Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
DIRETRIZ DE FORMAÇÃO 2023.docx
1. DIRETRIZ PARA FORMAÇÃO CONTINUADA DOS
COORDENADORES PEDAGÓGICOS DA REDE MUNICIPAL
DE ENSINO
“A educação, qualquer que seja ela, é sempre
uma teoria do conhecimento posta em prática.”
Paulo Freire
__________– Bahia
2023
2. EQUIPE DA PREFEITURA
EQUIPE DA SECRETARIA
UNIDADES ESCOLARES
Sumário
1. APRESENTAÇÃO........................................................................................................................ 4
2. JUSTIFICATIVA........................................................................................................................... 4
3. OBJETIVO GERAL....................................................................................................................... 6
3.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS............................................................................................. 6
4. METODOLOGIA......................................................................................................................... 7
4.1 DEFINIÇÃO DE FORMAÇÃO DOS ENCONTROS FORMATIVOS .................................... 8
4.2 ORGANIZAÇÃO DOS ENCONTROS FORMATIVOS ....................................................... 9
5. CRONOGRAMA DE FORMAÇÃO PARA DOCENTES ................................................................ 10
5.1 Cronograma de Formação para Outros Funcionários ...................................11
6. AVALIAÇÃO............................................................................................................................. 12
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................. 12
3. 3
1. Apresentação
O município de __________ tem uma longa trajetória de oferta de
Formação Continuada para os profissionais de educação da sua rede. A
Formação Continuada constitui um valioso espaço de troca de experiências e
aprendizagens. No ano letivo de 2023, a formação continuada terá como foco a
Recomposição da aprendizagem, procurando organizar a flexibilização curricular
para atender às demandas de aprendizagem de todos e de cada um dos
educandos. As formações serão coordenadas e realizadas pela Equipe Técnica
Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com os
Coordenadores Pedagógicos.
Na sequência, será apresentado de forma mais detalhada, o processo de
organização e metodologia do trabalho pedagógico para o ano letivo de 2023,
da qual o espaço formativo é parte intrínseca.
2. Justificativa
A Proposta de Formação Continuada da rede municipal de educação de -
---------, tem como foco a garantia do direito de aprendizagem de todos os
estudantes, pensando a ação formativa como espaço de reflexão – ação
permanente de todo o fazer pedagógico da rede e de cada unidade escolar.
A Organização do Trabalho Pedagógico inicia com o planejamento, sendo
que o primeiro passo será o mapeamento dos conhecimentos prévios dos
estudantes. Compreende-se que é preciso conhecer bem a realidade para
propor intervenções e estratégias para garantia do direito de aprendizagem. A
práxis destas intervenções e estratégias, dizem respeito ao método, ou métodos,
como vamos objetivamente agir, intervir na realidade, de modo a ofertar
condições para que a aprendizagem aconteça.
Para nós, “quanto mais assumam os homens uma postura ativa na
investigação de sua temática, tanto mais aprofundam a sua tomada de
consciência em torno da realidade e, explicitando sua temática significativa, se
4. 4
apropriam dela” (FREIRE, 1996). Portanto, conhecer bem a realidade dos
estudantes, dos professores, da comunidade escolar, oportuniza evidenciar
temáticas que contribuem para fortalecer o processo de aprendizagem, ou
temáticas que se apresentam como desafios que precisam ser investigados e
discutidos, muitas vezes exigindo de nós novas posturas e práticas.
Agindo, precisamos monitorar, acompanhar e avaliar se os métodos
utilizados estão contribuindo para o alcance dos objetivos e metas estabelecidas
no planejamento inicial, tendo a autoavaliação e avaliação coletiva como
premissas deste processo, buscando redefinir, quando necessário, o
planejamento.
Para a rede, a Formação Continuada entra como dimensão central neste
processo, como espaço fundamental de reflexões, troca de experiências e
aprendizagens a partir da realidade de cada unidade escolar, agregando
também estudos e experiências que possam contribuir para este processo de
construção. Entende-se que o espaço formativo como oportunidade de dialogar
sobre o cotidiano da educação na rede, busca de forma propositiva caminhos
para melhoria do trabalho que vem sendo desenvolvido. Neste sentido, cada
profissional que atua na educação municipal é tido com sujeito protagonista do
processo, que precisa se sentir parte desta rede, corresponsável por todos os
resultados.
Como dito anteriormente, o Planejamento é o ponto inicial para o trabalho
pedagógico na rede. A partir dele pensamos na(s) metodologia(s), na(s)
melhor(es) formas de desenvolver o trabalho para atingir o que foi previamente
planejado. Para isso, precisamos pensar nas condições para que o trabalho
aconteça da melhor forma. Neste movimento, o acompanhamento e
monitoramento são estratégias fundamentais, que culminam num processo
avaliativo, que deve ser sucedido por momentos de discussão, reflexão,
orientação e autoavaliação, ensejando um novo planejamento.
Este movimento cíclico é importante que aconteça em cada unidade de
ensino e também na Secretaria de Educação, tendo diversos momentos
coletivos de formação com orientações e troca de experiências sobre as nuances
deste processo de Organização do Trabalho Pedagógico.
Nas unidades de ensino, entendemos que estes momentos de reflexão
devem partir das necessidades específicas que se apresentam neste processo.
5. 5
Ouvir os sujeitos protagonistas envolvidos no processo é fundamental para
ressignificar o fazer pedagógico e assim, possibilitar mudanças de posturas que
contribuam para melhoria do trabalho realizado.
O pensar certo sabe, por exemplo, que não é a partir dele como um
dado, que se conforma a prática docente crítica, mas sabe também
que sem ele não se funda aquela. A prática docente crítica, implicante
do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético entre o fazer
e o pensar sobre o fazer. (FREIRE, 1996).
Na sequência, apresentamos detalhadamente a proposta da ação de
formação como dimensão estratégica no processo de Organização do Trabalho
Pedagógico da rede de ensino do município de Planaltino, Estado da Bahia.
3. Objetivo Geral:
Estimular nos educadores da rede (Coordenadores Pedagógicos e
Docentes) o aperfeiçoamento das técnicas de ensino/aprendizagem,
considerando as etapas, modalidades e peculiaridades dos educandos em suas
respectivas unidades escolares, por meio da Formação Continuada.
3.1. Objetivos Específicos
Fomentar a formação continuada para os coordenadores pedagógicos da
rede, proporcionando encontro de reflexão e discussão, acerca de cada
tema em estudo;
Alinhar os momentos de formação com o objetivo de cada unidade
escolar;
Materializar o processo formativo numa prática de cotidiano escolar, de
modo a garantir a recomposição das aprendizagens;
Confiar a cada coordenador pedagógico a efetivação e a concretização
de todas as ações formativas;
Fomentar nos planejamentos a garantia e efetivação de tudo que está
sendo abordados nos encontros formativos.
Intensificar o acompanhamento pedagógico como estratégia de
fortalecimento das ações pedagógicas, observando os avanços nas
múltiplas aprendizagens.
6. 6
Estimular a construção de metodologias didático-pedagógicas inovadoras
a serem desenvolvidas nas diferentes situações de aprendizagem em
cada unidade escolar;
Viabilizar espaço de troca e reflexões, acerca das experiências
construídas ao longo do processo formativo;
4. Metodologia
Ensinar é uma prática pedagógica complexa e demanda que os
professores acompanhem os processos de mudança de ordem social, política,
cultural, educacional e tecnológica, compreendendo as condições concretas do
seu trabalho na sociedade atual e a inter-relação entre esse contexto e a sua
prática pedagógica. Seguindo esta linha de pensamento, Gatti (1997, p.57),
constata que uma visão mais globalizada da função social de cada ato de ensino,
sempre confrontada e reconstruída pela própria prática e pelo trato com os
problemas concretos dos contextos sociais em que se desenvolvem, poderia ser
a chave de toque que acionaria uma nova postura metodológica.
Assim considerada, a Formação Continuada torna-se imprescindível
enquanto processo de aprendizado para o enriquecimento das práticas
educativas. O processo formativo é inerente à natureza do trabalho pedagógico,
pois a prática é fundamentalmente um conjunto de relações personalizadas com
os alunos para obter a participação deles em seu próprio processo de
aprendizagem e atender as suas diferenças e necessidades. Eis porque, esse
trabalho exige constantemente a intensa dedicação, tanto do ponto de vista
afetivo como cognitivo nas relações humanas entre todos os atores envolvidos.
O profissional reflexivo, sobretudo o professor, analisa e avalia
continuadamente a sua experiência pedagógica nos diversos contextos,
buscando novas alternativas para a solução de problemas e superação de
dificuldades. Perrenoud (2001, p.135-193) afirma a necessidade de uma
fundamentação teórica consistente e continua na formação do professor, que lhe
permita ser um pesquisador com o propósito de analisar o resultado do seu
trabalho, a fim de apresentar uma participação crítica ao longo do seu empenho
profissional. Nesse sentido, afirma Garcia (1999, p.22) que a Formação
Continuada de profissionais da rede, favorece questões de investigação e de
7. 7
propostas teóricas e práticas que estudam os processos nos quais os
professores se implicam, o que lhes permite intervir profissionalmente no
desenvolvimento do seu ensino, do currículo e da escola
Sendo assim, podemos considerar também, a escola como um espaço de
formação a ser construído, onde se oportunize aos seus atores o diálogo, a
interação, a discussão das suas vivencias pedagógicas, a sua própria formação,
as suas referências de âmbito social, cultural, político, ideológico, o seu
conhecimento, as suas experiências, enfim a sua vida, o seu trabalho. Nesta
perspectiva, as escolas devem ser entendidas como lócus de Formação
Continuada, com ênfase na consciência crítica, possibilitando aos atores
assumirem uma intencionalidade política diante do seu desenvolvimento
profissional, compreendendo-se em permanente transformação e construção de
sua própria identidade. Para isto, a Formação Continuada na escola deve
priorizar a relação indissociável entre a teoria e a prática.
4.1. Definição da Formação dos Encontros Formativos
Alinhados as orientações e provocações teóricas, bem como o diálogo junto
a rede, a Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Cultura, propõe 05
encontros formativos com carga horaria total de 40h, a serem realizados
bimestralmente no formato de Plantões Pedagógicos, com os
coordenadores pedagógicos, que por sua vez serão os multiplicadores do
processo formacional, em cada unidade escolar.
5. Cronograma de Formação
DATA TEMÁTICA MÊS PÚBLICO -
ALVO
RESPONSÁVEL
14/03 Como potencializar o
desenho universal da
aprendizagem,
partindo da avaliação
diagnóstica tendo
Março Coordenadores
Pedagógicos
Equipe Técnica
Pedagógica da
SEMEEC.
8. 8
como foco a
Recomposição da
Aprendizagem.
17/05 SAEB – Sistema de
Avaliação da Educação
Básica;
O Papel do
Coordenador
Pedagógico no
contexto atual;
Maio Coordenadores
Pedagógicos
Equipe Técnica
Pedagógica da
SEMEEC.
19/07 Desenvolvimento
socioemocional/Projeto
de Vida
Julho Coordenadores
Pedagógicos
Equipe Técnica
Pedagógica da
SEMEEC.
12/09 Inclusão e diversidade Setembro Coordenadores
Pedagógicos
Equipe Técnica
Pedagógica da
SEMEEC.
07/11 Avaliação Formacional Novembro Coordenadores
Pedagógicos
Equipe Técnica
Pedagógica da
SEMEEC.
6. Avaliação
Quanto a perspectiva, espera-se que o processo de formação continuada
garanta o desenvolvimento das competências profissionais, pessoais e sociais,
uma vez que a avaliação é um recurso importante para contrastar as limitações,
as dificuldades, as conquistas e as potencialidades dessas vivências.
Nesse sentido, a avaliação destina-se à análise e reflexão, acerca das
aprendizagens adquiridas no processo formativo, de modo a favorecer seu
percurso e regularizar as ações de formação.
7. Referências Bibliográficas:
9. 9
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional Lei número 9394,
20 de dezembro de 1996.
GATTI, Bernadete. Questões em Torno de Qualidade da Formação de
Professores. In Formação de Professores e Carreira. São Paulo: Cortez, 1997.
MARCELO GARCIA, C. Formação de professores: para uma mudança
educativa. Porto: Porto, 1999.
PERRENOUD, Philippe. A ambiguidade dos saberes e da relação com o
saber na profissão de professor. In: Ensinar: agir na urgência, decidir na
incerteza, do mesmo autor. Porto Alegre: Artmed Ed, 2001, p. 135-193.
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