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DE QUE TEMPOS SE FALA NA ESCOLA EM CICLOS?
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jacquelinelemebaptistella@yahoo.com.br, lmassuchetto@uol.com.br, liliamarh@brturbo.com.br
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1. INTRODUÇÃO
Buscar conceituar o elemento tempo parece ser
um dos desafios das diversas ciências há muitos
anos. O tempo traduz o ritmo das atividades
humanas, e fragmentá-lo para assim controlá-lo e,
então, representá-lo em termos de produtividade
ainda é uma das heranças da racionalidade
científica.
Lima (2000, pp. 1-2) auxilia na reflexão sobre
tempo quando afirma que as conquistas realizadas
por diversas ciências dedicadas ao estudo do ser
humano em suas múltiplas dimensões (social,
histórica, psicológica, linguística, etc.) revelam que
esses elementos e, em especial o tempo, constituem-
se como aspectos importantes para a aprendizagem
na instituição escolar.
A história da instituição escolar, enquanto tempo
de formação, evidenciou uma estabilidade nas ações
e o desenvolvimento de programas padrões de
ensino. Houve a padronização do currículo, dos
métodos, da disciplina, dos instrumentos de
verificação da aprendizagem, da prática docente e
consequentemente do tempo escolar.
Para que as metas educativas estabelecidas tanto
no Brasil como em outros países latino-americanos
fossem alcançadas, propostas curriculares,
metodológicas, avaliativas e alterações na
organização do tempo escolar foram concebidas.
Nesse conjunto de propostas, inserem-se a
organização do ensino a partir dos Ciclos de
Aprendizagem, que, trazem modificações no
currículo, na concepção de aprender e de ensinar, de
avaliar e na organização do tempo/espaço escolar.
Este trabalho de pesquisa buscou analisar, a
partir do olhar dos professores do 3º ano do ciclo de
alfabetização, os tempos retratados na escola
organizada em ciclos no município de Curitiba. A
intencionalidade foi refletir sobre o tempo dos
alunos ao revelar a preocupação não somente com o
cumprimento do rol de conteúdos, mas com a
diversificação metodológica e com o processo de
aprendizagem. A pergunta que deu direção ao
trabalho se constituiu do próprio título deste
trabalho: de que tempo falam os professores do 3º
ano do ciclo de alfabetização na escola organizada
em ciclos no município de Curitiba?
2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia de trabalho adotada na pesquisa
foi a abordagem de pesquisa qualitativa que está
fundamentada na relação dinâmica do sujeito e do
objeto. O contexto desta pesquisa foram as escolas
da rede municipal de ensino de Curitiba,
selecionados em uma amostra de doze escolas,
constituindo-se em 7% da rede escolhida a partir dos
dados do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEB). Os sujeitos envolvidos são
professores que atuam em turmas de 3º ano, que
corresponde ao último ano do ciclo de alfabetização,
correspondendo ao número de 24 entrevistados. Para
apresentação dos dados as professoras serão
denominadas com nomes de estrelas. O questionário
foi organizado em dez questões, sendo sete
perguntas objetivas e três subjetivas.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Considerou-se importante retomar a questão da
temporalidade por entender-se que a organização da
escola em ciclos não se constitui apenas como uma
indicação legal, prevista na LDBEM 9394/96, no
capítulo II, artigo 23. A organização da escola em
ciclos pressupõe mudanças na concepção da
avaliação educacional, na organização das
atividades comuns a todas as escolas e aquelas que
se fazem necessárias para aquisição de
conhecimentos de natureza biológica, cultural,
social, próprias do desenvolvimento humano.
Das professoras alfabetizadoras que participaram
desta pesquisa, dezenove estão entre o primeiro e
quinto ano de trabalho com o terceiro ano da
alfabetização.
O ponto central da pesquisa diz respeito a que
tempo se fala na escola organizada em ciclos. Dos
24 questionários aplicados os dados são reveladores
que o tempo da aprendizagem foi o citado por todas
as professoras. Quando se propõe a discutir o tempo
na escola organizada em ciclos, a proposta é
compreender que a lógica histórica de que todos
aprendem ao mesmo tempo os conteúdos propostos
no currículo, que todos devem estar na mesma sala
considerando suas idades cronológicas, que as
singularidades devem ser reprimidas no espaço
escolar, deve ser logo revista.
IV ENCONTRO DE PESQUISA E INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE POSITIVO
EPIC 2014
2
Na organização do ensino em Ciclos não se
resume apenas à flexibilização do tempo (torná-los
maleáveis, menos rígidos), a referência está no
movimento que se constitui a partir das vivências,
experiências, o acervo disponibilizado aos alunos e
também aos professores, o diálogo estabelecido, as
possibilidades de interação com diversas linguagens.
De acordo com os sujeitos de pesquisa, os ciclos
pretendem dar tempo aos alunos lentos e para
aqueles com problemas de aprendizagem. Essa é
uma questão que gera a apresentação da real
concepção do professor sobre o ensino em ciclos.
Na organização do ensino em ciclos não significa
[...] “dar mais tempo para os mais fracos”, mas,
antes disso, é dar o tempo adequado a todos (grifo
da autora, LIMA, 1998, p. 10). Significa relacioná-
lo à realização de tarefas que utilizaram
procedimentos cada vez mais abstratos, que
demandam conhecer o que Becker (2004) coloca
como respeito ativo à aprendizagem.
As professoras que participaram da pesquisa
concordam que dar mais tempo para permanecer em
um dia na escola, há uma colaboração com a
aprendizagem das crianças, mas que isto depende do
projeto de intervenção que será desenvolvido.
Um projeto de intervenção deve pressupor a
participação dos professores regentes e a utilização
de diferentes espaços além das salas de aula, como
espaços destinados ao desenvolvimento das
atividades de Educação Física, Artes, o parquinho,
laboratório de informática, espaços abertos
próximos à escola que possibilitam a interação das
crianças tanto com as outras crianças como com os
próprios elementos que estão dispostos nesses
espaços e vão caracterizá-los.
Na pesquisa foi levantado o questionamento com
as professoras o que representa tempo no processo
de alfabetização. As respostas foram organizadas
nas seguintes categorias: tempo da criança (ritmos,
processos cognitivos, apropriação de conceitos);
tempo das práticas pedagógicas; tempo dos
conteúdos; tempo cronológico; tempo de ensino e
aprendizagem. Foi possível perceber que as
professoras alfabetizadoras fazem referência ao
tempo na alfabetização ao tempo da criança para
aprender um determinado conteúdo, mas 75% delas
consideram que é necessário compreender o tempo
da criança.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a análise dos dados foi possível constatar
que no grupo pesquisado as professoras estrelas
fazem referência ao tempo de aprendizagem, quando
questionadas sobre qual tempo se está falando na
escola organizada em ciclos. As professoras
demonstram que enquanto alfabetizadoras, estão
coerentes em relacionar o tempo com a
aprendizagem, pois para aprender há necessidade de
tempo, mas não um tempo em que se espera as
coisas acontecerem, mas um tempo resultante da
interação com o social, que possibilitam a mediação
com os objetos de conhecimento e desenvolvimento
de diferentes estruturas cognitivas.
Elas reafirmam a questão da aprendizagem
quando revelam que o tempo na alfabetização é um
tempo necessário para a criança e os processos
cognitivos. No entanto há contradições em relação a
ideia de se implantar a organização em ciclos.
Ao falar de tempo na escola em ciclos é falar do
tempo da aprendizagem. Abordar o tempo da
aprendizagem é tratar de questões relacionadas a
memória, a linguagem, a percepção, a imaginação,
ao pensamento. É repensar as atividades
pedagógicas no sentido de proporcionar
experiências culturais, situações que explorem os
conceitos aprendidos pela explicação da professora,
leitura de diversos materiais, discussão com os
colegas.
Desenvolver uma prática docente na escola
organizada em Ciclos corresponde a pensar a
organização do tempo em que favoreça à
diversidade do processo de aprender e não apenas
dar mais tempo para as crianças sem a devida
intervenção pedagógica.
REFERÊNCIAS
BECKER, Fernando. Tempo de aprendizagem,
tempo de desenvolvimento, tempo de gênese: a
escola frente à complexidade do conhecimento. In:
MOLL, Jaqueline e colaboradores. Ciclos na
escola, tempos na vida criando possibilidades.
Porto Alegre: Artmed, 2004.
LIMA, Elvira Souza. Desenvolvimento e
aprendizagem na escola: aspectos culturais,
neurológicos e psicológicos. São Paulo: Sobradinho,
1998.
______. Ciclos de formação – uma reorganização
do tempo escolar. São Paulo: Sobradinho, 2000.

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Tempo da Aprendizagem na Escola Organizada em Ciclos

  • 1. IV ENCONTRO DE PESQUISA E INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE POSITIVO EPIC 2014 1 DE QUE TEMPOS SE FALA NA ESCOLA EM CICLOS? Jacqueline Leme Baptistella¹, Laiz Maria Massuchetto², Liliamar Hoça³ jacquelinelemebaptistella@yahoo.com.br, lmassuchetto@uol.com.br, liliamarh@brturbo.com.br Universidade Positivo, Pedagogia 1. INTRODUÇÃO Buscar conceituar o elemento tempo parece ser um dos desafios das diversas ciências há muitos anos. O tempo traduz o ritmo das atividades humanas, e fragmentá-lo para assim controlá-lo e, então, representá-lo em termos de produtividade ainda é uma das heranças da racionalidade científica. Lima (2000, pp. 1-2) auxilia na reflexão sobre tempo quando afirma que as conquistas realizadas por diversas ciências dedicadas ao estudo do ser humano em suas múltiplas dimensões (social, histórica, psicológica, linguística, etc.) revelam que esses elementos e, em especial o tempo, constituem- se como aspectos importantes para a aprendizagem na instituição escolar. A história da instituição escolar, enquanto tempo de formação, evidenciou uma estabilidade nas ações e o desenvolvimento de programas padrões de ensino. Houve a padronização do currículo, dos métodos, da disciplina, dos instrumentos de verificação da aprendizagem, da prática docente e consequentemente do tempo escolar. Para que as metas educativas estabelecidas tanto no Brasil como em outros países latino-americanos fossem alcançadas, propostas curriculares, metodológicas, avaliativas e alterações na organização do tempo escolar foram concebidas. Nesse conjunto de propostas, inserem-se a organização do ensino a partir dos Ciclos de Aprendizagem, que, trazem modificações no currículo, na concepção de aprender e de ensinar, de avaliar e na organização do tempo/espaço escolar. Este trabalho de pesquisa buscou analisar, a partir do olhar dos professores do 3º ano do ciclo de alfabetização, os tempos retratados na escola organizada em ciclos no município de Curitiba. A intencionalidade foi refletir sobre o tempo dos alunos ao revelar a preocupação não somente com o cumprimento do rol de conteúdos, mas com a diversificação metodológica e com o processo de aprendizagem. A pergunta que deu direção ao trabalho se constituiu do próprio título deste trabalho: de que tempo falam os professores do 3º ano do ciclo de alfabetização na escola organizada em ciclos no município de Curitiba? 2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS A metodologia de trabalho adotada na pesquisa foi a abordagem de pesquisa qualitativa que está fundamentada na relação dinâmica do sujeito e do objeto. O contexto desta pesquisa foram as escolas da rede municipal de ensino de Curitiba, selecionados em uma amostra de doze escolas, constituindo-se em 7% da rede escolhida a partir dos dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Os sujeitos envolvidos são professores que atuam em turmas de 3º ano, que corresponde ao último ano do ciclo de alfabetização, correspondendo ao número de 24 entrevistados. Para apresentação dos dados as professoras serão denominadas com nomes de estrelas. O questionário foi organizado em dez questões, sendo sete perguntas objetivas e três subjetivas. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Considerou-se importante retomar a questão da temporalidade por entender-se que a organização da escola em ciclos não se constitui apenas como uma indicação legal, prevista na LDBEM 9394/96, no capítulo II, artigo 23. A organização da escola em ciclos pressupõe mudanças na concepção da avaliação educacional, na organização das atividades comuns a todas as escolas e aquelas que se fazem necessárias para aquisição de conhecimentos de natureza biológica, cultural, social, próprias do desenvolvimento humano. Das professoras alfabetizadoras que participaram desta pesquisa, dezenove estão entre o primeiro e quinto ano de trabalho com o terceiro ano da alfabetização. O ponto central da pesquisa diz respeito a que tempo se fala na escola organizada em ciclos. Dos 24 questionários aplicados os dados são reveladores que o tempo da aprendizagem foi o citado por todas as professoras. Quando se propõe a discutir o tempo na escola organizada em ciclos, a proposta é compreender que a lógica histórica de que todos aprendem ao mesmo tempo os conteúdos propostos no currículo, que todos devem estar na mesma sala considerando suas idades cronológicas, que as singularidades devem ser reprimidas no espaço escolar, deve ser logo revista.
  • 2. IV ENCONTRO DE PESQUISA E INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE POSITIVO EPIC 2014 2 Na organização do ensino em Ciclos não se resume apenas à flexibilização do tempo (torná-los maleáveis, menos rígidos), a referência está no movimento que se constitui a partir das vivências, experiências, o acervo disponibilizado aos alunos e também aos professores, o diálogo estabelecido, as possibilidades de interação com diversas linguagens. De acordo com os sujeitos de pesquisa, os ciclos pretendem dar tempo aos alunos lentos e para aqueles com problemas de aprendizagem. Essa é uma questão que gera a apresentação da real concepção do professor sobre o ensino em ciclos. Na organização do ensino em ciclos não significa [...] “dar mais tempo para os mais fracos”, mas, antes disso, é dar o tempo adequado a todos (grifo da autora, LIMA, 1998, p. 10). Significa relacioná- lo à realização de tarefas que utilizaram procedimentos cada vez mais abstratos, que demandam conhecer o que Becker (2004) coloca como respeito ativo à aprendizagem. As professoras que participaram da pesquisa concordam que dar mais tempo para permanecer em um dia na escola, há uma colaboração com a aprendizagem das crianças, mas que isto depende do projeto de intervenção que será desenvolvido. Um projeto de intervenção deve pressupor a participação dos professores regentes e a utilização de diferentes espaços além das salas de aula, como espaços destinados ao desenvolvimento das atividades de Educação Física, Artes, o parquinho, laboratório de informática, espaços abertos próximos à escola que possibilitam a interação das crianças tanto com as outras crianças como com os próprios elementos que estão dispostos nesses espaços e vão caracterizá-los. Na pesquisa foi levantado o questionamento com as professoras o que representa tempo no processo de alfabetização. As respostas foram organizadas nas seguintes categorias: tempo da criança (ritmos, processos cognitivos, apropriação de conceitos); tempo das práticas pedagógicas; tempo dos conteúdos; tempo cronológico; tempo de ensino e aprendizagem. Foi possível perceber que as professoras alfabetizadoras fazem referência ao tempo na alfabetização ao tempo da criança para aprender um determinado conteúdo, mas 75% delas consideram que é necessário compreender o tempo da criança. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a análise dos dados foi possível constatar que no grupo pesquisado as professoras estrelas fazem referência ao tempo de aprendizagem, quando questionadas sobre qual tempo se está falando na escola organizada em ciclos. As professoras demonstram que enquanto alfabetizadoras, estão coerentes em relacionar o tempo com a aprendizagem, pois para aprender há necessidade de tempo, mas não um tempo em que se espera as coisas acontecerem, mas um tempo resultante da interação com o social, que possibilitam a mediação com os objetos de conhecimento e desenvolvimento de diferentes estruturas cognitivas. Elas reafirmam a questão da aprendizagem quando revelam que o tempo na alfabetização é um tempo necessário para a criança e os processos cognitivos. No entanto há contradições em relação a ideia de se implantar a organização em ciclos. Ao falar de tempo na escola em ciclos é falar do tempo da aprendizagem. Abordar o tempo da aprendizagem é tratar de questões relacionadas a memória, a linguagem, a percepção, a imaginação, ao pensamento. É repensar as atividades pedagógicas no sentido de proporcionar experiências culturais, situações que explorem os conceitos aprendidos pela explicação da professora, leitura de diversos materiais, discussão com os colegas. Desenvolver uma prática docente na escola organizada em Ciclos corresponde a pensar a organização do tempo em que favoreça à diversidade do processo de aprender e não apenas dar mais tempo para as crianças sem a devida intervenção pedagógica. REFERÊNCIAS BECKER, Fernando. Tempo de aprendizagem, tempo de desenvolvimento, tempo de gênese: a escola frente à complexidade do conhecimento. In: MOLL, Jaqueline e colaboradores. Ciclos na escola, tempos na vida criando possibilidades. Porto Alegre: Artmed, 2004. LIMA, Elvira Souza. Desenvolvimento e aprendizagem na escola: aspectos culturais, neurológicos e psicológicos. São Paulo: Sobradinho, 1998. ______. Ciclos de formação – uma reorganização do tempo escolar. São Paulo: Sobradinho, 2000.