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Antes que se reinicie a caça às bruxas, quero exercer o direito feminino de dizer
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individual, parece confundir-se com a ausência de direitos coletivos, especialmente,
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Retroceder ao ponto da misoginia e do sexismo, é a postura mais degradante que se
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da sociedade brasileira, desrespeitou a conquista de direitos humanos estabelecidos
em sua Carta Magna.
Preocupa-me, não apenas o ato desproposital do uso de palavras de baixo calão, que
este insignificante grupo de pessoas, possivelmente, com amplo conhecimento formal
e, muito pouco ou quase nada de conhecimento relacional, de civismo e de amor à
Pátria, evidente naquele momento.
Preocupa-me, a passividade, a indiferença e as poucas demonstrações de indignação da
sociedade em geral, especialmente, por parte de nós mulheres, violentamente
ofendidas na figura da Presidenta, Chefe de Estado, eleita democraticamente, atacada
de forma tacanha e revoltante... Não foi ofendido o projeto que Dilma representa, visto
que este grupo é também um dos mais beneficiados com as políticas em
desenvolvimento no país, tampouco foi um protesto a respeito da realização da Copa
do Mundo no Brasil, uma vez que estavam ali usufruindo do espetáculo... outros
motivos? Quaisquer que fossem encontram espaço e data assegurados para
reivindicar...
A questão está posta, ela é mulher. Freud explica? O último censo explica? A população
feminina do Brasil é de quase quatro milhões a mais do que a masculina e, no dia de
um dos maiores eventos esportivo do mundo, a página feminina da História brasileira,
sofreu um rasgo inconcebível... os sinais estão aí, iremos esperar que novamente nos
tolham a igualdade de direitos, para tomarmos uma atitude?
Meu grito de alerta é simplesmente para relembrar: neutralidade não há.
Calar é ser conivente. Não sejamos, pois, pseudamente neutros ou neutras. Mulheres e
homens, levantemos nossas vozes pelo direito de ser, pela igualdade de gênero, pelos
direitos iguais e, em repúdio a este fato, publicizemos nossa indignação...
Aprendi com meus pais e, penso preceitos válidos: não preciso amar a todos e todas,
mas devo respeitá-los. Não preciso concordar com todo mundo existem, no entanto,
inúmeras maneiras para demonstrar meu ponto de vista, respeitando a todos e todas.
Também aprendi que posso dizer tudo o que penso, sem agredir ninguém e, mais, o erro
do outro, não justifica o meu. Portanto, não irei me curvar diante de tamanho equívoco.
Digo ainda, todo ato de injustiça cometido contra o ser humano, seja Dilma, seja
qualquer outra pessoa, fere também à mim, porque sou mulher, sou ser humano...
Gelcí Teresinha Quevedo Agne
Carazinho, junho/2014.

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  • 2. Antes que se reinicie a caça às bruxas, quero exercer o direito feminino de dizer enquanto é tempo... considerando que a banalização do direito democrático individual, parece confundir-se com a ausência de direitos coletivos, especialmente, do coletivo de mulheres... Afora, preconceitos de toda ordem; afora distinção de classes, sejam sociais, econômicas, culturais ou outra definição que sirva para segregar grupos sociais; afora, preferências esportivas, crenças e ideologias, são as diferenças que enriquecem a diversidade, é o pluripartidarismo, indiscutivelmente, que fortalece o processo democrático; afora, a minha, a sua, ou a mais diversa opinião que se possa ter, nada justifica a atitude da torcida brasileira que ao vaiar a Presidenta Dilma, enviou ao mundo inteiro a mensagem de segregação à mulher. Isso é torpe! E, embora não represente o pensamento de todos os brasileiros e brasileiras, foi esta mensagem que o mundo leu. Retroceder ao ponto da misoginia e do sexismo, é a postura mais degradante que se pode esperar de uma sociedade pós-moderna. A hipocrisia daquela ínfima parcela da sociedade brasileira, desrespeitou a conquista de direitos humanos estabelecidos em sua Carta Magna.
  • 3. Preocupa-me, não apenas o ato desproposital do uso de palavras de baixo calão, que este insignificante grupo de pessoas, possivelmente, com amplo conhecimento formal e, muito pouco ou quase nada de conhecimento relacional, de civismo e de amor à Pátria, evidente naquele momento. Preocupa-me, a passividade, a indiferença e as poucas demonstrações de indignação da sociedade em geral, especialmente, por parte de nós mulheres, violentamente ofendidas na figura da Presidenta, Chefe de Estado, eleita democraticamente, atacada de forma tacanha e revoltante... Não foi ofendido o projeto que Dilma representa, visto que este grupo é também um dos mais beneficiados com as políticas em desenvolvimento no país, tampouco foi um protesto a respeito da realização da Copa do Mundo no Brasil, uma vez que estavam ali usufruindo do espetáculo... outros motivos? Quaisquer que fossem encontram espaço e data assegurados para reivindicar... A questão está posta, ela é mulher. Freud explica? O último censo explica? A população feminina do Brasil é de quase quatro milhões a mais do que a masculina e, no dia de um dos maiores eventos esportivo do mundo, a página feminina da História brasileira, sofreu um rasgo inconcebível... os sinais estão aí, iremos esperar que novamente nos tolham a igualdade de direitos, para tomarmos uma atitude?
  • 4. Meu grito de alerta é simplesmente para relembrar: neutralidade não há. Calar é ser conivente. Não sejamos, pois, pseudamente neutros ou neutras. Mulheres e homens, levantemos nossas vozes pelo direito de ser, pela igualdade de gênero, pelos direitos iguais e, em repúdio a este fato, publicizemos nossa indignação... Aprendi com meus pais e, penso preceitos válidos: não preciso amar a todos e todas, mas devo respeitá-los. Não preciso concordar com todo mundo existem, no entanto, inúmeras maneiras para demonstrar meu ponto de vista, respeitando a todos e todas. Também aprendi que posso dizer tudo o que penso, sem agredir ninguém e, mais, o erro do outro, não justifica o meu. Portanto, não irei me curvar diante de tamanho equívoco. Digo ainda, todo ato de injustiça cometido contra o ser humano, seja Dilma, seja qualquer outra pessoa, fere também à mim, porque sou mulher, sou ser humano... Gelcí Teresinha Quevedo Agne Carazinho, junho/2014.