O documento discute o papel da escola para crianças pobres, a reforma do ensino médio e o movimento "Escola sem Partido". A escola deve aproximar os alunos de sua realidade e interligar conhecimentos eruditos e populares. As condições de pobreza impactam a educação, exigindo intervenção pedagógica. O movimento "Escola sem Partido" promove uma educação excludente e limita a liberdade de cátedra.
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
EDUCAÇAO, POBREZA E DESIGUALDEADE SOCIAL.
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UNIVERSIDADE FEREDAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO DA UFBA – FACED
PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
EDUCAÇAO, POBREZA E DESIGUALDEADE SOCIAL.
ALEXANDRA STEFFEN BEMFICA
1- Atividade do Módulo III:
Você deve escrever um texto articulando as principais ideias dos materiais
disponibilizados, discutindo qual o papel da escola para as crianças pobres. Ainda com
base nos materiais, seu texto deve, também, conter uma pequena análise sobre reforma
do Ensino Médio e do “movimento” Escola sem Partido.
As crianças e adolescentes em idade escolar estão fora da escola no Brasil, segundo dados
do Pesquisa Nacional por Domicílios – PNA, aproximadamente 2 milhões até o ano de
2014, para frequentar os estudos milhares de crianças e adolescentes precisam de
condições para ir à escola, o que é um dever do estado e direito de todos, sendo assim
para desenvolver seu pleno potencial esses sujeitos precisam sair da situação de risco e
vulnerabilidade, o que a pobreza traz a eles tem uma infinidade de problemas. Esses
sujeitos vivem na pobreza em um fase muito delicada das suas vidas, e comprometem sua
próprio sobrevivência e danos psicossociais. O cenário atual no mundo globalizado e
neoliberal essas condições de sobrevivência para os pobres em vias de regras é
prejudicial, o estado cada vez mais privatizado e a iniciativa privada cada vez mais
mercadológica, economicamente e politicamente, exige uma tecnologia num mundo pós-
moderno a serviço da riqueza desse capital. A pós-modernidade.
"a pós-modernidade centra-se no mundo da comunicação,
nas máquinas eletrônicas, na produção de símbolos. Isso
significa que antes de produzir objetos se produzem os
símbolos; ou seja, em lugar de experimentar, como fazia a
modernidade, para ver como a natureza se comporta fim
de sujeitá-la aos desígnios humanos, a pós-modernidade
simula em modelos, por meio de computadores, a imagem
dos objetos que pretende produzir”.(SAVIANI, p 426.)
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O que o mundo pós-moderno exige por imposição a esses seres humanos é a necessidade
de capacitar-se na sociedade para o enfrentamento do mercado de trabalho, com recursos
tecnológicos e todo aparato que está a seu alcance preparassem-se a serviço desses
mercados competitivos, o que é certamente excludentes para quem não tem acesso a
educação, se pôr um lado a pobreza tira esses recursos ou nenhum acesso à educação do
outro lado existe também a privatização da educação e as camadas que não sofrem com
a pobreza e desigualdade social não tem acesso a maiores níveis de escolarização.
Segundo a Saviani os cenário dos países da América Latina no contexto sócio, político e
econômico, mostra o fracasso do estado em adotar estratégias e políticas pedagógicas para
a educação sem capacidade de gestão educacional, nas leis do mercado, isso torna
favorável ainda mais a privatização da educação. Ainda segundo Saviani no mundo “pós”
e “neo” liberal tem características centrais desse efeitos na educação como:
neoprodutivismo, neoescalonavismo, neoconstrutivism e neotecnicismo. Vou
contextualizar o princípio do neoescalonavismo.
"O lema "aprender a aprender", tão difundido na
atualidade, remete ao núcleo das ideias pedagógicas
escolanovistas. Com efeito, deslocando o eixo do processo
educativo do aspecto lógico para o psicológico; dos
conteúdos para os métodos; do professor para o aluno; do
esforço para o interesse; da disciplina para a
espontaneidade, configurou-se uma teoria pedagógica em
que o mais importante não é ensinar e nem mesmo
aprender algo, isto é, assimilar determinados
conhecimentos. O importante é aprender a aprender, isto
é, aprender a estudar,a buscar conhecimentos, a lidar com
situações novas".(SAVIANI, p 431.)
O aprender a aprender a que Saviani refere-se é nada mais que o deslocamento do
processo educativo, estudar e buscar novas formas de conhecimento, por que existem
novas formas e situações entre educador e educando no processo de aprendizagem, com
isso há valorização das convivências, relacionamentos dos sujeitos, sociedade, escola,
educador e educandos. Todo sujeito é adaptativo portanto, amplia sua visão de mundo no
campo dos saberes o aprender a aprender pode lhe inserir no mercado globalizado pois o
mesmo está em constante aprendizado. Na escola não é diferente.
"Trata-se, agora, de capacitar para adquirir novas
competências e novos saberes, pois as "novas relações
entre conhecimento e trabalho exigem capacidades de
iniciativa e inovação e, mais do que nunca, aprender a
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aprender"' num contínuo "processo de educação
permanente". (SAVIANI, P.433 apud. BRASIL, MEC,
1997, p. 34).
Nesse sentido podemos observas que nos anos seguintes dos 1990, o Brasil pode gerar
um formato de pensar em educação não só nos âmbitos das escolas, mas no ramo
empresarial, religioso e demais entidades não governamental.
O autor Saviani fala no seu texto é que o homem diferente de outros animais, transforma
a natureza. O homem produz bens palpáveis e bens não palpáveis de conhecimento,
estando adaptáveis as condições sociais, numa sequência sistematizada por que ele usa
isso nas gerações futuras na sociedade em que vive. A escola tem um papel fundamental
nessas transformações, mas deve-se observar qual é esse papel. De acordo com Saviani
(1984, p,1) “Dizer, pois, que a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos
significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, urna exigência de e para o processo de
trabalho, bem como é, ela própria, um processo de trabalho”. De acordo com o fragmento
do texto o processo da produção material ou não material é a própria condição de
sobrevivência humana, ciência, ética e arte, estão colocados como aspectos geradores de
trabalho. Na escolas se faz necessário aproximação dos alunos para um mundo mais
próximo a sua realidade possível, mesmo sendo sistematizada nos conteúdos, ela precisa
interdisciplinar o erudito e o popular para essa coesão se tornar possível de sentidos, se
um é agrupamento de estudos a outra é formadora de identidades pluralidade dos grupos
culturais envolvidos. Os conteúdo prévios elaborados e desenvolvidos como forma de
desenvolvimento para os educandos é fundamental por que envolve a organização das
ideias, são aliados para que esse caminho venha percorrer naturalmente os saberes
populares, porque relacionam fenômenos e conhecimentos na vida escolar desse sujeitos,
hoje as escolas insistem em ser conteudistas porém devem ser mas transformadora em
relação do aprendizado dos alunos. As condições de pobreza desses sujeitos impactam
as mudanças na educação e na sociedade , os níveis de desigualdade social é grande no
pais algumas regiões são mais afetadas, educadores também são afetados na realização
de suas atividades, por que todos estão mergulhados na sociedade em que vivem e nas
condições sócias em que estão inseridos, não se tem boa saúde, nutrição e segurança, isso
impacta na qualidade educacional, as mudanças tecnológicas avançam para o sistema
assim como retiram também oportunidades desse sistema, os problemas surgem nos
entraves da educação e conflitam com a pobreza material assim os educandos e
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educadores acompanham essas mudanças, por que na verdade crescimento econômico,
medidas políticas, combate à pobreza e o neoliberalismo esta possibilitando ou não a
conhecimento desse sujeitos. Então os saberes nos levam a essas possibilidades para
conseguir alcançar por meio da escola um melhor nível de escolarização, segundo Saviane
(1984,p 4)
"A partir daí se abre também a perspectiva da
especificidade dos estudos pedagógicos (ciência da
educação) que, diferentemente das ciências da natureza
(preocupadascom a identificação dos fenômenos naturais)
e das ciências humanas (preocupadas com a identificação
dos fenômenos culturais), preocupa-se com a identificação
dos elementos naturais e culturais necessários à
constituição da humanidade em cada ser humano e à
descoberta das formas adequadas ao atingimento desse
objetivo".
A essa adequação dos ensinamentos nas escolas o que marca diferentes grupos sócias , os
menos desfavorecido o com níveis altos de pobreza e desigualdade social precisam de
uma intervenção maior por parte dos ensinos pedagógicos na escola, por que sempre
acorrera a manutenção da pobreza se pensarmos como conteudistas, o nosso sistema
educacional revela nas nossas escolas que nossos educandos são apenas de seres
semialfabetizados com poucas chances de relacionar os conhecimentos eruditos e
populares , as instituições precisam de novas diretrizes e investimentos sociais, que o
estados já não deseja mais assumir a responsabilidade , a população está agora , sufocada
por interesses particulares do neoliberal numa proporção desleal aumentado a
desigualdade social
O Brasil hoje vive num contexto conturbado com o golpe político ainda em curso, com
esse cenário impulsionada pela instabilidade nacional, a educação de direita coordenada
pelo movimento da “Escola sem Partido”, cujo o interesse maior é praticar um educação
excludente, doutrinaria, preconceituosa e discriminatória. Os mesmos autores do projeto
de lei “Escola sem Partido” Nº 867, de 2015 do Sr. Izalci, modifica as leis de bases e
diretrizes da educação nacional, sob os olhares conservadores eles alegam que as escolas
hoje em dia estão promovem uma deturpação de valores morais da família tradicional
brasileira, esse argumento surgi forte, de que existe uma suposta “ideologia de gênero nas
escola”. E por que é tão difícil falar de ideologia de gênero em uma escola? Já que a
escola é um espaço democrático, onde se deve contextualizar sua prática e vivências em
sociedade, na escola se luta pela igualdade, a não há descriminação e equidade de gêneros
como proposta pedagógica. O grande problemas são os dogmas políticos e religiosos que
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impregnam a hipocrisia nacional. Encabeçam a aprovação parlamentares, ativistas e
membros da sociedade conservadora, essa naturalização de espaços sociais em que
homens então nos lugares de homens e mulheres nos lugares de mulheres, nada mais é
que controle social delimitados dessas massas. A educação está diretamente ligada a
valores e contextualiza com ética, cidadania e direitos humanos. Segundo o Projeto de
Lei “Escola sem Partido” cabe ao professor, no Art. 4. no exercício das suas funções: I.
Não se aproveitar da audiência cativa dos alunos, com objetivos de cooptá-los para esta
ou aquela corrente política, ideológica e partidária. II. Não favorecer nem prejudicar os
alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais, ou religiosas ou a falta
delas. (BRASIL, 2015.p,3) Esse é um dos fatos que aparecem no projeto de lei mais
incoerentes do ensino nas escolas brasileiras, com a gestão dos últimos anos de partidos
de esquerda no governo do pais, os extremista dizem que existem uma corrente de
doutrinação ideológica brasileira de esquerda, um completo absurdo essa afirmação. Se
imaginarmos que os professores não poderão falar e serão vigiados pela instancias
necessárias a esse controle, e negando seu trabalho, não haverá o próprio processo de
aprendizagem e isso será altamente desconfortável e prejudicara o ensino.
Referências:
Saviani, Dermeval. História das ideias da pedagogia do Brasil. Campinas /SP. Autores
Associados, 2007, p.423-450.Disponivel em:
<http://www.moodle.ufba.br/pluginfile.php/259124/mod_assign/intro/Cap%20Livro%20O%20
neoprodutivismo%20e%20sua%20variantes001.pdf>. Acessado em 15/04/2017.
Saviani, Dermeval. Sobre a natureza e especificidade da educação. 7, n. 1 (2015). Disponível
em: <https://portalseer.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/13575>. Acessado em
15/04/2017.
BRASIL. Decreto nº 867, 2015, projeto de lei. Programa escola sem partido. Câmara dos
deputados da República Federativa do Brasil. Brasília-DF p.1-21. Disponível em <
http://www.moodle.ufba.br/pluginfile.php/259124/mod_assign/intro/escola%20sem%20partido
.pdf >. Acessado em 15/04/2017.