SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 7
Baixar para ler offline
Apresentação anatomopatológica das vasculites pulmonares                                                                        S9




Capítulo 3
Apresentação anatomopatológica das vasculites pulmonares*
Pathological manifestations of pulmonary vasculitis

             VERA LUIZA CAPELOZZI 1 , EDWIN ROGER PARRAS 2, ALEXANDRE MUXFELDT AB’SABER 3


Resumo                                                             Abstract
A apresentação anatomopatológica das vasculites pulmonares         The pathological manifestations of pulmonary vasculitis
inclui um processo inflamatório da parede dos vasos                include an inflammatory process in the pulmonary vessel
pulmonares que pode vir acompanhado de granulomas, células         walls, which is often accompanied by granulomas, giant
gigantes, eosinófilos, necrose e hemorragia pulmonar. O            cells, eosinophils, necrosis or pulmonary hemorrhage.
conhecimento dessas manifestações, em associação com o             Knowledge of these presentations, as well as of the type of
tipo de vaso acometido e reações de imunofluorescência             vessels affected and of immunofluorescence reactions, can
auxiliam no diagnóstico diferencial das vasculites.                aid in making the differential diagnosis among the various
                                                                   forms of vasculitis.
Descritores: Diagnóstico diferencial; Immunofluorescência/         Keywords: Differential diagnosis; Fluorescent antibody
métodos; Vasculite/classificação; Granulomatose de Wegener;        technique/methods; Vasculitis/classification; Wegener's
Síndrome de Churg-Strauss                                          granulomatosis; Churg-Strauss Syndrome

INTRODUÇÃO                                                         Vasculite granulomatosa necrotizante
    Do ponto de vista anatomopatológico, a classifi-                   As seguintes alterações morfológicas devem
cação das vasculites representa um passo importante                estar presentes: “necrose geográfica” - necrose
na determinação do curso clínico, tratamento e prognós-            basofílica com histiócitos em paliçada (Figura 1A),
tico dos pacientes. É importante frisar que para melhor            proeminência dos vasos pulmonares, obliteração
acurácia do diagnóstico, o espécime pulmonar obtido                da arquitetura pulmonar por hemorragia recente e
por biópsia deverá ser encaminhado para histopatologia             crônica, e células gigantes esparsas. Ainda no aumento
de rotina e imunofluorescência.                                    menor ao microscópio, os vasos chamam atenção
    Na rotina diagnóstica do patologista, a classificação          pela inflamação exuberante, espessamento da pare-
usualmente será baseada no diagnóstico diferencial entre           de, obliteração da luz e necrose fibrinóide (Figura
os tipos maiores de vasculites, a saber: a granulomatose           1B). A angiocentricidade levará à análise mais deta-
de Wegener, a angeíte de Churg-Strauss, a poliangeíte              lhada das lesões, permitindo ao aumento interme-
microscocópica e as capilarites; e os demais como a                diário identificar-se granulomas epitelióides na parede
púrpura de Henoch-Schönlein; e a entidade rara granu-              vascular, associados a densa reação inflamatória
lomatose sarcoídica necrotizante.                                  com mononucleares e com raros eosinófilos es-
    Os requisitos mais importantes para a classificação            praiando-se para as áreas adjacentes ao comprome-
final das vasculites deverão incluir padrões histopato-            timento vascular (Figura 1C), obliterando a histo-
lógicos, imunofluorescência, apresentação clínica,                 arquitetura pulmonar local. Prosseguindo-se na
apresentação radiológica e nomenclatura comum.(1-10)               análise do espécime, lesões granulomatosas
                                                                   incompletas podem ainda ser identificadas pela
PADRÕES HISTOPATOLÓGICOS                                           presença de esparsas células gigantes multinu-
                                                                   cleadas, que se destacam em meio a exuberante
    O primeiro passo para o reconhecimento de uma                  tecido de granulação e hemorragia recente ou
vasculite se faz ao aumento menor do microscópio                   antiga. No centro destas lesões granulomatosas
ao se identificar angiocentricidade da lesão. A seguir,            incompletas, microabscessos neutrofílicos são
os seguintes padrões histopatológicos deverão ser                  achados freqüentes. A confirmação da angiocen-
identificados:                                                     tricidade da lesão requer uma simples coloração

* Trabalho realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) - Brasil.
1. Livre-Docente, Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) - Brasil.
2. Pós-Graduando do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) - Brasil.
3. Doutor em Patologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) - Brasil.


                                                                                    J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1): S9-S15
S 10             Capelozzi VL, Parras ER, Ab’Saber AM




        Figura 1- Vasculite granulomatosa necrotizante. A) Necrose basofílica com histiócitos em paliçada; B) Vasos:
        inflamação exuberante, espessamento de parede, obliteração da luz e necrose fibrinóide; C) Granulomas epitelióides,
        reação inflamatória mononucleares, raros eosinófilos; D) Elástica: reação inflamatória granulomatosa.

histoquímica, à base de prata, que assim permitirá               calibre: poliarterite nodosa, doença de Kawasaki,
delinear os vasos comprometidos. Sob coloração                   arterite de células gigantes e arterite de Takayasu.
pela impregnação com a prata, utilizando a técnica
de Verhoeff, é possível identificar a lesão infla-               Vasculite granulomatosa necrotizante eosinofílica
matória granulomatosa necrotizante interrompendo
e distorcendo a continuidade da lâmina elástica                      Inicialmente, este padrão histopatológico, ao
interna ou externa das artérias, ou apenas a única               menor aumento do microscópio, sugere um quadro
lâmina elástica comumente presente na parede das                 de asma, evidenciado pela presença de bronquíolos
veias (Figura 1D). A técnica de Verhoeff permitirá               terminais contraídos, com enrugamento do epitélio
ainda identificar com maior precisão a oclusão                   de revestimento, proeminência da membrana basal,
vascular pela lesão inflamatória, por vezes                      exuberância da camada muscular e denso infiltrado
enaltecendo a presença do granuloma (Figura 1D).                 de eosinófilos, com epiteliotropismo, ou seja, com
Destacará também o comprometimento dos vasos                     tendência a permear o epitélio bronquiolar (Figura 2A).
de pequeno calibre.                                              A partir dos bronquíolos, o infiltrado de eosinófilos
    O segundo passo que facilitará o caminho para                tende a se espraiar aos alvéolos adjacentes, seja ao
a classificação da vasculite será identificar o tipo             longo dos septos ou no interior da luz alveolar
de vaso comprometido. A estratificação das vasculi-              (Figura 2B). Ao nível da junção ductos alveolares/
tes de acordo com o calibre e o tipo de vaso com-                alvéolos, o infiltrado eosinofílico encontra os vasos
prometido compreende:(3,5,10)                                    acinares, sobretudo as arteríolas, onde tende a
    Acomentimento dos vasos de pequeno calibre:                  formar manguitos ao seu redor (Figura 2C). Nestas
associadas a anticorpos anticitoplasma de neutrófilos            áreas não são infreqüêntes os achados de granu-
(ANCA), pauciimunes, que incluirão granulomatose                 lomas incompletos, necrose fibrinóide, microabs-
de Wegener, angeíte de Churg-Strauss e poliangeíte               cessos eosinofílicos e ainda células gigantes mul-
microscópica; associadas a complexos imunes,                     tinucleadas (Figura 2D).
púpura de Henoch-Schönlein, crioglobulinemia mista                   Diante desses achados morfológicos, o laudo
e vasculite leucocitoclástica cutânea.                           anatomopatológico incluirá o diagnóstico de vas-
    Acometimento de vasos de médio e grande                      culite granulomatosa necrotizante com eosinofilia,


J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1):S9-S15
Apresentação anatomopatológica das vasculites pulmonares                                                        S 11




        Figura 2 - Vasculite granulomatosa não-necrotizante eosinofílica. A) Asma: bronquíoloconstrição,
        decapitação, espessamento membrana basal, eosinofilia epiteliotropismo bronquiolar; B) Eosinofilia:
        extensão alveolar; C) angiocentricidade; D) Necrose fibrinóide, microabscessos eosinofílicos, células
        gigantes multinucleadas.


sugestiva de angeíte de Churg-Strauss. O diagnós-            pequenos, tais como arteríolas, capilares e vênulas.
tico definitivo deverá novamente incluir a história          A classificação final deverá incluir a clínica, sobre-
clínica, sobretudo de asma, a imunofluorescência             tudo o comprometimento cutâneo, a imuno-
negativa para complexos imunes e a radiologia.               fluorescência negativa para ANCA e positiva para
                                                             complexos imunes. A radiologia é útil para excluir
Vasculite leucocitoclástica                                  as vasculites maiores, tipo granulomatose de Wegener
                                                             ou a angeíte de Churg-Strauss. Considerando o calibre
   Os critérios histopatológicos incluirão os acha-          dos vasos comprometidos e o padrão da imuno-
dos de necrose fibrinóide, proliferação endotelial e         fluorescência, a classificação final deverá excluir
exocitose de neutrófilos na parede vascular (Figura 3).      outras vasculites do grupo, como a seguir:
    O segundo passo importante será determinar                   Acometimento de pequeno calibre: ANCA
o calibre dos vasos comprometidos. A vasculite               associadas, pauciimunes: Wegener, Churg-Strauss e
leucocitoclástica usualmente compromete vasos                poliangeite microscópica; imunes: Henoch-Schönlein,
                                                             doença antimembrana basal glomerular e vasculites-
                                                             colagenoses: lúpus eritematoso sistêmico: artrite
                                                             reumatóide.

                                                             Capilarite e hemorragia intra-alveolar
                                                                 A hemorragia intra-alveolar caracteriza-se
                                                             histologicamente pela presença da obliteração dos
                                                             espaços aéreos por acúmulo de hemácias, íntegras
                                                             ou degeneradas. Um critério histológico útil para
                                                             determinar se a hemorragia não representa um
                                                             fenômeno ocorrido durante o procedimento cirúr-
                                                             gico de obtenção da biópsia é a presença de ma-
Figura 3 - Necrose fibrinóide, proliferação endotelial,      crófagos com hemossiderina (Figura 4A). Usual-
exocitose de neutrófilos: vasculite leucocitoclástica.       mente, nas síndromes pulmonares hemorrágicas,

                                                                             J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1): S9-S15
S 12              Capelozzi VL, Parras ER, Ab’Saber AM




                                                                evidencia-se a presença de macrófagos com he-
                                                                mossiderina, bem como a presença de hemácias
                                                                íntegras. Outro critério histológico importante é
                                                                atribuir a hemorragia alveolar à presença de capi-
                                                                larite. Acúmulo exuberante de neutrófilos ao longo
                                                                dos septos alveolares caracteriza o quadro de capi-
                                                                larite pulmonar, um dos mais graves do ponto de
                                                                vista clínico (Figura 4B). O padrão histopatológico
                                                                então caracterizado pela presença de capilarite e
                                                                hemorragia intra-alveolar é genericamente denomi-
                                                                nado de “pulmão na síndrome hemorrágica”. Dele
                                                                faz parte um grupo especial de entidades clínicas,
                                                                que inclui:
                                                                    ANCA-associadas: granulomatose de Wegener.
                                                                ANCA clássico, poliangeíte microscópica – ANCA
                                                                perinuclear e associadas ou não a glomerulonefrite:
                                                                síndrome de Goodpasture (imunecomplexos an-
                                                                timembrana basal): associada ou não a glomeru-
                                                                lomefrite; lúpus eritematoso sistêmico: associado
                                                                ou não a glomerulonefrite; drogas: hemossiderose
                                                                pulmonar idiopática.

                                                                Arterite necrotizante com células gigantes

Figura 4 - A) Hemorragia pulmonar difusa; B) Capilarite:           Neste padrão histopatológico, são as grandes
neutrófilos ao longo dos septos alveolares.                     artérias em geral (Figura 5A) as mais comprome-




   Figura 5 - Diagnóstico histopatológico: arterite necrotizante de células gigantes em grandes vasos. A) artérias de médio
   calibre; B) necrose fibrinóide; C) delaminação da elástica; D) células gigantes incorporando restos elástica. (Reproduzida
   do short course #3 – Systemic Vasculitis – da United States and Canadian Academy of Pathology, 1997).


J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1):S9-S15
Apresentação anatomopatológica das vasculites pulmonares                                                            S 13




                                                               tidas, por um substrato morfológico que inclui a
                                                               necrose fibrinóide da camada média (Figura 5B),
                                                               associada a uma reação inflamatória a mono e
                                                               polimorfonucleares e à presença de células gigantes
                                                               multinucleadas. A coloração da camada elástica é um
                                                               procedimento útil nestes casos, ao delinear a perda da
                                                               integridade da lâmina elástica interna e/ou da externa
                                                               (Figura 5C e 5D). Neste grupo, a imunofluorescência
                                                               para ANCA e complexos imunes é negativa.

                                                               Arterite não-necrotizante de células gigantes
                                                                   O comprometimento de artérias de médio ou grande
                                                               calibre por inflamação crônica rica em mononucleares
                                                               (Figura 6A e 6B), contendo características células
                                                               gigantes multinucleadas (Figura 6C), compõe o substrato
                                                               morfológico da arterite de células gigantes,
                                                               freqüentemente a causa da arterite temporal.

                                                               Arterite necrotizante com plasmocitose intensa
                                                                   Atualmente, um tipo raro de comprometimento
                                                               inflamatório, sobretudo das artérias de grande,
                                                               médio ou pequeno calibre, a arterite necrotizante
                                                               associada a plasmocitose intensa (Figura 7A)
                                                               compõe o substrato anatomopatológico da lues
                                                               terciária, trazendo como complicação mais temida
                                                               o aneurisma dissecante de aorta por “médio
                                                               necrose cística da aorta”(Figura 7B).
                                                                   De acordo com o calibre do vaso comprometido
                                                               e o padrão histopatológico constatado, a classificação
Figura 6 - Diagnóstico histopatológico: arterite não-          das arterites incluirá: vasos de grande calibre; arterite
necrotizante de células gigantes em grandes vasos - A)         de células gigantes; arterite de Takayasu; arterite
e B) reação inflamatória na parede arterial; C) células        temporal; arterite sifilítica.
gigantes multinucleadas. (Reproduzida do short course #3
– Systemic Vasculitis – da United States and Canadian Acade-
my of Pathology, 1997).




Figura 7 - Diagnóstico histopatológico: arterite necrotizante com plasmocitose intensa em grandes vasos sugestiva de
lues terciária [“médio necrose cística”] - A) delaminação da lâmina elástica; B) plasmocitose e endoteliose. (Reproduzida
do short course #3 – Systemic Vasculitis – da United States and Canadian Academy of Pathology, 1997).


                                                                              J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1): S9-S15
S 14             Capelozzi VL, Parras ER, Ab’Saber AM




Figura 8 - Diagnóstico histopatológico: arterite necrotizante segmentar em variados estádios de organização em vasos
de médio calibre - A) necrose fibrinóide extensa; B) trombose. (Reproduzida do short course #3 – Systemic Vasculitis –
da United States and Canadian Academy of Pathology, 1997).




        Figura 9 - Diagnóstico histopatológico: arterite sarcoídica necrotizante - A) comprometimento de
        artérias de médio calibre; B) granulomas sarcoídicos com necrose; C) detalhe dos granulomas
        sarcoídicos. (Reproduzida do short course #3 – Systemic Vasculitis – da United States and Canadian
        Academy of Pathology, 1997).


J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1):S9-S15
Apresentação anatomopatológica das vasculites pulmonares                                                              S 15




Arterite necrotizante segmentar em variados                    zação; Arterite necrotizante sarcoídica
estádios de organização em vasos de médio calibre          3. Correlação clínico-radiológica-anatomopatoló-
                                                           gica.(11-18)
    A entidade mais característica do grupo é a
poliarterite nodosa, que compromete artérias de médio      REFERÊNCIAS
e grande calibre por necrose fibrinóide extensa (Figura
8A) e trombose (Figura 8B) poupando as artérias             1. Watts RA, Carruthers DM, Scott DG. Epidemiology of
pulmonares. Outros achados histopatológicos incluem            systemic vasculitis: changing incidence or definition?
                                                               Semin Arthritis Rheum. 1995;25(1):28-34.
ainda a presença de arterite cursando em variados           2. González-Gay MA, Garcia-Porrua C. Epidemiology of the
graus de organização: da necrose fibrinóide à hiali-           vasculitides. Rheum Dis Clin North Am. 2001;27(4):729-49.
nização. Não somente grandes e médias artérias visce-       3. Weyand CM, Goronzy JJ. Multisystem interactions in
rais são comprometidas, mas também os segmentos                the pathogenesis of vasculitis, Curr Opin Rheumatol.
                                                               1997;9(1):3-11.
arteriais dos membros locomotores.                          4. Mansi IA. ANCA-associated small-vessel vasculitis. Am
    A classificação final do grupo incluirá: vasos de          Fam Physician. 2002;65(8):1615-20.
médio calibre, poliarterite nodosa e doença de Kawasaki.    5. Rao R, Allen JK, Pincus T. Limitations of the 1990 American
                                                               College of Rheumatology criteria in the diagnosis of
                                                               vasculitis. Ann Intern Med. 1998;129(5):345-52.
Arterite sarcoídica necrotizante                            6. Capizzi SA. Does infection play a role in the pathogenesis
                                                               of pulmonary vasculitis? Semin Respir Infect.
    A mais rara de todas formas de vasculites, inclui          2003;18(1):17-22.
uma variante da sarcoidose clássica, que compromete         7. Merkel PA, Choi HK, Niles JL . Evaluation and treatment
                                                               of vasculitis in the critically ill patient. Crit Care Clin.
artérias de médio e pequeno calibre (Figura 9A). As            2002;18(2):321-44.
características histopatológicas incluem a presença         8. Cosgrove GP, Schwarz MI. Vasculitis & the diffuse
dos granulomas sarcoídicos com necrose (Figura 9C),            alveolar hemorrhage syndromes. Currr Diagn Treat Pulm
dispostos isoladamente ou em coalescência ao longo             Med. 2003;20:204-12.
                                                            9. Schwarz MI, Fontenot AP. Drug-induced diffuse alveolar
da bainha vascular periadventicial (Figura 9B).                hemorrhage syndromes and vasculitis. Clin Chest Med.
                                                               2004;25(1):133-40.
CONCLUSÃO                                                  10. Sullivan EJ, Hoffman GS. Pulmonary vasculitis. Clin
                                                               Chest Med. 1998;19(4):759-76.
    A classificação final das vasculites pulmonares        11. Barbas CS, Carvalho CR, Delmonte VC, Guarnieri RM,
deverá incluir :                                               Lorenzi-Filho G, Hirata MT, et al. Behçet´s disease : a
1. Distribuição anatômica das lesões de acordo com o           rare case of simultaneous pulmonary and cerebral
                                                               involvement. Am J Med. 1988;85(4):576-8.
calibre do vaso comprometido e imunofluorescência          12. Amato MB, Barbas CS, Delmonte VC, Carvalho CR.
   Vasos de grande calibre                                     Concurrent Churg-Strauss syndrome and temporal arteritis
    Arterite de Takayasu; Arterite temporal                    in a young patient with pulmonary nodules. Am Rev
    Vasos de médio calibre                                     Respir Dis. 1989;139(6):1539-42.
                                                           13. Barbas CS, Magaldi RB, Amato MBP, Delmonte VC,
    Poliarterite nodosa; Doença de Kawasaki                    Carvalho CR, Barbas Filho JV. Wegener granulomatosis:an
    Vasos de pequeno calibre                                   analysis of 22 patients[abstract]. Chest. 1993;104:14S.
    ANCA-associadas, pauciimunes; Wegener;                 14. Amato MBP, Barbas CSV, Barbas Filho JV, Dolnikoff M,
    Churg-Strauss; Poliangeíte microscópica                    Sandeville MLSP, Delmonte VC, et al. Aspectos bizarros da
                                                               síndrome de Schurg-Strauss. Relato de quatro casos. J
    Imunes                                                     Pneumol. 1990;16(1):33-8.
    Henoch-Schönlein; Doença antimembrana basal            15. Cardoso PF, Capelozzi VL. Desafio diagnóstico em pacientes
    glomerular; Vasculites-colagenoses; Lúpus                  com pneumopatia. Síndrome de Churg-Strauss?
    eritematoso sistêmico; Artrite reumatóide                  Granulomatose de Wegener ? Granulomatose linfomatóide?
                                                               J Pneumol. 2000;26(Supl 2):S69.
2. Padrão histopatológico                                  16. Janiszewski TA, Capelozzi VL, Barbas CSV. Apresentação e
    Vasculite granulomatosa necrotizante; Vasculite            prognóstico da granulomatose de Wegener: 50 casos do
                                                               ambulatório de vasculites HC-FMUSP. J Pneumol.
    granulomatosa com eosinofilia; Vasculite leuco-            2000;26(Supl 2):S44.
    citoclástica; Capilarite pulmonar; Arterite necro-     17. Prezotti S, Capelozzi VL. Arterite de Takayasu com
    tizante de células gigantes; Arterite não-                 acometimento de artéria pulmonar associada a bronquiolite
    necrotizante de células gigantes; Arterite necroti-        constritiva. J Pneumol. 2000;26(Supl 2):S70.
                                                           18. Janiszewski TA, Capellozzi VL, Barbas CSV. Apoptosis may
    zante com plasmocitose; Arterite necrotizante              play a role in the pathogenesis of Wegener's granulomatosis.
    segmentar em variados; Estádios de organi-                 Am J Respir Crit Care Med. 2000;161(Suppl 1):S267.



                                                                            J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1): S9-S15

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Arterites e vasculites de interesse cirúrgico
Arterites e vasculites de interesse cirúrgicoArterites e vasculites de interesse cirúrgico
Arterites e vasculites de interesse cirúrgicogisa_legal
 
Guia prático FPI
Guia prático FPIGuia prático FPI
Guia prático FPIRocheAds
 
Sindrome hepatopulmonar
Sindrome hepatopulmonarSindrome hepatopulmonar
Sindrome hepatopulmonarFlávia Salame
 
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológA importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológDr. Rafael Higashi
 
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 15
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 15Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 15
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 15Professor Robson
 
Metástases pulmonares final
Metástases pulmonares finalMetástases pulmonares final
Metástases pulmonares finalupload718
 
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 6
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 6Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 6
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 6Professor Robson
 
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 16
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 16Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 16
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 16Professor Robson
 
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 17
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 17Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 17
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 17Professor Robson
 
TC tórax: câncer de pulmão
TC tórax: câncer de pulmãoTC tórax: câncer de pulmão
TC tórax: câncer de pulmãoarbarretto
 

Mais procurados (20)

Tuberculose
TuberculoseTuberculose
Tuberculose
 
Arterites e vasculites de interesse cirúrgico
Arterites e vasculites de interesse cirúrgicoArterites e vasculites de interesse cirúrgico
Arterites e vasculites de interesse cirúrgico
 
Churg strauss
Churg straussChurg strauss
Churg strauss
 
Síndrome de caplan
Síndrome de caplanSíndrome de caplan
Síndrome de caplan
 
6847360 pleura4
6847360 pleura46847360 pleura4
6847360 pleura4
 
Guia prático FPI
Guia prático FPIGuia prático FPI
Guia prático FPI
 
Dmtc2014
Dmtc2014Dmtc2014
Dmtc2014
 
Sindrome hepatopulmonar
Sindrome hepatopulmonarSindrome hepatopulmonar
Sindrome hepatopulmonar
 
Pneumonia Intersticial
Pneumonia IntersticialPneumonia Intersticial
Pneumonia Intersticial
 
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológA importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
A importância do exame do líquor para o diagnóstico neurológ
 
Sindreme nefrotica
Sindreme nefroticaSindreme nefrotica
Sindreme nefrotica
 
Iv Diretrizes Asma
Iv Diretrizes AsmaIv Diretrizes Asma
Iv Diretrizes Asma
 
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 15
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 15Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 15
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 15
 
Metástases pulmonares final
Metástases pulmonares finalMetástases pulmonares final
Metástases pulmonares final
 
Asbestose
AsbestoseAsbestose
Asbestose
 
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 6
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 6Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 6
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 6
 
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 16
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 16Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 16
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 16
 
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 17
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 17Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 17
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 17
 
caso clínico
caso clínicocaso clínico
caso clínico
 
TC tórax: câncer de pulmão
TC tórax: câncer de pulmãoTC tórax: câncer de pulmão
TC tórax: câncer de pulmão
 

Semelhante a Anatomopatologia das Vasculites Pulmonares

A introdução da quimioterapia - Tuberculose Meningoencefálica
A introdução da quimioterapia - Tuberculose MeningoencefálicaA introdução da quimioterapia - Tuberculose Meningoencefálica
A introdução da quimioterapia - Tuberculose MeningoencefálicaEllen da Anunciação
 
ABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEP
ABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEPABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEP
ABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEPvictorinocachipa
 
Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia
Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologiaAbordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia
Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologiaSimone Regina Grando
 
Tc pulmão parte i 03.11.11
Tc pulmão parte i 03.11.11Tc pulmão parte i 03.11.11
Tc pulmão parte i 03.11.11Norberto Werle
 
Db301 un4 inflam_aguda
Db301 un4 inflam_agudaDb301 un4 inflam_aguda
Db301 un4 inflam_agudabiomedicassia
 
Doença Vascular Cerebral Oclusiva
Doença Vascular Cerebral OclusivaDoença Vascular Cerebral Oclusiva
Doença Vascular Cerebral OclusivaLaenca Unirg
 
Nódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamento
Nódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamentoNódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamento
Nódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamentoFlávia Salame
 
Artigo de revisao em Bronquiectasias
Artigo de revisao em BronquiectasiasArtigo de revisao em Bronquiectasias
Artigo de revisao em BronquiectasiasFlávia Salame
 
Atualizacao bronquiectasias
Atualizacao bronquiectasiasAtualizacao bronquiectasias
Atualizacao bronquiectasiasFlávia Salame
 
Aula 4 Disturbios da retina em Hipertensos.pptx
Aula 4 Disturbios da retina em Hipertensos.pptxAula 4 Disturbios da retina em Hipertensos.pptx
Aula 4 Disturbios da retina em Hipertensos.pptxMomadeDossantos
 
Db301 un3 aula28_pat-periap
Db301 un3 aula28_pat-periapDb301 un3 aula28_pat-periap
Db301 un3 aula28_pat-periapMaronilson Leite
 
Endocardite infecciosa
Endocardite infecciosaEndocardite infecciosa
Endocardite infecciosadapab
 

Semelhante a Anatomopatologia das Vasculites Pulmonares (20)

Churg strauss
Churg straussChurg strauss
Churg strauss
 
A introdução da quimioterapia - Tuberculose Meningoencefálica
A introdução da quimioterapia - Tuberculose MeningoencefálicaA introdução da quimioterapia - Tuberculose Meningoencefálica
A introdução da quimioterapia - Tuberculose Meningoencefálica
 
Wegener
WegenerWegener
Wegener
 
ABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEP
ABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEPABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEP
ABSCESSO PULMONAR ORIGINAL CETEP
 
Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia
Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologiaAbordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia
Abordagem de pacientes com úlcera da perna de etiologia
 
Tc pulmão parte i 03.11.11
Tc pulmão parte i 03.11.11Tc pulmão parte i 03.11.11
Tc pulmão parte i 03.11.11
 
Db301 un4 inflam_aguda
Db301 un4 inflam_agudaDb301 un4 inflam_aguda
Db301 un4 inflam_aguda
 
Meningite
MeningiteMeningite
Meningite
 
Meningite
MeningiteMeningite
Meningite
 
Neuro tb2
Neuro tb2Neuro tb2
Neuro tb2
 
Doença Vascular Cerebral Oclusiva
Doença Vascular Cerebral OclusivaDoença Vascular Cerebral Oclusiva
Doença Vascular Cerebral Oclusiva
 
Tics 6 vasculites
Tics 6  vasculitesTics 6  vasculites
Tics 6 vasculites
 
Nódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamento
Nódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamentoNódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamento
Nódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamento
 
Artigo de revisao em Bronquiectasias
Artigo de revisao em BronquiectasiasArtigo de revisao em Bronquiectasias
Artigo de revisao em Bronquiectasias
 
Atualizacao bronquiectasias
Atualizacao bronquiectasiasAtualizacao bronquiectasias
Atualizacao bronquiectasias
 
Aula 4 Disturbios da retina em Hipertensos.pptx
Aula 4 Disturbios da retina em Hipertensos.pptxAula 4 Disturbios da retina em Hipertensos.pptx
Aula 4 Disturbios da retina em Hipertensos.pptx
 
Db301 un3 aula28_pat-periap
Db301 un3 aula28_pat-periapDb301 un3 aula28_pat-periap
Db301 un3 aula28_pat-periap
 
Bronquiectasia
BronquiectasiaBronquiectasia
Bronquiectasia
 
Endocardite infecciosa
Endocardite infecciosaEndocardite infecciosa
Endocardite infecciosa
 
Ulcera de perna covilha nov 2010
Ulcera de perna covilha nov 2010Ulcera de perna covilha nov 2010
Ulcera de perna covilha nov 2010
 

Mais de Flávia Salame

TCAR de tórax: Princípios Básicos
TCAR de tórax: Princípios BásicosTCAR de tórax: Princípios Básicos
TCAR de tórax: Princípios BásicosFlávia Salame
 
Insuficiência Respiratória
Insuficiência RespiratóriaInsuficiência Respiratória
Insuficiência RespiratóriaFlávia Salame
 
Doenças Ocupacionais Pulmonares
Doenças Ocupacionais PulmonaresDoenças Ocupacionais Pulmonares
Doenças Ocupacionais PulmonaresFlávia Salame
 
Pneumopatias Intersticiais
Pneumopatias IntersticiaisPneumopatias Intersticiais
Pneumopatias IntersticiaisFlávia Salame
 
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDALesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDAFlávia Salame
 
Teste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
Teste Xpert para diagnóstico da TuberculoseTeste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
Teste Xpert para diagnóstico da TuberculoseFlávia Salame
 
Distúrbios Respiratórios do Sono
Distúrbios Respiratórios do SonoDistúrbios Respiratórios do Sono
Distúrbios Respiratórios do SonoFlávia Salame
 
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-baseGasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-baseFlávia Salame
 
Distúrbios do equilíbrio ácido-básico
Distúrbios do equilíbrio ácido-básicoDistúrbios do equilíbrio ácido-básico
Distúrbios do equilíbrio ácido-básicoFlávia Salame
 
Manual de Prescrição Médica
Manual de Prescrição MédicaManual de Prescrição Médica
Manual de Prescrição MédicaFlávia Salame
 
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010Flávia Salame
 
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificado
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificadoCronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificado
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificadoFlávia Salame
 
Micoses pulmonares uea
Micoses pulmonares ueaMicoses pulmonares uea
Micoses pulmonares ueaFlávia Salame
 
7 insuficiencia respiratoria
7 insuficiencia respiratoria7 insuficiencia respiratoria
7 insuficiencia respiratoriaFlávia Salame
 

Mais de Flávia Salame (20)

TCAR de tórax: Princípios Básicos
TCAR de tórax: Princípios BásicosTCAR de tórax: Princípios Básicos
TCAR de tórax: Princípios Básicos
 
Derrames Pleurais
Derrames PleuraisDerrames Pleurais
Derrames Pleurais
 
Insuficiência Respiratória
Insuficiência RespiratóriaInsuficiência Respiratória
Insuficiência Respiratória
 
Silicose
SilicoseSilicose
Silicose
 
Asma ocupacional
Asma ocupacionalAsma ocupacional
Asma ocupacional
 
Doenças Ocupacionais Pulmonares
Doenças Ocupacionais PulmonaresDoenças Ocupacionais Pulmonares
Doenças Ocupacionais Pulmonares
 
Pneumopatias Intersticiais
Pneumopatias IntersticiaisPneumopatias Intersticiais
Pneumopatias Intersticiais
 
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDALesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
Lesão Cavitária Pulmonar em paciente SIDA
 
Teste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
Teste Xpert para diagnóstico da TuberculoseTeste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
Teste Xpert para diagnóstico da Tuberculose
 
Distúrbios Respiratórios do Sono
Distúrbios Respiratórios do SonoDistúrbios Respiratórios do Sono
Distúrbios Respiratórios do Sono
 
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-baseGasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
Gasometria Arterial- Distúrbios do Equilíbrio Ácido-base
 
Acido base pucsp
Acido base pucspAcido base pucsp
Acido base pucsp
 
Distúrbios do equilíbrio ácido-básico
Distúrbios do equilíbrio ácido-básicoDistúrbios do equilíbrio ácido-básico
Distúrbios do equilíbrio ácido-básico
 
Manual de Prescrição Médica
Manual de Prescrição MédicaManual de Prescrição Médica
Manual de Prescrição Médica
 
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010
Guia Antimicrobianos do HUPE - EURJ - 2010
 
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificado
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificadoCronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificado
Cronograma de aulas_teóricas-01-2014(2)-modificado
 
Micoses pulmonares uea
Micoses pulmonares ueaMicoses pulmonares uea
Micoses pulmonares uea
 
7 insuficiencia respiratoria
7 insuficiencia respiratoria7 insuficiencia respiratoria
7 insuficiencia respiratoria
 
Sdra consenso vm
Sdra consenso vmSdra consenso vm
Sdra consenso vm
 
Sdra fmrpusp
Sdra fmrpuspSdra fmrpusp
Sdra fmrpusp
 

Anatomopatologia das Vasculites Pulmonares

  • 1. Apresentação anatomopatológica das vasculites pulmonares S9 Capítulo 3 Apresentação anatomopatológica das vasculites pulmonares* Pathological manifestations of pulmonary vasculitis VERA LUIZA CAPELOZZI 1 , EDWIN ROGER PARRAS 2, ALEXANDRE MUXFELDT AB’SABER 3 Resumo Abstract A apresentação anatomopatológica das vasculites pulmonares The pathological manifestations of pulmonary vasculitis inclui um processo inflamatório da parede dos vasos include an inflammatory process in the pulmonary vessel pulmonares que pode vir acompanhado de granulomas, células walls, which is often accompanied by granulomas, giant gigantes, eosinófilos, necrose e hemorragia pulmonar. O cells, eosinophils, necrosis or pulmonary hemorrhage. conhecimento dessas manifestações, em associação com o Knowledge of these presentations, as well as of the type of tipo de vaso acometido e reações de imunofluorescência vessels affected and of immunofluorescence reactions, can auxiliam no diagnóstico diferencial das vasculites. aid in making the differential diagnosis among the various forms of vasculitis. Descritores: Diagnóstico diferencial; Immunofluorescência/ Keywords: Differential diagnosis; Fluorescent antibody métodos; Vasculite/classificação; Granulomatose de Wegener; technique/methods; Vasculitis/classification; Wegener's Síndrome de Churg-Strauss granulomatosis; Churg-Strauss Syndrome INTRODUÇÃO Vasculite granulomatosa necrotizante Do ponto de vista anatomopatológico, a classifi- As seguintes alterações morfológicas devem cação das vasculites representa um passo importante estar presentes: “necrose geográfica” - necrose na determinação do curso clínico, tratamento e prognós- basofílica com histiócitos em paliçada (Figura 1A), tico dos pacientes. É importante frisar que para melhor proeminência dos vasos pulmonares, obliteração acurácia do diagnóstico, o espécime pulmonar obtido da arquitetura pulmonar por hemorragia recente e por biópsia deverá ser encaminhado para histopatologia crônica, e células gigantes esparsas. Ainda no aumento de rotina e imunofluorescência. menor ao microscópio, os vasos chamam atenção Na rotina diagnóstica do patologista, a classificação pela inflamação exuberante, espessamento da pare- usualmente será baseada no diagnóstico diferencial entre de, obliteração da luz e necrose fibrinóide (Figura os tipos maiores de vasculites, a saber: a granulomatose 1B). A angiocentricidade levará à análise mais deta- de Wegener, a angeíte de Churg-Strauss, a poliangeíte lhada das lesões, permitindo ao aumento interme- microscocópica e as capilarites; e os demais como a diário identificar-se granulomas epitelióides na parede púrpura de Henoch-Schönlein; e a entidade rara granu- vascular, associados a densa reação inflamatória lomatose sarcoídica necrotizante. com mononucleares e com raros eosinófilos es- Os requisitos mais importantes para a classificação praiando-se para as áreas adjacentes ao comprome- final das vasculites deverão incluir padrões histopato- timento vascular (Figura 1C), obliterando a histo- lógicos, imunofluorescência, apresentação clínica, arquitetura pulmonar local. Prosseguindo-se na apresentação radiológica e nomenclatura comum.(1-10) análise do espécime, lesões granulomatosas incompletas podem ainda ser identificadas pela PADRÕES HISTOPATOLÓGICOS presença de esparsas células gigantes multinu- cleadas, que se destacam em meio a exuberante O primeiro passo para o reconhecimento de uma tecido de granulação e hemorragia recente ou vasculite se faz ao aumento menor do microscópio antiga. No centro destas lesões granulomatosas ao se identificar angiocentricidade da lesão. A seguir, incompletas, microabscessos neutrofílicos são os seguintes padrões histopatológicos deverão ser achados freqüentes. A confirmação da angiocen- identificados: tricidade da lesão requer uma simples coloração * Trabalho realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) - Brasil. 1. Livre-Docente, Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) - Brasil. 2. Pós-Graduando do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) - Brasil. 3. Doutor em Patologia, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP - São Paulo (SP) - Brasil. J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1): S9-S15
  • 2. S 10 Capelozzi VL, Parras ER, Ab’Saber AM Figura 1- Vasculite granulomatosa necrotizante. A) Necrose basofílica com histiócitos em paliçada; B) Vasos: inflamação exuberante, espessamento de parede, obliteração da luz e necrose fibrinóide; C) Granulomas epitelióides, reação inflamatória mononucleares, raros eosinófilos; D) Elástica: reação inflamatória granulomatosa. histoquímica, à base de prata, que assim permitirá calibre: poliarterite nodosa, doença de Kawasaki, delinear os vasos comprometidos. Sob coloração arterite de células gigantes e arterite de Takayasu. pela impregnação com a prata, utilizando a técnica de Verhoeff, é possível identificar a lesão infla- Vasculite granulomatosa necrotizante eosinofílica matória granulomatosa necrotizante interrompendo e distorcendo a continuidade da lâmina elástica Inicialmente, este padrão histopatológico, ao interna ou externa das artérias, ou apenas a única menor aumento do microscópio, sugere um quadro lâmina elástica comumente presente na parede das de asma, evidenciado pela presença de bronquíolos veias (Figura 1D). A técnica de Verhoeff permitirá terminais contraídos, com enrugamento do epitélio ainda identificar com maior precisão a oclusão de revestimento, proeminência da membrana basal, vascular pela lesão inflamatória, por vezes exuberância da camada muscular e denso infiltrado enaltecendo a presença do granuloma (Figura 1D). de eosinófilos, com epiteliotropismo, ou seja, com Destacará também o comprometimento dos vasos tendência a permear o epitélio bronquiolar (Figura 2A). de pequeno calibre. A partir dos bronquíolos, o infiltrado de eosinófilos O segundo passo que facilitará o caminho para tende a se espraiar aos alvéolos adjacentes, seja ao a classificação da vasculite será identificar o tipo longo dos septos ou no interior da luz alveolar de vaso comprometido. A estratificação das vasculi- (Figura 2B). Ao nível da junção ductos alveolares/ tes de acordo com o calibre e o tipo de vaso com- alvéolos, o infiltrado eosinofílico encontra os vasos prometido compreende:(3,5,10) acinares, sobretudo as arteríolas, onde tende a Acomentimento dos vasos de pequeno calibre: formar manguitos ao seu redor (Figura 2C). Nestas associadas a anticorpos anticitoplasma de neutrófilos áreas não são infreqüêntes os achados de granu- (ANCA), pauciimunes, que incluirão granulomatose lomas incompletos, necrose fibrinóide, microabs- de Wegener, angeíte de Churg-Strauss e poliangeíte cessos eosinofílicos e ainda células gigantes mul- microscópica; associadas a complexos imunes, tinucleadas (Figura 2D). púpura de Henoch-Schönlein, crioglobulinemia mista Diante desses achados morfológicos, o laudo e vasculite leucocitoclástica cutânea. anatomopatológico incluirá o diagnóstico de vas- Acometimento de vasos de médio e grande culite granulomatosa necrotizante com eosinofilia, J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1):S9-S15
  • 3. Apresentação anatomopatológica das vasculites pulmonares S 11 Figura 2 - Vasculite granulomatosa não-necrotizante eosinofílica. A) Asma: bronquíoloconstrição, decapitação, espessamento membrana basal, eosinofilia epiteliotropismo bronquiolar; B) Eosinofilia: extensão alveolar; C) angiocentricidade; D) Necrose fibrinóide, microabscessos eosinofílicos, células gigantes multinucleadas. sugestiva de angeíte de Churg-Strauss. O diagnós- pequenos, tais como arteríolas, capilares e vênulas. tico definitivo deverá novamente incluir a história A classificação final deverá incluir a clínica, sobre- clínica, sobretudo de asma, a imunofluorescência tudo o comprometimento cutâneo, a imuno- negativa para complexos imunes e a radiologia. fluorescência negativa para ANCA e positiva para complexos imunes. A radiologia é útil para excluir Vasculite leucocitoclástica as vasculites maiores, tipo granulomatose de Wegener ou a angeíte de Churg-Strauss. Considerando o calibre Os critérios histopatológicos incluirão os acha- dos vasos comprometidos e o padrão da imuno- dos de necrose fibrinóide, proliferação endotelial e fluorescência, a classificação final deverá excluir exocitose de neutrófilos na parede vascular (Figura 3). outras vasculites do grupo, como a seguir: O segundo passo importante será determinar Acometimento de pequeno calibre: ANCA o calibre dos vasos comprometidos. A vasculite associadas, pauciimunes: Wegener, Churg-Strauss e leucocitoclástica usualmente compromete vasos poliangeite microscópica; imunes: Henoch-Schönlein, doença antimembrana basal glomerular e vasculites- colagenoses: lúpus eritematoso sistêmico: artrite reumatóide. Capilarite e hemorragia intra-alveolar A hemorragia intra-alveolar caracteriza-se histologicamente pela presença da obliteração dos espaços aéreos por acúmulo de hemácias, íntegras ou degeneradas. Um critério histológico útil para determinar se a hemorragia não representa um fenômeno ocorrido durante o procedimento cirúr- gico de obtenção da biópsia é a presença de ma- Figura 3 - Necrose fibrinóide, proliferação endotelial, crófagos com hemossiderina (Figura 4A). Usual- exocitose de neutrófilos: vasculite leucocitoclástica. mente, nas síndromes pulmonares hemorrágicas, J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1): S9-S15
  • 4. S 12 Capelozzi VL, Parras ER, Ab’Saber AM evidencia-se a presença de macrófagos com he- mossiderina, bem como a presença de hemácias íntegras. Outro critério histológico importante é atribuir a hemorragia alveolar à presença de capi- larite. Acúmulo exuberante de neutrófilos ao longo dos septos alveolares caracteriza o quadro de capi- larite pulmonar, um dos mais graves do ponto de vista clínico (Figura 4B). O padrão histopatológico então caracterizado pela presença de capilarite e hemorragia intra-alveolar é genericamente denomi- nado de “pulmão na síndrome hemorrágica”. Dele faz parte um grupo especial de entidades clínicas, que inclui: ANCA-associadas: granulomatose de Wegener. ANCA clássico, poliangeíte microscópica – ANCA perinuclear e associadas ou não a glomerulonefrite: síndrome de Goodpasture (imunecomplexos an- timembrana basal): associada ou não a glomeru- lomefrite; lúpus eritematoso sistêmico: associado ou não a glomerulonefrite; drogas: hemossiderose pulmonar idiopática. Arterite necrotizante com células gigantes Figura 4 - A) Hemorragia pulmonar difusa; B) Capilarite: Neste padrão histopatológico, são as grandes neutrófilos ao longo dos septos alveolares. artérias em geral (Figura 5A) as mais comprome- Figura 5 - Diagnóstico histopatológico: arterite necrotizante de células gigantes em grandes vasos. A) artérias de médio calibre; B) necrose fibrinóide; C) delaminação da elástica; D) células gigantes incorporando restos elástica. (Reproduzida do short course #3 – Systemic Vasculitis – da United States and Canadian Academy of Pathology, 1997). J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1):S9-S15
  • 5. Apresentação anatomopatológica das vasculites pulmonares S 13 tidas, por um substrato morfológico que inclui a necrose fibrinóide da camada média (Figura 5B), associada a uma reação inflamatória a mono e polimorfonucleares e à presença de células gigantes multinucleadas. A coloração da camada elástica é um procedimento útil nestes casos, ao delinear a perda da integridade da lâmina elástica interna e/ou da externa (Figura 5C e 5D). Neste grupo, a imunofluorescência para ANCA e complexos imunes é negativa. Arterite não-necrotizante de células gigantes O comprometimento de artérias de médio ou grande calibre por inflamação crônica rica em mononucleares (Figura 6A e 6B), contendo características células gigantes multinucleadas (Figura 6C), compõe o substrato morfológico da arterite de células gigantes, freqüentemente a causa da arterite temporal. Arterite necrotizante com plasmocitose intensa Atualmente, um tipo raro de comprometimento inflamatório, sobretudo das artérias de grande, médio ou pequeno calibre, a arterite necrotizante associada a plasmocitose intensa (Figura 7A) compõe o substrato anatomopatológico da lues terciária, trazendo como complicação mais temida o aneurisma dissecante de aorta por “médio necrose cística da aorta”(Figura 7B). De acordo com o calibre do vaso comprometido e o padrão histopatológico constatado, a classificação Figura 6 - Diagnóstico histopatológico: arterite não- das arterites incluirá: vasos de grande calibre; arterite necrotizante de células gigantes em grandes vasos - A) de células gigantes; arterite de Takayasu; arterite e B) reação inflamatória na parede arterial; C) células temporal; arterite sifilítica. gigantes multinucleadas. (Reproduzida do short course #3 – Systemic Vasculitis – da United States and Canadian Acade- my of Pathology, 1997). Figura 7 - Diagnóstico histopatológico: arterite necrotizante com plasmocitose intensa em grandes vasos sugestiva de lues terciária [“médio necrose cística”] - A) delaminação da lâmina elástica; B) plasmocitose e endoteliose. (Reproduzida do short course #3 – Systemic Vasculitis – da United States and Canadian Academy of Pathology, 1997). J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1): S9-S15
  • 6. S 14 Capelozzi VL, Parras ER, Ab’Saber AM Figura 8 - Diagnóstico histopatológico: arterite necrotizante segmentar em variados estádios de organização em vasos de médio calibre - A) necrose fibrinóide extensa; B) trombose. (Reproduzida do short course #3 – Systemic Vasculitis – da United States and Canadian Academy of Pathology, 1997). Figura 9 - Diagnóstico histopatológico: arterite sarcoídica necrotizante - A) comprometimento de artérias de médio calibre; B) granulomas sarcoídicos com necrose; C) detalhe dos granulomas sarcoídicos. (Reproduzida do short course #3 – Systemic Vasculitis – da United States and Canadian Academy of Pathology, 1997). J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1):S9-S15
  • 7. Apresentação anatomopatológica das vasculites pulmonares S 15 Arterite necrotizante segmentar em variados zação; Arterite necrotizante sarcoídica estádios de organização em vasos de médio calibre 3. Correlação clínico-radiológica-anatomopatoló- gica.(11-18) A entidade mais característica do grupo é a poliarterite nodosa, que compromete artérias de médio REFERÊNCIAS e grande calibre por necrose fibrinóide extensa (Figura 8A) e trombose (Figura 8B) poupando as artérias 1. Watts RA, Carruthers DM, Scott DG. Epidemiology of pulmonares. Outros achados histopatológicos incluem systemic vasculitis: changing incidence or definition? Semin Arthritis Rheum. 1995;25(1):28-34. ainda a presença de arterite cursando em variados 2. González-Gay MA, Garcia-Porrua C. Epidemiology of the graus de organização: da necrose fibrinóide à hiali- vasculitides. Rheum Dis Clin North Am. 2001;27(4):729-49. nização. Não somente grandes e médias artérias visce- 3. Weyand CM, Goronzy JJ. Multisystem interactions in rais são comprometidas, mas também os segmentos the pathogenesis of vasculitis, Curr Opin Rheumatol. 1997;9(1):3-11. arteriais dos membros locomotores. 4. Mansi IA. ANCA-associated small-vessel vasculitis. Am A classificação final do grupo incluirá: vasos de Fam Physician. 2002;65(8):1615-20. médio calibre, poliarterite nodosa e doença de Kawasaki. 5. Rao R, Allen JK, Pincus T. Limitations of the 1990 American College of Rheumatology criteria in the diagnosis of vasculitis. Ann Intern Med. 1998;129(5):345-52. Arterite sarcoídica necrotizante 6. Capizzi SA. Does infection play a role in the pathogenesis of pulmonary vasculitis? Semin Respir Infect. A mais rara de todas formas de vasculites, inclui 2003;18(1):17-22. uma variante da sarcoidose clássica, que compromete 7. Merkel PA, Choi HK, Niles JL . Evaluation and treatment of vasculitis in the critically ill patient. Crit Care Clin. artérias de médio e pequeno calibre (Figura 9A). As 2002;18(2):321-44. características histopatológicas incluem a presença 8. Cosgrove GP, Schwarz MI. Vasculitis & the diffuse dos granulomas sarcoídicos com necrose (Figura 9C), alveolar hemorrhage syndromes. Currr Diagn Treat Pulm dispostos isoladamente ou em coalescência ao longo Med. 2003;20:204-12. 9. Schwarz MI, Fontenot AP. Drug-induced diffuse alveolar da bainha vascular periadventicial (Figura 9B). hemorrhage syndromes and vasculitis. Clin Chest Med. 2004;25(1):133-40. CONCLUSÃO 10. Sullivan EJ, Hoffman GS. Pulmonary vasculitis. Clin Chest Med. 1998;19(4):759-76. A classificação final das vasculites pulmonares 11. Barbas CS, Carvalho CR, Delmonte VC, Guarnieri RM, deverá incluir : Lorenzi-Filho G, Hirata MT, et al. Behçet´s disease : a 1. Distribuição anatômica das lesões de acordo com o rare case of simultaneous pulmonary and cerebral involvement. Am J Med. 1988;85(4):576-8. calibre do vaso comprometido e imunofluorescência 12. Amato MB, Barbas CS, Delmonte VC, Carvalho CR. Vasos de grande calibre Concurrent Churg-Strauss syndrome and temporal arteritis Arterite de Takayasu; Arterite temporal in a young patient with pulmonary nodules. Am Rev Vasos de médio calibre Respir Dis. 1989;139(6):1539-42. 13. Barbas CS, Magaldi RB, Amato MBP, Delmonte VC, Poliarterite nodosa; Doença de Kawasaki Carvalho CR, Barbas Filho JV. Wegener granulomatosis:an Vasos de pequeno calibre analysis of 22 patients[abstract]. Chest. 1993;104:14S. ANCA-associadas, pauciimunes; Wegener; 14. Amato MBP, Barbas CSV, Barbas Filho JV, Dolnikoff M, Churg-Strauss; Poliangeíte microscópica Sandeville MLSP, Delmonte VC, et al. Aspectos bizarros da síndrome de Schurg-Strauss. Relato de quatro casos. J Imunes Pneumol. 1990;16(1):33-8. Henoch-Schönlein; Doença antimembrana basal 15. Cardoso PF, Capelozzi VL. Desafio diagnóstico em pacientes glomerular; Vasculites-colagenoses; Lúpus com pneumopatia. Síndrome de Churg-Strauss? eritematoso sistêmico; Artrite reumatóide Granulomatose de Wegener ? Granulomatose linfomatóide? J Pneumol. 2000;26(Supl 2):S69. 2. Padrão histopatológico 16. Janiszewski TA, Capelozzi VL, Barbas CSV. Apresentação e Vasculite granulomatosa necrotizante; Vasculite prognóstico da granulomatose de Wegener: 50 casos do ambulatório de vasculites HC-FMUSP. J Pneumol. granulomatosa com eosinofilia; Vasculite leuco- 2000;26(Supl 2):S44. citoclástica; Capilarite pulmonar; Arterite necro- 17. Prezotti S, Capelozzi VL. Arterite de Takayasu com tizante de células gigantes; Arterite não- acometimento de artéria pulmonar associada a bronquiolite necrotizante de células gigantes; Arterite necroti- constritiva. J Pneumol. 2000;26(Supl 2):S70. 18. Janiszewski TA, Capellozzi VL, Barbas CSV. Apoptosis may zante com plasmocitose; Arterite necrotizante play a role in the pathogenesis of Wegener's granulomatosis. segmentar em variados; Estádios de organi- Am J Respir Crit Care Med. 2000;161(Suppl 1):S267. J Bras Pneumol. 2005; 31(Supl 1): S9-S15