termine a aurora
do Domingo.
31. Domingo de Páscoa
• A ressurreição de Jesus
Cristo é o ponto central e
mais importante da fé
cristã. Através da sua
ressurreição, Jesus prova
que a morte não é o fim e
que Ele é
verdadeiramente, o Filho
de Deus.
32. Domingo de Páscoa
• O domingo da
Ressurreição do Senhor é
o dia mais importante do
ano litúrgico. Seu centro é
precisamente a Vigília
Pascal, na noite do
Sábado Santo ao Domingo
da Ressurreição, mas
pertence integralmente
ao Domingo.
33. Domingo de Páscoa
• O temor dos discípulos
em razão da morte de
Jesus transforma-se em
esperança. É a partir
desse momento que eles
adquirem forças para
continuar anunciando a
mensagem do Senhor.
34.
35. Domingo de Páscoa
• A igreja, no domingo de Páscoa deve
estar ornamentada de forma festiva,
dando destaque ao Círio Pascal e à Pia
Batismal, com flores e a cor branca nas
vestes e toalhas, criando um ambiente
de paz, alegria e beleza para celebração
do evento central da nossa fé.
• Pela Eucaristia, celebramos todos os
domingos o Sacramento semanal da
Páscoa.