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                                     A Guerrilha do Araguaia
                                      e o direito à memória
                                                                                                          JOãO GAbRIEL FASSbENDER bARRETO PRATES*


      A despeito dos colegas do Cone Sul, o
Brasil ainda primava pelo silêncio e esquecimento
acerca do nefasto período ditatorial 1964/85. A
derrubada do modelo arbitral, vigente desde o
Golpe de 1964, propiciou certa inércia dos
brasileiros de manterem viva a memória do pe-
ríodo ora superado. Deste modo, foi afastada a
hipótese de instauração de uma comissão
para avaliar os excessos cometidos durante a
ditadura. Contudo, medidas para que uma
Justiça de Transição lastreie esse processo
vêm sendo tomadas de maneira não tão
incisiva, porém de importância indubitável para
a evolução do sistema que aflora. Apesar de
compreensível a opção pelo esquecimento,
vista a anestesia que o sofrimento engendrou,
atinge-se um ponto em que se faz impossível o
apagar da memória, e a investigação minuciosa
e institucionalizada deste ínterim manchado da                 constituindo-se em objetos de litígios judiciais,          e superando os grilhões de sua condição ani-
história do Brasil é vital, corroborando o Estado              como mostraremos a seguir.                                 mal. Um passado esquecido ou não revisitado
democrático brasileiro.                                             Direitos humanos e memória. Atualmente,               nada acrescenta a uma sociedade, que não
      A Guerrilha do Araguaia. A resistência                   é a Corte Interamericana de Direitos Humanos               pode repensar o que se passou ali, tampouco
armada no Brasil se deu em duas frentes: a                     o órgão que mais estimula e assegura a                     progredir a partir das falhas cometidas em
guerrilha urbana, insuflada pelos chamados                     aplicação de normas atinentes à matéria.                   tempos passados. François Ost, ilustre jurista
“aparelhos” (núcleos de reuniões da resistência),              Entretanto, tais direitos têm seguido caminhos             belga, traz, em seu livro O tempo do Direito
e a guerrilha rural, na qual se depositava maior               tortuosos no nosso país. A esse respeito, a                (OST, 1999), questões que fundamentam
esperança, por se acreditar que ela mobilizaria                sentença mais marcante, no Brasil, foi a pro-              qualquer ação da Comissão da Verdade,
a sociedade brasileira de forma plena.                         latada aos 24 de novembro de 2010,                         como o estudo da prescrição desses crimes, a
      A luta no interior do Brasil almejava auxiliar           concernente à Guerrilha do Araguaia (Caso                  legalidade e a famigerada ‘segurança jurídica’.
as classes menos favorecidas e promover o                      Gomes Lund e outros vs Brasil), decisão que                      Mas a ideia mais aplicável ao nosso caso
progresso em regiões carentes, fortalecendo,                   afirmou ser “ilegal” a impunidade dos crimes               é a de “reinscrever as premissas de um direito
assim, a resistência dos moradores, vítimas das                contra os direitos humanos, com fulcro na Lei              ou de uma justiça que aí se haviam perdido”, ou
arbitrariedades ali cometidas pelos militares.                 de Anistia, de 1979. Assim, a posição da CIDH              seja, pretendemos quebrar paradigmas a fim
Acreditando, pois, nessas ideias, os militantes                causou mal-estar tanto no contexto jurídico                de tentarmos repensar, talvez, nossa ordem
do PC do B concentraram seus esforços na                       quanto no âmbito da política do país, uma vez              jurídica, de modo a estabelecermos novos pa-
luta campestre.                                                que decisão do Supremo Tribunal Federal, de                drões e novos “começos”. A comissão anseia,
      Em fins da década de 1960, sob o co-                     meses antes, havia confirmado a constitucio-               assim, que, ao não nos esquecermos do pas-
mando de um dos fundadores do partido,                         nalidade da Lei da Anistia, no julgamento da               sado, possamos evitar que os mesmos erros
Maurício Grabois, e orientados pelo maoísmo,                   ADPF 153/DF, tendo como arguente o Conselho                sejam cometidos no presente, pois só a partir
escolheram a região conhecida como Bico do                     Federal da OAB. O relator, o eminente ministro             deste passado revisitado e devidamente supe-
Papagaio – área entre os estados do Pará,                      Eros Grau, defendeu o não descumprimento                   rado poderemos construir um futuro de respeito
Maranhão e, à época, Goiás, às margens do                      de preceito fundamental e ressaltou que “os                e estabilidade dos direitos humanos no Brasil.
Rio Araguaia –, para montarem a base da                        argumentos adotados na inicial vão ao ponto                       É preciso, sobretudo, ‘não esquecer,
revolução. Como a proposta era fortalecer e                    de negar mesmo a anistia concedida aos                     para nunca mais acontecer’. E, para encerra-
concretizar a “contrarrevolução” armada, seria                 crimes políticos, aqueles de que trata o artigo            mos nosso texto, acreditamos que nada seja
preciso oferecer treinamento militar aos ex-                   1º da lei (6.683/79)”.                                     mais esclarecedor do que esta passagem
universitários e profissionais liberais, os quais                   Infindas são tais discussões, vez que o               citada pelo jornalista e escritor uruguaio
só dispunham de destreza para o manuseio                       aspecto político das decisões inflama os                   Eduardo Galeano: "Um refúgio? Uma barriga?
dos livros acadêmicos. Desta forma, foi esta-                  ânimos e contamina as opiniões, de modo que                Um abrigo onde se esconder quando estiver
belecida uma rotina de exaustivos treinamentos,                a única certeza irrefutável é a necessidade de se          se afogando na chuva, ou sendo quebrado
com vistas a preparar, de fato, os combatentes                 conhecer melhor o passado. E é sob o prisma                pelo frio, ou sendo revirado pelo vento? Temos
para enfrentarem o regime. Ali viveram e “cate-                do direito à memória que prosseguiremos.                   um esplêndido passado pela frente? Para os
quizaram” os nativos com suas ideias e ideais.                      A memória é o dínamo que impulsiona as                navegantes com desejo de vento, a memória é
      Após cerca de cinco anos, o movimento                    ações, visto que mantém nossas reminiscências              um ponto de partida".•
foi aplacado por uma operação militar que só                   cognitivas em ação, enriquecendo nossa ca-
não superou o vulto da Força Expedicionária                    pacidade de melhor conhecer e julgar o
Brasileira, na 2ª Guerra Mundial. Dessa ação                   presente. O homem é o único ser que pode                   *ALUNO DO 5º PERíODO DA FDMC.
sem precedentes resultaram mortes, torturas e                  reconstruir a sua vida a partir da memória que             ARTIGO REVISADO PELO PROF.                       LUCAS
desaparecimentos ainda hoje inexplicados,                      preserva, redirecionando seu comportamento                 ALVARENGA GONTIJO


                        P U b l i C a ç ã o                    d e       a r t i g o S                                                         n o t a
      O espaço para artigos é aberto a professores, alunos e ex-alunos das Faculdades Milton Campos. Envie o seu para           Os professores e alunos interessados em encaminhar
 jornal@mcampos.br. O texto deve ter de 4.000 a 6.000 caracteres (com espaço), ser identificado com o nome                 artigos para publicação no ESTADO DE MInAS poderão
 do autor, telefone para contato e, no caso de estudantes, nome do professor responsável pela revisão. Mande também sua    fazê-lo por intermédio da Assessoria de Comunicação
 dica para a ilustração. Os artigos são publicados por ordem de chegada.                                                   da faculdade: gm3comunicacao@gmail.com

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  • 1. a r t i g o J O R N A L D A S FA C U L D A D E S M I LT O N C A M P O S • N . 1 6 4 • M A R Ç O / 2 0 1 3 A Guerrilha do Araguaia e o direito à memória JOãO GAbRIEL FASSbENDER bARRETO PRATES* A despeito dos colegas do Cone Sul, o Brasil ainda primava pelo silêncio e esquecimento acerca do nefasto período ditatorial 1964/85. A derrubada do modelo arbitral, vigente desde o Golpe de 1964, propiciou certa inércia dos brasileiros de manterem viva a memória do pe- ríodo ora superado. Deste modo, foi afastada a hipótese de instauração de uma comissão para avaliar os excessos cometidos durante a ditadura. Contudo, medidas para que uma Justiça de Transição lastreie esse processo vêm sendo tomadas de maneira não tão incisiva, porém de importância indubitável para a evolução do sistema que aflora. Apesar de compreensível a opção pelo esquecimento, vista a anestesia que o sofrimento engendrou, atinge-se um ponto em que se faz impossível o apagar da memória, e a investigação minuciosa e institucionalizada deste ínterim manchado da constituindo-se em objetos de litígios judiciais, e superando os grilhões de sua condição ani- história do Brasil é vital, corroborando o Estado como mostraremos a seguir. mal. Um passado esquecido ou não revisitado democrático brasileiro. Direitos humanos e memória. Atualmente, nada acrescenta a uma sociedade, que não A Guerrilha do Araguaia. A resistência é a Corte Interamericana de Direitos Humanos pode repensar o que se passou ali, tampouco armada no Brasil se deu em duas frentes: a o órgão que mais estimula e assegura a progredir a partir das falhas cometidas em guerrilha urbana, insuflada pelos chamados aplicação de normas atinentes à matéria. tempos passados. François Ost, ilustre jurista “aparelhos” (núcleos de reuniões da resistência), Entretanto, tais direitos têm seguido caminhos belga, traz, em seu livro O tempo do Direito e a guerrilha rural, na qual se depositava maior tortuosos no nosso país. A esse respeito, a (OST, 1999), questões que fundamentam esperança, por se acreditar que ela mobilizaria sentença mais marcante, no Brasil, foi a pro- qualquer ação da Comissão da Verdade, a sociedade brasileira de forma plena. latada aos 24 de novembro de 2010, como o estudo da prescrição desses crimes, a A luta no interior do Brasil almejava auxiliar concernente à Guerrilha do Araguaia (Caso legalidade e a famigerada ‘segurança jurídica’. as classes menos favorecidas e promover o Gomes Lund e outros vs Brasil), decisão que Mas a ideia mais aplicável ao nosso caso progresso em regiões carentes, fortalecendo, afirmou ser “ilegal” a impunidade dos crimes é a de “reinscrever as premissas de um direito assim, a resistência dos moradores, vítimas das contra os direitos humanos, com fulcro na Lei ou de uma justiça que aí se haviam perdido”, ou arbitrariedades ali cometidas pelos militares. de Anistia, de 1979. Assim, a posição da CIDH seja, pretendemos quebrar paradigmas a fim Acreditando, pois, nessas ideias, os militantes causou mal-estar tanto no contexto jurídico de tentarmos repensar, talvez, nossa ordem do PC do B concentraram seus esforços na quanto no âmbito da política do país, uma vez jurídica, de modo a estabelecermos novos pa- luta campestre. que decisão do Supremo Tribunal Federal, de drões e novos “começos”. A comissão anseia, Em fins da década de 1960, sob o co- meses antes, havia confirmado a constitucio- assim, que, ao não nos esquecermos do pas- mando de um dos fundadores do partido, nalidade da Lei da Anistia, no julgamento da sado, possamos evitar que os mesmos erros Maurício Grabois, e orientados pelo maoísmo, ADPF 153/DF, tendo como arguente o Conselho sejam cometidos no presente, pois só a partir escolheram a região conhecida como Bico do Federal da OAB. O relator, o eminente ministro deste passado revisitado e devidamente supe- Papagaio – área entre os estados do Pará, Eros Grau, defendeu o não descumprimento rado poderemos construir um futuro de respeito Maranhão e, à época, Goiás, às margens do de preceito fundamental e ressaltou que “os e estabilidade dos direitos humanos no Brasil. Rio Araguaia –, para montarem a base da argumentos adotados na inicial vão ao ponto É preciso, sobretudo, ‘não esquecer, revolução. Como a proposta era fortalecer e de negar mesmo a anistia concedida aos para nunca mais acontecer’. E, para encerra- concretizar a “contrarrevolução” armada, seria crimes políticos, aqueles de que trata o artigo mos nosso texto, acreditamos que nada seja preciso oferecer treinamento militar aos ex- 1º da lei (6.683/79)”. mais esclarecedor do que esta passagem universitários e profissionais liberais, os quais Infindas são tais discussões, vez que o citada pelo jornalista e escritor uruguaio só dispunham de destreza para o manuseio aspecto político das decisões inflama os Eduardo Galeano: "Um refúgio? Uma barriga? dos livros acadêmicos. Desta forma, foi esta- ânimos e contamina as opiniões, de modo que Um abrigo onde se esconder quando estiver belecida uma rotina de exaustivos treinamentos, a única certeza irrefutável é a necessidade de se se afogando na chuva, ou sendo quebrado com vistas a preparar, de fato, os combatentes conhecer melhor o passado. E é sob o prisma pelo frio, ou sendo revirado pelo vento? Temos para enfrentarem o regime. Ali viveram e “cate- do direito à memória que prosseguiremos. um esplêndido passado pela frente? Para os quizaram” os nativos com suas ideias e ideais. A memória é o dínamo que impulsiona as navegantes com desejo de vento, a memória é Após cerca de cinco anos, o movimento ações, visto que mantém nossas reminiscências um ponto de partida".• foi aplacado por uma operação militar que só cognitivas em ação, enriquecendo nossa ca- não superou o vulto da Força Expedicionária pacidade de melhor conhecer e julgar o Brasileira, na 2ª Guerra Mundial. Dessa ação presente. O homem é o único ser que pode *ALUNO DO 5º PERíODO DA FDMC. sem precedentes resultaram mortes, torturas e reconstruir a sua vida a partir da memória que ARTIGO REVISADO PELO PROF. LUCAS desaparecimentos ainda hoje inexplicados, preserva, redirecionando seu comportamento ALVARENGA GONTIJO P U b l i C a ç ã o d e a r t i g o S n o t a O espaço para artigos é aberto a professores, alunos e ex-alunos das Faculdades Milton Campos. Envie o seu para Os professores e alunos interessados em encaminhar jornal@mcampos.br. O texto deve ter de 4.000 a 6.000 caracteres (com espaço), ser identificado com o nome artigos para publicação no ESTADO DE MInAS poderão do autor, telefone para contato e, no caso de estudantes, nome do professor responsável pela revisão. Mande também sua fazê-lo por intermédio da Assessoria de Comunicação dica para a ilustração. Os artigos são publicados por ordem de chegada. da faculdade: gm3comunicacao@gmail.com