2. Objetivos
• » Compreender as contribuições da
Administração Científica, autores e principais
conceitos.
• » Compreender as contribuições da Gestão
Administrativa, autores e principais conceitos.
• » Compreender as contribuições da Teoria da
Burocracia, autor e principais conceitos.
3. Contexto de surgimento
1) Concepções e orientações acerca da natureza, do
indivíduo e da economia:
• contribuições de Descartes, Bentham, Smith, Weber...
(SOBRAL; PECI, 2008)
4. Contexto de surgimento
2) Entrada do capitalismo na fase monopolista
Grandes
organizações
monopolistas
Produção em
massa.
Redução no custo
de transportes
(ferrovias).
Falta de
regulação
governamental.
(SOBRAL; PECI, 2008)
8. Administração Científica
Dois livros de Taylor deste período trazem os
primeiros esboços de seu modelo
administrativo: A Piece Rate System (Um
sistema de preço por peça, 1895) e Shop
management (Administração de Oficinas, 1903,
apresentado à Sociedade dos Engenheiros
Mecânicos dos Estados Unidos). Posteriormente,
este modelo aparece mais bem sistematizado
em Principles of Scientific Administration
(Princípios da Administração Científica, 1911).
• Origem: Chão de Fabrica
• Ênfase: Adoção de métodos racionais e
padronizados, máxima divisão de tarefas.
• Enfoque: Produção
O engenheiro Frederick
Winslow Taylor (1856-
1915), é o fundador da
Administração Científica.
9. Administração científica
A OBRA DE TAYLOR. “Arrumando o chão de Fábrica”
PRIMEIRO PERIODO DE TAYLOR.
Corresponde à época da publicação de seu livro Shop Managemant (administração de Oficinas).
Nesta obra mostra as técnicas de racionalização do trabalho do operário por meio do Estudo de
Tempos e Movimentos.
Taylor diz que o Objetivo da Administração/Chefia é:
1. Pagar salários melhores e reduzir custos unitários de produção;
2. Aplicar métodos científicos de pesquisa e experimentos;
3. Selecionar cientificamente os trabalhadores “O homem certo para a função certa”
4. Treinar os trabalhadores para que haja uma única maneira de fazer a coisas. “The one best
way”
5. Estabelecer um ambiente psicológico de cooperação entre administração e trabalhador.
10. Administração científica
SEGUNDO PERÍODO DE TAYLOR - 1911
Este período corresponde a publicação do seu Livro Princípios de Administração Científica ,
quando concluiu que a racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma
estruturação geral da empresa e que tornasse coerente a aplicação dos seus princípios.
Para Taylor, as indústrias de sua época padeciam de três males:
1. Vadiagem sistemática dos operários;
a) O engano disseminado entre os trabalhadores, de que o maior rendimento do homem e da
máquina provoca desemprego;
b) O sistema defeituoso da administração que força os operários à ociosidade no trabalho a
fim de proteger seus interesses;
c) Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas, com os quais o operário
desperdiça grande parte de seu esforço e tempo;
11. Administração científica
2. Desconhecimento, pela gerencia, das rotinas de trabalho e
do tempo necessários para sua realização;
Segundo Taylor a Administração Científica é uma evolução e não uma
teoria, tendo como ingrediente 75% de análise e 25% de bom senso.
3. Falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho;
Apesar de sua atitude pessimista a respeito da natureza humana, já que
considerava o operário como “irresponsável”, “vadio” e “negligente”,
Taylor se preocupou em criar um sistema baseado na intensificação do
ritmo de trabalho em busca da eficiência empresarial.
12. Administração científica
Em seu Principles of Scientific Management, Taylor enuncia quatro princípios:
• PRINCÍPIO DE PLANEJAMENTO
substituição de métodos empíricos por procedimentos científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser planejado e testado, seus
movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução.
• PRINCÍPIO DE PREPARO DOS TRABALHADORES
selecionar os operários de acordo com as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado para que
atinjam a meta estabelecida.
• PRINCÍPIO DE CONTROLE
controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.
• PRINCÍPIO DA EXECUÇÃO
distribuir as atribuições e responsabilidades para que o trabalho seja o mais disciplinado possível.
13. Administração científica
ADMINISTRACAO COMO CIÊNCIA “Primeiros estudos”
Para Taylor, a improvisação deve ceder lugar ao planejamento e o empirismo à Ciência. Ou seja,
usar a razão.
A idéia de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos recebeu o nome de
ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO (ORT).
A ORT se fundamenta em:
A ORT se fundamenta em:
1. Estudo de tempos e movimentos;
2. Divisão do Trabalho e especialização do operário;
3. Desenho de cargos e tarefas;
4. Condições de Trabalho;
5. Padronização das tarefas;
6. Supervisão funcional;
7. Fadiga do trabalhador;
8. Principio da exceção;
9. Premiação da eficiência – O Homo Economicus;
• Re d e f i n i ç ã o d a s a t r i b u i ç õ e s
• P a d ro n i z a ç ã o d o s p ro c e d i m e n t o s e f e r ra m e n t a s
• C ro n o m e t ra g e m
• P a ga m e nt o p o r p e ç a
• C a r t õ e s d e i n s t r u ç ã o
• D e p a r t a m e n t o d e P l a n e j a m e nt o
25. Administração Clássica
Caracteriza-se pela ênfase na
estrutura organizacional, pela visão
do homem econômico e pela busca
da máxima eficiência e pelo olhar
sobre todas as esferas da
organização (operacionais e
gerenciais), bem como na direção de
aplicação do topo para baixo (da
gerência para a produção).
• Origem: Gerência administrativa
• Ênfase: Estrutura formal da
empresa, adoção de princípios
administrativos pelo alto escalão
• Enfoque: Gerência
O engenheiro Jules Henri
Fayol (1841 – 1925) o
fundador da Teoria Clássica da
Administração .
26. Administração Clássica
Fayol procurou dividir qualquer empresa em seis funções básicas:
• técnicas, relacionadas com a produção de bens ou de serviços da
empresa
• comerciais, relacionadas com a compra, venda e permutação
• financeiras, relacionadas com a procura e gerência de capitais
• segurança, relacionadas com a proteção e preservação dos bens e das
pessoas
• contábeis, relacionadas com inventários, registros, balanços, custos e
estatísticas
• administrativas, relacionadas com a integração das outras cinco funções
As funções administrativas coordenam as demais funções da empresa.
27. Administrativa Clássica
POCCC é uma sigla utilizada em administração que representa as
cinco funções do administrador definidas por Fayol:
• - Planejar(o P, da sigla)
• - Organizar(o O, da sigla)
• - Controlar(o primeiro C, da sigla)
• - Coordenar(o segundo C, da sigla)
• - Comandar(o terceiro C, da sigla)
28. Administração clássica
Princípios gerais da administração:
1- Divisão do trabalho – especialização das tarefas
2- Autoridade e responsabilidade – direito de dar ordens e esperar a obediência; consequência natural da autoridade ou seja, dever de prestar contas
3- Disciplina
4- Unidade de comando – receber ordens de apenas um superior
5- Unidade de direção – um único plano para o conjunto de atividades com o mesmo objetivo
6- Subordinação dos interesses individuais aos gerais – os interesses gerais é que devem se sobrepor aos individuais
7- Remuneração do pessoal – justa
8- Centralização – concentração de autoridade no topo da hierarquia
9- Cadeia escolar – linha de autoridade do topo à base
10- Ordem – um lugar para cada coisa, cada coisa em seu lugar
11- Equidade – amabilidade e justiça para alcançar a lealdade pessoal
12- Estabilidade do pessoal – não deve haver rotatividade de pessoal
13- Iniciativa – capacidade de visualizar um plano e assegurar seu sucesso
14- Espírito de equipe – harmonia e união entre as pessoas são grande forças para a organização.
30. Escola das relações humanas
Surgimento da Teoria dos Recursos
Humanos
Humanizar e Democratizar a
Administração, desenvolver as
Ciências Humanas e agregar as
conclusões das experiências em
Hawthorne coordenadas por Mayo.
• Origem: Ambiente de trabalho
• Ênfase: Nas pessoas (trabalhadores)
• Enfoque: Aspectos psicológicos e
sociológicos
Georges Elton Mayo (1880 -
1949) um dos fundadores e
principais expoentes do método
sociologia industrial.
31. Escolas das relações humanas
No período entre 1927 e 1932 foram realizadas
pesquisas em uma das fábricas da Western
Electric Company, localizada em Hawthorne,
distrito de Chicago
Experiências
• Efeitos da iluminação.
• Sala de montagem de
relés.
• Programa de entrevistas.
• Sala de montagem de
terminais.
Objetivos
Estudar a fadiga; os
acidentes; a rotação do
pessoal (turnover); o efeito
das condições físicas de
trabalho sobre a
produtividade dos
empregados.
32.
33. Abordagem Estruturalista
Teoria da Burocracia
Atribui-se a criação do termo
bureaucratie, a um ministro do governo
francês do século XVIII, Jean-Claude
Marie Vincent, para se referir, num
sentido bem crítico e debochado, todas
as repartições públicas.
Maximilian Karl Emil
Weber (1864-1920)
De acordo com Max Weber, os atributos da
burocracia moderna incluem a
impessoalidade, a concentração dos meios
da administração, um efeito de nivelamento
entre as diferenças sociais e econômicas e a
execução de um sistema da autoridade que
é praticamente indestrutível.
Origem: Racionalidade e Ética Protestante
Ênfase: Na estrutura
Enfoque: Racionalidade Organizacional
35. Abordagem Estruturalista
Teoria da Burocracia
Segundo Weber, as principais características de um aparato burocrático
moderno são:
• Funcionários que ocupam cargos burocráticos são considerados
servidores públicos;
• Funcionários são contratados em virtude de competência técnica e
qualificações específicas;
• Funcionários cumprem tarefas que são determinadas por normas e
regulamentos escritos;
• A remuneração é baseada em salários estipulados em dinheiro;
• Funcionários estão sujeitos a regras hierárquicas e códigos disciplinares
que estabelecem as relações de autoridade.
36. Abordagem Estruturalista
Teoria da Burocracia
• Divisão do trabalho: Tarefas simples para qualquer pessoa se especializar em tempo
mínimo
• Hierarquia de autoridade: Cadeia de comando com responsabilidades, deveres e
privilégios específicos
• Racionalidade: Seleção, promoção, adequação do desempenho do trabalho às
qualificações
• Regras e padrões: Decisões guiadas por regras, disciplina e controles
• Compromisso profissional: administradores ganham salários fixos e não são donos
dos negócios; gerente treinados para melhor qualificação e eficiência organizacional
• Registros escritos: continuidade e uniformidade de ação sobre transações da
organização
• Impessoalidade: regras e procedimentos aplicados de modo uniforme e imparcial
37. Abordagem Estruturalista
Teoria da Burocracia
Poder: é a probabilidade de o indivíduo executar sua vontade apesar das resistências opostas
(controle mediante ameaças, coações, manipulação das condições) ≠ autoridade (obediência
voluntária)
Persuasão: É a faculdade de o indivíduo influenciar a decisão ou ação de outro, mediante a
razão, a lógica e a argumentação
Tipos puros de autoridade
• Tradicional: ordem social sagrada. Direito divino, tradição cultural, herança. Ex: tribo, clã,
sociedade medievais, família.
• Carismática: rejeição à tradição e contra ordem social vigente. Ordem encarnada numa
pessoa. Ex: partidos políticos, revolucionários, grupos religiosos
• Racional: Baseada em normas sociais, administradas pela meritocracia, com traços
impessoais, técnicos e racionais. Ex: exércitos, administração pública e empresas
39. Abordagem Estruturalista
Teoria Estrutural
A origem da Teoria Estruturalista na
Administração ocorreu ao final como um
desdobramento da Teoria da Burocracia e de uma
leve aproximação à Teoria das Relações Humanas. A
Teoria Estruturalista, portanto, é uma tentativa de
reunir aspectos relevantes das abordagens Clássicas
e Humanística.
Origem: Burocracia
Ênfase: Na estrutura, pessoas e ambientes
Enfoque: Organização formal e informal; Análise intra-organizacional
e análise interorganizacional
Autores Estruturalistas: Victor Thompson, Amitai Etzioni, Peter Blau e
Richard Scott
40. Abordagem Estruturalista
Teoria Estrutural
Abordagem Estruturalista inclui:
• a organização formal e a informal, e suas inter-relações
• o objetivo e o alcance dos grupos informais e as relações de tais grupos
dentro e fora da organização
• os níveis mais altos e os níveis mais baixos
• as recompensas materiais e as não materiais
• a interação da organização com o seu ambiente
• as organizações de trabalho e as de natureza diferenciada
As organizações passaram por um processo de desenvolvimento ao
longo de quatro etapas:
1. Etapa da natureza;
2. Etapa do trabalho;
3. Etapa do Capital;
4. Etapa da Organização.
41. Abordagem Estruturalista
Teoria Estrutural
O homem organizacional necessita ter as seguintes características:
1. Flexibilidade - em face das constantes mudanças que ocorrem na
vida moderna, bem como da diversidade dos papéis
desempenhados nas diversas organizações.
2. Tolerância às frustrações – para evitar o desgaste emocional
decorrente do conflito entre necessidades organizacionais e
necessidades individuais.
3. Capacidade de adiar as recompensas – e poder compensar o
trabalho rotineiro dentro da organização, em detrimento das
preferências e vocações pessoais por outros tipos de atividade
profissional.
4. Permanente desejo de realização – para garantir a conformidade e
a cooperação com as normas que controlam e asseguram o acesso
às posições de carreira dentro da organização, proporcionando
recompensas e sansões sociais e materiais.
43. Abordagem Neoclássica da Administração
A teoria neoclássica da
administração é o nome dado a
um conjunto de teorias que
surgiram na década de 50 e que
propõem uma retomada das
abordagens clássica e científica
da administração.
Peter Ferdinand Drucker
(1909 - 2005)
Dentre os principais conceitos
abordados por essa teoria, destacam-se:
ênfase na prática da administração;
reafirmação relativa das proposições
clássicas;
ênfase nos princípios gerais de gestão;
ênfase nos objetivos e resultados.
44. Abordagem Neoclássica da Administração
Esta nomenclatura é utilizada apenas no Brasil. Foi
popularizada no livro texto de Chiavenato, que é
utilizado no ensino da administração de empresas no
país. Chiavenato diz:
“Os autores aqui abordados, (…) muito embora não apresentem pontos de vista
divergentes, também não se preocupam em se alinhar dentro de uma organização comum.
Em resumo, os autores neoclássicos não forma propriamente uma escola bem definida,
mas um movimento relativemente heterogêneo. Preferimos a denominação teoria para
melhor enquadamento didático e facilidade de apresentação”.
Princípios Básicos da Organização
Divisão do Trabalho, Especialização, Hierarquia, Autoridade e Responsabilidade
Funções do Administrador
Planejar, Organizar, Dirigir, Controlar
45. Outras abordagens
Teoria Comportamental
(PESSOAS)
Maslow e Herzberg: Análise da
Motivação
Estilos de Administração: autocrático
e democrático
Homem Administrativo
Teoria Cibernética e de Sistemas (AMBIENTE)
Sistema: entrada, processo, saída e retroação
Organização como Sistema Aberto
Subsistema técnico e subsistema social
Visão Sistêmica é a lente que a teoria contingencial usará para
interpretar as demais teorias
Teoria NeoSchumpeteriana
(TECNOLOGIA)
Destruição criadora das inovações
Importância do Empreendedor
Evolucionismo: sobrevivência dos
melhor adaptados
• 1954 – Teoria neoclássica da administração • 1957 – Teoria comportamental •
1962 – Desenvolvimento organizacional • 1972 – Teoria da contingência •
1990 – Novas abordagens (Era da Informação)
46. Referência Bibliográfica
• BERNARDES. C. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 1997.
• CHIAVENATO, Idalberto. Administração: Teoria, Processo e Prática. São Paulo:
McGraw Hill, 1987.
• CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração: Abordagens Prescritivas
e Normativas da Administração. São Paulo: Makron Books, 1997.
• DRUCKER, Peter F. Administração – Responsabilidades, tarefas e práticas; São
Paulo, editora Pioneira, 1975.
• MOTA, Fernando C. Prestes & VASCONCELLOS, Isabella F. Gouveia de. Teoria
Geral da Administração. São Paulo: Thomson, 2002.
Notas do Editor
Aqui cabe aquela foto do Chaplin. O filme tempos modernos é uma crítica a esse trabalho especializado do funcionário.