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União soviética na Guerra Fria
A União Soviética saiu da Segunda Guerra Mundial totalmente destruída, mas da
destruição o país emergiu como vitorioso e passou a ocupar o papel
de potência junto dos Estados Unidos. O leste europeu passou a estar sob
influência direta dos soviéticos, levando à formação de um bloco socialista.
A rivalidade entre americanos e soviéticos e suas diferentes ideologias deram
surgimento a um conflito político-ideológico conhecido como Guerra Fria, que se
estendeu de 1947 a 1991. Para demonstrar seu poderio frente aos
estadunidenses, os soviéticos realizaram consideráveis investimentos em áreas
diversas, como esporte, tecnologia, indústria bélica etc.
URSS após a morte de Stalin
Nos últimos anos do governo de Stalin, o culto ao líder ganhou força, sobretudo
por conta da vitória do país na guerra. No entanto, um derrame acabou
levando-o à morte, em 1953. O país agora era governado por um novo líder pela
primeira vez depois de quase 30 anos. Sua morte resultou em profundas
transformações na União Soviética.
Em 1952, Geórgiy Malenkov tornou-se membro do secretariado do PCUS ( Partido
Comunista da União Soviética), a morte de Stalin, no ano seguinte, alçou Malenkov
brevemente ao posto mais alto da URSS e, ele chegou a ser Premier e primeiro-
secretário do partido.
No entanto, por oposição de membros do parlamento , Malenkov foi forçado a
renunciar à liderança do partido em 13 de março, sendo sucedido por Nikita
Khruschev em setembro. Durante alguns anos, existiu uma espécie de governo
conjunto entre Khruschev e Malenkov.
Malenkov continuou como premier por dois anos, durante os quais foi o governante de
facto da URSS. Nesse período, ele deixou clara sua oposição ao uso de armas
nucleares e declarou que "uma guerra nuclear poderia levar à destruição global".
Também defendeu a reorientação da economia soviética para a produção de bens de
consumo em detrimento da indústria pesada, algo que seu sucessor Khruschev iria
enfatizar.
Kruschev encerrou o culto a Stalin que existia no país com base em denúncias de todos
os crimes que foram cometidos pelo antigo líder ao longo das suas quase três décadas
no poder. De maneira sutil e silenciosa, o governo iniciou o processo de desestalinização
por meio da retirada de citações a Stalin em documentos governamentais e pela não
realização de comemorações tradicionais, como a de seu aniversário. Além
disso, medidas de repressão impostas por Stalin foram gradativamente revertidas.
Kruschev x Kenedy
Em outubro de 1962, o confronto entre os Estados Unidos e a União Soviética colocou
o mundo à beira de um conflito nuclear. No dia 22 de outubro, o presidente John
Kennedy denunciou, em pronunciamento pela televisão, a existência dos mísseis
russos na América Central. Para ele, a transformação de Cuba em base estratégica,
com a instalação de armas de destruição em massa, representava uma ameaça à paz e
à segurança do continente americano. Ainda no mesmo dia, os EUA decretaram um
bloqueio naval contra a ilha de Fidel Castro e deram um ultimato à URSS. Kennedy
exigiu do chefe de Estado Nikita Khruchev o imediato desmonte das rampas, a retirada
dos mísseis e a renúncia à instalação de novas armas ofensivas em Cuba. Washington
advertiu também que, caso o bloqueio fracassasse, a ilha seria invadida.
Qualquer transgressão do bloqueio por navios soviéticos poderia desencadear a
guerra entre as duas potências atômicas. A Organização das Nações Unidas ofereceu-
se para mediar. A crise foi administrada e acabou sendo contornada. No dia 28 de
outubro, Khruchev cedeu à pressão americana, retirando os mísseis e admitindo uma
inspeção da ONU. A comunidade internacional reagiu aliviada ao fim da crise. Mesmo
nos dias de maior tensão, o então ainda prefeito de Berlim Ocidental e mais tarde
chefe de governo da Alemanha Willy Brandt manteve a convicção de que a superação
dessa crise significaria um passo decisivo rumo à paz mundial.
Tanto no Leste quanto no Ocidente, reconheceu-se o risco de uma corrida
armamentista descontrolada e da rivalidade desenfreada entre as potências mundiais.
Uma das consequências foi a instalação de uma "linha direta" (o chamado "telefone
vermelho") entre Moscou e Washington, no verão europeu de 1963, onde os líderes
das 2 nações poderiam conversar diretamente entre eles e evitar possíveis
“ equívocos “ no uso de armas Nucleares.
Decadência da URSS
A decadência da URSS iniciou-se durante o governo de Leonid Brejnev, presidente do
país entre 1964 e 1982. O período em que Brejnev esteve à frente da União Soviética é
considerado como um período de grande estagnação que deu início ao fim da URSS.
Durante o governo de Brejnev, a renovação dos quadros do governo teve fim, e isso
fez com que cargos administrativos ficassem ocupados por pessoas durante anos.
Além do envelhecimento dos quadros do governo, essa falta de renovação
administrativa resultou na queda da produtividade e contribuiu para o crescimento da
corrupção.
Na economia, Brejnev foi um fracasso e a economia soviética enfraqueceu
consideravelmente. O crescimento do PIB desacelerou, a quantidade de mão de obra foi
reduzida e a qualidade de vida começou a cair. A falta de gestão levou a uma crise de
abastecimento causada pela fraca agricultura, e a indústria soviética parou de crescer.
Essa situação ficou mascarada por conta do aumento do preço do petróleo e do ouro no
mercado internacional. Com isso, a quantidade de dinheiro que o Estado conseguia
arrecadar continuava elevada e impedia a realização de reformas econômicas
necessárias. Com isso, a falta de alimento, por exemplo, era compensada pela
importação de milhões de toneladas em grãos.
Dois acontecimentos marcantes contribuíram para aumentar o desgaste da economia
soviética: a Guerra do Afeganistão de 1979 e o acidente nuclear de Chernobyl.
O primeiro foi iniciado em 1979, quando os soviéticos decidiram invadir o Afeganistão
para dar suporte ao governo comunista que existia naquele país. O envolvimento nessa
guerra custou bilhões para os soviéticos e teve final trágico, pois esses foram obrigados
a abandonar o país. O segundo acontecimento deu-se em 1986, quando uma usina
nuclear explodiu em Pripyat, cidade no norte da Ucrânia. A quantidade de recursos para
evitar que esse acidente resultasse em estragos maiores foi gigantesca.
As reformas de Gorbachev
Mikhail Gorbachev assumiu o comando da União Soviética em 1985, em meio a uma
crise institucional gigantesca. Ele acreditava que a necessidade de reformas era urgente
e, por isso, propôs a realização de duas reformas.
A Glasnost (transparência política), que defendia uma abertura política com ênfase no
combate ao autoritarismo e na promoção de mais liberdade no país. Já a Perestroika
(reconstrução econômica), que visava uma reformulação da economia do país, com
o menor envolvimento do Estado na economia, e o incentivo a investimentos
privados na economia soviética.
Fim da URSS
A situação na União Soviética durante o governo de Gorbachev era caótica, e as
reformas não deram os retornos esperados, sobretudo na economia. O resultado foi que
a crise na economia resultou em uma crise política que incentivou o desenvolvimento
de movimentos de autodeterminação.
A ala mais conservadora do Partido Comunista não estava satisfeita com a abertura
econômica do país e passou a conspirar contra Gorbachev, para endurecer novamente
o regime. Em agosto de 1991, foi realizado um golpe militar, mas este fracassou, e
Gorbachev manteve-se como governante soviético.
Entre 1990 e 1991, os movimentos de autodeterminação ganharam força, e isso fez com
que algumas das nações soviéticas declarassem sua independência. A situação
insustentável levou Gorbachev a renunciar em 25 de dezembro de 1991, no dia seguinte
a União Soviética dissolveu-se, e, assim, surgiram 15 novas nações independentes.
A URSS existiu de 1922 a 1991 e foi formada por estas 15 nações diferentes:
Rússia ,Ucrânia , Belarus, Estônia, Letônia ,Lituânia ,Armênia, Geórgia, Moldávia,
Azerbaijão, Cazaquistão, Tadjiquistão, Quirguistão, Turcomenistão, Uzbequistão.
Os governantes principais da União Soviética durante sua história foram:
• Vladimir Lenin (1917-1924)
• Josef Stalin (1924-1953)
• Geórgiy Malenkov ( 1953-1955)
• Nikita Kruschev (1953-1964)
• Leonid Brejnev (1964-1982)
• Yuri Andropov (1982-1984)
• Konstantin Chernenko (1984-1985)
• Mikhail Gorbachev (1985-1991)

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URSS após Stalin

  • 1. União soviética na Guerra Fria A União Soviética saiu da Segunda Guerra Mundial totalmente destruída, mas da destruição o país emergiu como vitorioso e passou a ocupar o papel de potência junto dos Estados Unidos. O leste europeu passou a estar sob influência direta dos soviéticos, levando à formação de um bloco socialista. A rivalidade entre americanos e soviéticos e suas diferentes ideologias deram surgimento a um conflito político-ideológico conhecido como Guerra Fria, que se estendeu de 1947 a 1991. Para demonstrar seu poderio frente aos estadunidenses, os soviéticos realizaram consideráveis investimentos em áreas diversas, como esporte, tecnologia, indústria bélica etc. URSS após a morte de Stalin Nos últimos anos do governo de Stalin, o culto ao líder ganhou força, sobretudo por conta da vitória do país na guerra. No entanto, um derrame acabou levando-o à morte, em 1953. O país agora era governado por um novo líder pela primeira vez depois de quase 30 anos. Sua morte resultou em profundas transformações na União Soviética. Em 1952, Geórgiy Malenkov tornou-se membro do secretariado do PCUS ( Partido Comunista da União Soviética), a morte de Stalin, no ano seguinte, alçou Malenkov brevemente ao posto mais alto da URSS e, ele chegou a ser Premier e primeiro- secretário do partido. No entanto, por oposição de membros do parlamento , Malenkov foi forçado a renunciar à liderança do partido em 13 de março, sendo sucedido por Nikita Khruschev em setembro. Durante alguns anos, existiu uma espécie de governo conjunto entre Khruschev e Malenkov. Malenkov continuou como premier por dois anos, durante os quais foi o governante de facto da URSS. Nesse período, ele deixou clara sua oposição ao uso de armas nucleares e declarou que "uma guerra nuclear poderia levar à destruição global". Também defendeu a reorientação da economia soviética para a produção de bens de consumo em detrimento da indústria pesada, algo que seu sucessor Khruschev iria enfatizar. Kruschev encerrou o culto a Stalin que existia no país com base em denúncias de todos os crimes que foram cometidos pelo antigo líder ao longo das suas quase três décadas no poder. De maneira sutil e silenciosa, o governo iniciou o processo de desestalinização por meio da retirada de citações a Stalin em documentos governamentais e pela não
  • 2. realização de comemorações tradicionais, como a de seu aniversário. Além disso, medidas de repressão impostas por Stalin foram gradativamente revertidas. Kruschev x Kenedy Em outubro de 1962, o confronto entre os Estados Unidos e a União Soviética colocou o mundo à beira de um conflito nuclear. No dia 22 de outubro, o presidente John Kennedy denunciou, em pronunciamento pela televisão, a existência dos mísseis russos na América Central. Para ele, a transformação de Cuba em base estratégica, com a instalação de armas de destruição em massa, representava uma ameaça à paz e à segurança do continente americano. Ainda no mesmo dia, os EUA decretaram um bloqueio naval contra a ilha de Fidel Castro e deram um ultimato à URSS. Kennedy exigiu do chefe de Estado Nikita Khruchev o imediato desmonte das rampas, a retirada dos mísseis e a renúncia à instalação de novas armas ofensivas em Cuba. Washington advertiu também que, caso o bloqueio fracassasse, a ilha seria invadida. Qualquer transgressão do bloqueio por navios soviéticos poderia desencadear a guerra entre as duas potências atômicas. A Organização das Nações Unidas ofereceu- se para mediar. A crise foi administrada e acabou sendo contornada. No dia 28 de outubro, Khruchev cedeu à pressão americana, retirando os mísseis e admitindo uma inspeção da ONU. A comunidade internacional reagiu aliviada ao fim da crise. Mesmo nos dias de maior tensão, o então ainda prefeito de Berlim Ocidental e mais tarde chefe de governo da Alemanha Willy Brandt manteve a convicção de que a superação dessa crise significaria um passo decisivo rumo à paz mundial. Tanto no Leste quanto no Ocidente, reconheceu-se o risco de uma corrida armamentista descontrolada e da rivalidade desenfreada entre as potências mundiais. Uma das consequências foi a instalação de uma "linha direta" (o chamado "telefone vermelho") entre Moscou e Washington, no verão europeu de 1963, onde os líderes das 2 nações poderiam conversar diretamente entre eles e evitar possíveis “ equívocos “ no uso de armas Nucleares. Decadência da URSS A decadência da URSS iniciou-se durante o governo de Leonid Brejnev, presidente do país entre 1964 e 1982. O período em que Brejnev esteve à frente da União Soviética é considerado como um período de grande estagnação que deu início ao fim da URSS. Durante o governo de Brejnev, a renovação dos quadros do governo teve fim, e isso fez com que cargos administrativos ficassem ocupados por pessoas durante anos. Além do envelhecimento dos quadros do governo, essa falta de renovação administrativa resultou na queda da produtividade e contribuiu para o crescimento da corrupção.
  • 3. Na economia, Brejnev foi um fracasso e a economia soviética enfraqueceu consideravelmente. O crescimento do PIB desacelerou, a quantidade de mão de obra foi reduzida e a qualidade de vida começou a cair. A falta de gestão levou a uma crise de abastecimento causada pela fraca agricultura, e a indústria soviética parou de crescer. Essa situação ficou mascarada por conta do aumento do preço do petróleo e do ouro no mercado internacional. Com isso, a quantidade de dinheiro que o Estado conseguia arrecadar continuava elevada e impedia a realização de reformas econômicas necessárias. Com isso, a falta de alimento, por exemplo, era compensada pela importação de milhões de toneladas em grãos. Dois acontecimentos marcantes contribuíram para aumentar o desgaste da economia soviética: a Guerra do Afeganistão de 1979 e o acidente nuclear de Chernobyl. O primeiro foi iniciado em 1979, quando os soviéticos decidiram invadir o Afeganistão para dar suporte ao governo comunista que existia naquele país. O envolvimento nessa guerra custou bilhões para os soviéticos e teve final trágico, pois esses foram obrigados a abandonar o país. O segundo acontecimento deu-se em 1986, quando uma usina nuclear explodiu em Pripyat, cidade no norte da Ucrânia. A quantidade de recursos para evitar que esse acidente resultasse em estragos maiores foi gigantesca. As reformas de Gorbachev Mikhail Gorbachev assumiu o comando da União Soviética em 1985, em meio a uma crise institucional gigantesca. Ele acreditava que a necessidade de reformas era urgente e, por isso, propôs a realização de duas reformas. A Glasnost (transparência política), que defendia uma abertura política com ênfase no combate ao autoritarismo e na promoção de mais liberdade no país. Já a Perestroika (reconstrução econômica), que visava uma reformulação da economia do país, com o menor envolvimento do Estado na economia, e o incentivo a investimentos privados na economia soviética.
  • 4. Fim da URSS A situação na União Soviética durante o governo de Gorbachev era caótica, e as reformas não deram os retornos esperados, sobretudo na economia. O resultado foi que a crise na economia resultou em uma crise política que incentivou o desenvolvimento de movimentos de autodeterminação. A ala mais conservadora do Partido Comunista não estava satisfeita com a abertura econômica do país e passou a conspirar contra Gorbachev, para endurecer novamente o regime. Em agosto de 1991, foi realizado um golpe militar, mas este fracassou, e Gorbachev manteve-se como governante soviético. Entre 1990 e 1991, os movimentos de autodeterminação ganharam força, e isso fez com que algumas das nações soviéticas declarassem sua independência. A situação insustentável levou Gorbachev a renunciar em 25 de dezembro de 1991, no dia seguinte a União Soviética dissolveu-se, e, assim, surgiram 15 novas nações independentes. A URSS existiu de 1922 a 1991 e foi formada por estas 15 nações diferentes: Rússia ,Ucrânia , Belarus, Estônia, Letônia ,Lituânia ,Armênia, Geórgia, Moldávia, Azerbaijão, Cazaquistão, Tadjiquistão, Quirguistão, Turcomenistão, Uzbequistão. Os governantes principais da União Soviética durante sua história foram: • Vladimir Lenin (1917-1924) • Josef Stalin (1924-1953) • Geórgiy Malenkov ( 1953-1955) • Nikita Kruschev (1953-1964) • Leonid Brejnev (1964-1982) • Yuri Andropov (1982-1984) • Konstantin Chernenko (1984-1985) • Mikhail Gorbachev (1985-1991)