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Conto do livro Novas histórias que ninguém contou-Novos conselhos que
ninguém deu, de autoria de Melcíades José de Brito.
Determinada região da floresta era habitada por um grupo de pavões. Certa
feita, ali nasceu um pavãozinho que, como todos os outros de sua espécie,
cresceu ocupando seu tempo no aprendizado em busca da sobrevivência.
Certo dia, quando já havia atingido a idade adulta, esse pavão descobriu que,
nas redondezas, existia um espelho, onde podia ver sua imagem. Era um
espelho deixado na floresta por antigos caçadores e que tinha uma
característica peculiar: ampliava as imagens. O pavão aproximou-se do
espelho, para se ver pela primeira vez, e qual não foi seu espanto e surpresa
quando descobriu que era muito maior e mais belo do que imaginava. Abriu
pomposamente sua linda cauda e ficou deslumbrado com seu esplendor.
Contemplou, por horas seguidas, sua própria imagem e começou a formar um
juízo acerca de si próprio: era o maior e mais belo dos pavões de seu grupo. A
prova estava ali! Saía, olhava detidamente para os demais companheiros do
grupo, retornava, pondo-se diante do espelho para se contemplar, e não tinha
dúvidas: ele era o maior e mais belo! Os outros, embora parecidos, eram
menores e, consequentemente, possuíam menos beleza. Ficou envaidecido!
Como não havia percebido aquilo antes? - questionava-se. Passou a viver de
forma diferente. Assumiu uma postura arrogante e prepotente, querendo
impor a todos sua vontade e seus pontos de vista. Proclamava-se o melhor, o
maior e o mais belo de todos. Aos poucos, seus companheiros foram fugindo
do seu convívio, deixando-o isolado.
Orgulhoso, decidiu abandonar aquele grupo de pavões e procurar um outro,
acreditando que lá todos saberiam admirá-lo e pô-lo no lugar que merecia.
Embrenhou-se pela floresta e encontrou outro grupo, onde foi bem recebido e
logo fez amizade. Passados alguns dias, num de seus passeios pela redondeza,
descobriu algo fantástico: ali também existia um espelho. Era, como o
anterior, um espelho deixado por antigos caçadores, com uma diferença:
neste, as imagens eram reduzidas. E qual não foi a decepção de nosso pavão
quando, vendo-se no espelho, percebeu que, naquele grupo, ele era o menor.
Olhou para si várias vezes, através do espelho, não acreditando naquilo que
seus olhos viam. Comparou-se aos demais e, muito a contragosto, teve que
admitir uma coisa: naquele grupo, ele era menor e, consequentemente, menos
belo. A prova estava ali à sua vista!
Acabrunhado, tomou a decisão de distanciar-se do grupo. Passou a viver
solitário, triste, deprimido. Era o menor! Todos os outros eram mais capazes,
maiores, mais belos e mais felizes do que ele. Sequer tinha vontade de se ver
no espelho, tal a convicção acerca de sua pequenez e invalidez. Passou longo
tempo ali, aflito com esta situação desvantajosa, até que, num dia de profunda
depressão, abandonou os amigos e fugiu pela floresta à procura de novo
abrigo. Descobriu um terceiro grupo de pavões. Foi recebido com atenção e
respeito. Ganhou espaço e novos amigos. Pouco tempo após sua vinculação
àquele grupo, fez uma descoberta estarrecedora: nas proximidades existia um
espelho! Era o resto de um espelho deixado por antigos caçadores, com nova
particularidade: era um espelho normal, onde as imagens refletiam a realidade
do que estava à sua frente.
E o pavão se viu através deste espelho. Comparou o que agora via com as
imagens anteriores e formou novo juízo acerca de si próprio: não era tão
grande e belo como no primeiro momento, nem tão pequeno e feio, como no
segundo. Era um pavão igual a todos os demais que ali se encontravam. Com
esta nova visão de si próprio e dos outros, viveu o resto de seus dias naquele
grupo, em completa paz e união.
E você, em qual dos espelhos está se vendo? No que aumenta a imagem
(orgulho, prepotência, narcisismo etc.)? No que diminui a imagem
(complexos de inferioridade, timidez etc)? Ou no que reflete sua
personalidade real? O que você na realidade é, pode ser diferente daquilo que
pensa ser.
Depende da lente com a qual você se vê. Cada um vê a si próprio, e aos
outros, com os olhos que quer. Nem sempre nossa visão corresponde à
realidade. Conhecer a si próprio é tão necessário, belo e relevante, que vem
sendo recomendado por sábios e pensadores de todas as gerações. Sem
pretensões de querer ser melhor do que os demais, e sem a falsa ideia de ser
pior que os outros, firme-se na vida assumindo- se como você é, com defeitos
e virtudes próprios. Seja espontâneo. A sinceridade e a fé em si mesmo são
estímulos que o levarão a triunfar, qualquer que seja o meio social em que
você se situe. Em seu meio social e profissional, não se perturbe na tentativa
de ser o melhor. Contente-se em estar entre os bons. O êxito virá de forma
natural.
"Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (Mateus 22:21).
Muita Paz!
Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br
Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho
Segundo o Espiritismo.

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O pavão mutante

  • 1.
  • 2. Conto do livro Novas histórias que ninguém contou-Novos conselhos que ninguém deu, de autoria de Melcíades José de Brito. Determinada região da floresta era habitada por um grupo de pavões. Certa feita, ali nasceu um pavãozinho que, como todos os outros de sua espécie, cresceu ocupando seu tempo no aprendizado em busca da sobrevivência. Certo dia, quando já havia atingido a idade adulta, esse pavão descobriu que, nas redondezas, existia um espelho, onde podia ver sua imagem. Era um espelho deixado na floresta por antigos caçadores e que tinha uma característica peculiar: ampliava as imagens. O pavão aproximou-se do espelho, para se ver pela primeira vez, e qual não foi seu espanto e surpresa quando descobriu que era muito maior e mais belo do que imaginava. Abriu pomposamente sua linda cauda e ficou deslumbrado com seu esplendor.
  • 3. Contemplou, por horas seguidas, sua própria imagem e começou a formar um juízo acerca de si próprio: era o maior e mais belo dos pavões de seu grupo. A prova estava ali! Saía, olhava detidamente para os demais companheiros do grupo, retornava, pondo-se diante do espelho para se contemplar, e não tinha dúvidas: ele era o maior e mais belo! Os outros, embora parecidos, eram menores e, consequentemente, possuíam menos beleza. Ficou envaidecido! Como não havia percebido aquilo antes? - questionava-se. Passou a viver de forma diferente. Assumiu uma postura arrogante e prepotente, querendo impor a todos sua vontade e seus pontos de vista. Proclamava-se o melhor, o maior e o mais belo de todos. Aos poucos, seus companheiros foram fugindo do seu convívio, deixando-o isolado.
  • 4. Orgulhoso, decidiu abandonar aquele grupo de pavões e procurar um outro, acreditando que lá todos saberiam admirá-lo e pô-lo no lugar que merecia. Embrenhou-se pela floresta e encontrou outro grupo, onde foi bem recebido e logo fez amizade. Passados alguns dias, num de seus passeios pela redondeza, descobriu algo fantástico: ali também existia um espelho. Era, como o anterior, um espelho deixado por antigos caçadores, com uma diferença: neste, as imagens eram reduzidas. E qual não foi a decepção de nosso pavão quando, vendo-se no espelho, percebeu que, naquele grupo, ele era o menor. Olhou para si várias vezes, através do espelho, não acreditando naquilo que seus olhos viam. Comparou-se aos demais e, muito a contragosto, teve que admitir uma coisa: naquele grupo, ele era menor e, consequentemente, menos belo. A prova estava ali à sua vista!
  • 5. Acabrunhado, tomou a decisão de distanciar-se do grupo. Passou a viver solitário, triste, deprimido. Era o menor! Todos os outros eram mais capazes, maiores, mais belos e mais felizes do que ele. Sequer tinha vontade de se ver no espelho, tal a convicção acerca de sua pequenez e invalidez. Passou longo tempo ali, aflito com esta situação desvantajosa, até que, num dia de profunda depressão, abandonou os amigos e fugiu pela floresta à procura de novo abrigo. Descobriu um terceiro grupo de pavões. Foi recebido com atenção e respeito. Ganhou espaço e novos amigos. Pouco tempo após sua vinculação àquele grupo, fez uma descoberta estarrecedora: nas proximidades existia um espelho! Era o resto de um espelho deixado por antigos caçadores, com nova particularidade: era um espelho normal, onde as imagens refletiam a realidade do que estava à sua frente.
  • 6. E o pavão se viu através deste espelho. Comparou o que agora via com as imagens anteriores e formou novo juízo acerca de si próprio: não era tão grande e belo como no primeiro momento, nem tão pequeno e feio, como no segundo. Era um pavão igual a todos os demais que ali se encontravam. Com esta nova visão de si próprio e dos outros, viveu o resto de seus dias naquele grupo, em completa paz e união. E você, em qual dos espelhos está se vendo? No que aumenta a imagem (orgulho, prepotência, narcisismo etc.)? No que diminui a imagem (complexos de inferioridade, timidez etc)? Ou no que reflete sua personalidade real? O que você na realidade é, pode ser diferente daquilo que pensa ser.
  • 7. Depende da lente com a qual você se vê. Cada um vê a si próprio, e aos outros, com os olhos que quer. Nem sempre nossa visão corresponde à realidade. Conhecer a si próprio é tão necessário, belo e relevante, que vem sendo recomendado por sábios e pensadores de todas as gerações. Sem pretensões de querer ser melhor do que os demais, e sem a falsa ideia de ser pior que os outros, firme-se na vida assumindo- se como você é, com defeitos e virtudes próprios. Seja espontâneo. A sinceridade e a fé em si mesmo são estímulos que o levarão a triunfar, qualquer que seja o meio social em que você se situe. Em seu meio social e profissional, não se perturbe na tentativa de ser o melhor. Contente-se em estar entre os bons. O êxito virá de forma natural. "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" (Mateus 22:21).
  • 8. Muita Paz! Meu Blog: http://espiritual-espiritual.blogspot.com.br Com estudos comentados de O Livro dos Espíritos e de O Evangelho Segundo o Espiritismo.