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::. A Inclusão do Portador de Necessidades Especiais em Âmbito Social e Escolar
Ana Maria C. C. do Prado
Vera Lucia Marostega
Este trabalho aborda o tema inclusão do portador de necessidades como um dos novos
paradigmas da educação brasileira, legalmente amparado pela Lei nº 9394/96, o qual
delega à família, à escola e à sociedade o compromisso para a efetivação de uma
proposta de escola para todos.
A história revela para a humanidade o caminho da exclusão social e humana do homem.
Se, no passado, o indivíduo com algum comprometimento era banido da sociedade
através da morte, hoje, este tipo de eliminação não é mais praticado, porém uma
exclusão sutil acontece através das instituições, como cadeias, asilos e tantas outras que
foram criadas com este objetivo: segregar o "diferente" da sociedade. Marques in
MANTOAN (1997, p.20) diz "enquanto a pessoa está adequada às normas, no anonimato,
ela é socialmente aceita. Basta, no entanto, que ela cometa qualquer infração ou adquira
qualquer traço de anormalidade para que seja denunciada como desviante".
"A década de 60, por exemplo, testemunhou o boom de instituições especializadas, tais
como: escolas especiais, centros de habilitação, centros de reabilitação, oficinas
protegidas de trabalho, clube sociais especiais, associações desportivas especiais"
SASSAKI (1997, p. 31), criadas concebendo a idéia de proteger o diferente e, após,
reintegrá?lo ao convívio social. Na realidade, estavam considerando muito mais a
questão social do que seu desenvolvimento como um todo.
O próprio termo reintegração já traz implícito a idéia da desintegração. "Só é possível
reintegrar alguém que foi desintegrado do contexto social e está sendo novamente
integrado" Marques in MANTOAN (1997, p.20).
A pessoa portadora de alguma deficiência convive socialmente com sua família, porém
este convívio não se estende na escola, no clube, na igreja e nas outras áreas da
sociedade porque é colocada como um ser diferente. Mader in MANTOAN (1997, p.45)
aponta como causa os seguintes conceitos básicos
- pessoas portadores de deficiência não correspondem às expectativa, são anormais,
diferentes (estigmatização);
- pessoas portadores de deficiência não são muito capazes, são pouco produtiva
("apêndice inúteis da sociedade"), (Fernandes, 1995);
- pessoas portadores de deficiência são estigmatizadas, o estigma cria preconceitos que,
por si, gera medo, e o medo provoca ignorância e afastamento;
- pessoas portadores de deficiência não se encaixam nos valores da sociedade.
Com essas idéias, buscou-se a educação individual do P.N.E. como forma de
aproximação com os seres normais, a fim de desenvolver sua normalidade para melhor
integrá-lo através de sua aprendizagem. "A idéia inicial foi, então, a de normalizar estilo
ou padrões de vida, mas isto foi confundido com a noção de "tornar normais as pessoas
deficientes" SASSAKI (1997, p.32).
Foram pelas lutas pelos direitos das pessoas portadoras de deficiência, na década de 80,
que a prática da integração social se torna mais presente. Porém, foram os novos
conhecimentos avançados na comunidade científica, que perceberam a integração
insuficiente para o contexto, considerando que esta população não participava de
A inclusão do portador de necessidades especiais em âmbito social e escolar

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A inclusão do portador de necessidades especiais em âmbito social e escolar

  • 1. ::. A Inclusão do Portador de Necessidades Especiais em Âmbito Social e Escolar Ana Maria C. C. do Prado Vera Lucia Marostega Este trabalho aborda o tema inclusão do portador de necessidades como um dos novos paradigmas da educação brasileira, legalmente amparado pela Lei nº 9394/96, o qual delega à família, à escola e à sociedade o compromisso para a efetivação de uma proposta de escola para todos. A história revela para a humanidade o caminho da exclusão social e humana do homem. Se, no passado, o indivíduo com algum comprometimento era banido da sociedade através da morte, hoje, este tipo de eliminação não é mais praticado, porém uma exclusão sutil acontece através das instituições, como cadeias, asilos e tantas outras que foram criadas com este objetivo: segregar o "diferente" da sociedade. Marques in MANTOAN (1997, p.20) diz "enquanto a pessoa está adequada às normas, no anonimato, ela é socialmente aceita. Basta, no entanto, que ela cometa qualquer infração ou adquira qualquer traço de anormalidade para que seja denunciada como desviante". "A década de 60, por exemplo, testemunhou o boom de instituições especializadas, tais como: escolas especiais, centros de habilitação, centros de reabilitação, oficinas protegidas de trabalho, clube sociais especiais, associações desportivas especiais" SASSAKI (1997, p. 31), criadas concebendo a idéia de proteger o diferente e, após, reintegrá?lo ao convívio social. Na realidade, estavam considerando muito mais a questão social do que seu desenvolvimento como um todo. O próprio termo reintegração já traz implícito a idéia da desintegração. "Só é possível reintegrar alguém que foi desintegrado do contexto social e está sendo novamente integrado" Marques in MANTOAN (1997, p.20). A pessoa portadora de alguma deficiência convive socialmente com sua família, porém este convívio não se estende na escola, no clube, na igreja e nas outras áreas da sociedade porque é colocada como um ser diferente. Mader in MANTOAN (1997, p.45) aponta como causa os seguintes conceitos básicos - pessoas portadores de deficiência não correspondem às expectativa, são anormais, diferentes (estigmatização); - pessoas portadores de deficiência não são muito capazes, são pouco produtiva ("apêndice inúteis da sociedade"), (Fernandes, 1995); - pessoas portadores de deficiência são estigmatizadas, o estigma cria preconceitos que, por si, gera medo, e o medo provoca ignorância e afastamento; - pessoas portadores de deficiência não se encaixam nos valores da sociedade. Com essas idéias, buscou-se a educação individual do P.N.E. como forma de aproximação com os seres normais, a fim de desenvolver sua normalidade para melhor integrá-lo através de sua aprendizagem. "A idéia inicial foi, então, a de normalizar estilo ou padrões de vida, mas isto foi confundido com a noção de "tornar normais as pessoas deficientes" SASSAKI (1997, p.32). Foram pelas lutas pelos direitos das pessoas portadoras de deficiência, na década de 80, que a prática da integração social se torna mais presente. Porém, foram os novos conhecimentos avançados na comunidade científica, que perceberam a integração insuficiente para o contexto, considerando que esta população não participava de