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Relatório de Conteúdo: INTERFACES TELEMÁTICAS E INTERATIVAS PARA OS SERVIÇOS URBANOS.
Relatório Técnico CNPq Proc 350706 /1999-9 – Fevereiro 2006 - período 03/2003 à 02/2006.
Produtividade em Pesquisa PQ realizada pelo Grupo e-urb Coordenador: Livre Docente. Azael Rangel Camargo.
28
3.1.3 – Relação entre a Medicina, a Tecnologia e a Arquitetura: Telemática dos
Ambientes e dos Edifícios para a Assistência Médica.
Texto apresenta o Relatório
da Bolsista de Iniciação Científica
da aluna de Arquitetura Thalita Asperti,
incluindo pôster apresentado no SICUSP em 2003
Observação:
O texto está apresentado em sua forma de edição original,
pois, optamos em não transformar o seu conteúdo infográfico,
isto é, conserva a sua numeração de página, quadros, figuras e notas.
Este Trabalho e outras informações sobre
o trabalho Grupo de Pesquisa e-urb, coordenado pelo
Prof. Associado Azael Rangel Camargo estão no site
http://www.eesc.usp.br/sap/grupos/e-urb/Relatorios/trabalhos%202006/3_1_3.doc
1. Introdução
1.1 – Apresentação
O tema desta Iniciação Científica surgiu de um interesse sobre
Arquitetura Hospitalar por ter percebido que havia poucos estudos sobre o
tema e uma necessidade de aprofundamento do assunto.
A pesquisa foi iniciada em Agosto de 2002, e em Outubro de 2003
apresentei parte dela no SIICUSP. A apresentação foi feita juntamente com
outros três pôsteres, onde cada um teve 20 minutos para apresentar sua
pesquisa e então esclarecer as dúvidas que surgissem. Qualquer pessoa
poderia assistir as apresentações dos painéis, porém poucas realmente o
fizeram, de forma que a apresentação foi feita apenas para poucas pessoas.
1.2 – Objetivo
A pesquisa tem como objetivo estudar as relações entre este novo
serviço de saúde que está nascendo nas cidades, a melhoria do sistema já
existente com a utilização da telemática e como a arquitetura está absorvendo
e se adaptando a tais modificações no exercício da medicina. Isso implica na
necessidade de um novo espaço (tanto espaço físico como ciberespaço) que
se adeqüe a esta nova realidade.
1.3 – Metodologia Aplicada
Nesta pesquisa foram utilizadas as seguintes ferramentas
metodológicas:
− Referências teóricas baseadas em bibliografia nacional,
internacional e periódicos relacionados à temática, tendo realizado uma revisão
profunda junto aos principais centros de estudo do tema.
− Entrevistas com médicos, pacientes, funcionários,
administradores hospitalares, engenheiro clínico, arquiteto hospitalar,
psicólogos, assistente social e empresas que utilizam a telemática integrada ao
espaço arquitetônico.
A maior dificuldade encontrada para a realização desta pesquisa foi
a escassez de bibliografia sobre os assuntos aqui estudados (Arquitetura
Hospitalar, Telemedicina, Novas Tecnologias da informação e o Espaço
Arquitetônico Virtual). Além disso, a bibliografia existente está pouco atualizada
e muito dispersa em várias publicações, gerando dúvidas por causa de
informações desencontradas ou até mesmo opostas, e acarretando em uma
busca exaustiva e muito ampla de vários títulos para conseguir formar um todo
com informação consistente.
1.4 – Estrutura do Relatório
− Capítulo 1: Introdução
Apresentação geral da pesquisa, objetivos, metodologia aplicada e
estrutura da dissertação (correspondente a este capítulo).
− Capítulo 2: Estudos Sobre Telemática
Neste capítulo é abordado o advento das tecnologias telemáticas
como um todo e no que ele acarreta em termos de espaço (físico ou virtual) e
de relações de sociabilidade.
− Capítulo 3: Estudos Sobre Urbanização Virtual
Este capítulo explica como e porque o espaço urbano real está
sendo ampliado pelas novas situações e fatos sociais, políticos e culturais que
estão surgindo nas cidades, de modo a surgir a Urbanização Virtual.
− Capítulo 4: Telemedicina
Este capítulo tem como objetivo dar um panorama do
desenvolvimento da tecnologia na área da saúde e explicar como surgiu o
assunto sobre Informática Médica, em que consiste, quais as áreas de atuação
e quais as principais aplicações das novas tecnologias telemáticas na saúde.
− Capítulo 5: Direcionamento do Projeto de Pesquisa
Este capítulo fala qual é a estratégia metodológica usada e a
explica. Nele está concentrado todo o principal desenvolvimento da pesquisa,
onde são estudados os ambientes e os edifícios para a assistência médica.
− Capítulo 6: Conclusão
− Capítulo 7: Bibliografia
2. Estudos Sobre Telemática
As tecnologias telemáticas – convergências das tecnologias da
informática, das telecomunicações e das mídias - estão tornando possível a
descentralização das atividades e serviços, minimizando ações externas,
reduzindo a necessidade de deslocamentos no espaço, reduzindo o espaço
físico de lojas ou, no caso do comércio virtual, reduzindo-os a estoques, etc. de
forma a proporcionar novas relações entre interior e exterior, espaço e tempo.
A telemática gerou novos conceitos como a virtualidade, a tele-
interação, e a hipermídia. Virtualidade é quando a telemática altera as relações
individuais de aprendizado que geram conhecimento. A experiência virtual, ou
seja, a interação com a representação do mundo se dá em um novo espaço-
tempo, onde o espaço virtual complementará e agregará valor ao espaço real,
ampliando as relações sociais, econômicas, políticas, culturais, etc.
A virtualidade se opõe aos conceitos tradicionais da experiência
realista, à interação com o próprio mundo. O indivíduo não precisa mais sair da
sua casa para buscar informação ou até mesmo para conhecer novos lugares,
ele pode simplesmente se utilizar dessa virtualidade através de dinheiro virtual,
livros eletrônicos, escritórios virtuais, negando qualquer tipo de relação com o
mundo real.
A tele-interação é o surgimento de novas relações coletivas de
intersubjetividade que geram significado, através da telemática. As
experiências entre as pessoas à distância agora podem ser mediadas pelas
interfaces info-tecnológicas, ou seja, Ambientes Cognitivos e
Comunicativos. Hoje as pessoas podem se relacionar sem nunca se conhecer
pessoalmente graças às novas práticas de criação e comunicação coletivas,
como o groupware, a internet, etc.
A telemática, atuando na criação cultural, desloca as linguagens
baseadas na palavra para as linguagens baseadas na imagem, criando o
conceito de hipermídia. Com a hipermídia, as relações entre as pessoas
passam a poder ser baseadas nas linguagens não verbais, como a fusão do
som, imagem, movimento; em oposição à comunicação verbal, vídeo, cinema,
etc.
Ao imergir no espaço virtual, as nossas experiências cotidianas e
automáticas do espaço real são alteradas pela incorporação de novas
experiências sensoriais e cognitivas, de tal modo a modificar o nosso modo de
sentir, pensar, representar. Dessa maneira criou-se o hiperespaço, onde as
pessoas agem de maneira indireta, por tele-presença. Esse contato indireto,
fragmentado coloca em questão as identidades pessoais e sociais, trazendo
cada vez mais uma individualização, uma redução da integração social real.
Assim, esses novos meios comunicativos, como conferências
virtuais, tele-aulas, chats, compras virtuais, telemedicina, trazem novas
tendências no comportamento individual e social potencializando novas
soluções arquitetônicas, além de novas soluções de interfaces, para que se
possa melhor usufruir os novos recursos.
3. Estudos Sobre Urbanização Virtual
O espaço urbano real é ampliado pelas novas situações e fatos
sociais, políticos e culturais que estão surgindo nas cidades. Essas novas
situações e fatos compõem o espaço urbano virtual, estruturado pelas redes ou
networks que absorvem no local o mundial e insere no mundial o que é local,
promovendo uma urbanização ampliada e contraditória.
A Urbanização Virtual surgiu com a necessidade de se acompanhar
o novo modo de produção capitalista, o qual caminha em direção a uma
acumulação de capital baseada na produção de encomenda, que pode ser
orientada para públicos específicos de um mercado segmentado.
Assim, inicia-se um processo de reconstituição das redes de
cidades, criando uma nova hierarquia mundial. A diminuição das distâncias
entre cidades já acontece graças à interligação das mesmas através de cabos
de fibra ótica, e onde ainda não foi realizado o cabeamento, a interligação se
faz através da transmissão via satélite. Ainda no âmbito do urbano e do
regional, alguns desses processos nos fazem entender certos lugares e
situações como ao mesmo tempo locais e mundiais, a isso tem se chamado
Situação Glocal.
Inicia-se também, agora no âmbito da arquitetura urbana, um
processo de re-equipamento das cidades para a viabilização dos novos modos
de produção social. Para isso é necessária a criação de novos Ambientes
Cognitivos e Comunicativos estruturados pelas hipermídias, possibilitando o
surgimento dos Espaços de Alta Tecnologia, como, por exemplo, os “Edifícios
Inteligentes”.
Dessa forma pode-se perceber o surgimento dos Serviços Urbanos
Telemáticos, os quais são viabilizados pelas Redes de Telecomunicação, de
maneira a incluir a telematização dos serviços tradicionais. Os aparelhos
celulares, a tv a cabo e os computadores, vêm revolucionando as formas de
comunicação tradicionais e introduzindo novos hábitos urbanos de
comportamento comercial e social, proporcionando contato com outras culturas
e novos serviços, como, no caso da tv a cabo, os canais dedicados ao
comércio.
Além disso, a relação homem-computador permite a criação virtual
dos ambientes cognitivos e comunicativos, com os quais os serviços urbanos
telemáticos podem entrar em contato com o usuário, viabilizando o uso dos
mesmos.
Essa mudança na forma como o homem se relaciona com os
equipamentos reflete em uma mudança na cidade, que passa a precisar
modificar espaços existentes e criar novos espaços, como espaços destinados
a videoconferências, ao acesso à Internet. A partir do momento em que o
acesso aos serviços e à informação pode ser feito de sua própria casa ou local
de trabalho (muitas vezes o local de trabalho é a própria casa), já não há mais
tanta necessidade de locomoção pela cidade.
A tecnologia trouxe com ela novas formas de trabalho, lazer e
relações sociais. A cidade deve acompanhar essas mudanças e o vem fazendo
através de várias instituições como o correio, o comércio, a indústria, os
serviços de saúde, o controle de tráfego com semáforos e radares, e através
de serviços bancários como guichês eletrônicos automatizados.
Através do computador e da realidade virtual o homem pode criar
espaços inteiramente virtuais, os quais só podem ser vivenciados digitalmente,
espaços arquitetônicos que não possuem mais nenhum resquício de
materialidade, como se vem sendo feito nos homebanks.
A realidade virtual também possibilita a visualização e apreensão de
um espaço que pode vir a existir ou já existe no real. Utilizando-se de
programas de visualização 3D e da interação proporcionada pelas tecnologias
eletrônicas e digitais ampliadas, pode-se projetar, visualizar e interagir com a
obra antes mesmo que ela esteja pronta no mundo físico, ou conhecer um
objeto arquitetônico sem precisar se locomover e ir até ele.
4. Telemedicina
Já faz algum tempo desde que a medicina tem a possibilidade de
utilizar a tecnologia para melhor atender seus pacientes. Tanto por meios de
comunicação já bastante comuns como o telefone, o fax, o correio eletrônico e
por videoconferências, quanto pelo uso de equipamentos robotizados, vem
tornando-se possível uma maior facilidade de intercâmbio de informações entre
profissionais de saúde entre si e com os pacientes, propiciando a resolução de
casos à distância de ordem propedêutica e terapêutica, e até mesmo
possibilitando a realização de cirurgias à distância.
A telemedicina apareceu quando se fez necessário o envio de sinais
vitais de astronautas logo nas primeiras explorações espaciais para que se
pudesse monitorá-los de forma a se conhecer o comportamento do organismo
quando em um local sem gravidade. Desde então, muitos países começaram a
adotar o uso da telemedicina em hospitais e serviços de saúde e, na década de
1990, a telemedicina ganha força graças aos avanços tecnológicos.
A telemática, e em particular a Internet, já está e vai continuar
mudando a maneira de praticar a medicina e as ações de saúde em geral; se já
é possível desde um simples resultado de exame ser mandado por e-mail até o
controle à distância das filas de transplantes. A medicina é uma profissão que
tem muito a ganhar com o aumento de recursos e possibilidades
disponibilizados pela telemática, ela é uma das que mais tem avançado nesse
sentido.
Hoje as tecnologias de informação se tornaram um elemento tão
fundamental para a medicina, principalmente nas ações preventivas, que não é
cabível mais discutir se elas serão ou não utilizadas, e sim como elas vão
correr ao longo do tempo com segurança e proteção da confidencialidade. E
garantir essa segurança passa a ser um problema, pois ainda não existem
normas internacionais ou um padrão de qualidade internacional capaz de
atender aos interesses de pacientes e médicos do mundo inteiro.
De qualquer forma, hoje já é possível que pacientes realizem
consultas virtuais para casos que dispensem exames físicos. Pacientes pós-
operatórios, crônicos, ou que necessitem de monitoramento constante podem
enviar periodicamente informações necessárias ao hospital ou diretamente a
seu médico por meio de bio-chips ou equipamentos portáteis. Além disso, há a
possibilidade de intercâmbio de prontuários e discussões de casos entre
profissionais através da Web, e alguns projetos, como, por exemplo, o de
teleoftalmologia que permite exames periódicos em fundo de olho nas
comunidades carentes ligadas a um centro médico especializado.
Fig. 1 Hospital Virtual Brasileiro
Fonte: www.epub.org.br
Além do mais, a telemedicina será de grande utilidade na educação
médica continuada e na contribuição da pesquisa. Com isso, médicos de
países diferentes podem estar sempre em contato. A Organização Pan-
americana da Saúde (OPS), por exemplo, utiliza-se da telecomunicação para
compartilhar tecnologias e redes de informação para ajudar aos governos a
conseguir, através de associações, o que eles não poderiam conseguir
separadamente. Assim, os países podem se preparar melhor para desastres
naturais ou inícios de doenças e compartilhar notícias importantes e
significativas em novos temas de saúde, como no da Saúde Publica.
Assim, pode-se definir a telemedicina como a oferta de serviços
ligados aos cuidados e/ou com a assistência à saúde, nos casos em que a
distância é um fator crítico.
Tais serviços são providos por profissionais da área da saúde,
usando tecnologias de informação e de comunicação na troca de informação
médica desde um lugar ao outro para diagnósticos, para fins de pesquisas e
avaliações, prevenção e tratamento de indivíduos isoladamente ou em grupo, e
a contínua educação de provedores de cuidados com a saúde; com o intuito de
melhorar o cuidado do paciente e de suas comunidades.
Pode-se afirmar que conforme os meios de telecomunicação forem
se tornando mais disponíveis e confiáveis, mais a telemedicina se utilizará de
suas vantagens. Os pacientes que não têm condições de acesso a hospitais ou
profissionais de saúde serão os mais beneficiados com isso. O uso ativo da
telemedicina resultará em um padrão universal de prática médica para as áreas
urbanas e rurais. Porém, o acesso aos meios tecnológicos, do qual depende o
uso da telemedicina, ainda não é disponível em todas as regiões do mundo.
Por isso, deve-se tomar muito cuidado com a relação médico-
paciente, já que, muitas vezes, a telemedicina acaba suprimindo a interação
física do exame clínico, um momento muito importante no ato médico,
principalmente no caso de teleconsulta.
Fig. 2 Discussão de Caso –
Monitor Computador
Fonte: www.epub.org.br
Fig. 3 Teleconferência – segunda opinião
médica
Fonte: www.siriolibanes.com.br
Na teleconsulta não há a presença de um médico no local, por isso
não existe o contato físico com o paciente e, portanto os dados sensíveis não
estão disponíveis. Isso altera alguns princípios tradicionais da ética médica.
Para que a relação médico-paciente não se desgaste, pode ser usada a
transmissão de informações eletrônicas chamada de televigilância.
5. Direcionamento do Projeto de Pesquisa
O Direcionamento da nossa Pesquisa nesta I.C. vai na direção de
captar as relações entre a Medicina, a Tecnologia e a Arquitetura. Entendemos
este direcionamento em duas possibilidades de estratégias metodológicas: na
linha dos Ambientes e dos Edifícios para a Assistência médica; e na linha das
Redes Urbanas (telemáticas) x Serviços de Saúde x Políticas Públicas.
No primeiro caso consideramos:
-em medicina: o funcionamento do estabelecimento de saúde e suas
unidades funcionais, englobando funções médicas (diagnóstico, tratamento e
acompanhamento, intervenção, etc.) e a parte administrativa (documentação,
fichas de pacientes, etc.);
-em tecnologia: aparelhos e o processamento de imagens médicas
(geração, análise e gerenciamento de imagens);
- em arquitetura: os espaços do estabelecimento de saúde, seus
aspectos arquitetônicos, suas soluções construtivas (cabeamento estruturado,
edifício inteligente) e retrofit (requalificação arquitetônica e adaptação
tecnológica).
O segundo caso trata as Redes de Assistência – hospitais, pronto-
socorros, clínicas, postos de saúde, farmácias, Tecnologias de Rede de
Comunicação, localização espacial dos recursos.
Porém, esta I.C. não abordará esta linha, se concentrando apenas
na primeira.
5.1 – Elementos para a exploração da Temática do Ambientes e
do Edifício
5.1.1 – Unidades Funcionais
Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, de acordo com a
Portaria RDC50 do Ministério da Saúde, são divididos em Unidades Funcionais
as quais podem ser tanto atividades específicas para a prestação de serviço
em saúde quanto para o bom funcionamento do estabelecimento.
Um Estabelecimento Assistencial de Saúde pode ter até oito
Unidades Funcionais, porém não precisam necessariamente possuir todas as
oito Unidades Funcionais, mas devem analisar a necessidade ou não delas
para a prestação dos serviços propostos.
As Unidades Funcionais são:
− Atendimento Ambulatorial: atividades de promoção, prevenção,
vigilância à saúde da comunidade e atendimento a pacientes externos de forma
programada e continuada com assistência médica e de enfermagem por um
período de 24 horas.
− ações básicas de saúde com atendimento individualizado,
educação em saúde, imunização, armazenamento e distribuição de alimentos e
relatório;
− enfermagem com consulta, serviços, curativos, reidratação,
inalação e aplicação de medicamentos;
− internação de curta duração com posto de enfermagem e
serviços, prescrição médica, quarto individual, quarto coletivo;
− consultórios com indiferenciados, serviço social, ortopedia,
diferenciados e odontologia.
− Atendimento Imediato: atendimento a pacientes externos em
situações de sofrimento, sem risco de vida (urgência) ou com risco de vida
(emergência), por um período de 24 horas. Necessita, entre outras coisas, de
desembarque de ambulância, triagem, curativos, aplicação de medicamentos,
sala de observação, sala de emergência, etc..
− Internação: atendimento a pacientes que necessitam de
assistência direta programada por período superior a 24 horas.
− internação geral (lactente, criança, adolescente e adulto)
com posto de enfermagem, prescrição médica, sala de serviços, sala de
curativo, higienização lactente, quartos e enfermarias separadas para cada
faixa etária, refeitório, antecâmara de isolamento e sala de aula;
− internação de recém-nascidos com posto de enfermagem,
prescrição médica, sala de serviços, higienização, berçário sadio, berçário
cuidados intermediários e UTI neonatal;
− internação intensiva para pacientes críticos com posto de
enfermagem, prescrição médica, quarto, área coletiva de tratamento, preparo
equipamentos e sala de entrevista;
− internação para tratamento de queimados com recepção
paciente, posto de enfermagem, prescrição médica, sala de serviços, sala de
curativo, quarto, enfermaria, balneoterapia e banco de pele.
− Apoio ao Diagnóstico e Terapia: atendimento a pacientes tanto
internos quanto externos de forma a fazer reconhecimento e recuperação do
estado da saúde (contato direto).
− patologia clínica (receber e efetuar a coleta de material,
triagem do material, análise e procedimentos laboratoriais, preparo de
reagentes, desinfecção do material analisado para ser descartado, lavagem e
preparo do material e emitir laudo das análises realizadas) com laboratórios de
hematologia, imunologia, bioquímica, emergência, de suporte à U.T.I. e à
U.T.Q., etc;
− imagenologia (fazer exames de diagnóstico e intervenção
terapêutica, escrever relatório médico e de enfermagem, cuidados pós-
anestésico e pós-procedimento, assegurar atendimento de emergência e emitir
laudo sobre o exame realizado) com radiologia, cateterismo, tomografia ultra-
sonografia, ressonância magnética, endoscopia digestiva e respiratória, etc;
− métodos gráficos (realizar exames como
eletrocardiograma, ecocardiograma, ergometria, fonocardiograma,
vetocardiograma, eletroencefalograma, potenciais evocados, etc e emitir laudo
sobre os exames realizados);
− anatomia patológica e citopatologia (exames microscópios
e/ou processamento técnico do material, exames microscópicos de materiais
citológicos, realizar necropsia, emitir laudo dos exames);
− medicina nuclear (receber, armazenar e fracionar
radioisótopos, coleta de líquidos corporais e procedimento de ensaios destes
líquidos e radioisótopos, aplicação de radioisótopos em pacientes, realizar
exames e processamento das imagens, emitir laudos e zelar pela proteção e
segurança de seus funcionários e pacientes);
− centro cirúrgico com recepção paciente, sala cirúrgica,
prescrição médica, posto de enfermagem, recuperação, etc.;
− centro obstétrico com sala de exame, pré-parto, sala de
preparo anestésico, salas de parto cirúrgico, etc.;
− centro de parto normal com recepção parturiente, sala de
exame, sala de pré-parto/ parto/ pós-parto, escovação, assistência ao recém-
nascido e posto de enfermagem;
− reabilitação com fisioterapia, box de terapias, sala para
turbilhão, piscina, terapia ocupacional, consultório, sala para terapia em grupo,
fonoaudiologia, etc.;
− hemoterapia e hematologia (triagem clínica e hematológica
dos doadores, assistência nutricional e cuidados médicos aos doadores,
processar o sangue, analisar amostra, emitir laudo, estocar o sangue e
hemocomponentes, distribuição, promover terapia transfusional e aférese
terapêutica, realizar procedimentos de enfermagem) com recepção, arquivo,
triagem, coleta, processamento de sangue, rotulagem, distribuição/
compatibilidade, estocagem, consultório, transfusão, etc.;
− radioterapia (procedimentos de enfermagem, programação
de procedimentos radioterápicos, processamento de imagens, aplicação de
radiações ionizantes, mantendo o paciente em isolamento) com consultório,
preparo paciente, posto de enfermagem, sala de serviço, sala de planejamento,
bomba de cobalto, braquiterapia, acelerador linear, raio-x (ortovoltagem), sala
de comando e sala de simulação;
− quimioterapia (procedimentos de enfermagem, administra
solução quimioterápica, mantendo o paciente em observação após terapia,
emite registro de procedimento) com consultório, sala de aplicação, área de
medicamentos e posto de enfermagem e serviços;
− diálise (proporciona condições para o tratamento da água a
ser utilizada, realiza diálise peritonial e/ou hemodiálise, procedimentos de
enfermagem e limpeza de capilares para reuso) com consultório, prescrição
médica, tratamento hemodialítico, tratamento hemodialítico de paciente
HbsAg+, diálise peritonial continua e intermitente, reprocessamento de
dialisadores, tratamento de água para diálise, sala de recuperação, posto de
enfermagem e serviço;
− banco de Leite Humano (preparo da doadora, coleta do
leite, processamento do leite -seleção, classificação, tratamento e
acondicionamento- estocagem do leite processado, distribuição) com recepção,
preparo doadora, recepção coleta externa, arquivo, coleta, processamento/
estocagem/ distribuição e controle de qualidade;
− oxigenoterapia Hiperbárica (câmara hiperbárica individual
ou coletiva, acompanhamento médico durante as seções, procedimentos de
enfermagem) com consultório, curativo, terapia individual, terapia coletiva e
área de comando.
− Apoio Técnico: atendimento direto a assistência à saúde em
funções de apoio (contato indireto).
− nutrição e dietética com cozinha tradicional (que contém,
entre outras coisas, despensa, cocção de dietas normais, especiais e de
desjejum e lanches, refeitório, copa, etc.), lactário (que contém recepção,
lavagem, descontaminação e esterilização de mamadeiras e preparo, envase,
estocagem e distribuição de formulas lácteas e não lácteas) e nutrição enteral
(que contém recepção e dispensação, preparo, limpeza e sanitização de
insumos e manipulação e envase);
− farmácia com recepção, armazenagem, distribuição,
dispensação, farmacotécnica, manipulação, diluição germicidas, controle de
qualidade, nutrição parenteral, quimioterápicos, sala de higienização de
insumos e centro de informação sobre medicamentos;
− central de material esterilizado com recepção, lavagem e
descontaminação, preparo, esterilização física, química e gasosa, e
armazenagem.
− Ensino e Pesquisa: pode ser realizada em quase todos os
setores do Estabelecimento de Assistência a Saúde. Tem por objetivo
promover o treinamento de funcionários e o ensino técnico de graduação, pós-
graduação e pesquisas na área de saúde. Possui sala de aula, sala de
professores, sala de estudos, biblioteca e anfiteatro.
− Apoio Administrativo: suporte em funções administrativas do
estabelecimento, de planejamento clínico, técnico e de enfermagem, e
documentação e informação em saúde.
− serviços administrativos com sala de direção, sala de
reunião, sala administrativa, arquivo e atendimento ao público;
− documentação e informação com registro paciente/
marcação, notificação médica, posto policial e arquivo médico passivo e ativo.
− Apoio Logístico: suporte operacional do estabelecimento que é
constituído pela lavagem das roupas, armazenagem de materiais e
equipamentos, condições técnicas para revelação, impressão e guarda de
chapas e filmes, manutenção do estabelecimento, guarda e conservação,
velório e retirada de cadáveres, conforto e higiene, limpeza do edifício,
gerenciamento dos resíduos sólidos, segurança e vigilância, instalações e infra-
estrutura predial.
− processamento de roupa com recebimento,
processamento, sala de gerador de ozônio, lavagem, rouparia, armazenagem
roupa limpa e armazenagem roupa suja;
− central de administração de materiais e equipamentos com
recepção, armazenagem, distribuição e depósito;
− revelação de filmes e chapas;
− manutenção com recepção, oficinas, guarda, distribuição e
inservíveis;
− necrotério com guarda cadáver, velório e embarque carro
funerário;
− conforto e higiene;
− limpeza e zeladoria;
− segurança e vigilância;
− infra-estrutura predial com grupo-gerador, subestação
elétrica, caldeiras, equipamentos ar condicionado, casa de bombas, tanque de
gases medicinais e central de gases medicinais.
5.1.2 – Tecnologia telemática para as Unidades Funcionais
A visão e a imagem são fatores comuns tanto à arquitetura, quanto à
tecnologia e à medicina. De forma que a arquitetura, por exemplo, é em quase
sua totalidade calcada na visão e na imagem.
O arquiteto precisa se utilizar de imagens para que possa visualizar
qual será o produto final de seu projeto através de desenhos e maquetes tanto
manuais quanto tecnológicos. Hoje o uso da tecnologia para a visualização de
espaços está se fazendo cada vez mais presente na arquitetura.
A medicina, como a arquitetura, se embasa muito na visão e na
imagem. Primeiramente deve-se citar a oftalmologia, que justamente
diagnostica e trata de problemas de visão. Além disso, a medicina está sempre
recorrendo a recursos gráficos para poder
fazer seus diagnósticos e tratamentos, através
de aparelhos como o raio-x, o ultra-som, a
tomografia, etc.
Fig. 4 Organização do Edifício
Hospitalar
Fonte: Critérios de Desempenho
para o Desenvolvimento de
Projetos dos Edifícios de Saúde
Fig. 5 Raio-X Digital
Fonte: www.epub.org.br
E a tecnologia, por sua vez é um dos principais modos de trazer a
imagem e a visualização para a arquitetura e a medicina, com seus programas
de desenho e simulação, e aparelhos que dão suporte a ambos.
Na Arquitetura, por exemplo, descobertas tecnológicas permitiram o
surgimento de novas técnicas construtivas, e desta maneira, novas
possibilidades projetuais; além de programas que instrumentalizam o arquiteto
na hora de desenhar.
A realidade virtual trouxe a possibilidade de se criar espaços
construídos apenas com informação digital, questionando a existência com a
aparência, o que pode ser visualizado sobre o que é.
Já na medicina, a tecnologia vem aparecendo em vários pontos, na
obtenção do diagnóstico, no tratamento, no acompanhamento, na prevenção,
ou na parte administrativa de uma clínica ou hospital.
Na parte administrativa a tecnologia vem mudando a forma como
toda a documentação, as fichas de pacientes, vêm sendo organizadas. Com o
advento do computador, o que era guardado em inúmeras pastas, que podiam
ocupar um cômodo inteiro, pode ser guardado em pequenos disquetes. Dessa
forma fica mais fácil encontrar e modificar a informação desejada,
economizando tempo e espaço.
Já nos outros casos a tecnologia quase sempre se utiliza da
imagem. Aparelhos de visualização, como o ultra-som ou o raio-x, já são
comuns em hospitais e clínicas. A oftalmologia já vem se servindo desses
aparelhos que podem ser vistos nos mais diversos casos. São aparelhos como:
− Excimer Laser: utilizado para cirurgias refrativas, como correção
de miopia, hipermetropia e astigmatismo;
− Laser para Fotocoagulação: utilizado para queimar a retina em
casos de retinopatia diabética, de buraco de retina e de alta miopia;
− Laser para Iridotomia: utilizado em casos de glaucoma para baixar
a pressão do olho, fazendo pequenos buracos na íris;
− Yag Laser para Capsulotomia: utilizado em pacientes que
operaram de catarata e desenvolveram opacificação de uma membrana que se
localiza logo atrás da lente;
− Auto-Refrator: análise prévia computadorizada do grau dos
óculos;
Fig. 6 Auto-refrator
Fonte: Arquivo Pessoal
− Topógrafo de Córnea: análise computadorizada da superfície
corneana. Útil para usuários de lentes e pré-operatório de cirurgias oculares;
− Campímetro: análise computadorizada do campo visual. Útil para
doenças de retina e nervo óptico (ex.: Glaucoma);
− Retinógrafo: faz os exames de
retinografia e angiofluoresceinografia. Útil para
doenças da retina (ex.: Retinopatia Diabética,
Obstrução de vasos, Degeneração Macular,
entre outros);
− Ultrassom Ocular: análise
do interior do olho;
Fig. 7 Campímetro
Fonte: Arquivo Pessoal
Fig. 8 Retinógrafo
Fonte: Arquivo Pessoal
Fig. 9 Ultrassom Ocular
Fonte: Arquivo Pessoal
− Lensômetro Automático: para
aferição computadorizada dos óculos;
− Tonômetro: para fazer a medida da pressão
intraocular (muito importante em casos de glaucoma);
− Oftalmoscópio Indireto: para
fazer o exame de mapeamento de retina.
Serve para realizar a análise detalhada da
retina.
As tecnologias telemáticas estão sendo desenvolvidas para estarem
presentes em todas as Unidades Funcionais de um estabelecimento de saúde.
Estas ainda não possuem todas as tecnologias empregadas, mas uma grande
parcela delas. Isto ocorre principalmente porque o desenvolvimento dessas
tecnologias é ainda recente e, por isso, o investimento para emprega-las é de
alto custo.
Fig. 10 Lensômetro Automático
Fonte: Arquivo Pessoal
Fig. 11 Tonômetro
Fonte: Arquivo Pessoal
Fig. 12 Oftalmoscópio Indireto
Fonte: Arquivo Pessoal
Por possuir uma grande parte dessas tecnologias em quase todos
os setores do estabelecimento de saúde, as mesmas podem acabar se
repetindo em Unidades Funcionais distintas.
Como se pode utilizar os mesmos espaços destinados à passagem
de instalações para equipamentos médicos e à passagem de instalações para
a incorporação de tecnologia ao edifício, os estabelecimentos de saúde têm
uma grande facilidade em incorporar as tecnologias que acabam por tornar o
edifício Inteligente para que haja a flexibilidade para a incorporação de
tecnologia médica. Edifícios Inteligentes são aqueles que incorporam
dispositivos de controle automático aos sistemas técnicos e administrativos.
5.1.3 – Tipologias do Edifício e Ambientes para as Unidades
Funcionais
5.1.3.1 – Tipologias do Edifício Hospitalar
As tipologias do edifício hospitalar podem ser classificadas em cinco
tipos conforme sua evolução:
− Antiguidade – pórticos e templos
− Idade Média – naves
− Renascença – cruz e claustro
− Era Industrial – pavilhões
− Pré Contemporânea – monoblocos
− Pórticos e templos: na
Antiguidade, quando o atendimento médico
não era efetuado na casa dos pacientes ou
dos próprios médicos, e sim nos templos
destinados a deuses, pois se acreditava que
poderiam auxiliar o paciente frente àquela
enfermidade. Eles localizavam-se fora das
cidades, próximos a água corrente e
bosques. Junto ao templo haviam locais
destinados aos banhos terapêuticos e em
volta do templo havia o pórtico destinado a
consultas.
− Naves: A função primordial destes hospitais medievais era
oferecer abrigo e hospedagem aos peregrinos, sadios ou não. É nessa época
que se inicia a separação entre as funções de alojamento e serviços e a
separação dos pacientes por sexo e por doença. Há também uma grande
preocupação na distribuição de água por ser fundamental para a melhoria das
condições de higiene e limpeza. Porém, esses hospitais não tinham tanto o
Fig. 13 Asclepieion de Cós, Séc. II a IV a.c.
Fonte: Le Mandat apud Miquelin, 1992
objetivo de recuperar os pacientes, mas de mantê-los longe das pessoas
sadias.
Na Idade Média, com o avanço das tecnologias estruturais, torna-se
possível a obtenção de vãos cada vez maiores, refletindo na arquitetura
hospitalar na forma de nave.
− Cruz e claustro: As construções
renascentistas são mais complexas utilizando duas
formas básicas: o elemento cruciforme e o pátio interno
ou claustro rodeando por galerias e corredores, sendo o
claustro utilizado como elemento organizador na
distribuição destes edifícios.
Fig. 14 Abadia de St. Gallen, 820
– Esquea geral de Implantação.
Fonte: Biblioteca da Catedral de
St. Gallen apud Miquelin, 1992
Fig. 15 Abadia de St.
Gallen, 820 – Enfermaria
Fonte: Biblioteca da
Catedral de St. Gallen
apud Miquelin, 1992
Fig. 16 Hospital Santo Espírito de Lubeck, 1286
Fonte: Biblioteca de Artes Decorativas de Paris apud
Miquelin, 1992.
− Pavilhões: É no final do século XVIII que o hospital vai passar a
tentar promover a cura dos pacientes, deixando de apenas assisti-los. Essa
tipologia hospitalar foi muito difundida pela Europa. Os hospitais se tornam
menores e com melhor ventilação e iluminação natural, e passam a separar os
pacientes em pequenos grupos e por patologia. O
Royal Naval Hospital de Stonehouse, em Plymouth
na Inglaterra inaugura a linguagem da morfologia
pavilhonar.
Nesta tipologia hospitalar é incorporada a
enfermaria “Nightingale”, que é basicamente um salão
longo e estreito com leitos dispostos nas laterais, tem
pé direito alto e janelas altas entre os leitos em ambas
as paredes do salão, proporcionando boa ventilação
cruzada. O posto de enfermagem é localizado no
centro da enfermaria e os sanitários em uma das
extremidades do bloco com ventilação em três de
seus lados. Na enfermaria também há locais
separados para pacientes terminais, escritório
destinado à enfermagem, utilidade, copa e depósito.
− Monoblocos: A distribuição típica de um edifício monobloco
vertical na década de 20 era: serviços de apoio no subsolo; consultórios, pronto
atendimento e raio-x no térreo; laboratório e administração no primeiro andar;
internação nos pavimentos intermediários; e centro cirúrgico no último
pavimento. É nesta época que a Europa começa a trocar as enfermarias
“Nightingale” por quartos.
− Tipologia mista: Surge após a 2ª Guerra Mundial e consiste em
um edifício vertical que abriga as unidades de internação e do centro cirúrgico,
apoiado sobre um bloco horizontal que abriga os serviços de apoio e
diagnóstico.
Fig. 17 Royal Naval Hospital
Fonte: Hospital arch. & beyond apud Miquelin, 1992.
Fig. 18 Enfermaria “Nightingale”
Fonte: Hospitals apud Miquelin, 1992
Fig. 19 South East Metropolitan
Regional Hospital
Fonte: DHSS apud Miquelin, 1992
1- Torre Simples 6- Lâminas Independentes
2- Torre Complexa 7- Pente e pavilhão
3- Torre Radial 8- Pátio Estendido
4- Lâminas Articuladas 9- Pátio Compacto
5- Monólito ou Monobloco Vertical 10- Monobloco Vertical.
Nos dias de hoje o preconizado são a tipologia pavilhonar e a
vertical de acordo com o terreno mais adequado para cada. Da tipologia em
monobloco também derivam, além da tipologia mista, a tipologia em T, em H,
em H duplo e em I.
5.1.3.2 – Ambientes para as Unidades Funcionais
Os Estabelecimentos de Saúde são extremamente complexos
devido, principalmente, ao número de funções que realizam hoje e à rapidez
pela qual tendem a necessitar de adaptações e expansões.
São organismos dinâmicos, sempre em mutação. A mudança ocorre
desde o layout, até soluções construtivas. Devem ser pensados seus novos
aspectos arquitetônicos, um novo espaço para o consultório, para a sala de
cirurgia, etc., levando em consideração aspectos construtivos e tecnológicos
que até pouco tempo atrás não se pensava.
− Atendimento ambulatorial:
− ações básicas de saúde (inclui a Saúde Pública e Vigilância
Sanitária): nos Estabelecimentos de Saúde a maior parte dos dados são
levantados e transmitidos para a Secretária da Saúde que, por sua vez,
transmite para o Ministério da Saúde. Este Sistema de informação em Saúde é
fundamental para que se possa rapidamente avaliar e tomar decisões no
Fig. 20 Esquema de
Classificação de Estratégias de
Planejamento Hospitalar Fonte:
Hospitals apud Miquelin, 1992.
controle epidemiológico do país, e também para melhor aplicar a verba
disponível onde realmente é necessário.
Assim, com a incorporação tecnológica neste ambiente, é
necessária a previsão de uma estação de trabalho adequadamente planejada
para a utilização do computador e este deve ser ligado à rede que se comunica
com a secretaria da saúde para o envio de dados.
− Enfermagem: a grande revolução tecnológica dentro dessa
área é o Prontuário Eletrônico (cadastro de todas as informações médicas de
um paciente transmitidas ou armazenadas eletronicamente). O prontuário
eletrônico minimiza a desatenção a detalhes que podem ser muito importantes;
possibilita a busca coletiva, a pesquisa e as análises estatísticas; assim como
possibilita, através da Internet, o acesso imediato a toda informação.
Dessa forma, o posto de enfermagem precisa incorporar uma
estação de trabalho ligada a uma rede de cabeamento estruturado para ter
acesso ao prontuário eletrônico, de modo que, dependendo do fluxo de
enfermeiras, é necessária a sua ampliação.
Fig. 21 Sala de Vacina
Fonte: arquivo pessoal
Fig.22 Prontuário Eletrônico
Fonte: www.epub.org.br
− internação de curta duração: a tecnologia neste caso pode
ser agregada de forma a auxiliar no momento em que o paciente volta para sua
casa durante a noite. Nesse caso, as tecnologias utilizadas são a
telemonitoração e telediagnóstico. A internação de curta duração deve possuir,
assim, uma sala para esta finalidade, com linhas de telefone, computadores e
aparelhos próprios para a leitura dos exames transmitidos.
− consultórios: neste ambiente também está sendo utilizado o
sistema de prontuário eletrônico. Há também a teleconsulta e a possibilidade
de intercâmbio de prontuários e discussões de casos entre profissionais
através da web. Isso mudou a configuração do consultório com a incorporação
de um terminal de computador que deve estar ligado à internet por uma linha
rápida e possuir webcamera. Além disso, a mesa deve ser desenhada de
maneira que se adeqüe o uso do computador sem atrapalhar a conversa com o
paciente. Também deve possuir um sistema de
cabeamento estruturado que integre a recepção e
os exames realizados na própria clínica ao
computador do médico.
− Atendimento imediato:
− ugência e emergência: a tecnologia, nesse caso, foi
incorporada nas ambulâncias e resgates, de forma que passa a ser necessário
um posto de trabalho equipado com computador que receba as informações do
resgate e transmita à equipe médica que atenderá o caso.
− Internação: foi implantado no Hospital Albert Einstein um piloto
no uso de videoconferência nas enfermarias possibilitando a conversa entre o
paciente e o médico. Assim, no quarto do paciente passa-se a ter um aparelho
conectado à televisão e uma câmera de videoconferência e, nas enfermarias,
faz-se necessária a previsão de pontos de entrada na rede (incorporados às
réguas de gases e tomadas junto ao leito) para acesso fácil às informações do
paciente ou conectar algum aparelho de monitoramento.
Fig. 23 Posto de
Enfermagem – Hospital
InCor
Fonte: arquivo pessoal
Fig.24 Consultório
Fonte: arquivo pessoal
− internação UTI/CTI: passa-se a ter uma ligação dos
monitores da U.T.I. na rede interna do hospital que, muitas vezes, também
permite o acesso externo a esta rede, de forma a possibilitar que o médico
acompanhe todos os sinais vitais do paciente internado à distância. Também
estão sendo incorporados nas réguas de U.T.I. pontos de acesso à rede interna
do hospital. Além disso, devido principalmente
à quantidade de tecnologia que está sendo
incorporada às Unidades de Tratamento
Intensivo, estas réguas possuem alguns
modelos com suportes para os equipamentos
de monitoramento, como, por exemplo,
estantes laterais.
− Apoio ao diagnóstico e terapia: há uma grande variedade de
técnicas de produção de imagens, destacando-se os métodos radiológicos
Fig. 25 Enfermaria
Hospital InCor
Fonte: arquivo
pessoal
Fig. 26 Det.
Enfermaria InCor -
tomada de acesso à
rede incorporada na
régua ao lado do leito
Fonte: arquivo
pessoal
Fig. 27 Monitor U.T.I. – transmite sinais ao Palm – InCor
Fonte: www.estado.estadao.com.br
(raio-X simples e contrastado, tomografia, ressonância magnética, medicina
nuclear, ultra-sonografia, ecocardiografia), micrografias, exames
anatomopatológicos, endoscopias, análises cromossomiais e fotografias, além
dos exames relacionados em particular com a oftalmologia.
Os exames tradicionais de raio-X, com a melhoria da tecnologia da
computação, atualmente podem ser adquiridos e processados pelo
computador. Além disso, equipamentos como o eletrocardiógrafo, o ultra-som,
o tomógrafo, o analisador bioquímico de sangue, etc. podem ser integrados
diretamente à rede.
Devido à evolução constante das tecnologias, nas áreas de
diagnóstico e terapia são necessárias áreas para futuras ampliações, sendo
que em algumas áreas, como
laboratórios e salas cirúrgicas,
dependendo dos aparelhos a serem
incorporados e da sua quantidade, são
necessárias áreas maiores para
comportar de forma adequada estes
equipamentos.
− centros cirúrgicos: incorporam a telecirurgia (utilização de
braços robóticos comandados a distância ou não pelo cirurgião). Em uma sala
cirúrgica que possibilite a telecirurgia é necessário,
além do espaço de todos os equipamentos utilizados
anteriormente, que se contabilize o espaço ocupado
pelo robô, não se esquecendo das ligações elétricas,
câmeras e da rede.
Fig. 28 Laboratório de Análises Clínicas –
Hospital da Criança
Fonte: Arquivo Pessoal
Fig. 30 Cirurgia
através de Braços
Robóticos
Fonte: www.epub.org.br
Fig. 29 Braço Robótico – InCor
Fonte: Jornal O Estado de São Paulo
− Apoio técnico: a rede de computadores interna ao hospital
possibilita que essa unidade funcional receba pedidos, faça a dispensação com
controle por código de barras e consiga ter o seu levantamento do estoque os
custos sempre atualizados, de forma a se fazer necessária a previsão de
espaços para a incorporação desses computadores.
− Ensino e pesquisa: esta unidade funcional vem se utilizando
cada vez mais da internet, sendo necessário apenas espaços para
computadores com acesso à web. Também estão começando a ser utilizadas
novas tecnologias, principalmente a videoconferência e a realidade virtual, que
permitem um melhor treinamento dos alunos. Nesse caso é necessário que
sejam previstos espaços adequados para que, por exemplo, no caso da
videoconferência, vários alunos possam assistir a uma cirurgia, ou, no caso da
realidade virtual, o aluno treine operar sobre uma imagem virtual antes de ir
para a sala cirúrgica.
− Apoio administrativo: softwares já existentes no mercado
destinados a administração em saúde podem diminuir espaços nesses
ambientes. Onde eram necessários armários e espaços para fichários para
armazenar folhas de pagamentos, gestão de estoque de materiais de consumo,
documentos, controle de medicamentos, registro paciente/ marcação, etc., hoje
já é possível prever apenas espaços para computadores.
Na área responsável pelo arquivo médico (ativo e passivo) há um
grande impacto nesse sentido com a implantação do prontuário eletrônico. O
espaço nesse caso também tinha que ser dimensionado para ocupar uma
grande quantidade de papéis, e essa área física está sendo liberada com a
utilização do prontuário eletrônico. Além disso, diminui-se a circulação de
pessoas pelo hospital, e o papel, que pode ser um fator de contaminação por
circular por todo o hospital e ser muito manuseado, passa a não existir mais.
− Apoio logístico: dentro dessa unidade funcional as principais
áreas onde há incorporação de tecnologia são as áreas de segurança e
vigilância, manutenção e Infra-estrutura predial.
Fig. 31 Ensino Médio a Distância
Fonte: www.edumed.net
08/02/2003
A tecnologia incorporada nestes setores corresponde ao que
conhecemos por Edifícios de Alta Tecnologia. O Edifício da Alta Tecnologia
será explicado no item 5.1.4.6 deste mesmo capítulo.
− Circulação vertical e horizontal: o dimensionamento adequado
e planejado da ligação entre as unidades funcionais, ou seja, das circulações, é
crucial para o funcionamento e a integração de novas tecnologias, para a
flexibilidade e para a longevidade do edifício.
As unidades funcionais são agrupadas de acordo com o risco de
transmissão de infecção, que podem ser classificadas em:
− áreas críticas: ambientes onde existe maior risco de transmissão
de infecção ou onde existem pacientes com o sistema imunológico debilitado.
− áreas semi-críticas: ambientes ocupados por pacientes com
doenças infecciosas de baixa transmissibilidade ou doenças não-infecciosas.
− áreas não-críticas: ambientes que não são ocupados por
pacientes.
As principais circulações de um estabelecimento de saúde são a
circulação de pacientes ambulatoriais, a circulação de pacientes internados, a
circulação de visitantes, a circulação de pessoal e a circulação de serviços.
Deve-se sempre manter separados os pacientes ambulatoriais dos
internos, lembrando-se que os pacientes ambulatoriais devem adentrar o
mínimo possível no hospital e que o tráfego dos pacientes internados não deve
se misturar com o tráfego de serviços do hospital.
Deve-se considerar a movimentação de pessoal administrativo,
visitantes e fornecedores; de pessoal técnico, de enfermagem e de serviços de
apoio; de pacientes em macas, cadeiras de rodas e ambulantes; de serviços
complementares de diagnóstico e tratamento; de refeições; e de cadáveres
para o necrotério.
Em alguns estabelecimentos separa-se a circulação de médicos,
funcionários e suprimentos da circulação dos pacientes chamando a primeira
de corredor de serviços ou circulação branca.
A circulação pode ser horizontal, composta por corredores de largura
mínima de 2,00m quando há um trafego intenso de pacientes e material e de
1,20m quando o corredor é destinado a circulação de pessoas e cargas não
volumosas, e composta também por portas de acesso de pacientes, devendo
possuir vão mínimo de 80 cm e, para a passagem de macas e camas, vão
mínimo de 1,10m.
A circulação também pode ser vertical, constituída por escadas,
rampas, elevadores, monta-cargas e tubo pneumático.
O elevador em um edifício de saúde deve ser dimensionado para a
entrada de maca e do corpo clínico acompanhando o paciente; e o seu
acabamento deve ser resistente, durável e que permita fácil limpeza e
desinfecção.
A incorporação da tecnologia telemática vem a diminuir as distâncias
não apenas fora do Estabelecimento de Saúde, mas também dentro dele, de
modo a agilizar o atendimento aos pacientes e, com isso, possibilitar que mais
pessoas sejam atendidas. Assim, o número de funcionários que antes eram
necessários para o transporte de informações (resultado de exames
laboratoriais, exame de Raio x, prontuário, etc.) diminui e, por conseqüência, o
número de pessoas circulando pelos corredores da Instituição também diminui,
o que faz com que haja menos risco de infecção hospitalar.
5.1.4 – Tecnologia na Arquitetura Hospitalar
Com as tecnologias telemáticas, cada vez mais a arquitetura dos
estabelecimentos de saúde tem que se adaptar à rapidez com que os novos
equipamentos vêm surgindo.
Devido a esse ritmo acelerado na evolução tecnológica dos
equipamentos, as áreas de Diagnóstico e Terapia são as que têm maior
tendência a mudanças; pois com a evolução dos equipamentos pode-se ser
necessário mais ou menos espaço. Isso gera uma grande necessidade de se
adaptar, o que torna a flexibilidade um fator muito importante no edifício
hospitalar.
A padronização dos espaços proporciona a flexibilidade dos
cômodos do edifício, de forma a abrigar diferentes tarefas com pequenas
adaptações e sem grandes alterações físicas.
O aumento da complexidade funcional dos edifícios hospitalares foi
acompanhado, nos últimos 100 anos, por um aumento no seu tamanho. Ou
seja, o estabelecimento para a saúde deve ser pensado como um organismo
que cresce.
Além disso, o edifício hospitalar precisa ser pensado sob a ótica da
infecção hospitalar. Assim, é fundamental que sejam planejadas e pensadas
todas as instalações do edifício para que não haja instalações aparentes, pois
certos ambientes necessitam de cuidados específicos de projeto e de
superfícies lisas e laváveis para a prevenção, redução ou eliminação de riscos
de contaminação.
5.1.4.1 – Estrutura
A preocupação com a flexibilidade do edifício destinado a saúde
inicia-se no projeto estrutural. Um modo de se melhorar as condições de
flexibilidade através da estrutura é a modulação desencontrada. Os espaços
são projetados em função de um módulo, porém a modulação estrutural fica
defasada da modulação arquitetônica, assim as paredes passam a não estar
sobre as vigas, facilitando a passagem de dutos verticais embutidos nas
paredes.
Existem algumas alternativas para a passagem de dutos através do
piso:
− Paredes sobre baldrame: desloca-se as paredes internas ou
externas do baldrame, deixando espaço junto às vigas para a passagem de
dutos.
− Baldrame aprofundado: espaço entre o baldrame e a laje de piso
destinado à passagem e ao caimento adequado dos dutos.
− Base armada: apóia-se as paredes sobre laje armada e não sobre
viga baldrame. A flexibilidade dada por esta solução possibilita a retirada e
recolocação de paredes.
5.1.4.2 – Paredes e Divisórias
A modulação tem uma grande importância na distribuição e
redistribuição de paredes e divisórias, de forma a não deixar vãos quando
novas paredes e divisórias se deparam com janelas e paredes existentes,
permitindo a passagem de som.
De acordo com o Ministério da Saúde, as divisórias devem ser
resistentes à água para que possam ser lavadas e, nas áreas críticas do
edifício como o centro cirúrgico, as superfícies devem ser lisas para facilitar a
limpeza e desinfecção e dificultar o acúmulo de poeira.
5.1.4.3 – Espaços Técnicos
O edifício destinado à saúde possui uma infinidade de sistemas
ordinários e especiais sendo estes mais complexos conforme a complexidade
do estabelecimento e do atendimento por ele efetuado. São sistemas como:
energia elétrica; telefonia; cabeamento de rede; sonorização ambiental;
Fig. 32 Flexibilidade de
Instalação de Dutos
Fonte: Manutenção
Incorporada à
Arquitetura Hospitalar
abastecimento de água, água quente, gás, oxigênio, etc.; climatização; entre
outros.
Essa grande quantidade de instalações demanda manutenção
corretiva e preventiva, reformas e ampliações, o que torna necessário a
existência de espaços técnicos:
− Espaço técnico horozontal:
− espaço acima do forro falso: situado entre a laje e o forro
falso. O forro falso deve estar abaixo da viga para possibilitar a passagem dos
dutos. Em áreas críticas o forro não pode ser removível, mas nas demais areas
o forro removível facilita a manutenção.
− andar técnico: em áreas que concentrem uma quantidade
muito grande de equipamentos e instalações complementares, como o centro
cirúrgico, é altamente compensador e justificável a presença de um andar
técnico.
É necessário que o piso do pavimento técnico seja de laje armada
devido ao número de aberturas necessárias e ao peso de equipamentos que
deve ser suportado. Também precisa ser impermeabilizado e possuir uma boa
drenagem de água para que não haja percolação ou risco para o pavimento
localizado abaixo devido a vazamentos e concertos.
− forro técnico visitável: espaço entre a laje e a cobertura,
com pé-direito que proporcione o acesso e a manutenção.
− galeria elevada: espaço técnico em forma de corredor.
− galeria subterrânea: como a galeria elevada, mas possui
detalhes a serem observados como umidade, condensação, escuridão,
dificuldade de ventilação, etc..
− espaços externos: empenas, platibandas e elevações
utilizadas para receber e conduzir dutos. Devem ser observados detalhes como
insolação, corrosão e dilatação.
− piso elevado: devido à grande quantidade de água
necessária para lavar as áreas críticas e semi-críticas, o piso elevado costuma
ser usado em áreas não-críticas.
− Espaço técnico vertical:
− Shaft
Fig. 33 Andar Técnico
InCor
Fonte: arquivo pessoal
− parede prumada: paredes em alvenaria com as instalações
embutidas por toda a extensão do prédio, abastecendo todos os pavimentos.
Têm como variante os armários prumada e os painéis prumada, os quais
costumam ser estreitos e possibilitam o acesso por meio de portas existentes
em cada pavimento.
− prumada justaposta ao pilar: as instalações faceiam os
pilares contínuos podendo ser embutidos em alvenaria ou escondidos por meio
de painéis tanto fixos como removíveis.
− espaços técnicos específicos: destinados a instalações de
equipamentos específicos. Instalações que necessitam de pouca manutenção
podem estar localizados em lugares menos acessíveis, já equipamentos e
instalações que necessitam de uma manutenção mais freqüente deve ter seu
acesso facilitado.
5.1.4.4 – Materiais de Acabamento
O material de acabamento ideal para esse tipo de edifício deve ser
resistente a água e a soluções germicidas, impermeável, de fácil limpeza e
conservação e não deve possuir juntas que dificultem a limpeza. Isso tudo
devido ao grande e intenso fluxo de pessoas, materiais, cadeira de rodas e
macas, que levam à necessidade diária de higienização dos ambientes com
produtos químicos de grande ação de limpeza e desinfecção e grande
quantidade de água.
Outro ponto fundamental na questão da especificação dos materiais
de acabamento é a sua durabilidade devido à necessidade de que não seja
preciso muitos reparos e trocas para não atrapalhar o funcionamento do
edifício.
Não se deve simplesmente padronizar os acabamentos de um
hospital, mas devem ser especificados de acordo com cada ambiente e com as
atividades que nele serão executadas. Ao mesmo tempo, o ideal é que um
acabamento seja adequado para vários ambientes, dotando-os de maior
flexibilidade.
A relação entre o tipo de acabamento e o material indicado é:
− piso: piso vinílico em placas ou manta, pisos de alta resistência e
pisos cerâmicos de alta residência e baixa absorção de água com junta epóxi.
Fig. 34 Shaft – InCor
Fonte: arquivo pessoal
− paredes: tinta acrílica, tinta óleo, tinta PVA, epóxi, laminado
melamínico e cerâmica de baixa absorção de água com rejunte epóxi.
− tetos: nas áreas críticas devem ser lisos e contínuos e podem ser
removíveis nas demais áreas.
− bancadas: os materiais mais utilizados são o aço inox e o
laminado melamínico.
− portas: laminado melamínico e tinta óleo.
5.1.4.5 – Redes de Computadores
“Uma rede de computadores liga dois ou mais computadores de
forma a possibilitar a troca de dados e o compartilhamento de recursos
incluindo periféricos”, (MEYER et al, 2000).
Existem três tipos de redes: LAN (rede local), MAN (rede
metropolitana) e WAN (rede de longa distância).
Os componentes básicos de uma rede de computadores incluem
padrões (protocolos), que especificam como os computadores vão se
comunicar na rede, e meio físico como cabos e roteadores, que guiam as
mensagens para o seu destino.
5.1.4.5.1 – Cabeamento Estruturado
O sistema de cabeamento estruturado é um sistema preparado para
atender aos mais variados lay-outs de instalação por um longo período de
tempo, sem exigir modificações físicas da infra-estrutura. O cabeamento
estruturado possibilita a conexão de todos os equipamentos informáticos
necessários, estabelecendo a rede de uma só vez.
O cabeamento estruturado baseia-se em normas internacionais
que evitam as constantes alterações de produtos e sistemas “proprietários”,
onde um só fabricante é detentor da tecnologia, pois direcionam os fabricantes
para um certo conjunto de soluções próximas.
A instalação de um sistema de cabeamento estruturado deve
obedecer cinco pontos:
− equipamentos: onde se localizam os equipamentos ativos do
sistema e as interligações com sistemas externos, por exemplo: central
telefônica, servidor de rede, central de alarme, supervisor geral, etc. Para esta
função pode-se destinar uma sala, um shaft, etc,.
− cabeamento vertical: todo o conjunto permanente de cabos
primários que interliga a sala de equipamentos aos painéis distribuidores locais.
− painéis de distribuição: localizam-se em diversos pontos da
edificação. Recebem, de um lado, o cabeamento primário e, de outro, o
cabeamento horizontal, fixo. Nos painéis é possível escolher e ativar cada
posto de trabalho.
− cabeamento horizontal: conjunto permanente de cabos
secundários que liga o painel de distribuição ao ponto final do cabeamento.
− posto de trabalho: ponto final do cabeamento estruturado, onde
tomadas fixas atendem a computadores , telefones, sensores, etc.
Na instalação deste tipo de sistema para sinais de baixa tensão (voz,
dados, imagem) utiliza-se cabos tipo coaxial, cabos de par trançado e fibra
ótica.
O aterramento é um dos elementos para garantir a qualidade da
rede elétrica, esta alimentará os equipamentos que utilizarão o cabeamento
estruturado. Ele deve ser projetado de forma integrada para a rede elétrica, de
telecomunicações, computação, automação, segurança, proteção de
descargas, etc, e deve seguir as Normas da ABNT.
O aterramento, quando contemplando todos os sistemas, também
funciona como proteção contra interferências eletromagnéticas de origens
diversas. Também para esse fim, pode-se introduzir dispositivos de proteção
para linhas e implantar um sistema de pára-raios para as estruturas,
assegurando também a proteção das pessoas que utilizam o sistema.
5.1.4.5.2 – Rede sem Fio
A rede local sem fio (Wireless Local Área Network) é um sistema de
comunicação de dados flexível implementada como uma extensão, ou como
uma alternativa às redes de cabeamento estruturado. Utiliza a tecnologia de
rádio-frequência ou infravermelho e, por transmitir os dados através do ar,
diminui a necessidade dos cabos.
A conexão sem fio é feita através de uma placa especial de rede no
servidor e precisa que os computadores possuam adaptadores para recepção
e irradiação para se conectar ao servidor, além de uma antena. Assim, o
usuário acessa a rede sem a preocupação com um lugar para se conectar.
Os nós sem fio têm um alcance de várias centenas de metros, mas
pode ser prejudicado por aço pesado ou pisos e paredes de concreto. Além
disso, como a sua taxa de transmissão de dados é relativamente baixa em
comparação ao sistema cabeado e seu custo ainda é elevado, as redes locais
sem fio ainda não estão sendo muito utilizadas na substituição das redes locais
com fio.
De qualquer modo, a rede sem fio apresenta alguns benefícios em
relação à rede com fio:
− mobilidade: possibilidade de conexão à rede de qualquer lugar,
desde que na área de alcance, sem a necessidade de estar preso a cabos.
− instalação rápida e simples: não é necessário atravessar cabos
através de paredes e andares.
− flexibilidade: permite acesso à rede de locais onde o acesso a
cabos é difícil.
− configuração: pode ser configurada segundo diversas tipologias
de rede, além de poder ser modificada facilmente.
− segurança: podem ser instalados diferentes códigos em uma
mesma sala, impedindo o desvio de informação.
5.1.4.6 – Edifício de Alta Tecnologia
Os edifícios de alta tecnologia possuem características como:
− dispõem dos novos serviços oferecidos pelas tecnologias de
informação;
− integram os serviços em uma nova rede de comunicações;
− fazem o controle e o gerenciamento através de um ou mais
computadores interligados.
De acordo com CASTRO NETO (1994), apesar do custo altamente
elevado, existem tais vantagens em um edifício de alta tecnologia:
− a vigilância de todo o prédio pode ser feita por apenas uma
pessoa por turno;
− diminui-se o número de funcionários para manutenção;
− melhora-se a manutenção das instalações;
− economiza-se energia;
− avarias podem ser detectadas com maior rapidez;
− aumenta-se a qualidade do conforto ambiental;
− aumenta-se a eficiência na respostas a alarmes;
− analisa-se com maior facilidade os rendimentos através de
relatórios emitidos pelo sistema.
Devido ao aumento do custo da energia elétrica e à possibilidade de
futuros racionamentos, o controle e a economia se fazem necessários e podem
ser propiciados pelas seguintes intervenções: controle automático da
iluminação; administração de demanda de energia; utilização de energia solar,
quando possível; controle automatizado do sistema de ar condicionado, etc.
5.1.4.6.1– Sistema de Administração Predial
Este sistema abrange:
− Elétrica/iluminação: emprega-se o monitoramento deste sistema
com o objetivo de:
− controlar a demanda;
− controlar o fator de potência;
− controlar o grupo gerador;
− controlar a iluminação;
− tentar a otimização do consumo.
Para tanto o software de controle de grandezas elétrico supervisiona
os transformadores, disjuntores, o quadro de alimentação de equipamentos,
centrais de medição, controles de demanda, controladores de fator de potência,
no-break’s e grupos geradores.
A programação de horários para apagar as luzes pode se feita nas
áreas administrativas; mas, nas áreas de atendimento 24 horas e de
internação, este trabalho tem que ser desempenhado pelos próprios
funcionários. Nesse último caso deve ser feito um monitoramento do consumo
diário para não ultrapassar metas de consumo.
− Hidráulica: automatizando o sistema de abastecimento de água,
torna-se possível monitorar o nível dos reservatórios, quais bombas estão
funcionando, se alguma está com defeito, o consumo de água diário e o
controle da qualidade da água consumida que é um dos fatores de controle de
infecção hospitalar.
− Condicionamento de Ar e Ventilação: a automatização do
sistema de ar condicionado permite controlar a temperatura, fazendo com que
o sistema opere em torno da maior temperatura da zona de conforto e dentro
das Normas da ABNT para Instalações Hospitalares, desligar o sistema sempre
que o ambiente estiver vazio ou uma hora antes do final do expediente,
monitorar o sistema de exaustão do prédio e controlar todas as centrais de
refrigeração e bombas que estão em funcionamento para que áreas que
necessitam do condicionamento de ar para o seu funcionamento não tenham o
serviço interrompido.
Os principais itens monitorados são: o estado dos equipamentos, o
bombeamento do compressor, a falta de tensão de comando, a proteção
anticongelante do evaporador, a falta de óleo, a sobrecarga do motor, a
temperatura do mancal, a pressão diferencial de óleo, a pressão de trabalho do
condensador e do evaporador, a vazão de água gelada dos circuitos primários
e secundários e a temperatura de entrada e de retorno das águas geladas e de
condensação.
5.1.4.6.2– Transporte Vertical
A automatização do sistema de elevadores possibilita: o controle de
abertura e fechamento de portas, determinar prioridade de atendimento a
chamadas e a seqüência que as chamadas serão atendidas, o controle de
quando se deve desabilitar as chamadas, definir qual elevador vai atender a
determinada chamada, e a possibilidade do elevador, em casos de transporte
de pacientes, não fazer paradas, apenas parar no andar de destino.
O controlador também pode monitorar o sistema de segurança e
sinalização, verificando a velocidade do elevador, se as portas da cabine estão
travadas, se a rede elétrica está em condições de movimentar o elevador e se
a cabine está no nível do piso.
5.1.4.6.3– Telecomunicações e Rede
O sistema de telecomunicações proporciona serviços como:
videoconferências, transmissão de dados via satélite, transferência digital de
dados de alta velocidade, sistema de telefonia, megafonia, busca-pessoal, etc.
O sistema mais utilizado hoje é o cabeamento estruturado, pois possui a
grande vantagem da flexibilidade.
A infra-estrutura de telecomunicação, como todas as outras, deve
ser pensada juntamente com o projeto arquitetônico, tendo os espaços
dimensionados e localizados da melhor maneira possível e sem adaptações
posteriores. Isso não significa que esta infra-estrutura deva ser implantada
desde o início, mas que se deve prever a sua futura implantação.
5.1.4.6.4– Sistema de Segurança
O sistema de segurança pode abranger as seguintes áreas:
− controle de acessos;
− alarmes contra roubo;
− controle de abertura e fechamento de portas a distância;
− controle de rondas e itinerários;
− detecção de incêndio, alarmes e extintores;
− circuito fechado de televisão.
Estes sistemas podem estar ligados a uma central de segurança 24
horas, a qual pode tomar as precauções necessárias em qualquer problema.
O controle de acessos pode ser feito através de cartão magnético,
código de barras, impressão digital ou leitora da íris, alarme contra intrusos,
portas com dispositivo de entrada só para pessoas autorizadas, detector de
metais, etc. Estes sistemas são empregados de acordo com o grau de
necessidade de segurança de determinada área do edifício ou do edifício como
um todo.
A detecção de incêndio pode ser feita com centrais e repetidoras
microprocessadas onde se ligam detetores e acionadores manuais,
automáticos ou endereçáveis.
O circuito fechado de televisão tem que ter o cuidado na sua
implantação para que não invada a privacidade e exponha os pacientes que ali
estão sendo atendidos.
5.1.4.6.5– Sistema de Automatização dos Serviços
A automatização dos serviços se aplica a todos os serviços feitos
dentro do estabelecimento de saúde, principalmente a área burocrática e
administrativa, que utilizam as novas tecnologias para o melhor e mais eficiente
funcionamento dos seus serviços.
Esse serviço controla e racionaliza processos desde a entrada de
pacientes, consultas e internações, pronto atendimento, centro cirúrgico,
ambulatório, internação e enfermagem até atividades administrativas como
faturamento, compras, estoques, dispensação, distribuição e custos.
Para isso utilizam-se terminais de computadores, fotocopiadoras, fax
ligados a rede, etc., possibilitando uma melhor e mais rápida comunicação
entre os diversos setores e diminuindo o fluxo de pessoas e papéis. Agora tudo
isso caminha pela rede tanto interna como externa ao edifício.
5.1.4.6 – Retrofit
Retrofit é uma palavra da língua inglesa que significa readequação
ou reajustamento. O retrofit é o ato de se adaptar algo do passado às
mudanças promovidas por uma nova era, ou seja, realizar intervenções em um
edifício com o objetivo de adequá-lo tecnologicamente. Em alguns casos
emprega-se a palavra retrofit como reforma ou troca de um componente ou
sistema.
Devido às inovações tecnológicas que vêm surgindo de forma tão
rápida, edifícios construídos há apenas 10 anos já necessitam de adaptações
para que não se tornem obsoletos.
O cabeamento estruturado vem sendo muito usado em retrofit por
atender diferentes tipos de rede de baixa tensão (telefonia, redes locais de
computação, sistema de alarme, sistema de transmissão de vídeo, automação
predial) e facilitar a adequação de layout.
As previsões arquitetônicas que devem ser consideradas na
recuperação de edifícios têm como principal problema a ser enfrentado o fato
de as novas instalações precisarem de espaços que não haviam sido previstos
na maioria destes edifícios. Deve-se procurar soluções para integrar essas
instalações dentro das necessidades e das normas no caso do edifício
destinado à saúde e sem quebrar a estética do mesmo.
6. Conclusão
Após todo esse tempo de pesquisa, chego à conclusão de que a
prática médica está mudando devido à inserção das novas tecnologias
telemáticas de forma que a arquitetura deva estar apta a dar as respostas
espaciais adequadas e possibilitar a incorporação tecnologia. Ou seja, a
arquitetura não deve ser um empecilho para o desenvolvimento e para a
prática médica, mas sim um aliado e deve evoluir conjuntamente com a
medicina.
Chegar a esse ponto foi muito importante para a minha formação,
pois, com essa pesquisa, agora posso dizer que sei as noções básicas para um
projeto de arquitetura hospitalar. E isso me possibilitou ter mais segurança para
escolher, para o meu projeto de TGI, fazer um hospital, o que acho muito
importante, pois se já formada eu for convidada a fazer um projeto na área de
saúde, não seria a minha primeira experiência.
Creio se fosse continuar a pesquisa, visitaria mais hospitais e
aprofundaria mais a história da assistência médica e seu desenvolvimento
tecnológico. Também trataria da segunda possibilidade de estratégia
metodológica, que vai na linha das Redes Urbanas (telemáticas) x Serviços de
Saúde x Políticas Públicas.
7. Bibliografia
• CAMARGO, Azael R. A Cultura Contemporânea e as Novas
Tecnologias: Em Busca de Conceitos para se Pensar os Impactos Culturais e
Desenhar Novos Bens e Serviços Culturais. Curitiba, I Feira Interamericana do
Livro, 1997.
• CAMARGO, Azael R. Síntese das principais manifestações,
tendências e conceitos da Urbanização Virtual. São Carlos, CNPq/EESC-USP,
1996.
• CAMARGO, Azael R. et al. Políticas Públicas relativas aos Bens
e Serviços Urbanos originados da Telemática: Pensando as Formas de
Intervenção - Planejamento e Desenho -, e os Meios de Ação - Design de
Ambientes Cognitivos e Comunicativos. São Carlos, CNPq/EESC-USP, 1998.
• CASTRO NETO, J. S. Edifício de alta tecnologia. São Paulo,
Carthago & Forte, 1994.
• DÂMASO, Luísa. “Case vira-se para a saúde” in Semana
Informática. 2002.
http://www.case.pt/000118.html
• FARIA, Bernardo M. de. Um Sistema para Telemedicina em
Hemodinâmicas utilizando Redes de Baixa Velocidade. Orientador: Arnaldo de
Albuquerque Araújo. NPDI – DCC – ICEx UFMG , Av. Antônio Carlos, 6657,
Belo Horizonte, MG, Brasil, 31270-901. e-Cath, 2002.
http://www.dcc.ufmg.br/pos/html/spg2002/anais/bernardo/bernardo.htm
• FOULCAULT, M. O nascimento da clinica. Rio de Janeiro,
Forense Universitária, 2001.
• FRANÇA, Genival Veloso de. “Telemedicina: breves
considerações ético-legais”. in Direito Médico. São Paulo, Fundo Editorial Byk,
2001.
• Revista Eletrónica de Derecho y Bioética.
http://www.filosofiayderecho.com/redb/numero2/telemedicina2.htm
• Hospital Oftalmológico
http://www.oftalmo.com.br
• Laboratório de Telemedicina – LAT
Departamento de Informática em Saúde – DIS
http://www.unifesp.br/dis/lat/cdv
• LATORRACA, Giancarlo. João Filgueiras Lima, Lelé. São Paulo,
Instituto Lina Bo e P. M. Bardi; Lisboa, Editorial Blau, 1999.
• Marinelli, Alexandra. Interespaços Arquitetônicos e Virtuais dos
Serviços de Saúde: Suporte Telemático aos Processos de Diagnóstico,
Tratamento e Cura. Dissertação de mestrado, São Carlos, EESC-USP,
setembro 2003.
• Miquelin, Lauro C. Anatomia dos Edifícios Hospitalares. São
Paulo, CEDAS, 1992.
• Novena Conferencia de Primeras Damas de las Américas –
Telemedicina: Romper las Barreras de la Distancia y el Acceso.
http://www.summit-americas.org/Women/Telehealth-sp.htm
• Primer Congreso de Nuevas Tecnologías y Transformación del
Empleo - Fundación Telefónica participa en un proyecto pionero de
telecuidados para mayores en Galicia.
http://www.fundacion.telefonica.com/publicaciones/boletines/boletin2
4/tecnologias.htm
• SIQUEIRA, José Eduardo de. Simpósio: Tecnologia e Medicina
entre encontros e desencontros. Revista Bioética: Revista de bioética e ética
médica publicada pelo Conselho Federal de Medicina. Vol. 8, núm. 1, 2000.
http://www.cfm.org.br/revista/bio1v8/simpo1.htm
• Teleoftalmologia: Telemedicina en Oftalmologia. Arquivos da
Sociedade Espanhola de Oftalmologia, nº2, Fevereiro de 1998.
http://www.oftalmo.com/seo/1998/02feb98/08.htm
• ______ Interfaces Telemáticas dos Serviços Urbanos
Telemáticos. financiado pelo CNPq, com Bolsa de Produtividade, continuidade
do Projeto “ Cidade e Informática, contatos e interações: explorando
manifestações da Urbanização”, 2001/2003.
• ______ Os Serviços Urbanos Telemáticos da Urbanização Virtual:
Descrição empírica e consolidação conceitual dos/para os principais Serviços
Urbanos Telemáticos, que estão estruturando a Urbanização Virtual. 2
volumes, São Carlos, CNPq/EESC-USP, 2000.
• ______ ReMAV vai incrementar pólo médico de Recife:
Aplicações em telemedicina e geoprocessamento já estão em fase de
desenvolvimento.
http://www.rnp.br/noticias/1999/not-991122a.html
• ______ Telemedicina tem aplicações de interesse para o Brasil
http://www.comciencia.br/reportagens/internet/net12.htm
• http://neutron.ing.ucv.ve/revista-e/No5/JTovar.htm
• http://www.unifesp.br/dis/lat/atenas/project/index.htm

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Telematica

  • 1. Relatório de Conteúdo: INTERFACES TELEMÁTICAS E INTERATIVAS PARA OS SERVIÇOS URBANOS. Relatório Técnico CNPq Proc 350706 /1999-9 – Fevereiro 2006 - período 03/2003 à 02/2006. Produtividade em Pesquisa PQ realizada pelo Grupo e-urb Coordenador: Livre Docente. Azael Rangel Camargo. 28 3.1.3 – Relação entre a Medicina, a Tecnologia e a Arquitetura: Telemática dos Ambientes e dos Edifícios para a Assistência Médica. Texto apresenta o Relatório da Bolsista de Iniciação Científica da aluna de Arquitetura Thalita Asperti, incluindo pôster apresentado no SICUSP em 2003 Observação: O texto está apresentado em sua forma de edição original, pois, optamos em não transformar o seu conteúdo infográfico, isto é, conserva a sua numeração de página, quadros, figuras e notas. Este Trabalho e outras informações sobre o trabalho Grupo de Pesquisa e-urb, coordenado pelo Prof. Associado Azael Rangel Camargo estão no site http://www.eesc.usp.br/sap/grupos/e-urb/Relatorios/trabalhos%202006/3_1_3.doc
  • 2.
  • 3. 1. Introdução 1.1 – Apresentação O tema desta Iniciação Científica surgiu de um interesse sobre Arquitetura Hospitalar por ter percebido que havia poucos estudos sobre o tema e uma necessidade de aprofundamento do assunto. A pesquisa foi iniciada em Agosto de 2002, e em Outubro de 2003 apresentei parte dela no SIICUSP. A apresentação foi feita juntamente com outros três pôsteres, onde cada um teve 20 minutos para apresentar sua pesquisa e então esclarecer as dúvidas que surgissem. Qualquer pessoa poderia assistir as apresentações dos painéis, porém poucas realmente o fizeram, de forma que a apresentação foi feita apenas para poucas pessoas. 1.2 – Objetivo A pesquisa tem como objetivo estudar as relações entre este novo serviço de saúde que está nascendo nas cidades, a melhoria do sistema já existente com a utilização da telemática e como a arquitetura está absorvendo e se adaptando a tais modificações no exercício da medicina. Isso implica na necessidade de um novo espaço (tanto espaço físico como ciberespaço) que se adeqüe a esta nova realidade. 1.3 – Metodologia Aplicada Nesta pesquisa foram utilizadas as seguintes ferramentas metodológicas: − Referências teóricas baseadas em bibliografia nacional, internacional e periódicos relacionados à temática, tendo realizado uma revisão profunda junto aos principais centros de estudo do tema. − Entrevistas com médicos, pacientes, funcionários, administradores hospitalares, engenheiro clínico, arquiteto hospitalar, psicólogos, assistente social e empresas que utilizam a telemática integrada ao espaço arquitetônico. A maior dificuldade encontrada para a realização desta pesquisa foi a escassez de bibliografia sobre os assuntos aqui estudados (Arquitetura Hospitalar, Telemedicina, Novas Tecnologias da informação e o Espaço Arquitetônico Virtual). Além disso, a bibliografia existente está pouco atualizada e muito dispersa em várias publicações, gerando dúvidas por causa de informações desencontradas ou até mesmo opostas, e acarretando em uma busca exaustiva e muito ampla de vários títulos para conseguir formar um todo com informação consistente. 1.4 – Estrutura do Relatório − Capítulo 1: Introdução
  • 4. Apresentação geral da pesquisa, objetivos, metodologia aplicada e estrutura da dissertação (correspondente a este capítulo). − Capítulo 2: Estudos Sobre Telemática Neste capítulo é abordado o advento das tecnologias telemáticas como um todo e no que ele acarreta em termos de espaço (físico ou virtual) e de relações de sociabilidade. − Capítulo 3: Estudos Sobre Urbanização Virtual Este capítulo explica como e porque o espaço urbano real está sendo ampliado pelas novas situações e fatos sociais, políticos e culturais que estão surgindo nas cidades, de modo a surgir a Urbanização Virtual. − Capítulo 4: Telemedicina Este capítulo tem como objetivo dar um panorama do desenvolvimento da tecnologia na área da saúde e explicar como surgiu o assunto sobre Informática Médica, em que consiste, quais as áreas de atuação e quais as principais aplicações das novas tecnologias telemáticas na saúde. − Capítulo 5: Direcionamento do Projeto de Pesquisa Este capítulo fala qual é a estratégia metodológica usada e a explica. Nele está concentrado todo o principal desenvolvimento da pesquisa, onde são estudados os ambientes e os edifícios para a assistência médica. − Capítulo 6: Conclusão − Capítulo 7: Bibliografia 2. Estudos Sobre Telemática As tecnologias telemáticas – convergências das tecnologias da informática, das telecomunicações e das mídias - estão tornando possível a descentralização das atividades e serviços, minimizando ações externas, reduzindo a necessidade de deslocamentos no espaço, reduzindo o espaço físico de lojas ou, no caso do comércio virtual, reduzindo-os a estoques, etc. de forma a proporcionar novas relações entre interior e exterior, espaço e tempo. A telemática gerou novos conceitos como a virtualidade, a tele- interação, e a hipermídia. Virtualidade é quando a telemática altera as relações individuais de aprendizado que geram conhecimento. A experiência virtual, ou seja, a interação com a representação do mundo se dá em um novo espaço- tempo, onde o espaço virtual complementará e agregará valor ao espaço real, ampliando as relações sociais, econômicas, políticas, culturais, etc. A virtualidade se opõe aos conceitos tradicionais da experiência realista, à interação com o próprio mundo. O indivíduo não precisa mais sair da sua casa para buscar informação ou até mesmo para conhecer novos lugares, ele pode simplesmente se utilizar dessa virtualidade através de dinheiro virtual,
  • 5. livros eletrônicos, escritórios virtuais, negando qualquer tipo de relação com o mundo real. A tele-interação é o surgimento de novas relações coletivas de intersubjetividade que geram significado, através da telemática. As experiências entre as pessoas à distância agora podem ser mediadas pelas interfaces info-tecnológicas, ou seja, Ambientes Cognitivos e Comunicativos. Hoje as pessoas podem se relacionar sem nunca se conhecer pessoalmente graças às novas práticas de criação e comunicação coletivas, como o groupware, a internet, etc. A telemática, atuando na criação cultural, desloca as linguagens baseadas na palavra para as linguagens baseadas na imagem, criando o conceito de hipermídia. Com a hipermídia, as relações entre as pessoas passam a poder ser baseadas nas linguagens não verbais, como a fusão do som, imagem, movimento; em oposição à comunicação verbal, vídeo, cinema, etc. Ao imergir no espaço virtual, as nossas experiências cotidianas e automáticas do espaço real são alteradas pela incorporação de novas experiências sensoriais e cognitivas, de tal modo a modificar o nosso modo de sentir, pensar, representar. Dessa maneira criou-se o hiperespaço, onde as pessoas agem de maneira indireta, por tele-presença. Esse contato indireto, fragmentado coloca em questão as identidades pessoais e sociais, trazendo cada vez mais uma individualização, uma redução da integração social real. Assim, esses novos meios comunicativos, como conferências virtuais, tele-aulas, chats, compras virtuais, telemedicina, trazem novas tendências no comportamento individual e social potencializando novas soluções arquitetônicas, além de novas soluções de interfaces, para que se possa melhor usufruir os novos recursos. 3. Estudos Sobre Urbanização Virtual O espaço urbano real é ampliado pelas novas situações e fatos sociais, políticos e culturais que estão surgindo nas cidades. Essas novas situações e fatos compõem o espaço urbano virtual, estruturado pelas redes ou networks que absorvem no local o mundial e insere no mundial o que é local, promovendo uma urbanização ampliada e contraditória. A Urbanização Virtual surgiu com a necessidade de se acompanhar o novo modo de produção capitalista, o qual caminha em direção a uma acumulação de capital baseada na produção de encomenda, que pode ser orientada para públicos específicos de um mercado segmentado. Assim, inicia-se um processo de reconstituição das redes de cidades, criando uma nova hierarquia mundial. A diminuição das distâncias entre cidades já acontece graças à interligação das mesmas através de cabos de fibra ótica, e onde ainda não foi realizado o cabeamento, a interligação se faz através da transmissão via satélite. Ainda no âmbito do urbano e do regional, alguns desses processos nos fazem entender certos lugares e situações como ao mesmo tempo locais e mundiais, a isso tem se chamado Situação Glocal.
  • 6. Inicia-se também, agora no âmbito da arquitetura urbana, um processo de re-equipamento das cidades para a viabilização dos novos modos de produção social. Para isso é necessária a criação de novos Ambientes Cognitivos e Comunicativos estruturados pelas hipermídias, possibilitando o surgimento dos Espaços de Alta Tecnologia, como, por exemplo, os “Edifícios Inteligentes”. Dessa forma pode-se perceber o surgimento dos Serviços Urbanos Telemáticos, os quais são viabilizados pelas Redes de Telecomunicação, de maneira a incluir a telematização dos serviços tradicionais. Os aparelhos celulares, a tv a cabo e os computadores, vêm revolucionando as formas de comunicação tradicionais e introduzindo novos hábitos urbanos de comportamento comercial e social, proporcionando contato com outras culturas e novos serviços, como, no caso da tv a cabo, os canais dedicados ao comércio. Além disso, a relação homem-computador permite a criação virtual dos ambientes cognitivos e comunicativos, com os quais os serviços urbanos telemáticos podem entrar em contato com o usuário, viabilizando o uso dos mesmos. Essa mudança na forma como o homem se relaciona com os equipamentos reflete em uma mudança na cidade, que passa a precisar modificar espaços existentes e criar novos espaços, como espaços destinados a videoconferências, ao acesso à Internet. A partir do momento em que o acesso aos serviços e à informação pode ser feito de sua própria casa ou local de trabalho (muitas vezes o local de trabalho é a própria casa), já não há mais tanta necessidade de locomoção pela cidade. A tecnologia trouxe com ela novas formas de trabalho, lazer e relações sociais. A cidade deve acompanhar essas mudanças e o vem fazendo através de várias instituições como o correio, o comércio, a indústria, os serviços de saúde, o controle de tráfego com semáforos e radares, e através de serviços bancários como guichês eletrônicos automatizados. Através do computador e da realidade virtual o homem pode criar espaços inteiramente virtuais, os quais só podem ser vivenciados digitalmente, espaços arquitetônicos que não possuem mais nenhum resquício de materialidade, como se vem sendo feito nos homebanks. A realidade virtual também possibilita a visualização e apreensão de um espaço que pode vir a existir ou já existe no real. Utilizando-se de programas de visualização 3D e da interação proporcionada pelas tecnologias eletrônicas e digitais ampliadas, pode-se projetar, visualizar e interagir com a obra antes mesmo que ela esteja pronta no mundo físico, ou conhecer um objeto arquitetônico sem precisar se locomover e ir até ele. 4. Telemedicina Já faz algum tempo desde que a medicina tem a possibilidade de utilizar a tecnologia para melhor atender seus pacientes. Tanto por meios de comunicação já bastante comuns como o telefone, o fax, o correio eletrônico e por videoconferências, quanto pelo uso de equipamentos robotizados, vem tornando-se possível uma maior facilidade de intercâmbio de informações entre
  • 7. profissionais de saúde entre si e com os pacientes, propiciando a resolução de casos à distância de ordem propedêutica e terapêutica, e até mesmo possibilitando a realização de cirurgias à distância. A telemedicina apareceu quando se fez necessário o envio de sinais vitais de astronautas logo nas primeiras explorações espaciais para que se pudesse monitorá-los de forma a se conhecer o comportamento do organismo quando em um local sem gravidade. Desde então, muitos países começaram a adotar o uso da telemedicina em hospitais e serviços de saúde e, na década de 1990, a telemedicina ganha força graças aos avanços tecnológicos. A telemática, e em particular a Internet, já está e vai continuar mudando a maneira de praticar a medicina e as ações de saúde em geral; se já é possível desde um simples resultado de exame ser mandado por e-mail até o controle à distância das filas de transplantes. A medicina é uma profissão que tem muito a ganhar com o aumento de recursos e possibilidades disponibilizados pela telemática, ela é uma das que mais tem avançado nesse sentido. Hoje as tecnologias de informação se tornaram um elemento tão fundamental para a medicina, principalmente nas ações preventivas, que não é cabível mais discutir se elas serão ou não utilizadas, e sim como elas vão correr ao longo do tempo com segurança e proteção da confidencialidade. E garantir essa segurança passa a ser um problema, pois ainda não existem normas internacionais ou um padrão de qualidade internacional capaz de atender aos interesses de pacientes e médicos do mundo inteiro. De qualquer forma, hoje já é possível que pacientes realizem consultas virtuais para casos que dispensem exames físicos. Pacientes pós- operatórios, crônicos, ou que necessitem de monitoramento constante podem enviar periodicamente informações necessárias ao hospital ou diretamente a seu médico por meio de bio-chips ou equipamentos portáteis. Além disso, há a possibilidade de intercâmbio de prontuários e discussões de casos entre profissionais através da Web, e alguns projetos, como, por exemplo, o de teleoftalmologia que permite exames periódicos em fundo de olho nas comunidades carentes ligadas a um centro médico especializado. Fig. 1 Hospital Virtual Brasileiro Fonte: www.epub.org.br
  • 8. Além do mais, a telemedicina será de grande utilidade na educação médica continuada e na contribuição da pesquisa. Com isso, médicos de países diferentes podem estar sempre em contato. A Organização Pan- americana da Saúde (OPS), por exemplo, utiliza-se da telecomunicação para compartilhar tecnologias e redes de informação para ajudar aos governos a conseguir, através de associações, o que eles não poderiam conseguir separadamente. Assim, os países podem se preparar melhor para desastres naturais ou inícios de doenças e compartilhar notícias importantes e significativas em novos temas de saúde, como no da Saúde Publica. Assim, pode-se definir a telemedicina como a oferta de serviços ligados aos cuidados e/ou com a assistência à saúde, nos casos em que a distância é um fator crítico. Tais serviços são providos por profissionais da área da saúde, usando tecnologias de informação e de comunicação na troca de informação médica desde um lugar ao outro para diagnósticos, para fins de pesquisas e avaliações, prevenção e tratamento de indivíduos isoladamente ou em grupo, e a contínua educação de provedores de cuidados com a saúde; com o intuito de melhorar o cuidado do paciente e de suas comunidades. Pode-se afirmar que conforme os meios de telecomunicação forem se tornando mais disponíveis e confiáveis, mais a telemedicina se utilizará de suas vantagens. Os pacientes que não têm condições de acesso a hospitais ou profissionais de saúde serão os mais beneficiados com isso. O uso ativo da telemedicina resultará em um padrão universal de prática médica para as áreas urbanas e rurais. Porém, o acesso aos meios tecnológicos, do qual depende o uso da telemedicina, ainda não é disponível em todas as regiões do mundo. Por isso, deve-se tomar muito cuidado com a relação médico- paciente, já que, muitas vezes, a telemedicina acaba suprimindo a interação física do exame clínico, um momento muito importante no ato médico, principalmente no caso de teleconsulta. Fig. 2 Discussão de Caso – Monitor Computador Fonte: www.epub.org.br Fig. 3 Teleconferência – segunda opinião médica Fonte: www.siriolibanes.com.br
  • 9. Na teleconsulta não há a presença de um médico no local, por isso não existe o contato físico com o paciente e, portanto os dados sensíveis não estão disponíveis. Isso altera alguns princípios tradicionais da ética médica. Para que a relação médico-paciente não se desgaste, pode ser usada a transmissão de informações eletrônicas chamada de televigilância. 5. Direcionamento do Projeto de Pesquisa O Direcionamento da nossa Pesquisa nesta I.C. vai na direção de captar as relações entre a Medicina, a Tecnologia e a Arquitetura. Entendemos este direcionamento em duas possibilidades de estratégias metodológicas: na linha dos Ambientes e dos Edifícios para a Assistência médica; e na linha das Redes Urbanas (telemáticas) x Serviços de Saúde x Políticas Públicas. No primeiro caso consideramos: -em medicina: o funcionamento do estabelecimento de saúde e suas unidades funcionais, englobando funções médicas (diagnóstico, tratamento e acompanhamento, intervenção, etc.) e a parte administrativa (documentação, fichas de pacientes, etc.); -em tecnologia: aparelhos e o processamento de imagens médicas (geração, análise e gerenciamento de imagens); - em arquitetura: os espaços do estabelecimento de saúde, seus aspectos arquitetônicos, suas soluções construtivas (cabeamento estruturado, edifício inteligente) e retrofit (requalificação arquitetônica e adaptação tecnológica). O segundo caso trata as Redes de Assistência – hospitais, pronto- socorros, clínicas, postos de saúde, farmácias, Tecnologias de Rede de Comunicação, localização espacial dos recursos. Porém, esta I.C. não abordará esta linha, se concentrando apenas na primeira. 5.1 – Elementos para a exploração da Temática do Ambientes e do Edifício 5.1.1 – Unidades Funcionais Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde, de acordo com a Portaria RDC50 do Ministério da Saúde, são divididos em Unidades Funcionais as quais podem ser tanto atividades específicas para a prestação de serviço em saúde quanto para o bom funcionamento do estabelecimento. Um Estabelecimento Assistencial de Saúde pode ter até oito Unidades Funcionais, porém não precisam necessariamente possuir todas as oito Unidades Funcionais, mas devem analisar a necessidade ou não delas para a prestação dos serviços propostos. As Unidades Funcionais são: − Atendimento Ambulatorial: atividades de promoção, prevenção, vigilância à saúde da comunidade e atendimento a pacientes externos de forma
  • 10. programada e continuada com assistência médica e de enfermagem por um período de 24 horas. − ações básicas de saúde com atendimento individualizado, educação em saúde, imunização, armazenamento e distribuição de alimentos e relatório; − enfermagem com consulta, serviços, curativos, reidratação, inalação e aplicação de medicamentos; − internação de curta duração com posto de enfermagem e serviços, prescrição médica, quarto individual, quarto coletivo; − consultórios com indiferenciados, serviço social, ortopedia, diferenciados e odontologia. − Atendimento Imediato: atendimento a pacientes externos em situações de sofrimento, sem risco de vida (urgência) ou com risco de vida (emergência), por um período de 24 horas. Necessita, entre outras coisas, de desembarque de ambulância, triagem, curativos, aplicação de medicamentos, sala de observação, sala de emergência, etc.. − Internação: atendimento a pacientes que necessitam de assistência direta programada por período superior a 24 horas. − internação geral (lactente, criança, adolescente e adulto) com posto de enfermagem, prescrição médica, sala de serviços, sala de curativo, higienização lactente, quartos e enfermarias separadas para cada faixa etária, refeitório, antecâmara de isolamento e sala de aula; − internação de recém-nascidos com posto de enfermagem, prescrição médica, sala de serviços, higienização, berçário sadio, berçário cuidados intermediários e UTI neonatal; − internação intensiva para pacientes críticos com posto de enfermagem, prescrição médica, quarto, área coletiva de tratamento, preparo equipamentos e sala de entrevista; − internação para tratamento de queimados com recepção paciente, posto de enfermagem, prescrição médica, sala de serviços, sala de curativo, quarto, enfermaria, balneoterapia e banco de pele. − Apoio ao Diagnóstico e Terapia: atendimento a pacientes tanto internos quanto externos de forma a fazer reconhecimento e recuperação do estado da saúde (contato direto). − patologia clínica (receber e efetuar a coleta de material, triagem do material, análise e procedimentos laboratoriais, preparo de reagentes, desinfecção do material analisado para ser descartado, lavagem e preparo do material e emitir laudo das análises realizadas) com laboratórios de hematologia, imunologia, bioquímica, emergência, de suporte à U.T.I. e à U.T.Q., etc; − imagenologia (fazer exames de diagnóstico e intervenção terapêutica, escrever relatório médico e de enfermagem, cuidados pós- anestésico e pós-procedimento, assegurar atendimento de emergência e emitir laudo sobre o exame realizado) com radiologia, cateterismo, tomografia ultra- sonografia, ressonância magnética, endoscopia digestiva e respiratória, etc;
  • 11. − métodos gráficos (realizar exames como eletrocardiograma, ecocardiograma, ergometria, fonocardiograma, vetocardiograma, eletroencefalograma, potenciais evocados, etc e emitir laudo sobre os exames realizados); − anatomia patológica e citopatologia (exames microscópios e/ou processamento técnico do material, exames microscópicos de materiais citológicos, realizar necropsia, emitir laudo dos exames); − medicina nuclear (receber, armazenar e fracionar radioisótopos, coleta de líquidos corporais e procedimento de ensaios destes líquidos e radioisótopos, aplicação de radioisótopos em pacientes, realizar exames e processamento das imagens, emitir laudos e zelar pela proteção e segurança de seus funcionários e pacientes); − centro cirúrgico com recepção paciente, sala cirúrgica, prescrição médica, posto de enfermagem, recuperação, etc.; − centro obstétrico com sala de exame, pré-parto, sala de preparo anestésico, salas de parto cirúrgico, etc.; − centro de parto normal com recepção parturiente, sala de exame, sala de pré-parto/ parto/ pós-parto, escovação, assistência ao recém- nascido e posto de enfermagem; − reabilitação com fisioterapia, box de terapias, sala para turbilhão, piscina, terapia ocupacional, consultório, sala para terapia em grupo, fonoaudiologia, etc.; − hemoterapia e hematologia (triagem clínica e hematológica dos doadores, assistência nutricional e cuidados médicos aos doadores, processar o sangue, analisar amostra, emitir laudo, estocar o sangue e hemocomponentes, distribuição, promover terapia transfusional e aférese terapêutica, realizar procedimentos de enfermagem) com recepção, arquivo, triagem, coleta, processamento de sangue, rotulagem, distribuição/ compatibilidade, estocagem, consultório, transfusão, etc.; − radioterapia (procedimentos de enfermagem, programação de procedimentos radioterápicos, processamento de imagens, aplicação de radiações ionizantes, mantendo o paciente em isolamento) com consultório, preparo paciente, posto de enfermagem, sala de serviço, sala de planejamento, bomba de cobalto, braquiterapia, acelerador linear, raio-x (ortovoltagem), sala de comando e sala de simulação; − quimioterapia (procedimentos de enfermagem, administra solução quimioterápica, mantendo o paciente em observação após terapia, emite registro de procedimento) com consultório, sala de aplicação, área de medicamentos e posto de enfermagem e serviços; − diálise (proporciona condições para o tratamento da água a ser utilizada, realiza diálise peritonial e/ou hemodiálise, procedimentos de enfermagem e limpeza de capilares para reuso) com consultório, prescrição médica, tratamento hemodialítico, tratamento hemodialítico de paciente HbsAg+, diálise peritonial continua e intermitente, reprocessamento de dialisadores, tratamento de água para diálise, sala de recuperação, posto de enfermagem e serviço; − banco de Leite Humano (preparo da doadora, coleta do leite, processamento do leite -seleção, classificação, tratamento e acondicionamento- estocagem do leite processado, distribuição) com recepção,
  • 12. preparo doadora, recepção coleta externa, arquivo, coleta, processamento/ estocagem/ distribuição e controle de qualidade; − oxigenoterapia Hiperbárica (câmara hiperbárica individual ou coletiva, acompanhamento médico durante as seções, procedimentos de enfermagem) com consultório, curativo, terapia individual, terapia coletiva e área de comando. − Apoio Técnico: atendimento direto a assistência à saúde em funções de apoio (contato indireto). − nutrição e dietética com cozinha tradicional (que contém, entre outras coisas, despensa, cocção de dietas normais, especiais e de desjejum e lanches, refeitório, copa, etc.), lactário (que contém recepção, lavagem, descontaminação e esterilização de mamadeiras e preparo, envase, estocagem e distribuição de formulas lácteas e não lácteas) e nutrição enteral (que contém recepção e dispensação, preparo, limpeza e sanitização de insumos e manipulação e envase); − farmácia com recepção, armazenagem, distribuição, dispensação, farmacotécnica, manipulação, diluição germicidas, controle de qualidade, nutrição parenteral, quimioterápicos, sala de higienização de insumos e centro de informação sobre medicamentos; − central de material esterilizado com recepção, lavagem e descontaminação, preparo, esterilização física, química e gasosa, e armazenagem. − Ensino e Pesquisa: pode ser realizada em quase todos os setores do Estabelecimento de Assistência a Saúde. Tem por objetivo promover o treinamento de funcionários e o ensino técnico de graduação, pós- graduação e pesquisas na área de saúde. Possui sala de aula, sala de professores, sala de estudos, biblioteca e anfiteatro. − Apoio Administrativo: suporte em funções administrativas do estabelecimento, de planejamento clínico, técnico e de enfermagem, e documentação e informação em saúde. − serviços administrativos com sala de direção, sala de reunião, sala administrativa, arquivo e atendimento ao público; − documentação e informação com registro paciente/ marcação, notificação médica, posto policial e arquivo médico passivo e ativo. − Apoio Logístico: suporte operacional do estabelecimento que é constituído pela lavagem das roupas, armazenagem de materiais e equipamentos, condições técnicas para revelação, impressão e guarda de chapas e filmes, manutenção do estabelecimento, guarda e conservação, velório e retirada de cadáveres, conforto e higiene, limpeza do edifício, gerenciamento dos resíduos sólidos, segurança e vigilância, instalações e infra- estrutura predial. − processamento de roupa com recebimento, processamento, sala de gerador de ozônio, lavagem, rouparia, armazenagem roupa limpa e armazenagem roupa suja;
  • 13. − central de administração de materiais e equipamentos com recepção, armazenagem, distribuição e depósito; − revelação de filmes e chapas; − manutenção com recepção, oficinas, guarda, distribuição e inservíveis; − necrotério com guarda cadáver, velório e embarque carro funerário; − conforto e higiene; − limpeza e zeladoria; − segurança e vigilância; − infra-estrutura predial com grupo-gerador, subestação elétrica, caldeiras, equipamentos ar condicionado, casa de bombas, tanque de gases medicinais e central de gases medicinais. 5.1.2 – Tecnologia telemática para as Unidades Funcionais A visão e a imagem são fatores comuns tanto à arquitetura, quanto à tecnologia e à medicina. De forma que a arquitetura, por exemplo, é em quase sua totalidade calcada na visão e na imagem. O arquiteto precisa se utilizar de imagens para que possa visualizar qual será o produto final de seu projeto através de desenhos e maquetes tanto manuais quanto tecnológicos. Hoje o uso da tecnologia para a visualização de espaços está se fazendo cada vez mais presente na arquitetura. A medicina, como a arquitetura, se embasa muito na visão e na imagem. Primeiramente deve-se citar a oftalmologia, que justamente diagnostica e trata de problemas de visão. Além disso, a medicina está sempre recorrendo a recursos gráficos para poder fazer seus diagnósticos e tratamentos, através de aparelhos como o raio-x, o ultra-som, a tomografia, etc. Fig. 4 Organização do Edifício Hospitalar Fonte: Critérios de Desempenho para o Desenvolvimento de Projetos dos Edifícios de Saúde Fig. 5 Raio-X Digital Fonte: www.epub.org.br
  • 14. E a tecnologia, por sua vez é um dos principais modos de trazer a imagem e a visualização para a arquitetura e a medicina, com seus programas de desenho e simulação, e aparelhos que dão suporte a ambos. Na Arquitetura, por exemplo, descobertas tecnológicas permitiram o surgimento de novas técnicas construtivas, e desta maneira, novas possibilidades projetuais; além de programas que instrumentalizam o arquiteto na hora de desenhar. A realidade virtual trouxe a possibilidade de se criar espaços construídos apenas com informação digital, questionando a existência com a aparência, o que pode ser visualizado sobre o que é. Já na medicina, a tecnologia vem aparecendo em vários pontos, na obtenção do diagnóstico, no tratamento, no acompanhamento, na prevenção, ou na parte administrativa de uma clínica ou hospital. Na parte administrativa a tecnologia vem mudando a forma como toda a documentação, as fichas de pacientes, vêm sendo organizadas. Com o advento do computador, o que era guardado em inúmeras pastas, que podiam ocupar um cômodo inteiro, pode ser guardado em pequenos disquetes. Dessa forma fica mais fácil encontrar e modificar a informação desejada, economizando tempo e espaço. Já nos outros casos a tecnologia quase sempre se utiliza da imagem. Aparelhos de visualização, como o ultra-som ou o raio-x, já são comuns em hospitais e clínicas. A oftalmologia já vem se servindo desses aparelhos que podem ser vistos nos mais diversos casos. São aparelhos como: − Excimer Laser: utilizado para cirurgias refrativas, como correção de miopia, hipermetropia e astigmatismo; − Laser para Fotocoagulação: utilizado para queimar a retina em casos de retinopatia diabética, de buraco de retina e de alta miopia; − Laser para Iridotomia: utilizado em casos de glaucoma para baixar a pressão do olho, fazendo pequenos buracos na íris; − Yag Laser para Capsulotomia: utilizado em pacientes que operaram de catarata e desenvolveram opacificação de uma membrana que se localiza logo atrás da lente; − Auto-Refrator: análise prévia computadorizada do grau dos óculos; Fig. 6 Auto-refrator Fonte: Arquivo Pessoal
  • 15. − Topógrafo de Córnea: análise computadorizada da superfície corneana. Útil para usuários de lentes e pré-operatório de cirurgias oculares; − Campímetro: análise computadorizada do campo visual. Útil para doenças de retina e nervo óptico (ex.: Glaucoma); − Retinógrafo: faz os exames de retinografia e angiofluoresceinografia. Útil para doenças da retina (ex.: Retinopatia Diabética, Obstrução de vasos, Degeneração Macular, entre outros); − Ultrassom Ocular: análise do interior do olho; Fig. 7 Campímetro Fonte: Arquivo Pessoal Fig. 8 Retinógrafo Fonte: Arquivo Pessoal Fig. 9 Ultrassom Ocular Fonte: Arquivo Pessoal
  • 16. − Lensômetro Automático: para aferição computadorizada dos óculos; − Tonômetro: para fazer a medida da pressão intraocular (muito importante em casos de glaucoma); − Oftalmoscópio Indireto: para fazer o exame de mapeamento de retina. Serve para realizar a análise detalhada da retina. As tecnologias telemáticas estão sendo desenvolvidas para estarem presentes em todas as Unidades Funcionais de um estabelecimento de saúde. Estas ainda não possuem todas as tecnologias empregadas, mas uma grande parcela delas. Isto ocorre principalmente porque o desenvolvimento dessas tecnologias é ainda recente e, por isso, o investimento para emprega-las é de alto custo. Fig. 10 Lensômetro Automático Fonte: Arquivo Pessoal Fig. 11 Tonômetro Fonte: Arquivo Pessoal Fig. 12 Oftalmoscópio Indireto Fonte: Arquivo Pessoal
  • 17. Por possuir uma grande parte dessas tecnologias em quase todos os setores do estabelecimento de saúde, as mesmas podem acabar se repetindo em Unidades Funcionais distintas. Como se pode utilizar os mesmos espaços destinados à passagem de instalações para equipamentos médicos e à passagem de instalações para a incorporação de tecnologia ao edifício, os estabelecimentos de saúde têm uma grande facilidade em incorporar as tecnologias que acabam por tornar o edifício Inteligente para que haja a flexibilidade para a incorporação de tecnologia médica. Edifícios Inteligentes são aqueles que incorporam dispositivos de controle automático aos sistemas técnicos e administrativos. 5.1.3 – Tipologias do Edifício e Ambientes para as Unidades Funcionais 5.1.3.1 – Tipologias do Edifício Hospitalar As tipologias do edifício hospitalar podem ser classificadas em cinco tipos conforme sua evolução: − Antiguidade – pórticos e templos − Idade Média – naves − Renascença – cruz e claustro − Era Industrial – pavilhões − Pré Contemporânea – monoblocos − Pórticos e templos: na Antiguidade, quando o atendimento médico não era efetuado na casa dos pacientes ou dos próprios médicos, e sim nos templos destinados a deuses, pois se acreditava que poderiam auxiliar o paciente frente àquela enfermidade. Eles localizavam-se fora das cidades, próximos a água corrente e bosques. Junto ao templo haviam locais destinados aos banhos terapêuticos e em volta do templo havia o pórtico destinado a consultas. − Naves: A função primordial destes hospitais medievais era oferecer abrigo e hospedagem aos peregrinos, sadios ou não. É nessa época que se inicia a separação entre as funções de alojamento e serviços e a separação dos pacientes por sexo e por doença. Há também uma grande preocupação na distribuição de água por ser fundamental para a melhoria das condições de higiene e limpeza. Porém, esses hospitais não tinham tanto o Fig. 13 Asclepieion de Cós, Séc. II a IV a.c. Fonte: Le Mandat apud Miquelin, 1992
  • 18. objetivo de recuperar os pacientes, mas de mantê-los longe das pessoas sadias. Na Idade Média, com o avanço das tecnologias estruturais, torna-se possível a obtenção de vãos cada vez maiores, refletindo na arquitetura hospitalar na forma de nave. − Cruz e claustro: As construções renascentistas são mais complexas utilizando duas formas básicas: o elemento cruciforme e o pátio interno ou claustro rodeando por galerias e corredores, sendo o claustro utilizado como elemento organizador na distribuição destes edifícios. Fig. 14 Abadia de St. Gallen, 820 – Esquea geral de Implantação. Fonte: Biblioteca da Catedral de St. Gallen apud Miquelin, 1992 Fig. 15 Abadia de St. Gallen, 820 – Enfermaria Fonte: Biblioteca da Catedral de St. Gallen apud Miquelin, 1992 Fig. 16 Hospital Santo Espírito de Lubeck, 1286 Fonte: Biblioteca de Artes Decorativas de Paris apud Miquelin, 1992.
  • 19. − Pavilhões: É no final do século XVIII que o hospital vai passar a tentar promover a cura dos pacientes, deixando de apenas assisti-los. Essa tipologia hospitalar foi muito difundida pela Europa. Os hospitais se tornam menores e com melhor ventilação e iluminação natural, e passam a separar os pacientes em pequenos grupos e por patologia. O Royal Naval Hospital de Stonehouse, em Plymouth na Inglaterra inaugura a linguagem da morfologia pavilhonar. Nesta tipologia hospitalar é incorporada a enfermaria “Nightingale”, que é basicamente um salão longo e estreito com leitos dispostos nas laterais, tem pé direito alto e janelas altas entre os leitos em ambas as paredes do salão, proporcionando boa ventilação cruzada. O posto de enfermagem é localizado no centro da enfermaria e os sanitários em uma das extremidades do bloco com ventilação em três de seus lados. Na enfermaria também há locais separados para pacientes terminais, escritório destinado à enfermagem, utilidade, copa e depósito. − Monoblocos: A distribuição típica de um edifício monobloco vertical na década de 20 era: serviços de apoio no subsolo; consultórios, pronto atendimento e raio-x no térreo; laboratório e administração no primeiro andar; internação nos pavimentos intermediários; e centro cirúrgico no último pavimento. É nesta época que a Europa começa a trocar as enfermarias “Nightingale” por quartos. − Tipologia mista: Surge após a 2ª Guerra Mundial e consiste em um edifício vertical que abriga as unidades de internação e do centro cirúrgico, apoiado sobre um bloco horizontal que abriga os serviços de apoio e diagnóstico. Fig. 17 Royal Naval Hospital Fonte: Hospital arch. & beyond apud Miquelin, 1992. Fig. 18 Enfermaria “Nightingale” Fonte: Hospitals apud Miquelin, 1992 Fig. 19 South East Metropolitan Regional Hospital Fonte: DHSS apud Miquelin, 1992
  • 20. 1- Torre Simples 6- Lâminas Independentes 2- Torre Complexa 7- Pente e pavilhão 3- Torre Radial 8- Pátio Estendido 4- Lâminas Articuladas 9- Pátio Compacto 5- Monólito ou Monobloco Vertical 10- Monobloco Vertical. Nos dias de hoje o preconizado são a tipologia pavilhonar e a vertical de acordo com o terreno mais adequado para cada. Da tipologia em monobloco também derivam, além da tipologia mista, a tipologia em T, em H, em H duplo e em I. 5.1.3.2 – Ambientes para as Unidades Funcionais Os Estabelecimentos de Saúde são extremamente complexos devido, principalmente, ao número de funções que realizam hoje e à rapidez pela qual tendem a necessitar de adaptações e expansões. São organismos dinâmicos, sempre em mutação. A mudança ocorre desde o layout, até soluções construtivas. Devem ser pensados seus novos aspectos arquitetônicos, um novo espaço para o consultório, para a sala de cirurgia, etc., levando em consideração aspectos construtivos e tecnológicos que até pouco tempo atrás não se pensava. − Atendimento ambulatorial: − ações básicas de saúde (inclui a Saúde Pública e Vigilância Sanitária): nos Estabelecimentos de Saúde a maior parte dos dados são levantados e transmitidos para a Secretária da Saúde que, por sua vez, transmite para o Ministério da Saúde. Este Sistema de informação em Saúde é fundamental para que se possa rapidamente avaliar e tomar decisões no Fig. 20 Esquema de Classificação de Estratégias de Planejamento Hospitalar Fonte: Hospitals apud Miquelin, 1992.
  • 21. controle epidemiológico do país, e também para melhor aplicar a verba disponível onde realmente é necessário. Assim, com a incorporação tecnológica neste ambiente, é necessária a previsão de uma estação de trabalho adequadamente planejada para a utilização do computador e este deve ser ligado à rede que se comunica com a secretaria da saúde para o envio de dados. − Enfermagem: a grande revolução tecnológica dentro dessa área é o Prontuário Eletrônico (cadastro de todas as informações médicas de um paciente transmitidas ou armazenadas eletronicamente). O prontuário eletrônico minimiza a desatenção a detalhes que podem ser muito importantes; possibilita a busca coletiva, a pesquisa e as análises estatísticas; assim como possibilita, através da Internet, o acesso imediato a toda informação. Dessa forma, o posto de enfermagem precisa incorporar uma estação de trabalho ligada a uma rede de cabeamento estruturado para ter acesso ao prontuário eletrônico, de modo que, dependendo do fluxo de enfermeiras, é necessária a sua ampliação. Fig. 21 Sala de Vacina Fonte: arquivo pessoal Fig.22 Prontuário Eletrônico Fonte: www.epub.org.br
  • 22. − internação de curta duração: a tecnologia neste caso pode ser agregada de forma a auxiliar no momento em que o paciente volta para sua casa durante a noite. Nesse caso, as tecnologias utilizadas são a telemonitoração e telediagnóstico. A internação de curta duração deve possuir, assim, uma sala para esta finalidade, com linhas de telefone, computadores e aparelhos próprios para a leitura dos exames transmitidos. − consultórios: neste ambiente também está sendo utilizado o sistema de prontuário eletrônico. Há também a teleconsulta e a possibilidade de intercâmbio de prontuários e discussões de casos entre profissionais através da web. Isso mudou a configuração do consultório com a incorporação de um terminal de computador que deve estar ligado à internet por uma linha rápida e possuir webcamera. Além disso, a mesa deve ser desenhada de maneira que se adeqüe o uso do computador sem atrapalhar a conversa com o paciente. Também deve possuir um sistema de cabeamento estruturado que integre a recepção e os exames realizados na própria clínica ao computador do médico. − Atendimento imediato: − ugência e emergência: a tecnologia, nesse caso, foi incorporada nas ambulâncias e resgates, de forma que passa a ser necessário um posto de trabalho equipado com computador que receba as informações do resgate e transmita à equipe médica que atenderá o caso. − Internação: foi implantado no Hospital Albert Einstein um piloto no uso de videoconferência nas enfermarias possibilitando a conversa entre o paciente e o médico. Assim, no quarto do paciente passa-se a ter um aparelho conectado à televisão e uma câmera de videoconferência e, nas enfermarias, faz-se necessária a previsão de pontos de entrada na rede (incorporados às réguas de gases e tomadas junto ao leito) para acesso fácil às informações do paciente ou conectar algum aparelho de monitoramento. Fig. 23 Posto de Enfermagem – Hospital InCor Fonte: arquivo pessoal Fig.24 Consultório Fonte: arquivo pessoal
  • 23. − internação UTI/CTI: passa-se a ter uma ligação dos monitores da U.T.I. na rede interna do hospital que, muitas vezes, também permite o acesso externo a esta rede, de forma a possibilitar que o médico acompanhe todos os sinais vitais do paciente internado à distância. Também estão sendo incorporados nas réguas de U.T.I. pontos de acesso à rede interna do hospital. Além disso, devido principalmente à quantidade de tecnologia que está sendo incorporada às Unidades de Tratamento Intensivo, estas réguas possuem alguns modelos com suportes para os equipamentos de monitoramento, como, por exemplo, estantes laterais. − Apoio ao diagnóstico e terapia: há uma grande variedade de técnicas de produção de imagens, destacando-se os métodos radiológicos Fig. 25 Enfermaria Hospital InCor Fonte: arquivo pessoal Fig. 26 Det. Enfermaria InCor - tomada de acesso à rede incorporada na régua ao lado do leito Fonte: arquivo pessoal Fig. 27 Monitor U.T.I. – transmite sinais ao Palm – InCor Fonte: www.estado.estadao.com.br
  • 24. (raio-X simples e contrastado, tomografia, ressonância magnética, medicina nuclear, ultra-sonografia, ecocardiografia), micrografias, exames anatomopatológicos, endoscopias, análises cromossomiais e fotografias, além dos exames relacionados em particular com a oftalmologia. Os exames tradicionais de raio-X, com a melhoria da tecnologia da computação, atualmente podem ser adquiridos e processados pelo computador. Além disso, equipamentos como o eletrocardiógrafo, o ultra-som, o tomógrafo, o analisador bioquímico de sangue, etc. podem ser integrados diretamente à rede. Devido à evolução constante das tecnologias, nas áreas de diagnóstico e terapia são necessárias áreas para futuras ampliações, sendo que em algumas áreas, como laboratórios e salas cirúrgicas, dependendo dos aparelhos a serem incorporados e da sua quantidade, são necessárias áreas maiores para comportar de forma adequada estes equipamentos. − centros cirúrgicos: incorporam a telecirurgia (utilização de braços robóticos comandados a distância ou não pelo cirurgião). Em uma sala cirúrgica que possibilite a telecirurgia é necessário, além do espaço de todos os equipamentos utilizados anteriormente, que se contabilize o espaço ocupado pelo robô, não se esquecendo das ligações elétricas, câmeras e da rede. Fig. 28 Laboratório de Análises Clínicas – Hospital da Criança Fonte: Arquivo Pessoal Fig. 30 Cirurgia através de Braços Robóticos Fonte: www.epub.org.br Fig. 29 Braço Robótico – InCor Fonte: Jornal O Estado de São Paulo
  • 25. − Apoio técnico: a rede de computadores interna ao hospital possibilita que essa unidade funcional receba pedidos, faça a dispensação com controle por código de barras e consiga ter o seu levantamento do estoque os custos sempre atualizados, de forma a se fazer necessária a previsão de espaços para a incorporação desses computadores. − Ensino e pesquisa: esta unidade funcional vem se utilizando cada vez mais da internet, sendo necessário apenas espaços para computadores com acesso à web. Também estão começando a ser utilizadas novas tecnologias, principalmente a videoconferência e a realidade virtual, que permitem um melhor treinamento dos alunos. Nesse caso é necessário que sejam previstos espaços adequados para que, por exemplo, no caso da videoconferência, vários alunos possam assistir a uma cirurgia, ou, no caso da realidade virtual, o aluno treine operar sobre uma imagem virtual antes de ir para a sala cirúrgica. − Apoio administrativo: softwares já existentes no mercado destinados a administração em saúde podem diminuir espaços nesses ambientes. Onde eram necessários armários e espaços para fichários para armazenar folhas de pagamentos, gestão de estoque de materiais de consumo, documentos, controle de medicamentos, registro paciente/ marcação, etc., hoje já é possível prever apenas espaços para computadores. Na área responsável pelo arquivo médico (ativo e passivo) há um grande impacto nesse sentido com a implantação do prontuário eletrônico. O espaço nesse caso também tinha que ser dimensionado para ocupar uma grande quantidade de papéis, e essa área física está sendo liberada com a utilização do prontuário eletrônico. Além disso, diminui-se a circulação de pessoas pelo hospital, e o papel, que pode ser um fator de contaminação por circular por todo o hospital e ser muito manuseado, passa a não existir mais. − Apoio logístico: dentro dessa unidade funcional as principais áreas onde há incorporação de tecnologia são as áreas de segurança e vigilância, manutenção e Infra-estrutura predial. Fig. 31 Ensino Médio a Distância Fonte: www.edumed.net 08/02/2003
  • 26. A tecnologia incorporada nestes setores corresponde ao que conhecemos por Edifícios de Alta Tecnologia. O Edifício da Alta Tecnologia será explicado no item 5.1.4.6 deste mesmo capítulo. − Circulação vertical e horizontal: o dimensionamento adequado e planejado da ligação entre as unidades funcionais, ou seja, das circulações, é crucial para o funcionamento e a integração de novas tecnologias, para a flexibilidade e para a longevidade do edifício. As unidades funcionais são agrupadas de acordo com o risco de transmissão de infecção, que podem ser classificadas em: − áreas críticas: ambientes onde existe maior risco de transmissão de infecção ou onde existem pacientes com o sistema imunológico debilitado. − áreas semi-críticas: ambientes ocupados por pacientes com doenças infecciosas de baixa transmissibilidade ou doenças não-infecciosas. − áreas não-críticas: ambientes que não são ocupados por pacientes. As principais circulações de um estabelecimento de saúde são a circulação de pacientes ambulatoriais, a circulação de pacientes internados, a circulação de visitantes, a circulação de pessoal e a circulação de serviços. Deve-se sempre manter separados os pacientes ambulatoriais dos internos, lembrando-se que os pacientes ambulatoriais devem adentrar o mínimo possível no hospital e que o tráfego dos pacientes internados não deve se misturar com o tráfego de serviços do hospital. Deve-se considerar a movimentação de pessoal administrativo, visitantes e fornecedores; de pessoal técnico, de enfermagem e de serviços de apoio; de pacientes em macas, cadeiras de rodas e ambulantes; de serviços complementares de diagnóstico e tratamento; de refeições; e de cadáveres para o necrotério. Em alguns estabelecimentos separa-se a circulação de médicos, funcionários e suprimentos da circulação dos pacientes chamando a primeira de corredor de serviços ou circulação branca. A circulação pode ser horizontal, composta por corredores de largura mínima de 2,00m quando há um trafego intenso de pacientes e material e de 1,20m quando o corredor é destinado a circulação de pessoas e cargas não volumosas, e composta também por portas de acesso de pacientes, devendo possuir vão mínimo de 80 cm e, para a passagem de macas e camas, vão mínimo de 1,10m. A circulação também pode ser vertical, constituída por escadas, rampas, elevadores, monta-cargas e tubo pneumático. O elevador em um edifício de saúde deve ser dimensionado para a entrada de maca e do corpo clínico acompanhando o paciente; e o seu acabamento deve ser resistente, durável e que permita fácil limpeza e desinfecção. A incorporação da tecnologia telemática vem a diminuir as distâncias não apenas fora do Estabelecimento de Saúde, mas também dentro dele, de modo a agilizar o atendimento aos pacientes e, com isso, possibilitar que mais pessoas sejam atendidas. Assim, o número de funcionários que antes eram necessários para o transporte de informações (resultado de exames laboratoriais, exame de Raio x, prontuário, etc.) diminui e, por conseqüência, o
  • 27. número de pessoas circulando pelos corredores da Instituição também diminui, o que faz com que haja menos risco de infecção hospitalar. 5.1.4 – Tecnologia na Arquitetura Hospitalar Com as tecnologias telemáticas, cada vez mais a arquitetura dos estabelecimentos de saúde tem que se adaptar à rapidez com que os novos equipamentos vêm surgindo. Devido a esse ritmo acelerado na evolução tecnológica dos equipamentos, as áreas de Diagnóstico e Terapia são as que têm maior tendência a mudanças; pois com a evolução dos equipamentos pode-se ser necessário mais ou menos espaço. Isso gera uma grande necessidade de se adaptar, o que torna a flexibilidade um fator muito importante no edifício hospitalar. A padronização dos espaços proporciona a flexibilidade dos cômodos do edifício, de forma a abrigar diferentes tarefas com pequenas adaptações e sem grandes alterações físicas. O aumento da complexidade funcional dos edifícios hospitalares foi acompanhado, nos últimos 100 anos, por um aumento no seu tamanho. Ou seja, o estabelecimento para a saúde deve ser pensado como um organismo que cresce. Além disso, o edifício hospitalar precisa ser pensado sob a ótica da infecção hospitalar. Assim, é fundamental que sejam planejadas e pensadas todas as instalações do edifício para que não haja instalações aparentes, pois certos ambientes necessitam de cuidados específicos de projeto e de superfícies lisas e laváveis para a prevenção, redução ou eliminação de riscos de contaminação. 5.1.4.1 – Estrutura A preocupação com a flexibilidade do edifício destinado a saúde inicia-se no projeto estrutural. Um modo de se melhorar as condições de flexibilidade através da estrutura é a modulação desencontrada. Os espaços são projetados em função de um módulo, porém a modulação estrutural fica defasada da modulação arquitetônica, assim as paredes passam a não estar sobre as vigas, facilitando a passagem de dutos verticais embutidos nas paredes.
  • 28. Existem algumas alternativas para a passagem de dutos através do piso: − Paredes sobre baldrame: desloca-se as paredes internas ou externas do baldrame, deixando espaço junto às vigas para a passagem de dutos. − Baldrame aprofundado: espaço entre o baldrame e a laje de piso destinado à passagem e ao caimento adequado dos dutos. − Base armada: apóia-se as paredes sobre laje armada e não sobre viga baldrame. A flexibilidade dada por esta solução possibilita a retirada e recolocação de paredes. 5.1.4.2 – Paredes e Divisórias A modulação tem uma grande importância na distribuição e redistribuição de paredes e divisórias, de forma a não deixar vãos quando novas paredes e divisórias se deparam com janelas e paredes existentes, permitindo a passagem de som. De acordo com o Ministério da Saúde, as divisórias devem ser resistentes à água para que possam ser lavadas e, nas áreas críticas do edifício como o centro cirúrgico, as superfícies devem ser lisas para facilitar a limpeza e desinfecção e dificultar o acúmulo de poeira. 5.1.4.3 – Espaços Técnicos O edifício destinado à saúde possui uma infinidade de sistemas ordinários e especiais sendo estes mais complexos conforme a complexidade do estabelecimento e do atendimento por ele efetuado. São sistemas como: energia elétrica; telefonia; cabeamento de rede; sonorização ambiental; Fig. 32 Flexibilidade de Instalação de Dutos Fonte: Manutenção Incorporada à Arquitetura Hospitalar
  • 29. abastecimento de água, água quente, gás, oxigênio, etc.; climatização; entre outros. Essa grande quantidade de instalações demanda manutenção corretiva e preventiva, reformas e ampliações, o que torna necessário a existência de espaços técnicos: − Espaço técnico horozontal: − espaço acima do forro falso: situado entre a laje e o forro falso. O forro falso deve estar abaixo da viga para possibilitar a passagem dos dutos. Em áreas críticas o forro não pode ser removível, mas nas demais areas o forro removível facilita a manutenção. − andar técnico: em áreas que concentrem uma quantidade muito grande de equipamentos e instalações complementares, como o centro cirúrgico, é altamente compensador e justificável a presença de um andar técnico. É necessário que o piso do pavimento técnico seja de laje armada devido ao número de aberturas necessárias e ao peso de equipamentos que deve ser suportado. Também precisa ser impermeabilizado e possuir uma boa drenagem de água para que não haja percolação ou risco para o pavimento localizado abaixo devido a vazamentos e concertos. − forro técnico visitável: espaço entre a laje e a cobertura, com pé-direito que proporcione o acesso e a manutenção. − galeria elevada: espaço técnico em forma de corredor. − galeria subterrânea: como a galeria elevada, mas possui detalhes a serem observados como umidade, condensação, escuridão, dificuldade de ventilação, etc.. − espaços externos: empenas, platibandas e elevações utilizadas para receber e conduzir dutos. Devem ser observados detalhes como insolação, corrosão e dilatação. − piso elevado: devido à grande quantidade de água necessária para lavar as áreas críticas e semi-críticas, o piso elevado costuma ser usado em áreas não-críticas. − Espaço técnico vertical: − Shaft Fig. 33 Andar Técnico InCor Fonte: arquivo pessoal
  • 30. − parede prumada: paredes em alvenaria com as instalações embutidas por toda a extensão do prédio, abastecendo todos os pavimentos. Têm como variante os armários prumada e os painéis prumada, os quais costumam ser estreitos e possibilitam o acesso por meio de portas existentes em cada pavimento. − prumada justaposta ao pilar: as instalações faceiam os pilares contínuos podendo ser embutidos em alvenaria ou escondidos por meio de painéis tanto fixos como removíveis. − espaços técnicos específicos: destinados a instalações de equipamentos específicos. Instalações que necessitam de pouca manutenção podem estar localizados em lugares menos acessíveis, já equipamentos e instalações que necessitam de uma manutenção mais freqüente deve ter seu acesso facilitado. 5.1.4.4 – Materiais de Acabamento O material de acabamento ideal para esse tipo de edifício deve ser resistente a água e a soluções germicidas, impermeável, de fácil limpeza e conservação e não deve possuir juntas que dificultem a limpeza. Isso tudo devido ao grande e intenso fluxo de pessoas, materiais, cadeira de rodas e macas, que levam à necessidade diária de higienização dos ambientes com produtos químicos de grande ação de limpeza e desinfecção e grande quantidade de água. Outro ponto fundamental na questão da especificação dos materiais de acabamento é a sua durabilidade devido à necessidade de que não seja preciso muitos reparos e trocas para não atrapalhar o funcionamento do edifício. Não se deve simplesmente padronizar os acabamentos de um hospital, mas devem ser especificados de acordo com cada ambiente e com as atividades que nele serão executadas. Ao mesmo tempo, o ideal é que um acabamento seja adequado para vários ambientes, dotando-os de maior flexibilidade. A relação entre o tipo de acabamento e o material indicado é: − piso: piso vinílico em placas ou manta, pisos de alta resistência e pisos cerâmicos de alta residência e baixa absorção de água com junta epóxi. Fig. 34 Shaft – InCor Fonte: arquivo pessoal
  • 31. − paredes: tinta acrílica, tinta óleo, tinta PVA, epóxi, laminado melamínico e cerâmica de baixa absorção de água com rejunte epóxi. − tetos: nas áreas críticas devem ser lisos e contínuos e podem ser removíveis nas demais áreas. − bancadas: os materiais mais utilizados são o aço inox e o laminado melamínico. − portas: laminado melamínico e tinta óleo. 5.1.4.5 – Redes de Computadores “Uma rede de computadores liga dois ou mais computadores de forma a possibilitar a troca de dados e o compartilhamento de recursos incluindo periféricos”, (MEYER et al, 2000). Existem três tipos de redes: LAN (rede local), MAN (rede metropolitana) e WAN (rede de longa distância). Os componentes básicos de uma rede de computadores incluem padrões (protocolos), que especificam como os computadores vão se comunicar na rede, e meio físico como cabos e roteadores, que guiam as mensagens para o seu destino. 5.1.4.5.1 – Cabeamento Estruturado O sistema de cabeamento estruturado é um sistema preparado para atender aos mais variados lay-outs de instalação por um longo período de tempo, sem exigir modificações físicas da infra-estrutura. O cabeamento estruturado possibilita a conexão de todos os equipamentos informáticos necessários, estabelecendo a rede de uma só vez. O cabeamento estruturado baseia-se em normas internacionais que evitam as constantes alterações de produtos e sistemas “proprietários”, onde um só fabricante é detentor da tecnologia, pois direcionam os fabricantes para um certo conjunto de soluções próximas. A instalação de um sistema de cabeamento estruturado deve obedecer cinco pontos: − equipamentos: onde se localizam os equipamentos ativos do sistema e as interligações com sistemas externos, por exemplo: central telefônica, servidor de rede, central de alarme, supervisor geral, etc. Para esta função pode-se destinar uma sala, um shaft, etc,. − cabeamento vertical: todo o conjunto permanente de cabos primários que interliga a sala de equipamentos aos painéis distribuidores locais. − painéis de distribuição: localizam-se em diversos pontos da edificação. Recebem, de um lado, o cabeamento primário e, de outro, o cabeamento horizontal, fixo. Nos painéis é possível escolher e ativar cada posto de trabalho. − cabeamento horizontal: conjunto permanente de cabos secundários que liga o painel de distribuição ao ponto final do cabeamento. − posto de trabalho: ponto final do cabeamento estruturado, onde tomadas fixas atendem a computadores , telefones, sensores, etc.
  • 32. Na instalação deste tipo de sistema para sinais de baixa tensão (voz, dados, imagem) utiliza-se cabos tipo coaxial, cabos de par trançado e fibra ótica. O aterramento é um dos elementos para garantir a qualidade da rede elétrica, esta alimentará os equipamentos que utilizarão o cabeamento estruturado. Ele deve ser projetado de forma integrada para a rede elétrica, de telecomunicações, computação, automação, segurança, proteção de descargas, etc, e deve seguir as Normas da ABNT. O aterramento, quando contemplando todos os sistemas, também funciona como proteção contra interferências eletromagnéticas de origens diversas. Também para esse fim, pode-se introduzir dispositivos de proteção para linhas e implantar um sistema de pára-raios para as estruturas, assegurando também a proteção das pessoas que utilizam o sistema. 5.1.4.5.2 – Rede sem Fio A rede local sem fio (Wireless Local Área Network) é um sistema de comunicação de dados flexível implementada como uma extensão, ou como uma alternativa às redes de cabeamento estruturado. Utiliza a tecnologia de rádio-frequência ou infravermelho e, por transmitir os dados através do ar, diminui a necessidade dos cabos. A conexão sem fio é feita através de uma placa especial de rede no servidor e precisa que os computadores possuam adaptadores para recepção e irradiação para se conectar ao servidor, além de uma antena. Assim, o usuário acessa a rede sem a preocupação com um lugar para se conectar. Os nós sem fio têm um alcance de várias centenas de metros, mas pode ser prejudicado por aço pesado ou pisos e paredes de concreto. Além disso, como a sua taxa de transmissão de dados é relativamente baixa em comparação ao sistema cabeado e seu custo ainda é elevado, as redes locais sem fio ainda não estão sendo muito utilizadas na substituição das redes locais com fio. De qualquer modo, a rede sem fio apresenta alguns benefícios em relação à rede com fio: − mobilidade: possibilidade de conexão à rede de qualquer lugar, desde que na área de alcance, sem a necessidade de estar preso a cabos. − instalação rápida e simples: não é necessário atravessar cabos através de paredes e andares. − flexibilidade: permite acesso à rede de locais onde o acesso a cabos é difícil. − configuração: pode ser configurada segundo diversas tipologias de rede, além de poder ser modificada facilmente. − segurança: podem ser instalados diferentes códigos em uma mesma sala, impedindo o desvio de informação. 5.1.4.6 – Edifício de Alta Tecnologia Os edifícios de alta tecnologia possuem características como:
  • 33. − dispõem dos novos serviços oferecidos pelas tecnologias de informação; − integram os serviços em uma nova rede de comunicações; − fazem o controle e o gerenciamento através de um ou mais computadores interligados. De acordo com CASTRO NETO (1994), apesar do custo altamente elevado, existem tais vantagens em um edifício de alta tecnologia: − a vigilância de todo o prédio pode ser feita por apenas uma pessoa por turno; − diminui-se o número de funcionários para manutenção; − melhora-se a manutenção das instalações; − economiza-se energia; − avarias podem ser detectadas com maior rapidez; − aumenta-se a qualidade do conforto ambiental; − aumenta-se a eficiência na respostas a alarmes; − analisa-se com maior facilidade os rendimentos através de relatórios emitidos pelo sistema. Devido ao aumento do custo da energia elétrica e à possibilidade de futuros racionamentos, o controle e a economia se fazem necessários e podem ser propiciados pelas seguintes intervenções: controle automático da iluminação; administração de demanda de energia; utilização de energia solar, quando possível; controle automatizado do sistema de ar condicionado, etc. 5.1.4.6.1– Sistema de Administração Predial Este sistema abrange: − Elétrica/iluminação: emprega-se o monitoramento deste sistema com o objetivo de: − controlar a demanda; − controlar o fator de potência; − controlar o grupo gerador; − controlar a iluminação; − tentar a otimização do consumo. Para tanto o software de controle de grandezas elétrico supervisiona os transformadores, disjuntores, o quadro de alimentação de equipamentos, centrais de medição, controles de demanda, controladores de fator de potência, no-break’s e grupos geradores. A programação de horários para apagar as luzes pode se feita nas áreas administrativas; mas, nas áreas de atendimento 24 horas e de internação, este trabalho tem que ser desempenhado pelos próprios funcionários. Nesse último caso deve ser feito um monitoramento do consumo diário para não ultrapassar metas de consumo. − Hidráulica: automatizando o sistema de abastecimento de água, torna-se possível monitorar o nível dos reservatórios, quais bombas estão funcionando, se alguma está com defeito, o consumo de água diário e o
  • 34. controle da qualidade da água consumida que é um dos fatores de controle de infecção hospitalar. − Condicionamento de Ar e Ventilação: a automatização do sistema de ar condicionado permite controlar a temperatura, fazendo com que o sistema opere em torno da maior temperatura da zona de conforto e dentro das Normas da ABNT para Instalações Hospitalares, desligar o sistema sempre que o ambiente estiver vazio ou uma hora antes do final do expediente, monitorar o sistema de exaustão do prédio e controlar todas as centrais de refrigeração e bombas que estão em funcionamento para que áreas que necessitam do condicionamento de ar para o seu funcionamento não tenham o serviço interrompido. Os principais itens monitorados são: o estado dos equipamentos, o bombeamento do compressor, a falta de tensão de comando, a proteção anticongelante do evaporador, a falta de óleo, a sobrecarga do motor, a temperatura do mancal, a pressão diferencial de óleo, a pressão de trabalho do condensador e do evaporador, a vazão de água gelada dos circuitos primários e secundários e a temperatura de entrada e de retorno das águas geladas e de condensação. 5.1.4.6.2– Transporte Vertical A automatização do sistema de elevadores possibilita: o controle de abertura e fechamento de portas, determinar prioridade de atendimento a chamadas e a seqüência que as chamadas serão atendidas, o controle de quando se deve desabilitar as chamadas, definir qual elevador vai atender a determinada chamada, e a possibilidade do elevador, em casos de transporte de pacientes, não fazer paradas, apenas parar no andar de destino. O controlador também pode monitorar o sistema de segurança e sinalização, verificando a velocidade do elevador, se as portas da cabine estão travadas, se a rede elétrica está em condições de movimentar o elevador e se a cabine está no nível do piso. 5.1.4.6.3– Telecomunicações e Rede O sistema de telecomunicações proporciona serviços como: videoconferências, transmissão de dados via satélite, transferência digital de dados de alta velocidade, sistema de telefonia, megafonia, busca-pessoal, etc. O sistema mais utilizado hoje é o cabeamento estruturado, pois possui a grande vantagem da flexibilidade. A infra-estrutura de telecomunicação, como todas as outras, deve ser pensada juntamente com o projeto arquitetônico, tendo os espaços dimensionados e localizados da melhor maneira possível e sem adaptações posteriores. Isso não significa que esta infra-estrutura deva ser implantada desde o início, mas que se deve prever a sua futura implantação.
  • 35. 5.1.4.6.4– Sistema de Segurança O sistema de segurança pode abranger as seguintes áreas: − controle de acessos; − alarmes contra roubo; − controle de abertura e fechamento de portas a distância; − controle de rondas e itinerários; − detecção de incêndio, alarmes e extintores; − circuito fechado de televisão. Estes sistemas podem estar ligados a uma central de segurança 24 horas, a qual pode tomar as precauções necessárias em qualquer problema. O controle de acessos pode ser feito através de cartão magnético, código de barras, impressão digital ou leitora da íris, alarme contra intrusos, portas com dispositivo de entrada só para pessoas autorizadas, detector de metais, etc. Estes sistemas são empregados de acordo com o grau de necessidade de segurança de determinada área do edifício ou do edifício como um todo. A detecção de incêndio pode ser feita com centrais e repetidoras microprocessadas onde se ligam detetores e acionadores manuais, automáticos ou endereçáveis. O circuito fechado de televisão tem que ter o cuidado na sua implantação para que não invada a privacidade e exponha os pacientes que ali estão sendo atendidos. 5.1.4.6.5– Sistema de Automatização dos Serviços A automatização dos serviços se aplica a todos os serviços feitos dentro do estabelecimento de saúde, principalmente a área burocrática e administrativa, que utilizam as novas tecnologias para o melhor e mais eficiente funcionamento dos seus serviços. Esse serviço controla e racionaliza processos desde a entrada de pacientes, consultas e internações, pronto atendimento, centro cirúrgico, ambulatório, internação e enfermagem até atividades administrativas como faturamento, compras, estoques, dispensação, distribuição e custos. Para isso utilizam-se terminais de computadores, fotocopiadoras, fax ligados a rede, etc., possibilitando uma melhor e mais rápida comunicação entre os diversos setores e diminuindo o fluxo de pessoas e papéis. Agora tudo isso caminha pela rede tanto interna como externa ao edifício. 5.1.4.6 – Retrofit Retrofit é uma palavra da língua inglesa que significa readequação ou reajustamento. O retrofit é o ato de se adaptar algo do passado às mudanças promovidas por uma nova era, ou seja, realizar intervenções em um edifício com o objetivo de adequá-lo tecnologicamente. Em alguns casos emprega-se a palavra retrofit como reforma ou troca de um componente ou sistema.
  • 36. Devido às inovações tecnológicas que vêm surgindo de forma tão rápida, edifícios construídos há apenas 10 anos já necessitam de adaptações para que não se tornem obsoletos. O cabeamento estruturado vem sendo muito usado em retrofit por atender diferentes tipos de rede de baixa tensão (telefonia, redes locais de computação, sistema de alarme, sistema de transmissão de vídeo, automação predial) e facilitar a adequação de layout. As previsões arquitetônicas que devem ser consideradas na recuperação de edifícios têm como principal problema a ser enfrentado o fato de as novas instalações precisarem de espaços que não haviam sido previstos na maioria destes edifícios. Deve-se procurar soluções para integrar essas instalações dentro das necessidades e das normas no caso do edifício destinado à saúde e sem quebrar a estética do mesmo. 6. Conclusão Após todo esse tempo de pesquisa, chego à conclusão de que a prática médica está mudando devido à inserção das novas tecnologias telemáticas de forma que a arquitetura deva estar apta a dar as respostas espaciais adequadas e possibilitar a incorporação tecnologia. Ou seja, a arquitetura não deve ser um empecilho para o desenvolvimento e para a prática médica, mas sim um aliado e deve evoluir conjuntamente com a medicina. Chegar a esse ponto foi muito importante para a minha formação, pois, com essa pesquisa, agora posso dizer que sei as noções básicas para um projeto de arquitetura hospitalar. E isso me possibilitou ter mais segurança para escolher, para o meu projeto de TGI, fazer um hospital, o que acho muito importante, pois se já formada eu for convidada a fazer um projeto na área de saúde, não seria a minha primeira experiência. Creio se fosse continuar a pesquisa, visitaria mais hospitais e aprofundaria mais a história da assistência médica e seu desenvolvimento tecnológico. Também trataria da segunda possibilidade de estratégia metodológica, que vai na linha das Redes Urbanas (telemáticas) x Serviços de Saúde x Políticas Públicas. 7. Bibliografia • CAMARGO, Azael R. A Cultura Contemporânea e as Novas Tecnologias: Em Busca de Conceitos para se Pensar os Impactos Culturais e Desenhar Novos Bens e Serviços Culturais. Curitiba, I Feira Interamericana do Livro, 1997. • CAMARGO, Azael R. Síntese das principais manifestações, tendências e conceitos da Urbanização Virtual. São Carlos, CNPq/EESC-USP, 1996.
  • 37. • CAMARGO, Azael R. et al. Políticas Públicas relativas aos Bens e Serviços Urbanos originados da Telemática: Pensando as Formas de Intervenção - Planejamento e Desenho -, e os Meios de Ação - Design de Ambientes Cognitivos e Comunicativos. São Carlos, CNPq/EESC-USP, 1998. • CASTRO NETO, J. S. Edifício de alta tecnologia. São Paulo, Carthago & Forte, 1994. • DÂMASO, Luísa. “Case vira-se para a saúde” in Semana Informática. 2002. http://www.case.pt/000118.html • FARIA, Bernardo M. de. Um Sistema para Telemedicina em Hemodinâmicas utilizando Redes de Baixa Velocidade. Orientador: Arnaldo de Albuquerque Araújo. NPDI – DCC – ICEx UFMG , Av. Antônio Carlos, 6657, Belo Horizonte, MG, Brasil, 31270-901. e-Cath, 2002. http://www.dcc.ufmg.br/pos/html/spg2002/anais/bernardo/bernardo.htm • FOULCAULT, M. O nascimento da clinica. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 2001. • FRANÇA, Genival Veloso de. “Telemedicina: breves considerações ético-legais”. in Direito Médico. São Paulo, Fundo Editorial Byk, 2001. • Revista Eletrónica de Derecho y Bioética. http://www.filosofiayderecho.com/redb/numero2/telemedicina2.htm • Hospital Oftalmológico http://www.oftalmo.com.br • Laboratório de Telemedicina – LAT Departamento de Informática em Saúde – DIS http://www.unifesp.br/dis/lat/cdv • LATORRACA, Giancarlo. João Filgueiras Lima, Lelé. São Paulo, Instituto Lina Bo e P. M. Bardi; Lisboa, Editorial Blau, 1999. • Marinelli, Alexandra. Interespaços Arquitetônicos e Virtuais dos Serviços de Saúde: Suporte Telemático aos Processos de Diagnóstico, Tratamento e Cura. Dissertação de mestrado, São Carlos, EESC-USP, setembro 2003. • Miquelin, Lauro C. Anatomia dos Edifícios Hospitalares. São Paulo, CEDAS, 1992. • Novena Conferencia de Primeras Damas de las Américas – Telemedicina: Romper las Barreras de la Distancia y el Acceso.
  • 38. http://www.summit-americas.org/Women/Telehealth-sp.htm • Primer Congreso de Nuevas Tecnologías y Transformación del Empleo - Fundación Telefónica participa en un proyecto pionero de telecuidados para mayores en Galicia. http://www.fundacion.telefonica.com/publicaciones/boletines/boletin2 4/tecnologias.htm • SIQUEIRA, José Eduardo de. Simpósio: Tecnologia e Medicina entre encontros e desencontros. Revista Bioética: Revista de bioética e ética médica publicada pelo Conselho Federal de Medicina. Vol. 8, núm. 1, 2000. http://www.cfm.org.br/revista/bio1v8/simpo1.htm • Teleoftalmologia: Telemedicina en Oftalmologia. Arquivos da Sociedade Espanhola de Oftalmologia, nº2, Fevereiro de 1998. http://www.oftalmo.com/seo/1998/02feb98/08.htm • ______ Interfaces Telemáticas dos Serviços Urbanos Telemáticos. financiado pelo CNPq, com Bolsa de Produtividade, continuidade do Projeto “ Cidade e Informática, contatos e interações: explorando manifestações da Urbanização”, 2001/2003. • ______ Os Serviços Urbanos Telemáticos da Urbanização Virtual: Descrição empírica e consolidação conceitual dos/para os principais Serviços Urbanos Telemáticos, que estão estruturando a Urbanização Virtual. 2 volumes, São Carlos, CNPq/EESC-USP, 2000. • ______ ReMAV vai incrementar pólo médico de Recife: Aplicações em telemedicina e geoprocessamento já estão em fase de desenvolvimento. http://www.rnp.br/noticias/1999/not-991122a.html • ______ Telemedicina tem aplicações de interesse para o Brasil http://www.comciencia.br/reportagens/internet/net12.htm • http://neutron.ing.ucv.ve/revista-e/No5/JTovar.htm • http://www.unifesp.br/dis/lat/atenas/project/index.htm