O documento discute o conceito de humanismo ao longo da história e apresenta a visão do pensador González Pecotche sobre um "novo humanismo". Segundo o texto, o humanismo original colocava o homem no centro e buscava imitar a Antiguidade clássica, mas entrou em declínio nos séculos XV-XVIII. Pecotche defende a necessidade de um novo humanismo baseado na superação individual visando a formação espiritual da humanidade.
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O NOVO HUMANISMO
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16/02/2006 Imprimir Comentar Indicar Envie seu Artigo a a a
O novo humanismo
Marco Aurélio Bicalho de Abreu Chagas ( * )
Historicamente o humanismo foi um movimento intelectual e
literário que colocou o homem no centro de todas as preocupações
artísticas, filosóficas e morais.
Essa doutrina se orientou no sentido de reviver e imitar os modelos
artísticos, literários e científicos da Antiguidade greco-latina,
considerada como exemplo de afirmação da independência do
espírito humano.
Do ponto de vista histórico está ligado ao Renascimento (Séc. XIV e
XV) É também uma descoberta do homem enquanto homem - e,
portanto, uma afirmação de todas as categorias do humano.
Há um humanismo cristão e um humanismo medieval.
O humanismo é um nostálgico e sentimental retorno à cultura e às letras clássicas.
A agonia do humanismo se dá no fim do séc. XV. O humanismo entra em flagrante conflito com a ortodoxia
cristã. A partir dos decretos do Concílio de Trento e da implantação da Contra-Reforma, o espírito
humanista principia a agonizar.
As preocupações religiosas e o interesse pelas novas ciências naturais escrevem-lhe o epitáfio.
A partir do séc. XVIII, já não se trata mais de humanismo, e sim de "humanitarismo" (Séc. IX e XX) E
deste são produtos: o humanismo marxista, o humanismo existencialista de Jean-Paul Sartre, o
humanismo católico de Jacques Maritain.
Atualmente, o pensador González Pecotche, autor da Logosofia, ensina que a causa que debilitou essa
corrente do pensamento foi que os pensadores não conseguiram colocar-se de acordo quanto à
proclamação de um conteúdo ajustado à realidade universal e humana do indivíduo.
Em nossos dias, segundo Pecotche, se clama por um novo humanismo.
E, em 1930, no séc. passado (séc. XX) a Logosofia dá a conhecer o humanismo em seu conteúdo essencial.
Começa por exaltar no ser a parte humana de Deus, a chispa divina.
Eis, portanto, o conceito logosófico de humanismo: "...es el ser racional y consciente realizando en sí
mismo las excelencias de su condición de humano y de su contenido espiritual sobre la base de
una incesante superación. Dichas excelencias deberão trascender por el ejemplo y la enseñanza
a toda la humanidad." (extraído do livro O Mecanismo da Vida Consciente, pág. 104, 3°§).
O conceito logosófico de humanidade está assim expresso: "...está integrada por algo más que el simple
número de seres humanos, puesto que habrá que tomar en consideración la suma de las cualidades,
tendencias, modalidades, sentimientos, características, grado de inteligencia, de moralidad, de
espiritualidad, etc. etc., de todos ellos." (Revista Logosofia n° 2, pág. 11, 5° §).
Portanto, a projeção do humanismo logosófico se inicia, ou melhor, tem por base, por essência, a
realização do processo interno de superação humana.
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