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Importância da Gestão Financeira
Questões financeiras povoam a mente de 10 entre 10 empreendedores. Todos pensam no dinheiro que entra,
no dinheiro que sai, na margem de lucro, no custo, no prejuízo. Você pode ter consciência de todos esses
aspectos em relação à sua empresa por meio da gestão financeira.
O que é ?
A gestão financeira basicamente trata de tudo relacionado ao dinheiro, como os investimentos, lucros,
empréstimos, despesas, financiamentos e o valor do patrimônio da empresa. Dessa forma, a gestão
financeira tem como objetivo administrar essas atividades, mantendo um planejamento e controle sobre
elas. Para isso, também é feita uma coleta de informações, que gera relatórios do desempenho do
empreendimento.
A gestão financeira é o coração do seu negócio. Você deve controlar bem suas atividades financeiras para que
sua empresa se mantenha de pé, ou seja, para que permaneça no mercado. Com o controle da gestão
financeira, você terá sempre uma visão de quando ou em que momento sua empresa terá dinheiro. Esse
controle permite a você descobrir o que está acontecendo e o que vai acontecer com sua empresa no futuro,
dando-lhe a oportunidade de tomar decisões corretas.
Importância da Gestão Financeira
Com a análise correta dos dados, torna-se possível saber quais são os pontos fortes e os pontos fracos da
empresa, além de tornar possível a otimização de uma série de serviços. Por isso, a gestão financeira é um
ponto estratégico para conseguir o êxito de um negócio.
Isso tudo está relacionado com a gestão financeira, que é o processo de registrar e gerenciar informações
financeiras com o objetivo de manter resultados satisfatórios, obter melhores resultados e corrigir proble-
mas financeiros.
Atenção
O primeiro passo para uma gestão financeira organizada e eficiente é registrar as ocorrências dos gastos
(custos, despesas e investimentos) da empresa em planos de contas e centros de custos corretos. Essa
prática permite levantar demonstrações financeiras e indicadores que mostrem o resultado da empresa
(o fluxo de caixa, os valores necessários para o capital de giro etc.) e ajudem a corrigir possíveis problemas
financeiros.
Importância da Gestão Financeira
Com a análise correta dos dados, torna-se possível saber quais são os pontos fortes e os pontos fracos da
empresa, além de tornar possível a otimização de uma série de serviços. Por isso, a gestão financeira é um
ponto estratégico para conseguir o êxito de um negócio.
Isso tudo está relacionado com a gestão financeira, que é o processo de registrar e gerenciar informações
financeiras com o objetivo de manter resultados satisfatórios, obter melhores resultados e corrigir proble-
mas financeiros.
Atenção
O primeiro passo para uma gestão financeira organizada e eficiente é registrar as ocorrências dos gastos
(custos, despesas e investimentos) da empresa em planos de contas e centros de custos corretos. Essa
prática permite levantar demonstrações financeiras e indicadores que mostrem o resultado da empresa (o
fluxo de caixa, os valores necessários para o capital de giro etc.) e ajudem a corrigir possíveis problemas
financeiros.
Importância da Gestão Financeira
Figura 01: Exemplo de Plano de Contas Financeiro Simplificado
Importância da Gestão Financeira
Não é possível gerenciar nada que não se pode medir. Quando o empresário não consegue medir os resulta-
dos, conhecer a representatividade das contas, o quanto ele precisa de capital de giro, como é seu fluxo de
caixa, ele acaba conduzindo a empresa tomando como base apenas o dinheiro em caixa.
Assim, ele acredita que dinheiro sobrando no caixa significa que a empresa tem bons resultados e que
dinheiro faltando no cai- xa significa maus resultados. Mas há outras avaliações necessárias para entender as
finanças da empresa e tomar decisões assertivas.
Vamos supor que o caixa do seu negócio tenha R$ 1.200,00 (Mil e Duzentos Reais). Como você ainda não
tinha feito o Curso de Gestão Financeira do O DIFUSOR, logo pensou “Esta sobrando dinheiro no meu caixa,
então está tudo bem.”
Quando o mês vira e você inicia o pagamento dos seus custos fixos, identifica que irá faltar R$ 400,00
(Quatrocentos Reais) pra pagar todas as contas.
Por não saber o valor do seu Capital de Giro (falaremos deste tema mais adiante) você acha que por ter
dinheiro no caixa a saúde financeira da empresa está boa mas quando as contas começam a chegar vê que
não era bem assim.
Importância da Gestão Financeira
Sem apurar indicadores e sem reunir demonstrativos, o empresário não consegue encontrar a direção corre-
ta. O crescimento sustentável de uma empresa só é possível quando se conhecem seus indicadores financei-
ros. Não ter gestão prejudica o planejamento, a sustentabilidade e a perpetuidade da empresa.
Quem não tem indicadores corre grande risco de tomar decisões que, no futuro, trarão consequências ne-
gativas. São os indicadores, as demonstrações e as avaliações que permitem ao empresário tomar decisões
antecipadas, se planejar para garantir o futuro e a perpetuidade da empresa.
Para que serve?
O controle da gestão financeira possibilita que o empresário sempre saiba quando terá dinheiro, porque é
capaz de mostrar o que acontece no presente e o que acontecerá no futuro da empresa. Isso é importante
para que ele possa tomar decisões corretas.
Dessa forma, a gestão financeira engloba todas as atividades vinculadas ao controle dos recursos financeiros
da empresa, visando garantir que a sociedade empresária tenha dinheiro suficiente para manutenção,
investimentos e crescimento próprio.
Além dessa característica, outro fator importante vinculado à saúde do negócio é que uma gestão financeira,
quando bem-feita, possibilita a redução de gastos desnecessários e uma correta destinação dos recursos, o
que impacta fortemente nos resultados financeiros.
Assim, quanto mais eficiente e ativa for a gestão, maiores serão a qualidade e os resultados alcançados pelo
negócio.
Para que serve?
Hoje, vivenciamos um momento de crise política e econômica, e esse é outro aspecto que implica na urgência
e na relevância de que os empresários e gestores possuam uma base financeira estruturada e organizada.
Assim, capacitarão a empresa para enfrentar possíveis dificuldades econômicas, como quedas nas vendas, ou
até mesmo uma pandemia por exemplo.
Para que um negócio garanta a sua consistência e continuidade, é importante investir em boas estratégias de
gestão e organização, uma vez que é por meio de ações e medidas preventivas que você se mantém
preparado para possíveis imprevistos ou dificuldades.
Dica
A gestão financeira inclui a utilização de instrumentos de gerenciamento, como exemplo, a ferramenta de
fluxo de caixa. Utilizando-os da maneira adequada, você poderá analisar a necessidade de capital de giro e de
controle de estoque.
Para que serve?
A gestão financeira de uma empresa é bem-sucedida quando diminui a necessidade de capital de giro, ou
seja, quando o empresário precisa colocar menos dinheiro para fazer o negócio girar. E isso só é possível
quando o fluxo de caixa é positivo e há um planejamento cuidadoso do controle de estoques.
Para iniciar bem seu aprendizado sobre esse assunto, faça a atividade a seguir. Com ela, você poderá desco-
brir o quanto está preparado para iniciar a gestão financeira de seu negócio.
Atividade 1.1
Para cada afirmação a seguir, responda sim ou não:
1. Controlo a movimentação do meu caixa diariamente.
2. Utilizo o registro de movimentação do caixa para montar um fluxo de caixa.
3. Utilizo as informações do fluxo de caixa para projetar gastos e investimentos futuros.
4. Calculo o ciclo de caixa da minha empresa.
5. Sei a necessidade de capital de giro do meu negócio.
6. Tomo decisões em relação ao estoque do meu negócio considerando os produtos ou serviços mais
vendidos.
7. Entendo a relação entre capital de giro e estoque.
8. Avalio constantemente formas de reduzir a necessidade de capital de giro.
Atividade 1.1
RESPOSTA:
Com essa atividade, você pode observar quais práticas e conhecimentos relacionados à gestão financeira já
fazem parte do dia a dia do seu negócio. Veja quais são seus pontos fortes (aqueles para os quais respondeu
sim) e quais são seus pontos fracos (aqueles para os quais respondeu não).
Fluxo de Caixa
Este capítulo mostra como organizar as contas e registrar entradas e saídas usando o plano de contas finan-
ceiro e o fluxo de caixa. Você verá dicas de como controlar seu caixa!
Nas operações do dia a dia de uma empresa, a organização financeira é fundamental. Para isso, o empresário
conta com um instrumento básico de planejamento e controle financeiro, denominado fluxo de caixa.
O objetivo dessa ferramenta é apurar e projetar o saldo disponível para que exista sempre capital de giro,
para aplicação ou eventuais gastos.
Devem ser registrados:
(vendas à vista e a prazo e recebimento de duplicatas, entre outros).
(compras à vista e a prazo, pagamentos de duplicatas, pagamento de
despesas e outros pagamentos).
(até o último pagamento e recebimento conhecido ou o máximo de
horizonte adequado às necessidades da empresa).
Fluxo de Caixa
No início do preenchimento do fluxo de caixa, surgirão dificuldades para elaborar o controle. Mas, em pouco
tempo, poderão ser sentidas a enorme ajuda e importância de tomar as decisões com base em previsões de
entrada e saída de recursos.
Controle de caixa
Em qualquer empresa, tudo o que entra e o que sai, ou seja, todas as transações financeiras passam pelo
caixa. Por isso, é preciso guardar e organizar todos os documentos que comprovam essas transações.
O controle de caixa é o primeiro controle a ser feito em uma empresa. Sem ele, é impossível obter as demais
informações necessárias para a gestão financeira. Com esse controle, você pode:
• Conferir as vendas do dia: verificar se a entrada de dinheiro corresponde às vendas realizadas.
• Conferir o saldo do caixa: verificar se o saldo inicial somado às entradas do dia, menos as saídas do dia,
corresponde ao saldo final.
Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa pode ser elaborado manualmente (o que dá um pouco mais de trabalho), em uma agenda ou
um caderno. Porém, será muito mais fácil, organizado e ágil se for automatizado, por meio de uma planilha
eletrônica ou de um programa de gestão.
Fazer o controle do caixa é essencial: seja em papel, seja de forma eletrônica (em um sistema ou planilha),
você precisa organizar as informações nas categorias corretas para, a partir delas, fazer as demais análises da
gestão financeira. Sem registrar todas as ocorrências do caixa dificilmente você conseguirá resgatar as
informações necessárias para fazer a análise e a conferência.
Você precisa manter organizadas as informações das vendas realizadas e dos pagamentos efetuados durante
o dia. É preciso saber se o pagamento foi feito para um fornecedor ou para um funcionário, se foi outra des-
pesa fixa etc. Tudo deve ser alocado nos lugares corretos, para você conseguir saber qual foi a fonte e qual foi
o destino dos recursos financeiros.
Fluxo de Caixa
Ao elaborar o fluxo de caixa, o empresário terá uma visão do presente e do futuro. É uma excelente
ferramenta para avaliar a disponibilidade de caixa e a liquidez da empresa. Com essa tranquilidade, o
empreendedor pode antecipar algumas decisões importantes, como a redução de despesas sem o
comprometimento do lucro, o planejamento de investimentos, a organização de promoções para
desencalhe de estoque, o planejamento de solicitação de empréstimos, a negociação para uma dilatação
de prazo com fornecedor e outras medidas para que possíveis dificuldades financeiras possam ser evitadas
ou minimizadas.
A estrutura do fluxo de caixa depende da natureza da empresa e também das necessidades dos gestores. O
resultado do fluxo de caixa é o saldo disponível (em dinheiro disponível no caixa, ou depositado em conta
corrente nos bancos, etc.) apurado pela diferença entre o total do valor dos recebimentos e pagamentos
efetivamente realizados em uma determinada data ou período.). O saldo final do fechamento de caixa deve
corresponder ao valor dos recursos disponíveis no caixa da empresa ou depositados em contas corrente
(banco).
Fluxo de Caixa
Como fazer o controle de caixa
O controle de caixa é a base de toda a gestão da empresa. As informações que ele reúne serão importan- tes
para todas as decisões financeiras tomadas na empresa.
Para você conseguir praticar e já iniciar o controle do seu fluxo de caixa, veja a planilha de apoio Controle e
Acompanhamento de Fluxo de Caixa, anexa na página Materiais de Apoio do Curso.
Para fazê-lo, é preciso anotar:
• Todas as entradas de dinheiro: recebimentos à vista e a prazo; ganhos e rendimentos resultantes de in-
vestimentos no mercado financeiro; entrada de valores por venda de ativos ou por injeção de dinheiro de
sócios.
• Todas as saídas de dinheiro: pagamento de fornecedores, tributos, salários e comissões; despesas com
aluguel, luz, água, telefone; compras de material, equipamentos e insumos; despesas eventuais, como
jantares, eventos, brindes e cafezinho com clientes; retiradas feitas por sócios.
Guardar e organizar todos esses documentos não é importante só para a gestão financeira. É também uma
exigência legal. E uma boa forma de fazer essa organização é por meio do plano de contas financeiro.
Fluxo de Caixa
Fluxo de Caixa
Fluxo de Caixa
Plano de Contas Financeiro
Plano de contas é, não mais do que, a concepção de números e classificações para as entradas e saídas finan-
ceiras da sua empresa com o intuito de criar uma lógica de organização e análise dos dados. Sem ele, você
simplesmente inseriria entradas e saídas sem saber a sua origem ou para qual uso foi determinado.
O plano de contas financeiro ajuda a organizar a estrutura do fluxo de caixa da empresa.
Se quiser saber, por exemplo, quanto gastou com fornecedores ou com funcionários em um determinado
período, você precisará recuperar os dados desses pagamentos e só poderá fazer isso se as informações es-
tiverem organizadas.
Para perceber a utilidade dessa organização, imagine que uma mulher foi convidada para ir a um baile de gala
que acontecerá em algumas horas. Se tiver o guarda-roupa organizado, ela pode pensar no que usar, e será
fácil ficar pronta. Então, ela pode aceitar o convite! Mas, se não tiver o guarda-roupa organizado, é difícil que
ela aceite, porque precisaria de mais tempo para preparar as roupas e acessórios.
Na empresa, acontece de forma bem semelhante: sem as informações organizadas, é muito difícil conseguir
levantar informações para tomar decisões de forma ágil e eficaz.
Fluxo de Caixa
Passo a passo para criar a estrutura do plano de contas financeiro
1. Separe as entradas e as saídas de dinheiro.
2. Identifique as contas à vista e as contas a prazo.
3. Crie uma categoria de despesas relacionadas às vendas. Agrupe nessa categoria: impostos, fretes, comissões, taxa
cobrada pela administradora de cartões, inadimplência de clientes etc.
4. Crie mais uma categoria para as despesas estruturais. Nela, insira os gastos com: aluguel, luz, água, IPTU, internet,
telefone etc.
5. Crie uma terceira categoria para as despesas relacionadas aos recursos humanos. Nela, considere: salários, férias, 13º
salário, encargos, pró-labore, benefícios, gastos com treinamentos etc.
6. Na parte das entradas, crie uma categoria para os recebimentos de vendas e outra para os recebimen- tos de
investimentos.
7. Atribua um número para cada uma das categorias criadas, seguindo uma lógica. Por exemplo:
1 = entradas ou receitas.
1.01 = receitas operacionais.
1.01.001 = receitas com vendas de produtos.
2 = saídas ou despesas.
2.01= despesas sobre vendas.
2.01.001 = impostos.
2.01.002 = embalagens.
Fluxo de Caixa
Para ver um exemplo mais completo dessas categorias, veja o anexo Categorias de plano de contas fi-
nanceiro, na página Materiais de Apoio do Curso.
O plano de contas financeiro ajuda a organizar a estrutura do fluxo de caixa da empresa.
Por que fazer fluxo de caixa
Fluxo de caixa é uma ferramenta de gestão financeira que reúne todos os pagamentos de compromissos já
assumidos e todos os valores a receber, tanto das vendas já realizadas quanto das vendas futuras. A projeção
de entradas e de saídas mostra o comportamento futuro do caixa da empresa e, principalmente, o fluxo de
caixa livre.
Essa ferramenta permite visualizar o futuro da empresa a partir das decisões e das ocorrências. A partir dos
dados do passado (histórico) e do presente, é possível fazer uma previsão do que acontecerá no caixa da
empresa, é possível antecipar como será o comportamento do fluxo no caixa.
Fluxo de Caixa
Com isso, você poderá adotar ações antecipadas para corrigir possíveis problemas financeiros, como a falta
de caixa em determinado período. Agir com antecedência dará a você mais oportunidades para buscar solu-
ções com menor custo financeiro para a empresa.
Sem o planejamento antecipado que o fluxo de caixa permite, no momento em que surgir um problema
financeiro, você correrá o risco de adotar medidas como buscar dinheiro de conta garantida ou antecipar
recebíveis. E isso pode ter um custo muito alto para a empresa, comprometendo seu lucro.
Onde começa a boa gestão financeira
Administrar bem uma empresa é a meta de todo empreendedor. Um dos segredos da boa administração é o
controle do caixa. Com as contas bem planejadas, as chances de sucesso são maiores.
Você até pode usar um caderno ou caderneta, mas o melhor é usar uma ferramenta chamada fluxo de caixa.
Nela, você precisa anotar as entradas e saídas do dia, os valores que entrarão na semana ou no mês, as
contas que serão pagas.
Fluxo de Caixa
Quanto mais informação você tiver sobre o movimento financeiro da sua empresa, melhor. Mais fácil será
planejar o futuro e tomar decisões!
As planilhas devem ser preenchidas todos os dias. Seja firme e crie esse hábito!
Ter domínio sobre o fluxo de caixa é uma boa maneira de controlar as finanças de seu negócio.
Fluxo de Caixa
Transações registradas no fluxo de caixa
Entradas
As entradas do caixa se referem aos recebimentos: entrada de dinheiro na empresa, à vista ou a prazo. A
entrada dos recursos pode ocorrer por diferentes meios e devem ser registrados adequadamente. Veja:
• Cartões de crédito e débito: o recebimento é registrado na data do depósito a ser efetuado pela admi-
nistradora. No crédito, o recebimento acontece nas datas do parcelamento acertado com o cliente e, no
débito, no dia seguinte à data da venda (D+1).
• Cheques pré-datados: o recebimento é registrado na data do vencimento do cheque, após confirmação do
depósito. Lembre-se de que, mesmo constando data para sua apresentação, o cheque pré-datado é uma
forma de pagamento à vista, pois quem o recebe pode apresentá-lo ao banco a qualquer momento, existindo
fundos ou não.
• Duplicatas ou notas promissórias: o recebimento é registrado na data da liquidação dos títulos.
Fluxo de Caixa
• Receitas recebidas por investimentos: o recebimento é registrado após confirmação do crédito em conta
corrente, informação que pode ser constatada em extrato bancário. As receitas recebidas por investimentos
são entradas lançadas nos controles do fluxo de caixa provenientes de aplicações financeiras. Essas aplicações
são feitas para reduzir a perda monetária do dinheiro em caixa. São utilizadas também como reservas para
determinados fins, como o provisionamento aplicado mês a mês para o pagamento do 13º salário dos
funcionários.
• Empréstimo bancário: comprovado com documento (contrato) emitido pelo banco credor com o valor total,
os encargos e o valor líquido creditado na conta corrente.
• Empréstimo dos sócios: comprovado por meio de um contrato de mútuo.
Fluxo de Caixa
Saídas
As saídas do caixa se referem aos pagamentos realizados para a aquisição de mercadorias ou serviços e para
pagamentos de tributos, de colaboradores e demais gastos. Os pagamentos também podem ser à vista ou a
prazo. Veja:
• Pagamentos de tributos: referem-se à saída de dinheiro do caixa da empresa para a regularização dos
impostos.
• Pagamento de encargos sobre a folha de pessoal: os recibos de salários são emitidos pelo contador ou setor
responsável na empresa para pagamentos a colaboradores – salário, 13º salário, adiantamento de férias etc.
• Pagamentos de fornecedores: o principal documento que fundamenta a obrigação de pagar um fornece-
dor é a nota fiscal. Os pagamentos podem ser efetuados por meio de boletos, cheques, dinheiro, depósito em
conta etc.
Fluxo de Caixa
Entradas e saídas
Algumas transações financeiras podem representar tanto entradas quanto saídas. É o caso, por exemplo, de
empréstimos. No momento em que se faz um empréstimo, a transação é considerada entrada. Mas, a partir
do momento em que se deve pagar as parcelas do empréstimo, a transação deve ser considerada saída.
Dica
Para ter um fluxo de caixa completo, registre diariamente a movimentação do caixa. Assim, você conse- guirá
acompanhar, praticamente em tempo real, o que acontece com a movimentação financeira de sua empresa.
Atividade 2.1
Observe as categorias principais das transações financeiras:
1. Entrada
2. Saída
3. Entrada e saída
Agora, veja os itens financeiros relacionados a seguir e atribua um número para cada um deles, de acordo
com a lista de transações anterior.
( ) Empréstimos
( ) Despesas
( ) Investimentos
( ) Tributos
( ) Sócios
( ) Compras
( ) Salários
( ) Recebimento
Atividade 2.1
RESPOSTAS:
(3) Empréstimos
(2) Despesas
(3) Investimentos
(2) Tributos
(3) Sócios
(2) Compras
(2) Salários
(1) Recebimento
Dica
A rotina de ordenar, classificar e conservar todos os documentos que originam entradas e saídas do caixa
auxiliará a gestão financeira de seu empreendimento.
Projeção de Caixa
Um fluxo de caixa completo e organizado dá visão de futuro ao empresário. Neste capítulo, você aprenderá o
que é a projeção de caixa e como fazer para utilizá-la em seu negócio.
E fazer uma projeção de fluxo de caixa é indispensável para preparar-se para os futuros cenários financeiros
da sua empresa.
Você sabe qual a Previsão de Vendas e Recebimentos sua empresa terá em caixa no próximo ano? Quais as
Previsões de Pagamentos (Despesas e Custos)? Qual a Disponibilidade Financeira? Quanto há de recursos
sobressalentes para Investimentos? Qual vai ser a necessidade de Capital de Giro para manter a operação?
Caso tenha respondido não a alguma destas perguntas, este curso será bastante útil para você e sua empresa.
O Fluxo de Caixa é construído com base nas informações realizadas, ou seja, das entradas e saídas de
dinheiro que já aconteceram na empresa.
Já a Projeção de Fluxo de Caixa, tem a mesma estruturação, porém é a feito com base na estimativa de
entradas e saídas de dinheiro que afetarão o caixa da empresa. Estas estimativas podem ser feitas de
diversas formas, mas em geral consiste na análise de dados passados e projeções de cenários futuros.
Projeção de Caixa
Figura 02: Exemplo de Projeção de Fluxo de Caixa
Projeção de Caixa
De onde vem
Toda empresa exige, constantemente, tomada de decisões. Essa é uma necessidade comum no dia a dia dos empresários,
para comprar um equipamento novo, fazer uma contratação, negociar um empréstimo. E é pre- ciso tomar essas decisões
com segurança para não correr o risco de comprometer as finanças da empresa somente fundamentando-se em
números.
O capítulo anterior mostrou que, ao construir um fluxo de caixa, são registradas todas as contas já contraídas e que ainda
devem ser pagas, assim como o momento em que isso deve ser feito. São registradas também as vendas a prazo, aquelas
que já foram realizadas, mas cujos valores serão recebidos nos próximos dias, semanas ou meses.
Essas são informações preciosas para o futuro financeiro da empresa. E a elas devem se unir projeções das vendas, que
serão futuras entradas de caixa.
Reunir esses dados gera um fluxo financeiro futuro, que permite ao empresário tomar ações para gerenciar a empresa e
conseguir, no mínimo, o equilíbrio do caixa.
Projeção de Caixa
Como fazer
Para fazer a projeção de caixa, é preciso analisar o histórico da empresa. E não é difícil fazer isso. Pois quando
organiza o fluxo de caixa do seu negócio, você registra os dados da movimentação financeira que já acontece-
ram. À medida que você acumula esses registros, dia a dia, semana a semana, mês a mês, você compõe um
histórico das finanças do seu empreendimento. É com base nesse histórico que você fará a projeção do caixa.
Você deverá analisar o histórico e projetar os dados para o futuro. Assim, será capaz de estimar com qual sal-
do iniciará o mês seguinte, qual é a estimativa de entradas e saídas de caixa e, ainda, qual é a previsão anual
para o fluxo de caixa da empresa. Você poderá ver que gasta, por exemplo, R$ 70,00 em média com luz, e que
essa conta deve ser paga no dia 25 de cada mês, ou que os impostos vencem todo dia 10, que o salário dos
colaboradores deve ser pago no quinto dia útil e o pagamento dos fornecedores, no dia 15.
Projeção de Caixa
Portanto, para fazer a projeção de caixa de maneira segura, você deve:
• conhecer e verificar todas as entradas e saídas de dinheiro da sua empresa.
• conhecer e verificar as sazonalidades de sua empresa. (Sazonalidade se refere ao período em que a demanda do
negócio tem uma grande variação e que representa desafios e oportunidades para a em- presa e o empresário. Por
exemplo, uma loja de brinquedos tem procura maior por suas mercadorias em datas como Dia das Crianças e Natal; em
contrapartida, no Dia dos Pais ou das Mães, é esperada queda ou estabilidade nas vendas. Esse tipo de comportamento é
chamado de comportamento sa- zonal, ou de época.)
• identificar e calcular os valores médios necessários para uma projeção correta das entradas e saídas de dinheiro de sua
empresa. (Valores médios são obtidos por meio do cálculo da média aritmética simples: a soma dos valores de um
determinado conjunto de medidas ou período de tempo dividida pela quantidade dos valores somados. Por exemplo, o
faturamento médio da empresa em um ano é a soma do faturamen- to de cada mês dividido pelo número de meses =
12.)
• manter as informações atualizadas.
• analisar o fluxo de caixa regularmente, para correção, se necessário, dos valores projetados.
Projeção de Caixa
Dica
Quanto maior o número de itens que você conseguir prever em relação a seu negócio, melhor! Assim não
haverá surpresas que façam você perder dinheiro ou oportunidades.
Analisando o histórico, você poderá descobrir informações importantes. Se fizer a análise com foco nas recei-
tas da empresa, conseguirá saber a porcentagem das vendas a prazo e à vista e até descobrir o valor médio
recebido mensalmente. É assim que a projeção de caixa permite a você desenvolver uma visão de futuro e
planejar seu caixa.
Por que fazer
Para fazer a gestão financeira da sua empresa, além de registrar as entradas e as saídas de caixa, você deve
também analisar esse fluxo de caixa, analisar o que já aconteceu. Assim, a partir das ocorrências registradas,
você conseguirá analisar o desempenho do caixa da empresa. Sabendo se o movimento financeiro está satis-
fatório ou não, você poderá buscar ações que melhorem o desempenho do caixa.
Projeção de Caixa
Atenção
A análise do desempenho do caixa deve ser feita mês a mês, tendo em vista que a maioria das despesas fixas
tem periodicidade mensal. Você precisa analisar mensalmente o fluxo de entradas e saídas: recebi- mentos
por vendas parceladas, vendas em dinheiro, pagamento dos compromissos financeiros, incluindo aqueles
assumidos em períodos anteriores.
Lançar todas as movimentações de caixa em um fluxo de caixa é fundamental para prever possíveis riscos
financeiros a tempo de solucioná-los. Por isso, a boa gestão financeira depende da projeção do fluxo de caixa.
Até aqui, este curso já mostrou os instrumentos básicos para começar a gestão financeira do seu empreen-
dimento. Agora, faça a atividade a seguir e verifique seu conhecimento sobre essas ferramentas.
Atividade 3.1
Ana é empresária, proprietária do Instituto de Beleza Tudo Belo. Ela não tinha o costume de controlar as
finanças, mas começou a fazer isso. Já separou todos os documentos que originam as entradas e as saídas de
caixa e montou seu plano de contas financeiro.
Porém, ao lançar os valores diários das entradas e saídas de caixa, ela verificou que, em uma semana, seu
saldo ficou negativo. O que Ana deve fazer?
Escolha a alternativa que representa a melhor decisão para Ana nesse momento:
a) Ana precisa verificar o valor que está faltando e ir ao banco para fazer um empréstimo. Assim, ela terá
novamente um crédito em seus saldos de movimentação de caixa.
b) Ana precisa analisar todos os dados lançados e verificar onde está o dinheiro faltante. Pode ser que ela
esteja recebendo a prazo e pagando contas à vista.
c) Ana precisa aumentar o preço de seus serviços para ficar com saldo positivo.
Atividade 3.1
RESPOSTA:
Está correta a alternativa b (Ana precisa analisar todos os dados lançados e verificar onde está o dinheiro
faltante. Pode ser que ela esteja recebendo a prazo e pagando contas à vista.).
O controle financeiro com um fluxo de caixa, logo de início, já permite ao empresário analisar as finanças de
sua empresa e tomar algumas decisões. É importante analisar cuidadosamente e tomar a decisão correta
com cautela. Aumentar os preços e pedir um empréstimo no banco imediatamente são decisões precipitadas
que podem prejudicar ainda mais a saúde financeira da empresa.
Se Ana estiver recebendo a prazo e pagando à vista, as entradas e as saídas de recursos do caixa estão
descasadas, o que leva a uma necessidade maior de capital de giro (recursos financeiros).
Dica
Em caso de entradas e saídas de caixa descasadas, a saída ideal é negociar os prazos de pagamento aos
fornecedores ou incentivar as vendas à vista.
Controlando o giro de caixa
Este capítulo apresenta conceitos fundamentais sobre capital de giro e mostra por que é importante conhe-
cê-los. Você verá diferentes maneiras de mudar o giro de caixa e controlar o ciclo financeiro de seu empre-
endimento.
O que é capital de giro?
De forma simplificada, o capital de giro é o dinheiro
necessário para manter o empreendimento e garantir a
continuidade da empresa.
Para começar a atividade da empresa, o empreendedor
conta com investimento – dinheiro para aquisição de
máquinas, móveis, ferramentas, enfim, para montar a
estrutura do negócio. Esse tipo de capital é chamado
investimento fixo. Mas o empreendedor ainda precisa
contar com outra fonte de recursos: o capital de giro.
Controlando o giro de caixa
O capital de giro, como o próprio nome sugere, é composto pelas contas que possuem “giro”, aquelas que fa-
zem parte do dia a dia da empresa, que sustentam a operação dela. São contas como fornecedores, clientes a
receber, estoques, disponibilidade, funcionários a pagar, despesas a pagar, impostos a pagar, ou seja, todas as
contas que têm giro rápido.
Ele engloba todos os valores em caixa, depositados em contas bancárias e contas a receber, além de outras
obrigações pendentes que podem ser convertidas em dinheiro para quitar as despesas empresariais.
Ele determina os valores disponíveis para que a empresa cumpra seus deveres e faça novos investimentos,
mesmo diante de problemas como a inadimplência de clientes ou queda das vendas. Desse modo, ele
garante a saúde financeira e facilita a gestão, pois permite que a empresa adquira equipamentos, mantenha
os estoques e consiga trabalhar com pagamentos a prazo com os clientes, sem riscos de prejudicar o próprio
orçamento.
É comum que empresas, em algum momento, tenham mais giro do que fontes de receita. Essa situação exige
investir dinheiro para manter o equilíbrio das contas, o que significa empregar mais dinheiro no capital de
giro, para que ele seja suficiente entre a data de pagar o fornecedor e a de receber do cliente.
Controlando o giro de caixa
Para saber o valor necessário para o capital de giro, saber quanto dinheiro é preciso dispor para essa finalida-
de, você precisa conhecer os ciclos: operacional, financeiro e econômico da sua empresa.
Os ciclos da empresa
Ciclo Econômico - Tenho certeza que ao entender o que são e como funcionam esses ciclos, você
vai conseguir ter maior produtividade e ser mais estratégico na sua rotina financeira. Mas, antes de
aplicarmos o conceito em um exemplo prático, que tal compreender melhor o que significa esse tal de ciclo
econômico?
Controlando o giro de caixa
O Ciclo Econômico da empresa tem início quando é realizado a compra da matéria-prima, e o seu fim quando
ela vende os produtos com o processo de acabamento concluído. Em outras palavras, é o período em que a
mercadoria permanece na empresa.
Para calcular o Ciclo Econômico, utiliza-se a seguinte fórmula:
Ciclo Econômico = Prazo Médio de Estocagem (PME)
O prazo médio de estocagem é calculado por:
PME = (Estoque médio/ Custo da Mercadoria Vendida) / 360
Assim, se a empresa possui um estoque médio de 15.000 e um CMV (Custo da Mercadoria Vendida) de
R$15, podemos concluir que o PME é:
PME = (15000/15) / 360 = 2,77 dias.
Ou seja, o prazo médio de estocagem do produto é de aproximadamente 3 dias.
Controlando o giro de caixa
Ciclo Financeiro – Agora que compreendemos o Ciclo Econômico, vamos ver como funciona o Ciclo
Financeiro?
O Ciclo Financeiro tem início no momento do pagamento da matéria-prima e termina quando ocorre o
recebimento pelas vendas. Em outras palavras, é o ciclo de caixa.
Para calcular o Ciclo Financeiro, utiliza-se a seguinte fórmula:
Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF)
Para compreender essa fórmula precisamos saber o que é o Ciclo Operacional, não é mesmo? Então, vamos
entender melhor esse novo conceito.
Controlando o giro de caixa
Ciclo Operacional – O Ciclo Operacional, por sua vez, é o intervalo de tempo gasto pela empresa para
executar todas as suas atividades operacionais.
Essas atividades podem ser: compra de matéria-prima, pagamentos a fornecedores, produção da
mercadoria, estoque, venda e recebimento, por exemplo.
O Ciclo Operacional, portanto, é a junção dos dois ciclos, iniciando na compra da mercadoria (ciclo
econômico) e finalizando no recebimento da venda (ciclo financeiro).
Para calcular o Ciclo Operacional, utiliza-se a seguinte fórmula:
Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR)
Para compreender melhor esses três ciclos, que tal um exemplo? Então, vamos lá!
Controlando o giro de caixa
Exemplo de cálculo do Ciclo Econômico, Financeiro e Operacional
Vamos supor que uma empresa, a indústria X, permanece com suas mercadorias em estoque pelo período de
52 dias e tem uma média de recebimento, dos clientes, igual a 90 dias, sendo que o pagamento para
fornecedores ocorre em 60 dias. Neste cenário, temos os seguintes valores:
Prazo Médio de Estocagem (PME) = 52 dias
Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR) = 90 dias
Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF) = 60 dias
Sendo assim, temos:
Ciclo Econômico = Prazo Médio de Estocagem (PME),
Ciclo Econômico = 52 dias (pois o PME no exemplo é igual a 52 dias)
Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR),
Ciclo Operacional = 52 + 90, ou seja, o Ciclo Operacional é de 142 dias
Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF),
Ciclo Financeiro = 142 – 60, ou seja, o Ciclo Financeiro é de 82 dias.
Controlando o giro de caixa
Como esses ciclos podem influenciar no fluxo de caixa?
Os três ciclos estão ligados diretamente ao fluxo de caixa, pois estamos nos referindo as entradas e saídas da
sua empresa. Mas, para isso dar certo, você precisa gerenciar o prazo médio de pagamento com seus
fornecedores e o prazo médio de pagamento dos seus clientes. Se isso não acontecer, sua empresa precisará
ter um capital de giro que suporte os investimentos.
Sabemos que, com tantas atividades no dia a dia do empresário, é normal que o foco fique para o
atendimento ao cliente e vendas. Entretanto, é importante separar um tempo para verificar os ciclos
econômico, financeiro e operacional e verificar se seu negócio está tendo lucro ou prejuízo. Por isso, foque
nas operações da empresa também.
Controlando o giro de caixa
Capital de giro e ciclos da empresa
O ciclo operacional começa na data da compra da mercadoria no fornecedor, passa pela venda do produto e
vai até o recebimento do valor. Isso inclui as vendas feitas com pagamento à vista e a prazo.
Já o ciclo econômico começa na aquisição das mercadorias e vai até o ato da venda, e só se consideram os
pagamentos à vista.
O ciclo financeiro (ciclo de caixa) começa no pagamento aos fornecedores e vai até o recebimento do valor
das vendas. É todo o período entre o desembolso para adquirir matérias-primas ou mercadorias e o
recebimento de dinheiro pela venda do produto acabado, dos serviços ou das mercadorias. É justamente para
cobrir esse período que a empresa precisa de capital de giro.
Dentro de cada um desses ciclos, há os prazos. Existem três tipos de prazo muito importantes para a gestão
financeira, e você deve conhecê-los e considerá-los em suas decisões: o prazo médio de estoques (PME), o
prazo médio de recebimentos (PMR) e o prazo médio de pagamentos (PMP).
Controlando o giro de caixa
Figura 03: Demonstração Visual dos Ciclos Operacional, Econômico e Financeiro da Empresa.
Controlando o giro de caixa
Prazo médio de estoques (PME)
Para identificar o prazo médio de estoques, você precisa saber o valor do seu estoque final: Você terminou o
período com quanto de estoque?
O valor de estoque deve ser dividido pelo valor de compras do período, e o resultado, multiplicado pelo nú-
mero de dias do período.
Você pode calcular um índice anual, absorvendo, assim, períodos de sazonalidade e evoluções:
Controlando o giro de caixa
Prazo médio de recebimentos (PMR)
É o tempo médio entre a venda e o recebimento. Você pode usar um sistema de gestão que forneça o índice
para esse prazo. Mas também pode obtê-lo por meio de uma equação.
Para a equação, o primeiro dado é o valor das contas a receber: Ao final do período, qual é o valor que você
tem para receber dos clientes?
Esse valor das contas a receber deve ser dividido pelo valor total das vendas realizadas, e o resultado, multi-
plicado pelo número de dias do período.
Também nesse caso, você pode calcular o índice anual, que representa, inclusive, períodos de sazonalidade e,
por isso, fornece uma média mais completa:
Controlando o giro de caixa
Prazo médio de pagamentos (PMP)
É o prazo médio que a empresa tem para pagar suas contas.
Em geral, a empresa tem 30 dias para pagar as despesas fixas. No entanto, para o pagamento aos fornece-
dores, pode existir outra dinâmica. Como já foi dito, cada fornecedor oferece diferentes condições de paga-
mentos: alguns exigem pagamento à vista, outros dão prazos maiores ou menores.
Então, para conhecer o PMP, você precisa saber primeiro o valor das contas a pagar aos fornecedores: Ao
final do período, qual é o valor que você deve para os fornecedores?
Esse valor das contas a pagar aos fornecedores deve ser dividido pelo valor total de compras, e o resultado,
multiplicado pelo número de dias do período.
Se quiser ter um índice que dê conta também de
períodos com mais ou menos estoque ou com oscilação
nas vendas, por exemplo, você pode calcular o índice
anual:
Controlando o giro de caixa
Necessidade de capital de giro
Como já foi dito, o ciclo financeiro é o período no qual é preciso custear a empresa. É o período em que você
já fez pagamentos aos fornecedores, mas ainda não recebeu de todos os clientes. É o capital de giro que
banca a empresa durante o ciclo financeiro ou ciclo de caixa.
Para conhecer esse período que precisa ser coberto pelo capital de giro, você deve subtrair o prazo médio de
pagamentos do ciclo operacional. Por exemplo, sua empresa pode ter um ciclo operacional de 60 dias: entre
a compra de mercadorias ou matérias-primas e o recebimento dos clientes se passam 60 dias. Mas, para
pagar aos fornecedores, você tem 30 dias. Então o ciclo financeiro da sua empresa é de 30 dias.
Controlando o giro de caixa
Resumindo: ciclo financeiro = PME + PMR – PMP.
Dessa forma, você identifica por quantos dias precisa ter dinheiro para fazer pagamentos antes de receber
dos clientes. Multiplicando o número de dias do ciclo financeiro pela média diária de custos (despesas), você
saberá quanto recurso precisa investir para sustentar a empresa nesse período – você saberá a necessidade
de capital de giro (NCG) da empresa.
Até aqui, este capítulo já mostrou que o capital de giro é o recurso disponível no caixa da empresa para
manter ou sustentar suas operações desde o desembolso para o fornecedor até o recebimento pelas ven-
das. Você deve utilizar o capital de giro conforme as necessidades financeiras da sua empresa. Agora, faça as
atividades a seguir, para praticar os conteúdos apresentados.
Controlando o giro de caixa
Atividade 4.1
Um empresário compra mercadoria para pagar em 35 dias (PMP) e vende seus produtos dando um prazo de
pagamento de 70 dias para os clientes (PMR). Além disso, passam-se 85 dias entre a compra da mercadoria
até o momento em que ela é vendida. Portanto, o prazo médio de estoques é de 85 dias (PME).
Qual é o ciclo financeiro (ciclo de caixa) da empresa?
a) 120 dias
b) 85 dias
c) 102 dias
Controlando o giro de caixa
RESPOSTA:
Está correta a alternativa a (120 dias). O cálculo do ciclo financeiro é: PME + PMR – PMP = 85 + 70 – 35 = 120.
Atividade 4.2
Caso o mesmo empresário consiga aumentar o prazo médio de pagamentos das compras de 35 para 45 dias,
como ficará o ciclo financeiro?
a) 120 dias
b) 95 dias
c) 110 dias
Controlando o giro de caixa
RESPOSTA:
Está correta a alternativa c (110 dias). Com o novo PMP, o cálculo do ciclo financeiro passa a ser: PME + PMR
– PMP = 85 + 70 – 45 = 110.
Atividade 4.3
Ainda no mesmo caso, se o prazo de recebimento dos clientes passar a ser de 50 dias (e não 70), como ficará
o ciclo financeiro?
a)112 dias
b) 90 dias
c) 115 dias
Controlando o giro de caixa
RESPOSTA:
Está correta a alternativa b (90 dias). Com essa segunda mudança, agora no PMR, o cálculo do ciclo financeiro
passa a ser: PME + PMR – PMP = 85 + 50 – 45 = 90.
Mudando o giro de caixa
Preste atenção aos resultados obtidos pelo empresário mostrado nas atividades. Observe que aumentar o
prazo de pagamento (PMP) não foi tão eficaz quanto diminuir o período médio de recebimento (PMR).
Com a diminuição do período médio de cobrança, os ciclos operacional e financeiro ficaram menores, ou seja,
o período entre a data da compra de mercadorias até o recebimento diminuiu. Assim, o empresário pôde
girar o caixa mais vezes. Veja:
Giro de caixa = 360 ÷ ciclo financeiro
Controlando o giro de caixa
No primeiro cenário, o caixa girava três vezes, pois GC = 360 ÷ 120 = 3 giros. Com a mudança nos prazos de
recebimento e pagamento, o ciclo financeiro ficou menor e o giro de caixa aumentou, pois GC = 360 ÷ 90 = 4
giros. Assim, em vez de o caixa girar três vezes ao ano, ele passou a girar quatro vezes.
Atenção
Quanto maior o giro de caixa, menor a necessidade de recursos financeiros para dar suporte às operações, e,
com isso, o lucro da empresa aumenta. Isso acontece porque a empresa passa a não precisar do limite da
conta-corrente e a pagar os boletos em dia. Ela deixa de precisar de financiamento para capital de giro.
Assim, não é necessário reduzir a margem de lucro para cobrir despesas financeiras oriundas da falta de
controle e de gestão financeira.
Faça os cálculos dos ciclos da sua empresa e verifique se você precisa fazer algum ajuste para aumentar o giro
de caixa de seu negócio!
Controlando o giro de caixa
Fontes de capital de giro
Fazendo os cálculos do ciclo financeiro do caixa e do giro de caixa de sua empresa, você pode identificar a
necessidade de ter mais recursos como capital de giro. Existem várias fontes nas quais você pode obtê-lo,
basta analisar bem as alternativas antes de fazer sua escolha:
• Capital próprio: para melhorar ou ampliar o negócio, é comum dar prioridade para o investimento e não
para o capital de giro. Dessa forma, a empresa fica com máquinas e móveis novos, por exemplo, mas sem
capital para pagamentos.
Nessa situação, você deve providenciar o capital necessário rapidamente, ou as faltas de mercadorias e os
atrasos de pagamentos virão à tona.
Se a empresa tiver sócios com a possibilidade de fornecer capital, essa é a melhor fonte. Quando o sócio
entra com o dinheiro, a empresa paga a ele participação no lucro. Não é como no empréstimo, que cobra
juros altos.
Controlando o giro de caixa
• Capital dos parceiros: os prazos das compras e das vendas geram necessidade de capital de giro, mas você
pode ajudar sua empresa!
Uma forma de fazer isso é negociar, com os fornecedores, prazos mais longos para pagamentos e, com os
clientes, prazos mais curtos para recebimento. Fazendo essa negociação, você diminuirá o tempo em que sua
empresa fica “financeiramente descoberta”.
• Empréstimo bancário: é a forma mais usada, mas também a mais cara. Tanto os juros quanto o prazo de
quitação pressionam a operação da empresa. Existem várias opções de empréstimo oferecidas pelos ban-
cos, com custos e prazos diferentes para financiamento de capital de giro.
Se não houver alternativa e você tiver de utilizar um empréstimo bancário, é importante escolher o banco e a
opção de financiamento mais convenientes. Isso requer tempo para pesquisa e negociação.
Controlando o giro de caixa
Cuidados com empréstimos
Conhecer com antecedência quanto e quando você necessitará de capital de giro não é só uma questão de
organização, mas uma forma de se planejar. Assim você pode obter capital de giro de acordo com as
condições que sua empresa pode suportar. Saber como pagar os empréstimos permite que você negocie com
segurança antes de assumir qualquer compromisso.
Fazer empréstimo não é o fim do processo, é o início. Se pensar que conseguir um empréstimo é resolver o
problema, você pode criar um problema ainda maior. Tenha cuidado para não acabar em uma bola de neve!
Para diminuir os riscos, você precisa primeiro ter certeza de que o empréstimo será suficiente para as ne-
cessidades de sua empresa. Depois, certificar-se de que sua empresa conseguirá pagar o financiamento. Isso
deve ser feito todos os dias, enquanto durar o empréstimo.
Controlando o giro de caixa
Autofinanciamento é uma solução
Nada vem por acaso, muito menos dinheiro. Embora seja uma verdade incontestável, não significa que a
captação de dinheiro deva depender de fontes externas. Como acabamos de ver, ter recursos próprios é
sempre a melhor forma de manter a empresa a salvo dos juros cobrados em empréstimos externos.
Surge, então, uma modalidade de obtenção de recursos chamada de autofinanciamento. O nome já sugere o
seu significado, e realmente não é nada diferente do que parece. De forma bastante resumida, autofinanciar
equivale a elaborar estratégias que permitem o negócio ser autossustentável, sem que precise do apoio
externo para financiar suas atividades.
Controle e análise de estoques
Este capítulo mostra o impacto do estoque no ciclo financeiro e no giro de caixa das empresas. Você
aprenderá a analisar o estoque da sua empresa, para não deixar que o estoque parado se torne um risco para
as suas finanças.
O estoque tem um papel importante para o sucesso do negócio, ainda mais em época de crise. Agora, mais
do que nunca, você precisa estar atento às suas mercadorias, para descobrir se haverá uma queda no giro do
estoque e qual será o comportamento de compra de seus clientes, para adaptar sua empresa aos novos
hábitos de compras das pessoas.
Uma boa gestão de estoque passa por equilibrar compras, armazenagem e entregas, controlando as
entradas e o consumo de materiais, movimentando o ciclo da mercadoria. Além disso, deve ter como
objetivo um prazo de pagamento dos fornecedores compatível com os recebimentos dos clientes.
Controle e análise de estoques
Giro de estoque
Um dos indicadores de desempenho mais relevantes para a gestão do estoque é o já mencionado giro de
estoque. Para que esse indicador possa evoluir, é preciso estar atento a todos os aspectos que podem ajudar
ou prejudicar a velocidade do giro, como:
• A compra
• A organização do estoque
• A exposição dos produtos
• As promoções
• O atendimento
• A entrega
Controle e análise de estoques
Inventário
Para organizar, a movimentação de estoque deve ser sistematizada por meio de normas de entrada e saída.
É nesse contexto que entra em cena o controle físico e financeiro de estoque, com o objetivo principal de
trazer informações sobre a quantidade disponível de cada item e seu correspondente valor financeiro.
Você pode criar tabela padronizada com todos os itens que compõem o seu estoque, personalizando-a de
acordo com as suas necessidades. Mas é interessante incluir alguns pontos básicos, além do preço, como: o
nome da mercadoria, a quantidade e, claro, a sua categoria. O inventário permite:
• Saber quais itens tem no estoque e as quantidades de cada um.
• Prever qual produto vai faltar e qual vai sobrar.
• Conhecer mais o seu cliente e saber quais são seus gostos e hábitos de consumo.
• Planejar-se com antecedência.
• Evitar prejuízos.
Controle e análise de estoques
Curva ABC
Um bom controle de estoque permite ao gestor calcular o giro das mercadorias e aperfeiçoar o processo de
compras, diminuindo a pressão sobre o capital de giro da empresa. Implantar esse controle também viabiliza
a classificação dos produtos utilizando-se de uma ferramenta conhecida como Curva ABC, que se baseia na
premissa de que, em geral, 80% das consequências são diretamente influenciadas por apenas 20% das
causas.
O objetivo desse método de classificação é, portanto, identificar os itens de maior impacto para os resultados
da empresa a partir de indicadores como:
• Giro de estoque
• Lucratividade
• Representatividade no faturamento
Controle e análise de estoques
De acordo com a mesma lógica, a falta de controle impossibilita ao gestor conhecer o consumo médio dos
materiais e pode fazer a empresa comprar mais do que o necessário, aumentando, de maneira desnecessária,
o uso de capital de giro.
Figura 04: Demonstração Gráfica da Curva ABC para o indicador de Receita.
Controle e análise de estoques
Gerenciamento de estoque
Muitos empresários pensam que ter estoque sobrando para atender a pronta entrega é sinônimo de suces-
so. Mas é preciso cuidado! Manter um estoque alto pode criar um problema sério para a empresa.
Controle e análise de estoques
O gerenciamento de estoque é muito importante porque afeta o prazo médio de estoques (PME) e, conse-
quentemente, o ciclo operacional da empresa. Quanto maior o ciclo operacional, maior o ciclo financeiro.
Nesse sentido, a boa gestão financeira deve contar também com a adoção de medidas que encurtem o PME,
por exemplo:
• Não ter estoque em excesso.
• Utilizar o acondicionamento correto do estoque para não haver perda nem danos à mercadoria ou maté-
ria-prima.
• Planejar a reposição do estoque de maneira a não ficar com produtos parados por períodos desnecessários.
Quando o empresário consegue diminuir o PME, automaticamente, ele diminui os ciclos operacional e finan-
ceiro. Com um ciclo financeiro menor, cai também a necessidade de aplicar recursos no capital de giro, ou
seja, cai a quantia de dinheiro necessária para financiar o capital de giro.
Controle e análise de estoques
Como gerenciar o estoque
Ao comprar matéria-prima para a produção de mercadorias, é preciso tirar dinheiro do caixa da empresa. E
produtos em estoque (ainda não foram vendidos) significam dinheiro parado.
Quando mal gerenciado, o estoque da empresa pode ser maior do que ela precisa, por causa de ineficiência
operacional. Isso acarreta capital empatado, capital investido desnecessariamente. Por isso, dar mais efici-
ência ao gerenciamento do estoque diminui o recurso investido nesse setor da empresa, liberando-o para
outras áreas.
Por essa razão, estoque alto pode ser uma armadilha! Para evitar que produtos fiquem parados e interfiram
no capital de giro, é importante avaliar a forma como você administra o estoque. Veja algumas dicas:
• Lembre-se sempre de que o estoque da empresa é flexível e pode ser ajustado.
• Quando estimar as mudanças de estoque, considere as metas da empresa.
Controle e análise de estoques
• Quanto menor a previsão de vendas, menor deve ser o volume estocado. Mas, se o volume de vendas for
aumentar, isso exigirá maior volume de produtos estocados ou a implantação de um processo de controle dos
estoques em relação à sua produção, como exemplo o “Just in Time”. Sua meta é melhorar continua- mente o
processo produtivo por meio da redução de estoques.
• Para vender mais rápido mercadorias paradas, você pode fazer uma promoção, por exemplo.
• Se não tem previsão de grande venda (ou de produção), você não precisa manter estocado grande quan-
tidade de produtos (ou de insumos). Isso não faria nenhum sentido!
Controle e análise de estoques
Para uma gestão de estoque bem-feita, não basta analisar os números da sua empresa. Existem situações
diversas, que podem exigir maior flexibilidade dos estoques, sobretudo em empresas com demanda variável.
Da mesma maneira, manter o estoque mais baixo nem sempre é a decisão mais acertada. Para descobrir isso,
devem ser avaliadas algumas variáveis:
• Matérias-primas e insumos: pode haver necessidade de aumentar o estoque em períodos de entressafra ou
para aproveitar oportunidades de compra.
• Materiais em processo: pode haver necessidade de aumentar a quantidade de materiais em processo para
atender a uma demanda variável. Por exemplo, atender um cliente que, em um dia, deseja 100 pro- dutos e,
no outro, 500.
• Produto acabado: pode haver necessidade de aumentar a quantidade de produtos acabados para aten- der
à demanda variável.
Controle e análise de estoques
Controle e análise de estoques
Para decidir se é melhor ou não aumentar o estoque, você deve avaliar o custo do estoque adicional. Por
exemplo, se um fornecedor der melhores condições (menor custo) para maiores volumes de compra, você
precisa analisar o que é maior: o custo financeiro do estoque adicional ou as vantagens obtidas por comprar
do fornecedor a um custo mais baixo. Se o custo da mercadoria compensar o custo do capital, então a melhor
decisão será o investimento em estoques adicionais, com benefício do custo menor.
Para entender melhor como a análise de estoque pode levar a decisões mais vantajosas para a empresa,
conhe- ça o caso de Clara, que tem uma loja de cortinas. Para atender à demanda da loja por três meses, 500
metros de tecido são suficientes. Ao verificar o estoque, Clara percebeu que precisava comprar apenas 200
metros, mas encomendar 500 metros de uma única vez ficaria muito mais em conta do que comprar em
partes.
Para equilibrar os dois lados, Clara propôs um acordo a seu fornecedor: comprar 200 metros naquele mês e
se comprometer a comprar o restante nos dois meses seguintes. Dessa forma, ela evitará comprar e pagar de
uma vez só os 500 metros de tecido que serão usados somente entre 60 e 90 dias.
Controle e análise de estoques
Esse é um exemplo de adaptação que pode ser feita pelo empresário, e que deve ser lançada no fluxo de
caixa da empresa.
Este capítulo mostrou que o estoque com mercadorias ou matérias-primas paradas é um dos fatores que
mais impacta o ciclo financeiro. Você deve fazer o gerenciamento do estoque de acordo com as metas da
empresa. Quanto menor a previsão de vendas (ou de produção), menor deve ser o volume estocado de
mercadorias (ou de insumos). Se você não tem previsão de grandes demandas no futuro próximo, para que
manter um grande estoque?
Agora, faça a atividade a seguir para praticar um pouco a análise de estoques.
Controle e análise de estoques
Atividade 5.1
Arlindo, proprietário da Bela Costura, contrata o serviço de um fornecedor há 20 anos. Ele compra tecidos,
com frete gratuito por ser cliente antigo. Porém, ao verificar o volume de seu estoque, Arlindo encontrou te-
cidos que estavam parados havia 1 ano. E isso, de certa forma, gera prejuízo para a Bela Costura. O problema
é que o fornecedor só vende mais de 1.000 metros!
Escolha a alternativa que representa a melhor decisão financeira para a Bela Costura nesse momento:
a) Os tecidos que estão parados no estoque há 1 ano provavelmente já saíram de moda. Então, para não
perder a clientela vendendo produtos ultrapassados, Arlindo deve se desfazer deles, talvez vendendo para
outra empresa.
b) Arlindo deve entrar em contato com seu fornecedor e propor um acordo. Ele pode continuar compran- do
os 1.000 metros de tecido, mas em partes, conforme o consumo.
c) Mesmo sendo cliente desse fornecedor há 20 anos, Arlindo deve procurar outro. É melhor recomeçar tudo
com um fornecedor novo do que ter de superlotar seu estoque sem precisar.
Controle e análise de estoques
RESPOSTA:
Está correta a alternativa b (Arlindo deve entrar em contato com seu fornecedor e propor um acordo. Ele
pode continuar comprando os 1.000 metros de tecido, mas em partes, conforme o consumo).
A melhor forma de redimensionar o capital de giro nesse caso é tentar um acordo com o fornecedor de longa
data. Assim, o estoque não fica com produtos parados, e Arlindo não precisa fazer empréstimo para pagar as
contas. Sendo cliente há 20 anos, é provável que o fornecedor confie em Arlindo e leve isso em consideração
ao analisar a proposta dele.
Controle e análise de estoques
Dica
Reorganizar o estoque não é algo muito complicado: o importante é não acumular materiais ou mercadorias
que não serão utilizados em curto prazo.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Este capítulo apresenta decisões pertinentes à gestão financeira: formação de reserva financeira, redução do
ciclo financeiro, alongamento do perfil da dívida, substituição de passivos, redução da inadimplência, dos
custos e das despesas. Essas ações são capazes de reduzir a necessidade de capital de giro da sua empresa.
O que é necessidade de Capital de Giro?
Antes de qualquer coisa, você precisa entender claramente o que é Necessidade de Capital de Giro e como
chegar nessa métrica dentro da sua realidade.
Necessidade de Capital de Giro é a quantidade de Capital necessária para financiar a operação diária do seu
negócio.
Em outras palavras, é o dinheiro que você precisa para pagar todas as contas do seu negócio e mantê-lo
funcionando.
No capital de giro entram todas as variáveis financeiras que movimentam o dia a dia do negócio.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Dá uma olhada:
• Vendas à vista e vendas a prazo (contas a receber);
• Caixa Disponível;
• Pagamentos a fornecedores de matéria prima, serviços e mercadorias;
• Estoques de matéria prima ou produtos para comercialização;
• Impostos a pagar;
• Despesas a pagar (energia, salários, telefones, etc.)
A necessidade de capital de Giro é a diferença entre as contas do seu Ativo Circulante (Vendas à vista e a
prazo, Caixa, estoques) e as contas do seu Passivo Circulante (Contas a Pagar, principalmente, mas também
empréstimos, salários da sua equipe, impostos).
Com a Necessidade de Capital de Giro você sabe quanto precisa ter em caixa para pagar suas contas sem
depender de capital externo ou sem a realização de aportes dos sócios.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Assim, para ter uma Necessidade de Capital de Giro bem mapeada e um Capital de Giro estruturado é
necessário ter alguns controles e implementar algumas rotinas de gestão em contas com impacto financeiro.
Agora vamos falar um pouco mais delas.
Principais impactos
Antes de começarmos, já gostaria de destacar alguns pontos sobre o Capital de Giro:
• Toda empresa que vende a prazo precisa de recursos para financiar seus clientes;
• Toda empresa que mantém estoque de matéria-prima ou de mercadorias precisa de recursos para financiá-lo;
• Quando a empresa compra a prazo (matéria-prima ou mercadorias) significa que os fornecedores financiam
parte ou todo o estoque;
• Quando a empresa tem prazos para pagar as despesas (impostos, energia, salários e outros gastos) significa que
parte ou o total dessas despesas é financiada pelos fornecedores de serviços.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Com isso fica claro que a gestão dos seus prazos de pagamento e recebimento impacta diretamente seu
capital de giro. Esta dinâmica impacta o que chamamos de ciclo financeiro, que é o período em que sua
empresa fica “a descoberto”, após o pagamento dos seus fornecedores, até o recebimento dos seus clientes.
Para se ter toda essa informação disponível é importante ter um controle do Fluxo de caixa dentro da realidade
do negócio, de forma muito bem estruturada e atualizada, pois só assim você terá a informação fidedigna
sobre recebimentos e pagamentos para tomada de decisão. Concorda?
Despesas e custos, receitas e estoque influenciam diretamente na sua necessidade de capital de giro e devem
estar a todo momento no radar com trabalhos constantes em desenvolvimento para melhoria e otimização.
Você deve estar pensando “Beleza! Já sei o que impacta meu capital de giro, mas o que eu posso fazer para
melhorar?”
Não precisa se preocupar com isso mais! Aqui listamos algumas formas de agir para melhorar a gestão do seu
capital de giro e reduzir a sua Necessidade de Capital.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Como melhorar a gestão das alavancas
Vamos começar por um ponto crítico em pequenas empresas e que, de acordo com a nossa experiência, gera
um desconforto e preocupação constantes nos gestores.
O Ciclo Financeiro é um dos principais pontos em uma boa gestão de Capital de Giro e é onde a maioria das
empresas, especialmente as de pequeno porte, falham, deixando esses prazos de lado. Seu controle é
imprescindível para um controle eficaz do capital de giro.
Via de regra, os gestores deixam os prazos de pagamento na mão de seus fornecedores, se apertando para
realizar pagamentos ou pagando juros em caso de atrasos, evitando qualquer tipo de negociação por receio ou
não confiança que vão surtir algum efeito positivo.
Uma notícia para você: o “NÃO” você já tem!
A maioria dos fornecedores tem esse tipo de flexibilidade e consegue reorganizar alguns prazos de acordo com
necessidades emergenciais de caixa. Uma dica: não deixe essas renegociações virarem o padrão. Caso perceba
que isso vai ocorrer, sente com o seu fornecedor para um renegociação de prazo ou até de contrato.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Outro ponto é a realização de vendas a prazo sem nenhum tipo de controle, impactando diretamente no caixa
disponível e no capital necessário para reposição de mercadorias e pagamento de fornecedores. Esses prazos
devem ser bem calculados, pois, quando você vende a prazo, precisa ter capital para financiar o negócio
enquanto não recebe; no caso de produtos, isso quer dizer comprar mais sem ter recebido a venda que foi
feita.
É muito importante a gestão do Ciclo financeiro do seu negócio. Ele deve estar no seu radar a todo momento,
acompanhando se o caixa que está disponível e o que se tem a receber bastam para quitação dos
compromissos do negócio.
Em caso de identificação de incapacidade de pagamento, é necessário renegociar os prazos com os
fornecedores com antecedência ou alterar os planos de recebimento junto aos clientes.
Um ponto de muita importância é trabalhar constantemente pela redução das despesas e custos do negócio.
Para isso, é importante que se desenvolva uma análise profunda dessas contas para entender onde os cortes
podem ser realizados sem impacto na qualidade de entrega. Recomendamos a utilização do PDCA juntamente
com as suas ferramentas, como Pareto e Espinha de Peixe.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Por último e não menos importante, é necessário fazer a gestão de estoque. Uma gestão de estoque mal feita
impacta diretamente no seu Caixa, que por sua vez impacta no seu Capital de Giro: mercadoria parada em
estoque é dinheiro parado no estoque, tanto de matéria prima quanto de produto finalizado.
Não adianta aproveitar aquele super preço do seu fornecedor se esse produto vai ficar parado no seu estoque.
Ou, ao invés de comprar 10, comprar 20, pois o preço é melhor, se o produto não tiver giro suficiente que
justifique a compra adicional.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Política de crédito
A política de crédito adotada em uma empresa inclui a definição do prazo dado ao cliente para o pagamento.
Ela afeta diretamente a necessidade de capital de giro, pois quanto maior o prazo para o cliente, maior o ciclo
financeiro, o que acaba resultando em maior necessidade de capital de giro.
Para definir uma política de crédito adequada para o bom andamento de sua empresa, você precisa avaliar o
prazo médio de recebimentos e o prazo médio de pagamentos e, a partir disso, verificar como as condições
que você oferece para os clientes impactam o ciclo financeiro e o capital de giro. Você deve calcular quantos
dias aquelas condições aumentam no ciclo financeiro e o quanto isso acrescenta na necessidade de capital de
giro. Também é preciso avaliar se você tem onde buscar recursos para sustentar esse aumento. É preciso
analisar todos esses aspectos antes de definir a política de crédito da empresa.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Formação de reserva financeira
Para reduzir a necessidade de capital de giro da empresa, é preciso planejamento. Com o planejamento ade-
quado, você conseguirá se antecipar às possíveis necessidades de investimentos adicionais no capital de giro.
Isso pode ser feito por meio de reserva de recursos obtida com retenção dos lucros. Você pode guardar re-
cursos para passar pelos períodos nos quais haverá maior necessidade de capital de giro.
Entre as várias formas de financiar o capital de giro, a melhor é usar os lucros da empresa, reter lucros para
formar uma reserva financeira.
Dica
Para aprofundar o seu conhecimento sobre Reserva Financeira / Reserva de Emergência leia o artigo
“RESERVA DE EMERGÊNCIA: O maior aliado do seu bem estar financeiro!” no blog do O DIFUSOR no link a
seguir: https://contatoodifusor.wixsite.com/odifusor/blog.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Redução do ciclo financeiro
Outra forma de diminuir a necessidade de capital de giro é reduzir o ciclo financeiro (ou ciclo de caixa). Para
isso, você precisa diminuir o ciclo operacional.
Como o ciclo operacional é composto por prazo médio de estoques e prazo médio de recebimentos, quanto
menores forem esses prazos, menor será o ciclo operacional. Por outro lado, quanto maior o prazo médio de
pagamentos, menor o ciclo financeiro.
Assim, para ter um ciclo financeiro menor e reduzir investimentos em capital de giro, você deve buscar:
• reduzir o prazo médio de estoques.
• reduzir o prazo médio de recebimentos.
• aumentar o prazo médio de pagamentos.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Alongamento do perfil da dívida
Se você não fez o planejamento necessário, e sua empresa chegou a um estágio em que não tem os recursos
necessários para honrar obrigações e compromissos como pagamento de fornecedores ou de funcionários,
uma saída é negociar com os fornecedores um prazo maior para o pagamento de suas dívidas. Mas lembre-se
de que dessa forma você apenas apagará o incêndio!
Para resolver a questão, você precisa gerenciar melhor o ciclo financeiro e a necessidade de capital de giro da
empresa.
Atenção
Prolongar uma dívida resolve o problema pontualmente. Com prazo maior para pagar um compromisso já
assumido, você conseguirá diminuir a febre, mas não curar a doença.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Substituição de passivos
Substituir uma dívida cara por uma mais barata também é uma forma de reduzir a saída de recursos do caixa
e, consequentemente, a necessidade de capital de giro. Você pode avaliar a possibilidade de antecipar rece-
bíveis, utilizar o limite bancário ou até contrair empréstimos, por exemplo.
Redução da inadimplência
A inadimplência aumenta a necessidade de capital de giro porque aumenta o prazo médio de recebimentos.
De acordo com a política de crédito definida na empresa, ela tem um prazo médio de recebimentos consi-
derado normal. Contudo, se há um alto índice de inadimplência, esse prazo médio de recebimentos acaba
ficando maior que o desejado. Consequentemente, os ciclos operacional e financeiro também aumentam.
Por isso, controlar a inadimplência também é uma forma de reduzir investimento em capital de giro.
Você precisa adotar uma política de análise de crédito, ou seja, maneiras de analisar a capacidade do clien- te
de honrar as obrigações de pagamento. Isso deve ser feito antes de oferecer formas de pagamento aos
clientes.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Além disso, você pode estimular formas de vendas que não geram risco de inadimplência, como o cartão de
crédito ou débito ou o ticket. Elas não geram risco de inadimplência, pois é garantido que você receberá da
operadora, apenas haverá impacto no prazo médio de recebimentos.
Redução dos custos e das despesas
Como a necessidade de capital de giro é calculada a partir do ciclo financeiro e da média diária de custos e
despesas, reduzir custos e despesas leva à redução da necessidade de capital de giro.
Para fazer isso, porém, você precisa analisar se os cortes não causarão problemas operacionais na empresa.
Como reduzir a necessidade de capital de giro
Atenção
Existem várias formas de financiar o capital de giro. Você pode usar os lucros que a empresa gerar, essa é a
melhor saída. Mas também é possível negociar novos prazos com fornecedores, utilizar o limite bancário,
contrair empréstimos e cortar despesas, por exemplo.
O fundamental é avaliar as possíveis fontes de capital de giro e os custos dessas fontes, para buscar aquela
que tiver o menor custo. Apenas dessa forma é possível reduzir despesas financeiras e, automaticamente,
melhorar o caixa.
Todo empreendedor quer saber
Para finalizar, este capítulo traz algumas dúvidas comuns entre empreendedores que buscam fazer uma boa
gestão financeira. É provável que algumas delas estejam em sua mente agora mesmo. Então, veja as respos-
tas e se prepare para tornar sua empresa mais competitiva!
Se minha empresa está no vermelho, devo pedir um empréstimo para cobrir os gastos?
Se a empresa está no vermelho, se falta caixa para honrar as obrigações financeiras, é preciso apagar o incên-
dio. Então, você deve buscar recursos de alguma fonte para que a empresa continue suas operações. Busque
sempre o dinheiro mais barato, a fonte com menor custo.
Porém, não esqueça que o mais importante é identificar a causa dessa situação e agir sobre ela. Não ter caixa
para honrar os compromissos pode estar relacionado ao ciclo financeiro, por exemplo.
Pedir um empréstimo pode ajudar a resolver a questão momentaneamente, apenas apagar o incêndio. Ele
não é garantia de que você resolverá o problema.
Todo empreendedor quer saber
Como faço para saber se preciso de mais capital de giro?
Para identificar necessidades adicionais de capital de giro, você deve manter a gestão do ciclo financeiro e
avaliar bem o ciclo operacional, buscando identificar possíveis mudanças nos períodos seguintes.
Identificar mudanças com antecedência permitirá que você faça um planejamento mais correto, buscando o
dinheiro mais barato para financiar um investimento adicional.
Como faço para aumentar o dinheiro em caixa?
O primeiro passo é fazer uma avaliação diagnóstica para identificar a causa da falta de caixa. O segundo é
adotar medidas pontuais e urgentes para resolver o problema.
Por exemplo, para vender mercadorias paradas no estoque, você pode fazer uma promoção. Você também
pode dar descontos para os clientes que pagarem à vista ou em poucas parcelas. Outra possibilidade é rene-
gociar compromissos financeiros alongando o prazo para pagamento e, assim, ajudando a geração de caixa.
Se for o alto índice de inadimplência a causa da falta de caixa, rever o sistema de cobrança e de concessão de
crédito a clientes pode ajudar.
Todo empreendedor quer saber
Outra saída pode ser gerar mais caixa para a empresa, diminuir a necessidade de capital de giro por meio da
diminuição do ciclo financeiro, ou seja, por meio da redução dos recursos investidos no estoque, do aumento
do giro de caixa, de uma boa gestão de estoque e de vendas, da diminuição do prazo médio de recebimentos,
do aumento do prazo médio de pagamentos etc.
Que estratégias posso adotar para controlar melhor o meu estoque?
Para melhorar o gerenciamento de estoque, você precisa melhorar o controle. É importante conhecer quais
produtos têm maior giro. Por exemplo, se você tiver um mix de produtos, pode reduzir esse mix e, assim,
diminuir o investimento em capital de giro.
Você também pode adotar medidas para ter estocagem correta. Por exemplo, prospectar fornecedores mais
eficientes, que tenham menor prazo de entrega e, assim, possibilitem que você tenha estoques de segurança
menores.
Ações como essas permitirão um gerenciamento melhor do estoque, na medida em que você saberá o esto-
que necessário para manter as operações da empresa.
Todo empreendedor quer saber
Promoções-relâmpago são uma boa maneira de aumentar o dinheiro em caixa?
Promoções não envolvem somente desconto para os clientes. Elas podem envolver, por exemplo, ações que
aumentem a saída dos produtos que possuem giro baixo na empresa.
Contudo, oferecer desconto para os clientes pode gerar caixa imediato, mas também comprometer os resul-
tados futuros da empresa.
Em geral, os produtos que precisam ter descontos para serem vendidos são aqueles que estão empatados no
estoque, ou seja, que saíram de linha ou não tiveram muita aceitação.
Avalie essas questões e tenha em mente que gerar caixa imediato por meio de descontos pode comprometer
os resultados futuros da empresa.
Todo empreendedor quer saber
As finanças do meu negócio vão bem quando meu caixa gira muitas vezes por ano?
Somente aumentar o giro de caixa não faz que a empresa tenha resultados melhores, tenha mais caixa. São
necessárias outras ações, como precificação correta, análise das despesas fixas, do volume de vendas e do
ponto de equilíbrio. Mas certamente aumentar o giro de caixa diminui a necessidade de capital de giro e,
assim, contribui para a geração de caixa.
Quais são os principais equívocos que os empresários cometem na gestão de seus negócios?
Sem dúvida, a má gestão financeira é um dos maiores causadores da mortalidade das empresas. Não conhe-
cer os resultados da empresa, a dinâmica do capital de giro, o quanto é preciso investir para sustentar as ope-
rações da empresa, a representatividade dos custos e das despesas em relação ao faturamento, o volume de
vendas necessário para atingir o equilíbrio financeiro etc. faz que o empresário tome decisões equivocadas,
gerando o fechamento da empresa.
Todo empreendedor quer saber
Dica
A maioria das pessoas foge de questões que envolvem números e finanças. Mas é por meio dos números que
sua empresa fala com você. Tudo de que ela precisa é mostrado nos dados financeiros – receitas e despesas,
prazos, parcelamentos etc.
Fazer uma gestão financeira correta é fundamental para o futuro do seu empreendimento.
Todo empreendedor quer saber
Este curso mostrou como colocar em prática os instrumentos de gestão financeira, manejar os prazos de
pagamentos e recebimentos, mudar o ciclo financeiro de sua empresa e tomar decisões para diminuir a ne-
cessidade de capital de giro.
Agora, você tem as informações necessárias para fazer uma gestão financeira eficaz: o controle de fluxo do
caixa, a projeção do caixa, a análise do capital de giro e o gerenciamento de estoques. Faça os controles apre-
sentados aqui e tenha ferramentas para gerenciar melhor seus recursos. Não deixe seu capital imobilizado!
Continue...
Ser empreendedor é ser amante dos seus sonhos e trabalhar
para torná-los realidade. Ser empreendedor é ser um
explorador, sedento por novas descobertas. Portanto, não
desacredite dos seus sonhos, não tenha medo de desbravar o
desconhecido, não abandone a sua missão. Se você algum dia
sonhou que poderia tornar realidade, é porque você pode de
fato fazê-lo.
“O sucesso não é necessário para a felicidade. A felicidade é
necessária para o sucesso. Se você ama o que faz, você terá
sucesso.”
Albert Schweitzer
Anexos
1. (PLANILHA) Controle e Acompanhamento de Fluxo de Caixa;
2. CATEGORIAS Plano de Contas Financeiro;
3. (PLANILHA) Cálculo do Capital de Giro;
4. (PLANILHA) Controle e Planejamento de Estoque;
5. (PLANILHA) Cálculo do Preço de Venda;
6. (PLANILHA) Cálculo de Ganho Unitário;
7. (PLANILHA) Demonstrativo do Resultado;
8. (PLANILHA) Apuração de Resultados;
9. (VIDEOS) Videos de Apoio:
A. Como funciona o capital de giro;
B. Manter as finanças em ordem;
C. Você sabe como calcular o preço de venda e aumentar seu lucro?;
D. Fluxo de caixa – como organizar as contas e registrar entradas e saídas.

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Gestao financeira -_apresentacao_slides.pdf

  • 1.
  • 2. Importância da Gestão Financeira Questões financeiras povoam a mente de 10 entre 10 empreendedores. Todos pensam no dinheiro que entra, no dinheiro que sai, na margem de lucro, no custo, no prejuízo. Você pode ter consciência de todos esses aspectos em relação à sua empresa por meio da gestão financeira. O que é ? A gestão financeira basicamente trata de tudo relacionado ao dinheiro, como os investimentos, lucros, empréstimos, despesas, financiamentos e o valor do patrimônio da empresa. Dessa forma, a gestão financeira tem como objetivo administrar essas atividades, mantendo um planejamento e controle sobre elas. Para isso, também é feita uma coleta de informações, que gera relatórios do desempenho do empreendimento. A gestão financeira é o coração do seu negócio. Você deve controlar bem suas atividades financeiras para que sua empresa se mantenha de pé, ou seja, para que permaneça no mercado. Com o controle da gestão financeira, você terá sempre uma visão de quando ou em que momento sua empresa terá dinheiro. Esse controle permite a você descobrir o que está acontecendo e o que vai acontecer com sua empresa no futuro, dando-lhe a oportunidade de tomar decisões corretas.
  • 3. Importância da Gestão Financeira Com a análise correta dos dados, torna-se possível saber quais são os pontos fortes e os pontos fracos da empresa, além de tornar possível a otimização de uma série de serviços. Por isso, a gestão financeira é um ponto estratégico para conseguir o êxito de um negócio. Isso tudo está relacionado com a gestão financeira, que é o processo de registrar e gerenciar informações financeiras com o objetivo de manter resultados satisfatórios, obter melhores resultados e corrigir proble- mas financeiros. Atenção O primeiro passo para uma gestão financeira organizada e eficiente é registrar as ocorrências dos gastos (custos, despesas e investimentos) da empresa em planos de contas e centros de custos corretos. Essa prática permite levantar demonstrações financeiras e indicadores que mostrem o resultado da empresa (o fluxo de caixa, os valores necessários para o capital de giro etc.) e ajudem a corrigir possíveis problemas financeiros.
  • 4. Importância da Gestão Financeira Com a análise correta dos dados, torna-se possível saber quais são os pontos fortes e os pontos fracos da empresa, além de tornar possível a otimização de uma série de serviços. Por isso, a gestão financeira é um ponto estratégico para conseguir o êxito de um negócio. Isso tudo está relacionado com a gestão financeira, que é o processo de registrar e gerenciar informações financeiras com o objetivo de manter resultados satisfatórios, obter melhores resultados e corrigir proble- mas financeiros. Atenção O primeiro passo para uma gestão financeira organizada e eficiente é registrar as ocorrências dos gastos (custos, despesas e investimentos) da empresa em planos de contas e centros de custos corretos. Essa prática permite levantar demonstrações financeiras e indicadores que mostrem o resultado da empresa (o fluxo de caixa, os valores necessários para o capital de giro etc.) e ajudem a corrigir possíveis problemas financeiros.
  • 5. Importância da Gestão Financeira Figura 01: Exemplo de Plano de Contas Financeiro Simplificado
  • 6. Importância da Gestão Financeira Não é possível gerenciar nada que não se pode medir. Quando o empresário não consegue medir os resulta- dos, conhecer a representatividade das contas, o quanto ele precisa de capital de giro, como é seu fluxo de caixa, ele acaba conduzindo a empresa tomando como base apenas o dinheiro em caixa. Assim, ele acredita que dinheiro sobrando no caixa significa que a empresa tem bons resultados e que dinheiro faltando no cai- xa significa maus resultados. Mas há outras avaliações necessárias para entender as finanças da empresa e tomar decisões assertivas. Vamos supor que o caixa do seu negócio tenha R$ 1.200,00 (Mil e Duzentos Reais). Como você ainda não tinha feito o Curso de Gestão Financeira do O DIFUSOR, logo pensou “Esta sobrando dinheiro no meu caixa, então está tudo bem.” Quando o mês vira e você inicia o pagamento dos seus custos fixos, identifica que irá faltar R$ 400,00 (Quatrocentos Reais) pra pagar todas as contas. Por não saber o valor do seu Capital de Giro (falaremos deste tema mais adiante) você acha que por ter dinheiro no caixa a saúde financeira da empresa está boa mas quando as contas começam a chegar vê que não era bem assim.
  • 7. Importância da Gestão Financeira Sem apurar indicadores e sem reunir demonstrativos, o empresário não consegue encontrar a direção corre- ta. O crescimento sustentável de uma empresa só é possível quando se conhecem seus indicadores financei- ros. Não ter gestão prejudica o planejamento, a sustentabilidade e a perpetuidade da empresa. Quem não tem indicadores corre grande risco de tomar decisões que, no futuro, trarão consequências ne- gativas. São os indicadores, as demonstrações e as avaliações que permitem ao empresário tomar decisões antecipadas, se planejar para garantir o futuro e a perpetuidade da empresa.
  • 8. Para que serve? O controle da gestão financeira possibilita que o empresário sempre saiba quando terá dinheiro, porque é capaz de mostrar o que acontece no presente e o que acontecerá no futuro da empresa. Isso é importante para que ele possa tomar decisões corretas. Dessa forma, a gestão financeira engloba todas as atividades vinculadas ao controle dos recursos financeiros da empresa, visando garantir que a sociedade empresária tenha dinheiro suficiente para manutenção, investimentos e crescimento próprio. Além dessa característica, outro fator importante vinculado à saúde do negócio é que uma gestão financeira, quando bem-feita, possibilita a redução de gastos desnecessários e uma correta destinação dos recursos, o que impacta fortemente nos resultados financeiros. Assim, quanto mais eficiente e ativa for a gestão, maiores serão a qualidade e os resultados alcançados pelo negócio.
  • 9. Para que serve? Hoje, vivenciamos um momento de crise política e econômica, e esse é outro aspecto que implica na urgência e na relevância de que os empresários e gestores possuam uma base financeira estruturada e organizada. Assim, capacitarão a empresa para enfrentar possíveis dificuldades econômicas, como quedas nas vendas, ou até mesmo uma pandemia por exemplo. Para que um negócio garanta a sua consistência e continuidade, é importante investir em boas estratégias de gestão e organização, uma vez que é por meio de ações e medidas preventivas que você se mantém preparado para possíveis imprevistos ou dificuldades. Dica A gestão financeira inclui a utilização de instrumentos de gerenciamento, como exemplo, a ferramenta de fluxo de caixa. Utilizando-os da maneira adequada, você poderá analisar a necessidade de capital de giro e de controle de estoque.
  • 10. Para que serve? A gestão financeira de uma empresa é bem-sucedida quando diminui a necessidade de capital de giro, ou seja, quando o empresário precisa colocar menos dinheiro para fazer o negócio girar. E isso só é possível quando o fluxo de caixa é positivo e há um planejamento cuidadoso do controle de estoques. Para iniciar bem seu aprendizado sobre esse assunto, faça a atividade a seguir. Com ela, você poderá desco- brir o quanto está preparado para iniciar a gestão financeira de seu negócio.
  • 11. Atividade 1.1 Para cada afirmação a seguir, responda sim ou não: 1. Controlo a movimentação do meu caixa diariamente. 2. Utilizo o registro de movimentação do caixa para montar um fluxo de caixa. 3. Utilizo as informações do fluxo de caixa para projetar gastos e investimentos futuros. 4. Calculo o ciclo de caixa da minha empresa. 5. Sei a necessidade de capital de giro do meu negócio. 6. Tomo decisões em relação ao estoque do meu negócio considerando os produtos ou serviços mais vendidos. 7. Entendo a relação entre capital de giro e estoque. 8. Avalio constantemente formas de reduzir a necessidade de capital de giro.
  • 12. Atividade 1.1 RESPOSTA: Com essa atividade, você pode observar quais práticas e conhecimentos relacionados à gestão financeira já fazem parte do dia a dia do seu negócio. Veja quais são seus pontos fortes (aqueles para os quais respondeu sim) e quais são seus pontos fracos (aqueles para os quais respondeu não).
  • 13. Fluxo de Caixa Este capítulo mostra como organizar as contas e registrar entradas e saídas usando o plano de contas finan- ceiro e o fluxo de caixa. Você verá dicas de como controlar seu caixa! Nas operações do dia a dia de uma empresa, a organização financeira é fundamental. Para isso, o empresário conta com um instrumento básico de planejamento e controle financeiro, denominado fluxo de caixa. O objetivo dessa ferramenta é apurar e projetar o saldo disponível para que exista sempre capital de giro, para aplicação ou eventuais gastos. Devem ser registrados: (vendas à vista e a prazo e recebimento de duplicatas, entre outros). (compras à vista e a prazo, pagamentos de duplicatas, pagamento de despesas e outros pagamentos). (até o último pagamento e recebimento conhecido ou o máximo de horizonte adequado às necessidades da empresa).
  • 14. Fluxo de Caixa No início do preenchimento do fluxo de caixa, surgirão dificuldades para elaborar o controle. Mas, em pouco tempo, poderão ser sentidas a enorme ajuda e importância de tomar as decisões com base em previsões de entrada e saída de recursos. Controle de caixa Em qualquer empresa, tudo o que entra e o que sai, ou seja, todas as transações financeiras passam pelo caixa. Por isso, é preciso guardar e organizar todos os documentos que comprovam essas transações. O controle de caixa é o primeiro controle a ser feito em uma empresa. Sem ele, é impossível obter as demais informações necessárias para a gestão financeira. Com esse controle, você pode: • Conferir as vendas do dia: verificar se a entrada de dinheiro corresponde às vendas realizadas. • Conferir o saldo do caixa: verificar se o saldo inicial somado às entradas do dia, menos as saídas do dia, corresponde ao saldo final.
  • 15. Fluxo de Caixa O fluxo de caixa pode ser elaborado manualmente (o que dá um pouco mais de trabalho), em uma agenda ou um caderno. Porém, será muito mais fácil, organizado e ágil se for automatizado, por meio de uma planilha eletrônica ou de um programa de gestão. Fazer o controle do caixa é essencial: seja em papel, seja de forma eletrônica (em um sistema ou planilha), você precisa organizar as informações nas categorias corretas para, a partir delas, fazer as demais análises da gestão financeira. Sem registrar todas as ocorrências do caixa dificilmente você conseguirá resgatar as informações necessárias para fazer a análise e a conferência. Você precisa manter organizadas as informações das vendas realizadas e dos pagamentos efetuados durante o dia. É preciso saber se o pagamento foi feito para um fornecedor ou para um funcionário, se foi outra des- pesa fixa etc. Tudo deve ser alocado nos lugares corretos, para você conseguir saber qual foi a fonte e qual foi o destino dos recursos financeiros.
  • 16. Fluxo de Caixa Ao elaborar o fluxo de caixa, o empresário terá uma visão do presente e do futuro. É uma excelente ferramenta para avaliar a disponibilidade de caixa e a liquidez da empresa. Com essa tranquilidade, o empreendedor pode antecipar algumas decisões importantes, como a redução de despesas sem o comprometimento do lucro, o planejamento de investimentos, a organização de promoções para desencalhe de estoque, o planejamento de solicitação de empréstimos, a negociação para uma dilatação de prazo com fornecedor e outras medidas para que possíveis dificuldades financeiras possam ser evitadas ou minimizadas. A estrutura do fluxo de caixa depende da natureza da empresa e também das necessidades dos gestores. O resultado do fluxo de caixa é o saldo disponível (em dinheiro disponível no caixa, ou depositado em conta corrente nos bancos, etc.) apurado pela diferença entre o total do valor dos recebimentos e pagamentos efetivamente realizados em uma determinada data ou período.). O saldo final do fechamento de caixa deve corresponder ao valor dos recursos disponíveis no caixa da empresa ou depositados em contas corrente (banco).
  • 17. Fluxo de Caixa Como fazer o controle de caixa O controle de caixa é a base de toda a gestão da empresa. As informações que ele reúne serão importan- tes para todas as decisões financeiras tomadas na empresa. Para você conseguir praticar e já iniciar o controle do seu fluxo de caixa, veja a planilha de apoio Controle e Acompanhamento de Fluxo de Caixa, anexa na página Materiais de Apoio do Curso. Para fazê-lo, é preciso anotar: • Todas as entradas de dinheiro: recebimentos à vista e a prazo; ganhos e rendimentos resultantes de in- vestimentos no mercado financeiro; entrada de valores por venda de ativos ou por injeção de dinheiro de sócios. • Todas as saídas de dinheiro: pagamento de fornecedores, tributos, salários e comissões; despesas com aluguel, luz, água, telefone; compras de material, equipamentos e insumos; despesas eventuais, como jantares, eventos, brindes e cafezinho com clientes; retiradas feitas por sócios. Guardar e organizar todos esses documentos não é importante só para a gestão financeira. É também uma exigência legal. E uma boa forma de fazer essa organização é por meio do plano de contas financeiro.
  • 20. Fluxo de Caixa Plano de Contas Financeiro Plano de contas é, não mais do que, a concepção de números e classificações para as entradas e saídas finan- ceiras da sua empresa com o intuito de criar uma lógica de organização e análise dos dados. Sem ele, você simplesmente inseriria entradas e saídas sem saber a sua origem ou para qual uso foi determinado. O plano de contas financeiro ajuda a organizar a estrutura do fluxo de caixa da empresa. Se quiser saber, por exemplo, quanto gastou com fornecedores ou com funcionários em um determinado período, você precisará recuperar os dados desses pagamentos e só poderá fazer isso se as informações es- tiverem organizadas. Para perceber a utilidade dessa organização, imagine que uma mulher foi convidada para ir a um baile de gala que acontecerá em algumas horas. Se tiver o guarda-roupa organizado, ela pode pensar no que usar, e será fácil ficar pronta. Então, ela pode aceitar o convite! Mas, se não tiver o guarda-roupa organizado, é difícil que ela aceite, porque precisaria de mais tempo para preparar as roupas e acessórios. Na empresa, acontece de forma bem semelhante: sem as informações organizadas, é muito difícil conseguir levantar informações para tomar decisões de forma ágil e eficaz.
  • 21. Fluxo de Caixa Passo a passo para criar a estrutura do plano de contas financeiro 1. Separe as entradas e as saídas de dinheiro. 2. Identifique as contas à vista e as contas a prazo. 3. Crie uma categoria de despesas relacionadas às vendas. Agrupe nessa categoria: impostos, fretes, comissões, taxa cobrada pela administradora de cartões, inadimplência de clientes etc. 4. Crie mais uma categoria para as despesas estruturais. Nela, insira os gastos com: aluguel, luz, água, IPTU, internet, telefone etc. 5. Crie uma terceira categoria para as despesas relacionadas aos recursos humanos. Nela, considere: salários, férias, 13º salário, encargos, pró-labore, benefícios, gastos com treinamentos etc. 6. Na parte das entradas, crie uma categoria para os recebimentos de vendas e outra para os recebimen- tos de investimentos. 7. Atribua um número para cada uma das categorias criadas, seguindo uma lógica. Por exemplo: 1 = entradas ou receitas. 1.01 = receitas operacionais. 1.01.001 = receitas com vendas de produtos. 2 = saídas ou despesas. 2.01= despesas sobre vendas. 2.01.001 = impostos. 2.01.002 = embalagens.
  • 22. Fluxo de Caixa Para ver um exemplo mais completo dessas categorias, veja o anexo Categorias de plano de contas fi- nanceiro, na página Materiais de Apoio do Curso. O plano de contas financeiro ajuda a organizar a estrutura do fluxo de caixa da empresa. Por que fazer fluxo de caixa Fluxo de caixa é uma ferramenta de gestão financeira que reúne todos os pagamentos de compromissos já assumidos e todos os valores a receber, tanto das vendas já realizadas quanto das vendas futuras. A projeção de entradas e de saídas mostra o comportamento futuro do caixa da empresa e, principalmente, o fluxo de caixa livre. Essa ferramenta permite visualizar o futuro da empresa a partir das decisões e das ocorrências. A partir dos dados do passado (histórico) e do presente, é possível fazer uma previsão do que acontecerá no caixa da empresa, é possível antecipar como será o comportamento do fluxo no caixa.
  • 23. Fluxo de Caixa Com isso, você poderá adotar ações antecipadas para corrigir possíveis problemas financeiros, como a falta de caixa em determinado período. Agir com antecedência dará a você mais oportunidades para buscar solu- ções com menor custo financeiro para a empresa. Sem o planejamento antecipado que o fluxo de caixa permite, no momento em que surgir um problema financeiro, você correrá o risco de adotar medidas como buscar dinheiro de conta garantida ou antecipar recebíveis. E isso pode ter um custo muito alto para a empresa, comprometendo seu lucro. Onde começa a boa gestão financeira Administrar bem uma empresa é a meta de todo empreendedor. Um dos segredos da boa administração é o controle do caixa. Com as contas bem planejadas, as chances de sucesso são maiores. Você até pode usar um caderno ou caderneta, mas o melhor é usar uma ferramenta chamada fluxo de caixa. Nela, você precisa anotar as entradas e saídas do dia, os valores que entrarão na semana ou no mês, as contas que serão pagas.
  • 24. Fluxo de Caixa Quanto mais informação você tiver sobre o movimento financeiro da sua empresa, melhor. Mais fácil será planejar o futuro e tomar decisões! As planilhas devem ser preenchidas todos os dias. Seja firme e crie esse hábito! Ter domínio sobre o fluxo de caixa é uma boa maneira de controlar as finanças de seu negócio.
  • 25. Fluxo de Caixa Transações registradas no fluxo de caixa Entradas As entradas do caixa se referem aos recebimentos: entrada de dinheiro na empresa, à vista ou a prazo. A entrada dos recursos pode ocorrer por diferentes meios e devem ser registrados adequadamente. Veja: • Cartões de crédito e débito: o recebimento é registrado na data do depósito a ser efetuado pela admi- nistradora. No crédito, o recebimento acontece nas datas do parcelamento acertado com o cliente e, no débito, no dia seguinte à data da venda (D+1). • Cheques pré-datados: o recebimento é registrado na data do vencimento do cheque, após confirmação do depósito. Lembre-se de que, mesmo constando data para sua apresentação, o cheque pré-datado é uma forma de pagamento à vista, pois quem o recebe pode apresentá-lo ao banco a qualquer momento, existindo fundos ou não. • Duplicatas ou notas promissórias: o recebimento é registrado na data da liquidação dos títulos.
  • 26. Fluxo de Caixa • Receitas recebidas por investimentos: o recebimento é registrado após confirmação do crédito em conta corrente, informação que pode ser constatada em extrato bancário. As receitas recebidas por investimentos são entradas lançadas nos controles do fluxo de caixa provenientes de aplicações financeiras. Essas aplicações são feitas para reduzir a perda monetária do dinheiro em caixa. São utilizadas também como reservas para determinados fins, como o provisionamento aplicado mês a mês para o pagamento do 13º salário dos funcionários. • Empréstimo bancário: comprovado com documento (contrato) emitido pelo banco credor com o valor total, os encargos e o valor líquido creditado na conta corrente. • Empréstimo dos sócios: comprovado por meio de um contrato de mútuo.
  • 27. Fluxo de Caixa Saídas As saídas do caixa se referem aos pagamentos realizados para a aquisição de mercadorias ou serviços e para pagamentos de tributos, de colaboradores e demais gastos. Os pagamentos também podem ser à vista ou a prazo. Veja: • Pagamentos de tributos: referem-se à saída de dinheiro do caixa da empresa para a regularização dos impostos. • Pagamento de encargos sobre a folha de pessoal: os recibos de salários são emitidos pelo contador ou setor responsável na empresa para pagamentos a colaboradores – salário, 13º salário, adiantamento de férias etc. • Pagamentos de fornecedores: o principal documento que fundamenta a obrigação de pagar um fornece- dor é a nota fiscal. Os pagamentos podem ser efetuados por meio de boletos, cheques, dinheiro, depósito em conta etc.
  • 28. Fluxo de Caixa Entradas e saídas Algumas transações financeiras podem representar tanto entradas quanto saídas. É o caso, por exemplo, de empréstimos. No momento em que se faz um empréstimo, a transação é considerada entrada. Mas, a partir do momento em que se deve pagar as parcelas do empréstimo, a transação deve ser considerada saída. Dica Para ter um fluxo de caixa completo, registre diariamente a movimentação do caixa. Assim, você conse- guirá acompanhar, praticamente em tempo real, o que acontece com a movimentação financeira de sua empresa.
  • 29. Atividade 2.1 Observe as categorias principais das transações financeiras: 1. Entrada 2. Saída 3. Entrada e saída Agora, veja os itens financeiros relacionados a seguir e atribua um número para cada um deles, de acordo com a lista de transações anterior. ( ) Empréstimos ( ) Despesas ( ) Investimentos ( ) Tributos ( ) Sócios ( ) Compras ( ) Salários ( ) Recebimento
  • 30. Atividade 2.1 RESPOSTAS: (3) Empréstimos (2) Despesas (3) Investimentos (2) Tributos (3) Sócios (2) Compras (2) Salários (1) Recebimento Dica A rotina de ordenar, classificar e conservar todos os documentos que originam entradas e saídas do caixa auxiliará a gestão financeira de seu empreendimento.
  • 31. Projeção de Caixa Um fluxo de caixa completo e organizado dá visão de futuro ao empresário. Neste capítulo, você aprenderá o que é a projeção de caixa e como fazer para utilizá-la em seu negócio. E fazer uma projeção de fluxo de caixa é indispensável para preparar-se para os futuros cenários financeiros da sua empresa. Você sabe qual a Previsão de Vendas e Recebimentos sua empresa terá em caixa no próximo ano? Quais as Previsões de Pagamentos (Despesas e Custos)? Qual a Disponibilidade Financeira? Quanto há de recursos sobressalentes para Investimentos? Qual vai ser a necessidade de Capital de Giro para manter a operação? Caso tenha respondido não a alguma destas perguntas, este curso será bastante útil para você e sua empresa. O Fluxo de Caixa é construído com base nas informações realizadas, ou seja, das entradas e saídas de dinheiro que já aconteceram na empresa. Já a Projeção de Fluxo de Caixa, tem a mesma estruturação, porém é a feito com base na estimativa de entradas e saídas de dinheiro que afetarão o caixa da empresa. Estas estimativas podem ser feitas de diversas formas, mas em geral consiste na análise de dados passados e projeções de cenários futuros.
  • 32. Projeção de Caixa Figura 02: Exemplo de Projeção de Fluxo de Caixa
  • 33. Projeção de Caixa De onde vem Toda empresa exige, constantemente, tomada de decisões. Essa é uma necessidade comum no dia a dia dos empresários, para comprar um equipamento novo, fazer uma contratação, negociar um empréstimo. E é pre- ciso tomar essas decisões com segurança para não correr o risco de comprometer as finanças da empresa somente fundamentando-se em números. O capítulo anterior mostrou que, ao construir um fluxo de caixa, são registradas todas as contas já contraídas e que ainda devem ser pagas, assim como o momento em que isso deve ser feito. São registradas também as vendas a prazo, aquelas que já foram realizadas, mas cujos valores serão recebidos nos próximos dias, semanas ou meses. Essas são informações preciosas para o futuro financeiro da empresa. E a elas devem se unir projeções das vendas, que serão futuras entradas de caixa. Reunir esses dados gera um fluxo financeiro futuro, que permite ao empresário tomar ações para gerenciar a empresa e conseguir, no mínimo, o equilíbrio do caixa.
  • 34. Projeção de Caixa Como fazer Para fazer a projeção de caixa, é preciso analisar o histórico da empresa. E não é difícil fazer isso. Pois quando organiza o fluxo de caixa do seu negócio, você registra os dados da movimentação financeira que já acontece- ram. À medida que você acumula esses registros, dia a dia, semana a semana, mês a mês, você compõe um histórico das finanças do seu empreendimento. É com base nesse histórico que você fará a projeção do caixa. Você deverá analisar o histórico e projetar os dados para o futuro. Assim, será capaz de estimar com qual sal- do iniciará o mês seguinte, qual é a estimativa de entradas e saídas de caixa e, ainda, qual é a previsão anual para o fluxo de caixa da empresa. Você poderá ver que gasta, por exemplo, R$ 70,00 em média com luz, e que essa conta deve ser paga no dia 25 de cada mês, ou que os impostos vencem todo dia 10, que o salário dos colaboradores deve ser pago no quinto dia útil e o pagamento dos fornecedores, no dia 15.
  • 35. Projeção de Caixa Portanto, para fazer a projeção de caixa de maneira segura, você deve: • conhecer e verificar todas as entradas e saídas de dinheiro da sua empresa. • conhecer e verificar as sazonalidades de sua empresa. (Sazonalidade se refere ao período em que a demanda do negócio tem uma grande variação e que representa desafios e oportunidades para a em- presa e o empresário. Por exemplo, uma loja de brinquedos tem procura maior por suas mercadorias em datas como Dia das Crianças e Natal; em contrapartida, no Dia dos Pais ou das Mães, é esperada queda ou estabilidade nas vendas. Esse tipo de comportamento é chamado de comportamento sa- zonal, ou de época.) • identificar e calcular os valores médios necessários para uma projeção correta das entradas e saídas de dinheiro de sua empresa. (Valores médios são obtidos por meio do cálculo da média aritmética simples: a soma dos valores de um determinado conjunto de medidas ou período de tempo dividida pela quantidade dos valores somados. Por exemplo, o faturamento médio da empresa em um ano é a soma do faturamen- to de cada mês dividido pelo número de meses = 12.) • manter as informações atualizadas. • analisar o fluxo de caixa regularmente, para correção, se necessário, dos valores projetados.
  • 36. Projeção de Caixa Dica Quanto maior o número de itens que você conseguir prever em relação a seu negócio, melhor! Assim não haverá surpresas que façam você perder dinheiro ou oportunidades. Analisando o histórico, você poderá descobrir informações importantes. Se fizer a análise com foco nas recei- tas da empresa, conseguirá saber a porcentagem das vendas a prazo e à vista e até descobrir o valor médio recebido mensalmente. É assim que a projeção de caixa permite a você desenvolver uma visão de futuro e planejar seu caixa. Por que fazer Para fazer a gestão financeira da sua empresa, além de registrar as entradas e as saídas de caixa, você deve também analisar esse fluxo de caixa, analisar o que já aconteceu. Assim, a partir das ocorrências registradas, você conseguirá analisar o desempenho do caixa da empresa. Sabendo se o movimento financeiro está satis- fatório ou não, você poderá buscar ações que melhorem o desempenho do caixa.
  • 37. Projeção de Caixa Atenção A análise do desempenho do caixa deve ser feita mês a mês, tendo em vista que a maioria das despesas fixas tem periodicidade mensal. Você precisa analisar mensalmente o fluxo de entradas e saídas: recebi- mentos por vendas parceladas, vendas em dinheiro, pagamento dos compromissos financeiros, incluindo aqueles assumidos em períodos anteriores. Lançar todas as movimentações de caixa em um fluxo de caixa é fundamental para prever possíveis riscos financeiros a tempo de solucioná-los. Por isso, a boa gestão financeira depende da projeção do fluxo de caixa. Até aqui, este curso já mostrou os instrumentos básicos para começar a gestão financeira do seu empreen- dimento. Agora, faça a atividade a seguir e verifique seu conhecimento sobre essas ferramentas.
  • 38. Atividade 3.1 Ana é empresária, proprietária do Instituto de Beleza Tudo Belo. Ela não tinha o costume de controlar as finanças, mas começou a fazer isso. Já separou todos os documentos que originam as entradas e as saídas de caixa e montou seu plano de contas financeiro. Porém, ao lançar os valores diários das entradas e saídas de caixa, ela verificou que, em uma semana, seu saldo ficou negativo. O que Ana deve fazer? Escolha a alternativa que representa a melhor decisão para Ana nesse momento: a) Ana precisa verificar o valor que está faltando e ir ao banco para fazer um empréstimo. Assim, ela terá novamente um crédito em seus saldos de movimentação de caixa. b) Ana precisa analisar todos os dados lançados e verificar onde está o dinheiro faltante. Pode ser que ela esteja recebendo a prazo e pagando contas à vista. c) Ana precisa aumentar o preço de seus serviços para ficar com saldo positivo.
  • 39. Atividade 3.1 RESPOSTA: Está correta a alternativa b (Ana precisa analisar todos os dados lançados e verificar onde está o dinheiro faltante. Pode ser que ela esteja recebendo a prazo e pagando contas à vista.). O controle financeiro com um fluxo de caixa, logo de início, já permite ao empresário analisar as finanças de sua empresa e tomar algumas decisões. É importante analisar cuidadosamente e tomar a decisão correta com cautela. Aumentar os preços e pedir um empréstimo no banco imediatamente são decisões precipitadas que podem prejudicar ainda mais a saúde financeira da empresa. Se Ana estiver recebendo a prazo e pagando à vista, as entradas e as saídas de recursos do caixa estão descasadas, o que leva a uma necessidade maior de capital de giro (recursos financeiros). Dica Em caso de entradas e saídas de caixa descasadas, a saída ideal é negociar os prazos de pagamento aos fornecedores ou incentivar as vendas à vista.
  • 40. Controlando o giro de caixa Este capítulo apresenta conceitos fundamentais sobre capital de giro e mostra por que é importante conhe- cê-los. Você verá diferentes maneiras de mudar o giro de caixa e controlar o ciclo financeiro de seu empre- endimento. O que é capital de giro? De forma simplificada, o capital de giro é o dinheiro necessário para manter o empreendimento e garantir a continuidade da empresa. Para começar a atividade da empresa, o empreendedor conta com investimento – dinheiro para aquisição de máquinas, móveis, ferramentas, enfim, para montar a estrutura do negócio. Esse tipo de capital é chamado investimento fixo. Mas o empreendedor ainda precisa contar com outra fonte de recursos: o capital de giro.
  • 41. Controlando o giro de caixa O capital de giro, como o próprio nome sugere, é composto pelas contas que possuem “giro”, aquelas que fa- zem parte do dia a dia da empresa, que sustentam a operação dela. São contas como fornecedores, clientes a receber, estoques, disponibilidade, funcionários a pagar, despesas a pagar, impostos a pagar, ou seja, todas as contas que têm giro rápido. Ele engloba todos os valores em caixa, depositados em contas bancárias e contas a receber, além de outras obrigações pendentes que podem ser convertidas em dinheiro para quitar as despesas empresariais. Ele determina os valores disponíveis para que a empresa cumpra seus deveres e faça novos investimentos, mesmo diante de problemas como a inadimplência de clientes ou queda das vendas. Desse modo, ele garante a saúde financeira e facilita a gestão, pois permite que a empresa adquira equipamentos, mantenha os estoques e consiga trabalhar com pagamentos a prazo com os clientes, sem riscos de prejudicar o próprio orçamento. É comum que empresas, em algum momento, tenham mais giro do que fontes de receita. Essa situação exige investir dinheiro para manter o equilíbrio das contas, o que significa empregar mais dinheiro no capital de giro, para que ele seja suficiente entre a data de pagar o fornecedor e a de receber do cliente.
  • 42. Controlando o giro de caixa Para saber o valor necessário para o capital de giro, saber quanto dinheiro é preciso dispor para essa finalida- de, você precisa conhecer os ciclos: operacional, financeiro e econômico da sua empresa. Os ciclos da empresa Ciclo Econômico - Tenho certeza que ao entender o que são e como funcionam esses ciclos, você vai conseguir ter maior produtividade e ser mais estratégico na sua rotina financeira. Mas, antes de aplicarmos o conceito em um exemplo prático, que tal compreender melhor o que significa esse tal de ciclo econômico?
  • 43. Controlando o giro de caixa O Ciclo Econômico da empresa tem início quando é realizado a compra da matéria-prima, e o seu fim quando ela vende os produtos com o processo de acabamento concluído. Em outras palavras, é o período em que a mercadoria permanece na empresa. Para calcular o Ciclo Econômico, utiliza-se a seguinte fórmula: Ciclo Econômico = Prazo Médio de Estocagem (PME) O prazo médio de estocagem é calculado por: PME = (Estoque médio/ Custo da Mercadoria Vendida) / 360 Assim, se a empresa possui um estoque médio de 15.000 e um CMV (Custo da Mercadoria Vendida) de R$15, podemos concluir que o PME é: PME = (15000/15) / 360 = 2,77 dias. Ou seja, o prazo médio de estocagem do produto é de aproximadamente 3 dias.
  • 44. Controlando o giro de caixa Ciclo Financeiro – Agora que compreendemos o Ciclo Econômico, vamos ver como funciona o Ciclo Financeiro? O Ciclo Financeiro tem início no momento do pagamento da matéria-prima e termina quando ocorre o recebimento pelas vendas. Em outras palavras, é o ciclo de caixa. Para calcular o Ciclo Financeiro, utiliza-se a seguinte fórmula: Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF) Para compreender essa fórmula precisamos saber o que é o Ciclo Operacional, não é mesmo? Então, vamos entender melhor esse novo conceito.
  • 45. Controlando o giro de caixa Ciclo Operacional – O Ciclo Operacional, por sua vez, é o intervalo de tempo gasto pela empresa para executar todas as suas atividades operacionais. Essas atividades podem ser: compra de matéria-prima, pagamentos a fornecedores, produção da mercadoria, estoque, venda e recebimento, por exemplo. O Ciclo Operacional, portanto, é a junção dos dois ciclos, iniciando na compra da mercadoria (ciclo econômico) e finalizando no recebimento da venda (ciclo financeiro). Para calcular o Ciclo Operacional, utiliza-se a seguinte fórmula: Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR) Para compreender melhor esses três ciclos, que tal um exemplo? Então, vamos lá!
  • 46. Controlando o giro de caixa Exemplo de cálculo do Ciclo Econômico, Financeiro e Operacional Vamos supor que uma empresa, a indústria X, permanece com suas mercadorias em estoque pelo período de 52 dias e tem uma média de recebimento, dos clientes, igual a 90 dias, sendo que o pagamento para fornecedores ocorre em 60 dias. Neste cenário, temos os seguintes valores: Prazo Médio de Estocagem (PME) = 52 dias Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR) = 90 dias Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF) = 60 dias Sendo assim, temos: Ciclo Econômico = Prazo Médio de Estocagem (PME), Ciclo Econômico = 52 dias (pois o PME no exemplo é igual a 52 dias) Ciclo Operacional = Ciclo Econômico + Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR), Ciclo Operacional = 52 + 90, ou seja, o Ciclo Operacional é de 142 dias Ciclo Financeiro = Ciclo Operacional – Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores (PMPF), Ciclo Financeiro = 142 – 60, ou seja, o Ciclo Financeiro é de 82 dias.
  • 47. Controlando o giro de caixa Como esses ciclos podem influenciar no fluxo de caixa? Os três ciclos estão ligados diretamente ao fluxo de caixa, pois estamos nos referindo as entradas e saídas da sua empresa. Mas, para isso dar certo, você precisa gerenciar o prazo médio de pagamento com seus fornecedores e o prazo médio de pagamento dos seus clientes. Se isso não acontecer, sua empresa precisará ter um capital de giro que suporte os investimentos. Sabemos que, com tantas atividades no dia a dia do empresário, é normal que o foco fique para o atendimento ao cliente e vendas. Entretanto, é importante separar um tempo para verificar os ciclos econômico, financeiro e operacional e verificar se seu negócio está tendo lucro ou prejuízo. Por isso, foque nas operações da empresa também.
  • 48. Controlando o giro de caixa Capital de giro e ciclos da empresa O ciclo operacional começa na data da compra da mercadoria no fornecedor, passa pela venda do produto e vai até o recebimento do valor. Isso inclui as vendas feitas com pagamento à vista e a prazo. Já o ciclo econômico começa na aquisição das mercadorias e vai até o ato da venda, e só se consideram os pagamentos à vista. O ciclo financeiro (ciclo de caixa) começa no pagamento aos fornecedores e vai até o recebimento do valor das vendas. É todo o período entre o desembolso para adquirir matérias-primas ou mercadorias e o recebimento de dinheiro pela venda do produto acabado, dos serviços ou das mercadorias. É justamente para cobrir esse período que a empresa precisa de capital de giro. Dentro de cada um desses ciclos, há os prazos. Existem três tipos de prazo muito importantes para a gestão financeira, e você deve conhecê-los e considerá-los em suas decisões: o prazo médio de estoques (PME), o prazo médio de recebimentos (PMR) e o prazo médio de pagamentos (PMP).
  • 49. Controlando o giro de caixa Figura 03: Demonstração Visual dos Ciclos Operacional, Econômico e Financeiro da Empresa.
  • 50. Controlando o giro de caixa Prazo médio de estoques (PME) Para identificar o prazo médio de estoques, você precisa saber o valor do seu estoque final: Você terminou o período com quanto de estoque? O valor de estoque deve ser dividido pelo valor de compras do período, e o resultado, multiplicado pelo nú- mero de dias do período. Você pode calcular um índice anual, absorvendo, assim, períodos de sazonalidade e evoluções:
  • 51. Controlando o giro de caixa Prazo médio de recebimentos (PMR) É o tempo médio entre a venda e o recebimento. Você pode usar um sistema de gestão que forneça o índice para esse prazo. Mas também pode obtê-lo por meio de uma equação. Para a equação, o primeiro dado é o valor das contas a receber: Ao final do período, qual é o valor que você tem para receber dos clientes? Esse valor das contas a receber deve ser dividido pelo valor total das vendas realizadas, e o resultado, multi- plicado pelo número de dias do período. Também nesse caso, você pode calcular o índice anual, que representa, inclusive, períodos de sazonalidade e, por isso, fornece uma média mais completa:
  • 52. Controlando o giro de caixa Prazo médio de pagamentos (PMP) É o prazo médio que a empresa tem para pagar suas contas. Em geral, a empresa tem 30 dias para pagar as despesas fixas. No entanto, para o pagamento aos fornece- dores, pode existir outra dinâmica. Como já foi dito, cada fornecedor oferece diferentes condições de paga- mentos: alguns exigem pagamento à vista, outros dão prazos maiores ou menores. Então, para conhecer o PMP, você precisa saber primeiro o valor das contas a pagar aos fornecedores: Ao final do período, qual é o valor que você deve para os fornecedores? Esse valor das contas a pagar aos fornecedores deve ser dividido pelo valor total de compras, e o resultado, multiplicado pelo número de dias do período. Se quiser ter um índice que dê conta também de períodos com mais ou menos estoque ou com oscilação nas vendas, por exemplo, você pode calcular o índice anual:
  • 53. Controlando o giro de caixa Necessidade de capital de giro Como já foi dito, o ciclo financeiro é o período no qual é preciso custear a empresa. É o período em que você já fez pagamentos aos fornecedores, mas ainda não recebeu de todos os clientes. É o capital de giro que banca a empresa durante o ciclo financeiro ou ciclo de caixa. Para conhecer esse período que precisa ser coberto pelo capital de giro, você deve subtrair o prazo médio de pagamentos do ciclo operacional. Por exemplo, sua empresa pode ter um ciclo operacional de 60 dias: entre a compra de mercadorias ou matérias-primas e o recebimento dos clientes se passam 60 dias. Mas, para pagar aos fornecedores, você tem 30 dias. Então o ciclo financeiro da sua empresa é de 30 dias.
  • 54. Controlando o giro de caixa Resumindo: ciclo financeiro = PME + PMR – PMP. Dessa forma, você identifica por quantos dias precisa ter dinheiro para fazer pagamentos antes de receber dos clientes. Multiplicando o número de dias do ciclo financeiro pela média diária de custos (despesas), você saberá quanto recurso precisa investir para sustentar a empresa nesse período – você saberá a necessidade de capital de giro (NCG) da empresa. Até aqui, este capítulo já mostrou que o capital de giro é o recurso disponível no caixa da empresa para manter ou sustentar suas operações desde o desembolso para o fornecedor até o recebimento pelas ven- das. Você deve utilizar o capital de giro conforme as necessidades financeiras da sua empresa. Agora, faça as atividades a seguir, para praticar os conteúdos apresentados.
  • 55. Controlando o giro de caixa Atividade 4.1 Um empresário compra mercadoria para pagar em 35 dias (PMP) e vende seus produtos dando um prazo de pagamento de 70 dias para os clientes (PMR). Além disso, passam-se 85 dias entre a compra da mercadoria até o momento em que ela é vendida. Portanto, o prazo médio de estoques é de 85 dias (PME). Qual é o ciclo financeiro (ciclo de caixa) da empresa? a) 120 dias b) 85 dias c) 102 dias
  • 56. Controlando o giro de caixa RESPOSTA: Está correta a alternativa a (120 dias). O cálculo do ciclo financeiro é: PME + PMR – PMP = 85 + 70 – 35 = 120. Atividade 4.2 Caso o mesmo empresário consiga aumentar o prazo médio de pagamentos das compras de 35 para 45 dias, como ficará o ciclo financeiro? a) 120 dias b) 95 dias c) 110 dias
  • 57. Controlando o giro de caixa RESPOSTA: Está correta a alternativa c (110 dias). Com o novo PMP, o cálculo do ciclo financeiro passa a ser: PME + PMR – PMP = 85 + 70 – 45 = 110. Atividade 4.3 Ainda no mesmo caso, se o prazo de recebimento dos clientes passar a ser de 50 dias (e não 70), como ficará o ciclo financeiro? a)112 dias b) 90 dias c) 115 dias
  • 58. Controlando o giro de caixa RESPOSTA: Está correta a alternativa b (90 dias). Com essa segunda mudança, agora no PMR, o cálculo do ciclo financeiro passa a ser: PME + PMR – PMP = 85 + 50 – 45 = 90. Mudando o giro de caixa Preste atenção aos resultados obtidos pelo empresário mostrado nas atividades. Observe que aumentar o prazo de pagamento (PMP) não foi tão eficaz quanto diminuir o período médio de recebimento (PMR). Com a diminuição do período médio de cobrança, os ciclos operacional e financeiro ficaram menores, ou seja, o período entre a data da compra de mercadorias até o recebimento diminuiu. Assim, o empresário pôde girar o caixa mais vezes. Veja: Giro de caixa = 360 ÷ ciclo financeiro
  • 59. Controlando o giro de caixa No primeiro cenário, o caixa girava três vezes, pois GC = 360 ÷ 120 = 3 giros. Com a mudança nos prazos de recebimento e pagamento, o ciclo financeiro ficou menor e o giro de caixa aumentou, pois GC = 360 ÷ 90 = 4 giros. Assim, em vez de o caixa girar três vezes ao ano, ele passou a girar quatro vezes. Atenção Quanto maior o giro de caixa, menor a necessidade de recursos financeiros para dar suporte às operações, e, com isso, o lucro da empresa aumenta. Isso acontece porque a empresa passa a não precisar do limite da conta-corrente e a pagar os boletos em dia. Ela deixa de precisar de financiamento para capital de giro. Assim, não é necessário reduzir a margem de lucro para cobrir despesas financeiras oriundas da falta de controle e de gestão financeira. Faça os cálculos dos ciclos da sua empresa e verifique se você precisa fazer algum ajuste para aumentar o giro de caixa de seu negócio!
  • 60. Controlando o giro de caixa Fontes de capital de giro Fazendo os cálculos do ciclo financeiro do caixa e do giro de caixa de sua empresa, você pode identificar a necessidade de ter mais recursos como capital de giro. Existem várias fontes nas quais você pode obtê-lo, basta analisar bem as alternativas antes de fazer sua escolha: • Capital próprio: para melhorar ou ampliar o negócio, é comum dar prioridade para o investimento e não para o capital de giro. Dessa forma, a empresa fica com máquinas e móveis novos, por exemplo, mas sem capital para pagamentos. Nessa situação, você deve providenciar o capital necessário rapidamente, ou as faltas de mercadorias e os atrasos de pagamentos virão à tona. Se a empresa tiver sócios com a possibilidade de fornecer capital, essa é a melhor fonte. Quando o sócio entra com o dinheiro, a empresa paga a ele participação no lucro. Não é como no empréstimo, que cobra juros altos.
  • 61. Controlando o giro de caixa • Capital dos parceiros: os prazos das compras e das vendas geram necessidade de capital de giro, mas você pode ajudar sua empresa! Uma forma de fazer isso é negociar, com os fornecedores, prazos mais longos para pagamentos e, com os clientes, prazos mais curtos para recebimento. Fazendo essa negociação, você diminuirá o tempo em que sua empresa fica “financeiramente descoberta”. • Empréstimo bancário: é a forma mais usada, mas também a mais cara. Tanto os juros quanto o prazo de quitação pressionam a operação da empresa. Existem várias opções de empréstimo oferecidas pelos ban- cos, com custos e prazos diferentes para financiamento de capital de giro. Se não houver alternativa e você tiver de utilizar um empréstimo bancário, é importante escolher o banco e a opção de financiamento mais convenientes. Isso requer tempo para pesquisa e negociação.
  • 62. Controlando o giro de caixa Cuidados com empréstimos Conhecer com antecedência quanto e quando você necessitará de capital de giro não é só uma questão de organização, mas uma forma de se planejar. Assim você pode obter capital de giro de acordo com as condições que sua empresa pode suportar. Saber como pagar os empréstimos permite que você negocie com segurança antes de assumir qualquer compromisso. Fazer empréstimo não é o fim do processo, é o início. Se pensar que conseguir um empréstimo é resolver o problema, você pode criar um problema ainda maior. Tenha cuidado para não acabar em uma bola de neve! Para diminuir os riscos, você precisa primeiro ter certeza de que o empréstimo será suficiente para as ne- cessidades de sua empresa. Depois, certificar-se de que sua empresa conseguirá pagar o financiamento. Isso deve ser feito todos os dias, enquanto durar o empréstimo.
  • 63. Controlando o giro de caixa Autofinanciamento é uma solução Nada vem por acaso, muito menos dinheiro. Embora seja uma verdade incontestável, não significa que a captação de dinheiro deva depender de fontes externas. Como acabamos de ver, ter recursos próprios é sempre a melhor forma de manter a empresa a salvo dos juros cobrados em empréstimos externos. Surge, então, uma modalidade de obtenção de recursos chamada de autofinanciamento. O nome já sugere o seu significado, e realmente não é nada diferente do que parece. De forma bastante resumida, autofinanciar equivale a elaborar estratégias que permitem o negócio ser autossustentável, sem que precise do apoio externo para financiar suas atividades.
  • 64. Controle e análise de estoques Este capítulo mostra o impacto do estoque no ciclo financeiro e no giro de caixa das empresas. Você aprenderá a analisar o estoque da sua empresa, para não deixar que o estoque parado se torne um risco para as suas finanças. O estoque tem um papel importante para o sucesso do negócio, ainda mais em época de crise. Agora, mais do que nunca, você precisa estar atento às suas mercadorias, para descobrir se haverá uma queda no giro do estoque e qual será o comportamento de compra de seus clientes, para adaptar sua empresa aos novos hábitos de compras das pessoas. Uma boa gestão de estoque passa por equilibrar compras, armazenagem e entregas, controlando as entradas e o consumo de materiais, movimentando o ciclo da mercadoria. Além disso, deve ter como objetivo um prazo de pagamento dos fornecedores compatível com os recebimentos dos clientes.
  • 65. Controle e análise de estoques Giro de estoque Um dos indicadores de desempenho mais relevantes para a gestão do estoque é o já mencionado giro de estoque. Para que esse indicador possa evoluir, é preciso estar atento a todos os aspectos que podem ajudar ou prejudicar a velocidade do giro, como: • A compra • A organização do estoque • A exposição dos produtos • As promoções • O atendimento • A entrega
  • 66. Controle e análise de estoques Inventário Para organizar, a movimentação de estoque deve ser sistematizada por meio de normas de entrada e saída. É nesse contexto que entra em cena o controle físico e financeiro de estoque, com o objetivo principal de trazer informações sobre a quantidade disponível de cada item e seu correspondente valor financeiro. Você pode criar tabela padronizada com todos os itens que compõem o seu estoque, personalizando-a de acordo com as suas necessidades. Mas é interessante incluir alguns pontos básicos, além do preço, como: o nome da mercadoria, a quantidade e, claro, a sua categoria. O inventário permite: • Saber quais itens tem no estoque e as quantidades de cada um. • Prever qual produto vai faltar e qual vai sobrar. • Conhecer mais o seu cliente e saber quais são seus gostos e hábitos de consumo. • Planejar-se com antecedência. • Evitar prejuízos.
  • 67. Controle e análise de estoques Curva ABC Um bom controle de estoque permite ao gestor calcular o giro das mercadorias e aperfeiçoar o processo de compras, diminuindo a pressão sobre o capital de giro da empresa. Implantar esse controle também viabiliza a classificação dos produtos utilizando-se de uma ferramenta conhecida como Curva ABC, que se baseia na premissa de que, em geral, 80% das consequências são diretamente influenciadas por apenas 20% das causas. O objetivo desse método de classificação é, portanto, identificar os itens de maior impacto para os resultados da empresa a partir de indicadores como: • Giro de estoque • Lucratividade • Representatividade no faturamento
  • 68. Controle e análise de estoques De acordo com a mesma lógica, a falta de controle impossibilita ao gestor conhecer o consumo médio dos materiais e pode fazer a empresa comprar mais do que o necessário, aumentando, de maneira desnecessária, o uso de capital de giro. Figura 04: Demonstração Gráfica da Curva ABC para o indicador de Receita.
  • 69. Controle e análise de estoques Gerenciamento de estoque Muitos empresários pensam que ter estoque sobrando para atender a pronta entrega é sinônimo de suces- so. Mas é preciso cuidado! Manter um estoque alto pode criar um problema sério para a empresa.
  • 70. Controle e análise de estoques O gerenciamento de estoque é muito importante porque afeta o prazo médio de estoques (PME) e, conse- quentemente, o ciclo operacional da empresa. Quanto maior o ciclo operacional, maior o ciclo financeiro. Nesse sentido, a boa gestão financeira deve contar também com a adoção de medidas que encurtem o PME, por exemplo: • Não ter estoque em excesso. • Utilizar o acondicionamento correto do estoque para não haver perda nem danos à mercadoria ou maté- ria-prima. • Planejar a reposição do estoque de maneira a não ficar com produtos parados por períodos desnecessários. Quando o empresário consegue diminuir o PME, automaticamente, ele diminui os ciclos operacional e finan- ceiro. Com um ciclo financeiro menor, cai também a necessidade de aplicar recursos no capital de giro, ou seja, cai a quantia de dinheiro necessária para financiar o capital de giro.
  • 71. Controle e análise de estoques Como gerenciar o estoque Ao comprar matéria-prima para a produção de mercadorias, é preciso tirar dinheiro do caixa da empresa. E produtos em estoque (ainda não foram vendidos) significam dinheiro parado. Quando mal gerenciado, o estoque da empresa pode ser maior do que ela precisa, por causa de ineficiência operacional. Isso acarreta capital empatado, capital investido desnecessariamente. Por isso, dar mais efici- ência ao gerenciamento do estoque diminui o recurso investido nesse setor da empresa, liberando-o para outras áreas. Por essa razão, estoque alto pode ser uma armadilha! Para evitar que produtos fiquem parados e interfiram no capital de giro, é importante avaliar a forma como você administra o estoque. Veja algumas dicas: • Lembre-se sempre de que o estoque da empresa é flexível e pode ser ajustado. • Quando estimar as mudanças de estoque, considere as metas da empresa.
  • 72. Controle e análise de estoques • Quanto menor a previsão de vendas, menor deve ser o volume estocado. Mas, se o volume de vendas for aumentar, isso exigirá maior volume de produtos estocados ou a implantação de um processo de controle dos estoques em relação à sua produção, como exemplo o “Just in Time”. Sua meta é melhorar continua- mente o processo produtivo por meio da redução de estoques. • Para vender mais rápido mercadorias paradas, você pode fazer uma promoção, por exemplo. • Se não tem previsão de grande venda (ou de produção), você não precisa manter estocado grande quan- tidade de produtos (ou de insumos). Isso não faria nenhum sentido!
  • 73. Controle e análise de estoques Para uma gestão de estoque bem-feita, não basta analisar os números da sua empresa. Existem situações diversas, que podem exigir maior flexibilidade dos estoques, sobretudo em empresas com demanda variável. Da mesma maneira, manter o estoque mais baixo nem sempre é a decisão mais acertada. Para descobrir isso, devem ser avaliadas algumas variáveis: • Matérias-primas e insumos: pode haver necessidade de aumentar o estoque em períodos de entressafra ou para aproveitar oportunidades de compra. • Materiais em processo: pode haver necessidade de aumentar a quantidade de materiais em processo para atender a uma demanda variável. Por exemplo, atender um cliente que, em um dia, deseja 100 pro- dutos e, no outro, 500. • Produto acabado: pode haver necessidade de aumentar a quantidade de produtos acabados para aten- der à demanda variável.
  • 74. Controle e análise de estoques
  • 75. Controle e análise de estoques Para decidir se é melhor ou não aumentar o estoque, você deve avaliar o custo do estoque adicional. Por exemplo, se um fornecedor der melhores condições (menor custo) para maiores volumes de compra, você precisa analisar o que é maior: o custo financeiro do estoque adicional ou as vantagens obtidas por comprar do fornecedor a um custo mais baixo. Se o custo da mercadoria compensar o custo do capital, então a melhor decisão será o investimento em estoques adicionais, com benefício do custo menor. Para entender melhor como a análise de estoque pode levar a decisões mais vantajosas para a empresa, conhe- ça o caso de Clara, que tem uma loja de cortinas. Para atender à demanda da loja por três meses, 500 metros de tecido são suficientes. Ao verificar o estoque, Clara percebeu que precisava comprar apenas 200 metros, mas encomendar 500 metros de uma única vez ficaria muito mais em conta do que comprar em partes. Para equilibrar os dois lados, Clara propôs um acordo a seu fornecedor: comprar 200 metros naquele mês e se comprometer a comprar o restante nos dois meses seguintes. Dessa forma, ela evitará comprar e pagar de uma vez só os 500 metros de tecido que serão usados somente entre 60 e 90 dias.
  • 76. Controle e análise de estoques Esse é um exemplo de adaptação que pode ser feita pelo empresário, e que deve ser lançada no fluxo de caixa da empresa. Este capítulo mostrou que o estoque com mercadorias ou matérias-primas paradas é um dos fatores que mais impacta o ciclo financeiro. Você deve fazer o gerenciamento do estoque de acordo com as metas da empresa. Quanto menor a previsão de vendas (ou de produção), menor deve ser o volume estocado de mercadorias (ou de insumos). Se você não tem previsão de grandes demandas no futuro próximo, para que manter um grande estoque? Agora, faça a atividade a seguir para praticar um pouco a análise de estoques.
  • 77. Controle e análise de estoques Atividade 5.1 Arlindo, proprietário da Bela Costura, contrata o serviço de um fornecedor há 20 anos. Ele compra tecidos, com frete gratuito por ser cliente antigo. Porém, ao verificar o volume de seu estoque, Arlindo encontrou te- cidos que estavam parados havia 1 ano. E isso, de certa forma, gera prejuízo para a Bela Costura. O problema é que o fornecedor só vende mais de 1.000 metros! Escolha a alternativa que representa a melhor decisão financeira para a Bela Costura nesse momento: a) Os tecidos que estão parados no estoque há 1 ano provavelmente já saíram de moda. Então, para não perder a clientela vendendo produtos ultrapassados, Arlindo deve se desfazer deles, talvez vendendo para outra empresa. b) Arlindo deve entrar em contato com seu fornecedor e propor um acordo. Ele pode continuar compran- do os 1.000 metros de tecido, mas em partes, conforme o consumo. c) Mesmo sendo cliente desse fornecedor há 20 anos, Arlindo deve procurar outro. É melhor recomeçar tudo com um fornecedor novo do que ter de superlotar seu estoque sem precisar.
  • 78. Controle e análise de estoques RESPOSTA: Está correta a alternativa b (Arlindo deve entrar em contato com seu fornecedor e propor um acordo. Ele pode continuar comprando os 1.000 metros de tecido, mas em partes, conforme o consumo). A melhor forma de redimensionar o capital de giro nesse caso é tentar um acordo com o fornecedor de longa data. Assim, o estoque não fica com produtos parados, e Arlindo não precisa fazer empréstimo para pagar as contas. Sendo cliente há 20 anos, é provável que o fornecedor confie em Arlindo e leve isso em consideração ao analisar a proposta dele.
  • 79. Controle e análise de estoques Dica Reorganizar o estoque não é algo muito complicado: o importante é não acumular materiais ou mercadorias que não serão utilizados em curto prazo.
  • 80. Como reduzir a necessidade de capital de giro Este capítulo apresenta decisões pertinentes à gestão financeira: formação de reserva financeira, redução do ciclo financeiro, alongamento do perfil da dívida, substituição de passivos, redução da inadimplência, dos custos e das despesas. Essas ações são capazes de reduzir a necessidade de capital de giro da sua empresa. O que é necessidade de Capital de Giro? Antes de qualquer coisa, você precisa entender claramente o que é Necessidade de Capital de Giro e como chegar nessa métrica dentro da sua realidade. Necessidade de Capital de Giro é a quantidade de Capital necessária para financiar a operação diária do seu negócio. Em outras palavras, é o dinheiro que você precisa para pagar todas as contas do seu negócio e mantê-lo funcionando. No capital de giro entram todas as variáveis financeiras que movimentam o dia a dia do negócio.
  • 81. Como reduzir a necessidade de capital de giro Dá uma olhada: • Vendas à vista e vendas a prazo (contas a receber); • Caixa Disponível; • Pagamentos a fornecedores de matéria prima, serviços e mercadorias; • Estoques de matéria prima ou produtos para comercialização; • Impostos a pagar; • Despesas a pagar (energia, salários, telefones, etc.) A necessidade de capital de Giro é a diferença entre as contas do seu Ativo Circulante (Vendas à vista e a prazo, Caixa, estoques) e as contas do seu Passivo Circulante (Contas a Pagar, principalmente, mas também empréstimos, salários da sua equipe, impostos). Com a Necessidade de Capital de Giro você sabe quanto precisa ter em caixa para pagar suas contas sem depender de capital externo ou sem a realização de aportes dos sócios.
  • 82. Como reduzir a necessidade de capital de giro Assim, para ter uma Necessidade de Capital de Giro bem mapeada e um Capital de Giro estruturado é necessário ter alguns controles e implementar algumas rotinas de gestão em contas com impacto financeiro. Agora vamos falar um pouco mais delas. Principais impactos Antes de começarmos, já gostaria de destacar alguns pontos sobre o Capital de Giro: • Toda empresa que vende a prazo precisa de recursos para financiar seus clientes; • Toda empresa que mantém estoque de matéria-prima ou de mercadorias precisa de recursos para financiá-lo; • Quando a empresa compra a prazo (matéria-prima ou mercadorias) significa que os fornecedores financiam parte ou todo o estoque; • Quando a empresa tem prazos para pagar as despesas (impostos, energia, salários e outros gastos) significa que parte ou o total dessas despesas é financiada pelos fornecedores de serviços.
  • 83. Como reduzir a necessidade de capital de giro Com isso fica claro que a gestão dos seus prazos de pagamento e recebimento impacta diretamente seu capital de giro. Esta dinâmica impacta o que chamamos de ciclo financeiro, que é o período em que sua empresa fica “a descoberto”, após o pagamento dos seus fornecedores, até o recebimento dos seus clientes. Para se ter toda essa informação disponível é importante ter um controle do Fluxo de caixa dentro da realidade do negócio, de forma muito bem estruturada e atualizada, pois só assim você terá a informação fidedigna sobre recebimentos e pagamentos para tomada de decisão. Concorda? Despesas e custos, receitas e estoque influenciam diretamente na sua necessidade de capital de giro e devem estar a todo momento no radar com trabalhos constantes em desenvolvimento para melhoria e otimização. Você deve estar pensando “Beleza! Já sei o que impacta meu capital de giro, mas o que eu posso fazer para melhorar?” Não precisa se preocupar com isso mais! Aqui listamos algumas formas de agir para melhorar a gestão do seu capital de giro e reduzir a sua Necessidade de Capital.
  • 84. Como reduzir a necessidade de capital de giro Como melhorar a gestão das alavancas Vamos começar por um ponto crítico em pequenas empresas e que, de acordo com a nossa experiência, gera um desconforto e preocupação constantes nos gestores. O Ciclo Financeiro é um dos principais pontos em uma boa gestão de Capital de Giro e é onde a maioria das empresas, especialmente as de pequeno porte, falham, deixando esses prazos de lado. Seu controle é imprescindível para um controle eficaz do capital de giro. Via de regra, os gestores deixam os prazos de pagamento na mão de seus fornecedores, se apertando para realizar pagamentos ou pagando juros em caso de atrasos, evitando qualquer tipo de negociação por receio ou não confiança que vão surtir algum efeito positivo. Uma notícia para você: o “NÃO” você já tem! A maioria dos fornecedores tem esse tipo de flexibilidade e consegue reorganizar alguns prazos de acordo com necessidades emergenciais de caixa. Uma dica: não deixe essas renegociações virarem o padrão. Caso perceba que isso vai ocorrer, sente com o seu fornecedor para um renegociação de prazo ou até de contrato.
  • 85. Como reduzir a necessidade de capital de giro Outro ponto é a realização de vendas a prazo sem nenhum tipo de controle, impactando diretamente no caixa disponível e no capital necessário para reposição de mercadorias e pagamento de fornecedores. Esses prazos devem ser bem calculados, pois, quando você vende a prazo, precisa ter capital para financiar o negócio enquanto não recebe; no caso de produtos, isso quer dizer comprar mais sem ter recebido a venda que foi feita. É muito importante a gestão do Ciclo financeiro do seu negócio. Ele deve estar no seu radar a todo momento, acompanhando se o caixa que está disponível e o que se tem a receber bastam para quitação dos compromissos do negócio. Em caso de identificação de incapacidade de pagamento, é necessário renegociar os prazos com os fornecedores com antecedência ou alterar os planos de recebimento junto aos clientes. Um ponto de muita importância é trabalhar constantemente pela redução das despesas e custos do negócio. Para isso, é importante que se desenvolva uma análise profunda dessas contas para entender onde os cortes podem ser realizados sem impacto na qualidade de entrega. Recomendamos a utilização do PDCA juntamente com as suas ferramentas, como Pareto e Espinha de Peixe.
  • 86. Como reduzir a necessidade de capital de giro Por último e não menos importante, é necessário fazer a gestão de estoque. Uma gestão de estoque mal feita impacta diretamente no seu Caixa, que por sua vez impacta no seu Capital de Giro: mercadoria parada em estoque é dinheiro parado no estoque, tanto de matéria prima quanto de produto finalizado. Não adianta aproveitar aquele super preço do seu fornecedor se esse produto vai ficar parado no seu estoque. Ou, ao invés de comprar 10, comprar 20, pois o preço é melhor, se o produto não tiver giro suficiente que justifique a compra adicional.
  • 87. Como reduzir a necessidade de capital de giro Política de crédito A política de crédito adotada em uma empresa inclui a definição do prazo dado ao cliente para o pagamento. Ela afeta diretamente a necessidade de capital de giro, pois quanto maior o prazo para o cliente, maior o ciclo financeiro, o que acaba resultando em maior necessidade de capital de giro. Para definir uma política de crédito adequada para o bom andamento de sua empresa, você precisa avaliar o prazo médio de recebimentos e o prazo médio de pagamentos e, a partir disso, verificar como as condições que você oferece para os clientes impactam o ciclo financeiro e o capital de giro. Você deve calcular quantos dias aquelas condições aumentam no ciclo financeiro e o quanto isso acrescenta na necessidade de capital de giro. Também é preciso avaliar se você tem onde buscar recursos para sustentar esse aumento. É preciso analisar todos esses aspectos antes de definir a política de crédito da empresa.
  • 88. Como reduzir a necessidade de capital de giro
  • 89. Como reduzir a necessidade de capital de giro Formação de reserva financeira Para reduzir a necessidade de capital de giro da empresa, é preciso planejamento. Com o planejamento ade- quado, você conseguirá se antecipar às possíveis necessidades de investimentos adicionais no capital de giro. Isso pode ser feito por meio de reserva de recursos obtida com retenção dos lucros. Você pode guardar re- cursos para passar pelos períodos nos quais haverá maior necessidade de capital de giro. Entre as várias formas de financiar o capital de giro, a melhor é usar os lucros da empresa, reter lucros para formar uma reserva financeira. Dica Para aprofundar o seu conhecimento sobre Reserva Financeira / Reserva de Emergência leia o artigo “RESERVA DE EMERGÊNCIA: O maior aliado do seu bem estar financeiro!” no blog do O DIFUSOR no link a seguir: https://contatoodifusor.wixsite.com/odifusor/blog.
  • 90. Como reduzir a necessidade de capital de giro Redução do ciclo financeiro Outra forma de diminuir a necessidade de capital de giro é reduzir o ciclo financeiro (ou ciclo de caixa). Para isso, você precisa diminuir o ciclo operacional. Como o ciclo operacional é composto por prazo médio de estoques e prazo médio de recebimentos, quanto menores forem esses prazos, menor será o ciclo operacional. Por outro lado, quanto maior o prazo médio de pagamentos, menor o ciclo financeiro. Assim, para ter um ciclo financeiro menor e reduzir investimentos em capital de giro, você deve buscar: • reduzir o prazo médio de estoques. • reduzir o prazo médio de recebimentos. • aumentar o prazo médio de pagamentos.
  • 91. Como reduzir a necessidade de capital de giro Alongamento do perfil da dívida Se você não fez o planejamento necessário, e sua empresa chegou a um estágio em que não tem os recursos necessários para honrar obrigações e compromissos como pagamento de fornecedores ou de funcionários, uma saída é negociar com os fornecedores um prazo maior para o pagamento de suas dívidas. Mas lembre-se de que dessa forma você apenas apagará o incêndio! Para resolver a questão, você precisa gerenciar melhor o ciclo financeiro e a necessidade de capital de giro da empresa. Atenção Prolongar uma dívida resolve o problema pontualmente. Com prazo maior para pagar um compromisso já assumido, você conseguirá diminuir a febre, mas não curar a doença.
  • 92. Como reduzir a necessidade de capital de giro Substituição de passivos Substituir uma dívida cara por uma mais barata também é uma forma de reduzir a saída de recursos do caixa e, consequentemente, a necessidade de capital de giro. Você pode avaliar a possibilidade de antecipar rece- bíveis, utilizar o limite bancário ou até contrair empréstimos, por exemplo. Redução da inadimplência A inadimplência aumenta a necessidade de capital de giro porque aumenta o prazo médio de recebimentos. De acordo com a política de crédito definida na empresa, ela tem um prazo médio de recebimentos consi- derado normal. Contudo, se há um alto índice de inadimplência, esse prazo médio de recebimentos acaba ficando maior que o desejado. Consequentemente, os ciclos operacional e financeiro também aumentam. Por isso, controlar a inadimplência também é uma forma de reduzir investimento em capital de giro. Você precisa adotar uma política de análise de crédito, ou seja, maneiras de analisar a capacidade do clien- te de honrar as obrigações de pagamento. Isso deve ser feito antes de oferecer formas de pagamento aos clientes.
  • 93. Como reduzir a necessidade de capital de giro Além disso, você pode estimular formas de vendas que não geram risco de inadimplência, como o cartão de crédito ou débito ou o ticket. Elas não geram risco de inadimplência, pois é garantido que você receberá da operadora, apenas haverá impacto no prazo médio de recebimentos. Redução dos custos e das despesas Como a necessidade de capital de giro é calculada a partir do ciclo financeiro e da média diária de custos e despesas, reduzir custos e despesas leva à redução da necessidade de capital de giro. Para fazer isso, porém, você precisa analisar se os cortes não causarão problemas operacionais na empresa.
  • 94. Como reduzir a necessidade de capital de giro Atenção Existem várias formas de financiar o capital de giro. Você pode usar os lucros que a empresa gerar, essa é a melhor saída. Mas também é possível negociar novos prazos com fornecedores, utilizar o limite bancário, contrair empréstimos e cortar despesas, por exemplo. O fundamental é avaliar as possíveis fontes de capital de giro e os custos dessas fontes, para buscar aquela que tiver o menor custo. Apenas dessa forma é possível reduzir despesas financeiras e, automaticamente, melhorar o caixa.
  • 95. Todo empreendedor quer saber Para finalizar, este capítulo traz algumas dúvidas comuns entre empreendedores que buscam fazer uma boa gestão financeira. É provável que algumas delas estejam em sua mente agora mesmo. Então, veja as respos- tas e se prepare para tornar sua empresa mais competitiva! Se minha empresa está no vermelho, devo pedir um empréstimo para cobrir os gastos? Se a empresa está no vermelho, se falta caixa para honrar as obrigações financeiras, é preciso apagar o incên- dio. Então, você deve buscar recursos de alguma fonte para que a empresa continue suas operações. Busque sempre o dinheiro mais barato, a fonte com menor custo. Porém, não esqueça que o mais importante é identificar a causa dessa situação e agir sobre ela. Não ter caixa para honrar os compromissos pode estar relacionado ao ciclo financeiro, por exemplo. Pedir um empréstimo pode ajudar a resolver a questão momentaneamente, apenas apagar o incêndio. Ele não é garantia de que você resolverá o problema.
  • 96. Todo empreendedor quer saber Como faço para saber se preciso de mais capital de giro? Para identificar necessidades adicionais de capital de giro, você deve manter a gestão do ciclo financeiro e avaliar bem o ciclo operacional, buscando identificar possíveis mudanças nos períodos seguintes. Identificar mudanças com antecedência permitirá que você faça um planejamento mais correto, buscando o dinheiro mais barato para financiar um investimento adicional. Como faço para aumentar o dinheiro em caixa? O primeiro passo é fazer uma avaliação diagnóstica para identificar a causa da falta de caixa. O segundo é adotar medidas pontuais e urgentes para resolver o problema. Por exemplo, para vender mercadorias paradas no estoque, você pode fazer uma promoção. Você também pode dar descontos para os clientes que pagarem à vista ou em poucas parcelas. Outra possibilidade é rene- gociar compromissos financeiros alongando o prazo para pagamento e, assim, ajudando a geração de caixa. Se for o alto índice de inadimplência a causa da falta de caixa, rever o sistema de cobrança e de concessão de crédito a clientes pode ajudar.
  • 97. Todo empreendedor quer saber Outra saída pode ser gerar mais caixa para a empresa, diminuir a necessidade de capital de giro por meio da diminuição do ciclo financeiro, ou seja, por meio da redução dos recursos investidos no estoque, do aumento do giro de caixa, de uma boa gestão de estoque e de vendas, da diminuição do prazo médio de recebimentos, do aumento do prazo médio de pagamentos etc. Que estratégias posso adotar para controlar melhor o meu estoque? Para melhorar o gerenciamento de estoque, você precisa melhorar o controle. É importante conhecer quais produtos têm maior giro. Por exemplo, se você tiver um mix de produtos, pode reduzir esse mix e, assim, diminuir o investimento em capital de giro. Você também pode adotar medidas para ter estocagem correta. Por exemplo, prospectar fornecedores mais eficientes, que tenham menor prazo de entrega e, assim, possibilitem que você tenha estoques de segurança menores. Ações como essas permitirão um gerenciamento melhor do estoque, na medida em que você saberá o esto- que necessário para manter as operações da empresa.
  • 98. Todo empreendedor quer saber Promoções-relâmpago são uma boa maneira de aumentar o dinheiro em caixa? Promoções não envolvem somente desconto para os clientes. Elas podem envolver, por exemplo, ações que aumentem a saída dos produtos que possuem giro baixo na empresa. Contudo, oferecer desconto para os clientes pode gerar caixa imediato, mas também comprometer os resul- tados futuros da empresa. Em geral, os produtos que precisam ter descontos para serem vendidos são aqueles que estão empatados no estoque, ou seja, que saíram de linha ou não tiveram muita aceitação. Avalie essas questões e tenha em mente que gerar caixa imediato por meio de descontos pode comprometer os resultados futuros da empresa.
  • 99. Todo empreendedor quer saber As finanças do meu negócio vão bem quando meu caixa gira muitas vezes por ano? Somente aumentar o giro de caixa não faz que a empresa tenha resultados melhores, tenha mais caixa. São necessárias outras ações, como precificação correta, análise das despesas fixas, do volume de vendas e do ponto de equilíbrio. Mas certamente aumentar o giro de caixa diminui a necessidade de capital de giro e, assim, contribui para a geração de caixa. Quais são os principais equívocos que os empresários cometem na gestão de seus negócios? Sem dúvida, a má gestão financeira é um dos maiores causadores da mortalidade das empresas. Não conhe- cer os resultados da empresa, a dinâmica do capital de giro, o quanto é preciso investir para sustentar as ope- rações da empresa, a representatividade dos custos e das despesas em relação ao faturamento, o volume de vendas necessário para atingir o equilíbrio financeiro etc. faz que o empresário tome decisões equivocadas, gerando o fechamento da empresa.
  • 100. Todo empreendedor quer saber Dica A maioria das pessoas foge de questões que envolvem números e finanças. Mas é por meio dos números que sua empresa fala com você. Tudo de que ela precisa é mostrado nos dados financeiros – receitas e despesas, prazos, parcelamentos etc. Fazer uma gestão financeira correta é fundamental para o futuro do seu empreendimento.
  • 101. Todo empreendedor quer saber Este curso mostrou como colocar em prática os instrumentos de gestão financeira, manejar os prazos de pagamentos e recebimentos, mudar o ciclo financeiro de sua empresa e tomar decisões para diminuir a ne- cessidade de capital de giro. Agora, você tem as informações necessárias para fazer uma gestão financeira eficaz: o controle de fluxo do caixa, a projeção do caixa, a análise do capital de giro e o gerenciamento de estoques. Faça os controles apre- sentados aqui e tenha ferramentas para gerenciar melhor seus recursos. Não deixe seu capital imobilizado!
  • 102. Continue... Ser empreendedor é ser amante dos seus sonhos e trabalhar para torná-los realidade. Ser empreendedor é ser um explorador, sedento por novas descobertas. Portanto, não desacredite dos seus sonhos, não tenha medo de desbravar o desconhecido, não abandone a sua missão. Se você algum dia sonhou que poderia tornar realidade, é porque você pode de fato fazê-lo. “O sucesso não é necessário para a felicidade. A felicidade é necessária para o sucesso. Se você ama o que faz, você terá sucesso.” Albert Schweitzer
  • 103. Anexos 1. (PLANILHA) Controle e Acompanhamento de Fluxo de Caixa; 2. CATEGORIAS Plano de Contas Financeiro; 3. (PLANILHA) Cálculo do Capital de Giro; 4. (PLANILHA) Controle e Planejamento de Estoque; 5. (PLANILHA) Cálculo do Preço de Venda; 6. (PLANILHA) Cálculo de Ganho Unitário; 7. (PLANILHA) Demonstrativo do Resultado; 8. (PLANILHA) Apuração de Resultados; 9. (VIDEOS) Videos de Apoio: A. Como funciona o capital de giro; B. Manter as finanças em ordem; C. Você sabe como calcular o preço de venda e aumentar seu lucro?; D. Fluxo de caixa – como organizar as contas e registrar entradas e saídas.