3. ..
Moacir Medeiros de Sant'Ana
EFEMÉRIDES ALAGOANAS
2º volume
Maceió
Instituto Arnon de Mello
1993
4. SUMÁRIO
NOTA INTRODUTÓRIA, 7
gFEMÉRIDES SOBRE VULTOS E FATOS
Janeiro, 11
Fevereiro, 25
Março, 31
Abril, 41
Maio, 65
Junho, 75
Julho, 95
Agosto, 121l
Setembro, 137
Outubro, 159
Novembro, 181
Dezembro, 197
EFEMÉRIDES ACERCA DE LIVROS
120 anos de publicação, 215
110 anos de publicação, 215
100 anos de publicação, 215
90 anos de publicação, 215
80 anos de publicação, 215
70 anos de publicação, 216
60 anos de publicação, 217
50 anos de publicação, 218
40 anos de publicação, 219
ÍNDICE DE ASSUNTOS, 221
5. NOTA INTRODUTÓRIA
O Instituto Arnon de Mello, com o renovado apoio
cultural da empresa industrial SALGEMA, lança agora o
211 volume da série EfemérUles Alagoanas.
O objetivo dessa série, iniciada no passado ano de
WH2, é de procurar difundir, cada vez mais, não só os
11rontecimentos importantes da história da nossa pro-
víncia, esquecidos, melhor dizendo, desconhecidos da ge-
rnçiio atual, como também a vida e a obra de muitos dos
nnHsos cidadãos prestantes, infelizmente relegadas ao
oaquecimento, como no caso do pilarense José Corrêa
J1Jnior, cujo centenário estamos a comemorar este ano, o
qunl, em 1914, em busca de dias melhores saiu das pla-
l(nA alagoanas para São Paulo, procedimento anos de-
pois imitado por um filho da Lagoa da Canoa, Agnelo
llt><lrigues de Melo, mais conhecido pelo pseudônimo de
11udas Isgorogota, que paralá seguira no"Itapuca", em 17
de outubro de 1924. A exemplo daquele seu conterrâneo,
lr.in terminar seus dias na capital bandeirante, onde teve
lluhlicada a quase totalidade de sua obra literária.
Na terra da garoa também chegaria Edgard Braga,
• m 1915, para matricular-se no curso médico, transfe-
rindo-se depois para a Faculdade de Medicina do Rio de
Juneiro, onde se doutorou em 1922. Mas em março de
1H23 estava de regresso à capital paulista, onde abriu
com1ult6rio de pediatria, ligando-se anos mais tarde a um
t:rupo de vanguarda, constituído inclusive pelos poetas
<'oncretistas Augusto Campos, Décio Pignatari e Haroldo
Cumpos, legando-nos uma copiosa bibliografia.
Da área da poesia e das artes plásticas, dois outros
uluf?oanos igualmente ali iriam fixar-se, respectivamente
l'lulemonAssunção, que a princípio saira de Maceió para
7
6. Belém, e depois emigraria dali para São Paulo, na déca
da de 20, e por fim Manoel Messi.as de Melo, pinto
e caricaturista, irmão de Isgorogota. Esta dupla, a parti
de 28 de setembro de 1933, com a história "O Tutu tinh
uma pose", iria ingressar no mundo das histórias d
quadrinhos, o primeiro deles desenhando e o outro escre-
vendo os textos das histórias, em versos, dando assim
começo à série divulgada através da edição infantil de A
Gazeta, de São Paulo, em sua segunda fase, iniciada dia
antes, a 14.
Dentre as ocorrências importantes, mas desconhe-
cidas das gerações de hoje, resgatadas através das
Efemérúl,es Alagoanas ora entregues ao público, desta-
camos as dos verbetes relativos aos 90 anos, emjaneiro de
1903, da fixação de Delmiro Gouveiaà antigapovoação da
Pedra; ao Centenário da Fundação da Livraria Ramalho,
também conhecida como Casa Ramalho, o mais impor-
tante estabelecimento do setor de venda e impressão de
livros e periódicos que tivemos em Alagoas; dos 80 anos
do 12
vôo de avião nos céus alagoanos, em 22 de junho de
1913; dos 70 anos da passagem, porMaceió, a 12
de agosto
de 1923, do consagrado polígrafo português Júlio Dantas;
do Centenário da criação, a 20 de agosto de 1893, do
Partúl,o Operário Socialista do Estado de Alagoas; do
Cinqüentenário do torpedeamento, a 26 de setembro de
1943, do vapor "Itanagé", nas costas alagoanas, à altura
da Lagoa Azeda, São Miguel dos Campos, durante a 2ª
Guerra Mundial; do Centenário, a 5 de outubro de 1893,
do início do funcionamento, no Pilar, da fábrica da Com-
panhiaPilarensede Fiação e Tecidos, que fabricou, não só
tecidos de algodão, como camisas de meias, em cores; dos
130 anos do primeiro RegulamentoInterno da Santa Casa
de Misericórdi.a de Maceió, cujo verbete narra inclusive a
história dos primeiros 25 anos de existência desse estabe-
lecimento hospitalar da capital alagoana; do Centenário
da formatura, na Faculdade de Direito do Reci.fe, a 9 de
dezembro de 1893, de Ana Sampaio Duarte, natural de
Palmeira dos Índios, a primeira alagoana a receber di-
8
,foma de curso superior; dos 80 anos da inaugur~çã~, no
~tia 25 de dezembro de 1913, da. Jgr~ja Presbiteriana
ronstruída na rua Dias Cabral, o pnmeiro templo protes-
tunte de Maceió. Quanto aos verbetes concernentes_à
~ida e obra de alagoanos ilustres, chamamos ª~1!-çao
>ara os seguintes: 85 anos do nascime~to, em Maceio, no
~lia 16 de abril de 1908, do cientista s?c1al Alberto Pa~sos
e;uimarães; Centenário de Jor~e de Lima, a 23 ~e abril de
1B93· Cinqüentenário do nascimento, a 15 de Junho, dm
Pnln{eira dos Índios, de José.Marques de _Mel?, um º.~
>ioneiros da pesquisa dos meios de co~ui:1caçao na um
~<"rsidade brasileira e 0 primeiro ?ras1le1ro a .recebf~ o
tftulo de Doutor em Jornalismo; Cmq_üenten~o do e-
•'mento a 27 de agosto de 1943, do industrial Gustavo
;!niva q~e, a despeito de não contar em ~ua época, com
uma legislação trabalhista, como a dos di~s qud C?r~e~,
rcnlizou em suas empresas uma obra social a ~r ve '
voltada para seus empregados; 90 anos do nadsc1men~,
..m Viçosa, no dia 1!! de setembro de 1903., o gran e
folclorista Aloísio Vilela; 40 anos do falecimento, em
Maceió, a 30 de setembro de 195~, ~~ Manoel L?pes
l•'l'rreira Pinto músico amador-v1ohmsta-co~pos1tor,
iornalista e ma~strado e o Centen~o de nascimento, a
io de outubro, do pintor José Pauhno.
M.M.S.
9
7. •
JANEffiO
>7 jnn. - Centenário do jornal Batalhador, surgido em
União dos Palmares a 7 dejaneiro de 1893, opri-
meiro da localidade. Dizia-se órgão imparcial e
era publicado duas vezes por semana em oficina
tipográfica instalada na rua Quinze de Novem-
bro, nº 18, tendo Fortunato Antunes como pro-
prietário e gerente. Apartir de 1895 passou a ser
publicado em Maceió, em tipografia instalada
na rua 12 de Março, a avenida Moreira Lima
dos nossos dias. ,
OH jan. - Cento e vinte anos do início do funcionamento, a
08 de janeiro de 1873, do Colégio Bom Jesus, or-
ganizado no ano anteriorpelo professorFrancis-
co Domingues da Silva. Através de circular es-
se educador,proprietário do educandário, junta-
mente comoprofessorAdrianoAugusto deAraú-
jo Jorge, do Colégio São José, que funcionava na
ruaCincinatoPinto, n2 51, comunicaramà comu-
nidade a fusão dos dois colégios, que passariam
a funcionar conjuntamente, a partir de 12
de ja-
janeiro de 1880, - conservando idêntica a deno-
minação de Colégio Bom Jesus - eIIL_sobrado de
dois andares e casa anexa ao mesmo, na rua da
BoaVista, ns. 4.P e 47, ficando a cargo deAdriano
Jorge a parte literária e a Francisco Domingues,
a parte administrativa.
- Cento e dez anos da instalação, a 08 de janeiro
de 1883, do município de Limoeiro de Anadia,
criado por Lei n2 866, de 31 de maio de 1882, com
território desmembrado de Anadia. A origem do
11
8. novo mu!Ücípio adveio de uma fazenda de gado
de propnedade de Antônio Rodrigues da Silva'
que e~ 1798 edificou uma capela com a dupla in~
vo~~çao de ~anta Cruz e Nossa Senhora da Con-
ceiçao do Limoeiro.
14jan.- Ce.nto e sessenta anos da instalação, a 14 de ja-
neiro de 1833, do muni~ípio e vila de São Miguel
dos_ Campo_s, pelo Ouvidor Manoel Messias de
Leao, -:- c~ados pelo Decreto do Governo Geral
?a Regencra, de 10dejulho do ano anterior-cu-
Ja Câmara foi organizada logo a seguir. Anti-
g_o povoado à margem do rio São Miguel, primi-
ti':amente .ei;tc;avado no território que consti-
twa o mumcrp10 de Alagoas, ao pé dos fertilíssi-
m?sCam~osdoArrozaldeInhamuns de ondelhe
ve~o ~ ~es1gnação restritiva quefoi adicionada ao
pnrmtivonome de São Miguel, (conhecidos esses
c~mpos como os mais belos pastos de todo o Bra-
sil) era natural que tais riquezas e fecundidade
do ~olo fosse atraindo para ali a cobiça dos pri-
meiros habitadores desta parte da capitania"
na~ palavras de João Alberto Ribeiro. '
18jan.- Tnnta anos d~in~talação, no dia 18dejaneiro de
1~63, do mun:;cípio de Novo Lino, criado por Lei
n- 2,:4~0, de 1- d~ dezembro de 1962, oriundo de
Col~~1a~eopoldina. Omunicípioteve suaorigem
nositioLino,peloalferesManoelBarauna,insta-
ladonoanode 1868,datandoa denominaçãoLino
do ano de 1950. '
x22jan.- Ce~tenário do nascimento, no Pilar, a 22 de ja-
n?iro de 1893, de Corrêa Júnior (José Corrêa Jú-
mor),filho deJosé Corrêa da Silva. Nasua cidade
natal fez os seus ~studos primários. Transferin-
do-se p~ra Maceió, nessa capital estudou pre-
paratónos, no Colégio 15 de Março, dirigido
pelo prof. Agnelo Marques Barbosa e no Liceu
Alagoano, tendo feito seu curso superior na
12
capital paulista, na ~Idade de~ de São
P.,auU>. Nomeado em 1913 para exercer um cargo
no Departamento Regional dos Correios, trans-
feriu-se em abril de 1914 para a capital ban-
deirante, no "ltapuhy'', já como Praticante de
2~ classe . Em Maceió foi um dos redatores de
Argos,revistaliterária,artísticae educativa,fun-
dada em setembro de 1910; colaborou em A Ilus-
tração,órgãotrimensal,defeiçãoliteráriainstru-
tiva enoticiosa, aparecidoem1907;AEscolaAla-
goana, quinzenário publicado pelo Grêmio Lite-
rário "Tavares Bastos", periódico esse surgido
a 12 de maio 1908 e em Renascença, cuja cola-
boração mandava de São Paulo, revista literá-
ria dirigida por Barreto Cardoso, cujo primeiro
nú.mero surgiu em Maceió no dia 15 de agosto de
1914. No Estado de São Paulo foi funcionário da
Prefeiturade suacapital, tendosidosecretáriona
gestão do Prefeito Pires do Rio; redatoriou o Co-
mércio de Santos, onde iniciou-se na vida jor-
nalística em S.Paulo, atuando ainda na Folha
da Manhã, em O Combate, tendo sido também
redator social de A,Ga.zeta. Em 1948-49 foi Vice-
Presidente da Associação Paulista de Imprensa
e, no ano de 1960, esteve visitando Alagoas. Nes-
se último ano, a 13 dejulho, a Academia Alagoa-t
na deLetrasrealizousessãoemsuahomenagem.
Seufalecimentoocorreunacapitalpaulista,nodia
09de setembro de 1972. Bibliografia-Livros para
adultos: Poemas das batalhas (S.Paulo)-Tip. Ca-
valiere(1914) 16p.n.num;Rezasprohibidas,poe-
sia.RiodeJaneiro(Tip.daRevistadosTribunais,
1917) 113p.;retr.do autor; Donado meu silêncio,
poesia. S. Paulo, Editorial Helios 1927. 157 p.
Menção honrosa da Academia Brasileira deLe-
tras; Conselhos aos namorados, poesia. 2. ed. S.
Paulo, Edições Heros, 1930, 78 p.n.num; Trovas.
13
9. 22jan.-
S.Pa~o,E~.Meridiana, 1932. 78 p.n.num., retr.
autor, Cantigasde quemtequer, trovas.Posfácio
de AdelmarTavares. S.Paulo (s.tip.) 1939 122
(NaverdadeconstituiumanovaediçãodeTrova~·
comnovo tít~o); 2.ed. S._P~ulo, Ed. Cupolo, 1963~
J08p.n.n~,Poemasmmusculos.RiodeJaneir.o
. Olympio, 1941, 53 p.; Jardim para tuas mãos'
prosa..Capa e desenhos de Noêmia (s.n.t.) 1967~
111p., O~tr~balho: fonte de alegria. Coletânea de
escnto~ uteis. à formação intelectual e moral do
operáriobrasileiro.Pref.doSenadorParcifaJBar-
ro~o. S. Paulo (Empr. Gráfica Revista dos Tribu-
nais) 19!{)8. 198 p.; Oração a São Paulo, discurso
pron~cia~,º na concessão do título de "Cidadão
Paulistano. . ~· Paulo,. J. Bignardi & Cia. Ltda.,
1965. 31 p., Sao ;Francisco de Assis na literatura
e na a~e, ensai?, 1968. Livros para crianças:
Aalegnadesercnança.II. deJoãoBrito. S.Paulo
~oc. I~pressoraPau1~sta, 1929. 53 p., il.: Poesia~
infan~is.Carta-prefáciodeMonteiro Lobato. il. de
J.G.Vdhn. S.Paulo (Rev. dos Tribunais) 1934 72
p.; 2. ed. il. de Hilda Bennet (S. Paulo) Melho~a
mentos1953)72p.Ogatinhoguloso.S.Paulo,Edi-
tora do Bras~I (1954)35p.; il., 3. ed. S. Paulo,Edi-
tora ~o ~rasil ~s.d.) 37 p.; il.;Barquinho de papel,
poesias1nfanti~(S.Paulo,DepartamentoTécnico
daEscola TécmcaAntarctica) 1961. 84p.;Apren-
damosa contar. II. deRodolfoDam. S. Paulo Me-
lhoramentos, 1951. 10 p.; il., S. Paulo, Melhora-
ra.mentos~ 1968 (Horas felizes); A cidade das
cnanças. 11. de Rodolfo Dam. S. Paulo, Melhora-
mentos, 1954, 11 p., il.; 4 ed. S. Paulo, Melho-
ramentos, 1968, 11 p., il (Horas felizes).
Noventa anos da encampação, a 22 dejaneiro de
1903, daAlagoasRailway, nessadata arrendada
à '-!beGreatWesternBrazilRailwayCompanyLi-
mited.
14
-Sessentaanos dainstalação, na capital maceioen-
se, a 22 de janeiro de 1933, do 1ºCongresso Ope-
rário de Alagoas, na sede da Sociedade Perseve-
rança e Auxflio dos Empregados no Comércio de
Maceió. Foi organizado em três partes: Reivin-
dicações; Assistência Social e Política Operária.
Na 1ª dessas partes, os operários da indús-
tria açucareira pleitearam a instituição do re-
gime de oito horas de trabalho diário, com sa-
lário integral; a extinção de multas e ''vales" e
a substituição desses por dinheiro amoedado ou
papelmoeda. Os operários.e trabalhadores deum
um modo geral, através de seus representantes,
nessenúmeroinclufdososdaindústriadoaçúcar,
pediram a uniformidade de salário e a medi-
ção, por trena, das tarefas por eles executadas
no campo.
24 jan. - Trintaanosdeinstalação,a24dejaneirode 1963,
do município de Tanque d'Arca, criado através
da Lei n2 2.507, de 12 de dezembro de 1962,
com território desmembrado de Anadia.
25 jan. - Noventa anos da instalação, no dia 25 de janeiro
de 1903, do município de Leopoldina, criado por
Lei n2 321, de 10 de junho de 1901, o qual em
1944, porforça da Lei estadualn2
2.909, de 31 de
dezembro de 1943, há cinqüenta anos, portanto,
voltou a chamar-se Colônia Leopoldina. Seu ter-
ritório foi desmembrado de Limoeiro de Anadia.
Quanto à sua denominação, - Colônia Leopoldi-
na-dadaem1943,adveio daColôniaMilitarLeo-
poldina, criada por Decreto imperial n2
729, de
09 de novembro de 1850, instaladaem20 de feve-
reiro de 1852 e extinta em 1867.
-Trinta anosdainstalação, a 25 dejaneirode 1963,
do município de Lagoa da Canoa, criadoporLei
n2 2.472, de 28 de agosto de 1962, com território
desmembrado de Anadia. O nome do município
15
10. ...
tevesu~origemnalagoadeidênticadenominação
nele existente.
26 jan.- qitenta anos da chegada da águaencanada a an-
tiga pouoaçã_o da_ Pedra, hoje Delmiro Gouveia,
n~ dia 26 deJ~eiro de 1913, e da iluminação elé-
trica, a 24 deJunho seguinte. As linhas transmis-
soras de e~ergia e os canos adutoresforamlan-
çados nos vinte e quatro quilômetros que deman-
davamdacachoeiradePauloAfonsoàquelavelha
povoação. Adolfo Santos, casado com uma sobri-
nha. de Delmiro Gouveia, e gerente da fábrica
de hn_has de coser que seria inaugurada no dia
6 de Jun~o de 1914, a respeito da chegada da
luz elétnca na Pedra, prestou depoimento a
Tadeu Rocha, por este aproveitado em sua obra
a respeito do pioneiro de Paulo Afonso: "Toda
8:população da Pedra estava fora de casa, assis-
ti_ndo ao espetáculo maravilhoso da transforma-
ç~o que se oper~va na localidade, sendo conta-
gi~te a alegna geral". Pedra foi a primeira lo-
~hdade,.no Brasil, a ser iluminada por energia
hidrelétnca.
27 jan.- Cento e v;inte.anos do aparecimento, em Maceió,
a 27 de Janeiro de 1873, de O Constitucional
órgão do Partido Conservador das Alagoas che'
fiado pelo Senador Jacinto Paes de Mend~nça
sendo o segundo jornãl ãlagoano deste título
1
porquanto ooutro data do ano de 1851. Redigid~
pelos ~s. Olímpio E~sébio de Arroxeias Galvão,
J oaquu~Pontesde Miranda,LuizAntonio Lopes
e J oaqwmJosé de Araújo, era impresso na Tipo-
gi::~fiaCon_serv~dora, pertencenteàquelaagremi-
açao política, situando-se no prédio de n!! 16 da
rua da Imperatriz, depois denominada João Pes-
s~a, onde ~oi publica~o até o seu exemplar de
n- 22: Do numero seguinte, de 17 de abril de 1873
em diante, passou a serestampado no mesmo es-
16
tabelecimento gráfico, mas em outro endereço:
ruadoLivramento,n243.OConstitucionaleraim-
presso em quatro colunas e saía duas vezes por
semana sob a administração de Antônio Duarte
Leite d~ Silva, tendo se retirado da circulação
no dia 30 de setembro de 1873, com o seu nº
70, ano 1.
/.'1.8jan.- Oitenta anos do novo regulamento da~o p~r D~
creto n. 631, de 28 de janeiro de 1913, a pn~e1-
ra Secretaria de Agricultura de Alagoas, cnada
com a denominação de Secretaria de Estado dos
Negócios da Agricultura, Indústria, Comércio e
Obras Públicas, através do decreto estadual nº
566 de 5 de julho de 1912. A sua criação fora au-
tori~ada pela Lei n2 660, de 1ºdejulho.do ~esmo
ano tendo sidoregulamentadapelapnmeiravez
pel~ Decreto nº 583, de 14 de a~ost~ seguint~.
Teve curta duração, porquanto foi extinta provi-
soriamente em 4 de agosto de 1914 (Decreto
nº 721) e definitivamente através do Decreto.
nº 761, de 5 de fevereiro do ano seguinte. l
:10 jan. - Setenta anos da chegada, em Maceió, a 30 de (
janeirode 1923,dohidro-aui.ão'Sampaio Corrêa-
Il" que nesse dia amerissou nas águas.da Lagoa
M~daú, ou do Norte. Segundo cronista do Jor-
nal de Alagoas, "ao aparecer a aeronave sobre
os coqueirais da Ponta Verde, os sinos das
Igrejas entraram a bimbalhar com o coro dos
apitos das embarcações surtas no porto e do fo1?--
fonar dos automóveis; a emoção de toda a gente
que presenciou o empolgante espetáculo foi in-
descritível". Depois da amerissagem, Pinto Mar-
tins, Walter Hinton e John Wilshunssen dirigi-
ram-se à Capitania do Porto, o_nde registra~am a
chegada da grande aeronave. Anoite aos pilotos
e aos jornalistas que acompanhava o raid-New
York-Rio de Janeiro, iniciado a 17 de agosto de
17
11. ~jan. -
1922, foi oferecido um jantar no Clube F" .
Alagoana, tendo o"Sampaio C~rrêa-II" dec f~x
nda mtia~ãBdohdia seguinte, às 10,20 horaso:C,~
es no a a ia A a t' h '
d
· eronave in a de enverga-
ura 80 metros era a ·0 d d ·"L'b rt,,.,, d ' Cl na a por ois motores
I e ·;y ' e 40 H.~. cada um, podendo trans-
gorta;1~ pessoas. PmtoMartinserabrasileirodo
s iara,.diplomado em engenharia naval na Pen-
Y vaI?1a (USA), o qual ingressara na avia - o
atraves do Corpo de Aviadores Policiais de :0-
d.ªIXrq.ueIWalterHinton era InstrutordaEscola
e. ~açao ~aval de Pensacola, tendo sido o
pnme1ro aviador ~ atravessar o Atlântico e
fi....n~lmente.Joh?Yilshussen era engenheirome-
ca~1co, armgo mtimo do cearense. Quanto aos
dois outros companheiros de viagem George T
~r:,:d~·~~a~zelly,erkam, respectiv~mente, re~
. . e ew or World e cinegrafista
rmss1onado pela Pathé News de N I co-
para filmar o raid Pinto M~rtins ova. orque,
acha se ta bé 1.· d , CUJO nome
1
- m m I!fª. o à exploração de petró-
Jº em Alagoas, s~c1dou-se em abril de 1924
Dole~ta ~nos d.a fixação, emjaneiro de 1903, d~
at~:lu~ l o~veza, no ~ntão povoado da Pedra,
. " . e nuro Gouveia, sede do município de
identico nome. O folclorista Aloísio Vilela
seu trabalho Delmiro Gouveia no folclore'a~:
goano, transcreve sextilhas de auton·a d
ta popul Rai o poe-
à h dar mundo Pelado que se referem
c ega a ao povoado Pedra, do grande cea-
rens~ ,?e Ipu, onde nasceu a 5 de junho de
t:::~/A~~i~~~~a~~d~:e~1::Jfi~~:~~eqtriste
morar/Não tinha casa nem gente,!Nem cs~r~3~
pra pas~ar.trerr~ de pedra e do espinho/De
mac~b1ra raste1ra/NaquoleHrtlomedonho/Só
se ouvia a vida inteira/O ronco da cnnguçu,
18
/E o ronco da Cachoeira". Órfão, emigrou para
o Estado de Pernambuco onde veio a tomar-
se um nome conhecido, pelo seu notável tino
comercial. No Recife, no bairro do Derbi, fun-
dou um centro de diversões, o melhor da
época, do qual faziam parte um teatro, um
hotel e um magnífico mercado, tudo isso sem
o auxílio oficial. Entretanto, o prestígio daquele
comerciante empreendedor crescia a olhos vis-
tos, para desgosto dos maus políticos da terra,
que a partir de 1889, passaram a lhe mover uma
campanha desleal, visando a ruína do próspero
homem de negócio. Culminaram, então, com a
criminosaidéia de incendiar a casa de espetácu-
los de propriedade de Delmiro Gouveia, o que
realmente concretizaram. Despojado de seus ha-
veres, deprimido moralmente, viu-se forçado a
abandonarPernambuco,refugiando-seno sertão
deAlagoas,viajandoincógnitonovapor"Jaguari-
be", segundo uns, e no "S. Francisco", conforme
outros, de Re,.cife para Penedo, dali se transpor-
tando para Agua Branca, onde chegou a 15 de
outubrode 1902,permanecendo comohóspedede
seu amigo Ulisses Luna, até que emjaneiro de
1903 instalou-se na Pedra, em casa adquirida
a ManoelFranciscoCorreiaTeles,ondeiriaabrir
o seu primeiro armazém de "courinhos". Apro-
veitando as águas do riacho Paricônia, nesse
mesmo ano contruiu o açude do Desvio, cuja
barragem achava-se localizada por trás da esta-
ção ferroviária daEstrada de Ferro Paulo Afon-
so, no incipiente povoado da Pedra, que ojorna-
lista Plínio Cavalcanti, do Jornal do Brasil, do
Rio de Janeiro, visitou em meado de 1914, e cujo
primeiro contatodescreveemChanaansertaneja
da Pedra: ''Nunca mais se apagará dos meus
olhos de excursionista deslumbrado, a risonha
19
12. miragemdaquelacidadczinho do Pedraem 1914,
tão branca e limpa, que à primeira vistajulguei-
ª um grande algodoaJ dü CHpulhos alw~jantes
(...) Comovido, admirei com o entusiasmo dos
meus 23 anos bem vividos, aquela estranha flor
de civilização e nunca mais deixei de bendizer
ohomem singular, que entre cnctus e bromélias,
conseguira fazer vingar tão virente flor de civili-
zação".
Limoeiro de Anadia, em foto da Primeira década do século.
20
Barquinho de papel, um os mui sd 'to livros do pilarense CorrêaJúnior (1893
• 1972).
21.
13. Encampada a Alaeoas Railway, a 22 dejaneiro de 1903 foi arrendada
à Tho Great Western Brazil Railway Co. Ltd. A foto de sua antiga
estação central, do Maceió, do fotógrafo Álvaro Cardoso, data de 1908.
A30 dejaneirode 1933ohidro-avião"~oCorrêa-ll"amerissou
na lagoa Munda11. Sua tripulação integrada por Walter Hinton, John
Wilsliunssen e PintoMartins, cearense,iliplomadocmengenharianaval
na PeJlSylvânia (lJSA)1 fazia-se acompanllar dejornalistas que cobriam
o raid New York-Rio ac Janeiro.
22
A fábrica de ltnha da Çia. Agro . h·droMtricagerada na cachoeirade
·unhode 1914,eramoVldaaenerft~ 'aneiro de 1913, à wvoaç~o da
~aulo Af~nso.1~11tes,,.porépi, cªhegava !água encanada, e a 24 deJunhoPedra, hoje Deurnro~ouve1a,
seguinte, a luz elétnca.
. FabrilMercantil, inaugurada l!I 6 de
23
Delmiro Gouveia
(1863-1917), cm
fotografia oferecida
ao dr. Euclides Malta,
no dia 12 de março
de 1909.
,
14. FEVEREIRO
01 fev. - Quarenta anos do aparecimento, a 1º de feverei-
ro de 1953, em Maceió, da primeira Página dos
Municípios da imprensaalagoana, quando oJor-
nal de Alagoas, sob a denominação de "Jornal
dos Municípios", passou a divulgar a referida
página, coordenada pelo jornalista José Maria
de Carvalho Veras. Mas a partir de 31 de maio
seguinte mudou seu título para ''Vida Munici-
pal", passando a constituira 2ª sessão do aludido
jornal. Finalmente, a 29 de novembro do citado
ano de 1953, recebeuumnovo nome: "Página dos
Municípios", idêntico, portanto, ao que lhe fora
dado meses antes, em fevereiro.
- Trinta anos da inauguração, a 1ºde fevereiro de
1963, durante o governo de Luiz Cavalcante, do
Ginásio de Esportes do Colégio Estadual de Ala-
goas - Liceu Alagoano, na parte final da avenida
. Moreira Lima.
'09.fev- Centenário dafundação, a 9 de fevereiro de 1893, J.
de uma filarmônica constituída por operários da
' fábrica detecidos de FernãoVelho, de proprieda-
de da Companhia União Mercantil, pioneira em
Alagoas no fabrico de tecidos.
14.fev.- Setenta anos da instalação, em Maceió, a 14de
fevereiro de 1923, do Colégio Batista Alagoano,
em uma casa, localizada no sítio pertencente à
Missão Batista, no n2 7, da rua Aristeu de Andra-
de, no bairro do Farol. Nesse ano, porém, apenas
funcionou uma turma de 29 alunos, do 4º ano. No
ano seguinte, a 4 de fevereiro, o colégio passou a
25
15. ..
funcionar em novas dependências, no sítio See
ger, contíguo às antigas dependências, onde e
1925 foi inaugurado um internato. O primeir
Corpo Docente desse educandário, dirigido pe-
lo missionário norte-americano John Mein, er
composto por Apolônio Batista, Clotília Barre-
to, Elizabeth Mein e Octavio E. Santos.
16 fev. - Cento e sessenta anos da instalação, presidid
pelo Ouvidor Manoel Messias de Leão, no dia 16
de fevereiro de 1833, do munictpio de Viçosa, na
época com o nome de Vila Nova da Assembléia,
criada através da Lei de 13 de outubro de 1831,
tendo Atalaia como município de origem. Seu
primitivo nome foi Riacho do Meio, curso de água
que corre entre os riachos Limoeiro e Gurun-
gumba. Em 1943 deram-lhe a denominação de
Assembléia, voltando a Viçosa no ano de 1949.
21 fev. - Cento e sessenta anos da instalação, no dia 21 de
fevereiro de 1833, do município de União dos
Palmares, então denominado Vila Nova da Im-
peratriz, criado porLei de 13 de outubro de 1831,
tendo Atalaia como município de origem. Cha-
mou-se, sucessivamente, Macacos, CercaRealde
Macacos, Santa Maria Madalena, Vila Nova
da Imperatriz (1831), União (1889) e por fim,
União dos Palmares (1944).
24 fev. - Setenta e cinco anos dainauguração dos serviços
de reforma, em 24 de fevereiro de 1918, executa-
dos no período governamental do dr. João Batis-
ta Acioli Júnior, no edifício que fora inaugura-
do em 7 de setembro de 1870, durante a admi-
nistração provincial do dr. José Bento da Cunha
Figueiredo Júnior, sob planta do engenheiro
inglês Carlos de Mornay, para sede do Consu-
lado Provincial, que anos depois teria a sua
denominação mudada para Recebedoria Cen-
tral. A aludida reforma, realizada mediante pro-
26
jeto do arquiteto José Diniz da Silva, acrescen-
tou-lhe um andar no antigo prédio. Além disso,
nos fundos do mesmo foi construído um pe-
queno cais, ultimado em junho do citado ano
de 1918, destinado a defender das marés o
edifício atualmente ocupado pelo Museu da
Imagem e do Som - MISA.
Viçosa: rua Nova, em fotognfia da primeira d6cada do século, do fotógrafo
amador Cassiano Souza.
27
16. União dos Palmues,sededo município instalado a 21de fevereiro de 1833,em
foto da década de 20.
Prédio inaugurado a 7 de setembro de 1870, para sediar o Consulado
Provincial, em 24 de fevereiro de 1918deu-se a inauguração das obras
de acréscimo de seu pavimento superior.
28
lll>cebedoria Central, antigo Consulado Provincial, já com o seu pavimento
1111perior, inaugurado em 24 de fevereiro de 1918.
29
17. MARÇO
V2 mar - Oitenta anos de O Semeador, periódico católico
de Maceió, públicado a princípio semanalmente,
a partir de 2 de março de !_913 - nas oficinas
daLivraria Americana, então de propriedade de
Amaro Medeiros -sob a direção doPadreAntonio
Valente e redação dos padres Franklin Lima e
Luís Barbosa, seus fundadores. Havendo o 12
Arcebispo de Alagoas, D.Manuel Antonio de Oli-
veira Lopes, adquirido uma oficina tipográfica,
O Semeador interrompeu sua circulação, em se-
i tembro de 1913, enquanto a referidatipografia,
-adquirida mediante subscrição do clero dioce-
sano- eramontadanopisotérreo do chamadoPa-
láciodoBispo, ondepassariaa serimpressotodas
astardes,apartirde 12
de outubro do mesmo ano
de seu aparecimento, dirigido pelo cônego Jo-
ão Machado de Melo e dirigido pelo mesmo cor-
po redatorial de sua primeira fase, acrescido do
professor Moreno Brandão. Emjaneiro de 1921,
Antonio Valente, Franklin de Lima e Luís Bar-
bosa comunicaram ao Jornal de Alagoas que O
Semeador iria ser substituído pelo Diário de
Maceió, vespertino a "aparecer dentro de breves
dias, com a feição de jornalmoderno, mas com
orientaçãocatólica".Oaludido órgão deimprensa
surgiria, de fato, pouco tempo depois, a 12
de
fevereiro, soba direção docônegoAntonioValen-
te, e ainda segundo o citado informe divulgado
no Jornal de Alagoas, pretendendo "pugnar pe-
lo bem da comunhão, dentro das normas da
31
18. imprensa moderada, combatendo o erro e enal-
tecendo a virtude". Nesse mesmo ano de 1921
a 16 de fevereiro, falecia em Maceió um do~
f~dadores de O Semeador, o cônego Franklin
Lima. E no ano seguinte, o de 1922, a 12 de mar-
ço? re~pareceria esse último periódico, com pu-
bhcaçao semanal, o qual após breve ausência
v?l~o~ a circula:, ~o dia 16 de maio de 1923:
d1ngido P?r Antonio Valente, na época cônego,
e secretanadopelopadreJoão GuimarãesLessa
estampando o número inicial dessa nova fase'
o. retrato de D. Santino Coutinho, novo Arce~
bispo de Alagoas, sendo impresso em depen-
dência da Igreja de Nossa Senhora do Rosário
A 12 de janeiro de 1933, após período de afas~
tatamento da arenajornalística, reapareceu em
nova fase, sob a direção do cônego Fernando
Lyr8: a .administração do cônego João Lessa.
Em Janeiro de 1936, no corpo redatorial de O
Semeador ingressaria os então padres Adel-
mo Machado, Luís Medeiros Netto e Teófanes
de Barros, bem como o dr. Olavo de Campos
e _o na época acadêmico de Direito, José Petro-
nilo de Santa Cruz. Já retirado da circula-
ção, a 28 de dezembro de 1968 D. Adelmo Ma-
c?ado, Arcebispo Metropolitano, nomeou oentão
con.ego Fernando Iório como seuDiretor-Geral, e
mais o padre Salomão de Almeida Barros Lima
o .cône~o Teófanes Barros, como membros d~
D1retona daquele jornal, que iriavoltar a circu-
lar, semanalmente, em nova fase, a partir de
agosto de 1969.
02 mar.- Quarenta anos do falecimento, no Rio de Janei-
ro, a 20 de março de 1952, de Américo Melo. Na-
tur~l de São Miguel dos Campos, onde nascera
a 1- de novembro de 1876, Américo Otaviano
da Costa Melo foi deputado estadual de Alagoas
na 12ª(1913-14) e 15ª(1919-20) legislaturas. Da-
32
do a estudos econômicos-financeiros, publicou,
naimprensa alagoana,inúmeros trabalhos acer-
ca do assunto. Sócio efetivo do Instituto Históri-
co e Geográfico de Alagoas, pertenceu também à
Academia Alagoana de Letras, onde ocupou a
cadeira que tem como patrono oVisconde de Si-
nimbu, sobre o qual teve o ensejo de escrever
a sua biografia, publicada no Rio de Janeiro,
debaixo do títuloVisconde de Sinimbu. Deixou
ainda publicado um livro de versos-Nuvens de
inverno, impresso em Maceió em 1947, além
deoutrostrabalhos,comoimpostoterritorial(Ma-
ceió, 1919) e A lavoura nacional (Rio de Janeiro,
1922).Inéditos, nos legou: O mistério do petró-
l~o em Alagoas; Ensino secundário no Brasil e
Ultimos sonhos.
03 mar.- Oitenta anos do surgimento, em Maceió, a 3 de
março de 1913,do quinzenárioliterário e noticio-
so O Velocínio, de pequeno formato. Tinha co-
mo redator-chefe Octavio Viana, como redator,
Agenor Dantas e como gerente, Ezechias da Ro-
cha.
'onmar.- Oitenta anos da criação, em 6 de março de 1913,
daparóquia de Santo Antonio, da então, vila de
Sertãozinho, depois MajorIzidoro, povoaçãofun-
dada por Izidoro Rodrigues da Rocha. Desmem-
brada da freguesia de Santana do Ipanema, a 8
dejunho ocorreu a posse de seu primeiro vigário.
- Cinqüentenário da inauguração, em 6 de março
de 1943, da rodovia asfaltada, ligando as duas
bases aéreas de Maceió, a do Vergel do Lago,
construída, pelos norte-americanos durante a 2ª
Guerra Mundial, para aviões anfíbios, e a do Ta-
buleiro do Pinto. A primeira estrada do Jacutin-
ga (Farol) ao Tabuleiro do Pinto, na época deno-
minada "estrada de automóvel", que começou
a ser construída pela Intendência de Maceió, em
33
19. outubro de 1916, foi inaugurada no ano seguin-
te, a 6 de janeiro.
08 mar.- Cento e setenta anos da elevação da vila das
Ala~oas, - atual Marechal Deodoro - à categoria
de cidade, P?r carta régia de 8 de março de 1823,
em harmorua com o Decreto de 24 de fevereiro
do mesmo ano.
17 mar.- Trinta anos do lançamento da pedra fundamen-
tal, em 1? de março de 1963, doAlagoas Iate Clu-
b~, ocomd? nas proximidades do hoje desapare-
cid~ coqueiro Gogó da Ema, quando para o acon-
tecimento foram armadas inúmeras tendas no
estilo oriental e dispostas inúmeras mesas 'em
tom? da~ quais formaram-se numerosos gr~pos.
A pnme1ra pá de cimento foi colocada na pedra
fundamental, por Lui~ Carlos Braga Neto, Co-
modoro deHonra, seguido dosmembros da Dire-
toriaedeautoridadespresentes.Outracerimônia
express~va, seg~doominuciosoregistrofeitope-
la columsta social Marluce Chagas, foi a do has-
teamento das bandeiras do Brasil e as de todos
os clubes sociais da cidade, pelos presidentes ou
representantes, ao som do hino nacional:J arbas
GomesdeBarros(Fênix),FernandoPinto(Tênis)
Odorico Maciel (Iate Clube Pajuçara) Nelso~
Valeriano (Portuguesa), Alberto Paiva CAABB)
VicenteBertolini(CSA),SeverianoGomes(CRB)
1
Cel. Bendochi Alves e Paulo Renor (Alagoas Iat~
Clube). Do programa constouainda a salva de 21
ti;os, regata à vela e, para coroar aquela sole-
~dade,um~hurrasco. Alémdaspessoashápouco
citadas, estiveram presentes os jornalistas Ar-
n~ldo~amboeCarlosMoliterno,MarluceChagas,
Cand1da Pal~eira, Janisse Albuquerque, Lêda
Lyra, dr. Hého Ramalho, dr Danúbio Acioly e
acompanhadosdasr~spectiv~sesposas,JúlioCa~
brales, dr. Jorge Qmntela, dr. João Maia Nobre,
34
OFAl
BIBLIOTECA CINTIAL
Aloísio Bezerra, Cláudio Pradines, dr. José Ly-
ra, engenheiro Anselmo Botelho, en~re outros..
20 mar.- Quarenta anos do falecimento, no Rio de J~e1-
ro, no dia 20 de março de ~do ro~cista,
contista cronista e memorialista Graciliano Ra-
mos, cuJo centenário de nascimenf.?, em Que-
brangulo, a 27 de outubro de 1892,foi largamen-
te comemorado no passado ano de 1992, em todo
o país. O 12volume da série Efemérides Alagoa-
nasinclui ampliado verbete acerca do grande es-
critor. . 23 d
2!' mar.-Trinta anos da inauguração, em Maceió,,1; ~
março de 1963, do Clube do Tra~alhador Delmi-
ro Gouveia", às 16horas desse dia, com a P.r~sen
ça do Governador Luiz Cavalcante., do M~rustro
Almino Afonso Haroldo Cavalcanti, Presidente
do Conselho N~cional da Indústria,.outras au:o-
ridades e o povo em geral. Foi construido
pela Federação das Indústrias do Estado de
Alagoas.
iH mar.- Cento e dez anos do falecimento,.ª 28 de~ffi:arço
de 1883, do poetaAntônioRomariz, -~~ton10 de
Almeida Romariz - em viagem mantin;ta entre
Maceió e Penedo. Casado há poucos mais de ~
ano comMaria Lúcia de Almeida Rom~z, din-
gia-se ao sertão à procura de melhor chma para
tratamento de sua saúde, ultimamente agrava-
da. Natural de Penedo, onde nas~e':1em18.~0 ?u
1851,nessa cidade ribeirinhar~digm ope~odi~o
A Escola (1876), com José Batinga;.a revista li-
terária semanal Echo do S. Francisco (15 ago.
1876)· Órgão do Povo (1877) e oEstrela do Nor-
te (21
1
abr. 1878), de Maceió, onde tamb.ém cola-
borou na Gazeta de Notícias (12 de maio 1879).
Postumamente, pouco meses apó~ a sua morte,
publicou-se um livro seu de poesia: Auras ma-
tutinas (Maceió, 1883).
35
20. - Centenário da inauguração, em 28 de março de
1893, da estação telegráfica de São Luiz do Qui-
tunde, que passou a se comunicar com Maceió,
"três horas diariamente: pela manhã, ao meio-
dia e à tarde, sendo o preço de cada palavra
/ 70 réis".
2,9 mar.- Sesquicentenário do nascimento, na capital ala-
' ;.1 goana, em 29 de março de 1843, de Joaquim Jo-
nas Bezerra Montenegro. Formado em Ciências
JurídicaseSociais,no ano de 1866, pelaFaculda-
de de Direito do Recife, era filho de Manoel Ja-
nuário Bezerra Montenegro e de Rita Bezerra
Freire e foi Promotor Público de Atalaia e Juiz
Municipal em Ponta Grossa, no Paraná; Juiz de
Direito de Macapá (Pará), Vice-Presidente da
então Província do Pará. A princípio sócio cor-
respondente do Instituto Histórico e Geográfico
Alagoano, atual Instituto Histórico e Geográfico
de Alagoas, e a partir de 25 de abril de 1930,
transferido para a categoria de honorário, seu
nome encontra-se intimamente ligado a essa en-
tidade cultural, pela doação que fez de preciosos
espécimes arqueológicos por ele conseguidos na
Ilha de Marajó e enviados anonimamente em se-
tembro de 1897, através do dr. Joaquim da Silva
Costa, quando aquele Instituto era presidido pe-
lo Prof. Adriano Augusto de Araújo Jorge. Na
época em que residiu no Estado do Pará, adqui-
riu importantes propriedades na mencionada
ilha de Marajó, de cujo subsolo extraiu o ma-
terial arqueológico remetido por doação à men-
cionada instituição cultural alagoana. Era ca-
sado com TerezaMontenegro,naturaldoPará.
Escreveu, aos 78 anos, Cartas a Marilda Palínia,
cujosmanuscritosacham-seconservadosnoinsti-
tuto Histórico e Geográfico de Alagoas. J.F. Ve~
lho Sobrinho registra, de sua lavra, O con-
36
trato de arrendamento das fazendas nacionais
de Marajó. Belém, Typ. d'A Província do Pará,
1887. Seu falecimento ocorreu no dia 14 de
Janeiro de 1932.
A antiga capital
da Província das
Alagoas, a víla
do mesmo nome,
lllcvada à categoria
de cidade por carta
rlgia de 8 de março
do 1823, cm foto do
iruc:io do século,
batida por L
J,avenerc.
37
Oficinas da
Typograpbia
Americana, na
então rua da
Alf'andega, atual
Sáe Albuquerque,
cm Maceió, onde
foram impressos
vários jornais
alagoanos, inclusive
os primeiros números
de O Semeador, de 2
de março de 1913.
21. Auras
matutinas,
livro
de poesia
do penedense
Antonio Romariz,
falecido no dia
28 de mar~
de 1883.
38
Graclliano
Ramos, jána
fase adiantada
da enfermidade
que o levaria
ao túmulo, no Rio
de Janeiro, a
20demar~
de 1953.
Velho sobrado da rua do Comércio, de Maceió, onde no dia 29 de março de 1843
nnsceu Jonas Montenegro (Joaquim Jonas Bezerra Montenegro).
39
22. "
ABRIL
o:~ abr.- Oitenta anos do falecimento, na capital alagoa-
na, em 3 de abril de 1913, de Nwodemos Jobim
-Nicodemosde SouzaMoreiraJobim. Natural de
~clja, onde nasceu a 29 de novembro de 1836,
estudou primeiras letras em sua terra natal,
com professores particulares, tendo se dedicado
ao magistério.!E foi na condição de professor pú-
blico primário que percorreu o território alagoa-
no durante 28 anos/ aposentando-se por fim, co-
mo professor da4ª cadeira de instrução primária
de Maceió. Em 858 era professor na então vila
daPalmeiradosIndios..Dadoa estudoshistóricos,
era sócio do Instituto Arqueológico e Geográfico
Alagoano, atual Instituto Histórico e Geográfico
de Alagoas, em cuja revista colaborou.'Foi tam-
bém~Jahon1dOJ: do DiáJio das Alagoas, em sua
primeira fase, iniciada em 1º de março de 1858.
Seu mais importante trabalho de sua área de es-
Ípecialização foi a História de Anadia{impressa
emMaceió, naTypographiaSocial de Amintas &
Filho, no ano de 1881. Outros estudos históricos
não reunidos emvolume: Lenda anadiense e tra-
dição histórica: N.S. da Piedade da vila de Ana-
diana província das Alagoas. O Liberal, Maceió
1ºfev. 1872, sob a assinatura Professor Nicode-
mos; Informações sobre a jazidaindígena de Ta-
quara. Revista do Instituto Archeológico e Geo-
grapbico Alagoano, Maceió, 1(6):160,jun. 1875;
ARevolução de 1824. AVerdade, Maceió, em nú-
mero não detectado desse jornal, surgido em ju-
41
23. ~o de ~878;. Apo~tamento histórico da fregue-
sia de Lunoeiro, lida em sessão do Instituto Ar-
q~eológico e.Geográfico Alagoano, de 1881, iné-
dito do arqwvo do aludido Instituto.
03 abr.- Sessenta anos da primeira exibição do filme "Ca-
samento é negócio?", às 15,30 horas de 3 de abril
de 1933,no Cine Capitólio, de Maceió em sessão
especial dedicada à imprensa. Dirigido por Gui-
l~erme l_Wg~to e EtelvinoLima, a primeiraexibi-
çao emcircwto comercialocorreunamesmacasa
de espetáculos, quatro dias após a 7 do aludido
mês de abril. O Jornal de Alagoa~ dessa data di-
vulgou a propaganda comercial do mesmo deno-
~nando-o de ':novel~ sobre assunto local de pal-·
p1tante actuahdade, interpretada por distinctos
~ad~res: Bonifácio Silveira, Luiz Girard, Moa-
cir Miranda, Josefa Cruz, Agnelo Fragoso Or-
landoYieiraeArmandoMontenegro".JoséMaria
Ten6no Rocha, em Subsídios à história da cine-
matografiaemAlagoas,de1974,acrescentouque
afora os i~té~retes acima, tomaram parte n~
elenco Antôruo Portugal Ramalho (Toniquinho)
Morena Mendonça e Cláudio Jucá. Em 23 dess~
mes~o mêsde~bril, a bordo do"Itanagé", Rogato
segu~u para oRio de Janeiro, - de onde voltaria a
3 deJ~O - l~vando consigo a primeira produção
da ~a~dio ~lm. A 30 de setembro seguinte, em
matine, registra oJornal de Alagoas desse dia o
filme foi mais uma vez apresentado no Ci~e
Capitólio, após haver sido exibido no Rio de Ja-
neiro, ~os estúdios da Cinédia, e de haverrecebi-
dodeCi~earte,me!lsá;iodecríticacinematográfi
ca, elogiosas r~ferencias. OcineastaRogato, con-
forme ~ons~gmmoslevantarnaimprensadaépo-
ca, emJane1ro de 1~33jáhavia conseguido filmar
~guns dosúltimoslancesdaproduçãodaGáudio-
F1lm. Para as cenas de interiores, contou com a
42
colaboração de Aurélio Lages, proprietário de
movelaria, "queforneceu gentilmente um lindo e
ricomobiliário para a cenarização".Jáno serviço
demaquiagemserviu-sedeEtelvinoLima,"velho
técniconessas atividades de composição de tipos,
muito conhecido nessa especialidade em nosso
teatro". Guilherme Rogato, informamos agora,
que aoBrasilchegaraatravés do porto deSantos,
em 1910, procedente de Nápoles, e pisara pela
primeira vez o solo de Alagoas em outubro de
1918,juntamentecomoutrofotógrafo, oespanhol
Ramon Spá, do qual era sócio na firma que gira-
va sob o nome Rogato & Spá, em janeiro de
1919realizouemMaceióuma exposição deretra-
tos em esmalte na sala de espera do Teatro e
Cinema Floriano, -inaugurado em 21 de junho
de 1913 - quando inclusive exibiram retratos do
GovernadorFernandesLima,deLeoninoCorreia
e Firmino Vasconcelos, conforme assinalou o
Jornal de Alagoas de 12 do citado mês de janei-
ro de 1919. Guilherme Rogato, italiano de San
Marco Argentano, Cossenza, onde nasceu a 7 de
dezembro de 1898, viria a falecer na capital
alagoana, quase esquecido, no dia 9 de setembro
de 1966.
lf 07 abr.
1
Centenário da publicação de anúncio no jornal
Gutenberg, a 7 de abril de 1893, na qualAugusto
Vaz da Silva informa que, dispensado a 16 de
fevereiro daquele ano, da Livraria Francino, -
a mais antiga das livrarias estabelecidas na
capital maceioense - havia aberto um pequeno
estabelecimentonaruadoComércio, n!! 140, logo
batizado como Livraria Santos, onde negociava
com livros novos, material de escritório e
também vendia e comprava livros usados, O an-
tigo prédio onde funcionou a livraria em fo-
co teve sua primitiva fachada modificada em
43
24. 1~2~. Augusto Vaz da Silva, que em decor-
renc1a do nome de sua casa comercial passou
a ser conhecido como "Seu Santos", foi também
Conselheiro Municipal e viria a falecer em Ma-
ceió, no dia 4 de novembro de 1937. Era pai do
p~squisador e biógrafo alagoano Augusto Vaz
Filho (1900-1968), que da mencionada livraria
foi proprietário na década de 30, depois da morte
de seu fundador. Durante a referida década a Li-
vraria Santos começou a realizar uma Feira de
Liv~os. A terceira delas, constituída não apenas
de.livros usados, como principalmente de novos
editados pelaAriel, Civilização Brasileira Com~
panhia Editora Nacional, Globo, Unita~, etc.,
aconteceu há sessenta anos, a partir de 17 de
julho de 1933.
12 abr.- Cento e vinte anos do início do funcionamento a
12 de. abril d.e 1873, da Estação Telegráfica de
Macei6, sem inauguração oficial em comunica-
ção direta com Recife. Nas prim~iras transmis-
sões foram usados dois aparelhos portáteis de
marca "Siemens Others". '
,.l(l3abr.- Centenáriodainstalação, emRecife, a 13de abril
d~ 1893, da Companhia Usina Cansanção de Si-
; r'
,
t.t"~
ni"!bu, comocapitalinicial deRs. 1.000.000$000
(rml contos de réis). Seu maior acionista era
a firma inglesa Boxwell, Williams & Co., da
qual eram sócios Arthur Griffith- Williams
Presidente da citada companhia proprietária d~
futura usina de fabricar açúcar e John Harvey
Boxwell, entre outros. Depois de adquiridas as
terras necessárias à instalação da fábrica no
município de São Miguel dos Campos, em' no-
vembro desse mesmo ano de 1893 tiveram co-
meço as escavações dos alicerces do edifício da
Usina, que somente viria a moer pela primeira
vez em outubro de 1894.
44
J
1õ abr. - Cento e trinta anos do nascimento, em Palmeira
dos Indios, a 15 de abril de 1863, de Maria Lúcia
Duarte.No antigo LiceuAlagoano, de Maceió, fez
o seu curso secundário, com a intenção de pros-
seguir com os seus estudos e ingressar em uma
das faculdades do país, o que não foi possível rea-
lizar, por circunstâncias alheias à sua vontade.
Casando-se no verdor dos anos, com o poeta pe-
nedense Antônio Romariz, de quem enviuvou
aos 20 anos de idade, em 28 de março de 1883,
paraproveroseusustentofundou a 2 dejulho se-
guinte o Atheneu Alagoano, educandário de ins-
trução primária e secundária, destinado ao sexo
feminino. Juntamente com Rita de Mendonça
Barros Correia fundou e passou a redigir a Re-
vista Alagoana, de publicação quinzenal, que se
dizia periódico científico e literário, de propa-
ganda da educação da mulher, cujo número ini-
cial apareceu emMaceió, a31 dejaneirode 1887.
No ano seguinte, deu a lume ao Almanaque Li-
terário Alagoano das Senhoras, do qual foi orga-
nizadora, a primeirapublicaçãono gênero apare-
cida no Brasil sob a direção de uma mulher, da
da qual se conhece ainda um outro número, rela-
tivoa 1889.Prestoutambéma suacolaboração ao
Almanaque Literário Alagoano, saído pela pri-
meiravezem 1900 e aoAlmanaqueAlagoano das
Senhoras,cujonúmeroinicialéde 1902. Em1898
já era casada, em segundas núpcias, com o dr.
João Francisco Duarte, adotando então a assi-
natura Maria Lúcia Duarte, em substituição à
de Maria Lúcia Romariz, que até então usava.
Era filha do capitão José Vieira Sarmento e de
D. Capitulina Clotildes Alves Vieira.
- Centenário daplantada fachada do «TeatroAla-
goano" - datada de Maceió, 15 de abril de 1893,
executada pelo arquiteto italiano Luiz Lucariny,
45
25. cuja descriçãofoi publicadanas colunas dojornal
maceioense Gutenberg, do dia 18a 27 domencio-
nado mês de abril.
Yl6 abr.- Oitenta e cinco anos do nascimento, a 16de abril
,de 1908, em Maceió, do cientista social Alberto
'
Passos Guimarães, de onde emigrou na década
de 30, inicialmente para o Rio de Janeiro em fe-
vereiro de 1933,depois paraa Bahia, -no ~eríodo
em que fugia da repressão em face principalmen-
te de sua atuação na Liga Contra a Guerra e
' oFascismo e naAliança Nacional Libertadora - e
' definitivamente para oRio de Janeiro/ no ano de
1947, onde atualmente reside. De sua autoria
reunido emvolume, possui: Inflação e monopóli~
no Brasil (Rio de Janeiro, 1963); Quatro séculos
d.e lat~fúndio (Rio, 1964;4 ed. 1978);Acrise ~grá
na (R10, 1979)eAsclassesperigosas: banditismo
urbano e rural (Rio, 1981). Dele são também os
verbetes: "Rio de Janeiro, city and state", da
Encyclopaedia Britannica (Chicago, USA), e "A
Reforma Agrária", da Enciclopédia de Ciências
Sociais (Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Var-
gas). Alberto Passos, filho do comerciante Amé-
rico Passos Guimarães, falecido na capital ma-
ceioense a 30 de dezembro de 1935, e de Afra
tAmorim Guimarães, foi um dos integrantes do
)
chamado Grupo de 30, intelectuais atuantes em
Maceió, na década de 30, ao qual pertenceram,
entre outros mais, Aurélio Buarque de Holanda
1
GracilianoRamos,Jayme deAltavila,JoséAuto:
José Lins do Rego, ManuelDiégues Júnior, Moa-
cyr Pereira, Rachel de Queiroz, Raul Lima, Théo
1 Brandão e Valdemar Cavalcanti. Jornalista pro-
)
fissional, 1:ª capi~al alagoana colaborou em di-
versos órgaos da imprensa local, entre os quais
O Estado, Jornal de Alagoas, A Vanguarda Pro-
/ letária, que dirigiu a partir de janeiro de 1933,
46
tendo também fundado e redigido, juntamente ~
comValdemar Cavalc~nti, a revista li-t:erária se- )
manal Novidade, surgida em 11 de abnl de 1931.
Na Bahia, segundo Laudo Braga, prestou a sua
colaboração ao Diário da Bah~a e ao Es~do da
Bahia redatoriou o semanáno progressista O
Mome~to e a revista A Seiva, enquanto no Rio
de Janeiro "passou pelas redações d'O Jornal, do
semanário Observador Econômico e Financeiro
e colaborou na edição do Jornal do Brasil, come-
morativa do 4Q Centenário do Rio de Janeiro,
tendo sido ainda diretor executivo do diário ca-
rioca Hoje, de breve existência". tRelativa1!1~nte1
à sua atuação em entidades das áreas pohtica e1
cultural é membro correspondente do Instituto
Históric~ e Geográfico de Alagoas; só~o da As- : [j
sociação Brasileira de Re.forma Agrána; mem- - I f
bro da Comissão Nacional de Defesa e pel~.
senvolvimento da Amazônia (CNDDA);IÍnembro ~ 1.J'à
do Conselho Diretor do Centro Brasil Democrá- "
tico (CEBRADE); membro do Conselho Consul-
tivo da revista Encontros com a Civilização
Brasileira e do Conselho Editorial da Revista de
EconomiaPolíticadeS.Paulo.FoiredatordoSer-
viço Público, do quadro da Fundação IBGE (an-
tigo Instituto Brasileiro de Geografia e Esta-
tística)· Chefe da Seção de Pesquisas e Plane-
jament~ do Setorde Pesquisa e Planejame~to da
Rede Ferroviária Federal; Chefe do Serviço de
Inquéritos Estatísticos, da Diretoria de Levan-
tamentos EstatísticosdaFundação IBGE; Chefe
do Setor de Sistematização do Serviço Nacional
de Recenseamento; Chefe da Seção de Geografia
da Enciclopédia Delta-Larousse; Co-editor de
Geografia e Economia da Enciclopédia Mira-
dorInternacional, editadapelo EnciclopédiaBri-
tânica do Brasil.
47
26. 18 abr.- Ce~ anos do falecimento, em Lisboa, a 18 de
abnl de. 1~93, de~tônio Inácio de Mesquita Ne-
ves, latimsta eménto, natural da velha cidade
das Alago~s, ~oje Mai:echal Deodoro, onde nas-
cer~ no dia 1- de maio de 1824. A sua maior
aspiração era seguira carreira eclesiástica. Teve
de ~efrear, porém, esse desejo, por motivo do fa-
lecrmento _?e seu paí! ocorrido em 1841, ingres-
sa_ndo entao no magistério, como professor pú-
blico, para comos parcosproventos oriundos des-
~e P!ofessorado, sustentar a si mesmo e a seus
1r:n8:ºs men~res. Sua nomeação para professor
p~bhco ~e pnmeiras letras, da 1!! cadeira de Ma-
ceió, venfic;_ou-.se a 29 de outubro de11846, duran-
te ap~esidencia da província das Alagoas, dodr.
Anto~o Manoel de Campos Melo. Mesquita Ne-
ves ~oi um dos redatores do periódico O Tempo
surgido na capital,maceioense, a 7 de setembro'
de 185~, órgão. do Partido Liberal em Alagoas
r~datoi:-ando ainda nesse ano, o periódico literá.-
no Matiz, de vida efêmera. Quando da adminis-
tração de ~tônio Ço;lh? de Sá e Albuquerq~'e,
que assumm a presidencia da província das Ala-
goa~ e~ 13 de outubro de 1854, Mesquita Neves,
1
enta? ~unda professor de primeiras letras, achou
decnbcar, através das páginas de O Tempo al-
g_uns atos presidenciais, o que lhe valeu um~ sé-·
ne de perseguições da parte daquele governantef
J A.28 de sete1?bro de 1857 transportou-se para o
Rio de Janeiro, º?de veio a ocupar o lugar de '
Co_nferente da Caixa de Amortização, cargo que
d~ixou em fevereiro de 1868, para exercer o de •
AJud~nte de In~petor da Alfândega de Maceió.
Ao Rio de J ane1ro voltaria a 13 de setembro do
mesmo ª1:1º' para novamente ocuparoantigo car-
go da Caixa ~e Amort~zação, até sua extinção,
passando entao a servir como adido ao Tesouro
48
Nacional e depois como Inspetor da Alfândega
de Porto Alegre, de 24 de setembro de 1873 a 13
de abril de 1876. Depois foi Inspetor da do Mara-
nhão, para cujo cargo foi nomeado a 31 dejaneiro
de 1877, tomando posse a 22 de março; Chefe de
SecçãodadePernambuco; Inspetordade Santos,
aposentando-se, depois daproclamação daRepú-
blica, como Conferente da Alfândega do Rio de
Janeiro. No Instituto Arqueológico e Geográfico
Alagoano,hojeInstitutoHistóricoeGeográficode
Alagoas, foi admitido como sócio corresponden-
te, no dia 27 de setembro de 1873. Designado
Comissário de Imigração em Barcelona, ali apa-
nhou a moléstia que viria a lhe roubar a vida.
Mesquita Neves é autor do livro de versos Pri-
meiros prelúdios de minha lira, Maceió, 1851,
que constitui a obra literária mais antiga de que
temos notícia, dasimpressasna antigaprovíncia
das Alagoas, possivelmente saída das oficinas
da tipografia de O Tempo, periódico do qual Mes-
quita Neves era então redator, estabelecimento
gráfico ora denominado Typographia Liberal ora
Typographia d'O Tempo. Existe ainda publicado,
de sua lavra, uma tradução em versos das Fábu-
las de Phedro, com a explicação de cada fábula,
estampada no Rio de Janeiro em 1884.
19 abr.- Centenário dainauguração, no dia 19 de abril de
1893, da Estação Telegráfica de Piaçabuçu.
22 abr.- Cento e sessenta anos da sessão extraordinária
do Conselho do Governo da Província das Ala-
goas, realizada em 22 de abril de 1833, sob apre-
sidênciadodr. AntônioPintoChicharrodaGama,
na qualfoi determinado dar-se execução ao Códi-
go do processo criminal do Império, mandado
executar pelo Decreto imperial de 13 de dezem-
bro de 1832, ficando porisso dividida a Província
em quatrocomarcas: "1ª-Alagoas, compreenden-
49
27. do a cidade, a vila de S. Miguel dos Campos e de
Santa Luzia do Norte, e seus respectivos termos
sem alteração alguma; 2ª - Maceió, compreen-
dendo a vila deste nome, Porto de Pedras, Porto
Calvo e seus respectivos termos; 3ª - Atalaia,
compreendendo a vila do mesmo nome, a Vila
Nova da Assembléia e a da Imperatriz, e seus
respectivos termos; 4ª -Penedo, compreendendo
a vila do mesmo nome, a de S. José do Poxim
e a de S. João de Anadia, e seus respectivos
termos". Para a comarca das Alagoas foi nomea-
do, interinamente, oex-ouvidor Manoel Messias
de Leão, e a 2 de dezembro, em caráter efe-
tivo, o bel. Francisco Joaquim Gomes Ribeiro;
para a de Maceió, o bel. Antônio Luiz Dantas
de Barros Leite; para a de Penedo, o bel. Fir-
mino Antônio de Souza e, por fim, para a
de Atalaia, o bel. Antônio Joaquim Monteiro
Sampaio, estranhamente ficando a administra-
ção da Justiça confiada a uma só família,
a Gomes Ribeiro, porquanto dois dos refe-
ridos Juízes, os de Alagoas e Maceió, eram
irmãos e os outros dois cunhados destes, quadro
somente modificado em 1837, quando o governo
removeu osJuízes deDireito deAtalaia e Penedo
para Goiaz e Mato Grosso, respectivamente.
_..23 ab~.: Centenário do nascimento, na cidade de União
dos Palmares, em 23 de abril de 1893, de Jorge
de Lima, -filho de José Mateus de Lima e Del-
minaSimõesMateus deLima, professor, médico,
poeta, romancista, contista, ensaísta, tradutor,
autor de obras para crianças, desenhista, pintor
e escultor - segundo Otto Maria Carpeaux, a
"personalidade literária e artística das mais
múltiplas que o Brasil já viu'I. Tendo ultimado,
em 1900, os seus primeiros estudos, em uma
escola primária, de sua cidade natal, com a
50
professora Mocinha Medeiros, t!_o.rgg,_ Mat&QS
de Lima transferiu-se em 1903 para Maceió,
onde ingressou no Instituto Alagoano, de Al-
fredo Wucherer e dos irmãos Aristeu e Joaquim
Goulartde Andrade,fundado emjaneiro de 1901,
cursando, posteriormente, após ofechamento do
referido educandário, o Colégio Diocesano - fun-
dado em 8 de fevereiro de 1905 - e oLiceu Alago-
ano, concluindo os estudos preparatórios aos 15
anos de idade. Em 1909, a 5 de abril, embarcou
novapor"Goiaz", com destino à capital baiana,
a fim de matricular-se na Faculdade de Medi-
cinadaBahia,concluindoocursomédico,todavia,
em 1914, na Faculdade de Medicina do Rio de
Janeiro,para onde se transferirano ano de 1911,
defendendo a tese' O destino higiênico do lixo
do Rio de Janeiro, aprovada com distinção. Um
ano depois de seu doutoramento voltou a
Maceió, para aqui se dedicar à clínica médica,
tendo sido eleito deputado estadual à 15ª legis-
latura (1919-20) e reeleito para a legislatura
seguinte (1921-22). Aprovado em concurso, foi
nomeado, a 22 de outubro de 1929, professor
catedrático de História Natural e Higiene, da
Escola Normal, de Maceió. No ano seguinte, ode
1921, foi posta em dúvida a autoria do seu céle-
bro soneto alexandrino "O acendedor de lam-
peões", divulgado desde 1907, autoria atribuída
então ao poeta Hermes Fontes, que a 31 de outu-
brodessemesmo anoliquidoua questão comuma
carta endereçada a Jorge de Lima, negando a au-
toria do soneto que, ao entrar para a antologia,
"ficou fazendo concorrência à minha verdadeira
poesia", segundo iria asseverar posteriormente
o próprio poeta alagoano. Em 1927 rompeu com
o passadismo, aderindo ao Modernismo, ao en-
feixar em volume, no Rio de Janeiro, opoema O
51
28. mundo do menino impossível, numa edição li-
mitada a 300 exemplares numerados saídos do
prel? a 10 de Junho do citado ano, c~mposição
poética 9ue veio surpreender e decepcionar aos
que haviam, há bem pouco tempo, eleito o mes-
tre da velha escola parnasiana, o "Príncipe dos
poetas alagoanos". A4 de abril de 1930, perante
' a congregação do Liceu Alagoano, defendeu a
tese de ponto de livre escolha, Todos cantam a
sua terra (Considerações sobre o Modernismo),
ao submeter-se ao concurso para a cadeira de
Literatura Brasileira, para em seguida proceder
à defesa da tese O romance de Marcel Proust
ambas enfeixadas em volume, no ano de 1929'
pela .CasaRamalho, de Maceió, sob otítulo -Doi~
ensaios. Todavia, a última prova desse concur-
so seriarealizada em 8 do referido mês de abril
quando em exame oral discorreu a respeito d~
tema "A formação literária de Portugal". Sua
nomeação para catedrático daquel~ cadeira
Ál
aconteceu por ato assinado pelo governador
varo Paes, a 15 do mesmo mês de abril. Do
referido educandário oficial foi nomeado Dire-
tor no dia 19 de agosto de 1931. Contudo onze
dias depois, na tarde do dia 30, nas proximidades
daquele colégio, por motivos obscuros, sofreu
um atentado à bala no qualfelizmente saiu ile-
so. Decidiu, por isso, transferir residência para
o Rio de Janeiro, viajando a 27 de setembro se-
guinte, no "Aratimbó", vindoa instalaro seu con-
sultório médico, inicialmente na rua Alcindo
Guanabara, transferindo-se depois para a praça
Marechal Floriano, n2
55, 12 andar. No ano de
1937 era professor de Literatura Brasileira na
l!nivei:sid~de do Brasil. Reingressando na polí-
tica, foi eleito vereadorpelo então Distrito Fede-
ral, permanecendo na Câmara de 1947 a 1950.
52
Faleceu no Rio de Janeiro, depois de prolongada&
enfermidade, no dia 15 de novembro de 1953J
Entre seus inúmeros livros registramos, os se-
guintes:XIValexandrinos,poesia.(Riod~Janeiro,
1914); A comédia dos erros, ensaios (Rio, 1923);
Poemas (Maceió, 1927); Salomão e as mulheres,
romance(Rio 1927);Dois ensaios(Maceió, 1929);
Novos poem~s (Rio, 1929); Poemas escolhidos
(Rio, 1932); O anjo, romance (Rio,1934); Anchie-
ta ensaio biográfico (Rio, 1934); Tempo e eter-
nidade, poesia, em parceria com Murilo Mendes
(P. Alegre, 1935); Calunga, romance C~. Alegr~,
1935)· História da terra e da humamdade, h-
vrop~racrianças(Rio, 1937);Atúnicainconsútil,
poesia (Rio, 1938); A mulher .obscura, ro.m~ce
(Rio, 1939); Vida de S.Francisco de Assis, ~io
grafia para criança. (S. Paulo, ~942?; D. Vital,
ensaio(Rio,1945);Avidaextr~ordinán~ deSanto
Antônio, biografia para cnanças (R10, 194?);
Poemas negros (Rio, 1947);Livrodesonetos(R10,
1949)· Guerra dentro do beco, romance (Rio,
1950), e Invenção de Orfeu, poesia (Rio, 1952~.
"23 abr. - Oitenta anos da inauguração, no dia 23 de abril
de 1913, do sistema de luz elétrica de Passo
deCamaragibe, durante o governo Clodoaldo da
Fonseca.
24 abr.- Trinta e cinco anos da criação do município de
Matriz de Camaragibe, por Lei n2
2.093, de 24
de abril de 1958, instalado no dia 19de abril do
ano seguinte. Seu território foi ~esmembrad? do
município dePasso de Camaragibe. Adenomina-
ção de Camaragibe tem a sua origem nofato de
o seu povoamento haver se dado em torno da
Igreja Matriz da localidade.
- Trinta e cinco anos da criação do município de
Olivença, através da Lei n2
2.092, de 24.d~ ~bril
de 1958, com território oriundo do murucip10 de
53
29. S~tana do Ipanema, tendo sido instalado a 2 de
~~o.do ~o se~te. O primitivo nome do mu-
mc1p10 foi Capim, denominação dada por inte-
grantes da farm1ia Oliveira que ali se instalara
em 1898, vin~os da Lagoa da Canoa, asseveran-
d~-se_que Olivença, nome de batismo dado na
cnaçao do novo município, constitui uma corru-
tela do sobrenome de seus antigos e principais
moradores, os Oliveira.
26 abr.- Centenário do 12 Regimento Interno do Tribunal
Superi,o_r do Estado de Alagoas, atual Tribunal
de Justiça. de Alagoas, instalado a 12 dejulho do
~o antenor. Composto de 304 artigos, vem as-
sinadopelosDesembargadoresTibúrcioValeria-
n? .da Rocha Lins (Presidente), Adalberto El-
p1dio de Albuquerque Figueiredo Luiz Monteiro
de Amorim Lima, Frederico Fe'rreira França
Manoel Fernandes deAraújoJorge e pelobacha~
reiJoão daSilvaRego Melo ProcuradorGeral do
Estado. Foireunidoemvol~mepelaTypograpbia
d~EmpresaGuten~erg_, em1893,contendo 75 pá-
ginas, sendo vendido a razão de 1$500 rs. (mil
e quinhe~tos réis), cada exemplar.
~ abr.- Centenáno do estabelecimento, no mês de abril
de 1893, em Maceió, da firma Ramalho & Silva
proprietáriadoBazarEnciclopédico,instaladon~
tért_eq do sobrado de n2
38, da rua.daBoa Vista
. lºd 'esqum~ com a rua - e Março. Predecessora
da Càsa R_amàlho, omaisimportante dos poucos
es~belecr!!!entos que. editaram livros elll Ala-
goasflâ poss~a tipografia em 1897,-porquanto
na me~n;ia fo11mpresso o Trinta de Março, nú-
mero uruco, de 30 de março do referido ano em
ho~enagem ~ ~ociedade Perseverança a 'Au-
xílio dos Ca1xe1ros de Maceió. Quanto a li-
vros, as.mais anti~as de suas edições foram a
obra Noivado: cancioneiro, do poeta Aristeu de
54
UFAl
lllLIOTECA CIMTIAL
Andrade de 1900, e o Indicador geral do Estado
de Alago~s, de 190~ da fase ei;n .q;ie o livre.iro
Manoel JoaquiillRamalho, que rmc1ara suaVIda
profissionalcomotipógrafo,passaraa contarcom
outro sócio AntonioMartinsMurta (1872-1932),
dando orig~m a uma nova razão social da firma,
a partir de 12 de junho de 1901: M.J.Ramall?-o
& Murta, proprietários da Typo-Libro-Papel~a
Commercial, também denominada Typggr_~J?hla
Commercial que já existia com essa denomma-
çãÔem mai~ de 1899-estabelecimento que iria
receber, pelo esmero de seus trabalhos gráficos,
medalha de ouro naExposição Nacional de 1908-
instalado no n2 37 daquela mesma.rua dçi_Boa
Vista, datandodessafase uma de suas importan-
t es publicações, o J?iccionário musical, de aut?-
ria de Isaac Newton, impresso em 1904, hoje
raridadebibliográfica.Já do período da CasaRa-
malho, quando da sociedadej~ se afastara~tô
nio Murta, citamos outra randade, QS- Dois en-
saios de Jorge de Lima, cuja impressão ocorreu
em 1929. Entretanto, a sua mais destacada fase
editorial, foi aquela iniciada em 1938, com a pu-
blicação do exemplar inicial da "Coleção Auto-
res Alagoanos", o ensaio histórico - econômico
Assucar &algodão dalavra deHumbertoBastos,
seguido de Loucos & delinqüentes, de R:ocha
Filho· Discursos no Parlamento, de Enn110 de
May~; Sentenças e decisoes, de Otávi_o Gomes;
Crônica_s_alagoanas, de Alfredo Brandao; Aspec-
tosdareprodução naespéciehumana, deAlfredo
Ramalho; Canções do tédio, de Armando Wu-
cherer O Brasil de D. João VI, de Jayme de
Altaviia; Versos da mocidade, de Lima Castro;
O Brasil no período de renovação, de Luís
Pereira da Costa e Folclore de Alagoas, de Théo
Brandão, devendo-se ainda aqui acrescentar a
55
30. publicação da revista Alagoas, "mensário ilus-
t:ado de ciência, ~rte',,literatura, esporte, ci-
cmema e mundamsmo , do qual teriam edita-
do .cinco números, entre agosto de 1938 a
maio de 1939, sob a direção de Afrânio Melo e
Joaquim Ramalho. O número inicial foi lançado
na própria livraria, às 17 horas de 20 de agosto
de ~,.com a presença do prefeito da capital,
Eustáquio Gomes de Melo, Rui Palmeira se-
cretário da Prefeitura de Maceió, Aurélio B'uar-
que de Holanda, diretor do Departamento de
Estatística e Publicidade municipal Luiz Sil-
v~i;a, dire~o~ da Gazeta de Alago~s, Manuel
Diegues Jumor, Rocha Filho, Théo Brandão
H~mberto Bastos, Paulo Silveira, Manoel Joa~
qurmRamalho, JoaquimRamalho, Afrânio Melo
e L_êdo_IYo., garoto ainda, aos 14 anos de ida-
d~, entre outros, lançamento fixado em foto
divulgada no 2º número da revista. Antes des-
sa, outra pub~cação do mesmo gênero viria
marcar época: /'Renascença: Revista mensal de
letras, sciencias e belas-artes", surgida em 15 de
agosto de lfil.4, editada também pela Casa
R~alh?, ~~b a direção de Barreto CardosoJSeu
numero imcial, além de profusamente ilustrado
inclui uma tricomia executada no aludido esta~
belecimento gráfico, que aliás, na aludida Ex-
posição Nacional de 1908, foi o único no gêne-
ro premiado com medalha de ouro. Dela M. J.
Ramalhoeditoucinconúmeros,oúltimodosquais
e~ dezembro daquele ano de 1914. Suas páginas
divti!garam, de autoria de alagoanos, além de
escritos de outros, colaboração de Barreto Car-
doso, Cruz Oliveira, Mário dos Wanderley, Elias
Sarmento, Jayme de Altavila, Cassiano de Al-
buquerque, G1:1edesdeMiranda,RodriguesMaia,
Osman Loureiro, Sebastião de Abreu, Cipriano
56
Jucá Lima Júnior, Gilberto Andrade, Delori-
zano'Moraes e Mirtila Batinga. Ainda na área
editorial, no ano de 1935, em se~mbro, lanço~ a
revistaAEscola: Síntesedomovime~toeducacio-
nal em Alagoas, dirigida por Joaqwm Ra°!a~o
e secretariada por Ovídio Edgard, co~ 2- nu-
mero editado no mês de outubro segwnte. No
ano de 1938, há pouco referido, a Casa Rrup.alho
entregou ao professorado alagoano o numero
inicial do Almanaque do Ensino do Estado de
Alagoas, cujo número seguinte, rela~ivo a 1~39,
apresentou-secom112págin~s,afora1lustraçoes.
Outrapublicaçãodomesmoge~ero,oAlmanaque
de Alagoas, dirigido por Joaqwm Ramalho e Ju-
randir Gomes, foi lançado em 1952. Por fim, f~
fazemos oregistrode maisumai!D-J>ºrtantereah- 1
zação do livreiro Ra~alho, a e~çao da obra Ma-
ceió: cem anos de vida da capital, lançada e~
1939 aoensejo das comemorações do centenáno
dom~nicípio de Maceió, onde se procurou re~
nir, segundonotaexplicativa;"coma colaboraçao
de intelectuais da terra, tudo o que pudesse fo-
calizar a vida e a história do municípi~ e~ todos
os ramos de sua atividade, no seu pnmeiro sé-
culo de existência". Mais um fato marcante para
esse relato; a partir de setembro de ~· quan-
do a livraria em evidência achava-se mstalada
nos prédios, de ns. 168 e 174, da rua Dr.._Ro..cha
Cavalcante, antiga denomina~o da ,~tu~l rua_
dQCõmercio,_passou a pubhc~ o ,órgao de
propaganda do livro em Alagoas , de título Casa
Ramalho, de publicação mensal, e:n 3 coluna~,
no formato 24 x 32cm, com o numero de pa-
ginas oscilando entre 8 e 16, quando.contou co1:11
a colaboração, entre outros, dos intelectuais
alagoanos Alberto Passos Guimarães, Arma~do
Wucherer, Carlos Paun1io, Diégues Júmor,
57
31. Humberto Bastos, Joaquim Ramalho, José Mo-
raes da Rocha, Lobão Filho, Mendonça Júnior,
Moreno Brandão, Otaci1io Maia, Pedro Nunes
Vieira, Rocha Filho, Rodrigues Maia e Valde-
mar Cavalcanti. Em novembro do aludido ano de
1931, esse mensário - cujo número mais avan-
çado que conseguimos localizar, foi o 27-28,
relativo a novembro/dezembro de 1933-lançou
dois concursos literários, um de conto regional
e outro sobre o tema Feminismo. Sua comissão
julgadora, integrada por Barreto Cardoso, Pre-
sidente da Academia Alagoana de Letras; Lobão
Filho, Presidente da Academia Guimarães Pas-
sos e Graciliano Ramos, na época mencionado
como "o romancista d'O Cahetés", obra então
ainda inédita, concedeu o lQ prêmio de conto,
a Carlos Paun1io, autor de Pastora, 2Qa Moreno
Brandão, comLisbinoTesta, cabendofinalmente
o 1Q prêmio do tema a respeito do Feminismo,
à senhoritaLourdes Caldas. Da Casa Ramalho,
que voltaria a surgir em nova fase, debaixo
da direção de Joaquim Ramalho, só conseguimos
localizar números dos anos 5 e 7, dos quais
damos as datas extremas: ano 5, n2 1, jul. 1950
e ano 7, nQ 2, mar. 1953. Filho do português
Joaquim Ramalho da Silva, o livreiro M.J. Ra-
malho, nascido em Maceió a 14 de fevereiro de
1869, faleceu a 5 de janeiro de 1952.
58
Do f'tl.me"
c~asamento é negócio?",
produzido em Alagoas
por Guilherme Rog~~ e
pela primeira vei exibido
a 3 de abril de 1933, a
cena em que aparecem
dois de seus atores,
Moacyr Miranda e
Morena Mendonça, em
plena praça Sinimbu.
59
Outra cena de
"Casamento é negócio?"•
na qual contracenam,
cm recanto da praça
Deodoro, de Maceió,
Armando Montenegro,
no papel de espião
americano e Agnelo
Fragoso, sentado,
como mendigo.
32. Antigo sobrado
de n• 140,
(numeração antiga)
da rua do Comércio,
de Maceió, onde no
ano de 1893 Augusto
Vaz da Silva instalou
a Livraria Santos.
Sua antiga fachada
foi modificada
cm 1923.
60
Usina Sinimbu, cuja
empresa que a
construiu foi instalada
em Recife a 13 de abril
de 1893, em fotografia
do início do século, feita
por L. Lavenerc.
f. primitiva planta
do "Teatro
Alagoano" data
11 15 de abril de
IR93, é de autoria
do arquiteto
italiano Luiz
Lucariny, que
r1111correu e venceu
dois outros
concorrentes. IJiJ!!lli!~
l·:rguido no centro
1111 praça Marechal
Deodoro dos
61
O cientista social
Alberto Passos
Guimarães, alagoano
de Maceió, onde
nasceu a 16 de abril
do 1908, em foto
de 1981, quando
cm visita à
terra natul.
33. Jorge de Lima, em 1914, em foto de
seu doutoramento cm Medicina, no
Rio de Janeiro.
Em fotogralia de 1923, da época em que
parnasiano, Jorge de Lima era ainda
•Pnncipe dos Poetas Alagoanos".
62
Jorge de Lima
em seu
consultório no
Rio de ,Janeiro,
na Cinelândia,
no edifício
conhecido
pela deno-
minação de
"Amarclinho".
63
O poeta
Jorge de Lima
em fotografia
tirada no Rio
de Janeiro,
na década
de 1930.
'
34. Nos ns. 168 e 174, da rua do Com6rcio de M .
J. Ramallio, proprietária da Typographi C ace1~, incontrava-sc in~Lalada a firma M
~alho: A maioria dos transeuntes aueomerCia e da livraria oonhccida como Cas~
dommguc1ros, procedia da missa da maC. ~ fiNoto de L. Laven~rc registra, cm trajes
nz e ossa Senhora dos Prazeres.
64
MAIO
02 maio - Centenário de O Viçosense, impresso a partir
de 2 de maio de 1893, emViçosa, em tipografia
própria, de onde saía duas vezes por semana,
~ dizendo-se "periódico de literatura, indústria e
notícias", tendoPedroLeãodeMoraescomo ge-
rente. PedroNolasco Maciel foi umde seusfun-
dadores.
03 maio - Centenário da criação, em 3 de maio de 1893,
nacidade de Maceió, da Sociedade Filatélica de
Alagoas.; em reunião na qual, depois de aprova-
dosseusestatutos, foi eleita a 1!! Diretoria: Pre-
sidente, João Simões; Secretário, Hugo Jobim;
Tesoureiro,João Craveiro; Arquivista,Fulgên-
cio Paiva. A20 do aludido mês de maio ojornal
maceioense Gutenbergregistroua ofertadeum
exemplar dos estatutos dessa associação.
09 maio - Oitenta anos do falecimento, em Penedo, às 9
horasdamanhãdodia9 de maio de 1913, em
lastimável estado de pobreza, do poeta Sabino
Romariz~Perdendo criança ainda os seus pais,
veio a ser criado pelos seus avós maternos, ini-
ciando seus estudos primários aos seis anos de
idade para, aos doze, dar começo ao curso de
humanidades. Em 1889 ingressou no interna-
to do Col~o Dioce.sano, de Olind~, onde ter-
minou, no and ~890, o seu curso de prepa-
ratórios, ten o chegado mesmo a iniciar os
e!:?t..qdos.de Filesofia, visando seguir.a carreira
eclesiás~ca, desistindo por falta de võcã_?õ.
Regress~ndo a Alagoas, passou a .reger, em
- 65
35. "~~ ~aceió, ascadeirasdeDesenhoePortuguês no
~ .; -'Colégio Vitória e no Colégio Dois de Outubro.
V' Nessa mesma época desempenhou cargo de
amanuense da~cipal de Ma-
ceió. A seguir passou a lecionar Inglês e
Latlni_no c.nlégio Ilioc.esano,... de Olinda de
onde outrora .fel:a-alun.o, no qual perm~e
ceu por um ano, transportando-se então para
o Estado da Paraíba, onde foi nomeado pro-
fessor de Latim e Francês, pelo dr. Álvaro
Machado, governador daquele Estado. Data
desse período a sua colaboração no jornal
oficial da Parafüa, bem como em O Demo-
crata, da cidade de Areia, durante a ausência
de seu redator-chefe, o dr. Cunha Lima na,, ,
epoca excercendo o mandato de deputado fe-
deral, quando então chefiou, por cerca de
cinco meses, a redação do citado periódico.
Dirigindo-se ao Rio de Janeiro, ali veio a exer-
cer as funções device-diretor do Colégio Castro
Lopes elecionarFrancês e Inglês no ColégioAl-
fredo Gomes. No ano de 1895 matriculou-se na
FaculdadeLivredeDireito, onde chegoua pres-
tar exames finais, no 1!! ano do curso de
bachareladoj;Em 1901, ainda naquela capital,
fundou O Repórter, folha bi-semanal, cujo pri-
meiro nú.mero saiu a lume no dia 4 de fe-
vereiro. Juntamente com Olavo Bilac, Coelho
Neto e outros, colaborou na revista literária
Gênesis. Prestou ainda a sua colaboração ao
/
jornal O País, onde publicou parte da sua cole-
ção de sonetos históricos, denominada "Os
Rubro~'; ao Jornal do Brasil; O Dia; Cidade
' cto ~~o, de José do Patrocínio; Gazeta de
1 ' Noticias e Gazeta da Tarde, todos do Rio de
, ' Janeiro. ·Esteve também nos Estados de São
~Gerais. Nesse último publicou
66
uma coleção de 30 sonetos, intitulada "Soli-
dôneorf do qual extraiu Laudelino Freire o
soneto que vem inserido em sua coletânea
Sonetos Brasileiros séculos XVII-XX. Em
1903 regressou à cidade natal, Penedo, onde
veio a colaborar em todos os jornais da
época, notadamente em O Lutador, do qual
foi um dos redatores. Era natural da referida
cidade de Penedo, onde nascera a 25 de
março de 1873. Publicou vários livros, in-
clusive Madalena, poema bfülico (Rio de
Janeiro, 1899)~ Solidôneos, 30 sonetos (Minas
Gerais); Lamma Sabacthani, poema (Penedo,
1903); As duas rosas, poesia (Penedo, 1907); 1
Ignis, poema (Penedo, 1908); Mea culpa,
bibliário em versos (Penedo, 1910) e Toque
d'alva, poesia (Lisboa, 1911). I
13 maio - Setenta anos da inauguração em Maceió, do
temploda J!!Igreja Batista, deMaceió, ocorrida
às 10 horas de 13 de maio de 1923, edificada
na esquina da rua 16 de Setembro com a rua
Formosa, atual avenida Silvestre Péricles. A
organização na capital maceioense de sua pri-
meira Igreja Batista deveu-se ao empenho de
Antônio Teixeira de Albuquerque, ex-padre
alagoano, natural de Maceió, onde em novem-
bro de 1884 chegara, procedente da Bahia,
visando a difusão da religião protestante entre
nós, a princípio composta de poucos seguido-
res, apenas ele próprio, Antônio Teixeira Fi-
lho, Manoel Antônio e Wandrejasil Mello Lins.
Mas depois, prosseguindo no seu pastoreio, a
1ª Igreja Batista do Estado de Alagoas, a ter-
ceira fundada no Brasil, chegou a contar com
80 membros. O ato de inauguração do refe-
rido templo, que tinha como pastor Apolô-
nio Falcão, foi dirigido pelo missionário John
67
36. Meinecontoucomapresençaderepresentantes
~a Igre~aPresbiterianaede quasetodas asigre-
Jas Batistas do Estado. O projeto arquitetônico
donovo templofoielaboradopelomissionárioA.
E.Hayes, que residia em Recife. Tem o formato
de um ferro de engomar, 4 metros de largura e
14de frente a fundo, salão comcapacidade para
600 pessoas sentadas, tendo sidogastos emsua
construção, um pouco mais de trinta e quatro
contos de réis: 34:271$000. A sua pedra funda-
mental fora lançada meses antes, a 4 de março.
Em agosto foi a igreja presenteada com um ór-
gãopelanorte-americanaJesephine Grasty de
Nashville, no Tennessee. '
tl5 }llaio - Centenário do assentamento, em 15 de maio de
~ ' 1893, dos primeiros trilhos do trecho da fer-
r.ovia pertenc~nte à então Alagoas Railway,
ligando a estação terminal daquelaferrovia em
União dos Palmares à Estrada de Ferro Sul
de Pernambuco, que igualmente iria integrar
a futura The Great Western ofBrazil Railway
Company Limited, hoje pertencente à Rede
Ferroviária do Nordeste.
19 maio - Cento e vinte anos da criação, em 19de maio de
1872, da freguesia de São Brás, do município de
idêntico nome.
22 maio - Trinta e cinco anos da criação, por Lei de 22 de
maiode 1958,do municípiode Cajueiro, comter-
ritório desmembrado do município de Capela.
Suainstalação ocorreu no dia 12
de fevereiro de
{fr:;'! . w.-ff 1959. , . .
W. 10 ~Centenano da cnação da Junta Comercial do
1 ~ , Estado de Alagoas, durante o período gover-
1 namental d~ G..E-bi!).~ ]3~_S(!:!;ITO, por Lei nº 28,
de 26 de maio de 1893, apresenta<!!u2elo então
deputado ~tadual Fernandes Lima -José Fer-1 ~ - A
nandes de Barros Lima. Através do referido
68
diploma legal, ficou determi~ado que a Ju~ta
seria composta de um presidente, um v1ce-
presidente, um secretário, quatro d.eputados e
três suplentes, bem como que senam os ne-
gociantes matriculados na nova ~unta Com.er-
cial que iriam constituir o Colégi.o Comerci~l,
e no caso dos negociantes matnculados nao
atingissem onúmero de sessen~a o governador
poderia designar os não matnculados tantos
quanto fossem necessários .para. preencher o
número estipulado. O aludido diploma legal,
rentre outras coisas, criou na mencionada J~
. 1ta Comercial o registro de firmas ou razoes
fi comerciais. Ém solenidade abrilhantada pela
banda de música da Força de Segurança, a
Junta Comercial foi instalada às 11 horas
da manhã do dia 26 de agos~o ~o meslll:o
ano de sua criação. O seu pnm~rro pr~s1-
dente foi o Comendador José Antômo Te1xe1ra
Basto, industrial e negociante português, que
a administrou no período de 1893 a 1894,
enquanto Manoel Ramalh? f~i seu Vice-Pre-
sidente e o dr. Manoel Ribeiro Barreto de
Menezes, Secretário, todos nomeados através
do ato governamental de 18 de ag~s~o, o mes-
mo que nomeou os Deputados: Fehx. de Mo-
raes Bandeira, Jacinto José Nunes Leite, ~oa
quim Antônio de Almeida e Taciano da Silva
Rego e os Suplentes, Eugênio José Nunes
de Andrade, Manoel Joaquim Duarte Guima-
rães eVicente Bezerra Montenegro. Por outro
ato da mesma data, deu-se a nomeação de seus
dois primeiros funcionários: José Co~~ho de Al-
meida OficialeJoséMarquesdeArauJoCaldas,
Portei~o-contínuo. Seu regulamento foi baixa-
xado com Decreto n2 27, de 4 de aludido
mês de agosto, compondo-se de doze capítulos,
69
37. ..
das disposições transitórias e anexos: nº 1,
Tabela de vencimentos dos empregados da
Secretaria da Junta Comercial; nº 2 Tabela
de emolumentos e selo, que pertencem ao
Estado. A 9 de setembro seguinte, em sessão
da Junta, foram empossados os primeiros
corretores da praça do comércio de Alagoas:
Gervásio de Oliveira Coelho, José Joaquim
Tavares da Costa, Liberato Mitchell e Numa
Pompílio Passos, tendo sido, nesse mesmo
mês, nomeado para o cargo de intérprete, o
aludido Liberato Mitchell. Segundo Amaury de
Medeiros Lages, autor da obra O r egistro do
comércioemAlagoas, daqualnos utilizamos em
parte na elaboraçãodesteverbete,os primeiros
agentesdeleilõesdesignadospelaJunta foram:
Francisco da Silva Jucá e Manoel Archanjo da
Silva Antunes.
27 maio - Setenta anos do lançamento, a 27 de maio de
1923, da pedra fundamental doprédio da Asso-
ciação Comercial de Maceió, cuja inauguração
somenteiriaacontecercincoanos depois,a16de
junho de 1928. Vários haviam sido os prédios
ocupados pela referida associação durante os
seus anos de existência. Após sediar-se por al-
guns anos na casa do negociante Félix Pereira
da Silva, para onde fora em 1866, a referida en-
tidadeestevetambéminstaladanosobradoper-
tencente a outro sócio fundador, o comerciante
Valério José da Graça, localizadona esquina da
rua do Comércio, com a então do Livramento, a
Senador Mendonça dos dias atuais, demolido
para alargamento desse último logradouro, no
ano de 1914. De peregrinação em peregrina-
ção foi um dia parar em casa térrea, da atual
rua Sá e Albuquerque, onde está a firma Fer-
reira Fernandes&Gia., no nº 614, de onde saiu
70
para o 1º andar do prédio da mesma rua, que
tem presentemente o nº 560. Mas as suas
mudanças tinham que um dia chegar ao fim.
No citado dia 27 de maio de 1923, (@an-
do_governava Alagoas o· dr. José Fernandes
de Barros Lima, verificou-se tal lançamento.
Com uma colher de pedreiro, de ouro, espe-
cialmente mandada fazer pelos dirigentes da-
quela associação de classe, o aludido gover-
nante depôs sobre a pedra fundamental do pré-
dio a ser construído, a primeiraporção de arga-
massa. Durante a cerimônia, em que discursa-
ram o dr. Fernandes Lima e opresidente da As-
sociação,FranciscoPolito,tocaramasbandasde
músicade 202 Batalhão de Caçadorese danossa
PolíticaMilitar. AJunta de Direção da referida
entidade era constituída dos senhores Francis-
co Polito (Presidente); Álvaro Peixoto (Vice-
Presidente); Dr. Homero Galvão (Secretário) e
Antônio Florêncio Júnior (Tesoureiro).
28 maio - Cento e trinta anos do nascimento, em Palmei-
ra dos Índios, a 28 de maio de 1863, de Emílw
de Oliveira Mello Cavalcante, conhecido propa-
gandista da República em sua terra natal, na
condiçãode 12 S~cretário do Clube Republicano
dePalmeiradosIndios,fundadonodia3demar-
ço de 1889. Em 1875 cursava as aulas do Liceu
Alagoano, emMaceió, ondeviriaa concluirseus
estudospreparatórios. Impossibilitado,porfal-
ta de recursos financeiros, de ingressar num
curso superior, entrou na vida forense, provido
quefora, em13deoutubrode 1887,comoserven-
tuário vitalíciodo ofíciode Escrivão doJ uri das
~xecuções Criminais doTermode Palmei~a dos
Indios, cargo que abandonou em fevereiro de
1889,pelo comércio.FilhodeFranciscaBezerra
Cavalcanti, falecida em 13 de junho de 1892,
71
38. Erm1io faleceu dois anos antes, em 14 de feve-
reiro de 1890, aos 27 anos de idade.
29 maio - Centenário da criação, através da Lei estadual
.-' n2
32 de 29 de maio de 1893, do foro civil ejudi-
ciário dos municípios, de Triunfo e São José da
Lage. O primitivo povoado de Igreja Nova, ele-
vado à categoria de Vila do Triunfo,por decreto
nº 39, 11 de setembro, de 1890, teve sua antiga
denominação Igreja Nova restaurada pela Re-
solução n2
1.139, de 20 dejunho de 1928.
maio - Centoevinteanosdosurgimento,nacapitalala-
goana, emmaio de 1873, da Imprensa Católica,
o primeiro jornal de caráter nitidamente cató-
lico aqui impresso. Esse semanário aparecera
praticamenteemdecorrênciadachamadaQues-
tão Religiosa, que envolveu inclusive a D. Vi-
tal de Oliveira e D. Macedo Costa, respectiva-
mente bispos de Pernambuco e do Pará, con-
denados inicialmente a quatro anos de prisão
e anistiados meses depois.
maio -1Oitenta anos daiundação, no mês de maio de
. 1913, no sobrado de nº 63, da rua da Alfândega,
{' ~~je Sá e Albuquerque, da Federação Operária
FAlagoas.tSeu Comitê Executivo tinha a se-
guinte constituição: Flaviano Domingues Mo-
reira,JoaquimGrevy,EpaminondasLeite,Leo-
poldoPerreiraeVirgíniode Campos, tendoBer-
nardes Júnior como Secretário Geral. Visando
angariar recursos destinados a cobrir as despe-
sas de viagem e hospedagem de um represen-
tante ao SegundoCongresso OperárioBrasilei-
ro, que seria realizado no Centro Cosmopolita,
doRiodeJaneiro,de8a 13desetembrode1913,
a Federação Operária de Alagoas promoveu
conferênciaem seubenefício,realizadaporBar-
reto Cardoso às 20 horas do dia 25 de julho do
mencionado ano de 1913, no Teatro e Cinema
72
Delícia sobre o tema ''Luta de classe". O esco-
lhido ~mo representante daFederação foi Vir-
gíniodeCampos,queparticip?udasessãodeve-
rificação de poderes, tendo sido aclamado Se-
cretário damesa que presidiu ao trabalhos, em
sua sessão de instalação. Outros representan-
tes de Alagoas: Honoré Cémeli, do .Si:r:idi-
cato dos Gráficos; Luiz Gonzaga, do Sindica-
todosEstivadores;ManoelFerreirados San~s
e Jaime de Oliveira do Sindicato dos Marci-
neiros e Tomaz de Aquino, do Sindicato dos
Sapateiros, todos de Maceió. O regresso de
Virgínio de Campos à capital alagoana ocorreu
a 22 de setembro, a bordo do vapor "Itassucê".
TOQUE O'ALVA
USll(>A • ,,.,, 00 ÃllllUO.t.IU
C:•111111lA(.IM,. P-.-1,.... 11Qlk6'-
T.UIUINAtl. I] • 1911 • •
73
Toque d'alva,
um dos livros
de poesia
do penedcnsc
Sabino Romariz,
falecido em
9de maio
de 1918.
39. aspecto da roa
do Comércio, em
cartão postal
da Typ. Comercial,
de M. J. Ramalho,
de Maceió.
A obra que narra a história dos Batistas em Alagoas, é
autoria do missionário norte-americano John Mcin, que
ato de inauguração do templo da 1' Igreja Batista de Ma
13 de maio de 1923.
No local deste estaleiro, aqui estampado em foto da déca
70 do passado século, a 27 de maio de 1923 foi lançada a
fundamental da sede da Associação Comercial de
74
:w. l
llBLlOTECA CEN?RAl
JUNHO
05jun.- Sessenta anos da abertura do 12
Congresso Mé-
dico de Alagoas, realizado em Maceió, de 5 a 10
de junho de 1933. Projetado pela Sociedade de
Medicina de Alagoas, emreunião extraordinária
que se verificou a 21 de fevereiro desse ano, fi-
cou deliberado realizá-lo dentro de breve espaço
de tempo, para isso tendo entrado em entendi-
mento com o Interventor Federal, capitão Afon-
so de Carvalho, que se prontificou a patrocinar
o evento. Em circulardirigida a todos os médicos
do Estado, a Sociedade de Medicina de Alagoas
comunicou sua decisão em convocar aquele con-
gresso, onde deveriam ser tratados os nossos
principais problemas médicos e sanitários, docu-
mento firmado pela Diretoria da aludida socie-
dade: Abelardo Duarte, Presidente; José Car-
naúba, 1º Secretário; A.C.Simões, 2º Secretário.
Marcada a data de sua realização para a semana
de 24 a 29 de abril, por motivos relevantes teve
de ser transferida para outra ocasião, ajá men-
cionada semana de 5 a 10 de junho, sendo esco-
lhido o dr. José Carneiro de Albuquerque co-
mo Presidente Comissão Executiva do Congres-
so, integrada também pelo dr. Manoel Brandão,
Vice-Presidente, pelo dr. Abelardo Duarte, Se-
cretário Geral e ainda como Secretários, Dra. Li-
liLages, dr. A.C.Simões edr.ThéoBrandão; Ora-
dor, dr. Sebastião daHora; Tesoureiro, dr. Edgar
Taveiros; Comissão de Publicidade: drs. Reinal-
do Gama, Neves Pinto e RochaFilho. Prestigia-
75
40. lljun.-
do pela classe médica alagoana, pelo Governo do
Estado, o próprio Interventor presidiu a sessão
solene inaugural do P Congresso Médico de Ala-
goas, realizada no salão nobre do Instituto His-
tórico de Alagoas, tendo feito parte da mesa, ao
lado do dr. Ezechias da Rocha, então Diretor da
Saúde Pública. Aderiram ao mencionado Con-
gresso, além dos médicos já aqui aludidos, José
Soares Vasconcelos, Manoel Guimarães, José
Carnaúba, Oscar Gordilho, Aurélio Brandão, Si-
nai Tavares, Hebreliano Wanderley, Luiz Tava-
res, Carlos Martins, Rômulo Almeida, Machado
Pontes de Miranda, Raimundo Costa, José Ma-
ria de Melo, Clemente Magalhães, Mariano Tei-
xeira, Jacques Azevedo, Odilon Mascarenhas,
Lages Filho, João Carlos, Vivaldo Pontes, Melo
Mota, Durval Cortez, Djalma Loureiro, Lessa
de Azevedo, Pedro Fausto, Júlio Gonçalves Ple-
ch, Audálio Costa, Emanoel Sampaio Costa, Pe-
dro Rocha, Manoel Ramos de Araújo Pereira,
Manoel Oiticica e José Pontes Bahia. Foram de-
batidos os seguintes temas: 1- Da filariose; II
-Etnologia da linfagite endêmica; III-Da morta-
lidade infantil, suas causas e meios de com-
batê-la; IV- Higiene industrial; V - Da tubercu-
lose; VI - Organização sanitária municipal; VII
-Da esquistosomose; VIII -Profilaxia das ende-
mias rurais; IX- Das febres tifóides e parati-
fóides; X-Abastecimento d'água e leite em Ma-
ceió; XI - Do tracoma; XII - Das desinterias. O
Diário de Maceió chegou a tirar uma edição
extraordinária, no domingo, 11 de junho de
1933, em homenagem ao I Congresso Médico
de Alagoas.
Sessenta anos da inauguração do novo Cinema
Capitólio, a 11 de junho de 1933. A Empresa Ci-
nematográfica Alagoana, de propriedade de Ce-
76
zar Pinto, efetuou a fusão das duas principais
casas de espetáculos cinematográficas de Ma-
ceió, o Cinema Capitólio, mais recente, de 1927,
e oFloriano, de 1913, passando oprimeiro a fun-
cionar nas dependências do outro, após subme-
tidas a reformas. A reabertura aconteceu às
10:30 horas daquele dia 11 de junho, quando foi
exibido ofilme "Tarzan, ofilho das selvas", apre-
sentando-se na matinê, "O amor faz dela um ho-
mem", filme da P. K. D. e na soirée, "O pecado
de Madelon Caudet", uma super-produção da
Metro.
- Sessenta anos do aparecimento, em Maceió, no
dia 11 dejunho de 1933, do primeiro suplemento
literário em tablóide surgido no Estado. Perten-
cente ao Jornal de Alagoas, foi lançado num do-
mingo, sob a direção de Valdemar Cavalcanti
(1912-1982), apresentando-se em quatro pági-
nas e com igual número de colunas, ilustrando
sua página de frente com a tela "La charge",
do pintor alagoano Rosalvo Ribeiro. Infelizmen-
1_3jun.-
te, porém, não ultrapassou o seu número inicial.
Centenário da sanção da Lei nº49, de 13 de ju-
nho de 1893, autorizando a construção de um
Teatro em Maceió, oqual teria a denominação de
~,
"16de Setembro". Erguido no centro da hoje Pra-
ça Marechal Deodoro, até a altura do telhado, foi
.€1,epois demolido.
15jun.- [ov_enta anos da cria9ão do município <fe Jun-
{ queira, através da Lei n2 397, de 15 deJunho de
1903, por iniciativa dos deputados Macário Bar-
osa e João Lcssa,:1Instalado no dia 31 dejaneiro
de 1904, através da Leinº 1.619, de 23 de feve-
reiro de 1932, foi o município suprimido, mas
a Constituição Estadual de 16 de setembro de
1935 restaurou-o, mas foi novamente extinto
através do Decreto n2 2.355, de 19 de janeiro
de 1938, retornando o território ao município
77
41. ..
de origem, o de Limoeiro, atual Limoeiro de
Anadia. Finalmente, pelo artigo 62
, do Ato das
disposiçõestransitóriasdaConstituição de 1947,
o município de Junqueiro foi restaurado.
15 jun.- Cinqüenta anos do nastjmento, a 15 de junho de
1943, em Palmeira dos Indios, de José Marques
de Melo, um dos pioneiros da pesquisa dos meios
de comunicação na universidade brasileira. Seu
ingresso no jornalismo ocorreu aos 16 anos de
idade incompletos, a 15 de março de 1959, na
província natal, através da Gazeta de Alagoas,
ano em que também atuou como redator da Tri-
buna Secundarista, órgão da União dos Estudan-
tes Secundários de Alagoas - UESA. Mas só
a partir de 24 demaio seguinte é que passou a es-
creverregularmente, em outro órgão da impren-
sa de Maceió, oJornal de Alagoas, onde foi aco-
lhido pelojornalista J.M. de Carvalho Veras, de
quemrecebeu as primeiras aulas de Jornalismo,
diretorda"Página dosMunicípios"donosso mais
antigo órgão de imprensa, em circulação, que
neste ano de 1993, a 31 de maio, estará com-
pletando 85 anos de existência, nele havendo
permanecido como umdosredatores daquelapá-
gina, até 1961, quando teve de se afastar para
inscrever-se no vestibular do Curso de Jornalis-
mo da Universidade Católica de Pernambuco,
onde iria bacharelar-se três anos depois, em
64, em turma da qual foi o orador. NaFaculdade
de Direito do Recife, integrante daUniversidade
Federal de Pernambuco, concluiu em 1965 ocur-
so de Ciências Jurídicas e Sociais, tendo realiza-
do em 1966, umcurso de pós-graduaçãoem Ciên-
cia da Informação Coletiva, no Centro Interna-
cional de Estudos Superiores de Comunicação
para a América Latina, em Quito, ano aquele em
que,apóshaveratuado,a convitedeLuizBeltrão,
78
a partir de 1965, como Professor-Assistente de
Técnica de Jornal e Periódico, na Universidade
Católica de Pernambuco, em conseqüência de
perseguições políticas viu-se compelido a emi-
grar para São Paulo, - segundo suas próprias
palavras, "na condição de refugiado político
e de exilado econômico" - onde logo passou
a lecionar, como Professor-Titular de Teoria da
Informação e Metodologia da Pesquisa em Co-
municação, na Faculdade de Jornalismo Cásper
Líbero, da Pontifícia Universidade Católica -
PUC. Nessa universidade paulista viria a fun-
dar e dirigir o Centro de Pesquisas da Comu-
nicação Social, tendo integrado, em 1967, a
equipe de professores fundadores -e depois seu
Diretor -da Escola de Comunicações Culturais,
posteriormente Escola de Comunicação e Artes,
da Universidade de São Paulo, cujo Departa-
mento de Jornalismo e Editoração organizou e
implantou. Nela viria conquistar dois importan-
tes títulos acadêmicos; em 1973, o de Doutor
em Jornalismo, com tese aprovada com distin-
ção, Fatores sócio-culturais que retardaram a
implantação da Imprensa no Brasil,-a primeira
tese de doutoramento em jornalismo, aliás, de-
fendida por brasileiro - e em 1983, o outro, o de
Livre Docente em Jornalismo, quando defendeu
a tese Gêneros opinativos no jornalismo brasi-
leiro. Anos antes, em 1974, logo depois de sua
chegada dos Estados Unidos, onde no ano ante-
riore parte do seguinte, realizarana Universida-
de de Wisconsin, curso de pós-doutorado em Co-
municação e Desenvolvimento, viu-se surpreen-
dido, não pela cassação dos seus direitos políti-
cos, mas com a cassação de seus direitos acadê-
micos dentro do âmbito da USP, uma "cassação
branca" que o afastava sumariamente da cáte-
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42. dra, proibindo-o de lecionar. Foi então convida-
do para atuar no Instituto Metodista de Ensino
Superior- IMS, de SãoBernardo do Campo, onde
instituíuumprograma deMestrado em Comuni-
cação Social, que logo viria a se destacar, devido
à sua qualidade e seriedade científica. Em 1979,
com a anistiapolítica,voltouaos quadros daUni-
versidade de São Paulo, onde logo foi eleito, pelo
voto direto da comunidade acadêmica, Chefe do
Departamento de Jornalismo e Editoração e de-
pois Diretor da Escola de Comunicação e Artes.
Colaborou em inúmeras revistas e outros perió-
dicos especializados. No Brasil, em espécimes
impressos em Fortaleza, Recife, Brasília, Rio
deJaneiro, Petrópolis, S. Paulo, Campinase Por-
to Alegre. No exterior, na Alemanha (Munique),
Equador (Quito), Espanha (Madri), Holanda
(Amsterdam), Inglaterra (Londres), México (ca-
pital), Peru (Lima), Portugual (Porto), Tchecos-
lováquia (Praga) e Venezuela (Caracas). Seu no-
me acha-se ligado a inúmeras entidades do mun-
do da comunicação, nas áreas do ensino e da
pesquisa, como criador ou na condição de desta-
cado participante, a exemplo da já mencionada
Universidade Metodista do ABC; Faculdade de
Comunicação SocialdaFundaçãoCásperLíbero;
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa da
Comunicação-ABEPEC, quefundou; Instituto de
CiênciadaInformação-ICINFORM;UniãoBrasi-
leiradeEstudos InterdisciplinaresdaComunica-
ção-INTERCOM, que estruturou e presidiu de
1973a 1983;União CristãBrasileira de Comuni-
cação Social - UCBA, da qual foi sócio fundador,
entre outras, enquanto no exterior integra os
quadrosdediversasassociaçõescientíficas;Asso-
ciation for EducationinJournalism -AEJ, Inter-
national Association for Mass Communication
Research - IAMCR e International Communica-
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tionAssociation-ICA(USA);UniónCatolicaLati-
noamericana de Prensa(Brasil) e a Associación
Latinoamericana de Investigadores de la Comu-
nicación -ALAIC, da Colômbia, da qual foi presi-
dente. Daquelequeé hojeoprincipalpesquisador
brasileiro de Jornalismo Comparado, registra-
mos suas principais obras: Comunicação social:
teoria e pesquisa. Petrópolis, Vozes, 1970; 6. ed.,
1978; Comunicação, opinião, desenvolvimento.
Petrópolis, Vozes, 1971; 4. ed., 1979; Reflexões
sobre temas de comunicação. S.Paulo, Escola de
Comunicação eArtes-USP, 1972. Estudos dejor-
nalismocomparado. S.Paulo, Pioneira, 1972.260
p.,il; Sociologia da imprensa brasileira. Petrópo-
lis, Vozes, 1973; Contribuição para uma pedago-
giadecomunicação.S.Paulo,Paulinas1974;Sub-
desenvolvimento,urbanizaçãoecomunicaçãoPe-
trópolis, Vozes, 1973; 2. ed., 1977; Telemania,
anestésicosocial.S.Paulo,Loyola,1981;Comuni-
cação & libertação. Petrópolis,Vozes, 1981;Para
uma leitura crítica da comunicação. S. Paulo,
Paulinas, 1985;Comunicação: teoriaepolítica. S.
Paulo, Summus, 1985; A opinião no jornalis-
mo brasileiro. Petrópolis, Vozes, 1985; Comuni-
cação: direito à informação. Campinas, Papiros,
1986; As telenovelas da Globo: produção e expor-
tação. S. Paulo, Summus, 1988; Espanha: socie-
dade e comunicação de massa. S.Paulo, Summus
1989; Comunicação e modernidade: o ensino e a
pesquisa nas Escolas de Comunicação. S.Paulo,
Loyola, 1991. Além dessas publicações coorde-
nou/organizou, de 1976 a 1993, trinta e duas co-
letâneas e comunicações a congressos, a última
das quais, Communication for New World: Bra-
zilian perspectives. Papers presented by ECA-
USPandotherBrazilianinstitutionstotheXVIII
Scientific Conference Guarujá, São Paulo, 1992.
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