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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CARACTERÍSTICAS DE SONO EM ATLETAS DE TÊNIS DE MESA DE ALTA
PERFORMANCE
SÃO PAULO
2023
Jackeline Fernandes - 923202832
CARACTERÍSTICAS DE SONO EM ATLETAS DE TÊNIS DE MESA DE ALTA
PERFORMANCE
Projeto de Pesquisa do Curso de Psicologia,
apresentado à Universidade Nove de Julho.
Profª Dra. Daniela Wey
SÃO PAULO
2023
RESUMO
Esta pesquisa teve como objetivo abordar as características do sono em atletas
de alto desempenho no tênis de mesa, destacando a relação entre o sono e o
desempenho esportivo de cada atleta. A pesquisa realizada foi focada na importância
do sono para a saúde física e mental desses atletas, relacionando à prática de
exercícios físicos. Como metodologia o tipo de pesquisa de campo realizada foi do
tipo quantitativa, utilizando entrevistas estruturadas guiadas por roteiros de perguntas
rígidas. A análise dos resultados demonstra a relevância do sono na rotina dos atletas
e seu impacto no desempenho esportivo, trazendo informações importantes para a
compreensão desse contexto, foi possível ampliarmos a compreensão sobre a relação
entre sono e desempenho esportivo. Os dados coletados durante esse processo
reforçam a relevância do sono na saúde física e mental desses atletas. Os resultados
ressaltam a influência direta do sono na rotina e no desempenho esportivo,
contribuindo para uma visão mais precisa.
SUMÁRIO
Sumário
1- INTRODUÇÃO 1
2- OBJETIVOS 2
3- JUSTIFICATIVA 3
4- METODOLOGIA 4
5- RESULTADOS 5
6- DISCUSSÃO 6
8- ANEXOS 8
REFERÊNCIAS 13
9
1- INTRODUÇÃO
O sono é um assunto interessante e gera muita curiosidade, o simples fato de
que passamos 1/3 de nossas vidas dormindo, instigou estudiosos e gerou os primeiros
estudos sobre as funções e importância do sono. Alguns séculos atrás o sono era
compreendido como um período de ausência de atividades comuns a vigília, essa
concepção mudou nos anos 1950 e 1960 quando atividades corticais foram
descobertas durante o sono, associado com a perda do tônus muscular e o movimento
rápido dos olhos. (Lent, 2023)
O sono é essencial para os seres, por ser o período em que o corpo se recupera
física e mentalmente, os hormônios e metabolismo se regulam, o sistema imunológico
se fortalece, além de auxiliar na melhoria do desempenho físico e cognitivo. Sendo
assim, um sono adequado beneficia nosso organismo e melhora a qualidade de vida.
1.2. REVISÃO TEÓRICA
1.2.1. O Sono
O sono desempenha um papel vital em nosso organismo, ocupando cerca de
um terço de nossas vidas. Por se tratar de algo essencial para o funcionamento do
organismo, a privação de sono pode ter impactos significativos em nossa saúde
mental e física.
Segundo Lent (2023), várias teorias tentam explicar por que dormimos, mas o
sono continua sendo um mistério não completamente resolvido. (Lent, 2023)
Existem diversas hipóteses e teorias que tentam explicar o motivo pelo qual
dormimos. Todas parecem ser ao menos parcialmente corretas, mas
10
nenhuma se mostra como a resposta definitiva. Desta maneira, mesmo
depois de décadas de pesquisa, ainda não somos capazes de responder a
essa pergunta pretensamente simples. (Lent, 2023, p. 278)
Ainda segundo o Lent (2023), o motivo desta limitação é porque nenhum estudo
foi capaz de explicar o motivo do sono possuir diferentes estágios e porque eles
ocorrem em ciclos durante o período em que estamos dormindo. (Lent, 2023)
1.2.1.1. Característica e processos do Sono
O sono é caracterizado por um processo complexo que passa por diferentes
estágios, que podemos observar através de uma máquina chamada
eletroencefalograma (EEG) e pelo movimento rápido dos olhos durante o sono (REM).
Durante o sono, nosso corpo também passa por mudanças, como relaxamento dos
músculos e alterações na nossa respiração. (Fernandes, 2006)
A regulação do ciclo vigília-sono é complexa e envolve dois principais
processos. O primeiro é conhecido como "pressão para o sono" (Processo S), que
aumenta gradualmente ao longo do dia, promovendo a propensão ao sono. O
segundo é o processo circadiano (Processo C), influenciado pelo ciclo natural de luz
e escuridão, que regula nosso estado de vigília e alerta. (Santana, 2021)
Segundo Santana e colaboradores (2021):
O ciclo vigília-sono é regulado basicamente pela ação recíproca de sistemas
circadianos e homeostáticos. Em 1982, Alexander Borbély foi o primeiro a
descrever um modelo que explicasse a interação entre esses sistemas,
“modelo de 2 processos de regulação do sono”, com o componente circadiano
definido como processo C, caracterizado pela manutenção da vigília e o
componente homeostático, processo S, responsável pela propensão ao sono.
Dessa forma, para que ocorra o sono, o processo S deve atingir um limiar
superior e o processo C deve estar abaixo de seu limite inferior. (Santana et
al, 2021, p. 55773)
11
Na década de 1940 e 1950, Giuseppe Moruzzi e Horace Magoun, conduziram
estudos com gatos para entender o que controla o estado de vigília e sono. Eles
descobriram que o tronco cerebral desempenha um papel crucial nesse processo,
criando o Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA). O SARA é uma rede
complexa de núcleos e regiões que usam neurotransmissores como a acetilcolina e
noradrenalina para promover a vigília. Além disso, neurotransmissores hipotalâmicos,
como a hipocretina e a histamina, também desempenham papéis importantes na
promoção da vigília. Essas descobertas são vitais para entender o sono e distúrbios
do sono. (Lent, 2023)
Quando entramos no sono não REM, o processo S, como a redução da luz,
contribuem para induzir o sono. Nessa fase, o sistema gabaérgico do núcleo pré-
óptico ventrolateral (POVL) no hipotálamo tem um papel crucial, inibindo os neurônios
do SARA e promovendo o sono profundo. (Lent, 2023)
O sono REM, por outro lado, é caracterizado por um padrão de ondas cerebrais
semelhante ao estado de vigília. Isso ocorre devido à ativação de neurônios
colinérgicos nos núcleos tegmental pedunculopontino (PPT) e tegmental dorsolateral
(LDT) no tronco encefálico, que estimulam o córtex cerebral durante essa fase. (Lent,
2023)
1.2.1.2. A melatonina
É produzida pela glândula pineal e influencia diversos tecidos do corpo,
desempenhando um papel na regulação dos ritmos circadianos e infradianos. Sua
produção está intimamente relacionada com a exposição à luz e ajuda a sincronizar o
ciclo vigília-sono. A melatonina não é um promotor direto do sono, mas desempenha
um papel na regulação de várias funções relacionadas ao sono. Ela não afeta
significativamente a duração ou a qualidade do sono, mas pode ser útil em distúrbios
de ritmo circadiano, como o jet lag. Além disso, existem drogas que afetam os
receptores melatoninérgicos, como a agomelatina e a ramelteona, que são usadas no
12
tratamento de distúrbios de humor e do sono, aproveitando os efeitos da melatonina
no organismo. (Lent, 2023)
1.2.2. Atividade física e o sono
O sono saudável é essencial para nossa saúde física e mental, estudos indicam
que ele possui um papel fisiológico fundamental para o funcionamento correto de
nosso organismo. A privação dele pode gerar uma série de consequências negativas
para a saúde. E a compreensão do sono e suas alterações são necessárias, visto que
atualmente a escassez de sono se tornou cada vez mais presente em nossa
sociedade.
Para compreender um pouco mais sobre este tema, Martins, Melo e Tufik
(2001), mergulharam profundamente nessa conexão intrincada entre a atividade física
e o sono. À medida que os estilos de vida sedentários se tornam cada vez mais
comuns, as implicações de uma falta de exercício adequado sobre o sono estão sendo
amplamente reconhecidas. Por outro lado, o exercício regular e bem planejado tem
demonstrado inúmeros benefícios para o sono, indo além da simples melhora na
duração. (Martins; Melo; Tufik, 2001).
Ainda segundo Martins, Melo e Tufik (2001), os exercícios físicos afetam
diretamente na qualidade do sono, reduzindo a fragmentação do sono, diminuindo o
tempo necessário para adormecer, auxiliando na diminuição da insônia e da
sonolência excessiva. Além de ser benéfico para o tratamento e prevenção de
distúrbios do sono, como apneia, insônia, bruxismo e movimentos periódicos das
pernas. Tais distúrbios interferem na qualidade do sono e prejudicam o desempenho
esportivo. A identificação deles e a busca por tratamento adequado são importantes.
(Martins; Melo; Tufik, 2001).
A partir de tais estudos se tornou evidente que o exercício físico não é apenas
uma ferramenta poderosa para melhorar o sono, mas também um componente
essencial de um estilo de vida saudável e equilibrado. (Martins; Melo; Tufik, 2001).
13
1.2.3. A importância do sono em atletas.
Uma noite bem dormida é fundamental para a recuperação física e mental do
atleta, a falta de sono impacta negativamente a função cognitiva e a habilidade de
concentração do atleta, o que pode levar a lapsos de atenção, diminuição da
velocidade na tomada de decisões e, como resultado, comprometer a coordenação
motora afetando seu desempenho técnico e tático. (Samulski; Dietmar, 2009)
Além de impactar no processamento cognitivo, a privação de sono pode
acarretar aumento da irritabilidade, alterações metabólicas, endócrinas e
imunológicas, além de causar cansaço, náusea, dores de cabeça, visão turva e dores
articulares. (Antunes et al, 2008). A privação de sono pode provocar grandes prejuízos
no desempenho do atleta, visto que um bom desempenho físico e cognitivo é
essencial para que ele alcance suas metas esportivas.
A presente pesquisa teve como objetivo compreender como é a qualidade do
sono de atletas de alta performance, quais são os benefícios que o sono e a atividade
física trazem para o indivíduo.
14
2- OBJETIVOS
2.2. OBJETIVO GERAL
O objetivo desta pesquisa foi identificar e entender as características do sono
em atletas de alto nível no tênis de mesa, que são pessoas excepcionais que
dependem do bom desempenho no esporte para alcançar o sucesso.
2.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Os objetivos específicos foram os de compreender a interligação entre o sono
e o seu rendimento como atletas.
● Levantar informações sobre a rotina diária dos atletas, com objetivo de
identificar como eles vivenciam o sono.
● Verificar quais são as características que os atletas apresentam em relação
ao sono e a busca pela boa performance no esporte.
● Compreender como o sono pode afetar o desempenho no esporte e em
suas vidas em geral.
● Identificar como o sono pode moldar suas rotinas diárias, e entender os
fatores que o influenciam no resultado de uma boa performance no treino
e competições.
15
3- JUSTIFICATIVA
Como apresentado neste trabalho, o sono desempenha um papel
extremamente importante e essencial para os seres vivos. Pois se trata de um período
de recuperação física e mental, regulamentação dos hormônios e fortalecimento do
sistema imunológico. Um sono de qualidade é fundamental para o funcionamento
correto de nosso organismo.
Visto que o sono traz tantos benefícios para a saúde e com o objetivo de
entender os impactos que ele tem na atividade física, optamos por realizar a pesquisa
em busca da compreensão da qualidade do sono em atletas de tênis de mesa de alta
performance.
Compreender os impactos que o sono tem no organismo de atletas é de grande
importância, visto que eles dependem do esforço físico e mental para ter um bom
desempenho no esporte.
Analisar as rotinas diárias dos entrevistados auxiliará na compreensão do
impacto que a quantidade de horas de sono, qualidade do ambiente em que dormem
e nível de treino possuem em seus organismos.
Esta pesquisa contribuiu agregando mais conhecimento sobre a relação que o
sono possui com a atividade física de atletas de alta performance. Auxiliando
compreensão da importância de buscar por um sono de qualidade, para que eles
possam alcançar suas metas esportivas com saúde e qualidade de vida.
Explorar o tema também nos permitiu adquirir conhecimento e capacidade
profissional como estudantes de psicologia, além de ter contribuído no campo
acadêmico para estudos e produção de novos projetos de pesquisa, visto que ainda
é escasso o material para subsidiar estudantes e profissionais da área.
16
4- METODOLOGIA
4.2. TIPO DE PESQUISA
A pesquisa de campo realizada foi do tipo quantitativa. Segundo Pereira (2006),
a pesquisa quantitativa tem como característica a utilização da quantificação, é
realizada por meio de técnicas estáticas, como percentual, desvio padrão, coeficiente
de correlação, entre outras. (Pereira, 2006). Como procedimento metodológico,
utilizamos a pesquisa descritiva. Segundo Triviños (1987), tais pesquisas requerem
que o investigador obtenha uma série de informações sobre o que pretende pesquisar.
(Triviños, 1987). Ela teve como objetivo principal descrever as características de
determinados fenômenos, fatos ou grupos; sua característica mais significativa é a
utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, como questionários e
observação. (Gil, 2002).
4.3. TIPO DE ENTREVISTA
O tipo de entrevista utilizada foi a estruturada, guiada por um roteiro
previamente elaborado, com perguntas predeterminadas e pautas ordenadas que
possuem certa relação entre si, aplicadas igualmente para todos os entrevistados,
com objetivo de coletar dados diferentes à mesma pergunta, para que sejam
comparados. (Gerhardt; Silveira, 2009). O entrevistado pode falar livremente em cima
da assimilação referente à pauta proposta pelo entrevistador, que por sua vez, não
possui liberdade de elaborar perguntas fora do roteiro. (Gerhardt; Silveira, 2009).
Optamos por esse método a fim de aprofundarmos nas questões propostas
possibilitando ao entrevistado responder de maneira livre, ampliando as informações
a serem analisadas.
17
4.4. INSTRUMENTOS
4.4.1. Roteiros de perguntas
Elaboramos um questionário chamado Entrevista Sobre a Rotina Diária (Anexo
1), com objetivo de coletar informações sobre a rotina diária da população estudada,
com objetivo de descobrir como é a qualidade de sono dos atletas de alto
desempenho, uma vez que o sono exerce um papel crítico no desempenho esportivo
e no bem-estar geral dos atletas.
Utilizamos também um questionário chamado Perfil Sociodemográfico da
População Estudada (Anexo 2),que traz os dados básicos, tais como, Faixa Etária,
Sexo, Estado Civil, Escolaridade e Tipo de Vínculo, possibilitando entender qual é o
perfil dos atletas que participaram do estudo.
E para finalizar o estudo e compreender de fato sobre o sono destes atletas,
utilizamos o Questionário Sobre as Características Matutinas e Vespertinas (Anexo
3), criado por Horne e Östberg (1976).
4.4.2. Gravação
Utilizamos um gravador de voz, com o consentimento do entrevistado, para ter
a fidedignidade da entrevista, a fim de chegarmos a um resultado preciso. Fizemos a
transcrição das gravações, a fim de facilitar o manuseio da mesma e para que
possamos integrá-la em nossa pesquisa.
4.4.3. Análise
18
As entrevistas foram analisadas identificando temas em comum, contrastando
e analisando as respostas dos entrevistados. Considerando os percentuais dos dados
coletados e demonstrando em gráficos e tabelas, facilitando a apresentação e a
interpretação visual dos resultados obtidos.
4.5. ÉTICA
Acerca dos riscos e benefícios da presente pesquisa, foram esperados os
seguintes benefícios imediatos: reflexão sobre o tema e contribuição para a formação
e transmissão de conhecimentos sobre o tema a alunos em formação. Considerando
que toda pesquisa oferece algum tipo de risco, nesta pesquisa o risco pode ser
avaliado como: mínimo. Podendo ter ocorrido algum constrangimento ou cansaço
mental no fornecimento das respostas. Esclarecemos que a entrevista pode ser
interrompida antes do tempo previsto caso tenha qualquer desconforto.
4.6. PLANEJAMENTO
O processo de seleção e entrevista dos atletas para o estudo foi planejado e
executado, visando obter informações valiosas sobre os 10 atletas escolhidos que
compõem uma boa colocação no Rating Nacional da modalidade do Tênis de mesa,
sendo confirmada sua participação no site oficial da Confederação Brasileira de Tênis
de Mesa, garantindo a inclusão exclusiva de atletas de alta performance e eliminando
qualquer possibilidade de exclusão com base no único critério escolhido.
O roteiro de perguntas sobre a rotina diária da população estudada foi
elaborado considerando aspectos relevantes para a pesquisa. O processo de
entrevista foi dividido entre os atletas, sendo que 8 deles foram entrevistados em seus
locais de treino, em espaços reservados para garantir privacidade e concentração, e
19
os outros 2 atletas foram entrevistados em suas residências, oferecendo um contexto
mais pessoal e confortável para a interação.
Já os questionários de Perfil Sociodemográfico da população estudada e
características matutinas e vespertinas de Horne e Östberg (1976), foram aplicados
utilizando a plataforma Google Forms para a elaboração e aplicação do questionário
online que trouxe eficiência ao processo. E para estes questionários foram
entrevistados 21 atletas, a abordagem utilizada permitiu que respondessem às
perguntas de forma conveniente, além de facilitar a filtragem dos dados com base em
sua categoria no Rating Nacional. A segmentação por categoria proporcionou uma
análise mais específica, considerando as diferentes classificações dos atletas.
Um aspecto fundamental desse estudo foi a diversificação dos entrevistados
em relação aos participantes do questionário. Essa abordagem possibilitou a obtenção
de informações variadas, enriquecendo os dados da pesquisa. Entrevistar pessoas
diferentes daquelas que responderam ao questionário adicionou perspectivas
diversas e permitiu uma compreensão mais completa do contexto em que os atletas
estão inseridos.
Dessa forma, o método adotado não apenas garantiu a qualidade das
informações coletadas, mas também promoveu uma abordagem abrangente na
análise dos dados. A combinação de entrevistas presenciais e online, juntamente com
a diversificação dos entrevistados, contribuíram para a robustez e relevância do
estudo.
20
5- RESULTADOS
A partir das entrevistas realizadas, foi possível compreender melhor como é a
rotina diária dos atletas de alta performance e como eles vivenciam o sono. A análise
dos resultados dos dados obtidos culminou na compreensão de como o sono afeta o
desempenho no esporte e como a rotina de treinos afeta a qualidade do sono destes
atletas. Abaixo seguem os principais dados coletados.
A pesquisa contou com a participação de 10 atletas de alta performance
entrevistados, aqui ressaltamos alguns resultados. 100% dos atletas dormem mais 6
horas, 60% Não acordam durante a noite, 80% Não faz uso de remédio regular, 80%
Treinam 5 ou mais vezes na semana e 20% Treinam 3 ou vezes na semana,90%
Treinam a noite, 70% Dormem em local com pouco barulho, 80% muito escuro e 60%
com uma ventilação média, 80% Informam que o treino normal ou intenso afeta
POSITIVAMENTE sono.
A pesquisa contou com a participação de 21 atletas de tênis de mesa, em sua
maioria do gênero masculino e que possuem a faixa etária de 21 a 65 anos de idade,
listados de acordo com as tabelas abaixo:
Referente a qualidade do sono, de acordo com as respostas obtidas foi possível
verificar que a 100% dos atletas entrevistados dormem por volta de 6 horas por noite,
21
e que 60% deles não costumam acordar durante a noite enquanto 20% acordam 1 ou
2 vezes e os outros 20% acordam 3 ou mais vezes.
Em relação ao ambiente em que dormem os entrevistados descreveram a
quantidade de barulho, luminosidade e ventilação. A maioria dos participantes
dormem em ambientes com pouco ruído (70%), luminosidade escuro (80%), e com
ventilação moderada a boa (60%). a porcentagem de cada item pode ser vista na
tabela abaixo:
Sobre a rotina de treinos, os entrevistados foram questionados sobre o período
em que costumam treinar, e 90% deles responderam que realizam seus treinos
durante a noite, enquanto 10% treinam pela manhã e os outros 10% treinam de tarde.
Ainda referente à rotina de treino, foram coletados dados sobre como ela afeta
a qualidade do sono dos entrevistados, demonstrada na tabela abaixo:
22
Abaixo seguem todos os dados coletados, representados por gráficos:
5.2. Entrevista Sobre A Rotina Diária
Figura 1 - Quantidade de horas de sono.
A Figura 1 representa a porcentagem dos dados coletados referente a
quantidade de horas que os entrevistados dormem por noite. Todos os participantes
(100%) relataram dormir 6 horas por noite, o que é considerado um intervalo saudável.
Figura 2 - Quantidade de vezes que acorda durante a noite.
23
A Figura 2 representa a porcentagem de vezes que os entrevistados acordam
durante a noite, de acordo com os dados coletados 60% deles não acordam durante
a noite, 20% acordam 1 ou 2 vezes e os outros 20% acordam 3 ou mais vezes.
Figura 3 - Quantidade de uso de medicamentos de uso regular.
A Figura 3 representa a porcentagem de atletas que fazem uso de
medicamentos de forma regular, os dados coletados indicam que 80% dos
entrevistados não faz uso regular de medicamentos, sugerindo uma saúde geral
estável entre os entrevistados.
Figura 4 - Período de treino.
24
A Figura 4 representa a porcentagem de atletas que treinam de manhã, tarde
e noite. As respostas indicam que a maioria treina à noite (40%), seguido por tarde
(30%) e manhã (30%).
Figura 5 - Característica de ambiente em que dormem.
25
A Figura 5 representa a como é o ambiente em que os entrevistados dormem
A maioria deles dormem em ambientes com pouco ruído (70%), luminosidade escuro
(80%), e com ventilação moderada a boa (60%).
Figura 6 - Frequência de treino semanal (10 entrevistados).
A Figura 6 traz dados sobre a frequência com que os entrevistados treinam. De
acordo com os dados coletados, a maioria dos entrevistados (80%) treina 5 ou mais
vezes por semana, indicando um alto nível de atividade física entre os participantes.
Figura 7 - Emoções experimentadas na última semana (10 entrevistados).
26
A Figura 7 traz dados sobre as emoções que os entrevistados experimentaram
na última semana. As emoções mais predominantes foram a ansiedade com 80% das
respostas, seguida pelo estresse com 70% das respostas.
Figura 8 - Rotina de treino e sono (10 entrevistados).
A Figura 8 representa como a rotina de treino afeta o sono dos entrevistados.
De acordo com os dados coletados, a maioria dos participantes (60%) afirmou que
sua rotina de treino afeta positivamente seu sono, enquanto 20% relataram um
impacto positivo com treinos intensos e os outros 20% informaram que não há
impacto.
5.2. Perfil Sociodemográfico Da População Estudada
27
Figura 9 - Faixa etária.
A Figura 9 traz a porcentagem de faixas etárias dos entrevistados. Há
diversidade em relação à faixa etária, com a maioria dos participantes situando-se
entre 18 e 45 anos, sendo 19% nas faixas etárias de 18 e 20 anos e 41 a 45 anos.
Figura 10 - Sexo.
A Figura 10 traz a porcentagem do sexo dos entrevistados e de acordo com os
dados levantados, 85,7% são homens, enquanto 14,3% são mulheres.
Figura 11 - Estado civil.
A Figura 11 traz a porcentagem do estado civil dos entrevistados e de acordo
com os dados levantados, a predominância é de casados com 57,1%, sendo que
38,1% são solteiros e os demais estão em união estável.
28
Figura 12 - Escolaridade.
A Figura 12 traz a porcentagem da escolaridade dos entrevistados e de acordo
com os dados levantados há uma variedade entre os níveis escolares, com 33,3% dos
participantes possuem ensino superior e pós-graduação, seguido por 14,3%
possuindo ensino médio. Dentre as graduações, Medicina é a mais representada,
seguida por Direito e Educação Física.
Figura 13 - Tipo de vínculo no trabalho atual.
29
A Figura 13 traz a porcentagem do tipo de vínculo trabalhista dos entrevistados,
segundo os dados levantados, destaca-se uma diversidade de situações, sendo
28,6% autônomos, 19% sem ocupação profissional e 14,3% com vínculo CLT.
5.2. Questionário Sobre Características Matutinas e Vespertinas
Figura 14 - Horário em que gostaria de acordar.
Figura 15 - Horário em que gostaria de ir dormir.
30
Figura 16 - Facilidade para ir dormir às 21h00
Figura 17 - Facilidade para acordar às 06h00.
Figura 18 - Período em que começa a sentir cansaço e necessidade de dormir.
Figura 19 - Quanto tempo para “recuperar as energias”.
31
Figura 20 - Perfil sobre o período em que se identifica ativo .
Figura 21 - Frequência de treino semanal (21 entrevistados).
32
Figura 22 - Frequência de treino semanal (21 entrevistados).
Figura 23 - Rotina de treino e sono (21 entrevistados).
Figura 24 - Categoria Absoluto (Performance Nível Nacional dos atletas estudados).
Nas Figuras de 14 até 24, observa-se padrões interessantes nas preferências
de sono e nos hábitos circadianos dos participantes. Em relação ao horário desejado
de acordar, a maioria expressa preferência por acordar entre 07h30-08h29 (42,9%),
enquanto uma parcela menor opta por acordar antes das 06h30. Quanto ao horário
desejado de ir para a cama, observamos uma divisão equitativa entre as opções de
21h00-21h59 e 22h00-22h59, ambos com 42,9%. Notavelmente, nenhum participante
expressou a preferência de ir para a cama antes das 21h00. Em relação à facilidade
de dormir às 21h00, a maioria (52,4%) indica que seria pouco provável, ficando
acordado por pouco tempo. No contexto de acordar às 06h00, a grande maioria (81%)
33
alega que seria um pouco desagradável, mas não constituiria um grande problema.
Quanto aos primeiros sinais de cansaço à noite, a maioria (52,4%) os experimenta
entre 23h00 ou mais. Por fim, ao se identificarem com um perfil de atividade, 47,6%
se identifica um pouco ativo de manhã, 28,6% definitivamente ativo pela manhã e 19%
se define como um pouco ativa à noite. Esses dados oferecem uma visão abrangente
das preferências individuais de sono e ritmos circadianos.
Figura 25 - Resultado Questionário Sobre as Características Matutinas e Vespertinas, criado
por Horne e Östberg (1976)
34
6- DISCUSSÃO
Através da análise dos dados coletados em estudos sobre qualidade do sono
em atletas de tênis de mesa de alto desempenho, podemos estabelecer correlações
significativas com as informações apresentadas na introdução.
Com base na teoria de Lent (2023), as descobertas sugerem que o sono é
crucial para várias funções fisiológicas e cognitivas. É essencial para o
rejuvenescimento do corpo e para a regulação hormonal e do sistema imunitário.
Estes fatores são especialmente significativos para atletas de elite, cujo desempenho
atlético está intimamente relacionado com o seu bem-estar físico e mental geral.
A pesquisa de Martins, Melo e Tufik (2001) indicou uma relação inegável entre
a atividade física consistente e a melhoria da qualidade do sono em atletas. As
melhorias notáveis incluem diminuição da fragmentação do sono, redução da latência
do início do sono e melhor gestão dos distúrbios do sono. Estas descobertas são
críticas para os atletas que procuram aperfeiçoar o seu desempenho e devem ser
consideradas ao fornecer orientação e aconselhamento.
Ao longo do projeto, foram encontrados vários desafios, particularmente na
tentativa de equilibrar as rigorosas exigências do treino atlético com o requisito crucial
de descanso suficiente. A sobrecarga de treino, o estresse da competição e o
desgaste psicológico são elementos que podem impactar negativamente a
capacidade de dormir do atleta, conforme observado por Santana et al. (2021) na sua
exploração dos meandros envolvidos na regulação do ciclo sono-vigília.
Quando confrontados com estes desafios, recomenda-se que os atletas
recebam técnicas específicas de aconselhamento com o objetivo de melhorar tanto a
quantidade como o padrão do seu sono. É importante adaptar essas técnicas à
programação diária de cada atleta, às características pessoais e aos requisitos
exclusivos de seu esporte. Essa individualização pode revelar-se um fator
fundamental para alcançar os resultados desejados.
Para abordar os problemas do sono dos atletas, sugere-se a incorporação de
técnicas que estimulem o relaxamento, como a meditação ou a respiração controlada,
35
juntamente com o foco no controle do estresse. Garantir que as condições de sono
sejam propícias ao descanso, ao mesmo tempo em que enfatizamos a importância do
sono como um aspecto essencial do treino, pode melhorar muito o desempenho
atlético e a qualidade de vida geral. Sendo assim, a análise dos resultados fortalece a
correlação entre sono, movimento corporal e desempenho atlético.
36
7- ANEXOS
1 ENTREVISTA SOBRE A ROTINA DIÁRIA
1. Quantas horas você dorme por dia?
a) 4 a 5 horas
b) 6 horas
c) 6 a 8 horas
d) 8 horas ou mais
2. Você acorda durante a noite?
a) Não
b) 1 ou 2 vezes
c) 3 ou mais vezes
3. Você faz uso de algum medicamento de forma regular?
a) Sim
b) Não
4. Como é sua programação de treino na semana?
a) Manhã
b) Tarde
c) Noite
5. Descrever o ambiente que dorme:
Barulho;
a) Muito
b) Médio
c) Pouco
Luminosidade;
a) Escuro
b) Médio
c) Luz acesa
d) Muito
Ventilação.
a) Muito
b) Médio
c) Pouco
6. Com que frequência você treina?
a) 1 ou 2 vezes na semana
b) 3 ou 4 vezes na semana
c) 5 ou mais vezes na semana
37
7. Nesta última semana você experimentou alguma dessas emoções? Pode
escolher mais de uma opção.
a) Estresse
b) Tristeza
c) Fadiga
d) Ansiedade
e) Sonolência
f) Falta de ânimo
8. Sua rotina de treino afeta seu sono?
a) Positivamente
b) Positivamente com treinos intensos
c) Negativamente
d) Negativamente com treinos intensos
e) Não
38
2 PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DA POPULAÇÃO ESTUDADA
18 a 20 anos ( ) 21 a 25 anos ( ) 26 a 30 anos ( )
31 a 35 anos ( ) 36 a 40 anos ( ) 41 a 45 anos ( )
46 a 50 anos ( ) 51 a 55 anos ( ) 56 a 60 anos ( )
61 a 65 anos ( ) 66 a 70 anos ( ) 71 a 75 anos ( )
76 a 80 anos ( ) 81 a 85 anos ( ) 86 a 90 anos ( )
Mais de 90 anos (qual a sua idade, por favor?)
Sexo
Mulher ( )
Homem ( )
Outro ( ). Qual?_______________________________
Estado civil
Solteiro(a/e) ( )
Casado (a/e) ( )
Divorciado (a/e) ( )
União estável ( )
Escolaridade
ensino fundamental I (primário) ( )
ensino fundamental II (ginásio) ( )
ensino médio (colegial) ( )
superior ( ) Curso:________________________________________
pós-graduação ( ) Curso: __________________________________
mestrado ( ) Curso: _______________________________________
doutorado ( ) Curso: _______________________________________
Tipo de vínculo do trabalho atual
CLT ( )
Autônomo ( )
Cooperativa ( )
Empresário (......)
Microempresário ( )
Sem ocupação profissional ( )
Outro vínculo: _________________________________________
39
3 CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO SOBRE A PESQUISA
Título do Estudo: A importância do sono na rotina dos Atletas
Pesquisador Responsável: Jackeline Fernandes
O (A) Senhor (a) está sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa. Por
favor, leia este documento com bastante atenção antes de assiná-lo. Caso haja
alguma palavra ou frase que o (a) senhor (a) não consiga entender, converse com o
pesquisador responsável pelo estudo ou com um membro da equipe desta pesquisa
para esclarecê-los.
A proposta deste termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) é explicar
tudo sobre o estudo e solicitar a sua permissão para participar do mesmo.
O objetivo desta pesquisa é compreender como o sono dos atletas influencia
seu rendimento nos treinos e seu desempenho durante o cotidiano e tem como
justificativa melhoria da qualidade, rendimento e capacidade das pessoas, visto que,
está diretamente ligado a uma boa noite de descanso.
Se o(a) Sr.(a) aceitar participar da pesquisa, os procedimentos envolvidos em
sua participação são os seguintes: será realizado uma entrevista única, com duração
de 20 a 45 minutos, no qual será respondido um formulário de questões relacionadas
com a rotina de sono do atleta, para que se possa compreender melhor a relação do
sono do entrevistado e dos seus treinos.
Toda pesquisa com seres humanos envolve algum tipo de risco. No nosso
estudo, os possíveis riscos ou desconfortos decorrentes da participação na pesquisa
são: possíveis gatilhos emocionais durante a entrevista, que pode ser interrompida a
qualquer momento a requerimento do entrevistado, cabe ressaltar que os dados
fornecidos podem ser usados para estudos posteriores, ocorrendo a quebra da
confidencialidade e do sigilo, tais como acesso aos dados do entrevistado, para que
ocorra um estudo aprofundado e melhora do rendimento dos atletas.
Contudo, esta pesquisa também pode trazer benefícios. Os possíveis
benefícios resultantes da participação na pesquisa são indiretos, visto que, a
participação do atleta, pode vir contribuir futuramente para os profissionais do esporte,
pois pode trazer o aumento do conhecimento sobre a importância do sono, e, se
aplicável, poderá beneficiar futuros atletas em seu rendimento e qualidade de treino.
40
Sua participação na pesquisa é totalmente voluntária, ou seja, não é
obrigatória. Caso o(a) Sr.(a) decida não participar, ou ainda, desistir de participar e
retirar seu consentimento durante a pesquisa. Não está previsto nenhum tipo de
pagamento pela sua participação na pesquisa e o(a) Sr.(a) não terá nenhum custo
com respeito aos procedimentos envolvidos.
Solicitamos também sua autorização para apresentar os resultados deste
estudo em eventos da área de saúde e publicar em revista científica nacional e/ou
internacional. Por ocasião da publicação dos resultados, seu nome será mantido em
sigilo absoluto, bem como em todas as fases da pesquisa.
É assegurada a assistência durante toda pesquisa, bem como é garantido ao
Sr.(a), o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o
estudo e suas consequências, enfim, tudo o que o(a) Sr.(a) queira saber antes,
durante e depois da sua participação.
Caso o(a) Sr.(a) tenha dúvidas, poderá entrar em contato com o pesquisador
responsável Jackeline Fernandes, pelo telefone 11 98720-0933, e/ou pelo e-mail
jackelinefernandes@uni9.edu.br, com o Comitê de Ética em Pesquisa pelo e-mail
pesquisa@uninove.br.
Esse termo é assinado em duas vias, sendo uma do(a) Sr.(a) e a outra para os
pesquisadores.
Declaração de Consentimento
Concordo em participar do estudo intitulado: “A importância do sono na rotina dos
atletas".
Nome do participante ou responsável
Assinatura do participante ou responsável
Data: _____/_____/_____
41
Eu, Jackeline Fernandes, declaro cumprir as exigências contidas nos itens IV.3 e IV.4,
da Resolução nº 466/2012 MS.
Assinatura e carimbo do Pesquisador
Data: _____/_____/_____
42
4 QUESTIONÁRIO SOBRE CARACTERÍSTICAS MATUTINAS E VESPERTINAS
Versão resumida do questionário de Horne e Östberg 1976
1) Considerando que você está totalmente livre para organizar o seu tempo, que
horário você gostaria de acordar?
( ) Antes da 6:30
( ) 6:30-7:29
( ) 7:30-8:29
( ) 8:30 ou mais
2) Considerando que você está totalmente livre para organizar seu tempo, que
horário você gostaria de ir para a cama?
( ) Antes da 21:00
( ) 21:00-21:59
( ) 22:00-22:59
( ) 23:00 ou mais
3) Se você tivesse que ir para a cama às 21:00 h, qual seria a sua facilidade para
dormir ?
( ) Grande, adormeceria praticamente no mesmo instante
( ) Um pouco fácil, ficaria acordado por pouco tempo
( ) Pouco provável, pois ficaria acordado por algum tempo
( ) Nada fácil, ficaria acordado por um longo tempo
4) Se você tivesse que acordar às 6:00h, qual seria a sua facilidade?
( ) Fácil, nenhum problema
( ) Um pouco desagradável, mas não é um grande problema
( ) Um pouco difícil
( ) Muito difícil e desagradável
5) Quando você começa a sentir os primeiros sinais de cansaço e necessidade de
dormir?
( ) Antes da 21:00
( ) 21:00-21:59
( ) 22:00-22:59
( ) 23:00 ou mais
6) Quanto tempo você costuma levar para "recuperar suas energias” de manhã após
levantar de uma noite de sono?
( ) 0-10 min
( ) 10-20 min
( ) 20-40 min
( ) Mais de 40 min
7) Indique com qual perfil você se identifica
( ) Definitivamente ativo de manhã
( ) Um pouco ativo de manhã
( ) Um pouco ativo à noite
( ) Definitivamente ativo à noite
43
REFERÊNCIAS
ANTUNES; Hanna Karen Moreira; et al. Privação de sono e exercício físico. São Paulo,
fevereiro 2008 p. 51-55 Disponível em: <
https://www.scielo.br/j/rbme/a/GtD8bbscVMCLrFGxJPvShYM/?format=pdf&lang=pt> Acesso
em: 19 de novembro 2023.
FERNANDES, Regina Maria França. O Sono Normal. Medicina (Ribeirão Preto), [S. l.], v. 39,
n. 2, p. 157-168, 2006. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/372>.
Acesso em: 04 de outubro 2023.
GERHARDT, Tatiana E.; SILVEIRA, Denise. T.; Métodos de pesquisa – Porto Alegre: Editora
da UFRGS, p. 72, 2009.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. - 7. ed. - São Paulo: Atlas, p. 42,
2022.
GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em
Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Record, p. 14, 1999.
PEREIRA, Matias José. Manual de metodologia da pesquisa científica – 4. ed. - [3.
Rempr.] São Paulo: Atlas, p. 86, 2019.
LENT, Roberto. Neurociência da mente e do comportamento - Rio de Janeiro: Editora
Guanabara Koogan Ltda, p. 256 - 286, 2023.
44
MARTINS Paulo. J. F., MELO Marco. T., TUFIK Sérgio. Exercício e sono. São Paulo, janeiro
2001. p. 1 - 7. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rbme/a/7HvGSB64qpYmPjd98KTDSdx/>. Acesso em 08 de outubro
de 2023.
SAMULSKI, Dietmar. Psicologia do Esporte: Conceitos e Novas Perspectivas. Editora
Manole, 2009. E-book. ISBN 9788520442494. p. 89 e 92, 120 a 127. Disponível em:
<https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520442494/> Acesso em: 10 de
novembro 2023
SANTANA, Thaís Pereira. et al.Sono e imunidade: papel do sistema imune, distúrbios do
sono e terapêuticas. Brazilian Journal of Development, 2021 v.7, n.6, p. 55769-55784.
Disponível em: <https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/30912.>
Acesso em: 04 de outubro 2023.
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa
qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, p. 110, 1987.

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  • 1. UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CARACTERÍSTICAS DE SONO EM ATLETAS DE TÊNIS DE MESA DE ALTA PERFORMANCE SÃO PAULO 2023
  • 2. Jackeline Fernandes - 923202832 CARACTERÍSTICAS DE SONO EM ATLETAS DE TÊNIS DE MESA DE ALTA PERFORMANCE Projeto de Pesquisa do Curso de Psicologia, apresentado à Universidade Nove de Julho. Profª Dra. Daniela Wey SÃO PAULO 2023
  • 3. RESUMO Esta pesquisa teve como objetivo abordar as características do sono em atletas de alto desempenho no tênis de mesa, destacando a relação entre o sono e o desempenho esportivo de cada atleta. A pesquisa realizada foi focada na importância do sono para a saúde física e mental desses atletas, relacionando à prática de exercícios físicos. Como metodologia o tipo de pesquisa de campo realizada foi do tipo quantitativa, utilizando entrevistas estruturadas guiadas por roteiros de perguntas rígidas. A análise dos resultados demonstra a relevância do sono na rotina dos atletas e seu impacto no desempenho esportivo, trazendo informações importantes para a compreensão desse contexto, foi possível ampliarmos a compreensão sobre a relação entre sono e desempenho esportivo. Os dados coletados durante esse processo reforçam a relevância do sono na saúde física e mental desses atletas. Os resultados ressaltam a influência direta do sono na rotina e no desempenho esportivo, contribuindo para uma visão mais precisa.
  • 4. SUMÁRIO Sumário 1- INTRODUÇÃO 1 2- OBJETIVOS 2 3- JUSTIFICATIVA 3 4- METODOLOGIA 4 5- RESULTADOS 5 6- DISCUSSÃO 6 8- ANEXOS 8 REFERÊNCIAS 13
  • 5. 9 1- INTRODUÇÃO O sono é um assunto interessante e gera muita curiosidade, o simples fato de que passamos 1/3 de nossas vidas dormindo, instigou estudiosos e gerou os primeiros estudos sobre as funções e importância do sono. Alguns séculos atrás o sono era compreendido como um período de ausência de atividades comuns a vigília, essa concepção mudou nos anos 1950 e 1960 quando atividades corticais foram descobertas durante o sono, associado com a perda do tônus muscular e o movimento rápido dos olhos. (Lent, 2023) O sono é essencial para os seres, por ser o período em que o corpo se recupera física e mentalmente, os hormônios e metabolismo se regulam, o sistema imunológico se fortalece, além de auxiliar na melhoria do desempenho físico e cognitivo. Sendo assim, um sono adequado beneficia nosso organismo e melhora a qualidade de vida. 1.2. REVISÃO TEÓRICA 1.2.1. O Sono O sono desempenha um papel vital em nosso organismo, ocupando cerca de um terço de nossas vidas. Por se tratar de algo essencial para o funcionamento do organismo, a privação de sono pode ter impactos significativos em nossa saúde mental e física. Segundo Lent (2023), várias teorias tentam explicar por que dormimos, mas o sono continua sendo um mistério não completamente resolvido. (Lent, 2023) Existem diversas hipóteses e teorias que tentam explicar o motivo pelo qual dormimos. Todas parecem ser ao menos parcialmente corretas, mas
  • 6. 10 nenhuma se mostra como a resposta definitiva. Desta maneira, mesmo depois de décadas de pesquisa, ainda não somos capazes de responder a essa pergunta pretensamente simples. (Lent, 2023, p. 278) Ainda segundo o Lent (2023), o motivo desta limitação é porque nenhum estudo foi capaz de explicar o motivo do sono possuir diferentes estágios e porque eles ocorrem em ciclos durante o período em que estamos dormindo. (Lent, 2023) 1.2.1.1. Característica e processos do Sono O sono é caracterizado por um processo complexo que passa por diferentes estágios, que podemos observar através de uma máquina chamada eletroencefalograma (EEG) e pelo movimento rápido dos olhos durante o sono (REM). Durante o sono, nosso corpo também passa por mudanças, como relaxamento dos músculos e alterações na nossa respiração. (Fernandes, 2006) A regulação do ciclo vigília-sono é complexa e envolve dois principais processos. O primeiro é conhecido como "pressão para o sono" (Processo S), que aumenta gradualmente ao longo do dia, promovendo a propensão ao sono. O segundo é o processo circadiano (Processo C), influenciado pelo ciclo natural de luz e escuridão, que regula nosso estado de vigília e alerta. (Santana, 2021) Segundo Santana e colaboradores (2021): O ciclo vigília-sono é regulado basicamente pela ação recíproca de sistemas circadianos e homeostáticos. Em 1982, Alexander Borbély foi o primeiro a descrever um modelo que explicasse a interação entre esses sistemas, “modelo de 2 processos de regulação do sono”, com o componente circadiano definido como processo C, caracterizado pela manutenção da vigília e o componente homeostático, processo S, responsável pela propensão ao sono. Dessa forma, para que ocorra o sono, o processo S deve atingir um limiar superior e o processo C deve estar abaixo de seu limite inferior. (Santana et al, 2021, p. 55773)
  • 7. 11 Na década de 1940 e 1950, Giuseppe Moruzzi e Horace Magoun, conduziram estudos com gatos para entender o que controla o estado de vigília e sono. Eles descobriram que o tronco cerebral desempenha um papel crucial nesse processo, criando o Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA). O SARA é uma rede complexa de núcleos e regiões que usam neurotransmissores como a acetilcolina e noradrenalina para promover a vigília. Além disso, neurotransmissores hipotalâmicos, como a hipocretina e a histamina, também desempenham papéis importantes na promoção da vigília. Essas descobertas são vitais para entender o sono e distúrbios do sono. (Lent, 2023) Quando entramos no sono não REM, o processo S, como a redução da luz, contribuem para induzir o sono. Nessa fase, o sistema gabaérgico do núcleo pré- óptico ventrolateral (POVL) no hipotálamo tem um papel crucial, inibindo os neurônios do SARA e promovendo o sono profundo. (Lent, 2023) O sono REM, por outro lado, é caracterizado por um padrão de ondas cerebrais semelhante ao estado de vigília. Isso ocorre devido à ativação de neurônios colinérgicos nos núcleos tegmental pedunculopontino (PPT) e tegmental dorsolateral (LDT) no tronco encefálico, que estimulam o córtex cerebral durante essa fase. (Lent, 2023) 1.2.1.2. A melatonina É produzida pela glândula pineal e influencia diversos tecidos do corpo, desempenhando um papel na regulação dos ritmos circadianos e infradianos. Sua produção está intimamente relacionada com a exposição à luz e ajuda a sincronizar o ciclo vigília-sono. A melatonina não é um promotor direto do sono, mas desempenha um papel na regulação de várias funções relacionadas ao sono. Ela não afeta significativamente a duração ou a qualidade do sono, mas pode ser útil em distúrbios de ritmo circadiano, como o jet lag. Além disso, existem drogas que afetam os receptores melatoninérgicos, como a agomelatina e a ramelteona, que são usadas no
  • 8. 12 tratamento de distúrbios de humor e do sono, aproveitando os efeitos da melatonina no organismo. (Lent, 2023) 1.2.2. Atividade física e o sono O sono saudável é essencial para nossa saúde física e mental, estudos indicam que ele possui um papel fisiológico fundamental para o funcionamento correto de nosso organismo. A privação dele pode gerar uma série de consequências negativas para a saúde. E a compreensão do sono e suas alterações são necessárias, visto que atualmente a escassez de sono se tornou cada vez mais presente em nossa sociedade. Para compreender um pouco mais sobre este tema, Martins, Melo e Tufik (2001), mergulharam profundamente nessa conexão intrincada entre a atividade física e o sono. À medida que os estilos de vida sedentários se tornam cada vez mais comuns, as implicações de uma falta de exercício adequado sobre o sono estão sendo amplamente reconhecidas. Por outro lado, o exercício regular e bem planejado tem demonstrado inúmeros benefícios para o sono, indo além da simples melhora na duração. (Martins; Melo; Tufik, 2001). Ainda segundo Martins, Melo e Tufik (2001), os exercícios físicos afetam diretamente na qualidade do sono, reduzindo a fragmentação do sono, diminuindo o tempo necessário para adormecer, auxiliando na diminuição da insônia e da sonolência excessiva. Além de ser benéfico para o tratamento e prevenção de distúrbios do sono, como apneia, insônia, bruxismo e movimentos periódicos das pernas. Tais distúrbios interferem na qualidade do sono e prejudicam o desempenho esportivo. A identificação deles e a busca por tratamento adequado são importantes. (Martins; Melo; Tufik, 2001). A partir de tais estudos se tornou evidente que o exercício físico não é apenas uma ferramenta poderosa para melhorar o sono, mas também um componente essencial de um estilo de vida saudável e equilibrado. (Martins; Melo; Tufik, 2001).
  • 9. 13 1.2.3. A importância do sono em atletas. Uma noite bem dormida é fundamental para a recuperação física e mental do atleta, a falta de sono impacta negativamente a função cognitiva e a habilidade de concentração do atleta, o que pode levar a lapsos de atenção, diminuição da velocidade na tomada de decisões e, como resultado, comprometer a coordenação motora afetando seu desempenho técnico e tático. (Samulski; Dietmar, 2009) Além de impactar no processamento cognitivo, a privação de sono pode acarretar aumento da irritabilidade, alterações metabólicas, endócrinas e imunológicas, além de causar cansaço, náusea, dores de cabeça, visão turva e dores articulares. (Antunes et al, 2008). A privação de sono pode provocar grandes prejuízos no desempenho do atleta, visto que um bom desempenho físico e cognitivo é essencial para que ele alcance suas metas esportivas. A presente pesquisa teve como objetivo compreender como é a qualidade do sono de atletas de alta performance, quais são os benefícios que o sono e a atividade física trazem para o indivíduo.
  • 10. 14 2- OBJETIVOS 2.2. OBJETIVO GERAL O objetivo desta pesquisa foi identificar e entender as características do sono em atletas de alto nível no tênis de mesa, que são pessoas excepcionais que dependem do bom desempenho no esporte para alcançar o sucesso. 2.3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Os objetivos específicos foram os de compreender a interligação entre o sono e o seu rendimento como atletas. ● Levantar informações sobre a rotina diária dos atletas, com objetivo de identificar como eles vivenciam o sono. ● Verificar quais são as características que os atletas apresentam em relação ao sono e a busca pela boa performance no esporte. ● Compreender como o sono pode afetar o desempenho no esporte e em suas vidas em geral. ● Identificar como o sono pode moldar suas rotinas diárias, e entender os fatores que o influenciam no resultado de uma boa performance no treino e competições.
  • 11. 15 3- JUSTIFICATIVA Como apresentado neste trabalho, o sono desempenha um papel extremamente importante e essencial para os seres vivos. Pois se trata de um período de recuperação física e mental, regulamentação dos hormônios e fortalecimento do sistema imunológico. Um sono de qualidade é fundamental para o funcionamento correto de nosso organismo. Visto que o sono traz tantos benefícios para a saúde e com o objetivo de entender os impactos que ele tem na atividade física, optamos por realizar a pesquisa em busca da compreensão da qualidade do sono em atletas de tênis de mesa de alta performance. Compreender os impactos que o sono tem no organismo de atletas é de grande importância, visto que eles dependem do esforço físico e mental para ter um bom desempenho no esporte. Analisar as rotinas diárias dos entrevistados auxiliará na compreensão do impacto que a quantidade de horas de sono, qualidade do ambiente em que dormem e nível de treino possuem em seus organismos. Esta pesquisa contribuiu agregando mais conhecimento sobre a relação que o sono possui com a atividade física de atletas de alta performance. Auxiliando compreensão da importância de buscar por um sono de qualidade, para que eles possam alcançar suas metas esportivas com saúde e qualidade de vida. Explorar o tema também nos permitiu adquirir conhecimento e capacidade profissional como estudantes de psicologia, além de ter contribuído no campo acadêmico para estudos e produção de novos projetos de pesquisa, visto que ainda é escasso o material para subsidiar estudantes e profissionais da área.
  • 12. 16 4- METODOLOGIA 4.2. TIPO DE PESQUISA A pesquisa de campo realizada foi do tipo quantitativa. Segundo Pereira (2006), a pesquisa quantitativa tem como característica a utilização da quantificação, é realizada por meio de técnicas estáticas, como percentual, desvio padrão, coeficiente de correlação, entre outras. (Pereira, 2006). Como procedimento metodológico, utilizamos a pesquisa descritiva. Segundo Triviños (1987), tais pesquisas requerem que o investigador obtenha uma série de informações sobre o que pretende pesquisar. (Triviños, 1987). Ela teve como objetivo principal descrever as características de determinados fenômenos, fatos ou grupos; sua característica mais significativa é a utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, como questionários e observação. (Gil, 2002). 4.3. TIPO DE ENTREVISTA O tipo de entrevista utilizada foi a estruturada, guiada por um roteiro previamente elaborado, com perguntas predeterminadas e pautas ordenadas que possuem certa relação entre si, aplicadas igualmente para todos os entrevistados, com objetivo de coletar dados diferentes à mesma pergunta, para que sejam comparados. (Gerhardt; Silveira, 2009). O entrevistado pode falar livremente em cima da assimilação referente à pauta proposta pelo entrevistador, que por sua vez, não possui liberdade de elaborar perguntas fora do roteiro. (Gerhardt; Silveira, 2009). Optamos por esse método a fim de aprofundarmos nas questões propostas possibilitando ao entrevistado responder de maneira livre, ampliando as informações a serem analisadas.
  • 13. 17 4.4. INSTRUMENTOS 4.4.1. Roteiros de perguntas Elaboramos um questionário chamado Entrevista Sobre a Rotina Diária (Anexo 1), com objetivo de coletar informações sobre a rotina diária da população estudada, com objetivo de descobrir como é a qualidade de sono dos atletas de alto desempenho, uma vez que o sono exerce um papel crítico no desempenho esportivo e no bem-estar geral dos atletas. Utilizamos também um questionário chamado Perfil Sociodemográfico da População Estudada (Anexo 2),que traz os dados básicos, tais como, Faixa Etária, Sexo, Estado Civil, Escolaridade e Tipo de Vínculo, possibilitando entender qual é o perfil dos atletas que participaram do estudo. E para finalizar o estudo e compreender de fato sobre o sono destes atletas, utilizamos o Questionário Sobre as Características Matutinas e Vespertinas (Anexo 3), criado por Horne e Östberg (1976). 4.4.2. Gravação Utilizamos um gravador de voz, com o consentimento do entrevistado, para ter a fidedignidade da entrevista, a fim de chegarmos a um resultado preciso. Fizemos a transcrição das gravações, a fim de facilitar o manuseio da mesma e para que possamos integrá-la em nossa pesquisa. 4.4.3. Análise
  • 14. 18 As entrevistas foram analisadas identificando temas em comum, contrastando e analisando as respostas dos entrevistados. Considerando os percentuais dos dados coletados e demonstrando em gráficos e tabelas, facilitando a apresentação e a interpretação visual dos resultados obtidos. 4.5. ÉTICA Acerca dos riscos e benefícios da presente pesquisa, foram esperados os seguintes benefícios imediatos: reflexão sobre o tema e contribuição para a formação e transmissão de conhecimentos sobre o tema a alunos em formação. Considerando que toda pesquisa oferece algum tipo de risco, nesta pesquisa o risco pode ser avaliado como: mínimo. Podendo ter ocorrido algum constrangimento ou cansaço mental no fornecimento das respostas. Esclarecemos que a entrevista pode ser interrompida antes do tempo previsto caso tenha qualquer desconforto. 4.6. PLANEJAMENTO O processo de seleção e entrevista dos atletas para o estudo foi planejado e executado, visando obter informações valiosas sobre os 10 atletas escolhidos que compõem uma boa colocação no Rating Nacional da modalidade do Tênis de mesa, sendo confirmada sua participação no site oficial da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, garantindo a inclusão exclusiva de atletas de alta performance e eliminando qualquer possibilidade de exclusão com base no único critério escolhido. O roteiro de perguntas sobre a rotina diária da população estudada foi elaborado considerando aspectos relevantes para a pesquisa. O processo de entrevista foi dividido entre os atletas, sendo que 8 deles foram entrevistados em seus locais de treino, em espaços reservados para garantir privacidade e concentração, e
  • 15. 19 os outros 2 atletas foram entrevistados em suas residências, oferecendo um contexto mais pessoal e confortável para a interação. Já os questionários de Perfil Sociodemográfico da população estudada e características matutinas e vespertinas de Horne e Östberg (1976), foram aplicados utilizando a plataforma Google Forms para a elaboração e aplicação do questionário online que trouxe eficiência ao processo. E para estes questionários foram entrevistados 21 atletas, a abordagem utilizada permitiu que respondessem às perguntas de forma conveniente, além de facilitar a filtragem dos dados com base em sua categoria no Rating Nacional. A segmentação por categoria proporcionou uma análise mais específica, considerando as diferentes classificações dos atletas. Um aspecto fundamental desse estudo foi a diversificação dos entrevistados em relação aos participantes do questionário. Essa abordagem possibilitou a obtenção de informações variadas, enriquecendo os dados da pesquisa. Entrevistar pessoas diferentes daquelas que responderam ao questionário adicionou perspectivas diversas e permitiu uma compreensão mais completa do contexto em que os atletas estão inseridos. Dessa forma, o método adotado não apenas garantiu a qualidade das informações coletadas, mas também promoveu uma abordagem abrangente na análise dos dados. A combinação de entrevistas presenciais e online, juntamente com a diversificação dos entrevistados, contribuíram para a robustez e relevância do estudo.
  • 16. 20 5- RESULTADOS A partir das entrevistas realizadas, foi possível compreender melhor como é a rotina diária dos atletas de alta performance e como eles vivenciam o sono. A análise dos resultados dos dados obtidos culminou na compreensão de como o sono afeta o desempenho no esporte e como a rotina de treinos afeta a qualidade do sono destes atletas. Abaixo seguem os principais dados coletados. A pesquisa contou com a participação de 10 atletas de alta performance entrevistados, aqui ressaltamos alguns resultados. 100% dos atletas dormem mais 6 horas, 60% Não acordam durante a noite, 80% Não faz uso de remédio regular, 80% Treinam 5 ou mais vezes na semana e 20% Treinam 3 ou vezes na semana,90% Treinam a noite, 70% Dormem em local com pouco barulho, 80% muito escuro e 60% com uma ventilação média, 80% Informam que o treino normal ou intenso afeta POSITIVAMENTE sono. A pesquisa contou com a participação de 21 atletas de tênis de mesa, em sua maioria do gênero masculino e que possuem a faixa etária de 21 a 65 anos de idade, listados de acordo com as tabelas abaixo: Referente a qualidade do sono, de acordo com as respostas obtidas foi possível verificar que a 100% dos atletas entrevistados dormem por volta de 6 horas por noite,
  • 17. 21 e que 60% deles não costumam acordar durante a noite enquanto 20% acordam 1 ou 2 vezes e os outros 20% acordam 3 ou mais vezes. Em relação ao ambiente em que dormem os entrevistados descreveram a quantidade de barulho, luminosidade e ventilação. A maioria dos participantes dormem em ambientes com pouco ruído (70%), luminosidade escuro (80%), e com ventilação moderada a boa (60%). a porcentagem de cada item pode ser vista na tabela abaixo: Sobre a rotina de treinos, os entrevistados foram questionados sobre o período em que costumam treinar, e 90% deles responderam que realizam seus treinos durante a noite, enquanto 10% treinam pela manhã e os outros 10% treinam de tarde. Ainda referente à rotina de treino, foram coletados dados sobre como ela afeta a qualidade do sono dos entrevistados, demonstrada na tabela abaixo:
  • 18. 22 Abaixo seguem todos os dados coletados, representados por gráficos: 5.2. Entrevista Sobre A Rotina Diária Figura 1 - Quantidade de horas de sono. A Figura 1 representa a porcentagem dos dados coletados referente a quantidade de horas que os entrevistados dormem por noite. Todos os participantes (100%) relataram dormir 6 horas por noite, o que é considerado um intervalo saudável. Figura 2 - Quantidade de vezes que acorda durante a noite.
  • 19. 23 A Figura 2 representa a porcentagem de vezes que os entrevistados acordam durante a noite, de acordo com os dados coletados 60% deles não acordam durante a noite, 20% acordam 1 ou 2 vezes e os outros 20% acordam 3 ou mais vezes. Figura 3 - Quantidade de uso de medicamentos de uso regular. A Figura 3 representa a porcentagem de atletas que fazem uso de medicamentos de forma regular, os dados coletados indicam que 80% dos entrevistados não faz uso regular de medicamentos, sugerindo uma saúde geral estável entre os entrevistados. Figura 4 - Período de treino.
  • 20. 24 A Figura 4 representa a porcentagem de atletas que treinam de manhã, tarde e noite. As respostas indicam que a maioria treina à noite (40%), seguido por tarde (30%) e manhã (30%). Figura 5 - Característica de ambiente em que dormem.
  • 21. 25 A Figura 5 representa a como é o ambiente em que os entrevistados dormem A maioria deles dormem em ambientes com pouco ruído (70%), luminosidade escuro (80%), e com ventilação moderada a boa (60%). Figura 6 - Frequência de treino semanal (10 entrevistados). A Figura 6 traz dados sobre a frequência com que os entrevistados treinam. De acordo com os dados coletados, a maioria dos entrevistados (80%) treina 5 ou mais vezes por semana, indicando um alto nível de atividade física entre os participantes. Figura 7 - Emoções experimentadas na última semana (10 entrevistados).
  • 22. 26 A Figura 7 traz dados sobre as emoções que os entrevistados experimentaram na última semana. As emoções mais predominantes foram a ansiedade com 80% das respostas, seguida pelo estresse com 70% das respostas. Figura 8 - Rotina de treino e sono (10 entrevistados). A Figura 8 representa como a rotina de treino afeta o sono dos entrevistados. De acordo com os dados coletados, a maioria dos participantes (60%) afirmou que sua rotina de treino afeta positivamente seu sono, enquanto 20% relataram um impacto positivo com treinos intensos e os outros 20% informaram que não há impacto. 5.2. Perfil Sociodemográfico Da População Estudada
  • 23. 27 Figura 9 - Faixa etária. A Figura 9 traz a porcentagem de faixas etárias dos entrevistados. Há diversidade em relação à faixa etária, com a maioria dos participantes situando-se entre 18 e 45 anos, sendo 19% nas faixas etárias de 18 e 20 anos e 41 a 45 anos. Figura 10 - Sexo. A Figura 10 traz a porcentagem do sexo dos entrevistados e de acordo com os dados levantados, 85,7% são homens, enquanto 14,3% são mulheres. Figura 11 - Estado civil. A Figura 11 traz a porcentagem do estado civil dos entrevistados e de acordo com os dados levantados, a predominância é de casados com 57,1%, sendo que 38,1% são solteiros e os demais estão em união estável.
  • 24. 28 Figura 12 - Escolaridade. A Figura 12 traz a porcentagem da escolaridade dos entrevistados e de acordo com os dados levantados há uma variedade entre os níveis escolares, com 33,3% dos participantes possuem ensino superior e pós-graduação, seguido por 14,3% possuindo ensino médio. Dentre as graduações, Medicina é a mais representada, seguida por Direito e Educação Física. Figura 13 - Tipo de vínculo no trabalho atual.
  • 25. 29 A Figura 13 traz a porcentagem do tipo de vínculo trabalhista dos entrevistados, segundo os dados levantados, destaca-se uma diversidade de situações, sendo 28,6% autônomos, 19% sem ocupação profissional e 14,3% com vínculo CLT. 5.2. Questionário Sobre Características Matutinas e Vespertinas Figura 14 - Horário em que gostaria de acordar. Figura 15 - Horário em que gostaria de ir dormir.
  • 26. 30 Figura 16 - Facilidade para ir dormir às 21h00 Figura 17 - Facilidade para acordar às 06h00. Figura 18 - Período em que começa a sentir cansaço e necessidade de dormir. Figura 19 - Quanto tempo para “recuperar as energias”.
  • 27. 31 Figura 20 - Perfil sobre o período em que se identifica ativo . Figura 21 - Frequência de treino semanal (21 entrevistados).
  • 28. 32 Figura 22 - Frequência de treino semanal (21 entrevistados). Figura 23 - Rotina de treino e sono (21 entrevistados). Figura 24 - Categoria Absoluto (Performance Nível Nacional dos atletas estudados). Nas Figuras de 14 até 24, observa-se padrões interessantes nas preferências de sono e nos hábitos circadianos dos participantes. Em relação ao horário desejado de acordar, a maioria expressa preferência por acordar entre 07h30-08h29 (42,9%), enquanto uma parcela menor opta por acordar antes das 06h30. Quanto ao horário desejado de ir para a cama, observamos uma divisão equitativa entre as opções de 21h00-21h59 e 22h00-22h59, ambos com 42,9%. Notavelmente, nenhum participante expressou a preferência de ir para a cama antes das 21h00. Em relação à facilidade de dormir às 21h00, a maioria (52,4%) indica que seria pouco provável, ficando acordado por pouco tempo. No contexto de acordar às 06h00, a grande maioria (81%)
  • 29. 33 alega que seria um pouco desagradável, mas não constituiria um grande problema. Quanto aos primeiros sinais de cansaço à noite, a maioria (52,4%) os experimenta entre 23h00 ou mais. Por fim, ao se identificarem com um perfil de atividade, 47,6% se identifica um pouco ativo de manhã, 28,6% definitivamente ativo pela manhã e 19% se define como um pouco ativa à noite. Esses dados oferecem uma visão abrangente das preferências individuais de sono e ritmos circadianos. Figura 25 - Resultado Questionário Sobre as Características Matutinas e Vespertinas, criado por Horne e Östberg (1976)
  • 30. 34 6- DISCUSSÃO Através da análise dos dados coletados em estudos sobre qualidade do sono em atletas de tênis de mesa de alto desempenho, podemos estabelecer correlações significativas com as informações apresentadas na introdução. Com base na teoria de Lent (2023), as descobertas sugerem que o sono é crucial para várias funções fisiológicas e cognitivas. É essencial para o rejuvenescimento do corpo e para a regulação hormonal e do sistema imunitário. Estes fatores são especialmente significativos para atletas de elite, cujo desempenho atlético está intimamente relacionado com o seu bem-estar físico e mental geral. A pesquisa de Martins, Melo e Tufik (2001) indicou uma relação inegável entre a atividade física consistente e a melhoria da qualidade do sono em atletas. As melhorias notáveis incluem diminuição da fragmentação do sono, redução da latência do início do sono e melhor gestão dos distúrbios do sono. Estas descobertas são críticas para os atletas que procuram aperfeiçoar o seu desempenho e devem ser consideradas ao fornecer orientação e aconselhamento. Ao longo do projeto, foram encontrados vários desafios, particularmente na tentativa de equilibrar as rigorosas exigências do treino atlético com o requisito crucial de descanso suficiente. A sobrecarga de treino, o estresse da competição e o desgaste psicológico são elementos que podem impactar negativamente a capacidade de dormir do atleta, conforme observado por Santana et al. (2021) na sua exploração dos meandros envolvidos na regulação do ciclo sono-vigília. Quando confrontados com estes desafios, recomenda-se que os atletas recebam técnicas específicas de aconselhamento com o objetivo de melhorar tanto a quantidade como o padrão do seu sono. É importante adaptar essas técnicas à programação diária de cada atleta, às características pessoais e aos requisitos exclusivos de seu esporte. Essa individualização pode revelar-se um fator fundamental para alcançar os resultados desejados. Para abordar os problemas do sono dos atletas, sugere-se a incorporação de técnicas que estimulem o relaxamento, como a meditação ou a respiração controlada,
  • 31. 35 juntamente com o foco no controle do estresse. Garantir que as condições de sono sejam propícias ao descanso, ao mesmo tempo em que enfatizamos a importância do sono como um aspecto essencial do treino, pode melhorar muito o desempenho atlético e a qualidade de vida geral. Sendo assim, a análise dos resultados fortalece a correlação entre sono, movimento corporal e desempenho atlético.
  • 32. 36 7- ANEXOS 1 ENTREVISTA SOBRE A ROTINA DIÁRIA 1. Quantas horas você dorme por dia? a) 4 a 5 horas b) 6 horas c) 6 a 8 horas d) 8 horas ou mais 2. Você acorda durante a noite? a) Não b) 1 ou 2 vezes c) 3 ou mais vezes 3. Você faz uso de algum medicamento de forma regular? a) Sim b) Não 4. Como é sua programação de treino na semana? a) Manhã b) Tarde c) Noite 5. Descrever o ambiente que dorme: Barulho; a) Muito b) Médio c) Pouco Luminosidade; a) Escuro b) Médio c) Luz acesa d) Muito Ventilação. a) Muito b) Médio c) Pouco 6. Com que frequência você treina? a) 1 ou 2 vezes na semana b) 3 ou 4 vezes na semana c) 5 ou mais vezes na semana
  • 33. 37 7. Nesta última semana você experimentou alguma dessas emoções? Pode escolher mais de uma opção. a) Estresse b) Tristeza c) Fadiga d) Ansiedade e) Sonolência f) Falta de ânimo 8. Sua rotina de treino afeta seu sono? a) Positivamente b) Positivamente com treinos intensos c) Negativamente d) Negativamente com treinos intensos e) Não
  • 34. 38 2 PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DA POPULAÇÃO ESTUDADA 18 a 20 anos ( ) 21 a 25 anos ( ) 26 a 30 anos ( ) 31 a 35 anos ( ) 36 a 40 anos ( ) 41 a 45 anos ( ) 46 a 50 anos ( ) 51 a 55 anos ( ) 56 a 60 anos ( ) 61 a 65 anos ( ) 66 a 70 anos ( ) 71 a 75 anos ( ) 76 a 80 anos ( ) 81 a 85 anos ( ) 86 a 90 anos ( ) Mais de 90 anos (qual a sua idade, por favor?) Sexo Mulher ( ) Homem ( ) Outro ( ). Qual?_______________________________ Estado civil Solteiro(a/e) ( ) Casado (a/e) ( ) Divorciado (a/e) ( ) União estável ( ) Escolaridade ensino fundamental I (primário) ( ) ensino fundamental II (ginásio) ( ) ensino médio (colegial) ( ) superior ( ) Curso:________________________________________ pós-graduação ( ) Curso: __________________________________ mestrado ( ) Curso: _______________________________________ doutorado ( ) Curso: _______________________________________ Tipo de vínculo do trabalho atual CLT ( ) Autônomo ( ) Cooperativa ( ) Empresário (......) Microempresário ( ) Sem ocupação profissional ( ) Outro vínculo: _________________________________________
  • 35. 39 3 CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO SOBRE A PESQUISA Título do Estudo: A importância do sono na rotina dos Atletas Pesquisador Responsável: Jackeline Fernandes O (A) Senhor (a) está sendo convidado (a) a participar de uma pesquisa. Por favor, leia este documento com bastante atenção antes de assiná-lo. Caso haja alguma palavra ou frase que o (a) senhor (a) não consiga entender, converse com o pesquisador responsável pelo estudo ou com um membro da equipe desta pesquisa para esclarecê-los. A proposta deste termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) é explicar tudo sobre o estudo e solicitar a sua permissão para participar do mesmo. O objetivo desta pesquisa é compreender como o sono dos atletas influencia seu rendimento nos treinos e seu desempenho durante o cotidiano e tem como justificativa melhoria da qualidade, rendimento e capacidade das pessoas, visto que, está diretamente ligado a uma boa noite de descanso. Se o(a) Sr.(a) aceitar participar da pesquisa, os procedimentos envolvidos em sua participação são os seguintes: será realizado uma entrevista única, com duração de 20 a 45 minutos, no qual será respondido um formulário de questões relacionadas com a rotina de sono do atleta, para que se possa compreender melhor a relação do sono do entrevistado e dos seus treinos. Toda pesquisa com seres humanos envolve algum tipo de risco. No nosso estudo, os possíveis riscos ou desconfortos decorrentes da participação na pesquisa são: possíveis gatilhos emocionais durante a entrevista, que pode ser interrompida a qualquer momento a requerimento do entrevistado, cabe ressaltar que os dados fornecidos podem ser usados para estudos posteriores, ocorrendo a quebra da confidencialidade e do sigilo, tais como acesso aos dados do entrevistado, para que ocorra um estudo aprofundado e melhora do rendimento dos atletas. Contudo, esta pesquisa também pode trazer benefícios. Os possíveis benefícios resultantes da participação na pesquisa são indiretos, visto que, a participação do atleta, pode vir contribuir futuramente para os profissionais do esporte, pois pode trazer o aumento do conhecimento sobre a importância do sono, e, se aplicável, poderá beneficiar futuros atletas em seu rendimento e qualidade de treino.
  • 36. 40 Sua participação na pesquisa é totalmente voluntária, ou seja, não é obrigatória. Caso o(a) Sr.(a) decida não participar, ou ainda, desistir de participar e retirar seu consentimento durante a pesquisa. Não está previsto nenhum tipo de pagamento pela sua participação na pesquisa e o(a) Sr.(a) não terá nenhum custo com respeito aos procedimentos envolvidos. Solicitamos também sua autorização para apresentar os resultados deste estudo em eventos da área de saúde e publicar em revista científica nacional e/ou internacional. Por ocasião da publicação dos resultados, seu nome será mantido em sigilo absoluto, bem como em todas as fases da pesquisa. É assegurada a assistência durante toda pesquisa, bem como é garantido ao Sr.(a), o livre acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências, enfim, tudo o que o(a) Sr.(a) queira saber antes, durante e depois da sua participação. Caso o(a) Sr.(a) tenha dúvidas, poderá entrar em contato com o pesquisador responsável Jackeline Fernandes, pelo telefone 11 98720-0933, e/ou pelo e-mail jackelinefernandes@uni9.edu.br, com o Comitê de Ética em Pesquisa pelo e-mail pesquisa@uninove.br. Esse termo é assinado em duas vias, sendo uma do(a) Sr.(a) e a outra para os pesquisadores. Declaração de Consentimento Concordo em participar do estudo intitulado: “A importância do sono na rotina dos atletas". Nome do participante ou responsável Assinatura do participante ou responsável Data: _____/_____/_____
  • 37. 41 Eu, Jackeline Fernandes, declaro cumprir as exigências contidas nos itens IV.3 e IV.4, da Resolução nº 466/2012 MS. Assinatura e carimbo do Pesquisador Data: _____/_____/_____
  • 38. 42 4 QUESTIONÁRIO SOBRE CARACTERÍSTICAS MATUTINAS E VESPERTINAS Versão resumida do questionário de Horne e Östberg 1976 1) Considerando que você está totalmente livre para organizar o seu tempo, que horário você gostaria de acordar? ( ) Antes da 6:30 ( ) 6:30-7:29 ( ) 7:30-8:29 ( ) 8:30 ou mais 2) Considerando que você está totalmente livre para organizar seu tempo, que horário você gostaria de ir para a cama? ( ) Antes da 21:00 ( ) 21:00-21:59 ( ) 22:00-22:59 ( ) 23:00 ou mais 3) Se você tivesse que ir para a cama às 21:00 h, qual seria a sua facilidade para dormir ? ( ) Grande, adormeceria praticamente no mesmo instante ( ) Um pouco fácil, ficaria acordado por pouco tempo ( ) Pouco provável, pois ficaria acordado por algum tempo ( ) Nada fácil, ficaria acordado por um longo tempo 4) Se você tivesse que acordar às 6:00h, qual seria a sua facilidade? ( ) Fácil, nenhum problema ( ) Um pouco desagradável, mas não é um grande problema ( ) Um pouco difícil ( ) Muito difícil e desagradável 5) Quando você começa a sentir os primeiros sinais de cansaço e necessidade de dormir? ( ) Antes da 21:00 ( ) 21:00-21:59 ( ) 22:00-22:59 ( ) 23:00 ou mais 6) Quanto tempo você costuma levar para "recuperar suas energias” de manhã após levantar de uma noite de sono? ( ) 0-10 min ( ) 10-20 min ( ) 20-40 min ( ) Mais de 40 min 7) Indique com qual perfil você se identifica ( ) Definitivamente ativo de manhã ( ) Um pouco ativo de manhã ( ) Um pouco ativo à noite ( ) Definitivamente ativo à noite
  • 39. 43 REFERÊNCIAS ANTUNES; Hanna Karen Moreira; et al. Privação de sono e exercício físico. São Paulo, fevereiro 2008 p. 51-55 Disponível em: < https://www.scielo.br/j/rbme/a/GtD8bbscVMCLrFGxJPvShYM/?format=pdf&lang=pt> Acesso em: 19 de novembro 2023. FERNANDES, Regina Maria França. O Sono Normal. Medicina (Ribeirão Preto), [S. l.], v. 39, n. 2, p. 157-168, 2006. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/372>. Acesso em: 04 de outubro 2023. GERHARDT, Tatiana E.; SILVEIRA, Denise. T.; Métodos de pesquisa – Porto Alegre: Editora da UFRGS, p. 72, 2009. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. - 7. ed. - São Paulo: Atlas, p. 42, 2022. GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Record, p. 14, 1999. PEREIRA, Matias José. Manual de metodologia da pesquisa científica – 4. ed. - [3. Rempr.] São Paulo: Atlas, p. 86, 2019. LENT, Roberto. Neurociência da mente e do comportamento - Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan Ltda, p. 256 - 286, 2023.
  • 40. 44 MARTINS Paulo. J. F., MELO Marco. T., TUFIK Sérgio. Exercício e sono. São Paulo, janeiro 2001. p. 1 - 7. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rbme/a/7HvGSB64qpYmPjd98KTDSdx/>. Acesso em 08 de outubro de 2023. SAMULSKI, Dietmar. Psicologia do Esporte: Conceitos e Novas Perspectivas. Editora Manole, 2009. E-book. ISBN 9788520442494. p. 89 e 92, 120 a 127. Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788520442494/> Acesso em: 10 de novembro 2023 SANTANA, Thaís Pereira. et al.Sono e imunidade: papel do sistema imune, distúrbios do sono e terapêuticas. Brazilian Journal of Development, 2021 v.7, n.6, p. 55769-55784. Disponível em: <https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/30912.> Acesso em: 04 de outubro 2023. TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, p. 110, 1987.