Este documento apresenta uma entrevista com Eduardo Flores-Bermúdez, chefe da área de inteligência competitiva da Bayer Schering, sobre os desafios da inteligência competitiva na América Latina e a aplicação de jogos de guerra nas empresas. Flores-Bermúdez será palestrante no 2o Encontro Latino-americano de Inteligência Competitiva, onde abordará casos reais de inteligência competitiva na indústria farmacêutica e estratégias para criar inteligência. Ele também discute a aplicação de jog
1. Nesta entrevista exclusiva para o Informa Group, o chefe da área de inteligência
competitiva da Bayer Schering (Alemanha), Eduardo Flores-Bermúdez, fala sobre
os desafios para a área de IC na América Latina, e a aplicação dos jogos de guerra
no dia-a-dia das empresas.
Eduardo Flores-Bermúdez será um dos palestrantes do 2º. Encontro Latino-
americano de Inteligência Competitiva da SCIP. O evento será organizado pela
IBC em São Paulo, entre os dias cinco e sete de outubro.
Informa: Quais são os desafíos que a Inteligência Competitiva tem na América Latina e
que poderiam ser superados com iniciativas como o encontro promovido pela SCIP?
Flores-Bermúdez: É interessante observar que a América Latina está muito mais
integrada ao mundo do que se pode imaginar à primeira vista. Suas raízes culturais a
fazem sui generis, já que compartilha mentalidades tanto europeia como americana.
O principal desafio da comunidade de IC na América Latina, porém, é que a penetração
da IC nas empresas é inferior àquela observada em países da Europa e nos EUA.
Acredito que este evento contribuirá para reduzir a distância que existe entre a América
Latina e os países com os quais compartilha mentalidade e até mesmo sua história.
Informa: Como especialista no exercício da IC em nível global (à frente da Bayer
Schering Pharma), você apresentará no evento a sua experiência na aplicação da IC na
indústria farmacêutica. Você poderia adiantar alguns dos pontos que serão abordados na
sua palestra?
Flores-Bermúdez: A parte teórica levará em conta conceitos de estratégia e inteligência
competitiva desde o meu ponto de vista, como praticante. Na parte prática, vou ilustrar
com casos da vida real, não só da indústria farmacêutica, mas também de outras
indústrias, para que a platéia possa entender a abordagem das situações e o
desenvolvimento de um plano para criar inteligência.
Além disso, darei dicas do que e do como fazer, que é o mais importante para que cada
participante da conferência leve ferramentas de volta para o seu escritório e possa
aplicar esse ferramental na sua empresa, na vida real.
Informa: O evento terá um workshop especial sobre os Jogos de Guerra, conduzido por
Leonard Fuld, o maior guru de IC do mundo. Em sua experiência no setor farmacêutico
se utiliza os Jogos de Guerra?
Flores-Bermúdez: Tanto os jogos de guerra como outras técnicas de análise inovadoras
se utilizam para gerar uma inteligência competitiva de transcendência. Se uma
companhia insistir em usar só métodos tradicionais poderá estar a par do que acontece
atualmente, mas nunca saberá o que poderia acontecer no futuro, inclusive no futuro
imediato.
Na minha experiência um jogo de guerra bem conduzido é enriquecedor, mas um jogo
de guerra mal conduzido implica na má utilização de tempo e recursos. É por essa razão
que se deve prestar especial atenção na etapa de desenho do jogo de guerra e na análise
2. se for conveniente usar o jogo de guerra como técnica, além de contar com
coordenadores com experiência para que um jogo de guerra seja bem sucedido.
Na indústria farmacêutica, como em muitas outras indústrias, os jogos de guerra são
usados quando há uma situação que merece a utilização de um exercício dessas
características.
FIM