SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 4
A igreja como comunidade terapêutica
Lembro-me de ter lido certa vez a respeito da igreja como sendo uma grande
embarcação em alto mar, que vai resgatando muitos náufragos à medida que vai
cortando o oceano. Pessoas que estavam morrendo afogadas têm assim a possibilidade
de serem resgatadas da morte trágica. Sendo assim, aquele se torna o navio dos ex-
náufragos, habitado por pessoas que tem viva na memória a lembrança do seu
salvamento, enquanto o navio continua sua missão de resgatar vidas. No entanto,
poderíamos dizer que esta é apenas parte do trabalho de resgate. Há outro aspecto
quanto aos resgatados que envolve seus ferimentos, lembranças infelizes, hematomas,
fraturas, incapacidade para viver aquela nova situação, sofrimentos que precisam de
cura...
Esta ilustração nos faz entender que a igreja é um lugar de pessoas salvas do pecado,
mas que ainda carregam as consequências nefastas das expressões do pecado em suas
vidas. São distorções da personalidade por causa de uma má formação infantil, hábitos
prejudiciais, patologias, sintomas psicológicos, padrões de comportamento inadequados,
e uma série de fatores que levam os indivíduos a reconhecerem que, embora resgatados
por Deus, ainda precisam de cura. Usando uma expressão teológica: “foram salvos, mas
continuam sendo salvos a cada dia”. Após traçar o perfil para entender nossa sociedade
e conhecer as características daqueles que se chegam para nossa comunidade,
precisamos pensar em como a igreja os recebe, ou então, no tipo de ambiente que eles
encontram. Via de regra, as igrejas não estão preparadas para receber as pessoas (os ex-
náufragos) como comunidade de cura e geradora de saúde integral. Se por um lado as
pessoas chegam procurando um ambiente de amor, aceitação e cura para seus dramas,
por outro lado encontramos muitas comunidades legalistas, rigorosas e de
relacionamentos superficiais, o que de fato não ajuda em nada no estabelecimento de
um ambiente propício para se abrirem à cura de Deus. No entanto, entre muitas
vocações, uma das que a igreja possui é a de ser comunidade terapêutica. A grande
chave para entender tal vocação é a imagem bíblica da igreja como Corpo de Cristo,
cujos membros são habitados pelo Espírito Santo e dotados de dons espirituais a fim de
equipar e preparar os crentes para o serviço e edificar o próprio Corpo. Existem ainda
outras imagens bíblicas da igreja que podem potencializar sua missão de ser um centro
de cura, libertação, crescimento e potencialização, para o cumprimento de sua missão
no mundo: A igreja como Povo de Deus (2Co 6:16) – uma comunidade de cuidado
mútuo unida por um pacto com Deus. A igreja como comunidade do Espírito
Santo (At 10:44-47) – uma comunidade redentora e curativa, através da qual o
Espírito vivo pode atuar num mundo grandemente necessitado.
A igreja se caracteriza, portanto como uma comunidade ajudadora, que aperfeiçoa o
potencial de crescimento de seus membros, proporcionando às pessoas libertação de
muitas questões que as impedem de crescer. Ao oferecer um ambiente de comunhão,
amor, serviço e crescimento, a igreja estará dando passos no sentido de cumprir sua
vocação terapêutica. Nossas necessidades mais profundas deveriam ser supridas na
igreja, a partir de relacionamentos saudáveis entre seus membros. Encontramos na
Palavra de Deus cerca de 27 mandamentos recíprocos (daqueles que incluem a
expressão “uns aos outros” no final). Todos eles têm a ver com o relacionamento,
alguns para gerar, outros para proteger, outros para restaurar os relacionamentos.
Quando vividos no contexto da igreja local, tais mandamentos produzirão libertação e
cura para muitos. A igreja local é responsável pela saúde integral de seus membros, e
não apenas por sua vida espiritual como muitos pensam. É equivocada aquela idéia de
que se alguém tem problemas físicos precisa ir ao médico, se problemas psicológicos
tem que ir ao psicólogo, se problemas espirituais, precisa ir à igreja. Como já vimos
anteriormente, o salvação de Deus alcança o ser humano na sua totalidade e não apenas
espiritualmente. A atividade da igreja não pode ser reduzida a um mero exercício
cognitivo de aprendizagem intelectual, que a impede de desenvolver um programa de
alcance integral do ser humano. Para a igreja, entender a sua vocação terapêutica é ter a
consciência de ser canal da graça curadora de Deus, a qual liberta o indivíduo para uma
vida de crescimento e realizações. A igreja de Cristo é, portanto, lugar das muitas
manifestações terapêuticas e libertadoras de Deus em relação ao ser humano. São
muitos os testemunhos que ouvimos de pessoas que foram curadas do ponto de vista da
alma, das emoções, na igreja e pela igreja; pessoas que receberam cura ao serem
amadas, aceitas, tocadas, valorizadas. Há que se dizer que a igreja, com todas as suas
falhas, tem se tornado a única opção de relacionamentos terapêuticos dentro de uma
sociedade secularizada e insensível para com as necessidades do outro. Nossa sociedade
sofre de uma grande dificuldade em estabelecer relacionamentos saudáveis e profundos.
Poderíamos dizer que mesmo a família, para muitos, já não oferece um ambiente de
ajuda e alívio, de modo que as esperanças de muitos vão se canalizando para aquelas
igrejas que possuem uma proposta terapêutica de vida em comunidade, que de alguma
forma responda às necessidades mais básicas do ser humano. Não seria exagero afirmar,
a partir de algumas observações pessoais, que algumas pessoas só recebem um abraço,
ou um beijo, na sua comunidade local e em nenhum outro local, sendo que ali tais
pessoas se sentem valorizadas e por isso ali permanecem. Os estudos a respeito da
relação membro-igreja nos tem mostrado que os membros permanecem numa
determinada igreja local mais pelos relacionamentos e menos pela confissão doutrinária,
ainda que esta última tenha a sua importância na vida de qualquer cristão. Em função
disso, as igrejas que conseguirem desenvolver um ambiente que gere relacionamentos
profundos e saudáveis estarão à frente para se tornarem relevantes nesse mundo pós-
moderno. A igreja, na sua função terapêutica, precisa desenvolver várias qualidades
básicas. Algumas para nossa reflexão:
(1ª) Aceitação – a aceitação é necessidade básica no desenvolvimento da personalidade
de qualquer ser humano. É à base do indivíduo.
A argumentação bíblica para esta atitude é o fato de que fomos aceitos por Deus em Sua
família, através de Cristo. Se na família tal aceitação é importante, na igreja ela
possibilita vida e alegria.
(2ª) Confissão – trata-se de uma prática pouco desenvolvida na igreja. “A confissão a
Deus encarnado no ouvido atento e perdoador do irmão é um recurso poderoso para
promover saúde nos membros da igreja”.
O próprio Davi descreveu as consequências físicas e emocionais de se carregar pecados
sem jamais confessá-los (Salmo 32). A verdadeira confissão gera crescimento e saúde
no Corpo de Cristo.
(3ª) Perdão – a prática do perdão traz saúde ao indivíduo culpado, senso de libertação e
renovação da própria vida. Livra-nos da culpa que paralisa e impede o crescimento para
o qual fomos criados.
Uma igreja que pratica o perdão ensina a seus membros sobre a graça de Deus de uma
forma mais eficaz. Proporciona ao outro um novo recomeço e a possibilidade de tentar
mais uma vez. A igreja é o lugar dos recomeços!
(4ª) Oração intercessora – orar/interceder por alguém traz saúde a quem quer que seja.
Demonstra interesse e valorização, faz-nos aproximar do outro, movidos pela
sensibilidade da dor e do sofrimento que alcança pessoas a quem amamos e que estão à
nossa volta.
(5ª) Contato físico – há uma necessidade de toque físico em cada um de nós. Toque que
gera aceitação, manifesta carinho e cuidado. É o toque curador do abraço, do aperto de
mão, do braço sobre o ombro do irmão.
Há um mistério no contato físico que pode consolar, encorajar, tirar a dor e até mesmo
curar.
(6ª) Louvor – O ato de louvor expressa atitude contrária à enfermidade. No louvor não
há medo, nem recriminação, nem tristeza.
“O louvor provém de um coração alegre e de um povo agradecido”.
A ordem bíblica é bem clara: “Cantai ao Senhor um cântico novo” (Salmo 96:1).
“Bom é render graças ao Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó altíssimo” (Salmo
92:1).
“Uma igreja que louva reflete maturidade e saúde e gera saúde e maturidade entre seus
membros.”
“Está alguém alegre? Cante louvores.” (Tiago 5:13b).
(7ª) Outras expressões de serviço – à medida que como membros ajudamos uns aos
outros nas mais diversas tarefas, mesmo naquelas pequenas, domésticas, suprimos
expectativas daqueles que estão à nossa volta e assim geramos saúde para nós, para o
outro e na comunidade local.
Quem adentra nessa comunidade necessitando da cura interior, eu lhe digo: De fato irá
encontrar se estiver disposto a adorar somente e unicamente ao Deus Tri-uno, a perdoar
setenta vezes sete, não como um quantitativo matemático, mas, um qualitativo de vida,
e, estar pronto para negar-se a si mesmo tomar a sua cruz do dia a dia e seguir o Mestre
servindo ao próximo como a ti mesmo.
Autor:Pastor e Teólogo.Jorge Henrique Rde Araujo.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

1. avivamento do odre novo
1. avivamento do odre novo1. avivamento do odre novo
1. avivamento do odre novoNicolas Panda
 
Aula 09 - Seminário Sobre a Igreja
Aula 09 - Seminário Sobre a IgrejaAula 09 - Seminário Sobre a Igreja
Aula 09 - Seminário Sobre a IgrejaIBC de Jacarepaguá
 
Catecismo da-igreja-católica (1)
Catecismo da-igreja-católica (1)Catecismo da-igreja-católica (1)
Catecismo da-igreja-católica (1)Pejota2015
 
Aula 17 Interpretação de parábolas - Parábola do grande banquete – Lucas 14...
Aula 17   Interpretação de parábolas - Parábola do grande banquete – Lucas 14...Aula 17   Interpretação de parábolas - Parábola do grande banquete – Lucas 14...
Aula 17 Interpretação de parábolas - Parábola do grande banquete – Lucas 14...Jose Ventura
 
Os sacramentos
Os sacramentosOs sacramentos
Os sacramentostorrasko
 
9 dons espirituais e 5 ministérios
9 dons espirituais e 5 ministérios9 dons espirituais e 5 ministérios
9 dons espirituais e 5 ministériosLeandro Araujo 2
 
Introdução à mariologia (2012)
Introdução à mariologia (2012)Introdução à mariologia (2012)
Introdução à mariologia (2012)Afonso Murad (FAJE)
 
Os sacramentos da igreja - Aula 02
Os sacramentos da igreja - Aula 02Os sacramentos da igreja - Aula 02
Os sacramentos da igreja - Aula 02Rubens Júnior
 
A igreja que queremos ser!
A igreja que queremos ser!A igreja que queremos ser!
A igreja que queremos ser!mario nunes
 
22º Encontro - Sacramentos de Cura e Serviços
22º Encontro - Sacramentos de Cura e Serviços22º Encontro - Sacramentos de Cura e Serviços
22º Encontro - Sacramentos de Cura e ServiçosCatequese Anjos dos Céus
 
Semana santa parte 2
Semana santa   parte 2Semana santa   parte 2
Semana santa parte 2mbsilva1971
 

Mais procurados (20)

Formação salmistas
Formação salmistasFormação salmistas
Formação salmistas
 
1. avivamento do odre novo
1. avivamento do odre novo1. avivamento do odre novo
1. avivamento do odre novo
 
Missões indígenas - Realidades e Desafios
Missões indígenas - Realidades e DesafiosMissões indígenas - Realidades e Desafios
Missões indígenas - Realidades e Desafios
 
Spe Salvi
Spe SalviSpe Salvi
Spe Salvi
 
Aula 09 - Seminário Sobre a Igreja
Aula 09 - Seminário Sobre a IgrejaAula 09 - Seminário Sobre a Igreja
Aula 09 - Seminário Sobre a Igreja
 
Catecismo da-igreja-católica (1)
Catecismo da-igreja-católica (1)Catecismo da-igreja-católica (1)
Catecismo da-igreja-católica (1)
 
A Revelação Divina
A Revelação DivinaA Revelação Divina
A Revelação Divina
 
Aula 17 Interpretação de parábolas - Parábola do grande banquete – Lucas 14...
Aula 17   Interpretação de parábolas - Parábola do grande banquete – Lucas 14...Aula 17   Interpretação de parábolas - Parábola do grande banquete – Lucas 14...
Aula 17 Interpretação de parábolas - Parábola do grande banquete – Lucas 14...
 
Os sacramentos
Os sacramentosOs sacramentos
Os sacramentos
 
9 dons espirituais e 5 ministérios
9 dons espirituais e 5 ministérios9 dons espirituais e 5 ministérios
9 dons espirituais e 5 ministérios
 
Ano liturgico-2-quaresma-pascoa
Ano liturgico-2-quaresma-pascoaAno liturgico-2-quaresma-pascoa
Ano liturgico-2-quaresma-pascoa
 
Apostila para formação de obreiros
Apostila para formação de obreirosApostila para formação de obreiros
Apostila para formação de obreiros
 
Introdução à mariologia (2012)
Introdução à mariologia (2012)Introdução à mariologia (2012)
Introdução à mariologia (2012)
 
Os sacramentos da igreja - Aula 02
Os sacramentos da igreja - Aula 02Os sacramentos da igreja - Aula 02
Os sacramentos da igreja - Aula 02
 
A igreja que queremos ser!
A igreja que queremos ser!A igreja que queremos ser!
A igreja que queremos ser!
 
Formação do batismo
Formação do batismoFormação do batismo
Formação do batismo
 
UMA IGREJA SAUDÁVEL
UMA IGREJA SAUDÁVELUMA IGREJA SAUDÁVEL
UMA IGREJA SAUDÁVEL
 
O sacramento do Crisma
O sacramento do CrismaO sacramento do Crisma
O sacramento do Crisma
 
22º Encontro - Sacramentos de Cura e Serviços
22º Encontro - Sacramentos de Cura e Serviços22º Encontro - Sacramentos de Cura e Serviços
22º Encontro - Sacramentos de Cura e Serviços
 
Semana santa parte 2
Semana santa   parte 2Semana santa   parte 2
Semana santa parte 2
 

Destaque

Informática sílabo institucional
Informática sílabo institucionalInformática sílabo institucional
Informática sílabo institucionalJessica Nathaly Fcf
 
Research methods final project
Research methods final projectResearch methods final project
Research methods final projectHayoung Cho
 
The future of community based services
The future of community based servicesThe future of community based services
The future of community based servicesKIANA CHILDS
 
Arte de cierra_de_calar[1]
Arte de cierra_de_calar[1]Arte de cierra_de_calar[1]
Arte de cierra_de_calar[1]Viento Suave
 
馬英九總統102年言論選集 06
馬英九總統102年言論選集 06馬英九總統102年言論選集 06
馬英九總統102年言論選集 06Jeremy Shih
 
underbank-economic-full-092110
underbank-economic-full-092110underbank-economic-full-092110
underbank-economic-full-092110Donna V.S. Ortega
 
Alimentación del lactante con sucedáneos de la leche
Alimentación del lactante con sucedáneos de la lecheAlimentación del lactante con sucedáneos de la leche
Alimentación del lactante con sucedáneos de la lecheJony Gutierrez
 

Destaque (9)

Informática sílabo institucional
Informática sílabo institucionalInformática sílabo institucional
Informática sílabo institucional
 
Probatorio MARIA SILVA
Probatorio MARIA SILVAProbatorio MARIA SILVA
Probatorio MARIA SILVA
 
Research methods final project
Research methods final projectResearch methods final project
Research methods final project
 
The future of community based services
The future of community based servicesThe future of community based services
The future of community based services
 
Arte de cierra_de_calar[1]
Arte de cierra_de_calar[1]Arte de cierra_de_calar[1]
Arte de cierra_de_calar[1]
 
馬英九總統102年言論選集 06
馬英九總統102年言論選集 06馬英九總統102年言論選集 06
馬英九總統102年言論選集 06
 
underbank-economic-full-092110
underbank-economic-full-092110underbank-economic-full-092110
underbank-economic-full-092110
 
As consequências de uma aliança errada
As consequências de uma aliança erradaAs consequências de uma aliança errada
As consequências de uma aliança errada
 
Alimentación del lactante con sucedáneos de la leche
Alimentación del lactante con sucedáneos de la lecheAlimentación del lactante con sucedáneos de la leche
Alimentación del lactante con sucedáneos de la leche
 

Semelhante a A igreja como comunidade terapêutica

Dons espirituais: Descubra seu lugar no Corpo de Cristo
Dons espirituais: Descubra seu lugar no Corpo de CristoDons espirituais: Descubra seu lugar no Corpo de Cristo
Dons espirituais: Descubra seu lugar no Corpo de CristoViva a Igreja
 
Dgae 2011 2015 visitapastoral
Dgae 2011 2015 visitapastoralDgae 2011 2015 visitapastoral
Dgae 2011 2015 visitapastoralKleber Silva
 
DGAE 2011 2015 padrekleber
DGAE 2011 2015 padrekleberDGAE 2011 2015 padrekleber
DGAE 2011 2015 padrekleberKleber Silva
 
Entrevista de Dom Laurence ao Correio Braziliense
Entrevista de Dom Laurence ao Correio BrazilienseEntrevista de Dom Laurence ao Correio Braziliense
Entrevista de Dom Laurence ao Correio BrazilienseLeonardo Correa
 
I FormaçãO Para Novas Comunidades
I FormaçãO Para Novas ComunidadesI FormaçãO Para Novas Comunidades
I FormaçãO Para Novas Comunidadesidentica
 
I Formação Para Novas Comunidades
I Formação Para Novas ComunidadesI Formação Para Novas Comunidades
I Formação Para Novas Comunidadestomdeamor
 
Santa ceia a igreja esta fazendo isso errado!
Santa ceia   a igreja esta fazendo isso errado!Santa ceia   a igreja esta fazendo isso errado!
Santa ceia a igreja esta fazendo isso errado!Alessandro Dias
 
Especial Comunhão Relacionamento e Missão
Especial Comunhão Relacionamento e MissãoEspecial Comunhão Relacionamento e Missão
Especial Comunhão Relacionamento e Missãouniaolestebrasileira
 

Semelhante a A igreja como comunidade terapêutica (20)

Aula 4 missão educacional da igreja - i e ii
Aula 4   missão educacional da igreja - i e iiAula 4   missão educacional da igreja - i e ii
Aula 4 missão educacional da igreja - i e ii
 
Dons espirituais: Descubra seu lugar no Corpo de Cristo
Dons espirituais: Descubra seu lugar no Corpo de CristoDons espirituais: Descubra seu lugar no Corpo de Cristo
Dons espirituais: Descubra seu lugar no Corpo de Cristo
 
Revista do Anciao-2011-Q3.pdf
Revista do Anciao-2011-Q3.pdfRevista do Anciao-2011-Q3.pdf
Revista do Anciao-2011-Q3.pdf
 
Dgae 2011 2015 visitapastoral
Dgae 2011 2015 visitapastoralDgae 2011 2015 visitapastoral
Dgae 2011 2015 visitapastoral
 
DGAE 2011 2015 padrekleber
DGAE 2011 2015 padrekleberDGAE 2011 2015 padrekleber
DGAE 2011 2015 padrekleber
 
Grupo Adoração e Vida
Grupo Adoração e VidaGrupo Adoração e Vida
Grupo Adoração e Vida
 
Mensagem quaresma2013
Mensagem quaresma2013Mensagem quaresma2013
Mensagem quaresma2013
 
Apostila 18
Apostila 18Apostila 18
Apostila 18
 
Teologia
TeologiaTeologia
Teologia
 
Entrevista de Dom Laurence ao Correio Braziliense
Entrevista de Dom Laurence ao Correio BrazilienseEntrevista de Dom Laurence ao Correio Braziliense
Entrevista de Dom Laurence ao Correio Braziliense
 
Adv apresentação-2014
Adv   apresentação-2014Adv   apresentação-2014
Adv apresentação-2014
 
I FormaçãO Para Novas Comunidades
I FormaçãO Para Novas ComunidadesI FormaçãO Para Novas Comunidades
I FormaçãO Para Novas Comunidades
 
I Formação Para Novas Comunidades
I Formação Para Novas ComunidadesI Formação Para Novas Comunidades
I Formação Para Novas Comunidades
 
Santa ceia a igreja esta fazendo isso errado!
Santa ceia   a igreja esta fazendo isso errado!Santa ceia   a igreja esta fazendo isso errado!
Santa ceia a igreja esta fazendo isso errado!
 
Especial Comunhão Relacionamento e Missão
Especial Comunhão Relacionamento e MissãoEspecial Comunhão Relacionamento e Missão
Especial Comunhão Relacionamento e Missão
 
Um culto bem preparado
Um culto bem preparadoUm culto bem preparado
Um culto bem preparado
 
Apostila obsessão lar rubataiana -doc - 11 doc
Apostila obsessão   lar rubataiana -doc - 11 docApostila obsessão   lar rubataiana -doc - 11 doc
Apostila obsessão lar rubataiana -doc - 11 doc
 
Apostila obsessão lar rubataiana -2009 .doc - 11 doc
Apostila obsessão   lar rubataiana -2009 .doc - 11 docApostila obsessão   lar rubataiana -2009 .doc - 11 doc
Apostila obsessão lar rubataiana -2009 .doc - 11 doc
 
Visão seara - Igreja Seara Porto Alegre
Visão seara -  Igreja Seara Porto AlegreVisão seara -  Igreja Seara Porto Alegre
Visão seara - Igreja Seara Porto Alegre
 
A pregação e o meio
A pregação e o meioA pregação e o meio
A pregação e o meio
 

Mais de Jorge Henrique R de Araujo

Devemos contribuir na obra e no reino de deus com excelência(1)
Devemos contribuir na obra e no reino de deus com excelência(1)Devemos contribuir na obra e no reino de deus com excelência(1)
Devemos contribuir na obra e no reino de deus com excelência(1)Jorge Henrique R de Araujo
 
Suportando as palavras negativas para alcançar as bênçãos do senhor 1 samuel 1
Suportando as palavras negativas para alcançar as bênçãos do senhor   1 samuel 1Suportando as palavras negativas para alcançar as bênçãos do senhor   1 samuel 1
Suportando as palavras negativas para alcançar as bênçãos do senhor 1 samuel 1Jorge Henrique R de Araujo
 
A glória de Cristo e a firmeza das Escrituras!
A glória de Cristo e a firmeza das Escrituras!A glória de Cristo e a firmeza das Escrituras!
A glória de Cristo e a firmeza das Escrituras!Jorge Henrique R de Araujo
 
A Desobediência dos filhos de Deus 1 samuel 2. 12.36 (3)
A Desobediência dos filhos de Deus 1 samuel 2. 12.36 (3)A Desobediência dos filhos de Deus 1 samuel 2. 12.36 (3)
A Desobediência dos filhos de Deus 1 samuel 2. 12.36 (3)Jorge Henrique R de Araujo
 
Mostrar a situação real do pecador diante de Deus!
Mostrar a situação real do pecador diante de Deus!Mostrar a situação real do pecador diante de Deus!
Mostrar a situação real do pecador diante de Deus!Jorge Henrique R de Araujo
 

Mais de Jorge Henrique R de Araujo (20)

Devemos contribuir na obra e no reino de deus com excelência(1)
Devemos contribuir na obra e no reino de deus com excelência(1)Devemos contribuir na obra e no reino de deus com excelência(1)
Devemos contribuir na obra e no reino de deus com excelência(1)
 
A nossa incredulidade!
A nossa incredulidade!A nossa incredulidade!
A nossa incredulidade!
 
Suportando as palavras negativas para alcançar as bênçãos do senhor 1 samuel 1
Suportando as palavras negativas para alcançar as bênçãos do senhor   1 samuel 1Suportando as palavras negativas para alcançar as bênçãos do senhor   1 samuel 1
Suportando as palavras negativas para alcançar as bênçãos do senhor 1 samuel 1
 
Vença o sofrimento com Jesus!
Vença o sofrimento com Jesus!Vença o sofrimento com Jesus!
Vença o sofrimento com Jesus!
 
O Falso Profeta Hananias!
O Falso Profeta Hananias!O Falso Profeta Hananias!
O Falso Profeta Hananias!
 
As Bodas do cordeiro!
As Bodas do cordeiro!As Bodas do cordeiro!
As Bodas do cordeiro!
 
Amós 5
Amós 5Amós 5
Amós 5
 
Adoração
AdoraçãoAdoração
Adoração
 
A Unidade de Cristo!
A Unidade de Cristo!A Unidade de Cristo!
A Unidade de Cristo!
 
A onde esta o meu coração
A onde esta o meu coraçãoA onde esta o meu coração
A onde esta o meu coração
 
A glória de Cristo e a firmeza das Escrituras!
A glória de Cristo e a firmeza das Escrituras!A glória de Cristo e a firmeza das Escrituras!
A glória de Cristo e a firmeza das Escrituras!
 
A Desobediência dos filhos de Deus 1 samuel 2. 12.36 (3)
A Desobediência dos filhos de Deus 1 samuel 2. 12.36 (3)A Desobediência dos filhos de Deus 1 samuel 2. 12.36 (3)
A Desobediência dos filhos de Deus 1 samuel 2. 12.36 (3)
 
A Cura junto ao tanque de Betesda
A Cura junto ao tanque de BetesdaA Cura junto ao tanque de Betesda
A Cura junto ao tanque de Betesda
 
Mostrar a situação real do pecador diante de Deus!
Mostrar a situação real do pecador diante de Deus!Mostrar a situação real do pecador diante de Deus!
Mostrar a situação real do pecador diante de Deus!
 
Falsas Igrejas!
Falsas Igrejas! Falsas Igrejas!
Falsas Igrejas!
 
Revendo nossos conceitos sobre Discipulado!
Revendo nossos conceitos sobre Discipulado!Revendo nossos conceitos sobre Discipulado!
Revendo nossos conceitos sobre Discipulado!
 
O que é o Dispensacionalismo!
O que é o Dispensacionalismo!O que é o Dispensacionalismo!
O que é o Dispensacionalismo!
 
Nicolau Maquiavel
Nicolau MaquiavelNicolau Maquiavel
Nicolau Maquiavel
 
Max weber
Max weberMax weber
Max weber
 
Sementes!
Sementes!Sementes!
Sementes!
 

Último

AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfnatzarimdonorte
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAInsituto Propósitos de Ensino
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxCelso Napoleon
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19PIB Penha
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .natzarimdonorte
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusVini Master
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosNilson Almeida
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)natzarimdonorte
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAMarco Aurélio Rodrigues Dias
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...PIB Penha
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaSessuana Polanski
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaMarcoTulioMG
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaRicardo Azevedo
 
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxVivianeGomes635254
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................natzarimdonorte
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfJacquelineGomes57
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.LucySouza16
 

Último (20)

AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdfAS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
AS FESTAS DO CRIADOR FORAM ABOLIDAS NA CRUZ?.pdf
 
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIAMATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
MATERIAL DE APOIO - E-BOOK - CURSO TEOLOGIA DA BÍBLIA
 
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptxLição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
Lição 4 - Como se Conduzir na Caminhada.pptx
 
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmoAprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
Aprendendo a se amar e a perdoar a si mesmo
 
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITAVICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS  NA VISÃO ESPÍRITA
VICIOS MORAIS E COMPORTAMENTAIS NA VISÃO ESPÍRITA
 
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 199ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
9ª aula - livro de Atos dos apóstolos Cap 18 e 19
 
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
O SELO DO ALTÍSSIMO E A MARCA DA BESTA .
 
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos viniciusTaoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
Taoismo (Origem e Taoismo no Brasil) - Carlos vinicius
 
Oração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos RefugiadosOração Pelos Cristãos Refugiados
Oração Pelos Cristãos Refugiados
 
As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)As violações das leis do Criador (material em pdf)
As violações das leis do Criador (material em pdf)
 
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina EspíritaMediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
Mediunidade e Obsessão - Doutrina Espírita
 
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRAEUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
EUBIOSOFIA - MEMÓRIAS DA SOCIEDADE TEOSÓFICA BRASILEIRA
 
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA  AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
METODOLOGIA ELANA* – ENSINO LEVA AUTONOMIA NO APRENDIZADO. UMA PROPOSTA COMP...
 
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra EspiritaHa muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
Ha muitas moradas na Casa de meu Pai - Palestra Espirita
 
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação MarianaFormação da Instrução Básica - Congregação Mariana
Formação da Instrução Básica - Congregação Mariana
 
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a CrençaSérie Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
Série Evangelho no Lar - Pão Nosso - Cap. 131 - O Mundo e a Crença
 
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptxFormação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
Formação de Formadores III - Documentos Concílio.pptx
 
As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................As festas esquecidas.pdf................
As festas esquecidas.pdf................
 
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdfBaralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
Baralho Cigano Significado+das+cartas+slides.pdf
 
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.O Sacramento do perdão, da reconciliação.
O Sacramento do perdão, da reconciliação.
 

A igreja como comunidade terapêutica

  • 1. A igreja como comunidade terapêutica Lembro-me de ter lido certa vez a respeito da igreja como sendo uma grande embarcação em alto mar, que vai resgatando muitos náufragos à medida que vai cortando o oceano. Pessoas que estavam morrendo afogadas têm assim a possibilidade de serem resgatadas da morte trágica. Sendo assim, aquele se torna o navio dos ex- náufragos, habitado por pessoas que tem viva na memória a lembrança do seu salvamento, enquanto o navio continua sua missão de resgatar vidas. No entanto, poderíamos dizer que esta é apenas parte do trabalho de resgate. Há outro aspecto quanto aos resgatados que envolve seus ferimentos, lembranças infelizes, hematomas, fraturas, incapacidade para viver aquela nova situação, sofrimentos que precisam de cura... Esta ilustração nos faz entender que a igreja é um lugar de pessoas salvas do pecado, mas que ainda carregam as consequências nefastas das expressões do pecado em suas vidas. São distorções da personalidade por causa de uma má formação infantil, hábitos prejudiciais, patologias, sintomas psicológicos, padrões de comportamento inadequados, e uma série de fatores que levam os indivíduos a reconhecerem que, embora resgatados por Deus, ainda precisam de cura. Usando uma expressão teológica: “foram salvos, mas continuam sendo salvos a cada dia”. Após traçar o perfil para entender nossa sociedade e conhecer as características daqueles que se chegam para nossa comunidade, precisamos pensar em como a igreja os recebe, ou então, no tipo de ambiente que eles encontram. Via de regra, as igrejas não estão preparadas para receber as pessoas (os ex- náufragos) como comunidade de cura e geradora de saúde integral. Se por um lado as pessoas chegam procurando um ambiente de amor, aceitação e cura para seus dramas, por outro lado encontramos muitas comunidades legalistas, rigorosas e de relacionamentos superficiais, o que de fato não ajuda em nada no estabelecimento de um ambiente propício para se abrirem à cura de Deus. No entanto, entre muitas vocações, uma das que a igreja possui é a de ser comunidade terapêutica. A grande chave para entender tal vocação é a imagem bíblica da igreja como Corpo de Cristo, cujos membros são habitados pelo Espírito Santo e dotados de dons espirituais a fim de equipar e preparar os crentes para o serviço e edificar o próprio Corpo. Existem ainda outras imagens bíblicas da igreja que podem potencializar sua missão de ser um centro de cura, libertação, crescimento e potencialização, para o cumprimento de sua missão no mundo: A igreja como Povo de Deus (2Co 6:16) – uma comunidade de cuidado mútuo unida por um pacto com Deus. A igreja como comunidade do Espírito Santo (At 10:44-47) – uma comunidade redentora e curativa, através da qual o Espírito vivo pode atuar num mundo grandemente necessitado. A igreja se caracteriza, portanto como uma comunidade ajudadora, que aperfeiçoa o potencial de crescimento de seus membros, proporcionando às pessoas libertação de muitas questões que as impedem de crescer. Ao oferecer um ambiente de comunhão,
  • 2. amor, serviço e crescimento, a igreja estará dando passos no sentido de cumprir sua vocação terapêutica. Nossas necessidades mais profundas deveriam ser supridas na igreja, a partir de relacionamentos saudáveis entre seus membros. Encontramos na Palavra de Deus cerca de 27 mandamentos recíprocos (daqueles que incluem a expressão “uns aos outros” no final). Todos eles têm a ver com o relacionamento, alguns para gerar, outros para proteger, outros para restaurar os relacionamentos. Quando vividos no contexto da igreja local, tais mandamentos produzirão libertação e cura para muitos. A igreja local é responsável pela saúde integral de seus membros, e não apenas por sua vida espiritual como muitos pensam. É equivocada aquela idéia de que se alguém tem problemas físicos precisa ir ao médico, se problemas psicológicos tem que ir ao psicólogo, se problemas espirituais, precisa ir à igreja. Como já vimos anteriormente, o salvação de Deus alcança o ser humano na sua totalidade e não apenas espiritualmente. A atividade da igreja não pode ser reduzida a um mero exercício cognitivo de aprendizagem intelectual, que a impede de desenvolver um programa de alcance integral do ser humano. Para a igreja, entender a sua vocação terapêutica é ter a consciência de ser canal da graça curadora de Deus, a qual liberta o indivíduo para uma vida de crescimento e realizações. A igreja de Cristo é, portanto, lugar das muitas manifestações terapêuticas e libertadoras de Deus em relação ao ser humano. São muitos os testemunhos que ouvimos de pessoas que foram curadas do ponto de vista da alma, das emoções, na igreja e pela igreja; pessoas que receberam cura ao serem amadas, aceitas, tocadas, valorizadas. Há que se dizer que a igreja, com todas as suas falhas, tem se tornado a única opção de relacionamentos terapêuticos dentro de uma sociedade secularizada e insensível para com as necessidades do outro. Nossa sociedade sofre de uma grande dificuldade em estabelecer relacionamentos saudáveis e profundos. Poderíamos dizer que mesmo a família, para muitos, já não oferece um ambiente de ajuda e alívio, de modo que as esperanças de muitos vão se canalizando para aquelas igrejas que possuem uma proposta terapêutica de vida em comunidade, que de alguma forma responda às necessidades mais básicas do ser humano. Não seria exagero afirmar, a partir de algumas observações pessoais, que algumas pessoas só recebem um abraço, ou um beijo, na sua comunidade local e em nenhum outro local, sendo que ali tais pessoas se sentem valorizadas e por isso ali permanecem. Os estudos a respeito da relação membro-igreja nos tem mostrado que os membros permanecem numa determinada igreja local mais pelos relacionamentos e menos pela confissão doutrinária, ainda que esta última tenha a sua importância na vida de qualquer cristão. Em função disso, as igrejas que conseguirem desenvolver um ambiente que gere relacionamentos profundos e saudáveis estarão à frente para se tornarem relevantes nesse mundo pós- moderno. A igreja, na sua função terapêutica, precisa desenvolver várias qualidades básicas. Algumas para nossa reflexão: (1ª) Aceitação – a aceitação é necessidade básica no desenvolvimento da personalidade de qualquer ser humano. É à base do indivíduo.
  • 3. A argumentação bíblica para esta atitude é o fato de que fomos aceitos por Deus em Sua família, através de Cristo. Se na família tal aceitação é importante, na igreja ela possibilita vida e alegria. (2ª) Confissão – trata-se de uma prática pouco desenvolvida na igreja. “A confissão a Deus encarnado no ouvido atento e perdoador do irmão é um recurso poderoso para promover saúde nos membros da igreja”. O próprio Davi descreveu as consequências físicas e emocionais de se carregar pecados sem jamais confessá-los (Salmo 32). A verdadeira confissão gera crescimento e saúde no Corpo de Cristo. (3ª) Perdão – a prática do perdão traz saúde ao indivíduo culpado, senso de libertação e renovação da própria vida. Livra-nos da culpa que paralisa e impede o crescimento para o qual fomos criados. Uma igreja que pratica o perdão ensina a seus membros sobre a graça de Deus de uma forma mais eficaz. Proporciona ao outro um novo recomeço e a possibilidade de tentar mais uma vez. A igreja é o lugar dos recomeços! (4ª) Oração intercessora – orar/interceder por alguém traz saúde a quem quer que seja. Demonstra interesse e valorização, faz-nos aproximar do outro, movidos pela sensibilidade da dor e do sofrimento que alcança pessoas a quem amamos e que estão à nossa volta. (5ª) Contato físico – há uma necessidade de toque físico em cada um de nós. Toque que gera aceitação, manifesta carinho e cuidado. É o toque curador do abraço, do aperto de mão, do braço sobre o ombro do irmão. Há um mistério no contato físico que pode consolar, encorajar, tirar a dor e até mesmo curar. (6ª) Louvor – O ato de louvor expressa atitude contrária à enfermidade. No louvor não há medo, nem recriminação, nem tristeza.
  • 4. “O louvor provém de um coração alegre e de um povo agradecido”. A ordem bíblica é bem clara: “Cantai ao Senhor um cântico novo” (Salmo 96:1). “Bom é render graças ao Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó altíssimo” (Salmo 92:1). “Uma igreja que louva reflete maturidade e saúde e gera saúde e maturidade entre seus membros.” “Está alguém alegre? Cante louvores.” (Tiago 5:13b). (7ª) Outras expressões de serviço – à medida que como membros ajudamos uns aos outros nas mais diversas tarefas, mesmo naquelas pequenas, domésticas, suprimos expectativas daqueles que estão à nossa volta e assim geramos saúde para nós, para o outro e na comunidade local. Quem adentra nessa comunidade necessitando da cura interior, eu lhe digo: De fato irá encontrar se estiver disposto a adorar somente e unicamente ao Deus Tri-uno, a perdoar setenta vezes sete, não como um quantitativo matemático, mas, um qualitativo de vida, e, estar pronto para negar-se a si mesmo tomar a sua cruz do dia a dia e seguir o Mestre servindo ao próximo como a ti mesmo. Autor:Pastor e Teólogo.Jorge Henrique Rde Araujo.