SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
Baixar para ler offline
PROTOCOLO DE ATENDIMENTO:
mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e
bebês com microcefalia
Boletim Epidemiológico de Microcefalia
(até 5 de dezembro)
1.761 casos suspeitos
14 estados
422 municípios
19 óbitos
Até então, Brasil registrava
menos de 200 casos por ano
Ações
 Decretado Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (11/11)
 Foi acionado o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES)
 Envio de equipes do Ministério da Saúde aos estados
 Mobilizados especialistas de diferentes áreas da Medicina: resultando no
reconhecimento da relação entre microcefalia e vírus Zika (28/11)
 Diálogo com órgãos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde e o Centro de
Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos
 Divulgadas orientações para gestores e profissionais de saúde sobre notificação
 Transparência: boletim epidemiológico semanal
 Lançado o Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia, envolvendo 19
ministérios, outros órgãos do governo federal, estados e municípios
 Publicação de protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia
relacionados ao vírus Zika (definição de casos suspeitos)
Mobilização e combate ao mosquito Aedes aegypti
 Campanhas de mobilização, auxílio da Defesa Civil e das Forças Armadas,
instalação da Sala Nacional de Coordenação Interagências e de salas regionais
Atendimento às pessoas
 Articulação dos diversos serviços de atenção às mulheres e aos nascidos com
microcefalia
Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa
 Desenvolver tecnologias laboratoriais para o diagnóstico do vírus Zika,
microcefalia, outras malformações congênitas e síndrome de Guillain-Barré
Plano Nacional de Enfrentamento
ao Aedes e à Microcefalia
Protocolo de Atendimento às Mulheres em Idade
Fértil, Gestantes e Puérperas e Recém-Nascidos
com Microcefalia
Protocolo de Atenção à Saúde
Orientar profissionais de saúde para as ações de prevenção da infecção
pelo vírus Zika, atenção ao pré-natal, parto e nascimento, e para a
assistência aos nascidos com microcefalia
Mulheres em idade fértil
Gestantes
Nascidos com microcefalia
Público-alvo:
Objetivos Específicos
 Orientar diretrizes assistenciais para o planejamento reprodutivo, pré-
natal, parto, nascimento, puerpério e puericultura;
 Orientar a assistência para detecção e notificação de quadros sugestivos
de microcefalia em recém-nascidos;
 Orientar o acompanhamento e reabilitação das crianças diagnosticadas
com microcefalia, enfatizando a estimulação precoce.
Atenção à Saúde das Mulheres
 Garantir acesso aos métodos contraceptivos
 Reforçar o aconselhamento pré-concepcional, para orientação às mulheres que desejam
engravidar sobre a atual situação dos casos de microcefalia no país
 Ampliar a oferta do teste rápido de gravidez para detecção precoce da gravidez e início do
acompanhamento pré-natal
 Orientação quanto às ações de prevenção e controle da Dengue, Chikungunya e Zika
 Orientar para a proteção contra a picada do mosquito: mosquiteiro, ventilador, roupas
compridas, telas de proteção e uso de repelente
 O agente comunitário de saúde deverá realizar visitas domiciliares com maior
periodicidade, intensificando orientações às mulheres, gestantes e crianças
 Intensificar a busca ativa de mulheres no início da gestação para que possam iniciar o
pré-natal ainda no 1º trimestre
 Intensificar a busca ativa das gestantes faltantes ao pré-natal
Atenção à Saúde das Mulheres
 Manter a recomendação de que o ultrassonografia obstétrica
seja realizada preferencialmente no 1º trimestre
 Realizar vacinação de rotina das gestantes, conforme o calendário
vacinal do Ministério da Saúde
 Orientar a procurar o serviço de saúde em caso de exantema/rash cutâneo (manchas
vermelhas na pele) e febre (notificação)
 A equipe Saúde da Família deve estar sensibilizada a acolher a gestante com caso
suspeito de Zika e suas angústias, dúvidas e medos, com o apoio dos profissionais de
saúde mental do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)
 Investigar e registrar na caderneta ou cartão da gestante, assim como no prontuário
da mulher, a ocorrência de infecções, rash cutâneo (manchas), exantema ou febre,
orientando-a a procurar o serviço de saúde, caso apresente esses sinais e sintomas
Atenção ao Parto e Nascimento
A gestante deve ter o atendimento priorizado quando
for identificada alguma alteração
Boas práticas de atenção ao parto e nascimento
 Estímulo ao parto normal: vírus Zika ou microcefalia em si
não são indicação de cirurgia cesariana
 Contato pele-a-pele entre mãe e recém-nascido
 Clampeamento oportuno do cordão umbilical
 Amamentação na primeira hora de vida
 Procedimentos de rotina após a primeira hora de vida
 Seguir protocolo do MS de reanimação neonatal
Aleitamento materno
 Contínuo até os dois anos ou mais, sendo exclusivo nos
primeiros seis meses (recomendação OMS)
“À luz dos
conhecimentos
científicos atuais, não
dispomos de evidências
para alterar as condutas
assistenciais e técnicas
no que concerne ao
aleitamento materno e
aos Bancos de Leite
Humano frente ao
cenário epidemiológico
do vírus Zika.” – FIOCRUZ
 Realizar anamnese obstétrica e materna e exame físico completo do recém-nascido,
incluindo exame neurológico detalhado, com destaque para medição cuidadosa do
perímetro cefálico-PC. Este último exame deve ser confirmado em 24hs-48hs
 Recém-nascido a termo: para definição de microcefalia, considerar o valor de referência
do perímetro cefálico ≤ 32 cm ao nascimento, conforme preconiza a OMS
 Recém-nascido pré-termo: considera-se o perímetro cefálico menor que -2 desvios
padrões, pela curva de Fenton para meninas e para meninos
 Valores de perímetro cefálico entre 32,1 e 33 cm não serão classificados como
microcefalia, porém devem ser adequadamente acompanhados em puericultura, com
vigilância do desenvolvimento e da evolução do PC
Atendimento ao recém-nascido
 A ultrassonografia transfontanela (US-TF) será a primeira
opção de exame de imagem no recém-nascido
 A tomografia de crânio, sem contraste, só será necessária no
caso da US-TF mostrar que o recém-nascido apresenta a
“moleira” fechada e para aqueles em que, após os exames
laboratoriais e a US-TF, ainda persista dúvida diagnóstica
 A medida busca evitar que crianças sem alteração
morfológica sejam submetidas desnecessariamente à
tomografia.
 A tomografia computadorizada envolve alta carga de
radiação (equivale a 70-100 radiografias) e exige sedação
Exames de imagem
 Triagem infecciosa: coletar sangue do cordão
umbilical, placenta, líquido cefalorraquidiano do
recém-nascido e sangue da mãe
 Exames laboratoriais inespecíficos: hemograma
completo, dosagens séricas de aminotransferases
hepáticas, ureia e creatinina e outros conforme
necessidade do recém-nascido
Investigação laboratorial
Realização do teste do pezinho, orelhinha e olhinho para detecção precoce de doenças nos
primeiros dias de vida. A microcefalia pode estar relacionada a alterações do desenvolvimento
neuropsicomotor e do comportamento que podem ser acompanhadas por problemas auditivos
e visuais
Triagem Auditiva Neonatal (TAN)
 O ‘Teste da Orelhinha’ deve ser realizado preferencialmente nas 24/48 horas de vida.
 Para as crianças com microcefalia, deve-se realizar o exame Potencial Evocado Auditivo de
Tronco Encefálico (PEATE) como primeira escolha
 Se diagnosticada a perda auditiva, a criança deverá ser encaminhada para a reabilitação em
serviço de referência em reabilitação auditiva: Centro em Reabilitação – CER (com
modalidade auditiva) ou Centro de Reabilitação Auditiva na Alta Complexidade
 Para ampliar o acesso, o Ministério da Saúde irá equipar 737 maternidades para a realização
do exame PEATE (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico), bem como capacitar
os profissionais dessas unidades
Triagem neonatal
Triagem Ocular Neonatal (TON)
 O ‘Teste do Olhinho’ faz parte do exame físico do recém-nascido e deve ser feito ainda na
maternidade, contemplando a inspeção e Teste do Reflexo Vermelho (TRV) da retina, por
meio de fecho de luz
Triagem Neonatal Biológica (Teste do Pezinho)
 Fenilcetonúria
 Hipotireoidismo Congênito
 Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias
 Fibrose Cística, Hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase
Triagem neonatal
 Todas as crianças com a malformação congênita confirmada deverão integrar o
Programa de Estimulação Precoce, desde o nascimento até os três anos de idade,
período em que o cérebro se desenvolve mais rapidamente
 A estimulação precoce visa à maximização do potencial de cada criança, englobando
o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e
afetiva, que poderão ser prejudicados pela microcefalia.
 Os nascidos com microcefalia receberão os estímulos precoces em serviços de
reabilitação: Centros Especializado de Reabilitação (CER), Núcleo de Apoio à Saúde da
Família (NASF) e Ambulatórios de Seguimento de Recém-Nascidos das Maternidades
Estimulação Precoce no Recém-nascido
Fluxograma para Atendimento do Recém-nascido
 Casos suspeitos de microcefalia potencialmente associada à infecção pelo vírus
Zika deverão ser notificados imediatamente às autoridades sanitárias e registrados
no formulário de Registro de Eventos de Saúde Pública (RESP – Microcefalias),
disponível no endereço eletrônico: www.resp.saude.gov.br
 A notificação do caso suspeito de microcefalia no RESP não exclui a necessidade
de se notificar o mesmo caso no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos
(SINASC).
 Para informações detalhadas, consultar o “Protocolo de atenção à saúde e
resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika”
Notificação
Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia
Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia
Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia
Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia
Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia
Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Profilaxia das infecções neonatal
Profilaxia das infecções neonatalProfilaxia das infecções neonatal
Profilaxia das infecções neonatalSandra Tomaz
 

Mais procurados (20)

Diagnóstico da gestação viável e das complicações da gravidez inicial
Diagnóstico da gestação viável e das complicações da gravidez inicialDiagnóstico da gestação viável e das complicações da gravidez inicial
Diagnóstico da gestação viável e das complicações da gravidez inicial
 
HIV e Gestação: Pré-natal e Terapia Antirretroviral
HIV e Gestação: Pré-natal e Terapia AntirretroviralHIV e Gestação: Pré-natal e Terapia Antirretroviral
HIV e Gestação: Pré-natal e Terapia Antirretroviral
 
Infecções Respiratórias Virais na Sazonalidade e o Impacto para o Prematuro
Infecções Respiratórias Virais na Sazonalidade e o Impacto para o PrematuroInfecções Respiratórias Virais na Sazonalidade e o Impacto para o Prematuro
Infecções Respiratórias Virais na Sazonalidade e o Impacto para o Prematuro
 
Infertilidade e as Técnicas de Baixa Complexidade em Reprodução Humana Assistida
Infertilidade e as Técnicas de Baixa Complexidade em Reprodução Humana AssistidaInfertilidade e as Técnicas de Baixa Complexidade em Reprodução Humana Assistida
Infertilidade e as Técnicas de Baixa Complexidade em Reprodução Humana Assistida
 
Cuidados Individualizados ao Recém-nascido de Risco
Cuidados Individualizados ao Recém-nascido de RiscoCuidados Individualizados ao Recém-nascido de Risco
Cuidados Individualizados ao Recém-nascido de Risco
 
Detecção Precoce do Câncer Infantil
Detecção Precoce do Câncer InfantilDetecção Precoce do Câncer Infantil
Detecção Precoce do Câncer Infantil
 
Promoção do Aleitamento Materno no Pré-natal
Promoção do Aleitamento Materno no Pré-natalPromoção do Aleitamento Materno no Pré-natal
Promoção do Aleitamento Materno no Pré-natal
 
A Consulta do Nono Mês do Bebê: o que não pode faltar
A Consulta do Nono Mês do Bebê: o que não pode faltarA Consulta do Nono Mês do Bebê: o que não pode faltar
A Consulta do Nono Mês do Bebê: o que não pode faltar
 
Prevenção da Mortalidade Materna no Período Puerperal
Prevenção da Mortalidade Materna no Período PuerperalPrevenção da Mortalidade Materna no Período Puerperal
Prevenção da Mortalidade Materna no Período Puerperal
 
Vigilância Epidemiológica e Notificação dos Casos de Sífilis
Vigilância Epidemiológica e Notificação dos Casos de SífilisVigilância Epidemiológica e Notificação dos Casos de Sífilis
Vigilância Epidemiológica e Notificação dos Casos de Sífilis
 
Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável: Eixo Estratégico II ...
Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável: Eixo Estratégico II ...Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável: Eixo Estratégico II ...
Aleitamento Materno e Alimentação Complementar Saudável: Eixo Estratégico II ...
 
NUTRIÇÃO DO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO
NUTRIÇÃO DO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMONUTRIÇÃO DO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO
NUTRIÇÃO DO RECÉM-NASCIDO PRÉ-TERMO
 
Oftalmia neonatal
Oftalmia neonatalOftalmia neonatal
Oftalmia neonatal
 
Segurança na Atenção ao Parto e Nascimento: da teoria à prática
Segurança na Atenção ao Parto e Nascimento: da teoria à práticaSegurança na Atenção ao Parto e Nascimento: da teoria à prática
Segurança na Atenção ao Parto e Nascimento: da teoria à prática
 
NEUROPROTEÇÃO NA UNIDADE NEONATAL
NEUROPROTEÇÃO NA UNIDADE NEONATALNEUROPROTEÇÃO NA UNIDADE NEONATAL
NEUROPROTEÇÃO NA UNIDADE NEONATAL
 
Hepatite B e Gestação
Hepatite B e GestaçãoHepatite B e Gestação
Hepatite B e Gestação
 
Cuidado ao Parto e Nascimento de Risco Habitual
Cuidado ao Parto e Nascimento de Risco HabitualCuidado ao Parto e Nascimento de Risco Habitual
Cuidado ao Parto e Nascimento de Risco Habitual
 
Rubéola na Gestação
Rubéola na GestaçãoRubéola na Gestação
Rubéola na Gestação
 
Profilaxia das infecções neonatal
Profilaxia das infecções neonatalProfilaxia das infecções neonatal
Profilaxia das infecções neonatal
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia NeonatalHipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia Neonatal
 

Destaque

PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA À GESTANTE COM SUSPEITA DE ZIKA VÍRUS E BEBES COM MI...
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA À GESTANTE COM SUSPEITA DE ZIKA VÍRUS E BEBES COM MI...PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA À GESTANTE COM SUSPEITA DE ZIKA VÍRUS E BEBES COM MI...
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA À GESTANTE COM SUSPEITA DE ZIKA VÍRUS E BEBES COM MI...Alidemberg Loiola
 
Puericultura- Roteiro Prático
Puericultura-  Roteiro PráticoPuericultura-  Roteiro Prático
Puericultura- Roteiro Práticoblogped1
 
Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)
Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)
Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)Patrícia Cruz Rodrigues Marion
 
Organização serviços de saúde
Organização serviços de saúdeOrganização serviços de saúde
Organização serviços de saúdecalinesa
 

Destaque (7)

PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA À GESTANTE COM SUSPEITA DE ZIKA VÍRUS E BEBES COM MI...
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA À GESTANTE COM SUSPEITA DE ZIKA VÍRUS E BEBES COM MI...PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA À GESTANTE COM SUSPEITA DE ZIKA VÍRUS E BEBES COM MI...
PROTOCOLO DE ASSISTÊNCIA À GESTANTE COM SUSPEITA DE ZIKA VÍRUS E BEBES COM MI...
 
Plano dengue 2016
Plano dengue 2016Plano dengue 2016
Plano dengue 2016
 
Puericultura- Roteiro Prático
Puericultura-  Roteiro PráticoPuericultura-  Roteiro Prático
Puericultura- Roteiro Prático
 
Apresentação - Redes - João Batista - Ministério Saúde
Apresentação - Redes - João Batista - Ministério SaúdeApresentação - Redes - João Batista - Ministério Saúde
Apresentação - Redes - João Batista - Ministério Saúde
 
Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)
Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)
Estrutura organizacional dos serviços de saúde - Redes de Atenção à Saúde (RAS)
 
Organização serviços de saúde
Organização serviços de saúdeOrganização serviços de saúde
Organização serviços de saúde
 
ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR
ORGANIZAÇÃO HOSPITALARORGANIZAÇÃO HOSPITALAR
ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR
 

Semelhante a Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia

PROTOCOLO PARA VIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE ...
PROTOCOLO PARA VIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE ...PROTOCOLO PARA VIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE ...
PROTOCOLO PARA VIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE ...Centro Universitário Ages
 
Apresentacaomicrocefaliafinal24 151126134729-lva1-app6891
Apresentacaomicrocefaliafinal24 151126134729-lva1-app6891Apresentacaomicrocefaliafinal24 151126134729-lva1-app6891
Apresentacaomicrocefaliafinal24 151126134729-lva1-app6891Rene Diana
 
Boletim sobre a microcefalia
Boletim sobre a microcefaliaBoletim sobre a microcefalia
Boletim sobre a microcefaliaAndré Luis Bento
 
Gravidez e vírus da imunodefeciência
Gravidez e vírus da imunodefeciênciaGravidez e vírus da imunodefeciência
Gravidez e vírus da imunodefeciênciauccarcozelo
 
Gravidez e virus da imunodefeciencia
Gravidez e virus da imunodefecienciaGravidez e virus da imunodefeciencia
Gravidez e virus da imunodefecienciauccarcozelo
 
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Liene Campos
 
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Liene Campos
 
Assist enf prenatal
Assist enf prenatalAssist enf prenatal
Assist enf prenatalMARY SOUSA
 
Assist enf prenatal
Assist enf prenatalAssist enf prenatal
Assist enf prenatalMARY SOUSA
 
Protocolo clínico de atendimento na rede básica de pré natal de baixo risco
Protocolo clínico de atendimento na rede básica de pré natal de baixo riscoProtocolo clínico de atendimento na rede básica de pré natal de baixo risco
Protocolo clínico de atendimento na rede básica de pré natal de baixo riscoProfessor Robson
 
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...Pelo Siro
 
MICROCEFALIA protocolo clínico e epidemiológico - Pernambuco
MICROCEFALIA protocolo clínico e epidemiológico - PernambucoMICROCEFALIA protocolo clínico e epidemiológico - Pernambuco
MICROCEFALIA protocolo clínico e epidemiológico - PernambucoProf. Marcus Renato de Carvalho
 
Vírus MONKEYPOX: cuidados especiais na atenção perinatal
Vírus MONKEYPOX: cuidados especiais na atenção perinatal Vírus MONKEYPOX: cuidados especiais na atenção perinatal
Vírus MONKEYPOX: cuidados especiais na atenção perinatal Prof. Marcus Renato de Carvalho
 
Microcefalia oque e?pdf
Microcefalia oque e?pdfMicrocefalia oque e?pdf
Microcefalia oque e?pdfELIAS OMEGA
 
25gestacao alto risco
25gestacao alto risco25gestacao alto risco
25gestacao alto riscoMabel Salas
 

Semelhante a Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia (20)

PROTOCOLO PARA VIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE ...
PROTOCOLO PARA VIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE ...PROTOCOLO PARA VIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE ...
PROTOCOLO PARA VIGILÂNCIA E ASSISTÊNCIA DE CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS DE ...
 
Apresentacaomicrocefaliafinal24 151126134729-lva1-app6891
Apresentacaomicrocefaliafinal24 151126134729-lva1-app6891Apresentacaomicrocefaliafinal24 151126134729-lva1-app6891
Apresentacaomicrocefaliafinal24 151126134729-lva1-app6891
 
Boletim sobre a microcefalia
Boletim sobre a microcefaliaBoletim sobre a microcefalia
Boletim sobre a microcefalia
 
CT Epidemiologia - 21.03.16 - Microcefalia e/ou alterações do SNC ESPII
CT Epidemiologia - 21.03.16 - Microcefalia e/ou alterações do SNC ESPIICT Epidemiologia - 21.03.16 - Microcefalia e/ou alterações do SNC ESPII
CT Epidemiologia - 21.03.16 - Microcefalia e/ou alterações do SNC ESPII
 
Gravidez e vírus da imunodefeciência
Gravidez e vírus da imunodefeciênciaGravidez e vírus da imunodefeciência
Gravidez e vírus da imunodefeciência
 
Gravidez e virus da imunodefeciencia
Gravidez e virus da imunodefecienciaGravidez e virus da imunodefeciencia
Gravidez e virus da imunodefeciencia
 
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
 
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
Atenção ao recém nascido prematuro de risco em uruguaiana versão3
 
Assist enf prenatal
Assist enf prenatalAssist enf prenatal
Assist enf prenatal
 
Assist enf prenatal
Assist enf prenatalAssist enf prenatal
Assist enf prenatal
 
Protocolo clínico de atendimento na rede básica de pré natal de baixo risco
Protocolo clínico de atendimento na rede básica de pré natal de baixo riscoProtocolo clínico de atendimento na rede básica de pré natal de baixo risco
Protocolo clínico de atendimento na rede básica de pré natal de baixo risco
 
Atualizações no Ciclo Gravídico Puerperal e Aleitamento - COVID - 19
Atualizações no Ciclo Gravídico Puerperal e Aleitamento - COVID - 19Atualizações no Ciclo Gravídico Puerperal e Aleitamento - COVID - 19
Atualizações no Ciclo Gravídico Puerperal e Aleitamento - COVID - 19
 
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
1188746976 saude reprodutiva-doencas_infecciosas_e_gravidez_orientacoes_tecni...
 
SBP Recomendações para os cuidados com o recém-nascido e o aleitamento matern...
SBP Recomendações para os cuidados com o recém-nascido e o aleitamento matern...SBP Recomendações para os cuidados com o recém-nascido e o aleitamento matern...
SBP Recomendações para os cuidados com o recém-nascido e o aleitamento matern...
 
MICROCEFALIA protocolo clínico e epidemiológico - Pernambuco
MICROCEFALIA protocolo clínico e epidemiológico - PernambucoMICROCEFALIA protocolo clínico e epidemiológico - Pernambuco
MICROCEFALIA protocolo clínico e epidemiológico - Pernambuco
 
Caso clinico e.s.f hiv na gestaçâo.
Caso clinico e.s.f hiv na gestaçâo.Caso clinico e.s.f hiv na gestaçâo.
Caso clinico e.s.f hiv na gestaçâo.
 
Vírus MONKEYPOX: cuidados especiais na atenção perinatal
Vírus MONKEYPOX: cuidados especiais na atenção perinatal Vírus MONKEYPOX: cuidados especiais na atenção perinatal
Vírus MONKEYPOX: cuidados especiais na atenção perinatal
 
CT Epidemiologia - 21.03.16 - MICROCEFALIAS: SES/PE
CT Epidemiologia - 21.03.16 - MICROCEFALIAS: SES/PECT Epidemiologia - 21.03.16 - MICROCEFALIAS: SES/PE
CT Epidemiologia - 21.03.16 - MICROCEFALIAS: SES/PE
 
Microcefalia oque e?pdf
Microcefalia oque e?pdfMicrocefalia oque e?pdf
Microcefalia oque e?pdf
 
25gestacao alto risco
25gestacao alto risco25gestacao alto risco
25gestacao alto risco
 

Mais de Centro Universitário Ages

Epidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundo
Epidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundoEpidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundo
Epidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundoCentro Universitário Ages
 
Dengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
Dengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criançaDengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
Dengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criançaCentro Universitário Ages
 
Protocolo de Assistência aos Casos Crônicos de Chikungunya
Protocolo de Assistência aos Casos Crônicos de ChikungunyaProtocolo de Assistência aos Casos Crônicos de Chikungunya
Protocolo de Assistência aos Casos Crônicos de ChikungunyaCentro Universitário Ages
 
Alimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionais
Alimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionaisAlimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionais
Alimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionaisCentro Universitário Ages
 
O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS
O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUSO farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS
O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUSCentro Universitário Ages
 
Determinantes sociais na saúde na doença e na intervenção
Determinantes sociais na saúde na doença e na intervençãoDeterminantes sociais na saúde na doença e na intervenção
Determinantes sociais na saúde na doença e na intervençãoCentro Universitário Ages
 
Desafios para a saúde coletiva no século XXI
Desafios para a saúde coletiva no século XXIDesafios para a saúde coletiva no século XXI
Desafios para a saúde coletiva no século XXICentro Universitário Ages
 

Mais de Centro Universitário Ages (20)

Sistema de Saúde no Brasil e no mundo.pdf
Sistema de Saúde no Brasil e no mundo.pdfSistema de Saúde no Brasil e no mundo.pdf
Sistema de Saúde no Brasil e no mundo.pdf
 
Epidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundo
Epidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundoEpidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundo
Epidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundo
 
Cuidado centrado na pessoa
Cuidado centrado na pessoaCuidado centrado na pessoa
Cuidado centrado na pessoa
 
Como fazer Genogramas
Como fazer GenogramasComo fazer Genogramas
Como fazer Genogramas
 
Estudos observacionais
Estudos observacionais Estudos observacionais
Estudos observacionais
 
A pele e seus anexos
A pele e seus anexosA pele e seus anexos
A pele e seus anexos
 
Protocolo Manejo-Coronavirus
Protocolo Manejo-CoronavirusProtocolo Manejo-Coronavirus
Protocolo Manejo-Coronavirus
 
Dengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
Dengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criançaDengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
Dengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
 
Protocolo de Assistência aos Casos Crônicos de Chikungunya
Protocolo de Assistência aos Casos Crônicos de ChikungunyaProtocolo de Assistência aos Casos Crônicos de Chikungunya
Protocolo de Assistência aos Casos Crônicos de Chikungunya
 
Recém-nascido de mãe diabética
Recém-nascido de mãe diabéticaRecém-nascido de mãe diabética
Recém-nascido de mãe diabética
 
Alojamento conjunto indicações e vantagens
Alojamento conjunto indicações e vantagensAlojamento conjunto indicações e vantagens
Alojamento conjunto indicações e vantagens
 
Alimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionais
Alimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionaisAlimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionais
Alimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionais
 
Aleitamento Materno
Aleitamento MaternoAleitamento Materno
Aleitamento Materno
 
Acesso venoso em recem nascidos
Acesso venoso em recem nascidosAcesso venoso em recem nascidos
Acesso venoso em recem nascidos
 
Alterações fisiológicas do envelhecimento
Alterações fisiológicas do envelhecimentoAlterações fisiológicas do envelhecimento
Alterações fisiológicas do envelhecimento
 
O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS
O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUSO farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS
O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS
 
Lei nº 8.080/90 Sistema Único de Saúde
Lei nº 8.080/90 Sistema Único de SaúdeLei nº 8.080/90 Sistema Único de Saúde
Lei nº 8.080/90 Sistema Único de Saúde
 
Determinantes sociais na saúde na doença e na intervenção
Determinantes sociais na saúde na doença e na intervençãoDeterminantes sociais na saúde na doença e na intervenção
Determinantes sociais na saúde na doença e na intervenção
 
Desafios para a saúde coletiva no século XXI
Desafios para a saúde coletiva no século XXIDesafios para a saúde coletiva no século XXI
Desafios para a saúde coletiva no século XXI
 
Caminhos para analise das politicas de saude
Caminhos para analise das politicas de saudeCaminhos para analise das politicas de saude
Caminhos para analise das politicas de saude
 

Protocolo de atendimento mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia

  • 1. PROTOCOLO DE ATENDIMENTO: mulheres em idade fértil, gestantes, puérperas e bebês com microcefalia
  • 2. Boletim Epidemiológico de Microcefalia (até 5 de dezembro) 1.761 casos suspeitos 14 estados 422 municípios 19 óbitos Até então, Brasil registrava menos de 200 casos por ano
  • 3. Ações  Decretado Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (11/11)  Foi acionado o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES)  Envio de equipes do Ministério da Saúde aos estados  Mobilizados especialistas de diferentes áreas da Medicina: resultando no reconhecimento da relação entre microcefalia e vírus Zika (28/11)  Diálogo com órgãos internacionais, como a Organização Mundial da Saúde e o Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos  Divulgadas orientações para gestores e profissionais de saúde sobre notificação  Transparência: boletim epidemiológico semanal  Lançado o Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia, envolvendo 19 ministérios, outros órgãos do governo federal, estados e municípios  Publicação de protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika (definição de casos suspeitos)
  • 4. Mobilização e combate ao mosquito Aedes aegypti  Campanhas de mobilização, auxílio da Defesa Civil e das Forças Armadas, instalação da Sala Nacional de Coordenação Interagências e de salas regionais Atendimento às pessoas  Articulação dos diversos serviços de atenção às mulheres e aos nascidos com microcefalia Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa  Desenvolver tecnologias laboratoriais para o diagnóstico do vírus Zika, microcefalia, outras malformações congênitas e síndrome de Guillain-Barré Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia
  • 5. Protocolo de Atendimento às Mulheres em Idade Fértil, Gestantes e Puérperas e Recém-Nascidos com Microcefalia
  • 6. Protocolo de Atenção à Saúde Orientar profissionais de saúde para as ações de prevenção da infecção pelo vírus Zika, atenção ao pré-natal, parto e nascimento, e para a assistência aos nascidos com microcefalia Mulheres em idade fértil Gestantes Nascidos com microcefalia Público-alvo:
  • 7. Objetivos Específicos  Orientar diretrizes assistenciais para o planejamento reprodutivo, pré- natal, parto, nascimento, puerpério e puericultura;  Orientar a assistência para detecção e notificação de quadros sugestivos de microcefalia em recém-nascidos;  Orientar o acompanhamento e reabilitação das crianças diagnosticadas com microcefalia, enfatizando a estimulação precoce.
  • 8. Atenção à Saúde das Mulheres  Garantir acesso aos métodos contraceptivos  Reforçar o aconselhamento pré-concepcional, para orientação às mulheres que desejam engravidar sobre a atual situação dos casos de microcefalia no país  Ampliar a oferta do teste rápido de gravidez para detecção precoce da gravidez e início do acompanhamento pré-natal  Orientação quanto às ações de prevenção e controle da Dengue, Chikungunya e Zika  Orientar para a proteção contra a picada do mosquito: mosquiteiro, ventilador, roupas compridas, telas de proteção e uso de repelente  O agente comunitário de saúde deverá realizar visitas domiciliares com maior periodicidade, intensificando orientações às mulheres, gestantes e crianças  Intensificar a busca ativa de mulheres no início da gestação para que possam iniciar o pré-natal ainda no 1º trimestre  Intensificar a busca ativa das gestantes faltantes ao pré-natal
  • 9. Atenção à Saúde das Mulheres  Manter a recomendação de que o ultrassonografia obstétrica seja realizada preferencialmente no 1º trimestre  Realizar vacinação de rotina das gestantes, conforme o calendário vacinal do Ministério da Saúde  Orientar a procurar o serviço de saúde em caso de exantema/rash cutâneo (manchas vermelhas na pele) e febre (notificação)  A equipe Saúde da Família deve estar sensibilizada a acolher a gestante com caso suspeito de Zika e suas angústias, dúvidas e medos, com o apoio dos profissionais de saúde mental do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF)  Investigar e registrar na caderneta ou cartão da gestante, assim como no prontuário da mulher, a ocorrência de infecções, rash cutâneo (manchas), exantema ou febre, orientando-a a procurar o serviço de saúde, caso apresente esses sinais e sintomas
  • 10. Atenção ao Parto e Nascimento A gestante deve ter o atendimento priorizado quando for identificada alguma alteração Boas práticas de atenção ao parto e nascimento  Estímulo ao parto normal: vírus Zika ou microcefalia em si não são indicação de cirurgia cesariana  Contato pele-a-pele entre mãe e recém-nascido  Clampeamento oportuno do cordão umbilical  Amamentação na primeira hora de vida  Procedimentos de rotina após a primeira hora de vida  Seguir protocolo do MS de reanimação neonatal Aleitamento materno  Contínuo até os dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses (recomendação OMS) “À luz dos conhecimentos científicos atuais, não dispomos de evidências para alterar as condutas assistenciais e técnicas no que concerne ao aleitamento materno e aos Bancos de Leite Humano frente ao cenário epidemiológico do vírus Zika.” – FIOCRUZ
  • 11.  Realizar anamnese obstétrica e materna e exame físico completo do recém-nascido, incluindo exame neurológico detalhado, com destaque para medição cuidadosa do perímetro cefálico-PC. Este último exame deve ser confirmado em 24hs-48hs  Recém-nascido a termo: para definição de microcefalia, considerar o valor de referência do perímetro cefálico ≤ 32 cm ao nascimento, conforme preconiza a OMS  Recém-nascido pré-termo: considera-se o perímetro cefálico menor que -2 desvios padrões, pela curva de Fenton para meninas e para meninos  Valores de perímetro cefálico entre 32,1 e 33 cm não serão classificados como microcefalia, porém devem ser adequadamente acompanhados em puericultura, com vigilância do desenvolvimento e da evolução do PC Atendimento ao recém-nascido
  • 12.  A ultrassonografia transfontanela (US-TF) será a primeira opção de exame de imagem no recém-nascido  A tomografia de crânio, sem contraste, só será necessária no caso da US-TF mostrar que o recém-nascido apresenta a “moleira” fechada e para aqueles em que, após os exames laboratoriais e a US-TF, ainda persista dúvida diagnóstica  A medida busca evitar que crianças sem alteração morfológica sejam submetidas desnecessariamente à tomografia.  A tomografia computadorizada envolve alta carga de radiação (equivale a 70-100 radiografias) e exige sedação Exames de imagem
  • 13.  Triagem infecciosa: coletar sangue do cordão umbilical, placenta, líquido cefalorraquidiano do recém-nascido e sangue da mãe  Exames laboratoriais inespecíficos: hemograma completo, dosagens séricas de aminotransferases hepáticas, ureia e creatinina e outros conforme necessidade do recém-nascido Investigação laboratorial
  • 14. Realização do teste do pezinho, orelhinha e olhinho para detecção precoce de doenças nos primeiros dias de vida. A microcefalia pode estar relacionada a alterações do desenvolvimento neuropsicomotor e do comportamento que podem ser acompanhadas por problemas auditivos e visuais Triagem Auditiva Neonatal (TAN)  O ‘Teste da Orelhinha’ deve ser realizado preferencialmente nas 24/48 horas de vida.  Para as crianças com microcefalia, deve-se realizar o exame Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) como primeira escolha  Se diagnosticada a perda auditiva, a criança deverá ser encaminhada para a reabilitação em serviço de referência em reabilitação auditiva: Centro em Reabilitação – CER (com modalidade auditiva) ou Centro de Reabilitação Auditiva na Alta Complexidade  Para ampliar o acesso, o Ministério da Saúde irá equipar 737 maternidades para a realização do exame PEATE (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico), bem como capacitar os profissionais dessas unidades Triagem neonatal
  • 15. Triagem Ocular Neonatal (TON)  O ‘Teste do Olhinho’ faz parte do exame físico do recém-nascido e deve ser feito ainda na maternidade, contemplando a inspeção e Teste do Reflexo Vermelho (TRV) da retina, por meio de fecho de luz Triagem Neonatal Biológica (Teste do Pezinho)  Fenilcetonúria  Hipotireoidismo Congênito  Doença Falciforme e outras Hemoglobinopatias  Fibrose Cística, Hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase Triagem neonatal
  • 16.  Todas as crianças com a malformação congênita confirmada deverão integrar o Programa de Estimulação Precoce, desde o nascimento até os três anos de idade, período em que o cérebro se desenvolve mais rapidamente  A estimulação precoce visa à maximização do potencial de cada criança, englobando o crescimento físico e a maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva, que poderão ser prejudicados pela microcefalia.  Os nascidos com microcefalia receberão os estímulos precoces em serviços de reabilitação: Centros Especializado de Reabilitação (CER), Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e Ambulatórios de Seguimento de Recém-Nascidos das Maternidades Estimulação Precoce no Recém-nascido
  • 17. Fluxograma para Atendimento do Recém-nascido
  • 18.  Casos suspeitos de microcefalia potencialmente associada à infecção pelo vírus Zika deverão ser notificados imediatamente às autoridades sanitárias e registrados no formulário de Registro de Eventos de Saúde Pública (RESP – Microcefalias), disponível no endereço eletrônico: www.resp.saude.gov.br  A notificação do caso suspeito de microcefalia no RESP não exclui a necessidade de se notificar o mesmo caso no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC).  Para informações detalhadas, consultar o “Protocolo de atenção à saúde e resposta à ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus Zika” Notificação