UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO
Curso: Ciências Sociais – Período 4
Módulo: Relações mundializadas, novas tecnologias e neoliberalismo
Unidade: América Latina: dos autoritarismos ao ultraliberalismo
Data: 02/09/09
Prof(a): Cesar Mangolin de Barros
ALUNA: ALCIONE FÁTIMA DA SILVA JURIGAN - RA: 155630
PÓLO CAMPINAS
DITADURA MILITAR NO BRASIL
No início da década de 1960 a conjuntura econômica brasileira iniciou um
período de grandes modificações na economia: modernização da indústria e
dos serviços, de concentração de renda, de abertura ao capital estrangeiro e
de endividamento externo. Em 1961 a economia brasileira estava complicada
com dívidas externa fora de controle, a inflação subindo e economia estagnada
em relação ao crescimento econômico na gestão de Juscelino Kubitschek.
Nesse período o Brasil possuía como presidente Jânio Quadros que teve como
um dos principais elementos a economia brasileira, envolvendo a crise política
e posteriormente sua renúncia e em seguida a posse de seu vice João Goulart.
A economia estava desacelerada em relação ao governo anterior de Juscelino
Kubitscheck, a inflação subindo, poder aquisitivo e remuneração
comprometida, o povo brasileiro decepcionado com o governo de Jânio
Quadros que se atentava a detalhes insignificantes para governar pela falta de
um planejamento político e econômico que suprisse as necessidades do povo,
devido a esses elementos, Jânio Quadros recebia muitas criticas tanto por
parte do povo como por parte do Congresso, que aceitou sua renúncia em
agosto de 1961 de forma imediata. Por outro lado, com a renúncia de Jânio o
seu vice teria que assumir pelas leis do Congresso, e o seu vice João Goulart
era aos olhos dos congressistas e militares visto como simpatizante do
comunismo, uma vez que seu nome sempre estava associado à esquerda.
Sendo assim, a posse de Jango como presidente no lugar de Jânio Quadros foi
envolvida também por uma crise interna que foi solucionada com a implantação
do parlamentarismo, onde Jango assumiria como presidente, porém o governo
de fato seria exercido por um primeiro ministro. Todo esse cenário de crise
política só contribuiu para aumentar ainda mais os problemas econômicos do
povo brasileiro. Dessa forma, havia preparativos para um golpe de estado, por
parte de algumas camadas sociais como, por exemplo, a elite, os militares e a
classe média, que apoiavam esse golpe, uma vez que, essa camada da
sociedade encontrava-se amedrontada com a fala esquerdista e nacionalista
de reformas, que João Goulart fazia, porém o povo o apoiava. Dessa forma,
existia uma conspiração dentro do governo para derrubar João Goulart, visto
que, suas ideias colocavam em risco a segurança econômica dessas camadas
da sociedade em favor das classes sociais mais necessitadas.
Assim sendo, o golpe de Estado começou com um militar Olympio de Mourão
Filho que vendo a revolta que se iniciou por parte dos marinheiros no Rio de
Janeiro em obedecer a ordens, foi o pretexto para que esse general marchasse
para o Rio de Janeiro para depor o presidente João Goulart. Esse golpe foi
apoiado por diversos governantes dos principais estados do Brasil, como
Ademar de Barros em São Paulo, Carlos Lacerda no Rio de Janeiro e
Magalhães Pinto em Minas Gerais. Jango é deposto e instaura-se o golpe
militar com os militares assumindo o poder. A preocupação com a falta de
democracia, o cerceamento da liberdade de expressão, o empobrecimento
maior da população brasileira com problemas na economia que refletiam nos
trabalhadores, estudantes e organizações populares; possibilitando
organizações dessas camadas sociais para lutarem contra as imposições
militares. Todos esses fatos ganharam espaço no cenário político brasileiro,
preocupando as classes conservadores, como empresários, banqueiros, a
Igreja Católica, militares e a classe média, provocando uma organização maior
dos trabalhadores e estudantes descontentes com o novo regime instaurado.
Finalizando, pode-se concluir que, o golpe militar no Brasil teve um sentido de
cercear a liberdade dos cidadãos brasileiros que através de imposições
ditatoriais conduziam o país a um panorama antidemocrático onde a liberdade
de expressão e de organização eram quase inexistentes. Partidos políticos,
sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da
sociedade foram extintas ou sofreram intervenções do governo. Os meios de
comunicação e as manifestações artísticas foram submetidos à censura. Todos
esses aspectos tinham como significado maior a meu ver o temor do
expansionismo soviético e o desejo de desenvolvimento do país.
Fontes:
Cervo, L. Amado. (2001), “Relações Internacionais da América Latina – Velhos
e Novos Paradigmas”. http://www.tempopresente.org/ index.php?
option=com_content&task=view&id=4243&Itemid=146 , consultado em
25/08/09.
Vicentino, Cláudio. História para o ensino médio: história geral e do Brasil. São
Paulo: Scipione, 2005.