SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 40
Baixar para ler offline
s: ili _,
- - - - - - -- ---
A História em quadrinhos da capital de Alagoas
dições
C atavento
- -
Douglas Apratto Tenório
Enio Lins (desenhos)
Leda Maria de Almeida
---- - -
© 2003 Douglas Apratto Tenório, Enio Lins e Leda Maria de Almeida
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Leda Maria de Almeida
DIREÇÃO EXECUTIVA
Lucas Lima
Simone Cavalcante
REVISÃO
Ivone dos Santos
DESENHOS
Enio Lins
CAPA
Leo Vila nova
A lmeida, Leda Maria de; Lins, Enio; Tenório, Douglas Apratto
O que é Maceió? / Leda Maria de Almeida, Enio Lins, Douglas
AprattoTenório
Maceió: Edições Catavento, 2003
ISBN 85-7545-047-6 CDD- 981.35
Edições Catavento ltda.
Rua Valdo Omeno, 332. Ponta Verde
(Sala anexo ao Ponto Central - livraria e Café)
57 035 170 Maceió.Al.Brasil. Tel/fax: (82) 327 6680
e-mail: edicoescatavento@uol.com.br
Impresso no Brasil
Redesenhando a história
ma salutar parceria com a dupla de historiadores Douglas
Apra:~1 e Leda de Almeida, Enio Lins é aquela cabeça brilhante que nos
revel.;.., irme e mansamente, histórias alagoanas.
Da mudança da capital de Marechal Deodoro para a atual Maceió
ou d? meandros das relações incestuosas entre a Coroa portuguesa e
·· .,,'.*~; . noss ·'ffspírito libertário (não confundir com libertino), o homem sabe
: ·-i·.f1do..~ ono d: um .ª~lomb e d~ u~a ele~ância surpreendentes pa:a um
' : ,~ ·~rt ·. ta, Eruo pos1t1vamentee mais que isso. Produtorcultural, agitador
eza, foi responsável pela minha primeira ida a Maceió, para
ar de um salão de humor que ele havia criado.
. Agora, depois de experiências pela vida político-administrativa
aq<; ;'.,. .me consta foi adido cultural nos governos Suruagy e Lessa), nosso
if ··: · forte do cartum alagoano investe numa recontagem bem-
h · ··~. da da História que não foi contada.
· .· Conta com o apoio, nesta empreitada, da premiada dupla de
historf dores, Douglas & Leda, o que só vai acrescentar à sua verve o
imprescindívelrigor histórico desejávelnaboaliteratura.
Quem sabe esteja nascendo deste trabalho um outro, mais
pretensioso, que pode abarcar as linguagens já consagradas como teatro,
cinema e - por que não? - as virtuais do CD-ROM e as 11
que porventura
venham a ser inventadas11
, como somos obrigados a assinalar, hoje em dia,
emnossos contratos de cessão para difusão de obracultural.
Como todos sabem, estamos atravessando um portal para uma
nova realidade, tanto do ponto de vistasocioeconômico quanto do político
e do tecnológico.
Nessas horas é que se tornam indispensáveis o conhecimento e a
profundidadena concepção de onde viemos e paraonde vamos.
Esta é, sem dúvida, uma belíssima contribuição para um povo
prestes a retomar emsuas mãos o próprio destino.
Paulo Caruso
São Paulo, outubro de 2002
'º-w
u
~
w
:::>
(]
o
3
'
-·-------------- -- -·
- -·
- ---_.......~ .-.
-..- - -- ..-
--- - -
uu
'"''"" UI.,,, ,...,... nn
~ UI
'~~ ~
( / I{ .
( 1 l ( 1
uM PoRTo,
tw1A}E$TAOt::
1
1 1
1
1
t1
)
- --------s .s;
( 1'
.( (
,. JI J 1
'1 1
,,.....___,
·~
'
-
:::.:>
- •
~
,,,~ '
/ ) ,,, I I ,
UMAPoRTA,
QlJERt;.S
OZ.ER •
•• 1 1 1
1' 1 {
1
1 t .
1 1 f 11
1 1
1I
, 1
1
l
UMA lbRTA AEERTA
/:t.t:>S NEC..,.óc.o5
fEITOC.,,'A RE.VELlA-
DA coROP.~
1 '
1
1
PoRTo ou fbRTA;
QUE~ coNfRolAR
E.SSA COlSÃ-
l>E NOM~ qENfO
1
1
•
-w
~'W
w
::::>
o
o
5
-
••
·O
-w
~~ 
'
,,
' ',,,
•
•
• •
•
•
•
•
~ENH-0" DoM Pt;.0R.01 5E~UNOO NOSSO~ AF.QUl/ô&, i:; IN~e.RA Ã ôR~él-1 D~SSA
fOlOMÁO AO SJL '{)~ PER~/HBUGO, PRóxMA A UMA GRANDE. ALAG.OA· Pof<-51N.AJ..J
ESSE ~O t-l<>ME= t>A Ré41$o: TE.RRA DA<:> A' A.40.A.S. Dl~PÔE DE UM ÓIMO
?ORTO NATVRAL) JARA.4UA',,• . t NA$ MATA<õ lt-lÓ$f'ITAS D~SÂ Tt::RRP....
E$C.OND~-5t; o ~USTADOR E sue,Ve.R.~IVO QULOl180 00$ PALMARc;s•• ,
f6iaTo CALVO ~7'---~
HOLA4OESE$ MARCJ.A~M
AAPA'10ÇARA t= -SARAfoüK
tM 1b40
~
.-
1
__- _-_ - - - ___.,...,
- _........_ - ---- -..... - -
- ----
---
"'
·...DO CONT~Olt OFiCiAL. OS PROJfTOS D~ fOP1 Ífl(JÇ.Ôt5 ~M JARAGUÁ
FOR~ fE.TOS CONFORME KANDARA ORE.I, MA5 flCARAM NO PAPEL...
-O
-
w
:::>
o
o
~-.-:----------------------------------------~7
8
...AO CONTRÁ~IO UE OU1~0~ t1ArAs' QUE. E.N~~A-RAM, DVRAN1t. o~ S(tULOS X~lle.X~ll,
O~AMlNHO Pf.LO MA~ A.1E A ENSEADh Dt.JARA.qUÃ
-

' l
•
, , J / ' , , 11 1
• 1
tio t~ftO vo s€tULO XX, NAfOLt.ÃO .5Aeoot AE.UR09 E A ÇWJE. ~ESA fO{jf rARA () BAA~L
• '. . ,
,  !
t f
•- ~ -, ..... y. •." ....·. •
oº. r•·~••
., •
 f • •
. • o.
·'
....
"
.
•1
'
•••
,,,,,., " ,• , 1
,,11/JJ1,,
.· ,
•• (
,.,,,,llt''- ' .....' "........
~.. •
·~, ·-.•. •.
,,,,~, ,/~,, ,,,.,, ~
•
N<3TALADO NO FílO DE .JANt.RO.. OOM !Ok>Toc.A O Rt.NO, : 05 f>ROBLÇ.tVACO SÃO MUOb11
--
•
/JoriVdÃo, r>R~u?.t:. i!E(it;~TE:j ACUMUA fOD6.R ~ ?Ro-e~MAS co~ e
FU~C.O~tvEN10 DO 40VERNO NO !.RAS l... qc>/E.'RNAVA ~M ~E.R REI ~ )~~'TO,
'ft:>$ SUA MÃEJ. OONA MARAJAINt>A. E~A A cABS:ÇA <.OROADA1 ME:SMO l.OUCA. SUA-
MUL.l-ER1 e ARLO ~ ~INAJ RA~VA A -r=AVOR tÃ- E~?ANM.
CcM s.uAc.A'RA De. ~A, DoM -.JOÃo rot t;N~l3E..LÂNW QOO '<'VN.W k: R~so-Vt:NDO
A$ C.OSAS A .SEU FA'v'O~
iS1~, A~o. U:.C.S:.lJD º A EU~OPA
S.E 'Rt:.o~~At'ZA .À~!:. A PE.R~TA
t>t NAro~to E fbR1.Jú.AL ~ o
R.E.O~NO ~ CoR'E. PA~ L!;30A•
~SONADO PA~ t.~C...6R~AR S6V
t:xl..O ~OPCAL; O?M .JQÃOJ t:.t"
1°lt>E. ~t;.2.t.M~O i:>E 'S"51 PROMOVE.
O BRAsL 'A CAT~RA DE 'REO
Uf'Do A fb~lX:,-AL ~ Ã.!':ARJ~S I
t=NC..~~ 15.S1"' 5ü.A CCN~$0
DE. l=X L.A!:O SSl-A 1'tC.EbSPAPE
DE. DJ;;XAR. o ~O D.S. JANt;;Ro.
A€ ~N'DE.RA N.OJA "tt>l ~ADA •••
ENTRh. AS tv)TAS QUESTÔE.7 DEGlSÓRAS
'DE ~M~ITO lTERNACONA.. E NAGONA-L 7
EX'5>TAM KÚME.RAS> DE.MANDA"=> LDCAtc;,
ADMNISTAATVA5 E PROYNC.ANA-S,..
j'=>SM; flAGXJEu.;: A4T.AOO r!M DE ANS
t>& 1&15, EM S PE ~Z.EHf?~C>, .t9"". 30Aú
ASSINOO .l"A ~USMA Ot;. fA?ÊS <::>t=tC.lA'";> t:.
VENTRE t:SS~~ 1 -llNtO.l NUM MéSMO"ALYARK
R~Ío'' A E~VAG.ÃO 'ÃCA::qORA t>l: VILA,.,
PUAS fOVOActoE<; Al.Ã~OAt-AS~
MACEld' E =FoR0 Ol;. f't=.DRA':>
-
VVAf VAMOS•
FAZER UMA
SORJ~IJZ.A DA
f'AAA FESl~SAR
181~ .ESTOIJRA VMA R~VOL.~ NO
NO'RDES.E,cOM E'?lC.ENRÔ" NO
R~C.lff: 1 E$PAl-H4NDO ~t-1 S.EU5
 DEAIS RE?U6LlC.ANO~ E
LlBE~I<;.... ,.,JM C:ô5 Ltbef?e51
PAD~e. RottA, vi~A PELA fet4Ão
DAS Al.AC::OA~ PREGtANDO A
REBEL~ =VA(" St.GUé PAAA
A e>A.HA, o~OE ·t ENAAAGAN.la.R
A AD:.SÃO DO 'JlCE..RE W ~ÍL,
tx>M t-'tAR~ MENCoN<fA10 tM(IE.L
~oe. t>OS A'fifc<:h1 ~ve. COt-lft~f'M
SUA f"AMA, M.A.N1>At--OO R?E:ND~
t fUZ LAR ~EM Dcl..ONéAS Nosso,.
lf'TRcPI bb rAOK~ ~VôlUC.loNA"RIO.
'º
u.a
:::::>
o
o
9
•
o-w
u<(
~
w
w
::>
o
o
10
-A V..tJDLTA NO
NOR-DE.SE! E$7E
Éo PRO&..EMA
,,.,. •lk • •
..,.
ACA-?TAL
PoDt; t==l cAR..
t:M PEN'E.00"'
- <::>
-
I I ()
.o o
"' o
-
MAJE.SíA.D~ 1 00 lOOíO
)6 Jls.Â. MLA.~,
l~~HO$ ~>/E.
' os~ De ~'?-<"P1tl
-t:STAlv05 ~t'
N,:,,..oSO & "TEMOS
QU~ '1E~C.~ R
N.i ft>L(TCÂ
E.~º"'
•
,
111QUE. SEJA. OROENAOO
AO C~Dt ros AR<:.oS, .
OTcRMl~O DAS
-EXECU<;.OES...
111 EVAM()'j R'E.1oMA~ O
PLA~O DE. OIVl~ÃO VA
ÃRE.A NSURbE.NTE..,
E9;A t;,...& NOVA PRo'/C..NcJA "ºº ~E.U FOJO f.lâ~ Ão k
<4RATO f'E.L.Ã EtvANC..~/Sc::' ~~ ~UNCA l-'AS JA
WeRER ~tt:..RFERR ~~No~ ~Gc..,sõi;:s oo
)o
o
PAfS E: ó.BC>Mlf'lA~ A R~f'ÓS)...lc.A ,,.
~~E~
foRTo GALVo?
•
~~
~~-,.. __;,
,.,SE.~~E~, UM ~UMg.s{O
DEF1Nl1VO> FOR FA/OR ,,,
<ô
•
Periódico Maceioense A verdade nua e crua Nºt
I I
AS RAIZES INDIGENAS
ajussara, Pratagy, Jacarecica, Ypioca,
Jacutinga, Suaçuy, Guaxuma, Jatiúca,,
Manguaba, Mundaú. E tão forte a presença
indígena na toponímia e na etimologiamaceioense e,
no entanto, nós nem associamos esses nome às
nossas raízes indígenas nem à herança que nossos
antepassados deixaram em muitos campos de
atividade.
O próprio nome da cidade, Maceió,
corruptela de Massayó ou Maçai-y-ok, é de origem
tupi e significa "o que tapa o alagadiço", explicação
para a restinga onde os nossos avós caetéshabitavam
antes da chegada dos portuguesas, dedicados à caça,
à coleta de frutos silvestres e principalmente à pesca
em nossas piscosas lagoas e no mar que lhe cerca e
embeleza.
I I
APRE-HISTORIA
/ importante salientar as características do nosso
.,..... complexo lagunar co1nunicado com o mar, que
-representa um ecossistema rico em recursos
naturais de flora e fauna e que foi, desde a pré-
história, até os dias atuais, uma região de atrativos
para as populações. Antes mesmo dos nossos avós
caetés chegarem, nossos bisavós pré-históricos já
ti11l1am percebidoisto, hámaisde 3000anos atrás.
QUER DIZER, ELES SÃO MAIS ANTIGOS
QUEOSÍNDIOSCAETÉSAQUI?
Sim, os desconhecidos senhores do
território maceioense co1neçaran1 a construir os
montes - nos quais deixaram registrada sua
passagem por aqui há muito, muito tempo atrás - e
SAMBAQUIS
são conhecidos pelos arqueólogos como
sambaquieiros, ou construtores de sambaquis, de
samba (mariscos) e ki (amontoados), em tupi. Na
verdade, eles já eram um mistério para os índios que
os sucederam. Quando os primeiros portugueses
aqui chegaram, já haviam desaparecido há mais de
mil anos.
Sabe-se quase nada daqueles nossos bisavós
que um dia ergueram os montes feitos de conchas e
restos de animais, utensílios e mesmo de
sepultamentos. Viviam à beira-mar, não tinham
estresse e se instalavam nas margens das lagoas e
inatas de encosta, o que lhes garantia comida o ano
il1teiro.
Há registro de vários sambaquis em Maceió, quase todos desaparecidos com a ocupação dos nossos
contemporâ11eos. Mas ainda é possível encontrar alguns como o da margem esquerda do Canal Grande de
Dentro, Sítio Areias, no local denominado Caboclos, um sambaqui grande, um enorme amontoado de cascas de
ostras, maçw1irn, wilia-de-veio, taiobas e restos de cerâmica, colarese resíduos de carvão desuas fogueiras.
- ---
...
·C
-u
.
<
e
e
u
u
--
''1
2
SURURU DESPINICADO
QUALAORIGEM:OENGENHOOUACASADETELHAS!
assayó era o nome do engenho de açúcar
do qual se originou a cidade. Antes disso,
porém, no período anterior à invasão
holandesa, lá pelos idos de 1609, havia em Pajussara,
perto da enseada das canoas dos caetés, uma casa de
telha pertencente a Manoel Antonio Duro, a quem
Diogo Soares, Alcaide-Mor de Santa Maria
Madalena, doara uma sesmaria. Escritura pública de
1611 con1prova já existir dois anos antes essa casa,
falando o documento num outro homem que se
estabelecera ali legalmente e que o sesmeiro era
obrigado a respeitar, caso a demarcação que ia se
realizar llle alcançasseos limites do sítio.,
E igualmente importante saber que a
sesmaria de Manuel A11tonio Duro foi transferida a
seguir para o Capitão Apolinário Ferna11des Padilha,
antigo proprietário de terras em Maceió, que
substituiuo antigo sesmeirona posse.
Após a expulsão dos holandeses, e da
sangrenta guerra que assolou o território alagoano,
pois éramos parte da capitania de Pernambuco, a
Coroa lusa decidiu preve11ir-se de novas investidas
estrangeiras, providenciando em alguns pontos de
stta colô11ia alguns fortes militares. Em 1673 o rei
D.Pedro II de Portugal ordenou ao Visco11de de
Barbacena a fortificação do Porto de Jaraguá para
coibir o contrabando de pau-brasil precioso produto
da época, abundante em nossas costas- que era feito
com a ajuda dos índios. Os recursos não vieram e a
obrafoi adiada.
I A
OREGISTRO NODIARIO HOLANDES
No longínquo ano de 1640, uma tropa de
reconhecimento holandesa percorreu a costa
alagoana desde Porto de Pedras fazendo anotações
que servissem para operações de guerra.
Atravessaram de canoa os rios Santo Antonio Mirim
e Pratagy e seguiram a rnarcl1a pelo caminho do
Poçoe Mangabeira até o Carrapato,hoje Jatiúca.
Descobriam com os batedores uma linda
enseada de águas turquesa. "Aqui é a Ioçara. Ali é
Jaraguá, onde tem um paço," diz um batedor índio
no diário flamengo. Com a maré cheia,fizeram urna
hora de marcha de Ponta Verde a Jaraguá; do
contrário, o fariam em meia hora pela areia dura da
praia. O passo seria tlm armazém, 011de antes havia
o embarque de pau-brasil. Ouseria a casa de Manuel
Duro, de telha e tijolo?
OPOVOADO INICIAL
Foi exatame11te após o fim do domínio
flamengo que teve início o primeiro povoado de
Maceió, através da construção do engenho de
açúcar que tomou emprestado o nome indígena
dado ao território da restinga, no local onde hoje
está situada aPraça D.Pedro II. Certamente algum
sesmeiro de Santa Luzia do Norte resolveu
procurar novas terras para fundar um engenho de
açúcar ena margem do riacho Maçayó construiu o
pequeno conjunto il1dustrial. Até n1eados do
século XVIII, Maceió seria uma modesta povoação
em torno daquele engenho, célu1a-1nãe da nossa
capital. Havia ali uma pequena capela dedicada a
Nossa Senhora dos Prazeres, anteriormente sob a
proteção de São Gonçalo do Amarante, santo da
devoção do primeiro proprietário.
O modesto povoado evoltúu no início do
século XIX para urna pequena vila, constituída
agora de um conjunto de ruelas e habitações
rústicas, com grande cobertura vegetal, mata
mesmo, rodeando as casas dos moradores, com
um terreno extremamentepantanosodenominado
Boca de Maceió e os mangues da lagoa. O
movimento comercial ia aumentando, servindo
de confluência da produção agrícola dos vales do
Mundaú e do Paraíba e dos demais rios de açúcar,
cortados por dois grandes caminhos abertos ao
acesso da penetração pelo sertão, co1n diversos
núcleos açucareiros marginais a lhes procurar
para escoar a produção. Daí o mérito do Porto de
Jaraguá, que definiria a sua importância como
pólo hegemônicoda economia e da administração.
Sendo necessário passar pelo povoado para ir ao
Porto de Jaragt1á, Maceió foi progredindo,
ameaçando ultrapassar em importância a Vila de
Alagoas.
•
- -- - - ·--- - -
~
EM 1s1e, S~Só.$2'? DE:. ""t;.LO ç B:5JOAS, ?RMb.~0 PR~~Oe~E.(C.Ot-10 ~~A.
Q--Ã~ o GtoVE.f<.NA..DO~ Nb.qx,JE..A f!fOCA) D~ ~Lb.~OAS l)RC:t6-4b{;.. A SEU .Q;O..tb. CAPTA... t>A ~c:NA ?~O/lNC.~ 1 AC..lDAn;;;. OE A'~-A4CAS > MAS,,,
' 1
~ 
•
@UANIX> P&~SA ~M si;
PIRC:tlR
'ACAPlTAl1•
FICAS
A~l,
~UM
~
CttUl?A.-;;==;
.I'
1 li
-
-,
 1..-?' t..
· ~
- /,
--~
--
,, '
'
E. t-Mio.R DO <'U~ IMAGINÁVAM0S11 E PE:NA 41JE
TENHA SIDo REC.ôN~EC.OA C.OMO VI LA 1--." APENlS
!(~$ ANOS111 ?E.ROEMO& MUlíO TS.MPO•••
(J ll """""·

l
-o-
-w
w
:::>
o
o
13
r
..•
1
'••
•
1
l
•
•
e
(
•
-------- ~
'º-w
~
~
,w
w
:::>
(J
o
14
MAJESTAbE1'EEaS6 NA-V o
~ÍA PerJ>Do PEMAS!
-M~ /oç.$1,,,
1 l
 1
'
DEVIA l=AZE~
Utv ~t;.él ME.t

",I
~ flRôv(.NC.,A D'f:.~S
FOI Of-M. t:AS f'IOt-lE:AA;
t-to PROC.~SSO ~ ~Oê -
~t>~OA ~ ~ WrtJIA
ADAN'T~OO SOA JUt-lTA:
<:tCM;~N~TI~ ~M 28
DE O"Jl.HO pe.1ez.z.,
À~ AitVIDAt>~S ()S .,O~~~'rÂO NÃYA.L l:M
A'JVÇAAA <4ERAM BDAT05 )~ ~ç: t>s tou:>!'AS
VlRAM AiACAR.. O ~/OAt:>O O.~ tvACE.Cf"
l>eVI t>AMe~ /POIAPA
EM Af!.MAS so& o
CO~NOO OE MANVê.L..
MENOES. DA f"O~<A
(e.tVADE fE Â~<o//;. <1:l>fTAl..)
"'~ Jf:.RO~IMO CAVAv:.Am6
(E.M MA<:EIO')
, .,.,,.,,,
/
O POVO ALA6tOA~O V~ 1 f>El.~ 1>A N?
PRtMEt1<.A v~z., A NOv'A
BANt>E.1~ NAC..CNA..,
iAAZOA- A~ JA'R.A~IJA.-
~ UMA ~ADRA t)r;:
~ ~AV(oSI C.OMAt-lDAOAt,.;
PELO c.Afl1IO JUWERT
2 DE JULHo OE 162"1, Nt,iA1
NO Re:.FE,A- CONFSOE=:RA410
DO E(4)..JACOR.1QUE.TEM E:NlRE.
~Eus i.1'oeR.E$ FRts c..ANe.<A,
RF;:YOLUCONÁR.10 .SOSREVl-
YE'N"tE oe "e1~.
~ E:LThS AlAqQA,NA? , t:M
SUA MA0RA 1 COMeATI: M
OS C.Ot-JfE.t>t.R.At>O$1 P05!C..l-
ONANDo-€:.E Ao LAt>O SlO
G.ovs~~o Mf'f:.~IA...
. -
. . • •• •
Dt.P01$ PS DURAS SATAt' AS ·~A
RtLVOL~A:;) Ê De RfeOTA~.
fRE. <ANECÃ & ~UZl.At)O,, f'fO
~t=:.1Ã 3 DE.~ANEROD6 825
.'-.. .....
' ,.. ,
I .•
-... , ',
N.llb T6.l?AA~ ~AN>t'b 1os
D&RfiaJTA.lX::6 $0~~M o t>1Aao.
MANOE,.L. VláRJI.. ~Â~ E"~~
t=-t..~ MACRES ~~"" P~eses ~
sB.)êN66]J~ (~~Nt>l>O ~-e...Ã>
E~l'>C&~ 1 ANÃ..~~) ~t.6.'Nt>l~?Ô.. ,
.ACOMPA~~ADA t() 'FILHO MSNOR
DONA A~ flCOU f'~~ NI CAt>EiA
'DA CAt>TA... DUR,Ã.NTh S~IS IVES~S
1--0E. A~'Rli ~'6~1..,
?~D~'J:. A'Bt>l.f.t
t~OkN~~
~~AL10..,00
Rélt.JA-RJ-~1$
()E MUli/ UAA-
CoMO PE~llI 1'OE
2~ Dt f'/W..O A
l:~QUANiO t.ssts ANOS AiRIBULAC::OS )KJ
PAS$ANOO, MAC.~Ó CRES.c..E. lvAS ~P00
QOI:. ~ ~MA.$ C..D~OES ALAGOA'NAS '"
J.~ QE <E.aEMg'tO
DE 12>3.'i1GA~DO
MORR.E. GM ~WZ
•
-- -- - - - - - - -----------------------
,
Sf.NHO~~~' ~ ~~
DI:: t>EC..SÃO f
•
I
-QUE OtOFRE
PROVNCAL-.
SEJA ~F~R 00
PARA CA;r
11--- .
--·- -
-- ...~
-·----
-
/ / ....
A'"10$TINl-0 PÃ- ~LVA Nt:Y~S 1 o f'R~S l>E~E
r •
VA ~Olt NC,,A.- ANDÃ 'DGSt>AC..t~N DO No
f'Al.ÂC0 ?RoVINC.IAL NA CIDADE t>E ALA.qr:AS1
AS?fM,t!'A 2,1- Dt OUTlJl)ROD6~ô~,A1RANSfE.­
R€Nc(A DO eoFRc 'PA~ MAC.80~.. À f.AITPMO
IOt#t eo0íA. D/>€.~~ )i>t eA?ltAl. l>t1ifTUÍPA ~
No t71A z~, oMAJOR.t-JANUEL DA tQNSELJ.r A™A o
íl>YÃO E AfR710NA O?RE71Dtt-ttE NtvfS, N~
~ ,"Sos€;..AVAR'f710AS1<:J;; ttloSILIZA t-<7MA'f;/f;,11
.
fRtSlPlNí~ A~$TlNHO,
'VOCÊ ESTÁ DEST11UÍt)()
t 00 CARC:.10 EP~SOf . .. '
1 MA~O~L I ·I
voce.~ E~TÃO ·11
1
~•
LOUC.0$? .
..
iNDiCVUE A ~OTA,
CARO SNlM~U,
SEQU"EMOS 5UA
E.X"PERtNCA E'
SUA '1U~EN1UD~"'
MAtt.Ó EACAPITAL DE
fAO 'rtÁ MUiO'S ANO$,
fGOR A OtVE. S6Pi
OE t>lRéliO'
_.,.-····
o
--· ..
·-- - ------
o
----- -
- -t---..·- -
- --
111 tM ~ld, C14tGAM AS NC5Tl-1
ÃS ~ó LtVAN1E111
. .
E:U ~ÃO t:>ç,.s-1::?'
OS ALA6CENS'E:5
~!-lDOIDE(E.RAMr•
ASITUAÇÃO ESTK
FoAA OE: ~OL.E~
~UE. f'AAE.Mot> ?
•
'º-w
u
~
w
:::>
o
o
t.....,L_.:o...~ ~~_L:...__::::::.,:;::::._~~~~~~-_J 15
.(
•
1
l
••
•
...
l
•
•
(
(
•
,,NAS RUAS t-'OVIMf.NfAOAS PA VILA t>G: MACJ;ó..•
'º-w
u
<(
:E
-w
w
:::>
CJ
o
-
PIZt.M &l.}~ TtM
MUL+ft.~ NO M~·,o
Dt.SSA GlER~
?t..A CAPl1AL"'
'
16 ,·-/
'.~
 ~
•
Q
e
Mô<;.01
f'oSSO
TôtJAR DE
~CONTA DO
LAR~O
l)E Bôl?
•
•
•
•
'Joç~ TA.vAR6.S 15Asos, NA
~.IALIDADE DE S9 llC.~>
_CoNVIPA 0f:((..AL.M€Nif:::
0 SE.Nl-o~ SIN 1M~V 1 C.C-40
~ i:>Y1cE., A Ass1.>M1R o
~CARGO ~ 'PRt:=.51)ff'STÇ'
E= t>AS AL.AGoA.~ ... NA
C!)Ai)E bE A.LAGtOAS ,,1
.
tS<;.UM o GtoVE-p,NO DA'PROVINC..IA,,, t:!v
MA.C.Eid; pOS A A~Sl(:;A CA'PITAL N).(o
Tt::.M qARANTIDo A AUTO~t>APt=. Do ~t:61Pf:Níl:)
c.OMo s~ ?oDl:: vt::~ NO ~ SLJA {'lE.VES .. .
----::-
-------...
--------
----
... t.1'4>'J.ô.N10 l'lG<s ~ll<STDORt-S1 A'TEA fbLÍTICA VA:t s~Nro rtcH-ADA t DEfNIDL
A 'Rt:t;tLlÃo t>.L~'C:.~SE. :É
qRA,YÇ;: E. ~e.us L(PE.'RE.S
Dt=VEM RESPONDER 'POR.
SSO.. SAE>:..-10$ ~E:,
~H Jt>St: TAVAR~ f3A~IO.S E::
O "1M~ MANOEL f"t>~e::A
-SA.O O.$ CABEÇAS Ili
"' 006~ É. UM A'OYOqAPO S-R~A~E J ESTA" ,,
st. C::.RCANCo DE C..J t>A~os 'E --llJ..S.'Tr(.ATVA'j
LE.qAS PARASaJS A-10~"' '
111 O MA-JOR. t::.~íÁ O~O~<G.RTO, C:.OVO
Ml..11AR.. NÃO TEM ~Cf..DA) A-K>RUINocJ-S.E "'
'
POD~M os f>ROFOR.
Ut"A 'REN"Dt~O
5~1" ~UM~Õ~S
·<J~ TAVAR.E~ 8.ASTOS .$Ão Mf>DRA~)~.$ ~ PROVÍNC.°IA
E O tvA.0o<.. f DNS€.CA "f'o!)E. <:.of'.10U2. R A 'RE.?.E.t.:JS'c>
PAR.A 1-cNC:fE DE- UM c..oNFROp.J'fo AR~~º" ' . -::..:::... ~
-MtNO$ A
'lP.NIPADE>
S'é:N~ORES~
Ot-MbR ?AGAT<J(
f>OR OUCS,, ,
'" t-}.A~ DtV'E lcl
Jtv 1QG'I 9tSCCNTQ
~b. NOS t=.VITA?i
0 t'~~j(Z.O í)E
.}fV U)lV~lE
A~Wt..
h~AL8J~M ~M DE. -PA6ÁR. . ·~:~~.
?e.LA APRoNl'À Po tv'IPE:~DOR t ,, .
f'M.t-Ot:.L.. 'lt.M NOJE. 'Fli..µos I e: filJlAS
f'os.sc.~, S.A~~ SE. ~AC.Rç:;~AR.
PbL() F=JTJRO VOS cst.us"'
~ ~i<Á tlE. 5E:'R PR~~
1
11
E 1S ::. N() W't.l~O 5t.ÜS f 1UO~
QJl~~Jv JtN6A~ ofAi•
~s.o NÃt> A~lST~a;~, ffilS O> TQRNAReMQ;
.r:::zr- ARu+A-i)ct.:> tio tM~AADo~ r
'º-
w
:::::>
o
o
17
~
-o-• w1
u(
<~
:;E•.. -w
• w~
:::::>•
•
o(
( o
• 1
EMC..INCO DIAS' F'NCOU
AS~DlÇÀo AlAqOENSE.
SEM Afl'.)10 'DA$ D6MÀIS
CDÀ-1>5~ A'-Af+:;AN~~ ,
C.~cADA '?DR iRO"PAv
t_}I TERRA ~ M,br~,
À<& ~AN~~j~ ~
AARA-'DÀ~ 1~F~)1AS
A~ 'BARRCA~<Q E
À~ A'RMA<õ DEVOLVI~
M> A~SENAL SEM
TER f~TOYITIMAS
Ac:.osT1l'lkº Nev~«:> ~ ~éc.EBJVO
COM Fl:.SiA t R.8bMA O~OCtS~O
l>é OfC.IALl2AÇÂO DA NovA
~'Plt'AL., tONC.LUlbo J;M 9 T>f
DEZ.E:M~Ro DE 1esg
~M IS401
SILVA NE.'VE.S
~SSA- O
GDV~RNO
fA1CA S!NlMBV
f PAR1E YARA,,
AfAM~A
. , . .
MACt.0 NC..IA
UMA NoVAFASE
EPANtJA~EU
E.M~Lt.1AMEITTO
NA At'l1~A CIDADE. DL:: A~oAS,
OMlWt>R MANUEL 'D'é.XA A NUM!;;Ro.sA-
FAM'L..A- é ~.>~A 'PARA 5l;. EN1Rt:~R
LDN~E DA t='ROVf'NC.A ...
- -- - -' <:>
' - / •"
--
fRfSô E Rt:St>Ol-ll>f.NDó A PRôC.1C.SS.o N.O RIO D~ ..{ANt:lRO , O t"AJoR tvP-.~Ot.L DA FONSEC..A ~NM
~VSCAR, A FAM(LiA. PAqARÁ SVA CONTA COM JM BoM D~CDNT01 fülS Mt;.SMO CON"Dt.NADO 'A
cAD~ÍA1 SGlJS (::LHOS HOMt.NS (St:S) T~Mo {) ~t.ITO A ~scq__LAMLITAR- l'-A CAPITAL Pt:?
!MPt RO, ot--t Dt;. ,DONA RQ:>A t:A fO~St:::CA k A PRd..-E. RES Dl R.Ao
I
DONA ROSA 1Ot'-fV0 CJ5 E$Pt;'RA-
-.. fARA Lt;VA:.Locv AO
r:=::::::=::=:::::::::::~=:::::::::=::::::::::::==:::::::::::----1
JAMO$ DEOOOF0, NÃO FIQU~ 1RSE k~A<{)U  A
Rio .DE JANEIRO
--:?
50 AMOS NNqUfM /AI 51: l~MBKA~ DES$A-t--'t:::oi
REVOL1A CON~ O MPERAt>OfC!. -..r
,.-. 1-;iÇ)J;'
. '-'...I
~
. '. ~~-~'C">~-§~:=-=~~~»J ~ &1;1
A' ~(,
•
• o
o &
'
•'
,,.
..
v
.....
,. ' -- ,,..
I , '
() o
~
..
o o.o
"
•
-
~M 1e4q, Nevo
CDNfROt-ttO , DESSA
YE.Z COM TIRO~ E.
e.AIXA~ <.. 11oR.OS
t FERIDOS). F A
<-.ue~ ENRE
l..~ôCS(CO~SERVAOO­
ReS) 6 cABE.LUOOS
CLtSERA'ô).
NôVAME.Nit:.15~
iA.JARt.S:. BAS.itf:. E. :
S.INIMSU,,,
IGRE'1A dosMAilR0$ ±1880
A.ITTE.S a 1)Çf'()S DA ~Ué~RA, A~OVA CAPITAL
~tVE. A FEBRE. PAS CONST~)~Õ'E.S ..,
14~E.J" fl, $a.. !.:x>
R05"R0 )O~ ~$
1e:ro
-
Jí1
• •
: . QU~RO Mê.U
~ALAttre
---~-· CtUPAN00 A
,
' '•
JSiA bO e.H-A10
vo e:A~
t>E A1ALA.A!
.
:co::::::::.: ~ =~- :"-
,
--
ASS~MBltA LEG.l~lATVA, 1B51
CON<SOL lDADA COMO CA'IA...., fvAC.~Ó 5~
t.QVlPA IA PAP-i1lR DE- 18'10 COM lMFO-
~E.~S EDtFICA<;ÕES NO CE.NT~O UR~AflO
·O
-
•W
w
:::>
G
o
--~~~~~~~~~~~--.. 19
~
'º• -1 w
' u
• 4d:
• :E• •
'w
1 w
• ::::>•
' o
e o
2
f:M 1559, o PcO DO PROC~5SO DE t.MERE:ttl'lC.i A 60~AL :
O CASA... MPE.'RAL- V1$lTA ~C1=10... E l~AU<&URA P...
A ~E:<":UNM META1Vb. Co,
NOVA CATEDRAL EM !:>1 DE= DEZEMBROJ PERNOITANDO
NA C.lDADE., OND$:. f>A0::11 o ?Rl~EIRC ~~E"IRO
Dt: 1~, GX>At-JDO Pl:.DROU 'PA?6~A t'E:LA CAPITAL
~l::GULO XI> YA Wf-tAl'fOO
1<ÂPIDA l:. AIRBULA~,
~tv A~ QVE:~t.LA.S
LôC.AI~ C.C.t>EN{X) fSPPc,0
{>ARA 0$.. <=-RANOt.S
Côt'<'FLTOS ~VE A~LAM
o l'AÍ51 CôMe> AE?OEReA
DO PAAA~V~I (1804- 1~=t0)
I: A CAMPANHA ~A
A .ÊSC.RAVATURA-
. ,..
EM 15 oi; NOVE:.MBR.0 DE 188<3, A MONAR~UA E DE~Rue.APA-.
D~OtlôRO, FILHO DE MANO~L E 'ROSA OA rONSE.CA / E O PROClA-
l"'AOOR ~ R'6.PÚ.13L<:A
EX-MAJESTADES, O NAVIO ''ALA<:pP.s''
l:.)TÂ P~D~iO PARAL&Vkl.05 AO fXILQ.11
~
E.5St: NOM~ Me Lt:MBRA ALcto...
111NÃO SEl ~E HÁ30 0)50 A~O$"'
V / I  ;·
. ij ...E5QJE<fA! ,
~ ~ -~-
""'"VT" ~ !. - ·
FSTUDOSO OE 4E.QG~A,., () ~IME.RO ~OVER~At>OR ~ROEU
O RUMO ~S BR~AS PoLlT<.AS l...DC..cl'ó, EXôSPEROü-5E1
EMPASTE.l-OU JoRNASJ RéNJNC..Oü ,,,
g! li n
n
"AS PRO/NCIA'ô PA'26AM A St:.F
ESÃDOS, E t.M Al.N:s.OA~...ô
~IMEIR.0 ~VE..RNAC'OR E:
Pi:DRO f'AUl-INO ~ ~St::CA,
IRMÃO DE O'E.OOORO
VAR~c..€. q>Uf;;
~Af'Al DISC~'IA­
OA l.d..Al-l-zl:(/$0
VESTA-
cAPITAL- 1 MAS..,::::.
s&ôf=D ~
MED SÉ<.UlD(,
A HISTÓRIA NUA ECRUA''
PERIÓDICO MACEIOENSE REDAÇÃO: DOUGLAS APRATO E LEDAALMEIDA
;
'
~·
• 1 ~
/
J .g
5
'
' J
~
·.:r..
··~
~ - ~,~o
~ / /
--- ~
·-- f;0"V- .,_ 'ifJ? / . -,,.'
oct..-IX~0,
.~R.Tõ c'o"-,,.
' - / -------·
• • • • ~
•
A TRANSFERÊNCIA DA CAPITAL, OU A MUDANÇA DO COFRE
O episódio central da história de Maceió é, sem dúvida, o da
transferência da capital, ou da mudança do cofre. Ten1 tudo para um
enredo de novela ou romance histórico: rivalidade, intriga, traição,
luta etc.
Com a separação da capitania de Alagoas, em 1817, o natural
seria a consolidação da sua capital, que naquela época era Alagoas do
Sul, hoje a cidade de Marechal Deodoro, sede militar, judiciária e
religiosa. Mas desde a gestão de Mello e Póvoas, em 1818, que o
interesse pelo burgo, que tinha um excelente porto natural, causava
ciúmes entre os habitantes da velha capital. Houve até um movin1ento
sedicioso tentando impedira mudança da tesouraria da Fazenda Geral
de Alagoas para Maceió. Póvoas viu logo as vantagens que o pequeno
povoado portuário oferecia em termos de topografia e facilidade para
a arrecadação de renda, e aí fez instalar as repartições fiscais e sua
residência. Sem querer uma niptura naquele 1nomento, preparou os
primeiros passos da transferência e ficou administrando daqui até a
proclan1ação das Cortesportuguesas, em 1821.
A interdição do Porto do Francês tomou Alagoas do Sul
dependente economicamente de Maceió. Tanto por causa do controle
fiscal como pelas dificuldades topográficas oferecidas pelo porto. Por
outro lado, a ampliação do comércio internacional e o forte prestígio dos
setores ligados à exportação, liderados pelos ingleses, exigiam uma
n1udança de rumo para fazer face ao incremento da economia.
En1 1839, quando a presidência da província era exercida por
Agostinho daSilva Neves, deu-seo impasse e a eclosão da crise que vinha
se arrastando há anos. O presidente decidiu pela mudança, mas foi
aprisionado no Palácio Provincial após uma rebelião lideradapelo pai do
Marechal Deodoro, Major Manuel Mendes da Fonseca e pelo notável
tribuno Tavares Bastos. Foi forçado a renunciare embarcado no Porto do
Francês para o Rio deJaneiro
Uma verdadeira guerra foi declarada, participando todas as
cidades e vilas de Alagoas. As tropas se dividiram. A rebelião foi vencida
pelos partidários da transferência, capitaneados pelo vice-presidente
Sinimbu, que interceptou o patacho, navio que conduzia o presidente e
reempossou-o em Maceió. A Coroa Imperial apoiou os mudancistas, suas
tropas marcharam sobre a velha capital, sendo os revoltosos presos. A 9
de dezembro de 1839 a resolução nº 11 decidia o impasse, tomando
Maceió a capital de Alagoas.
1
1
..
EI.EVADA A VILA
Enão poderiaser de outra forma. Pelo alvará régio de
5 de dezembro de 1815, deu-se a sua elevação a vila, sendo-lhe
doadas 7 léguas de costa desmembradas do distrito da antiga
Vila de Alagoas. No ano de 1817 o Ouvidor Batalha deu-lhe a
maioridade, proclamando-a oficialmente como vila
independente, calculando-se que tinha naquela ocasião cerca
de 5000 habitantes, pois na contagem realizada em 1825
registrou-se a existência de 9.109 habitantes. Em 1833, nova
promoção. O termo de Maceió era elevado à categoria de
comarca.
AS LUTAS DE INDEPENDÊNCIA
E A LUSOFOBIA
Por ocasião da emancipação política de Alagoas, em
1817, Maceió não tinha a importância de Alagoas do Sul e de
outras cidades como Penedo e Porto Calvo, mas já se fazia
notar o seu florescimento. Nos embates que se seguiram à
independência do Brasil, em 1822, o pequeno burgo já
mostrava a sua vocação irredenta. Sua manifestação em favor
da autonomia nacional era contundente. Os portugueses e
seus aliados não tiveram tréguas. Em 1831, por exemplo, após
a abdicação do imperador D. Pedro II, preocupada em
retomar o Brasil à condição de colônia, uma multidão
revoltada atacou um quartel de artilharia, apoderando-se de
todo o armamento e munição. Liderava a população o Padre
Francisco Badaia Rego, político e agitador popular que dirigia
o jornal Federalista Alagoense.
A sublevação conseguiu contagiar outras vilas.
Exigia-se a demissão e a retirada de todos os portugueses das
terras alagoanas. As manifestações anti-portuguesas,
verdadeira lusofobia, foram intensas em Maceió. Estes
procuravam abrigos em suas casas, onde se trancavam, e
buscavam refúgios nas igrejas e nas matas. Uma igreja de
Jaraguá foi palco de lamentáveis acontecimentos, no trágico
episódio que ficou conhecido como "mata-marinheiro".
LISOS E CABELUDOS- OUTRAS CONFUSÕES
DA NOVA CAPITAL
As seqüelas da transferência permaneceram por
muitos anos. A imprensa recentemente desenvolvida
acompanhou os rumos do processo, engajando-se em um dos
lados litigantes. O jornalismo iniciante era panfletário e
porta-voz de governistas e oposicionistas. As lutas pelo
poder entre as duas facções se deram com disputas
acirradíssimas. Como na disputa entre lisos e cabeludos, que
gerou nova rebelião. Eram liberais e conservadores,
liderados, de um lado, por Sinimbu, do outro por Tavares
Bastos, incendiando a opinião pública. Na verdade, um
choque entre clãs e oligarquias que não queriam perder o
poder político. Quando do il1ício do funcionamento do
Legislativo, provisoriamente instalado na Igreja do Rosário,
houve uma séria crise.
Em seguida, em 1844, quando o governo liberal
nomeou Bernardo Souza Franco presidente da província, no
rodízio partidário que era comum no Império, nova sedição
estourou em Maceió. Revoltosos entraram na nova capital e
deu-se o combate em Bebedouro. Os sediciosos tomaram
Maceió e Souza Franco refugiou-se nw:::t navio que estava
ancorado em Jaraguá. Prometeu anistiar os .rebeldes e fazer
concessões, mas os combates continuaram na capital até que
reforços vindos de Pernambuco conseguiram restabelecer a
ordem.
Outros movimentos sacudiram ~iaceió, onde a
fermentação política sempre foi uma constante. Na Guerra
dos Cabanos, no movt.mento dos Quebra-Quilos, no
recrutamento de voluntários para a Guerta do Paraguai, na
campanha abolicionista ou na campanha republicana, mais
adiante.
A VISÃO E O F~~O DOS
ESTRANGF.IROS
Apesar de sua turbulência política. ~1aceió atraía
estrangeiros que passavam por aqci o-.. se fi..~vam parafa.zer
lucrativos negócios. Os ingleses que tr.-eram a hegemonia
dos negócios internacionais, participa.-..-.un ativamente da
vida local com seus investimentos. Trom.eram hábitos que
se incorporaram à nossa herança co~o o futebol, a religião
reformista, a modernização do comércio.e chegaram a ter um
cemitério perto do hoje canal Salgadinho, onde se
enterravamossúditos de Sua:faiestadebritânica.
Outros povos europeus er::?grar.i;:n para cá, como
espanhóis, italianos, franceses radicando-se aqui,
constituindo família e deixando cescendentes e alguns
costumes de seu país. Chegamos a te.: .,...ários consulados e
legações diplomáticas em Jaraguá. ..Ugan.s se foram logo
mas deixaram registradas em diários de viagens suas
impressões, como Robert ..ve i..alement. :lary Graham e
Daniel Kidder. Este último assim desc:re-:·eu a cidade, entre
outras palavras:
"Mesmo a mais bela !lha dos ~lares do Sul
dificilmente apresentaria aspecto mais pitoresco que o Porto
de Maceió. A praiase alarga terra adentro, emsemi-círculo. A
areia tem a alvura da neve e parece tersido branqueada pelas
espumas que as ondas atiram incessantementesobre ela. Um
pouco atrás, plantadasobre o flanco de uma colina, eleva-se a
cidade, habitada por quase três mil almas.•."'.
De todas elas a influência inglesa foi a mais
poderosa. A sede da Estação Ferroiária, antiga Alagoas
Railway, é uma reminiscência desse período áureo. Mas a
preeminência britânica entre nós, se trouxe benefícios, foi
também um agente da política de dominação mansa e
exploração sutil - o imperialism o econômico. Casas inglesas
incentivavam e tutelavam o comércio. Maceió tinha
navegação direta e regular com portos europeus como
Liverpool, Falmouth, Gibraltar, Alexandria e Londres. O
predomínio dos gêneros de exportação em detrimento dos
gêneros alimentícios, cujo cultivo era posto de lado,
provocando o aumento dos nveres básicos, causava
dificuldades nas classes mais desfavorecidas, não
vinculadas aos lucros das atividades de exportação. Por isso a
população ironizava com uma rima engraçada:
"Não se pesca mai de rede
não se podemai pescá,
qui já sube danutiça
ui os in rês com rou o má"
MACEIÓ
O NEGRO, A ESCRAVIDÃO
E OS ENGENHOS
· É absolutamente imperdoável falar da composição
racial e da cultura maceioense e esquecer a presença negra.
Apesar da vocação portuária, industrial, Maceió teve o papel
vanguardista de agente da urbanização tardia d~ ~~ago~s
plenamente inserido na formação na chamada c1v1l1zaçao
senhorial em função dos engenhos que abrigava em seu
território. Em conseqüência, o elemento negro aqui estava, na
cidade, nos distritos, nas fazendas. Na região norte, em
Ipioca e mesmo na região lagunar, algumas pequen.as
unidades de fabricar açúcar faziam parte da sua economia.
Eram engenhos como o de Garça Torta, o dos familiares de
Floriano Peixoto e o Boca da Caixa.
O número de escravos excedia, no Censo de1870, em
mais de 12o/o o da população livre. Ora, se naquele ano, já
consolidada em sua função de centro administrativo ligado
ao setor de exportação, ainda havia esse percentual, é de se
imaginarque nos anos e séculos anteriores o número era bem
•
maior.
Quando, em meados do século XIX, Maceió já
contava com 53 ruas e povoações e arrabaldes em torno do seu
perímetro urbano, a povoação de Ipioca, por exemplo, que
fazia parte da freguesia de Maceió mas era unidade
independente, destacava-se por ter uma alta taxa de escravos
em sua população: 3.326 deles para 10.668 homens livres,
segundo Tomaz Espíndola. Entre esses ~timos contav~-se
os alforriados, ou seja, aqueles que tinham conseguido
comprarou obtera liberdade.
Lembremo-nos da mão-de-obra escrava como força
de trabalho responsável por toda riqueza produtiva e
também das atrocidades do sistema escravista. A despeito da
condição de escravo - que o limitava na medida em que lhe
era arrancada a liberdade de transmitir na plenitude os
valores da sua cultura -, a herança negra se faz presente em
nossa vida: na cultura, no vocabulário, nos hábitos
alimentares, na dança, no folclore, no esporte. Foi além do
processo de miscigenação, tão visível nos rostos dos nossos
conterrâneos. Quem não gosta dos carinhosos diminutivos,
painho, mainha, netinho, filhinho? Da pimenta malagueta,
do inhame, das lendas, da música, todos impregnados da
nossa negritude? .
Nas ruas da capital os negros de ganho vendiam
refrescos, guloseimas, anunciavam seus ofícios e, por for~a
de uma formação histórica errônea que se perpetuou depois
da abolição, continuaram como a grande parte da população
excluída, abrigada nos bairros inóspitos e mais distantes.
Carente doselementos básicosde cidadania.
O TREM EA MODERNIZAÇÂO
CONSERVADORA
DO SÉCULO XIX
Trapiche da Barra, Poço, Bebedouro, Comércio e
Mangabeiras se consolidavam como áreas urbanas no
período de grandes transformações que foi a segunda metade
3
do século XIX e que tinha como epicentro Jaraguá, "porto e
porta" dessas mudanças, como bem disse o poeta Ledo Ivo.
A era de melhoramentos materiais - que se abria
para o Brasil e alterou o cenário urbano i:as pro~íncias - foi
vivida pela capital alagoana com intensidade. A
implantação do primeiro ramal ferroviário de 6 quilômetros,
ligando a ponte de desembarque de Jaraguá ao Trapiche da
Barra, em 25 de março de 1868 - e depois um outro, que ia da
Rua do Livramento até Bebedouro -, foi a arrancada da
chamadamodernização da capitalalagoana.
Tudo o que a nova era mundial apresentou de mais
significativo podemos encontrar em Macei~ dessa ép,o~a,
tendo como vitrine privilegiada o seu bairro portuano,
convertido em "city" financeira, e o centro comercial: ruas
iluminadas por lampiões a gás, calçamento das ruas
principais, ponte de ferro de desembarque do po~o~ rede
telegráfica, jardins nas praças, casas banc~ri~s .e
seguradoras, navegação a vapor, trem e as pnnc1paIS
repartições públicasinstaladas em prédios sólidos e v.is:osos
como o Consulado Provincial, a Alfândega, Repartiçao do
Selo, Capitania do Porto, Assembléia Legislativa, Palacete
do Barão de Jaraguá - onde hoje funcionam o Arquivo e a
BibliotecaPública-, DelegaciaFiscaletc.
Navios de várias bandeiras zarpavam com
regularidade do nosso porto principal levando algodão,
açúcar, madeira, carne, couro, coco, azeite de mamona e
gêneros exóticos como sebo em rama, vinh_ático, óle? ~e
copaíba, paina de barriguda. Em compensaçao, o comercio
foi inundado de artigos de lã e seda, tecidos de algodão,
azeite de oliva, vinhos, ferragens, drogas medicinais,
bacalhau, cigarros, brim·de linho, chapéus franceses, chitas
percalinas,chapéusde sol e paletósde casimira.
A VISITA DO IMPERADOR
Um acontecimento que marcou aquela época foi a
visita do Imperador D. Pedro II a Maceió, quando,
acompanhado da Imperatriz D. Teresa Cristina, em 31 de
dezembro de 1859, presidiu a solenidade de inauguração da
atual catedral e hospedou-se no palacete do Barão de
Jaraguá, ficando sua passagem marcada com um
monumento na Praça Pedro li.
O INÍCIO TURBULENTO
DA REPÚBUCA
Maceió, mais cosmopolita, acompanhou a intensa
campanha abolicionista que redundou na libertação dos
escravos em 13 de maio de 1888. As idéias libertárias eram
defendidas na imprensa, em jornais como "O Lincoln", a
"Gazetade Notícias", "O Gutenberg" e o "Correio de Maceió"
e instituicões como o Instituto Histórico, fundado em 1868
•
na esteira das mudanças, e grêmios corporativos. O
movimento contrapunha-se à resistência dos fazendeiros do
interior, que não queriam perder o que investiram na
compra dos negros - que sustentavam, com o nefando
,,
"
4
instituto da escravidão, a economia local. A capital
igualmente apoiou o movimento republicano que foi
vitorioso em 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro,
chefiado por um ilustre alagoano, o marechal Manoel
Deodoro da Fonseca.
Seu irmão, Pedro Paulino, foi designado primeiro
governador de Alagoas no novo regime. Mas o início
republicano foi de muita turbulência política na capital.
Pedro Paulino renunciou, Gabino Besouro foi destituído e o
Barão de Traipu também enfrentou sérias dificuldades. Ao
governo tenso de Manuel Duarte sucedeu Euclides Malta, que
inaugurou uma fase de tranqüilidade, mas que ficou marcada
comoera oligárquica.
AS SALVAÇÕESE
PERSEGUIÇÃO AOS TERREIROS
Diz-se com muita propriedade que o século XX
começou realmente em 1912, com a derrubada de Euclides
Malta e o advento das cha1nadas Salvações, liderado por
Clodoaldo da Fonseca. Nos dias agitados, onde Maceió era
uma verdadeira praça de guerra, houve um episódio triste: a
perseguição aos terreiros da religião afro, uma espécie de
inquisição alagoana. Violência, prisões, tiros, comícios,
manifestações aconteceram com a população participa11do
daquele movimento político. A morte do Secretário do
Interior e do estudante Bráulio Cavalcante, homenageado com
uma praça onde hoje funciona a OAB, são tristes recordações
da época.
Os terreiros voltariam a funcionar anos depois com os
seus muitos adeptos. Por outro lado, os católicos tiveram a
alegria de ver a sua Diocese criada pelo Papa Leão XIII, em 2 de
julho de 1900, e a inauguração do prédio do Seminário quatro
anos mais tarde. Outras religiões, como o kardecismo - que
apareceu no final do século XIX - e as chamadas igrejas
reformadas se implantaram em Alagoas. Estas últimas com
notável crescimento: Batista, em 17 de maio de 1885;
Presbiteriana, em 11 de setembro de 1887 e a Assembléia de
Deus,em1910.
A BEI.I.E ÉPOQUE DAS EJ.ITES
E A MISÉRIA DOS POBRES
A capital alagoana, que no final do século XIX ainda
media forças com algumas cidades interioranas, como a
aristocrática Penedo e a lacustre Pilar, consolidou-se
definitivamente no início do século como urbe moderna e
incontestável centropolítico,econômicoe administrativo.
O alargamento das ruas, o surgimento das praças onde se
reuniam os munícipes, deixando a reclusão de suas casas, e a
construção do Palácio Floriano Peixoto, do Teatro Deodoroe do
Tribunal de Justiça, em prédios monumentais, marcaram o
ingresso de Maceió na chamada "belle époque". Tempos
urbanos, por excelência. Endireitavam-se as velhas vias
cheirando a peixe frito, a tapioca, a arroz doce, vendidos nas
esquinasemtabuleiros enfeitados por negras trajando vistosos
xales e turbantes. Agora eram cavalheiros de chapéu coco e
bengala postados solenemente nas calçadas, à porta da
Maison Elegante, da Casa Zanotti, da High Life, da Casa
Eugene Goestchel ou do Café Colombo. As damas 11ão
dispensavam coletes, mantilhas ou pequenos leques. Maceió
ganhou até um hipódromo, o Prado Alagoano, que mais tarde
se chamaria Jockey Clube e que deu origem ao bairro do
Prado. Dancava-se nos intervalos das corridas de cavalos, ao,
som de conjuntos e orquestras. Apareciam os clubes de
futebol, CSA e CRB, outra novidade. O cinema atraía a
atenção, mudo inicialmente, com músicos a entreter os
freqüentadores. Multiplicavam-se as sociedades recreativas,
o Clube Fênix, a Terpsychore Jaraguaense, o Montepio dos
Artistas, sociedades recreativas. Maceió, mais suscetível às
novidades, ia abrindo brechas na sociedade agrária, adotando
inovações e tomando carona nas mudanças que oséculo XX ia
oferecendo.
O OUTRO LADO
DA MEDALHA: os EXCLutnos
Nem tudo era festa. As senzalas tinham sido
oficialmente extintas, mas permaneceu bem vivo o poder da
casa grande, a segregação nas relações sociais. A ''belle
époque" não chegara para todos, assim como as promessas
igualitárias da república. Maceió, estuário dos sonhos de
grande parte da população alagoana, não oferece a todos suas
benesses. O mundo dos despossuídos não estava nos belos
sobrados, entre os elegantessenhores de fraque, nos costumes
refinados. Para a maioria da população, a casa de tijolo e
alvenaria era artigo inacessível. Ela constrói seus abrigos
como mocambo de pescadores, em Pajuçara e Ponta da Terra
ou, mais adiante, às margens da lagoa, ou nas encostas de
Bebedouro.
Próximo às áreas de movimento, como o embarcadouro
da Levada, Jaraguá ou do Centro, em cortiços, galpões de
madeira subdivididos internamente entre numerosas
famílias que superlotam os cubículos e brigam por qualquer
motivo. Gente sofrida, mestiça, descendente de escravos e
índios, precocemente envelhecida, que lavae faz biscates para
sobreviver.
Eles são os clientes habituais do Asilo de Mendicância, as
vítimas das altas taxas de mortalidade e doenças mentais.
Pagavam pesado tributo a enfermidades como tuberculose,
vaáola, cólera, gripes; uma delas, a espanhola, trazida dos
campos de batalha da Europa, dizimou milhares de
maceioenses. A capital alagoana mudava com o novo século,
inseria-se na ''belle époque" com sua beleza e miséria, ora em
ritmo lento, ora mais veloz, mas sempre com o pensamento
voltado para as mudanças surgidas no mundo e as novidades
republicanas.
- -
1
O5ÉCULO XX ll'-lCA- ~O~ Pt .~t-'O~iA- f'OUTCA 90 (i~O LlO~RADo ·POR. ~OCLI D~'=> MALTA-1
1~~1RO DO efRÃO /~TAAlf'<J(~A.Noe.~4'Mt&lli~RO) G:AJE M!>.tJTêVE. t7ft)J)f;t<'f'CR 12. A~O:.
, , - ,
NESSA OUZlA OEANOS, Al-êM OA AC.UMULN;Aô pos, Ret;SENTM'E.NTO$ POLitOp 1 ·A (APl74L
OE Ãl-A40AS FOI OOTAt>A D E: 1Me>oRTAN'TE:5 L..OCtR.ADCURO'O E t MPONEl'11 e:~
W~S1~lCpt.':l (EM ESi..O fEOC..LóóSGo) ~OJtTADAS ~ELO TALANO WÍS .WCARlNT
• -- • ..- - - ---~
,
---
• •
. •,
•,
-
fALÁt0 f LORIANO
1fta:JJ
liCZXl •
• •
--. - .-
P~X00
•
'
-...._'...:..'....=.... .. .~: ..... .-..... _,
.....-----------------------------------------~----------------------------~
-o-
w
::>
o
o
25
1~.t-!OVEM~(10, 1<:>10; HERM~'õ
t<t)PRJ~OE.':> V~ FON5i;'.c.A- (Nt::O 00::,
NO$?<:; MANlEL ~ROSA t>A FONS.ECA-)
€ ELElO PRt.$1DE.NíE. OARmJBLCA
1<11'l- H~RMES DA FON7Ec.A 7
EM CONFL10 COM A~ AN116AS
Ll Dl;.RAN.<;.As NO~E.SÍNAS
-IMPLEMfNTA A "JPOL..11 '-A'"
'"NAS lLA~OAS 1 IE.R.~A ~E
-...ressoe;. 1"'A'5E AVÓS>,1 A•••
ô
"' ~4:> SALVAC,ÕES" PARA
DE.SAL.oJA~ AS OLICtA~~AS
AA ~HIA, f>ER1'AMSlJC.0,
CEAAA" E. Al..A40t'>.S
EJC.lt>E~ MALTA
RENUNC.. Ã '"
DC> PALA'"c.:1o1 VEM
UI" T l RO ·
f"AAA O PÃLÁC..10 , VA 1
OUTRO TIRO Al/:4.Qtl.S P4oM ~
lvDTE PARA C.l-AR4fSf
Nt PJ<~A_, MOl<RE. NO PALÁC.ô, MO~RE O
-~ULô CAVAL.~TE. TE.~ENTE .S~NER
CORC>tJE.. C.l..ODOA..001
, -ô SEN10R E A. sALVA't.A.O
!» E.STADt> •
,
OVOJTOR FERNANDESLMA VAI
LlS!:AAR SIJA ''~UAR~ PRElWI~~
Allq~ 005 REfO'e>ttWJOO
-Q COMBATE.~ít~ l~ ~cx;.AR
A M'Sb. fOf>ULAP-. ~t.l.l:S
OL 6,A~~ CA(DO~ !
..rt'tti"T't"TT'1'f11Tu
w
u
<(
~
..w
w
:::>
o
o
26L___::~~~-Ltth.L~
o
o
""~tM PA~I NEM VOJC
1JERAM SUtES)O '-Pu.
l~_é-~07
~€}~~~l.
Tl:RA" UM ~~ANt>t
A.fCO sXTAA ..,
•
1
A LlC:iA OOS R'ê.?.le,Ll<..ANO$ CDMf;AENE.$ Ft;.2 '5~P.. ~'E.RRA SU.lA 1 BAA~ARZANt::>o OS E~E'Ro:,
'óJRRA<:>, MO~!::S. 1 PRSÔ'eS e. Dt.SrL.E.$ ..Jt-11..~TES s-OE-FE" N~SC..ONAS. ...
o
t)
..
L.AC'lÇANOO t-JÃO DE M1L
EsIRA"'íA.C:,Et-iÃS, /:>..
PE.R'=>EVERAMÇA FO 
RECOLHS~DO ôS08JE6$
D~ C.ULOS AFRO
~
 ;-1
'º
w
::>
o
o
27
'º-w
u
<t
:E
-w
w
::>
o
o
28
--
19'30• EC.lDOE ~ Rt.VOLUç.Ão.
VARC'.íA~ lNC.là !:>EU PODE~.
UM 6.LAGtOANO E.SíÁ, -
OORE O~'lDERE$
~ác.ttos ()Ui: MARC.~M
SOSRS O RO DE.~N~RO:
Durante os anos 20 e 30, Maceió abrigou
grandes nomes do mundo cultural brasileiro,
como os alagoanos Graciliano Ramos, Aurélio
Buarque de Hollanda, Nise da Silveira,
Lily Lages, a cearense Rachel de Queiroz e
os paraibanos José Lins do Rego e Tomás
Santa Rosa, entre outras estrelas da
intelectualidade local.
O Café Ponto Central era um dos endereços
preferidos por todas essas estrelas.
...,,, ... ,.._E."
,. - ---- ';::)
'
o~JE.RR&.lft.O
C:.Oto-'Eç.A A
~eR t"Oíb.t>O
•
•
-
J3A~(0COM OfM ~ ANO'J 30, tsTÃb TfRMNP..1'00 0$ EMFOCO DE l"::LÓRJ t IJ11L~ADE
t>A POITT't. OE: E.M~~~t t;t ~6,ERO~ 'E. DOS 'í'RAflC..--ES OE CA'K.qA
,.
NiVIO A~M DO
h1i:.ro~;~e:
-M' • o'
111 ,.,
,,,,_..
/ , , , # ••••
•
-- -
- '"'- -
•
--
•
- -
COR.íE. t:.S~VEMÃ'TC..0
E. FLV)(O OE E.Mf:A~E
tlO$. ~PC.µE.S
-
KODl::R.~O,O ~ovo ~o
TEM Sl.JAI:. ::!:.T.AC.AO:. Fi'tNC. PAIS
C.OMPRADAS NA AL..EMANHA
Ã";, o~ Dê MOAAM E. o ft>Jo , P~f'J>;
TI!ANSfORMA o rJOME t>A C.~SR)TO~
~toe..R.A E.M AD.Jt.'tYO PEJôAAl lVO
E-NfM 1 O ~o~AAt>o f>OnO ~
lARAlóUÂ 1=- 1NAU<;U~DO .
OEPOIC;, DE19~S, OS COMV~l~1"AS
AMAR6AM ,.._ ~ISÃo
o116RACfLIA,NO RAMOS,
SESA>ii>o DA HC>RÂ Ili
1 I 1  •
,,,,..
DE.FOIS P{;.1'31-1 O<S
IN'T~l<AL.ISTA~ .sZo
rosTO$ NA 1lEúA.UDAPE.
•.,, ,
, •, ,,/
' . .... . t
.,
•
,,1,,
•• •
,
•
-,,,,,.,,
••• s;,P))
. R ) "
-Ç~ /
A PAR'TI Rt>E '19'1Z1 NAYIO~ e;;;Ao
íVRPE. DE.Ar;QS f>E:'RTO DE MACt=.IÓ
1
O ~l'.õ.SIL ~NTRA NA lI' C:zUE.RRA MUNDAL... t>E MACE0' PAREM O:. PRAC..IN~ /!:.J A,C,.QAt-JO'i::. PA~A A.
. E.UR.OPA. ?'A~ M6,.CEd V€.t-' ô~ .,b.ME.RCANO$ AL.ADoS E. AlL::iUMAS NOVIDADE.$
/,,, ,,
O f'RME'RO bSS~~íb.ME~iO JRSANO A
~E.C.E.Sê.R D RÓTULO DG"/FAIE.~' 1 S1lOJ~E.
NAS l>UNlS Dó S.O~L 1 lfo ~/OURc.JR11
,..,,~ .. ......-~ ,
o~ OE~'flOS5UfDOS aAltAt--SE
ô.MBÉM NAS BERA<s. :'AS
LAGOA~
'
--
-o
-
-O
-
w
::.>
o
o
30
-- ~· --=---~ -- -- - - -
·'EAOQS t>E.19'ice, Et-1N01E DE ~AlA, A 'FORTU<.,uE~' EST~ LôAD.AtéAqlAt>A
t.cni·ov'ELAM-5E AL El.T E a C.i.ASS>E M OA NA. EXPEC::.TA'lVA
t>e ASS$R A MA-=- JMA. APOEOSE. D~ UM ..CONE
~~SE ~i<:M.ô.NDO (E.Rt~sMO, NC.E.tto ~OME DE att'SMO t>O MO..E~e QUE,
• ~...... ')~ N6.MORt.00~1 E~A ESPEA~JLAR. f'AS5':>A1 SATUQUER.O,
~.:. ·. ::::. R...SA 1 M tieONHERO,''TocAVOR t>E. RE.ALE.)O E. '1ôt<NALER.o
o SAL7:5.0 t>E OAl'ç.A~,A (EU
i1BERT01 E.S,A c:.ERCAOO t
POR JM PÓSl.(0 ÁV't>O
O fw'OL~QUE. t-1f>EAA NAS
NorrES, lLVMINANt:>O A5
~ANDAAS, W:ITOS E 6Ec:O~
~
BRIL~OU NO SOLENE
f'AL.C.Q 00
ÍEÀRO OE.OOORO
APARE.(E.U E.t-''ó (~E. ~''
A1Mf'RENSA-
SÓ ~Sil414
MALCQ.Jt!F..Ol
MOR~t::iU E".M 80E. tw'1Al0111'f3,
UM MÊS ANíl2; DE COM~
30 AN~, GO~SUMlDO Po~
INCONT/Jr."VE.5 f.AAR.AS
•
•
•
f M DA (:iRAt-Jt>E
(iUERRA.
F1M DA OliA)J~
VAF.6.AS.
MAS E.M AJJ40AS
NA E.é4-1.0 Fn1?A
<:tOVE!<-NA~,
EtÓI~ MC».S'f1;.RO
RE.Afl!<MA 5'JÂ
FORCf..A-
f>AZ1 SÓPARA. st.R~S
COMO O ~C:.O' 0Â
i?.M/ ,o $fM~ o ~
OA C..IDAD6111
·~·~.. ~. .•. .
-toS6 C.OM <,RANt)E
l-S A?OIO ~M
MAC.EfO', MUNZ.
FAL.C.~ É E.~TO
<:qOVERNAb<>p,
A RKOO t>r$:>F.A ~
FlJNDA~P.
MA'5 A !NOL&RÂt-UÀ Ê o~
MAf<CA 05 SILVESTRE. t=MC::.E.U
o
;
A CAPITA... E SAfJEADP't
(O c.E.~O DAClDA-Ot:.)
C:tôV~R~O
• •
1q50 NUMA DUl<A CAMPANl-"Ã1qANH-A-
A O?o!::>iÇÃO E AR~ON t>s. Mt=.LL.O
~N'TRA TRlJFALM l=.N.T~ E.M MAC..EIO.-
OU PAAA OS
PAS514E>TAS
~ JIVe:M
O f'R~/O
OU NO$ 6L.J:ú)S
CA~NAYALE.SCoS
•
MU~l'l. ~OFRE. ~UAA
O?OS~~ E (Ol>AA
<::>i=.ú <":(OVr.RNô É l>ITA
lJ!'AA rmvAA ~tCA
MPEACHMENT!
- -
·$&')(.TA·FEIRA , 13 DE !>t;.TEM5R0,1~51-
E MAcEIO' Ê O fOC.0 t>A MÍ~A-.
PfLA PRME.IAAVE:.Z NO MUNQô / UM
M'PEAC.~M E.NT S'-~ YOTAOO.
ÉVER.ÃO SOL A 'PNO.
.~
01~0EO FO ~'IE.L.
<:.oM Ml~RG.~ t>e. 6AL.A5
~OANt>O '?ARAIOOOSCE> LAOOS.
"l)EfbS ~$'E. <:.P:>S/
~IJU O PROCE!:60 E MUt-llZ
~ ~SCL/1001 VOLTA.AO
(";i.OYERNO, MAS N2õ
~ E~é'R..SE.J
sue.e.~
•
HUt'8ERO MtNPES,
SO~RO E. L.(~ l>O
"-'°VE~NAPO~,
PEOG. A PAl.A'IAA •• •
tM 'W1 ELE6E.~E
o tvAvôR ..-.lf'~,
OftblÇÃO A MUIN.l.?,
4'0é Fot o fOSIT<:R
1
O'E.. AR~ON tit; MEU.O,
~E. FOl O~l'OR.
A . SLIE.STR~· .
l:SSA MAR<.A l)~
AL.iERNÂflC.I A
~E.k A ~EBRAI>A
c.OM A-L~zt>
DA,S ELE~E"~
t.M 1q6L
-o-w
~
~
-w
w
:::>
o
o
31
-O
-w
u
<
:E
-w
w
:::>
o
o
l 3
-~-------- - - - - - - - -
::>i:fúlS DE. MUiOS ANOS OOM.0 O 'óM~
601..lTA'R.lO DE ~AC.EO~ O ~DA EMiAt
1>€BLTA.-ElE. C.OM RA~'DEZ. ~s A~ "50
> ...
,,.- . -
,
o C.OQUE~-5MBoLO TôMt:sou Sl' '45'5, MA'i>
FOI ''SOCo~R00" f'OR U~A VSRIAOE.~
<:.At-flf>At.J~A. ~ RS?...ANAt>O C..OM o Af'OO 'DE
JM C=UINt>ASiE.. AM~RPAOO ft>R C.OF.DAS E
''VITAMINA.IX>" Nl.o RESSlIJ, MA~ seu TRONlO
Mt>R0 ôNDA FICOU Ut-11 ~M iE.MPO fXAOO
TAL Gll.JAL Ul"A MÚMA,EM LEMBRti.~A 1>A.4ldRtA
- - -
N'E5'5ES t"E.MPOS,A C..OAOE
ô EPC.E.NtRO E.~ NA-
?~A t>A ftlC.ULl>At> l$".
FERVA NO fM t>E. ANO COM A':. FESTAS POf>Ul.ARE.~ Oo '"C. "-LO NATAL-lNC>''
1
---'-"'----- .
"<:::....
,_.y- tf.,~- - ~...~-
PA$TOR.L C~é.~Nµ ~JE.RRl;~O ··
NOS .6.l'lôS 40, ~t>t.MO...t>O
o''PA.ÁC,, O VE....""' O''
•
.....: {
...' ..... .. . .....:'.......' .. . ....... ....'••,::.·.··.:.·:.·.·.:
. '
'
t-lOS ANOS 60 e DER~UBAOO
ô HOE.L .BEl-A. /STA
.. ...
,_.._____
•
t
t
o'Et>lFÍC.10 BRE.t>A" É O Ç'RMElRO O PRIM'ERO t.~Nl4A·C.~U NA
?RáDIO COM MAS OI: ~o A~~RE$ O'R,LA ~O '"Et>f(C.0 $!c>CA~''
1-ÉO1 .J({ Q)t lôC€ f~Z.. O SRA~ /
iEM~ r~~~~ SA~PEtRA. oe
t'AC..~10'
1 t 
f . 1
.......
~
• . ,
• • • . .• •• •
- - .•
~~~
t::l t::r
t:lt:l
~
~
~
")
·<>"
Oli
t'Q
OQ
tti
ttfi
Dlt
.tíD
t'!ti
~
'i
MOL~OOb
NA.MORAD~
~ 1-0M~NAbt­
AOO WM
VMA fruCA,
íOWAt>A
qJARTE.L-~~­
NEFAL. 00
Fl-êYO
MOl.Tt.~~o, 0QOE
MAC.tÓ PR~C.C:,A.
É os UM -NO
CARLOS MOt.. IT~RflO..
E O Aú'TOR DA ..Et~
tx:> Hl~O DA C.,lOó..DE.,
MU~<...At>O POR
EDll.~E.RiO~lqUtl~OS
NOS AN~ 60, {:)'ô mAS
l.AMlSõ.M 0$ tQ4.'V'ERAlS
"
--
·O
-LLI
u
~
•W
w
:::>
a
o
33
•
-O
-w
u
<t
~
~w
w
:::>
o
o
3.1
~E~~S CONSIDtAAbbS
W'ê.$~ AD ~OLP€,
COMO COMUNlST.1S t;:
-:1q68 - 0$ ;ST"Ut>A!'T~S Sttu~t>PRISTAS
ts1'!n NAS RUAS, P~C:iTE.SIA~OO
Sl~PCALS.TA<f,, FORAM
Hosp~ DADOS NA
: , <StEilP~ ..
CEl'JTR.O l:OOCAC.loNPI.. ~
~~ ,M=>Wc.AMS
- . - . .- . - - . . .- - - .. -· -- - . -
Có.OEAVS.~ttA. 1 UMA
IMF'ô~~t-'Tt:. (ONS1RtJ1ô
DO S&.Ulb X)<
/
-r-
. "
E:~ "C=.':-~1 MAC.E0 A~S~ À
MAO~,AÇ.ÃO RaPRE:SSORA,coM
A PR~o P:. (Áfi:!AS ....DERÃ-l<tA':::,
l:.SíUDANS UNIVEP-,.~llÁRA<"o
R1'8- ~~CMA~
I;>õ MOVlM~~0
E::SiUDANíl ..
l'ift-fJf't)ADA A
~OC..16.DADE. t>OS
DRE105 HUIVAtJOS,
EDUAAl>O !30Y~IM E'
O~~lto ~CGNT€
AIN[)AEM 1'3~, MAC.etó st.. l;MOCJONA ~A~~E PASSE.A.TA pe,.A A~•STA AMPLA
~XlJ1>ElA tt.to """-1.l
li-
r
..
'
•
HA HISTÓRIA NUA E CRUA'' Nº 3
PERIÓ DICO MACEIOENSE REDAÇÃO: DOUGLAS APRATO E LEDAALMEIDA
•
-
f.
~·
-· .
•••
1
•
•
FLAGRANTE COL.F-Tl DO NA RUA DO COMÉRCIO, QUANDO DA PASSEATAE1'vl SOLIDARIEDADE AO GOVERNADORCOSTA REGO
OS GANSOS DO SALGADINHO SALVAM O GOVERNADOR
Assim como a poderosa
Roma dos Césares teve em sua
lustória os gansos do Capitólio,
a cidade-sorriso teve os gansos
do Salgadinho. Um governador
durão, o pilarense Costa Rego,
co m seus costumes
cosmopolitas e ferrenho inimigo
do jogo do bicho e do crime,
decidiu também brigar com o seu
antecessor, Fernandes Lima, com
muita gente importante e até com
os seus colegas jornalistas. Urna
certa noite estava descansando na
casa de uma amiga francesa nas
imediações do Riacho Salgadinho,
próximo aJaraguá, quandofoi alertado
pelo ruído dos gansos da casa vizinl1a,
salvando-se milagrosamente de um
atentado encomendado por um dos
seus muitosinimigos.
•
2
A REVOLUÇÃO DE 30 DEPÕE
UM GOVERNADOR
O movimento dos tenentes
encerrou o período da República
Velha, em 1930, com a tomada da
capital pelos revolucionários e a fuga,
do governador Alvaro Paes. Surpresa
geral, pois um dia antes o governador,
que era muito popular, fizera a sua
costun1eiracaminl1adavesperti11a pela
Rua do Comércio com os seus
auxiliares. Sucederam-no vários
interventores que representavam a
nova ordem chefiada por Getúlio
Vargas.
,
A EPOCA DE OURO DA
CULTURA
Nas décadas de 20 e 30
Maceió viveu a sua fase mais
destacada na cultura. Já no final da
década anterior, em 1918, com a
fundação da Academia Alagoana de
Letras, prenunciava-se urna era de
forte ebulição 11as letras e nas artes.
Intelectuais participavam ativamente
da vida política e administrativa, tais
como Jorge de Lima, Demócrito
Gracinda, Costa Rego, Guedes de
Miranda, Lima Júnior, Povina
Cavalcanti, Jayme de Altavila, entre
muitos outros.
Os ecos do modernismo
chegaram até nós. Rompia-se com os
padrões clássicos e debatia-se o
regional. Na Rua do Comércio, nas
imediações do Ponto Central, podia-se
encontrar um Graciliano Ramos e um
Carlos Paurílio tomando café e
conversando com Raquel de Queiroz,
José Lins do Rego, Santa Rosa e Jorge
An1ado. Os jovens, como Diegues
Junior e Arnon de Mello, fundava111
associações - o Grêmio Guimarães
Passos e a Academia dos Dez U11idos.
Revistas de vanguarda eram
publicadas. Lourenço Peixoto lançava
o paralelismo. O Instituto Histórico, a
m ais antiga i11stituição cultt1ral,
mantinha movimentadas reuniões.
- --- - ~
BEBEDOURO MANTÉM A
CHAMA DA
CULTURA POPULAR
Bebedouro, bairro
tradicional, famoso por seu
embarcadouro e pelos casarões das
famílias importantes que lá
moravam, destacava-se pelas festas
populares que promovia. O Major
Bonifácio é figura inesquecível para
os que amam o folclore alagoano.
Pastoril, Chegai1ça, Taieira, Baiana,
Reisado, Guerreiro, o Coco-de-
Roda, as Bandas de Pífano, as
Cavalhadas encontravam lá o seu
grande palco e atraíam gente dos
arrabaldes e das cidades vizinhas. O
ciclo natalino, o carnaval e as festas
juninas também eram celebrados,
sobrepujando outros bairros que
também faziam comen1orações.
O ESTADO NOVO E A GUERRA
A cidade despertou da vida
bucólica com o novo conflito na
Europa, coisa que11ão aco11tecera na
I Grande Guerra. O treinamento de
soldados para o front, apagões
noturnos, balões vigiando as praias,
cultivo de hortas nas casas, falta de
víveres importados.O
torpedeamento de navios brasileiros
em costas nordestinas levou a
população às rt1as, ein gigantescos
comícios pedin.do nossa entrada na
guerra. A presença de soldados
norte- americanos era explicada pela
ameaça nazista. O Vergel do Lagoe o
Tabuleiro tomaram impulso com a
construção de campos de pouso. A
juventude e a intelectualidade
também queriam a exploração do
petróleo descoberto em Riacho
Doce. O assunto galvanizou as
atenções do país, pois geólogos
norte-americanos diziam que
Alagoas não possuía reservas do
ouro negro. Um intelectual negro,
Rodriguez de Melo, participava
dessa campan11a que tinha como
MACEIÓ
slogan "o petróleo é nosso" e que
contou também com o apoio de
gente de expressão i1acio11al como o
escritor Monteiro Lobato.
Estávamos em plena ditadura
com o Estado Novo. A crítica ao
governo ou opiniões independentes
ot1 simples denímcia de desafetos
eram punidas com rigor e as pessoas
sofriam constrangimentos.
Intelectuais como Graciliano Ramos,
que era Diretor de Instrução Pública,
e Alberto Passos Guimarães foram
presos sem motivo e sem
julgamento.
/
OGOGO DA EMA
Um coqueiro esquisito tornou-
se símbolo de Maceió, objeto de
admiração dos visitantes e tema de
canções e poesias. Ficava na praia de
Ponta Verde. Sua foto era divulgada
por todo o Brasil.
ANGÚSTIA E NINHO DE
COBRAS
Dois livros, duas verdadeiras
obras-primas, retratam bem esse
período e são os romances por
excelência de Maceió. Lá se
encontram a geografia da cidade,
seu jeito de ser, seus tipos
ii1esquecíveis, sua arquitetura, a
alma e a psicologia da urbe. São eles
Angústia e Ninho de Cobras, dos
geniais Graciliano Ramos e Ledo
Ivo. Quem quer que se disponha a
conhecer Maceió não pode
prescindir da leitura desses dois
livros.
A REDEMOCRATIZAÇÃO
DE 45
O fim da guerra apressou a
derrubada de Getúlio Vargas e
juntou os antagonistas comunistas
e udenistas em uma frente ampla
contra o adversário comum: a
•
•
e
•
MACEIÓ
família Góis Monteiro, que vinha
dirigindo o Estado desde a Revolução
de 30. Foi wna época de muita
.i11quietação e sobressaltos na capital,
. no governo Silvestre Péricles.
Grandes concentrações públicas eram
feitas e1n Maceió e os conúcios no
Parque Gonçalves Ledo, Praça do
Pirulito e Rua do Comércio atraíam
multidões. Após tanto tempo
rigidamente controlada, a política
voltava a entusiasmar os
maceioenses. Uma grande tragédia
marcou também a capital alagoana
qua11do uma tromba d'água caiu sobre
a cida.de soterrando casas e matando
muitas famílias nas imediações do
atualCefet.
O PRIMEIRO PREFEITO ELEITO
EM 1953
Um fato a ser destacado i1essa
nova fase foi a eleição do primeiro
prefeito constituil1te de Maceió, em 06
de outubro de 1953, uma vez que os
intendentes antes, e os prefeitos
depois, eram nomeados. Neste
memorável pleito para a 11istória
política da capital sagrou-se vencedor
o coronel José Lucena Maranhão, que
tinha sido antes prefeito de Santana do
Ipanema e ficou famoso por ter
comandado as volantes que
combateram e liquidaram Lampião e
seubando de cangaceiros.
AS SURPREENDENTES
MUDANÇAS EM 50
A década de 50, que começou
com a surpreendente vitória do
liberalismo udenista do jornalista
Arno11 de Mello sobre o silvestris1no,
registrou importantes mudanças em
outros campos. Na questão
populacional, por exemplo, Maceió
vai simbolizar essas modificações
co1n o crescime11to urbano e a
migração de numeroso contingente de
pessoas do interior, pulando para
121 . 000 habitantes. O
cosmopolitismo e os ventos da
transformação nacional chegam até
aqui. A capital vai deixando de ser
rural e conservadora e tor11a-se mais
urbana e aberta quanto a novos
costumes. A influência francesa
cede lugar ao prestígio da cultura
norte-americana.
Na política e i1a
administração vive-se uma
dramática experiência com a
ascensão do populismo,
representado pelo governador
Muniz Falcão. Pela pri1neira vez um
governo saído das entranhas da
massa ousa confrontar-se com as
elites e a aristocracia estadual, que
secularmente controlam as rédeas
dopoderlocal.
O EPISÓDIO DO
"IMPEACHMENT"
Na sexta-feira, 13 de
setembro de 1957, Maceió foi notícia
internacional com um conflito entre
poderes que ficou conhecido como a
tragédia do "in1peachment". As
ate11ções nacionais voltaram-se para
a Assembléia Legislativa, com a
presença de altas personalidades da
política brasileira. Votava-se o
impedimento do gover11ador Muniz
Falcão no parlamento quando foi
deflagrado violento tiroteio entre
deputados situacionistas e da
oposição, transformando o prédio
da Câmara Estadual em praça de
guerra, deixando a cidade
conflagrada e atônita com a tensa
crise política que terminou com uma
intervenção assinada pelo
presidente Juscelino Kt1bitscheck.
Depois houve o retorno triunfal do
governador.
AS VILAS
OPERÁRIAS E O
VOTO URBANO
Urna das transformações
ocorridas na década de 50 foi a
igualdade de votos entre as
populações urbana e rural. O
eleitorado mais independente
da capital e de vilas operárias
como Alexa11dria, Fernão
Velho e Saúde passaram a
constituir um peso importante
nas eleições estaduais. Foram
elas que sustentaram o
movimento populista e deram
a vitória a Muniz Falcão.
Deve-se registrar, também,
que o inovimento sindical que
ressurgiu no fim da década de
40 tem uma história de luta
bemmais antiga. As primeiras
greves surgem no começo do
século passado. Na década de
20 os arquii11imigos Euclides
Malta e Fernandes Lima
juntaram-se para combater
, .
uma greve portuar1a que
paralisou Jaraguá. Por outro
lado, a existência de umaclasse
média, a concentração de
professores, estudantes e
intelectuais e a criação da Ufal,
em 1961, com un1 co11tingente
de massa crítica mais atuante,
ajudaram a formar na capital
aquilo que se denomina
opinião pública. Gente menos
comprometida com os
coro11éis donos da vida e da
morte das pessoas.
3
•
4
NOVA PERDADAAUTONOMIA
Com o ad,rento do regime
militar de 64, a população
maceioense deixou de escolher de
novo seu dirigente pelo voto. O
último prefeito eleito foi Divaldo
Suruagy, em 1966, que governou
até fevereiro de 1970. Os militares
conseguiram a cassação pela
Câmara Municipal de Sandoval
Caju em inaio de 1964 e a posse do
vice,Vinicius Cansanção. Sandoval
era um prefeito que sabia ~xercer
ben1 a arte da comunicação com o
povo e deixou muitas praças
construídas. Suruagy, por sua vez,
começou a construção de conjuntos
populares e alçou vôos n1ais altos,
chegando ao governo do Estado por
três vezes e exercendo um domínio
de mais de três décadas na política
alagoana, superando Euclides
Malta, Fernandes Lima e os Góis
Monteiro.
A RESISTÊNCIA EM UMA
ÉPOCA DE MEDO
O longo período que vai de
64 até o início da década de 80 foi
uma época de medo e incertezas. O
regime ditatorial aniquilava
qt1alquer tentativa de oposição.
Maceió resistia com sua juventude,
seus jornais alternativos e suas
lideranças si11dicais. A OAB, a
Igreja, as entidades estudantis, os
partidos proscritos, a Sociedade dos
Direitos Humanos, as Associações
de Moradores, os núcleos femininos
passam a oferecer um contraponto à
violência, à falsa unanimidade
oficial e à falta de democracia. Os
movimentos sociais e a sociedade
civil organizada surgem como
esperança de11ovosdias.
Nas eleições n1w1icipais de
1982, o MDB (partido que se
contrapunha à situacionista Arena),
elege uma forte representação
oposicionista para a Câmara de
Vereadores, ajudando ainda na
eleição para a Assembléia
Legislativa de vários nomes
comprometidos com a abertura
democrática. Logo em seguida, no
retorno da autonomia municipal,
com a consolidação da abertura
política, elege o prefeito de
oposição, o ex-deputado Djalma
Falcão.
PRESENÇA DAS MULHERES NA
RIBALTA POLÍTICA
O final do século XX foi
movimentado no burgo querido de
Melo e Póvoas. A população
manteve-se fiel à tradição irredenta
de va11guarda das transformações
sociais do Estado, iniciadas com a
mudança da capitalem 1839.
Destaque-se a visibilidade
dos movimentos negro e indígena,
as passagens constantes do
Movimento Sem Terra pelas ruas da
capital, a eleição, para a Prefeitura
de Maceió, de Ronaldo Lessa e
Heloísa Helena - políticos que
militam em partidos de esquerda
(PSB e PT) -, o movimento popular
de 17 dejulho de 1997 (derrubando o
governador Divaldo Suruagy, à
frente do seu terceiro mandato no
Palácio dos Martírios). Outro fato
importante foi a eleição do mesmo
Ronaldo Lessa para o governo do
Estado, em urna frente de esquerda
contra o candidato Manuel Gomes
de Barros, que pleiteava a reeleição.
O fato mais destacado do século,
porém, foi a vitória do movimento
feminista. Iniciado na década de 30
com a Federação para o Progresso
Feminino, as mulheres rnaceioenses
decidiram quebrar as cidadelas de
privilégio masculino: organizaram-
se em Conselhos e Associações e
conseguiram importantes vitórias.
Elas estão hoje em todos os setores.
No Senado da República,
representando o Estado, na Justiça,
MACEIÓ
i10 parlamento estadual e nos
.
muruc1pais, nas empresas e na
Prefeitura de Maceió. Uma
surpresa - elegeu uma militante
sindical, a dentista Kátia Bom,
para a Chefia da Municipalidade,
reelegendo-a na primeira eleição
do séculoXXI.
1
1
O DÉFICIT SOCIAL
E A EXCLUSÃO
PERMANECEM
A cidade cresceu. Hoje
beira quase um milhão de
habitantes. Modernizou-se.
Já nãoé a pacatacidadezinha
em que todos se conheciam.
São muitos os bairros novos.,
E uma metrópole. Ponta
Verde é o seu cartão postal.
Mas os graves e antigos
problemas também se
ampliaram. As
desigualdades e a exclusão
social se agravaram. A
maioria da população não
tem os direitos básicos de
cidada11ia, o que é um
desafio para os novos
dirigentes públicos e para a
toda a comunidade
rnaceioenseem geral. Que a
11istória de luta do nosso
burgo não seja esquecida e
inspire o enfrentamento
sem trégua dos graves
problemas sociais que
exigem uma resposta à
altura dosseusmunícipes.
1
,
•
--·--- .. - -.
e _J')
.... .
MI$ O QUE É MESMO
~Ãt C'DÃDE?
SÃO HISTd~lt>t~ NGRÍ'JtS!
.'
- ~ ~- ~-~--------
 . •
iUX'.)~
TEM UM
TtMf>tRO
t:SPt.C..AL
. .-
~ __,-' :-- _,
..,,........._ ,,, ... '
----·
-
'º
w
::>
o
o
.._____;;;...---c:;~:;,_...--~-1 -~~~~~----~~ ---------"--"-'"'--~--------39
•
'
-o-w
u
<t
:E
w
::::>
o
o
40
LE.l(_ >
YE.R E.
VVE.~
vod c..ut<te
f l L0.$0fA?
Mt.. FORME EM
LETRAS PELA UFAL E
H$TCS'RA Pet o C:tsMAC,
~ EMPRE.40 ~ rtc.cJ50.
A. T.APOCA E O BEvj
7:Zo fa&A<;•••
MÃCEÓ, b.LA6,0AS: MUITAS H5'TC$RAS APAlX0~~1'E.S
~ ct:UE NÃO ~RAM DE ~E SUC..EDER.1 V.Ã~Ac:, VEZES
NFLUNDO NA HSTC5RA. 'DO SR.A«5 L •
SONS LtVR~ t=XSE~1/E:.vA A REl 1>4Zo A.S~UR_.
E EXPER'MENE. TmÇAR. Ã SUA'llSÃO =oaRE:
Mte.EtO~
.ES"TE úllMO QIJÃ'DR.~+O ~ SEU. USE-O!
..

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a As raízes indígenas de Maceió

Trabalhos uma aventura_no_porto
Trabalhos uma aventura_no_portoTrabalhos uma aventura_no_porto
Trabalhos uma aventura_no_portoNMBQ
 
1 caligrafia cole __o zigue zague_grupo materiais pedag__gicos
1 caligrafia cole  __o zigue zague_grupo materiais pedag__gicos1 caligrafia cole  __o zigue zague_grupo materiais pedag__gicos
1 caligrafia cole __o zigue zague_grupo materiais pedag__gicosVivânia Ferreira Ramos
 
Arte Grega e Romana
Arte Grega e RomanaArte Grega e Romana
Arte Grega e RomanaAura Lov
 
1980 navio caioba_seahorse_parte1-ARQUIVO UFO FORÇA AÉREA BRASILEIRA.
1980 navio caioba_seahorse_parte1-ARQUIVO UFO FORÇA AÉREA BRASILEIRA.1980 navio caioba_seahorse_parte1-ARQUIVO UFO FORÇA AÉREA BRASILEIRA.
1980 navio caioba_seahorse_parte1-ARQUIVO UFO FORÇA AÉREA BRASILEIRA.ELIAS OMEGA
 
Simulado lingua portuguesa 2º ano vanessa
Simulado lingua portuguesa 2º ano vanessaSimulado lingua portuguesa 2º ano vanessa
Simulado lingua portuguesa 2º ano vanessassuser0fbd94
 
Portugal jardim da europa
Portugal    jardim da europaPortugal    jardim da europa
Portugal jardim da europaAmadeu Wolff
 
Portugal Jardim Da Europa
Portugal  Jardim Da EuropaPortugal  Jardim Da Europa
Portugal Jardim Da EuropaCarlos Marques
 
Portugal - Jardim da Europa
Portugal - Jardim da EuropaPortugal - Jardim da Europa
Portugal - Jardim da EuropaRádio Sempre
 

Semelhante a As raízes indígenas de Maceió (15)

Portugal jardim da europa i
Portugal  jardim da europa iPortugal  jardim da europa i
Portugal jardim da europa i
 
Trabalhos uma aventura_no_porto
Trabalhos uma aventura_no_portoTrabalhos uma aventura_no_porto
Trabalhos uma aventura_no_porto
 
1 caligrafia cole __o zigue zague_grupo materiais pedag__gicos
1 caligrafia cole  __o zigue zague_grupo materiais pedag__gicos1 caligrafia cole  __o zigue zague_grupo materiais pedag__gicos
1 caligrafia cole __o zigue zague_grupo materiais pedag__gicos
 
Arte Grega e Romana
Arte Grega e RomanaArte Grega e Romana
Arte Grega e Romana
 
1980 navio caioba_seahorse_parte1-ARQUIVO UFO FORÇA AÉREA BRASILEIRA.
1980 navio caioba_seahorse_parte1-ARQUIVO UFO FORÇA AÉREA BRASILEIRA.1980 navio caioba_seahorse_parte1-ARQUIVO UFO FORÇA AÉREA BRASILEIRA.
1980 navio caioba_seahorse_parte1-ARQUIVO UFO FORÇA AÉREA BRASILEIRA.
 
Simulado lingua portuguesa 2º ano vanessa
Simulado lingua portuguesa 2º ano vanessaSimulado lingua portuguesa 2º ano vanessa
Simulado lingua portuguesa 2º ano vanessa
 
07cie
07cie07cie
07cie
 
As Estrelas NãO Chovem (Sm) 10 Ago
As Estrelas NãO Chovem (Sm) 10 AgoAs Estrelas NãO Chovem (Sm) 10 Ago
As Estrelas NãO Chovem (Sm) 10 Ago
 
Portugal jardim da europa
Portugal    jardim da europaPortugal    jardim da europa
Portugal jardim da europa
 
Dinossauros
DinossaurosDinossauros
Dinossauros
 
Portugal Jardim Da Europa
Portugal  Jardim Da EuropaPortugal  Jardim Da Europa
Portugal Jardim Da Europa
 
Portugal - Jardim da Europa
Portugal - Jardim da EuropaPortugal - Jardim da Europa
Portugal - Jardim da Europa
 
Ciência hoje 2005 à 2007
Ciência hoje 2005 à 2007Ciência hoje 2005 à 2007
Ciência hoje 2005 à 2007
 
Az-zait 18
Az-zait 18Az-zait 18
Az-zait 18
 
Depoimento de Carlos Alberto
Depoimento de Carlos AlbertoDepoimento de Carlos Alberto
Depoimento de Carlos Alberto
 

Mais de Myllena Azevedo

Certeau a cultura no plural
Certeau a cultura no pluralCerteau a cultura no plural
Certeau a cultura no pluralMyllena Azevedo
 
Ferrare Josemary A preservação do patrimônio histórico um re pensar Marechal ...
Ferrare Josemary A preservação do patrimônio histórico um re pensar Marechal ...Ferrare Josemary A preservação do patrimônio histórico um re pensar Marechal ...
Ferrare Josemary A preservação do patrimônio histórico um re pensar Marechal ...Myllena Azevedo
 
Barros Rogato A aventura do sonho das imagens em Alagoas
Barros Rogato A aventura do sonho das imagens em AlagoasBarros Rogato A aventura do sonho das imagens em Alagoas
Barros Rogato A aventura do sonho das imagens em AlagoasMyllena Azevedo
 
Cauquelin a invenção da paisagem
Cauquelin a invenção da paisagemCauquelin a invenção da paisagem
Cauquelin a invenção da paisagemMyllena Azevedo
 
Sant'ana uma associação centenária
Sant'ana uma associação centenáriaSant'ana uma associação centenária
Sant'ana uma associação centenáriaMyllena Azevedo
 
Ramos viventes das alagoas
Ramos viventes das alagoasRamos viventes das alagoas
Ramos viventes das alagoasMyllena Azevedo
 
Carneiro silva jardins de burle marx nordeste
Carneiro silva jardins de burle marx nordesteCarneiro silva jardins de burle marx nordeste
Carneiro silva jardins de burle marx nordesteMyllena Azevedo
 
Sant'ana efemérides alagoanas
Sant'ana efemérides alagoanasSant'ana efemérides alagoanas
Sant'ana efemérides alagoanasMyllena Azevedo
 
Burle Marx arte e paisagem 2
Burle Marx arte e paisagem 2Burle Marx arte e paisagem 2
Burle Marx arte e paisagem 2Myllena Azevedo
 
Marx nosso chão do sagrado ao profano 4
Marx nosso chão do sagrado ao profano 4Marx nosso chão do sagrado ao profano 4
Marx nosso chão do sagrado ao profano 4Myllena Azevedo
 
Gomes a condição urbana
Gomes a condição urbanaGomes a condição urbana
Gomes a condição urbanaMyllena Azevedo
 
Carvalho economia popular
Carvalho economia popularCarvalho economia popular
Carvalho economia popularMyllena Azevedo
 
Tagari andrade schlee sistemas de espaços livres
Tagari andrade schlee sistemas de espaços livresTagari andrade schlee sistemas de espaços livres
Tagari andrade schlee sistemas de espaços livresMyllena Azevedo
 
Lira Crise, privilégio e pobreza 3
Lira Crise, privilégio e pobreza 3Lira Crise, privilégio e pobreza 3
Lira Crise, privilégio e pobreza 3Myllena Azevedo
 
Lindoso a interpretação da província 2
Lindoso a interpretação da província 2Lindoso a interpretação da província 2
Lindoso a interpretação da província 2Myllena Azevedo
 
Lira formação da riqueza e pobreza de alagoas 5
Lira formação da riqueza e pobreza de alagoas 5Lira formação da riqueza e pobreza de alagoas 5
Lira formação da riqueza e pobreza de alagoas 5Myllena Azevedo
 
Saldanha o jardim e a praça
Saldanha o jardim e a praçaSaldanha o jardim e a praça
Saldanha o jardim e a praçaMyllena Azevedo
 
Habermas mudança estrutural da esfera pública
Habermas mudança estrutural da esfera públicaHabermas mudança estrutural da esfera pública
Habermas mudança estrutural da esfera públicaMyllena Azevedo
 

Mais de Myllena Azevedo (20)

PPT PF 08jul2014 2.pdf
PPT PF 08jul2014 2.pdfPPT PF 08jul2014 2.pdf
PPT PF 08jul2014 2.pdf
 
Certeau a cultura no plural
Certeau a cultura no pluralCerteau a cultura no plural
Certeau a cultura no plural
 
Ferrare Josemary A preservação do patrimônio histórico um re pensar Marechal ...
Ferrare Josemary A preservação do patrimônio histórico um re pensar Marechal ...Ferrare Josemary A preservação do patrimônio histórico um re pensar Marechal ...
Ferrare Josemary A preservação do patrimônio histórico um re pensar Marechal ...
 
Barros Rogato A aventura do sonho das imagens em Alagoas
Barros Rogato A aventura do sonho das imagens em AlagoasBarros Rogato A aventura do sonho das imagens em Alagoas
Barros Rogato A aventura do sonho das imagens em Alagoas
 
Cauquelin a invenção da paisagem
Cauquelin a invenção da paisagemCauquelin a invenção da paisagem
Cauquelin a invenção da paisagem
 
Sant'ana uma associação centenária
Sant'ana uma associação centenáriaSant'ana uma associação centenária
Sant'ana uma associação centenária
 
Ramos viventes das alagoas
Ramos viventes das alagoasRamos viventes das alagoas
Ramos viventes das alagoas
 
Carneiro silva jardins de burle marx nordeste
Carneiro silva jardins de burle marx nordesteCarneiro silva jardins de burle marx nordeste
Carneiro silva jardins de burle marx nordeste
 
Sant'ana efemérides alagoanas
Sant'ana efemérides alagoanasSant'ana efemérides alagoanas
Sant'ana efemérides alagoanas
 
Burle Marx arte e paisagem 2
Burle Marx arte e paisagem 2Burle Marx arte e paisagem 2
Burle Marx arte e paisagem 2
 
Marx nosso chão do sagrado ao profano 4
Marx nosso chão do sagrado ao profano 4Marx nosso chão do sagrado ao profano 4
Marx nosso chão do sagrado ao profano 4
 
Gomes a condição urbana
Gomes a condição urbanaGomes a condição urbana
Gomes a condição urbana
 
Carvalho economia popular
Carvalho economia popularCarvalho economia popular
Carvalho economia popular
 
Tagari andrade schlee sistemas de espaços livres
Tagari andrade schlee sistemas de espaços livresTagari andrade schlee sistemas de espaços livres
Tagari andrade schlee sistemas de espaços livres
 
Lira Crise, privilégio e pobreza 3
Lira Crise, privilégio e pobreza 3Lira Crise, privilégio e pobreza 3
Lira Crise, privilégio e pobreza 3
 
Lindoso a interpretação da província 2
Lindoso a interpretação da província 2Lindoso a interpretação da província 2
Lindoso a interpretação da província 2
 
Lira formação da riqueza e pobreza de alagoas 5
Lira formação da riqueza e pobreza de alagoas 5Lira formação da riqueza e pobreza de alagoas 5
Lira formação da riqueza e pobreza de alagoas 5
 
Gomes o brasil de jk
Gomes o brasil de jkGomes o brasil de jk
Gomes o brasil de jk
 
Saldanha o jardim e a praça
Saldanha o jardim e a praçaSaldanha o jardim e a praça
Saldanha o jardim e a praça
 
Habermas mudança estrutural da esfera pública
Habermas mudança estrutural da esfera públicaHabermas mudança estrutural da esfera pública
Habermas mudança estrutural da esfera pública
 

Último

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfCamillaBrito19
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptMaiteFerreira4
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 

Último (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdfo ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
o ciclo do contato Jorge Ponciano Ribeiro.pdf
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.pptLiteratura Brasileira - escolas literárias.ppt
Literatura Brasileira - escolas literárias.ppt
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 

As raízes indígenas de Maceió

  • 1. s: ili _, - - - - - - -- ---
  • 2. A História em quadrinhos da capital de Alagoas dições C atavento - - Douglas Apratto Tenório Enio Lins (desenhos) Leda Maria de Almeida ---- - -
  • 3. © 2003 Douglas Apratto Tenório, Enio Lins e Leda Maria de Almeida COORDENAÇÃO EDITORIAL Leda Maria de Almeida DIREÇÃO EXECUTIVA Lucas Lima Simone Cavalcante REVISÃO Ivone dos Santos DESENHOS Enio Lins CAPA Leo Vila nova A lmeida, Leda Maria de; Lins, Enio; Tenório, Douglas Apratto O que é Maceió? / Leda Maria de Almeida, Enio Lins, Douglas AprattoTenório Maceió: Edições Catavento, 2003 ISBN 85-7545-047-6 CDD- 981.35 Edições Catavento ltda. Rua Valdo Omeno, 332. Ponta Verde (Sala anexo ao Ponto Central - livraria e Café) 57 035 170 Maceió.Al.Brasil. Tel/fax: (82) 327 6680 e-mail: edicoescatavento@uol.com.br Impresso no Brasil
  • 4. Redesenhando a história ma salutar parceria com a dupla de historiadores Douglas Apra:~1 e Leda de Almeida, Enio Lins é aquela cabeça brilhante que nos revel.;.., irme e mansamente, histórias alagoanas. Da mudança da capital de Marechal Deodoro para a atual Maceió ou d? meandros das relações incestuosas entre a Coroa portuguesa e ·· .,,'.*~; . noss ·'ffspírito libertário (não confundir com libertino), o homem sabe : ·-i·.f1do..~ ono d: um .ª~lomb e d~ u~a ele~ância surpreendentes pa:a um ' : ,~ ·~rt ·. ta, Eruo pos1t1vamentee mais que isso. Produtorcultural, agitador eza, foi responsável pela minha primeira ida a Maceió, para ar de um salão de humor que ele havia criado. . Agora, depois de experiências pela vida político-administrativa aq<; ;'.,. .me consta foi adido cultural nos governos Suruagy e Lessa), nosso if ··: · forte do cartum alagoano investe numa recontagem bem- h · ··~. da da História que não foi contada. · .· Conta com o apoio, nesta empreitada, da premiada dupla de historf dores, Douglas & Leda, o que só vai acrescentar à sua verve o imprescindívelrigor histórico desejávelnaboaliteratura. Quem sabe esteja nascendo deste trabalho um outro, mais pretensioso, que pode abarcar as linguagens já consagradas como teatro, cinema e - por que não? - as virtuais do CD-ROM e as 11 que porventura venham a ser inventadas11 , como somos obrigados a assinalar, hoje em dia, emnossos contratos de cessão para difusão de obracultural. Como todos sabem, estamos atravessando um portal para uma nova realidade, tanto do ponto de vistasocioeconômico quanto do político e do tecnológico. Nessas horas é que se tornam indispensáveis o conhecimento e a profundidadena concepção de onde viemos e paraonde vamos. Esta é, sem dúvida, uma belíssima contribuição para um povo prestes a retomar emsuas mãos o próprio destino. Paulo Caruso São Paulo, outubro de 2002 'º-w u ~ w :::> (] o 3
  • 5. ' -·-------------- -- -· - -· - ---_.......~ .-. -..- - -- ..- --- - - uu '"''"" UI.,,, ,...,... nn ~ UI '~~ ~ ( / I{ . ( 1 l ( 1 uM PoRTo, tw1A}E$TAOt:: 1 1 1 1 1 t1 ) - --------s .s; ( 1' .( ( ,. JI J 1 '1 1 ,,.....___, ·~ ' - :::.:> - • ~ ,,,~ ' / ) ,,, I I , UMAPoRTA, QlJERt;.S OZ.ER • •• 1 1 1 1' 1 { 1 1 t . 1 1 f 11 1 1 1I , 1 1 l UMA lbRTA AEERTA /:t.t:>S NEC..,.óc.o5 fEITOC.,,'A RE.VELlA- DA coROP.~ 1 ' 1 1 PoRTo ou fbRTA; QUE~ coNfRolAR E.SSA COlSÃ- l>E NOM~ qENfO 1 1 • -w ~'W w ::::> o o 5
  • 6. - •• ·O -w ~~ ' ,, ' ',,, • • • • • • • • ~ENH-0" DoM Pt;.0R.01 5E~UNOO NOSSO~ AF.QUl/ô&, i:; IN~e.RA Ã ôR~él-1 D~SSA fOlOMÁO AO SJL '{)~ PER~/HBUGO, PRóxMA A UMA GRANDE. ALAG.OA· Pof<-51N.AJ..J ESSE ~O t-l<>ME= t>A Ré41$o: TE.RRA DA<:> A' A.40.A.S. Dl~PÔE DE UM ÓIMO ?ORTO NATVRAL) JARA.4UA',,• . t NA$ MATA<õ lt-lÓ$f'ITAS D~SÂ Tt::RRP.... E$C.OND~-5t; o ~USTADOR E sue,Ve.R.~IVO QULOl180 00$ PALMARc;s•• , f6iaTo CALVO ~7'---~ HOLA4OESE$ MARCJ.A~M AAPA'10ÇARA t= -SARAfoüK tM 1b40 ~ .- 1
  • 7. __- _-_ - - - ___.,..., - _........_ - ---- -..... - - - ---- --- "' ·...DO CONT~Olt OFiCiAL. OS PROJfTOS D~ fOP1 Ífl(JÇ.Ôt5 ~M JARAGUÁ FOR~ fE.TOS CONFORME KANDARA ORE.I, MA5 flCARAM NO PAPEL... -O - w :::> o o ~-.-:----------------------------------------~7
  • 8. 8 ...AO CONTRÁ~IO UE OU1~0~ t1ArAs' QUE. E.N~~A-RAM, DVRAN1t. o~ S(tULOS X~lle.X~ll, O~AMlNHO Pf.LO MA~ A.1E A ENSEADh Dt.JARA.qUÃ - ' l • , , J / ' , , 11 1 • 1 tio t~ftO vo s€tULO XX, NAfOLt.ÃO .5Aeoot AE.UR09 E A ÇWJE. ~ESA fO{jf rARA () BAA~L • '. . , , ! t f •- ~ -, ..... y. •." ....·. • oº. r•·~•• ., • f • • . • o. ·' .... " . •1 ' ••• ,,,,,., " ,• , 1 ,,11/JJ1,, .· , •• ( ,.,,,,llt''- ' .....' "........ ~.. • ·~, ·-.•. •. ,,,,~, ,/~,, ,,,.,, ~ • N<3TALADO NO FílO DE .JANt.RO.. OOM !Ok>Toc.A O Rt.NO, : 05 f>ROBLÇ.tVACO SÃO MUOb11 --
  • 9. • /JoriVdÃo, r>R~u?.t:. i!E(it;~TE:j ACUMUA fOD6.R ~ ?Ro-e~MAS co~ e FU~C.O~tvEN10 DO 40VERNO NO !.RAS l... qc>/E.'RNAVA ~M ~E.R REI ~ )~~'TO, 'ft:>$ SUA MÃEJ. OONA MARAJAINt>A. E~A A cABS:ÇA <.OROADA1 ME:SMO l.OUCA. SUA- MUL.l-ER1 e ARLO ~ ~INAJ RA~VA A -r=AVOR tÃ- E~?ANM. CcM s.uAc.A'RA De. ~A, DoM -.JOÃo rot t;N~l3E..LÂNW QOO '<'VN.W k: R~so-Vt:NDO A$ C.OSAS A .SEU FA'v'O~ iS1~, A~o. U:.C.S:.lJD º A EU~OPA S.E 'Rt:.o~~At'ZA .À~!:. A PE.R~TA t>t NAro~to E fbR1.Jú.AL ~ o R.E.O~NO ~ CoR'E. PA~ L!;30A• ~SONADO PA~ t.~C...6R~AR S6V t:xl..O ~OPCAL; O?M .JQÃOJ t:.t" 1°lt>E. ~t;.2.t.M~O i:>E 'S"51 PROMOVE. O BRAsL 'A CAT~RA DE 'REO Uf'Do A fb~lX:,-AL ~ Ã.!':ARJ~S I t=NC..~~ 15.S1"' 5ü.A CCN~$0 DE. l=X L.A!:O SSl-A 1'tC.EbSPAPE DE. DJ;;XAR. o ~O D.S. JANt;;Ro. A€ ~N'DE.RA N.OJA "tt>l ~ADA ••• ENTRh. AS tv)TAS QUESTÔE.7 DEGlSÓRAS 'DE ~M~ITO lTERNACONA.. E NAGONA-L 7 EX'5>TAM KÚME.RAS> DE.MANDA"=> LDCAtc;, ADMNISTAATVA5 E PROYNC.ANA-S,.. j'=>SM; flAGXJEu.;: A4T.AOO r!M DE ANS t>& 1&15, EM S PE ~Z.EHf?~C>, .t9"". 30Aú ASSINOO .l"A ~USMA Ot;. fA?ÊS <::>t=tC.lA'";> t:. VENTRE t:SS~~ 1 -llNtO.l NUM MéSMO"ALYARK R~Ío'' A E~VAG.ÃO 'ÃCA::qORA t>l: VILA,., PUAS fOVOActoE<; Al.Ã~OAt-AS~ MACEld' E =FoR0 Ol;. f't=.DRA':> - VVAf VAMOS• FAZER UMA SORJ~IJZ.A DA f'AAA FESl~SAR 181~ .ESTOIJRA VMA R~VOL.~ NO NO'RDES.E,cOM E'?lC.ENRÔ" NO R~C.lff: 1 E$PAl-H4NDO ~t-1 S.EU5 DEAIS RE?U6LlC.ANO~ E LlBE~I<;.... ,.,JM C:ô5 Ltbef?e51 PAD~e. RottA, vi~A PELA fet4Ão DAS Al.AC::OA~ PREGtANDO A REBEL~ =VA(" St.GUé PAAA A e>A.HA, o~OE ·t ENAAAGAN.la.R A AD:.SÃO DO 'JlCE..RE W ~ÍL, tx>M t-'tAR~ MENCoN<fA10 tM(IE.L ~oe. t>OS A'fifc<:h1 ~ve. COt-lft~f'M SUA f"AMA, M.A.N1>At--OO R?E:ND~ t fUZ LAR ~EM Dcl..ONéAS Nosso,. lf'TRcPI bb rAOK~ ~VôlUC.loNA"RIO. 'º u.a :::::> o o 9
  • 10. • o-w u<( ~ w w ::> o o 10 -A V..tJDLTA NO NOR-DE.SE! E$7E Éo PRO&..EMA ,,.,. •lk • • ..,. ACA-?TAL PoDt; t==l cAR.. t:M PEN'E.00"' - <::> - I I () .o o "' o - MAJE.SíA.D~ 1 00 lOOíO )6 Jls.Â. MLA.~, l~~HO$ ~>/E. ' os~ De ~'?-<"P1tl -t:STAlv05 ~t' N,:,,..oSO & "TEMOS QU~ '1E~C.~ R N.i ft>L(TC E.~º"' • , 111QUE. SEJA. OROENAOO AO C~Dt ros AR<:.oS, . OTcRMl~O DAS -EXECU<;.OES... 111 EVAM()'j R'E.1oMA~ O PLA~O DE. OIVl~ÃO VA ÃRE.A NSURbE.NTE.., E9;A t;,...& NOVA PRo'/C..NcJA "ºº ~E.U FOJO f.lâ~ Ão k <4RATO f'E.L.à EtvANC..~/Sc::' ~~ ~UNCA l-'AS JA WeRER ~tt:..RFERR ~~No~ ~Gc..,sõi;:s oo )o o PAfS E: ó.BC>Mlf'lA~ A R~f'ÓS)...lc.A ,,. ~~E~ foRTo GALVo? • ~~ ~~-,.. __;, ,.,SE.~~E~, UM ~UMg.s{O DEF1Nl1VO> FOR FA/OR ,,, <ô
  • 11. • Periódico Maceioense A verdade nua e crua Nºt I I AS RAIZES INDIGENAS ajussara, Pratagy, Jacarecica, Ypioca, Jacutinga, Suaçuy, Guaxuma, Jatiúca,, Manguaba, Mundaú. E tão forte a presença indígena na toponímia e na etimologiamaceioense e, no entanto, nós nem associamos esses nome às nossas raízes indígenas nem à herança que nossos antepassados deixaram em muitos campos de atividade. O próprio nome da cidade, Maceió, corruptela de Massayó ou Maçai-y-ok, é de origem tupi e significa "o que tapa o alagadiço", explicação para a restinga onde os nossos avós caetéshabitavam antes da chegada dos portuguesas, dedicados à caça, à coleta de frutos silvestres e principalmente à pesca em nossas piscosas lagoas e no mar que lhe cerca e embeleza. I I APRE-HISTORIA / importante salientar as características do nosso .,..... complexo lagunar co1nunicado com o mar, que -representa um ecossistema rico em recursos naturais de flora e fauna e que foi, desde a pré- história, até os dias atuais, uma região de atrativos para as populações. Antes mesmo dos nossos avós caetés chegarem, nossos bisavós pré-históricos já ti11l1am percebidoisto, hámaisde 3000anos atrás. QUER DIZER, ELES SÃO MAIS ANTIGOS QUEOSÍNDIOSCAETÉSAQUI? Sim, os desconhecidos senhores do território maceioense co1neçaran1 a construir os montes - nos quais deixaram registrada sua passagem por aqui há muito, muito tempo atrás - e SAMBAQUIS são conhecidos pelos arqueólogos como sambaquieiros, ou construtores de sambaquis, de samba (mariscos) e ki (amontoados), em tupi. Na verdade, eles já eram um mistério para os índios que os sucederam. Quando os primeiros portugueses aqui chegaram, já haviam desaparecido há mais de mil anos. Sabe-se quase nada daqueles nossos bisavós que um dia ergueram os montes feitos de conchas e restos de animais, utensílios e mesmo de sepultamentos. Viviam à beira-mar, não tinham estresse e se instalavam nas margens das lagoas e inatas de encosta, o que lhes garantia comida o ano il1teiro. Há registro de vários sambaquis em Maceió, quase todos desaparecidos com a ocupação dos nossos contemporâ11eos. Mas ainda é possível encontrar alguns como o da margem esquerda do Canal Grande de Dentro, Sítio Areias, no local denominado Caboclos, um sambaqui grande, um enorme amontoado de cascas de ostras, maçw1irn, wilia-de-veio, taiobas e restos de cerâmica, colarese resíduos de carvão desuas fogueiras. - ---
  • 12. ... ·C -u . < e e u u -- ''1 2 SURURU DESPINICADO QUALAORIGEM:OENGENHOOUACASADETELHAS! assayó era o nome do engenho de açúcar do qual se originou a cidade. Antes disso, porém, no período anterior à invasão holandesa, lá pelos idos de 1609, havia em Pajussara, perto da enseada das canoas dos caetés, uma casa de telha pertencente a Manoel Antonio Duro, a quem Diogo Soares, Alcaide-Mor de Santa Maria Madalena, doara uma sesmaria. Escritura pública de 1611 con1prova já existir dois anos antes essa casa, falando o documento num outro homem que se estabelecera ali legalmente e que o sesmeiro era obrigado a respeitar, caso a demarcação que ia se realizar llle alcançasseos limites do sítio., E igualmente importante saber que a sesmaria de Manuel A11tonio Duro foi transferida a seguir para o Capitão Apolinário Ferna11des Padilha, antigo proprietário de terras em Maceió, que substituiuo antigo sesmeirona posse. Após a expulsão dos holandeses, e da sangrenta guerra que assolou o território alagoano, pois éramos parte da capitania de Pernambuco, a Coroa lusa decidiu preve11ir-se de novas investidas estrangeiras, providenciando em alguns pontos de stta colô11ia alguns fortes militares. Em 1673 o rei D.Pedro II de Portugal ordenou ao Visco11de de Barbacena a fortificação do Porto de Jaraguá para coibir o contrabando de pau-brasil precioso produto da época, abundante em nossas costas- que era feito com a ajuda dos índios. Os recursos não vieram e a obrafoi adiada. I A OREGISTRO NODIARIO HOLANDES No longínquo ano de 1640, uma tropa de reconhecimento holandesa percorreu a costa alagoana desde Porto de Pedras fazendo anotações que servissem para operações de guerra. Atravessaram de canoa os rios Santo Antonio Mirim e Pratagy e seguiram a rnarcl1a pelo caminho do Poçoe Mangabeira até o Carrapato,hoje Jatiúca. Descobriam com os batedores uma linda enseada de águas turquesa. "Aqui é a Ioçara. Ali é Jaraguá, onde tem um paço," diz um batedor índio no diário flamengo. Com a maré cheia,fizeram urna hora de marcha de Ponta Verde a Jaraguá; do contrário, o fariam em meia hora pela areia dura da praia. O passo seria tlm armazém, 011de antes havia o embarque de pau-brasil. Ouseria a casa de Manuel Duro, de telha e tijolo? OPOVOADO INICIAL Foi exatame11te após o fim do domínio flamengo que teve início o primeiro povoado de Maceió, através da construção do engenho de açúcar que tomou emprestado o nome indígena dado ao território da restinga, no local onde hoje está situada aPraça D.Pedro II. Certamente algum sesmeiro de Santa Luzia do Norte resolveu procurar novas terras para fundar um engenho de açúcar ena margem do riacho Maçayó construiu o pequeno conjunto il1dustrial. Até n1eados do século XVIII, Maceió seria uma modesta povoação em torno daquele engenho, célu1a-1nãe da nossa capital. Havia ali uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres, anteriormente sob a proteção de São Gonçalo do Amarante, santo da devoção do primeiro proprietário. O modesto povoado evoltúu no início do século XIX para urna pequena vila, constituída agora de um conjunto de ruelas e habitações rústicas, com grande cobertura vegetal, mata mesmo, rodeando as casas dos moradores, com um terreno extremamentepantanosodenominado Boca de Maceió e os mangues da lagoa. O movimento comercial ia aumentando, servindo de confluência da produção agrícola dos vales do Mundaú e do Paraíba e dos demais rios de açúcar, cortados por dois grandes caminhos abertos ao acesso da penetração pelo sertão, co1n diversos núcleos açucareiros marginais a lhes procurar para escoar a produção. Daí o mérito do Porto de Jaraguá, que definiria a sua importância como pólo hegemônicoda economia e da administração. Sendo necessário passar pelo povoado para ir ao Porto de Jaragt1á, Maceió foi progredindo, ameaçando ultrapassar em importância a Vila de Alagoas.
  • 13. • - -- - - ·--- - - ~ EM 1s1e, S~Só.$2'? DE:. ""t;.LO ç B:5JOAS, ?RMb.~0 PR~~Oe~E.(C.Ot-10 ~~A. Q--Ã~ o GtoVE.f<.NA..DO~ Nb.qx,JE..A f!fOCA) D~ ~Lb.~OAS l)RC:t6-4b{;.. A SEU .Q;O..tb. CAPTA... t>A ~c:NA ?~O/lNC.~ 1 AC..lDAn;;;. OE A'~-A4CAS > MAS,,, ' 1 ~ • @UANIX> P&~SA ~M si; PIRC:tlR 'ACAPlTAl1• FICAS A~l, ~UM ~ CttUl?A.-;;==; .I' 1 li - -, 1..-?' t.. · ~ - /, --~ -- ,, ' ' E. t-Mio.R DO <'U~ IMAGINÁVAM0S11 E PE:NA 41JE TENHA SIDo REC.ôN~EC.OA C.OMO VI LA 1--." APENlS !(~$ ANOS111 ?E.ROEMO& MUlíO TS.MPO••• (J ll """""· l -o- -w w :::> o o 13
  • 14. r ..• 1 '•• • 1 l • • e ( • -------- ~ 'º-w ~ ~ ,w w :::> (J o 14 MAJESTAbE1'EEaS6 NA-V o ~ÍA PerJ>Do PEMAS! -M~ /oç.$1,,, 1 l 1 ' DEVIA l=AZE~ Utv ~t;.él ME.t ",I ~ flRôv(.NC.,A D'f:.~S FOI Of-M. t:AS f'IOt-lE:AA; t-to PROC.~SSO ~ ~Oê - ~t>~OA ~ ~ WrtJIA ADAN'T~OO SOA JUt-lTA: <:tCM;~N~TI~ ~M 28 DE O"Jl.HO pe.1ez.z., À~ AitVIDAt>~S ()S .,O~~~'rÂO NÃYA.L l:M A'JVÇAAA <4ERAM BDAT05 )~ ~ç: t>s tou:>!'AS VlRAM AiACAR.. O ~/OAt:>O O.~ tvACE.Cf" l>eVI t>AMe~ /POIAPA EM Af!.MAS so& o CO~NOO OE MANVê.L.. MENOES. DA f"O~<A (e.tVADE fE Â~<o//;. <1:l>fTAl..) "'~ Jf:.RO~IMO CAVAv:.Am6 (E.M MA<:EIO') , .,.,,.,,, / O POVO ALA6tOA~O V~ 1 f>El.~ 1>A N? PRtMEt1<.A v~z., A NOv'A BANt>E.1~ NAC..CNA.., iAAZOA- A~ JA'R.A~IJA.- ~ UMA ~ADRA t)r;: ~ ~AV(oSI C.OMAt-lDAOAt,.; PELO c.Afl1IO JUWERT 2 DE JULHo OE 162"1, Nt,iA1 NO Re:.FE,A- CONFSOE=:RA410 DO E(4)..JACOR.1QUE.TEM E:NlRE. ~Eus i.1'oeR.E$ FRts c..ANe.<A, RF;:YOLUCONÁR.10 .SOSREVl- YE'N"tE oe "e1~. ~ E:LThS AlAqQA,NA? , t:M SUA MA0RA 1 COMeATI: M OS C.Ot-JfE.t>t.R.At>O$1 P05!C..l- ONANDo-€:.E Ao LAt>O SlO G.ovs~~o Mf'f:.~IA... . - . . • •• • Dt.P01$ PS DURAS SATAt' AS ·~A RtLVOL~A:;) Ê De RfeOTA~. fRE. <ANECÃ & ~UZl.At)O,, f'fO ~t=:.1Ã 3 DE.~ANEROD6 825 .'-.. ..... ' ,.. , I .• -... , ', N.llb T6.l?AA~ ~AN>t'b 1os D&RfiaJTA.lX::6 $0~~M o t>1Aao. MANOE,.L. VláRJI.. ~Â~ E"~~ t=-t..~ MACRES ~~"" P~eses ~ sB.)êN66]J~ (~~Nt>l>O ~-e...Ã> E~l'>C&~ 1 ANÃ..~~) ~t.6.'Nt>l~?Ô.. , .ACOMPA~~ADA t() 'FILHO MSNOR DONA A~ flCOU f'~~ NI CAt>EiA 'DA CAt>TA... DUR,Ã.NTh S~IS IVES~S 1--0E. A~'Rli ~'6~1.., ?~D~'J:. A'Bt>l.f.t t~OkN~~ ~~AL10..,00 Rélt.JA-RJ-~1$ ()E MUli/ UAA- CoMO PE~llI 1'OE 2~ Dt f'/W..O A l:~QUANiO t.ssts ANOS AiRIBULAC::OS )KJ PAS$ANOO, MAC.~Ó CRES.c..E. lvAS ~P00 QOI:. ~ ~MA.$ C..D~OES ALAGOA'NAS '" J.~ QE <E.aEMg'tO DE 12>3.'i1GA~DO MORR.E. GM ~WZ
  • 15. • -- -- - - - - - - ----------------------- , Sf.NHO~~~' ~ ~~ DI:: t>EC..SÃO f • I -QUE OtOFRE PROVNCAL-. SEJA ~F~R 00 PARA CA;r 11--- . --·- - -- ...~ -·---- - / / .... A'"10$TINl-0 PÃ- ~LVA Nt:Y~S 1 o f'R~S l>E~E r • VA ~Olt NC,,A.- ANDÃ 'DGSt>AC..t~N DO No f'Al.ÂC0 ?RoVINC.IAL NA CIDADE t>E ALA.qr:AS1 AS?fM,t!'A 2,1- Dt OUTlJl)ROD6~ô~,A1RANSfE.­ R€Nc(A DO eoFRc 'PA~ MAC.80~.. À f.AITPMO IOt#t eo0íA. D/>€.~~ )i>t eA?ltAl. l>t1ifTUÍPA ~ No t71A z~, oMAJOR.t-JANUEL DA tQNSELJ.r A™A o íl>YÃO E AfR710NA O?RE71Dtt-ttE NtvfS, N~ ~ ,"Sos€;..AVAR'f710AS1<:J;; ttloSILIZA t-<7MA'f;/f;,11 . fRtSlPlNí~ A~$TlNHO, 'VOCÊ ESTÁ DEST11UÍt)() t 00 CARC:.10 EP~SOf . .. ' 1 MA~O~L I ·I voce.~ E~TÃO ·11 1 ~• LOUC.0$? . .. iNDiCVUE A ~OTA, CARO SNlM~U, SEQU"EMOS 5UA E.X"PERtNCA E' SUA '1U~EN1UD~"' MAtt.Ó EACAPITAL DE fAO 'rtÁ MUiO'S ANO$, fGOR A OtVE. S6Pi OE t>lRéliO' _.,.-···· o --· .. ·-- - ------ o ----- - - -t---..·- - - -- 111 tM ~ld, C14tGAM AS NC5Tl-1 ÃS ~ó LtVAN1E111 . . E:U ~ÃO t:>ç,.s-1::?' OS ALA6CENS'E:5 ~!-lDOIDE(E.RAMr• ASITUAÇÃO ESTK FoAA OE: ~OL.E~ ~UE. f'AAE.Mot> ? • 'º-w u ~ w :::> o o t.....,L_.:o...~ ~~_L:...__::::::.,:;::::._~~~~~~-_J 15
  • 16. .( • 1 l •• • ... l • • ( ( • ,,NAS RUAS t-'OVIMf.NfAOAS PA VILA t>G: MACJ;ó..• 'º-w u <( :E -w w :::> CJ o - PIZt.M &l.}~ TtM MUL+ft.~ NO M~·,o Dt.SSA GlER~ ?t..A CAPl1AL"' ' 16 ,·-/ '.~ ~ • Q e Mô<;.01 f'oSSO TôtJAR DE ~CONTA DO LAR~O l)E Bôl? • •
  • 17. • • 'Joç~ TA.vAR6.S 15Asos, NA ~.IALIDADE DE S9 llC.~> _CoNVIPA 0f:((..AL.M€Nif::: 0 SE.Nl-o~ SIN 1M~V 1 C.C-40 ~ i:>Y1cE., A Ass1.>M1R o ~CARGO ~ 'PRt:=.51)ff'STÇ' E= t>AS AL.AGoA.~ ... NA C!)Ai)E bE A.LAGtOAS ,,1 . tS<;.UM o GtoVE-p,NO DA'PROVINC..IA,,, t:!v MA.C.Eid; pOS A A~Sl(:;A CA'PITAL N).(o Tt::.M qARANTIDo A AUTO~t>APt=. Do ~t:61Pf:Níl:) c.OMo s~ ?oDl:: vt::~ NO ~ SLJA {'lE.VES .. . ----::- -------... -------- ---- ... t.1'4>'J.ô.N10 l'lG<s ~ll<STDORt-S1 A'TEA fbLÍTICA VA:t s~Nro rtcH-ADA t DEfNIDL A 'Rt:t;tLlÃo t>.L~'C:.~SE. :É qRA,YÇ;: E. ~e.us L(PE.'RE.S Dt=VEM RESPONDER 'POR. SSO.. SAE>:..-10$ ~E:, ~H Jt>St: TAVAR~ f3A~IO.S E:: O "1M~ MANOEL f"t>~e::A -SA.O O.$ CABEÇAS Ili "' 006~ É. UM A'OYOqAPO S-R~A~E J ESTA" ,, st. C::.RCANCo DE C..J t>A~os 'E --llJ..S.'Tr(.ATVA'j LE.qAS PARASaJS A-10~"' ' 111 O MA-JOR. t::.~íÁ O~O~<G.RTO, C:.OVO Ml..11AR.. NÃO TEM ~Cf..DA) A-K>RUINocJ-S.E "' ' POD~M os f>ROFOR. Ut"A 'REN"Dt~O 5~1" ~UM~Õ~S ·<J~ TAVAR.E~ 8.ASTOS .$Ão Mf>DRA~)~.$ ~ PROVÍNC.°IA E O tvA.0o<.. f DNS€.CA "f'o!)E. <:.of'.10U2. R A 'RE.?.E.t.:JS'c> PAR.A 1-cNC:fE DE- UM c..oNFROp.J'fo AR~~º" ' . -::..:::... ~ -MtNO$ A 'lP.NIPADE> S'é:N~ORES~ Ot-MbR ?AGAT<J( f>OR OUCS,, , '" t-}.A~ DtV'E lcl Jtv 1QG'I 9tSCCNTQ ~b. NOS t=.VITA?i 0 t'~~j(Z.O í)E .}fV U)lV~lE A~Wt.. h~AL8J~M ~M DE. -PA6ÁR. . ·~:~~. ?e.LA APRoNl'À Po tv'IPE:~DOR t ,, . f'M.t-Ot:.L.. 'lt.M NOJE. 'Fli..µos I e: filJlAS f'os.sc.~, S.A~~ SE. ~AC.Rç:;~AR. PbL() F=JTJRO VOS cst.us"' ~ ~i<Á tlE. 5E:'R PR~~ 1 11 E 1S ::. N() W't.l~O 5t.ÜS f 1UO~ QJl~~Jv JtN6A~ ofAi• ~s.o NÃt> A~lST~a;~, ffilS O> TQRNAReMQ; .r:::zr- ARu+A-i)ct.:> tio tM~AADo~ r 'º- w :::::> o o 17
  • 18. ~ -o-• w1 u( <~ :;E•.. -w • w~ :::::>• • o( ( o • 1 EMC..INCO DIAS' F'NCOU AS~DlÇÀo AlAqOENSE. SEM Afl'.)10 'DA$ D6MÀIS CDÀ-1>5~ A'-Af+:;AN~~ , C.~cADA '?DR iRO"PAv t_}I TERRA ~ M,br~, À<& ~AN~~j~ ~ AARA-'DÀ~ 1~F~)1AS A~ 'BARRCA~<Q E À~ A'RMA<õ DEVOLVI~ M> A~SENAL SEM TER f~TOYITIMAS Ac:.osT1l'lkº Nev~«:> ~ ~éc.EBJVO COM Fl:.SiA t R.8bMA O~OCtS~O l>é OfC.IALl2AÇÂO DA NovA ~'Plt'AL., tONC.LUlbo J;M 9 T>f DEZ.E:M~Ro DE 1esg ~M IS401 SILVA NE.'VE.S ~SSA- O GDV~RNO fA1CA S!NlMBV f PAR1E YARA,, AfAM~A . , . . MACt.0 NC..IA UMA NoVAFASE EPANtJA~EU E.M~Lt.1AMEITTO NA At'l1~A CIDADE. DL:: A~oAS, OMlWt>R MANUEL 'D'é.XA A NUM!;;Ro.sA- FAM'L..A- é ~.>~A 'PARA 5l;. EN1Rt:~R LDN~E DA t='ROVf'NC.A ... - -- - -' <:> ' - / •" -- fRfSô E Rt:St>Ol-ll>f.NDó A PRôC.1C.SS.o N.O RIO D~ ..{ANt:lRO , O t"AJoR tvP-.~Ot.L DA FONSEC..A ~NM ~VSCAR, A FAM(LiA. PAqARÁ SVA CONTA COM JM BoM D~CDNT01 fülS Mt;.SMO CON"Dt.NADO 'A cAD~ÍA1 SGlJS (::LHOS HOMt.NS (St:S) T~Mo {) ~t.ITO A ~scq__LAMLITAR- l'-A CAPITAL Pt:? !MPt RO, ot--t Dt;. ,DONA RQ:>A t:A fO~St:::CA k A PRd..-E. RES Dl R.Ao I DONA ROSA 1Ot'-fV0 CJ5 E$Pt;'RA- -.. fARA Lt;VA:.Locv AO r:=::::::=::=:::::::::::~=:::::::::=::::::::::::==:::::::::::----1 JAMO$ DEOOOF0, NÃO FIQU~ 1RSE k~A<{)U A Rio .DE JANEIRO --:? 50 AMOS NNqUfM /AI 51: l~MBKA~ DES$A-t--'t:::oi REVOL1A CON~ O MPERAt>OfC!. -..r ,.-. 1-;iÇ)J;' . '-'...I ~ . '. ~~-~'C">~-§~:=-=~~~»J ~ &1;1 A' ~(, • • o o & ' •' ,,. .. v ..... ,. ' -- ,,.. I , ' () o ~ .. o o.o " • -
  • 19. ~M 1e4q, Nevo CDNfROt-ttO , DESSA YE.Z COM TIRO~ E. e.AIXA~ <.. 11oR.OS t FERIDOS). F A <-.ue~ ENRE l..~ôCS(CO~SERVAOO­ ReS) 6 cABE.LUOOS CLtSERA'ô). NôVAME.Nit:.15~ iA.JARt.S:. BAS.itf:. E. : S.INIMSU,,, IGRE'1A dosMAilR0$ ±1880 A.ITTE.S a 1)Çf'()S DA ~Ué~RA, A~OVA CAPITAL ~tVE. A FEBRE. PAS CONST~)~Õ'E.S .., 14~E.J" fl, $a.. !.:x> R05"R0 )O~ ~$ 1e:ro - Jí1 • • : . QU~RO Mê.U ~ALAttre ---~-· CtUPAN00 A , ' '• JSiA bO e.H-A10 vo e:A~ t>E A1ALA.A! . :co::::::::.: ~ =~- :"- , -- ASS~MBltA LEG.l~lATVA, 1B51 CON<SOL lDADA COMO CA'IA...., fvAC.~Ó 5~ t.QVlPA IA PAP-i1lR DE- 18'10 COM lMFO- ~E.~S EDtFICA<;ÕES NO CE.NT~O UR~AflO ·O - •W w :::> G o --~~~~~~~~~~~--.. 19
  • 20. ~ 'º• -1 w ' u • 4d: • :E• • 'w 1 w • ::::>• ' o e o 2 f:M 1559, o PcO DO PROC~5SO DE t.MERE:ttl'lC.i A 60~AL : O CASA... MPE.'RAL- V1$lTA ~C1=10... E l~AU<&URA P... A ~E:<":UNM META1Vb. Co, NOVA CATEDRAL EM !:>1 DE= DEZEMBROJ PERNOITANDO NA C.lDADE., OND$:. f>A0::11 o ?Rl~EIRC ~~E"IRO Dt: 1~, GX>At-JDO Pl:.DROU 'PA?6~A t'E:LA CAPITAL ~l::GULO XI> YA Wf-tAl'fOO 1<ÂPIDA l:. AIRBULA~, ~tv A~ QVE:~t.LA.S LôC.AI~ C.C.t>EN{X) fSPPc,0 {>ARA 0$.. <=-RANOt.S Côt'<'FLTOS ~VE A~LAM o l'AÍ51 CôMe> AE?OEReA DO PAAA~V~I (1804- 1~=t0) I: A CAMPANHA ~A A .ÊSC.RAVATURA- . ,.. EM 15 oi; NOVE:.MBR.0 DE 188<3, A MONAR~UA E DE~Rue.APA-. D~OtlôRO, FILHO DE MANO~L E 'ROSA OA rONSE.CA / E O PROClA- l"'AOOR ~ R'6.PÚ.13L<:A EX-MAJESTADES, O NAVIO ''ALA<:pP.s'' l:.)T P~D~iO PARAL&Vkl.05 AO fXILQ.11 ~ E.5St: NOM~ Me Lt:MBRA ALcto... 111NÃO SEl ~E HÁ30 0)50 A~O$"' V / I ;· . ij ...E5QJE<fA! , ~ ~ -~- ""'"VT" ~ !. - · FSTUDOSO OE 4E.QG~A,., () ~IME.RO ~OVER~At>OR ~ROEU O RUMO ~S BR~AS PoLlT<.AS l...DC..cl'ó, EXôSPEROü-5E1 EMPASTE.l-OU JoRNASJ RéNJNC..Oü ,,, g! li n n "AS PRO/NCIA'ô PA'26AM A St:.F ESÃDOS, E t.M Al.N:s.OA~...ô ~IMEIR.0 ~VE..RNAC'OR E: Pi:DRO f'AUl-INO ~ ~St::CA, IRMÃO DE O'E.OOORO VAR~c..€. q>Uf;; ~Af'Al DISC~'IA­ OA l.d..Al-l-zl:(/$0 VESTA- cAPITAL- 1 MAS..,::::. s&ôf=D ~ MED SÉ<.UlD(,
  • 21. A HISTÓRIA NUA ECRUA'' PERIÓDICO MACEIOENSE REDAÇÃO: DOUGLAS APRATO E LEDAALMEIDA ; ' ~· • 1 ~ / J .g 5 ' ' J ~ ·.:r.. ··~ ~ - ~,~o ~ / / --- ~ ·-- f;0"V- .,_ 'ifJ? / . -,,.' oct..-IX~0, .~R.Tõ c'o"-,,. ' - / -------· • • • • ~ • A TRANSFERÊNCIA DA CAPITAL, OU A MUDANÇA DO COFRE O episódio central da história de Maceió é, sem dúvida, o da transferência da capital, ou da mudança do cofre. Ten1 tudo para um enredo de novela ou romance histórico: rivalidade, intriga, traição, luta etc. Com a separação da capitania de Alagoas, em 1817, o natural seria a consolidação da sua capital, que naquela época era Alagoas do Sul, hoje a cidade de Marechal Deodoro, sede militar, judiciária e religiosa. Mas desde a gestão de Mello e Póvoas, em 1818, que o interesse pelo burgo, que tinha um excelente porto natural, causava ciúmes entre os habitantes da velha capital. Houve até um movin1ento sedicioso tentando impedira mudança da tesouraria da Fazenda Geral de Alagoas para Maceió. Póvoas viu logo as vantagens que o pequeno povoado portuário oferecia em termos de topografia e facilidade para a arrecadação de renda, e aí fez instalar as repartições fiscais e sua residência. Sem querer uma niptura naquele 1nomento, preparou os primeiros passos da transferência e ficou administrando daqui até a proclan1ação das Cortesportuguesas, em 1821. A interdição do Porto do Francês tomou Alagoas do Sul dependente economicamente de Maceió. Tanto por causa do controle fiscal como pelas dificuldades topográficas oferecidas pelo porto. Por outro lado, a ampliação do comércio internacional e o forte prestígio dos setores ligados à exportação, liderados pelos ingleses, exigiam uma n1udança de rumo para fazer face ao incremento da economia. En1 1839, quando a presidência da província era exercida por Agostinho daSilva Neves, deu-seo impasse e a eclosão da crise que vinha se arrastando há anos. O presidente decidiu pela mudança, mas foi aprisionado no Palácio Provincial após uma rebelião lideradapelo pai do Marechal Deodoro, Major Manuel Mendes da Fonseca e pelo notável tribuno Tavares Bastos. Foi forçado a renunciare embarcado no Porto do Francês para o Rio deJaneiro Uma verdadeira guerra foi declarada, participando todas as cidades e vilas de Alagoas. As tropas se dividiram. A rebelião foi vencida pelos partidários da transferência, capitaneados pelo vice-presidente Sinimbu, que interceptou o patacho, navio que conduzia o presidente e reempossou-o em Maceió. A Coroa Imperial apoiou os mudancistas, suas tropas marcharam sobre a velha capital, sendo os revoltosos presos. A 9 de dezembro de 1839 a resolução nº 11 decidia o impasse, tomando Maceió a capital de Alagoas.
  • 22. 1 1 .. EI.EVADA A VILA Enão poderiaser de outra forma. Pelo alvará régio de 5 de dezembro de 1815, deu-se a sua elevação a vila, sendo-lhe doadas 7 léguas de costa desmembradas do distrito da antiga Vila de Alagoas. No ano de 1817 o Ouvidor Batalha deu-lhe a maioridade, proclamando-a oficialmente como vila independente, calculando-se que tinha naquela ocasião cerca de 5000 habitantes, pois na contagem realizada em 1825 registrou-se a existência de 9.109 habitantes. Em 1833, nova promoção. O termo de Maceió era elevado à categoria de comarca. AS LUTAS DE INDEPENDÊNCIA E A LUSOFOBIA Por ocasião da emancipação política de Alagoas, em 1817, Maceió não tinha a importância de Alagoas do Sul e de outras cidades como Penedo e Porto Calvo, mas já se fazia notar o seu florescimento. Nos embates que se seguiram à independência do Brasil, em 1822, o pequeno burgo já mostrava a sua vocação irredenta. Sua manifestação em favor da autonomia nacional era contundente. Os portugueses e seus aliados não tiveram tréguas. Em 1831, por exemplo, após a abdicação do imperador D. Pedro II, preocupada em retomar o Brasil à condição de colônia, uma multidão revoltada atacou um quartel de artilharia, apoderando-se de todo o armamento e munição. Liderava a população o Padre Francisco Badaia Rego, político e agitador popular que dirigia o jornal Federalista Alagoense. A sublevação conseguiu contagiar outras vilas. Exigia-se a demissão e a retirada de todos os portugueses das terras alagoanas. As manifestações anti-portuguesas, verdadeira lusofobia, foram intensas em Maceió. Estes procuravam abrigos em suas casas, onde se trancavam, e buscavam refúgios nas igrejas e nas matas. Uma igreja de Jaraguá foi palco de lamentáveis acontecimentos, no trágico episódio que ficou conhecido como "mata-marinheiro". LISOS E CABELUDOS- OUTRAS CONFUSÕES DA NOVA CAPITAL As seqüelas da transferência permaneceram por muitos anos. A imprensa recentemente desenvolvida acompanhou os rumos do processo, engajando-se em um dos lados litigantes. O jornalismo iniciante era panfletário e porta-voz de governistas e oposicionistas. As lutas pelo poder entre as duas facções se deram com disputas acirradíssimas. Como na disputa entre lisos e cabeludos, que gerou nova rebelião. Eram liberais e conservadores, liderados, de um lado, por Sinimbu, do outro por Tavares Bastos, incendiando a opinião pública. Na verdade, um choque entre clãs e oligarquias que não queriam perder o poder político. Quando do il1ício do funcionamento do Legislativo, provisoriamente instalado na Igreja do Rosário, houve uma séria crise. Em seguida, em 1844, quando o governo liberal nomeou Bernardo Souza Franco presidente da província, no rodízio partidário que era comum no Império, nova sedição estourou em Maceió. Revoltosos entraram na nova capital e deu-se o combate em Bebedouro. Os sediciosos tomaram Maceió e Souza Franco refugiou-se nw:::t navio que estava ancorado em Jaraguá. Prometeu anistiar os .rebeldes e fazer concessões, mas os combates continuaram na capital até que reforços vindos de Pernambuco conseguiram restabelecer a ordem. Outros movimentos sacudiram ~iaceió, onde a fermentação política sempre foi uma constante. Na Guerra dos Cabanos, no movt.mento dos Quebra-Quilos, no recrutamento de voluntários para a Guerta do Paraguai, na campanha abolicionista ou na campanha republicana, mais adiante. A VISÃO E O F~~O DOS ESTRANGF.IROS Apesar de sua turbulência política. ~1aceió atraía estrangeiros que passavam por aqci o-.. se fi..~vam parafa.zer lucrativos negócios. Os ingleses que tr.-eram a hegemonia dos negócios internacionais, participa.-..-.un ativamente da vida local com seus investimentos. Trom.eram hábitos que se incorporaram à nossa herança co~o o futebol, a religião reformista, a modernização do comércio.e chegaram a ter um cemitério perto do hoje canal Salgadinho, onde se enterravamossúditos de Sua:faiestadebritânica. Outros povos europeus er::?grar.i;:n para cá, como espanhóis, italianos, franceses radicando-se aqui, constituindo família e deixando cescendentes e alguns costumes de seu país. Chegamos a te.: .,...ários consulados e legações diplomáticas em Jaraguá. ..Ugan.s se foram logo mas deixaram registradas em diários de viagens suas impressões, como Robert ..ve i..alement. :lary Graham e Daniel Kidder. Este último assim desc:re-:·eu a cidade, entre outras palavras: "Mesmo a mais bela !lha dos ~lares do Sul dificilmente apresentaria aspecto mais pitoresco que o Porto de Maceió. A praiase alarga terra adentro, emsemi-círculo. A areia tem a alvura da neve e parece tersido branqueada pelas espumas que as ondas atiram incessantementesobre ela. Um pouco atrás, plantadasobre o flanco de uma colina, eleva-se a cidade, habitada por quase três mil almas.•."'. De todas elas a influência inglesa foi a mais poderosa. A sede da Estação Ferroiária, antiga Alagoas Railway, é uma reminiscência desse período áureo. Mas a preeminência britânica entre nós, se trouxe benefícios, foi também um agente da política de dominação mansa e exploração sutil - o imperialism o econômico. Casas inglesas incentivavam e tutelavam o comércio. Maceió tinha navegação direta e regular com portos europeus como Liverpool, Falmouth, Gibraltar, Alexandria e Londres. O predomínio dos gêneros de exportação em detrimento dos gêneros alimentícios, cujo cultivo era posto de lado, provocando o aumento dos nveres básicos, causava dificuldades nas classes mais desfavorecidas, não vinculadas aos lucros das atividades de exportação. Por isso a população ironizava com uma rima engraçada: "Não se pesca mai de rede não se podemai pescá, qui já sube danutiça ui os in rês com rou o má"
  • 23. MACEIÓ O NEGRO, A ESCRAVIDÃO E OS ENGENHOS · É absolutamente imperdoável falar da composição racial e da cultura maceioense e esquecer a presença negra. Apesar da vocação portuária, industrial, Maceió teve o papel vanguardista de agente da urbanização tardia d~ ~~ago~s plenamente inserido na formação na chamada c1v1l1zaçao senhorial em função dos engenhos que abrigava em seu território. Em conseqüência, o elemento negro aqui estava, na cidade, nos distritos, nas fazendas. Na região norte, em Ipioca e mesmo na região lagunar, algumas pequen.as unidades de fabricar açúcar faziam parte da sua economia. Eram engenhos como o de Garça Torta, o dos familiares de Floriano Peixoto e o Boca da Caixa. O número de escravos excedia, no Censo de1870, em mais de 12o/o o da população livre. Ora, se naquele ano, já consolidada em sua função de centro administrativo ligado ao setor de exportação, ainda havia esse percentual, é de se imaginarque nos anos e séculos anteriores o número era bem • maior. Quando, em meados do século XIX, Maceió já contava com 53 ruas e povoações e arrabaldes em torno do seu perímetro urbano, a povoação de Ipioca, por exemplo, que fazia parte da freguesia de Maceió mas era unidade independente, destacava-se por ter uma alta taxa de escravos em sua população: 3.326 deles para 10.668 homens livres, segundo Tomaz Espíndola. Entre esses ~timos contav~-se os alforriados, ou seja, aqueles que tinham conseguido comprarou obtera liberdade. Lembremo-nos da mão-de-obra escrava como força de trabalho responsável por toda riqueza produtiva e também das atrocidades do sistema escravista. A despeito da condição de escravo - que o limitava na medida em que lhe era arrancada a liberdade de transmitir na plenitude os valores da sua cultura -, a herança negra se faz presente em nossa vida: na cultura, no vocabulário, nos hábitos alimentares, na dança, no folclore, no esporte. Foi além do processo de miscigenação, tão visível nos rostos dos nossos conterrâneos. Quem não gosta dos carinhosos diminutivos, painho, mainha, netinho, filhinho? Da pimenta malagueta, do inhame, das lendas, da música, todos impregnados da nossa negritude? . Nas ruas da capital os negros de ganho vendiam refrescos, guloseimas, anunciavam seus ofícios e, por for~a de uma formação histórica errônea que se perpetuou depois da abolição, continuaram como a grande parte da população excluída, abrigada nos bairros inóspitos e mais distantes. Carente doselementos básicosde cidadania. O TREM EA MODERNIZAÇÂO CONSERVADORA DO SÉCULO XIX Trapiche da Barra, Poço, Bebedouro, Comércio e Mangabeiras se consolidavam como áreas urbanas no período de grandes transformações que foi a segunda metade 3 do século XIX e que tinha como epicentro Jaraguá, "porto e porta" dessas mudanças, como bem disse o poeta Ledo Ivo. A era de melhoramentos materiais - que se abria para o Brasil e alterou o cenário urbano i:as pro~íncias - foi vivida pela capital alagoana com intensidade. A implantação do primeiro ramal ferroviário de 6 quilômetros, ligando a ponte de desembarque de Jaraguá ao Trapiche da Barra, em 25 de março de 1868 - e depois um outro, que ia da Rua do Livramento até Bebedouro -, foi a arrancada da chamadamodernização da capitalalagoana. Tudo o que a nova era mundial apresentou de mais significativo podemos encontrar em Macei~ dessa ép,o~a, tendo como vitrine privilegiada o seu bairro portuano, convertido em "city" financeira, e o centro comercial: ruas iluminadas por lampiões a gás, calçamento das ruas principais, ponte de ferro de desembarque do po~o~ rede telegráfica, jardins nas praças, casas banc~ri~s .e seguradoras, navegação a vapor, trem e as pnnc1paIS repartições públicasinstaladas em prédios sólidos e v.is:osos como o Consulado Provincial, a Alfândega, Repartiçao do Selo, Capitania do Porto, Assembléia Legislativa, Palacete do Barão de Jaraguá - onde hoje funcionam o Arquivo e a BibliotecaPública-, DelegaciaFiscaletc. Navios de várias bandeiras zarpavam com regularidade do nosso porto principal levando algodão, açúcar, madeira, carne, couro, coco, azeite de mamona e gêneros exóticos como sebo em rama, vinh_ático, óle? ~e copaíba, paina de barriguda. Em compensaçao, o comercio foi inundado de artigos de lã e seda, tecidos de algodão, azeite de oliva, vinhos, ferragens, drogas medicinais, bacalhau, cigarros, brim·de linho, chapéus franceses, chitas percalinas,chapéusde sol e paletósde casimira. A VISITA DO IMPERADOR Um acontecimento que marcou aquela época foi a visita do Imperador D. Pedro II a Maceió, quando, acompanhado da Imperatriz D. Teresa Cristina, em 31 de dezembro de 1859, presidiu a solenidade de inauguração da atual catedral e hospedou-se no palacete do Barão de Jaraguá, ficando sua passagem marcada com um monumento na Praça Pedro li. O INÍCIO TURBULENTO DA REPÚBUCA Maceió, mais cosmopolita, acompanhou a intensa campanha abolicionista que redundou na libertação dos escravos em 13 de maio de 1888. As idéias libertárias eram defendidas na imprensa, em jornais como "O Lincoln", a "Gazetade Notícias", "O Gutenberg" e o "Correio de Maceió" e instituicões como o Instituto Histórico, fundado em 1868 • na esteira das mudanças, e grêmios corporativos. O movimento contrapunha-se à resistência dos fazendeiros do interior, que não queriam perder o que investiram na compra dos negros - que sustentavam, com o nefando
  • 24. ,, " 4 instituto da escravidão, a economia local. A capital igualmente apoiou o movimento republicano que foi vitorioso em 15 de novembro de 1889, no Rio de Janeiro, chefiado por um ilustre alagoano, o marechal Manoel Deodoro da Fonseca. Seu irmão, Pedro Paulino, foi designado primeiro governador de Alagoas no novo regime. Mas o início republicano foi de muita turbulência política na capital. Pedro Paulino renunciou, Gabino Besouro foi destituído e o Barão de Traipu também enfrentou sérias dificuldades. Ao governo tenso de Manuel Duarte sucedeu Euclides Malta, que inaugurou uma fase de tranqüilidade, mas que ficou marcada comoera oligárquica. AS SALVAÇÕESE PERSEGUIÇÃO AOS TERREIROS Diz-se com muita propriedade que o século XX começou realmente em 1912, com a derrubada de Euclides Malta e o advento das cha1nadas Salvações, liderado por Clodoaldo da Fonseca. Nos dias agitados, onde Maceió era uma verdadeira praça de guerra, houve um episódio triste: a perseguição aos terreiros da religião afro, uma espécie de inquisição alagoana. Violência, prisões, tiros, comícios, manifestações aconteceram com a população participa11do daquele movimento político. A morte do Secretário do Interior e do estudante Bráulio Cavalcante, homenageado com uma praça onde hoje funciona a OAB, são tristes recordações da época. Os terreiros voltariam a funcionar anos depois com os seus muitos adeptos. Por outro lado, os católicos tiveram a alegria de ver a sua Diocese criada pelo Papa Leão XIII, em 2 de julho de 1900, e a inauguração do prédio do Seminário quatro anos mais tarde. Outras religiões, como o kardecismo - que apareceu no final do século XIX - e as chamadas igrejas reformadas se implantaram em Alagoas. Estas últimas com notável crescimento: Batista, em 17 de maio de 1885; Presbiteriana, em 11 de setembro de 1887 e a Assembléia de Deus,em1910. A BEI.I.E ÉPOQUE DAS EJ.ITES E A MISÉRIA DOS POBRES A capital alagoana, que no final do século XIX ainda media forças com algumas cidades interioranas, como a aristocrática Penedo e a lacustre Pilar, consolidou-se definitivamente no início do século como urbe moderna e incontestável centropolítico,econômicoe administrativo. O alargamento das ruas, o surgimento das praças onde se reuniam os munícipes, deixando a reclusão de suas casas, e a construção do Palácio Floriano Peixoto, do Teatro Deodoroe do Tribunal de Justiça, em prédios monumentais, marcaram o ingresso de Maceió na chamada "belle époque". Tempos urbanos, por excelência. Endireitavam-se as velhas vias cheirando a peixe frito, a tapioca, a arroz doce, vendidos nas esquinasemtabuleiros enfeitados por negras trajando vistosos xales e turbantes. Agora eram cavalheiros de chapéu coco e bengala postados solenemente nas calçadas, à porta da Maison Elegante, da Casa Zanotti, da High Life, da Casa Eugene Goestchel ou do Café Colombo. As damas 11ão dispensavam coletes, mantilhas ou pequenos leques. Maceió ganhou até um hipódromo, o Prado Alagoano, que mais tarde se chamaria Jockey Clube e que deu origem ao bairro do Prado. Dancava-se nos intervalos das corridas de cavalos, ao, som de conjuntos e orquestras. Apareciam os clubes de futebol, CSA e CRB, outra novidade. O cinema atraía a atenção, mudo inicialmente, com músicos a entreter os freqüentadores. Multiplicavam-se as sociedades recreativas, o Clube Fênix, a Terpsychore Jaraguaense, o Montepio dos Artistas, sociedades recreativas. Maceió, mais suscetível às novidades, ia abrindo brechas na sociedade agrária, adotando inovações e tomando carona nas mudanças que oséculo XX ia oferecendo. O OUTRO LADO DA MEDALHA: os EXCLutnos Nem tudo era festa. As senzalas tinham sido oficialmente extintas, mas permaneceu bem vivo o poder da casa grande, a segregação nas relações sociais. A ''belle époque" não chegara para todos, assim como as promessas igualitárias da república. Maceió, estuário dos sonhos de grande parte da população alagoana, não oferece a todos suas benesses. O mundo dos despossuídos não estava nos belos sobrados, entre os elegantessenhores de fraque, nos costumes refinados. Para a maioria da população, a casa de tijolo e alvenaria era artigo inacessível. Ela constrói seus abrigos como mocambo de pescadores, em Pajuçara e Ponta da Terra ou, mais adiante, às margens da lagoa, ou nas encostas de Bebedouro. Próximo às áreas de movimento, como o embarcadouro da Levada, Jaraguá ou do Centro, em cortiços, galpões de madeira subdivididos internamente entre numerosas famílias que superlotam os cubículos e brigam por qualquer motivo. Gente sofrida, mestiça, descendente de escravos e índios, precocemente envelhecida, que lavae faz biscates para sobreviver. Eles são os clientes habituais do Asilo de Mendicância, as vítimas das altas taxas de mortalidade e doenças mentais. Pagavam pesado tributo a enfermidades como tuberculose, vaáola, cólera, gripes; uma delas, a espanhola, trazida dos campos de batalha da Europa, dizimou milhares de maceioenses. A capital alagoana mudava com o novo século, inseria-se na ''belle époque" com sua beleza e miséria, ora em ritmo lento, ora mais veloz, mas sempre com o pensamento voltado para as mudanças surgidas no mundo e as novidades republicanas. - - 1
  • 25. O5ÉCULO XX ll'-lCA- ~O~ Pt .~t-'O~iA- f'OUTCA 90 (i~O LlO~RADo ·POR. ~OCLI D~'=> MALTA-1 1~~1RO DO efRÃO /~TAAlf'<J(~A.Noe.~4'Mt&lli~RO) G:AJE M!>.tJTêVE. t7ft)J)f;t<'f'CR 12. A~O:. , , - , NESSA OUZlA OEANOS, Al-êM OA AC.UMULN;Aô pos, Ret;SENTM'E.NTO$ POLitOp 1 ·A (APl74L OE Ãl-A40AS FOI OOTAt>A D E: 1Me>oRTAN'TE:5 L..OCtR.ADCURO'O E t MPONEl'11 e:~ W~S1~lCpt.':l (EM ESi..O fEOC..LóóSGo) ~OJtTADAS ~ELO TALANO WÍS .WCARlNT • -- • ..- - - ---~ , --- • • . •, •, - fALÁt0 f LORIANO 1fta:JJ liCZXl • • • --. - .- P~X00 • ' -...._'...:..'....=.... .. .~: ..... .-..... _, .....-----------------------------------------~----------------------------~ -o- w ::> o o 25
  • 26. 1~.t-!OVEM~(10, 1<:>10; HERM~'õ t<t)PRJ~OE.':> V~ FON5i;'.c.A- (Nt::O 00::, NO$?<:; MANlEL ~ROSA t>A FONS.ECA-) € ELElO PRt.$1DE.NíE. OARmJBLCA 1<11'l- H~RMES DA FON7Ec.A 7 EM CONFL10 COM A~ AN116AS Ll Dl;.RAN.<;.As NO~E.SÍNAS -IMPLEMfNTA A "JPOL..11 '-A'" '"NAS lLA~OAS 1 IE.R.~A ~E -...ressoe;. 1"'A'5E AVÓS>,1 A••• ô "' ~4:> SALVAC,ÕES" PARA DE.SAL.oJA~ AS OLICtA~~AS AA ~HIA, f>ER1'AMSlJC.0, CEAAA" E. Al..A40t'>.S EJC.lt>E~ MALTA RENUNC.. Ã '" DC> PALA'"c.:1o1 VEM UI" T l RO · f"AAA O PÃLÁC..10 , VA 1 OUTRO TIRO Al/:4.Qtl.S P4oM ~ lvDTE PARA C.l-AR4fSf Nt PJ<~A_, MOl<RE. NO PALÁC.ô, MO~RE O -~ULô CAVAL.~TE. TE.~ENTE .S~NER CORC>tJE.. C.l..ODOA..001 , -ô SEN10R E A. sALVA't.A.O !» E.STADt> • , OVOJTOR FERNANDESLMA VAI LlS!:AAR SIJA ''~UAR~ PRElWI~~ Allq~ 005 REfO'e>ttWJOO -Q COMBATE.~ít~ l~ ~cx;.AR A M'Sb. fOf>ULAP-. ~t.l.l:S OL 6,A~~ CA(DO~ ! ..rt'tti"T't"TT'1'f11Tu w u <( ~ ..w w :::> o o 26L___::~~~-Ltth.L~ o o ""~tM PA~I NEM VOJC 1JERAM SUtES)O '-Pu. l~_é-~07 ~€}~~~l. Tl:RA" UM ~~ANt>t A.fCO sXTAA .., •
  • 27. 1 A LlC:iA OOS R'ê.?.le,Ll<..ANO$ CDMf;AENE.$ Ft;.2 '5~P.. ~'E.RRA SU.lA 1 BAA~ARZANt::>o OS E~E'Ro:, 'óJRRA<:>, MO~!::S. 1 PRSÔ'eS e. Dt.SrL.E.$ ..Jt-11..~TES s-OE-FE" N~SC..ONAS. ... o t) .. L.AC'lÇANOO t-JÃO DE M1L EsIRA"'íA.C:,Et-iÃS, /:>.. PE.R'=>EVERAMÇA FO RECOLHS~DO ôS08JE6$ D~ C.ULOS AFRO ~ ;-1 'º w ::> o o 27
  • 28. 'º-w u <t :E -w w ::> o o 28 -- 19'30• EC.lDOE ~ Rt.VOLUç.Ão. VARC'.íA~ lNC.là !:>EU PODE~. UM 6.LAGtOANO E.SíÁ, - OORE O~'lDERE$ ~ác.ttos ()Ui: MARC.~M SOSRS O RO DE.~N~RO: Durante os anos 20 e 30, Maceió abrigou grandes nomes do mundo cultural brasileiro, como os alagoanos Graciliano Ramos, Aurélio Buarque de Hollanda, Nise da Silveira, Lily Lages, a cearense Rachel de Queiroz e os paraibanos José Lins do Rego e Tomás Santa Rosa, entre outras estrelas da intelectualidade local. O Café Ponto Central era um dos endereços preferidos por todas essas estrelas. ...,,, ... ,.._E." ,. - ---- ';::) ' o~JE.RR&.lft.O C:.Oto-'Eç.A A ~eR t"Oíb.t>O • •
  • 29. - J3A~(0COM OfM ~ ANO'J 30, tsTÃb TfRMNP..1'00 0$ EMFOCO DE l"::LÓRJ t IJ11L~ADE t>A POITT't. OE: E.M~~~t t;t ~6,ERO~ 'E. DOS 'í'RAflC..--ES OE CA'K.qA ,. NiVIO A~M DO h1i:.ro~;~e: -M' • o' 111 ,., ,,,,_.. / , , , # •••• • -- - - '"'- - • -- • - - COR.íE. t:.S~VEMÃ'TC..0 E. FLV)(O OE E.Mf:A~E tlO$. ~PC.µE.S - KODl::R.~O,O ~ovo ~o TEM Sl.JAI:. ::!:.T.AC.AO:. Fi'tNC. PAIS C.OMPRADAS NA AL..EMANHA Ã";, o~ Dê MOAAM E. o ft>Jo , P~f'J>; TI!ANSfORMA o rJOME t>A C.~SR)TO~ ~toe..R.A E.M AD.Jt.'tYO PEJôAAl lVO E-NfM 1 O ~o~AAt>o f>OnO ~ lARAlóUÂ 1=- 1NAU<;U~DO . OEPOIC;, DE19~S, OS COMV~l~1"AS AMAR6AM ,.._ ~ISÃo o116RACfLIA,NO RAMOS, SESA>ii>o DA HC>RÂ Ili 1 I 1 • ,,,,.. DE.FOIS P{;.1'31-1 O<S IN'T~l<AL.ISTA~ .sZo rosTO$ NA 1lEúA.UDAPE. •.,, , , •, ,,/ ' . .... . t ., • ,,1,, •• • , • -,,,,,.,, ••• s;,P)) . R ) " -Ç~ / A PAR'TI Rt>E '19'1Z1 NAYIO~ e;;;Ao íVRPE. DE.Ar;QS f>E:'RTO DE MACt=.IÓ 1 O ~l'.õ.SIL ~NTRA NA lI' C:zUE.RRA MUNDAL... t>E MACE0' PAREM O:. PRAC..IN~ /!:.J A,C,.QAt-JO'i::. PA~A A. . E.UR.OPA. ?'A~ M6,.CEd V€.t-' ô~ .,b.ME.RCANO$ AL.ADoS E. AlL::iUMAS NOVIDADE.$ /,,, ,, O f'RME'RO bSS~~íb.ME~iO JRSANO A ~E.C.E.Sê.R D RÓTULO DG"/FAIE.~' 1 S1lOJ~E. NAS l>UNlS Dó S.O~L 1 lfo ~/OURc.JR11 ,..,,~ .. ......-~ , o~ OE~'flOS5UfDOS aAltAt--SE ô.MBÉM NAS BERA<s. :'AS LAGOA~ ' -- -o -
  • 30. -O - w ::.> o o 30 -- ~· --=---~ -- -- - - - ·'EAOQS t>E.19'ice, Et-1N01E DE ~AlA, A 'FORTU<.,uE~' EST~ LôAD.AtéAqlAt>A t.cni·ov'ELAM-5E AL El.T E a C.i.ASS>E M OA NA. EXPEC::.TA'lVA t>e ASS$R A MA-=- JMA. APOEOSE. D~ UM ..CONE ~~SE ~i<:M.ô.NDO (E.Rt~sMO, NC.E.tto ~OME DE att'SMO t>O MO..E~e QUE, • ~...... ')~ N6.MORt.00~1 E~A ESPEA~JLAR. f'AS5':>A1 SATUQUER.O, ~.:. ·. ::::. R...SA 1 M tieONHERO,''TocAVOR t>E. RE.ALE.)O E. '1ôt<NALER.o o SAL7:5.0 t>E OAl'ç.A~,A (EU i1BERT01 E.S,A c:.ERCAOO t POR JM PÓSl.(0 ÁV't>O O fw'OL~QUE. t-1f>EAA NAS NorrES, lLVMINANt:>O A5 ~ANDAAS, W:ITOS E 6Ec:O~ ~ BRIL~OU NO SOLENE f'AL.C.Q 00 ÍEÀRO OE.OOORO APARE.(E.U E.t-''ó (~E. ~'' A1Mf'RENSA- SÓ ~Sil414 MALCQ.Jt!F..Ol MOR~t::iU E".M 80E. tw'1Al0111'f3, UM MÊS ANíl2; DE COM~ 30 AN~, GO~SUMlDO Po~ INCONT/Jr."VE.5 f.AAR.AS •
  • 31. • • f M DA (:iRAt-Jt>E (iUERRA. F1M DA OliA)J~ VAF.6.AS. MAS E.M AJJ40AS NA E.é4-1.0 Fn1?A <:tOVE!<-NA~, EtÓI~ MC».S'f1;.RO RE.Afl!<MA 5'JÂ FORCf..A- f>AZ1 SÓPARA. st.R~S COMO O ~C:.O' 0Â i?.M/ ,o $fM~ o ~ OA C..IDAD6111 ·~·~.. ~. .•. . -toS6 C.OM <,RANt)E l-S A?OIO ~M MAC.EfO', MUNZ. FAL.C.~ É E.~TO <:qOVERNAb<>p, A RKOO t>r$:>F.A ~ FlJNDA~P. MA'5 A !NOL&RÂt-UÀ Ê o~ MAf<CA 05 SILVESTRE. t=MC::.E.U o ; A CAPITA... E SAfJEADP't (O c.E.~O DAClDA-Ot:.) C:tôV~R~O • • 1q50 NUMA DUl<A CAMPANl-"Ã1qANH-A- A O?o!::>iÇÃO E AR~ON t>s. Mt=.LL.O ~N'TRA TRlJFALM l=.N.T~ E.M MAC..EIO.- OU PAAA OS PAS514E>TAS ~ JIVe:M O f'R~/O OU NO$ 6L.J:ú)S CA~NAYALE.SCoS • MU~l'l. ~OFRE. ~UAA O?OS~~ E (Ol>AA <::>i=.ú <":(OVr.RNô É l>ITA lJ!'AA rmvAA ~tCA MPEACHMENT! - - ·$&')(.TA·FEIRA , 13 DE !>t;.TEM5R0,1~51- E MAcEIO' Ê O fOC.0 t>A MÍ~A-. PfLA PRME.IAAVE:.Z NO MUNQô / UM M'PEAC.~M E.NT S'-~ YOTAOO. ÉVER.ÃO SOL A 'PNO. .~ 01~0EO FO ~'IE.L. <:.oM Ml~RG.~ t>e. 6AL.A5 ~OANt>O '?ARAIOOOSCE> LAOOS. "l)EfbS ~$'E. <:.P:>S/ ~IJU O PROCE!:60 E MUt-llZ ~ ~SCL/1001 VOLTA.AO (";i.OYERNO, MAS N2õ ~ E~é'R..SE.J sue.e.~ • HUt'8ERO MtNPES, SO~RO E. L.(~ l>O "-'°VE~NAPO~, PEOG. A PAl.A'IAA •• • tM 'W1 ELE6E.~E o tvAvôR ..-.lf'~, OftblÇÃO A MUIN.l.?, 4'0é Fot o fOSIT<:R 1 O'E.. AR~ON tit; MEU.O, ~E. FOl O~l'OR. A . SLIE.STR~· . l:SSA MAR<.A l)~ AL.iERNÂflC.I A ~E.k A ~EBRAI>A c.OM A-L~zt> DA,S ELE~E"~ t.M 1q6L -o-w ~ ~ -w w :::> o o 31
  • 32. -O -w u < :E -w w :::> o o l 3 -~-------- - - - - - - - - ::>i:fúlS DE. MUiOS ANOS OOM.0 O 'óM~ 601..lTA'R.lO DE ~AC.EO~ O ~DA EMiAt 1>€BLTA.-ElE. C.OM RA~'DEZ. ~s A~ "50 > ... ,,.- . - , o C.OQUE~-5MBoLO TôMt:sou Sl' '45'5, MA'i> FOI ''SOCo~R00" f'OR U~A VSRIAOE.~ <:.At-flf>At.J~A. ~ RS?...ANAt>O C..OM o Af'OO 'DE JM C=UINt>ASiE.. AM~RPAOO ft>R C.OF.DAS E ''VITAMINA.IX>" Nl.o RESSlIJ, MA~ seu TRONlO Mt>R0 ôNDA FICOU Ut-11 ~M iE.MPO fXAOO TAL Gll.JAL Ul"A MÚMA,EM LEMBRti.~A 1>A.4ldRtA - - - N'E5'5ES t"E.MPOS,A C..OAOE ô EPC.E.NtRO E.~ NA- ?~A t>A ftlC.ULl>At> l$". FERVA NO fM t>E. ANO COM A':. FESTAS POf>Ul.ARE.~ Oo '"C. "-LO NATAL-lNC>'' 1 ---'-"'----- . "<:::.... ,_.y- tf.,~- - ~...~- PA$TOR.L C~é.~Nµ ~JE.RRl;~O ·· NOS .6.l'lôS 40, ~t>t.MO...t>O o''PA.ÁC,, O VE....""' O'' • .....: { ...' ..... .. . .....:'.......' .. . ....... ....'••,::.·.··.:.·:.·.·.: . ' ' t-lOS ANOS 60 e DER~UBAOO ô HOE.L .BEl-A. /STA .. ...
  • 33. ,_.._____ • t t o'Et>lFÍC.10 BRE.t>A" É O Ç'RMElRO O PRIM'ERO t.~Nl4A·C.~U NA ?RáDIO COM MAS OI: ~o A~~RE$ O'R,LA ~O '"Et>f(C.0 $!c>CA~'' 1-ÉO1 .J({ Q)t lôC€ f~Z.. O SRA~ / iEM~ r~~~~ SA~PEtRA. oe t'AC..~10' 1 t f . 1 ....... ~ • . , • • • . .• •• • - - .• ~~~ t::l t::r t:lt:l ~ ~ ~ ") ·<>" Oli t'Q OQ tti ttfi Dlt .tíD t'!ti ~ 'i MOL~OOb NA.MORAD~ ~ 1-0M~NAbt­ AOO WM VMA fruCA, íOWAt>A qJARTE.L-~~­ NEFAL. 00 Fl-êYO MOl.Tt.~~o, 0QOE MAC.tÓ PR~C.C:,A. É os UM -NO CARLOS MOt.. IT~RflO.. E O Aú'TOR DA ..Et~ tx:> Hl~O DA C.,lOó..DE., MU~<...At>O POR EDll.~E.RiO~lqUtl~OS NOS AN~ 60, {:)'ô mAS l.AMlSõ.M 0$ tQ4.'V'ERAlS " -- ·O -LLI u ~ •W w :::> a o 33
  • 34. • -O -w u <t ~ ~w w :::> o o 3.1 ~E~~S CONSIDtAAbbS W'ê.$~ AD ~OLP€, COMO COMUNlST.1S t;: -:1q68 - 0$ ;ST"Ut>A!'T~S Sttu~t>PRISTAS ts1'!n NAS RUAS, P~C:iTE.SIA~OO Sl~PCALS.TA<f,, FORAM Hosp~ DADOS NA : , <StEilP~ .. CEl'JTR.O l:OOCAC.loNPI.. ~ ~~ ,M=>Wc.AMS - . - . .- . - - . . .- - - .. -· -- - . - Có.OEAVS.~ttA. 1 UMA IMF'ô~~t-'Tt:. (ONS1RtJ1ô DO S&.Ulb X)< / -r- . " E:~ "C=.':-~1 MAC.E0 A~S~ À MAO~,AÇ.ÃO RaPRE:SSORA,coM A PR~o P:. (Áfi:!AS ....DERÃ-l<tA':::, l:.SíUDANS UNIVEP-,.~llÁRA<"o R1'8- ~~CMA~ I;>õ MOVlM~~0 E::SiUDANíl .. l'ift-fJf't)ADA A ~OC..16.DADE. t>OS DRE105 HUIVAtJOS, EDUAAl>O !30Y~IM E' O~~lto ~CGNT€ AIN[)AEM 1'3~, MAC.etó st.. l;MOCJONA ~A~~E PASSE.A.TA pe,.A A~•STA AMPLA ~XlJ1>ElA tt.to """-1.l li- r
  • 35. .. ' • HA HISTÓRIA NUA E CRUA'' Nº 3 PERIÓ DICO MACEIOENSE REDAÇÃO: DOUGLAS APRATO E LEDAALMEIDA • - f. ~· -· . ••• 1 • • FLAGRANTE COL.F-Tl DO NA RUA DO COMÉRCIO, QUANDO DA PASSEATAE1'vl SOLIDARIEDADE AO GOVERNADORCOSTA REGO OS GANSOS DO SALGADINHO SALVAM O GOVERNADOR Assim como a poderosa Roma dos Césares teve em sua lustória os gansos do Capitólio, a cidade-sorriso teve os gansos do Salgadinho. Um governador durão, o pilarense Costa Rego, co m seus costumes cosmopolitas e ferrenho inimigo do jogo do bicho e do crime, decidiu também brigar com o seu antecessor, Fernandes Lima, com muita gente importante e até com os seus colegas jornalistas. Urna certa noite estava descansando na casa de uma amiga francesa nas imediações do Riacho Salgadinho, próximo aJaraguá, quandofoi alertado pelo ruído dos gansos da casa vizinl1a, salvando-se milagrosamente de um atentado encomendado por um dos seus muitosinimigos. •
  • 36. 2 A REVOLUÇÃO DE 30 DEPÕE UM GOVERNADOR O movimento dos tenentes encerrou o período da República Velha, em 1930, com a tomada da capital pelos revolucionários e a fuga, do governador Alvaro Paes. Surpresa geral, pois um dia antes o governador, que era muito popular, fizera a sua costun1eiracaminl1adavesperti11a pela Rua do Comércio com os seus auxiliares. Sucederam-no vários interventores que representavam a nova ordem chefiada por Getúlio Vargas. , A EPOCA DE OURO DA CULTURA Nas décadas de 20 e 30 Maceió viveu a sua fase mais destacada na cultura. Já no final da década anterior, em 1918, com a fundação da Academia Alagoana de Letras, prenunciava-se urna era de forte ebulição 11as letras e nas artes. Intelectuais participavam ativamente da vida política e administrativa, tais como Jorge de Lima, Demócrito Gracinda, Costa Rego, Guedes de Miranda, Lima Júnior, Povina Cavalcanti, Jayme de Altavila, entre muitos outros. Os ecos do modernismo chegaram até nós. Rompia-se com os padrões clássicos e debatia-se o regional. Na Rua do Comércio, nas imediações do Ponto Central, podia-se encontrar um Graciliano Ramos e um Carlos Paurílio tomando café e conversando com Raquel de Queiroz, José Lins do Rego, Santa Rosa e Jorge An1ado. Os jovens, como Diegues Junior e Arnon de Mello, fundava111 associações - o Grêmio Guimarães Passos e a Academia dos Dez U11idos. Revistas de vanguarda eram publicadas. Lourenço Peixoto lançava o paralelismo. O Instituto Histórico, a m ais antiga i11stituição cultt1ral, mantinha movimentadas reuniões. - --- - ~ BEBEDOURO MANTÉM A CHAMA DA CULTURA POPULAR Bebedouro, bairro tradicional, famoso por seu embarcadouro e pelos casarões das famílias importantes que lá moravam, destacava-se pelas festas populares que promovia. O Major Bonifácio é figura inesquecível para os que amam o folclore alagoano. Pastoril, Chegai1ça, Taieira, Baiana, Reisado, Guerreiro, o Coco-de- Roda, as Bandas de Pífano, as Cavalhadas encontravam lá o seu grande palco e atraíam gente dos arrabaldes e das cidades vizinhas. O ciclo natalino, o carnaval e as festas juninas também eram celebrados, sobrepujando outros bairros que também faziam comen1orações. O ESTADO NOVO E A GUERRA A cidade despertou da vida bucólica com o novo conflito na Europa, coisa que11ão aco11tecera na I Grande Guerra. O treinamento de soldados para o front, apagões noturnos, balões vigiando as praias, cultivo de hortas nas casas, falta de víveres importados.O torpedeamento de navios brasileiros em costas nordestinas levou a população às rt1as, ein gigantescos comícios pedin.do nossa entrada na guerra. A presença de soldados norte- americanos era explicada pela ameaça nazista. O Vergel do Lagoe o Tabuleiro tomaram impulso com a construção de campos de pouso. A juventude e a intelectualidade também queriam a exploração do petróleo descoberto em Riacho Doce. O assunto galvanizou as atenções do país, pois geólogos norte-americanos diziam que Alagoas não possuía reservas do ouro negro. Um intelectual negro, Rodriguez de Melo, participava dessa campan11a que tinha como MACEIÓ slogan "o petróleo é nosso" e que contou também com o apoio de gente de expressão i1acio11al como o escritor Monteiro Lobato. Estávamos em plena ditadura com o Estado Novo. A crítica ao governo ou opiniões independentes ot1 simples denímcia de desafetos eram punidas com rigor e as pessoas sofriam constrangimentos. Intelectuais como Graciliano Ramos, que era Diretor de Instrução Pública, e Alberto Passos Guimarães foram presos sem motivo e sem julgamento. / OGOGO DA EMA Um coqueiro esquisito tornou- se símbolo de Maceió, objeto de admiração dos visitantes e tema de canções e poesias. Ficava na praia de Ponta Verde. Sua foto era divulgada por todo o Brasil. ANGÚSTIA E NINHO DE COBRAS Dois livros, duas verdadeiras obras-primas, retratam bem esse período e são os romances por excelência de Maceió. Lá se encontram a geografia da cidade, seu jeito de ser, seus tipos ii1esquecíveis, sua arquitetura, a alma e a psicologia da urbe. São eles Angústia e Ninho de Cobras, dos geniais Graciliano Ramos e Ledo Ivo. Quem quer que se disponha a conhecer Maceió não pode prescindir da leitura desses dois livros. A REDEMOCRATIZAÇÃO DE 45 O fim da guerra apressou a derrubada de Getúlio Vargas e juntou os antagonistas comunistas e udenistas em uma frente ampla contra o adversário comum: a
  • 37. • • e • MACEIÓ família Góis Monteiro, que vinha dirigindo o Estado desde a Revolução de 30. Foi wna época de muita .i11quietação e sobressaltos na capital, . no governo Silvestre Péricles. Grandes concentrações públicas eram feitas e1n Maceió e os conúcios no Parque Gonçalves Ledo, Praça do Pirulito e Rua do Comércio atraíam multidões. Após tanto tempo rigidamente controlada, a política voltava a entusiasmar os maceioenses. Uma grande tragédia marcou também a capital alagoana qua11do uma tromba d'água caiu sobre a cida.de soterrando casas e matando muitas famílias nas imediações do atualCefet. O PRIMEIRO PREFEITO ELEITO EM 1953 Um fato a ser destacado i1essa nova fase foi a eleição do primeiro prefeito constituil1te de Maceió, em 06 de outubro de 1953, uma vez que os intendentes antes, e os prefeitos depois, eram nomeados. Neste memorável pleito para a 11istória política da capital sagrou-se vencedor o coronel José Lucena Maranhão, que tinha sido antes prefeito de Santana do Ipanema e ficou famoso por ter comandado as volantes que combateram e liquidaram Lampião e seubando de cangaceiros. AS SURPREENDENTES MUDANÇAS EM 50 A década de 50, que começou com a surpreendente vitória do liberalismo udenista do jornalista Arno11 de Mello sobre o silvestris1no, registrou importantes mudanças em outros campos. Na questão populacional, por exemplo, Maceió vai simbolizar essas modificações co1n o crescime11to urbano e a migração de numeroso contingente de pessoas do interior, pulando para 121 . 000 habitantes. O cosmopolitismo e os ventos da transformação nacional chegam até aqui. A capital vai deixando de ser rural e conservadora e tor11a-se mais urbana e aberta quanto a novos costumes. A influência francesa cede lugar ao prestígio da cultura norte-americana. Na política e i1a administração vive-se uma dramática experiência com a ascensão do populismo, representado pelo governador Muniz Falcão. Pela pri1neira vez um governo saído das entranhas da massa ousa confrontar-se com as elites e a aristocracia estadual, que secularmente controlam as rédeas dopoderlocal. O EPISÓDIO DO "IMPEACHMENT" Na sexta-feira, 13 de setembro de 1957, Maceió foi notícia internacional com um conflito entre poderes que ficou conhecido como a tragédia do "in1peachment". As ate11ções nacionais voltaram-se para a Assembléia Legislativa, com a presença de altas personalidades da política brasileira. Votava-se o impedimento do gover11ador Muniz Falcão no parlamento quando foi deflagrado violento tiroteio entre deputados situacionistas e da oposição, transformando o prédio da Câmara Estadual em praça de guerra, deixando a cidade conflagrada e atônita com a tensa crise política que terminou com uma intervenção assinada pelo presidente Juscelino Kt1bitscheck. Depois houve o retorno triunfal do governador. AS VILAS OPERÁRIAS E O VOTO URBANO Urna das transformações ocorridas na década de 50 foi a igualdade de votos entre as populações urbana e rural. O eleitorado mais independente da capital e de vilas operárias como Alexa11dria, Fernão Velho e Saúde passaram a constituir um peso importante nas eleições estaduais. Foram elas que sustentaram o movimento populista e deram a vitória a Muniz Falcão. Deve-se registrar, também, que o inovimento sindical que ressurgiu no fim da década de 40 tem uma história de luta bemmais antiga. As primeiras greves surgem no começo do século passado. Na década de 20 os arquii11imigos Euclides Malta e Fernandes Lima juntaram-se para combater , . uma greve portuar1a que paralisou Jaraguá. Por outro lado, a existência de umaclasse média, a concentração de professores, estudantes e intelectuais e a criação da Ufal, em 1961, com un1 co11tingente de massa crítica mais atuante, ajudaram a formar na capital aquilo que se denomina opinião pública. Gente menos comprometida com os coro11éis donos da vida e da morte das pessoas. 3
  • 38. • 4 NOVA PERDADAAUTONOMIA Com o ad,rento do regime militar de 64, a população maceioense deixou de escolher de novo seu dirigente pelo voto. O último prefeito eleito foi Divaldo Suruagy, em 1966, que governou até fevereiro de 1970. Os militares conseguiram a cassação pela Câmara Municipal de Sandoval Caju em inaio de 1964 e a posse do vice,Vinicius Cansanção. Sandoval era um prefeito que sabia ~xercer ben1 a arte da comunicação com o povo e deixou muitas praças construídas. Suruagy, por sua vez, começou a construção de conjuntos populares e alçou vôos n1ais altos, chegando ao governo do Estado por três vezes e exercendo um domínio de mais de três décadas na política alagoana, superando Euclides Malta, Fernandes Lima e os Góis Monteiro. A RESISTÊNCIA EM UMA ÉPOCA DE MEDO O longo período que vai de 64 até o início da década de 80 foi uma época de medo e incertezas. O regime ditatorial aniquilava qt1alquer tentativa de oposição. Maceió resistia com sua juventude, seus jornais alternativos e suas lideranças si11dicais. A OAB, a Igreja, as entidades estudantis, os partidos proscritos, a Sociedade dos Direitos Humanos, as Associações de Moradores, os núcleos femininos passam a oferecer um contraponto à violência, à falsa unanimidade oficial e à falta de democracia. Os movimentos sociais e a sociedade civil organizada surgem como esperança de11ovosdias. Nas eleições n1w1icipais de 1982, o MDB (partido que se contrapunha à situacionista Arena), elege uma forte representação oposicionista para a Câmara de Vereadores, ajudando ainda na eleição para a Assembléia Legislativa de vários nomes comprometidos com a abertura democrática. Logo em seguida, no retorno da autonomia municipal, com a consolidação da abertura política, elege o prefeito de oposição, o ex-deputado Djalma Falcão. PRESENÇA DAS MULHERES NA RIBALTA POLÍTICA O final do século XX foi movimentado no burgo querido de Melo e Póvoas. A população manteve-se fiel à tradição irredenta de va11guarda das transformações sociais do Estado, iniciadas com a mudança da capitalem 1839. Destaque-se a visibilidade dos movimentos negro e indígena, as passagens constantes do Movimento Sem Terra pelas ruas da capital, a eleição, para a Prefeitura de Maceió, de Ronaldo Lessa e Heloísa Helena - políticos que militam em partidos de esquerda (PSB e PT) -, o movimento popular de 17 dejulho de 1997 (derrubando o governador Divaldo Suruagy, à frente do seu terceiro mandato no Palácio dos Martírios). Outro fato importante foi a eleição do mesmo Ronaldo Lessa para o governo do Estado, em urna frente de esquerda contra o candidato Manuel Gomes de Barros, que pleiteava a reeleição. O fato mais destacado do século, porém, foi a vitória do movimento feminista. Iniciado na década de 30 com a Federação para o Progresso Feminino, as mulheres rnaceioenses decidiram quebrar as cidadelas de privilégio masculino: organizaram- se em Conselhos e Associações e conseguiram importantes vitórias. Elas estão hoje em todos os setores. No Senado da República, representando o Estado, na Justiça, MACEIÓ i10 parlamento estadual e nos . muruc1pais, nas empresas e na Prefeitura de Maceió. Uma surpresa - elegeu uma militante sindical, a dentista Kátia Bom, para a Chefia da Municipalidade, reelegendo-a na primeira eleição do séculoXXI. 1 1 O DÉFICIT SOCIAL E A EXCLUSÃO PERMANECEM A cidade cresceu. Hoje beira quase um milhão de habitantes. Modernizou-se. Já nãoé a pacatacidadezinha em que todos se conheciam. São muitos os bairros novos., E uma metrópole. Ponta Verde é o seu cartão postal. Mas os graves e antigos problemas também se ampliaram. As desigualdades e a exclusão social se agravaram. A maioria da população não tem os direitos básicos de cidada11ia, o que é um desafio para os novos dirigentes públicos e para a toda a comunidade rnaceioenseem geral. Que a 11istória de luta do nosso burgo não seja esquecida e inspire o enfrentamento sem trégua dos graves problemas sociais que exigem uma resposta à altura dosseusmunícipes. 1
  • 39. , • --·--- .. - -. e _J') .... . MI$ O QUE É MESMO ~Ãt C'DÃDE? SÃO HISTd~lt>t~ NGRÍ'JtS! .' - ~ ~- ~-~-------- . • iUX'.)~ TEM UM TtMf>tRO t:SPt.C..AL . .- ~ __,-' :-- _, ..,,........._ ,,, ... ' ----· - 'º w ::> o o .._____;;;...---c:;~:;,_...--~-1 -~~~~~----~~ ---------"--"-'"'--~--------39
  • 40. • ' -o-w u <t :E w ::::> o o 40 LE.l(_ > YE.R E. VVE.~ vod c..ut<te f l L0.$0fA? Mt.. FORME EM LETRAS PELA UFAL E H$TCS'RA Pet o C:tsMAC, ~ EMPRE.40 ~ rtc.cJ50. A. T.APOCA E O BEvj 7:Zo fa&A<;••• MÃCEÓ, b.LA6,0AS: MUITAS H5'TC$RAS APAlX0~~1'E.S ~ ct:UE NÃO ~RAM DE ~E SUC..EDER.1 V.Ã~Ac:, VEZES NFLUNDO NA HSTC5RA. 'DO SR.A«5 L • SONS LtVR~ t=XSE~1/E:.vA A REl 1>4Zo A.S~UR_. E EXPER'MENE. TmÇAR. Ã SUA'llSÃO =oaRE: Mte.EtO~ .ES"TE úllMO QIJÃ'DR.~+O ~ SEU. USE-O! ..