3. Infância
Infante (origem latina) ausência de fala
“Por não falar, a infância não se fala e não
se falando, não ocupa a primeira pessoa
nos discursos que dela se ocupam. [...]
Por isso é sempre definida por fora”
(LAJOLO, 1997,P. 226).
4. INFÂNCIA : Categoria histórica que
possui
vários significados, os quais dependem
das relações sociais, econômicas,
políticas, históricas, culturais entre outras.
CRIANÇAS: Nas leis brasileiras são
consideradas crianças os indivíduos com
até 12 anos de idade incompletos.
5. SANTOS, 1996
Período do ciclo da vida que têm
dimensões biológicas e culturais.
Idade cronológica que não constitui
critério valido de manutenção física.
Vai do nascimento até a puberdade (0 a
12 anos, ECA).
6. SANTOS, 1996
Desenvolvimento biológico é universal,
mas o recorte desse continum obedece às
diferenças do ritmo fisiológico e varia de
indivíduo para indivíduo de acordo com o
sexo.
Mais apropriado “infâncias”
7. FARIAS, 2005
Infância como Categoria Social
Final do Século XVIII e começo do Século
XIX
Sociedade burguesa começa a perceber a
criança como ser coletivo.
“Ainda não se poderá falar em um
reconhecimento generalizado da sua
identidade e de sua importância, já que esse
processo de autonomização não ocorre da
mesma maneira em todos os Países [...]
(FARIAS, 2005, p. 56).
8. COLIN HEYWOOD (2004)
Ao estudar as mudanças nas concepções
de infância da Idade Média à época
Contemporânea ele o faz de uma
perspectiva multiculturalista
considerando as diferentes formas de
pensar essa etapa da vida.
Criança construto social
9. COLIN HEYWOOD (2004)
A criança se transforma com o passar
do tempo e, não menos importante, varia
entre grupos sociais e étnicos existente no
interior de uma mesma sociedade.
Obra: Uma História da Infância (2001).
10. PHILIPPE ARIÈS (1973)
Historiador francês, nasceu em 1914,
em Blois, na região central da França, e
viveu a maior parte de sua vida em Paris.
Morreu em 1984.
História Social da Criança e da Família -
este livro custou dez anos de pesquisas,
entre 1950 e 1960.
11. PHILIPPE ARIÈS (1973)
Suas pesquisas foram inspiradas nas
observações e nas“transformações
contemporâneas dos modelos familiares”.
Ariès (1994, p. 133).
Documentos iconográficos e na literatura.
Apresenta um quadro da criança/família
em lenta transformação.
12. PHILIPPE ARIÈS
Crianças são adultos em miniatura (roupas,
expressões faciais),
A arte medieval “desconhecia” a infância
O sentimento de infância surge entre os
séculos XIII e XVIII(temas religiosos). A
infância se introduz na iconografia medieval).
Século XIII não existem crianças
caracterizadas por expressão particular, e
sim homens de tamanho reduzido.
13. PHILIPPE ARIÈS
As crianças foram tratadas como adultos
em miniaturas: na sua maneira de vestir-
se, na participação ativa em reuniões,
festas e danças. Os adultos se
relacionavam com as crianças sem
considerar suas especificidades, falavam
vulgaridades, realizavam brincadeiras
grosseiras, todos os tipos de assuntos
eram discutidos.
16. A criança se torna uma personagem mais
frequentes nas pinturas: crianças com
seus companheiros, com sua família...
Na vida cotidiana as crianças estavam
misturadas com os adultos, para o
trabalho, o passeio, o jogo.
17. Os pintores gostavam de representar a
criança por sua graça ou por seu pitoresco
e se compraziam em representar a
presença da criança dentro do grupo ou
da multidão.
Século XVI- retrato da criança morta
(aparece nas sepulturas de seus mestres).
18. Multiplicam os retratos de crianças vivas;
Nasce o sentimento da infância
Início do interesse pela criança
Retratos de crianças sozinhas e retrato de
crianças em família. Imagens em que as
crianças aparecem no centro
Registro da linguagem infantil.
19. A civilização medieval não percebia um
período transitório entre a infância e a
idade adulta. As crianças eram percebidas
como adultos em miniatura.
A infância era apenas uma fase sem
importância e não fazia sentido fixar
lembranças.
Ausência do sentimento de Infância na
Idade Média.
20. Tese da inexistência de uma consciência
da natureza particular da infância nas
sociedades medievais.
Olhando o mundo da infância medieval
com os olhos da contemporaneidade e
que não havia uma ausência do
sentimento da infância, mas uma
compreensão própria.
21. Existem muitas infâncias distintas entre si
por condição social, por idade, sexo, pelo
lugar onde a criança vive, pela cultura,
pela época, pelas relações com os
adultos.
22. Na roda da vida
Lá vai o menino
Trazendo contente
Um canto no peito
Na fronte uma estrela.
Um canto que faça o mundo mais manso,
Cantigas que tornem a vida mais limpa
Um canto que faça os homens mais
crianças.
TIAGO DE MELO
23. ARIÈS, Philippe. História Social da Criança
e da Família. Rio de Janeiro: LTC, 1981.
HEYWOOD, Colin. Uma História da
Infância: da Idade Média à Época
Contemporânea no Ocidente, trad. Roberto
Cataldo Costa. Porto Alegre: Artemed, 2004.
FARIAS, G; DERMATINI, Zelia de Brito
Fabri; PRADO, Patricia Dias (orgs) Por uma
cultura da infância : metodologia de
pesquisa com criança. Campinas São Paulo :
Autores Associados, 2005.
24. BRUEGEL, Pieter, o Velho. Jogos
Infantis. 1560. Óleo sobre madeira. 118
x 161 cm.
Kunsthistorisches Museum, Viena;
________. O Banquete de casamento
camponês. 1568. Óleo sobre madeira.
114 x
164 cm. Kunsthistorisches Museum,
Viena;