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1
Acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia e Membro do Grupo de Pesquisa Neurociência e
Educação.
2
Mestre em Ciências da Motricidade (UNESP – Rio Claro), Docente do Curso de Licenciatura em
Pedagogia e Fundador e Líder do Grupo de Pesquisa Neurociência e Educação.
ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA DOS BRINQUEDOS
PEDAGÓGICOS DE ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Elizabete Pereira dos Santos
Fernando Sérgio Silva Barbosa
betinhadu2.9@hotmail.com
fernandossb@hotmail.com
Universidade Federal de Rondônia (UNIR) Campus de Ariquemes
GT 6 – Infância: Concepção, Formação e Prática Pedagógica
Resumo
Jogos, brinquedos e brincadeiras sempre fizeram e sempre farão parte da vida das crianças,
particularmente em função do mundo de fantasia em que vivem as crianças, independente da
classe social. Os brinquedos pedagógicos representam o principal recurso existente durante o
brincar. No entanto, suas características qualitativas e quantitativas representam condições
necessárias para que se alcance as metas de estímulo ao desenvolvimento e aprendizagem da
criança com o uso do brinquedo. O objetivo do presente estudo foi identificar em uma escola da
rede municipal de ensino de Ariquemes as características relacionadas à existência, frequência
de uso, quantidade, conservação e armazenamento de 16 categorias de brinquedos pedagógicos.
Para isso foi utilizada um ficha de avaliação e registro padronizada aplicada pelo mesmo
avaliador. Os resultados demonstraram a existência de brinquedos de apenas 10 categorias,
predominantemente em bom estado de conservação e bem armazenados, porém com baixa
frequência de uso.
Palavras-chave: Educação Infantil. Brinquedos Pedagógicos.
2
ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124
INTRODUÇÃO
Jogos, brinquedos e brincadeiras sempre fizeram e sempre farão parte da vida
de uma criança, não importando a classe social, cultura ou época. As crianças vivem em
um mundo de fantasia, de encantamento e do faz de conta.
Embora existam vários recursos para o desenvolvimento de jogos e
brincadeiras, entre eles o brinquedo, Gomes (1993) destaca que o primeiro brinquedo
que a criança começa a explorar é o seu próprio corpo e depois passa para os outros
objetos que lhe atraiam visualmente ou auditivamente. Portanto, o ato de brincar é
natural do ser humano e não deve ser encarado somente como divertimento, mas com o
importante papel de estimular desenvolvimento cognitivo, motor, físico e social da
criança (SCHILLER; ROSSANO, 2008).
A criança quando brinca está realizando algo importante, ela está
desenvolvendo seu lado lúdico. O lúdico é alegria, espontaneidade, criar, fantasiar e
jogar, assim como é também, dançar e cantar, que em conjunto com outras
possibilidades de expressão corporal, compõe o movimento da criança. Desse modo, o
movimento da criança durante os jogos e brincadeiras, pelo prazer que proporciona a
elas, representa uma importante forma de estímulo à socialização entre elas.
O próprio significado da palavra lúdico, que deriva de ludere do latim,
conforme Huizinga (1996) é traduzida como simulação ou ilusão, demonstrando assim a
importância das atividades lúdicas para estimular a criatividade e a imaginação das
crianças.
Contudo, ainda que brincadeiras e jogos sejam atividades ou situações lúdicas,
que para a criança representam simplesmente um ato de brincar livre, para os
professores da educação infantil deve ser encarada com muita seriedade, no sentido de
representar uma importante ferramenta de estímulo ao desenvolvimento.
Dentro desse contexto, os brinquedos representam provavelmente os recursos
mais frequentemente utilizados por crianças durante o ato de brincar ou em jogos, que
segundo Cunha (1998) e Ronca (1986) têm a capacidade de estimular a inteligência da
criança fazendo com que ela desenvolva a criatividade e liberte a imaginação. Sabendo
que é na escola que a criança passa a maior parte do seu dia, em particular na educação
infantil, então é a escola que por meio dos brinquedos, jogos e um ambiente adequado,
em associação com as intervenções do professor que deve proporcionar à criança o
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ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124
desenvolvimento da criatividade, socialização, espírito de liderança, responsabilidade,
confiança, capacidade de trabalho em grupo e, consequentemente, a preparação para a
aprendizagem.
Com base no conhecimento dessas informações, o objetivo do presente estudo
foi verificar a qualidade e quantidade dos brinquedos pedagógicos existentes em uma
escola pública de educação infantil do município de Ariquemes. Esse artigo representa
um estudo de caso, em que os resultados preliminares de uma pesquisa maior e que irá
contemplar um maior número de escolas além de investigar também escolas
particulares, possibilitando a comparação de ambas as realidades.
Para alcançar esse objetivo, foi elaborada uma ficha de avaliação, previamente
proposta e utilizada por Kishimoto (2001) na qual os brinquedos são classificados
segundo determinadas categorias, relacionadas com suas características e funções. Essa
ficha foi aplicada, nesse momento, em uma única escola pertencente à Rede Municipal
de Ensino e foi selecionada aleatoriamente.
Para evitar variabilidade na coleta de informações, o mesmo avaliador foi
responsável por aplicar esse instrumento de forma presencial dentro da escola. Foram
realizadas visitas dentro de cada uma das salas de aula, na brinquedoteca (quando
existente) e em outros locais dentro da escola nos quais havia brinquedos.
DESENVOLVIMENTO
A Educação Infantil, o Brincar e Desenvolvimento Neurológico
A educação infantil, primeira etapa da educação básica, por contemplar
intervenções destinadas às crianças com idades correspondentes até no máximo cinco
anos de idade, desempenha o importante papel de prover estímulos ao sistema nervoso
nos períodos em que comprovadamente (LENT, 2010; LUNDY-EKMAN, 2008) há
maior propensão ao seu desenvolvimento.
Esse período de maior desenvolvimento neurológico é representado pelo
estabelecimento em quantidade e qualidade de sinapses (neuroplasticidade) entre
neurônios localizados em diferentes áreas do sistema nervoso e que serão responsáveis
pela recepção, compreensão, retenção e resposta ao diversos estímulos recebidos pela
criança.
A neuroplasticidade pode também ser entendida como o desenvolvimento das
próprias estruturas componentes dos neurônios, como o crescimento das ramificações
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ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124
dendríticas e o processo de mielinização axonal, que em última análise irão possibilitar
a melhora na quantidade e qualidade das sinapses assim como da qualidade da
transmissão da atividade elétrica (estímulos) entre os neurônios.
Isso significa, que a criança que até esse momento é ainda pobre no tocante às
experiências vivenciadas em função da pouca idade, tem a chance de por meio do
brincar de aumentar o repertório de estímulos aos quais é submetida.
Todo o período da educação infantil é importante para a introdução das
brincadeiras. Pela diversidade de formas de conceber o brincar, alguns tendem a
focalizá-lo como característico dos processos imitativos da criança, dando maior
destaque apenas ao período posterior aos dois anos de idade. Entretanto, o período
anterior é visto como preparatório para o aparecimento do lúdico, sendo deste modo,
igualmente importante (KISHIMOTO, 2010). No entanto, destaca-se a necessidade de
se ter a clareza de que a opção pelo brincar desde o início da educação infantil é o que
garante a cidadania da criança e ações pedagógicas de maior qualidade, representando
inclusive um direito.
Dentro desse prisma, o brinquedo que é o principal recurso utilizado durante o
brincar necessariamente deve possuir características que permitam que esses objetivos
sejam alcançados, conforme será descrito a seguir.
O Brinquedo Pedagógico
Pesquisar brinquedos pedagógicos nas escolas de educação infantil implica
investigar as concepções de criança e educação infantil (KISHIMOTO, 2001). Isso
significa que é possível a partir da identificação das características dos brinquedos
pedagógicos e da forma pela qual os mesmo são utilizados por professores como
recurso pedagógico para crianças de baixa idade realizar inferências sobre o quanto de
fato as crianças são estimuladas em todo o seu potencial.
Atualmente, os brinquedos pedagógicos têm dois usos com significações
distintas. Na primeira, educadores que valorizam a socialização, adotam o brincar livre.
Na segunda, educadores que visam à escolarização ou aquisição dos conteúdos
escolares, o brincar dirigido e os jogos educativos. Ambos as possibilidade são
importantes e devem ser exploradas.
Cabe à creche e à pré-escola, espaços institucionais diferentes do lar, educar a
criança de 0 a 5 anos e 11 meses com brinquedos de qualidade, substituindo-os, quando
quebram ou já não despertam mais interesse. Para adquirir brinquedos, é fundamental
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ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124
selecionar aqueles com o selo do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia), que já
foram testados em sua qualidade com critérios apropriados às crianças (KISHIMOTO,
2010).
A seleção de brinquedos envolve necessariamente a consideração dos seguintes
aspectos: ser durável, atraente, adequado e apropriado a diversos usos; garantir a
segurança e ampliar oportunidades para o brincar; atender à diversidade racial, não
induzir a preconceitos de gênero, classe social e etnia; não estimular a violência; incluir
diversidade de materiais e tipos (brinquedos tecnológicos, industrializados, artesanais e
produzidos pelas crianças, professoras e pais por meio da reciclagem).
Também é necessário considerar algumas características. Quanto ao tamanho,
em suas partes e no todo, precisa ser duas vezes maior e mais largo do que a mão
fechada da criança (punho). No a durabilidade, não pode se quebrar com facilidade,
sendo os de vidros e garrafas plásticas os mais perigosos. Em relação à segurança,
cordas e cordões podem enroscar-se no pescoço da criança, brinquedos com bordas
cortantes ou pontas devem ser eliminados. Grande preocupação deve haver também
com brinquedos com tintas ou materiais tóxicos, pois em determinadas idades há
possibilidade de serem colocados na boca. Também pela segurança, é necessário
assegurar que o brinquedo não facilite o processo de combustão no caso de contato com
fontes geradoras de fogo. Em consideração à higiene e saúde da criança, é importante
que seja laváveis ou passíveis de limpeza, o que é especialmente recomendado às
bonecas e outros brinquedos com tecido em sua constituição. Finalmente, e básico, é
que sejam divertidos, garantindo assim que sejam atraentes e despertem o interesse da
criança.
Jogo, Brincadeira e Brinquedo
Alguns autores usam os termos jogo e brinquedo como se eles fossem
similares, porém como observa Bomtempo (1986), a maioria das pessoas refere-se a
jogo quando este possui regras e brinquedo quando se trata de uma atividade não
estruturada. Posteriormente, no entanto, Bomtempo (1997) destaca que, para se realizar
a análise do brinquedo e do jogo é necessário fazer a leitura da criança com o objeto.
Darido e Rangel (2008) contribuem descrevendo que os jogos e brincadeiras
são conteúdos fáceis de aplicar em função de na maioria das vezes ser conhecido pelas
crianças também e porque a maioria dos jogos e brincadeiras não exigem espaço ou
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ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124
material sofisticado além de serem prazerosos e divertidos, por isso mesmo que seu uso
deve ser implementado.
Independente da definição dos autores para os termos analisados, e que
demonstram grande variabilidade, o uso dos brinquedos associados a brincadeiras e
jogos é indispensável para obter-se o desenvolvimento integral de uma criança.
Resultados
Na escola que fez parte da presente pesquisa, a brinquedoteca, que foi o
primeiro item investigado, não existia. Embora não haja impedimento para que os
brinquedos possam ser armazenados dentro das próprias salas, a ausência de um local de
uso comum permitindo a socialização entre crianças de diferentes turmas, a importância
da representação desse espaço para as crianças e o fato de impossibilitar a organização
dos brinquedos em um local de livre acesso representam pontos que certamente pesam
de modo negativo.
No tocante às categorias de brinquedos propriamente ditas, elas foram
definidas segundo Kishimoto (2001), sendo citados exemplos entre parênteses, em: 1)
para agrupamento com peças de junção, justaposição ou sobreposição (parafusos; peças
de encaixes); 2) para aprendizagem de outros conhecimentos (trânsito; lateralidade); 3)
de regras com predomínio de socialização, parceria ou em grupos (jogo da memória;
dominó; cartas); 4) bonecos ou marionetes para ficção ou dramatização (fantoches); 5)
fantasias para dramatização ou danças (roupas); 6) pedagógicos (matemática; história;
geografia; ciências); 7) com sistemas de encaixe (formas geométricas); 8) brinquedos
em miniatura reproduzindo o mundo real (móveis e utensílios de casa; boneca; carro;
homens em miniatura); 9) para aprendizagem da língua materna; 10) agrupamento para
reconstituição de imagens (quebra-cabeça; mosaico; cubo); 11) para manipulação,
equilíbrio e locomoção (bola; aro/bambolê; corda; boliche; minhocão); 12) materiais
para música (chocalho; violão; triângulo; sino; flauta); 13) audiovisuais (televisão;
aparelho de som; aparelho de DVD; datashow; revistas; gibis); 14) parquinhos ou
instalações fixas (escorregador; balanço; estrutura para subir; gangorra); 15) para
experiências sensoriais e motricidade fina (recorte; colagem; dobradura; tinta; giz de
cera; lápis de cor); 16) de sucata ou material reciclado.
Todas essas categorias foram avaliadas segundo os critérios existência,
frequência de uso, se a quantidade existente era suficiente para o número de alunos,
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ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124
estado de conservação (bom ou ruim) e local de armazenamento. Os resultados
referentes a essa análise são apresentados na tabela a seguir.
Categorias Existência
Frequência
de Uso
Quantidade
Suficiente
Conservação Armazenamento
Agrupamento Sim 12 Sim Ruim Caixa
Outros Conhecimentos Sim 1 Não Boa Caixa
Socialização/Grupo Sim 12 Não Ruim Caixa
Bonecos/Dramatização Sim 8 Não Boa Caixa
Fantasias/Dramatização Não __ __ __ __
Pedagógicos Não __ __ __ __
Encaixe Sim 12 Sim Boa Caixa
Reprodução do Mundo Não __ __ __ __
Língua Materna Não __ __ __ __
Reconstituição de
Imagem
Não __ __ __ __
Locomoção e Equilíbrio Sim 8 Sim Boa Almoxarifado
Música Não __ __ __ __
Audiovisuais Sim 12 Sim Boa Sala
Parque Sim 4 Sim Boa Pátio
Sensoriais/Motricidade
Fina
Sim 16 Sim Boa Armário
Reciclagem Sim 4 Não Ruim Caixa
Tabela 1 – Caraterísticas qualitativas e quantitativas das diferentes categorias de
brinquedos pedagógicos.
Analisando esses resultados, constata-se que brinquedos relacionados com
apenas 10 das 16 categorias (62,5%) faziam parte daqueles disponíveis na escola.
Também chama atenção, o fato de que apesar da importância previamente
descrita da fantasia e da imaginação para a criança, roupas que permitam a elas criarem
personagens e a realização de dramatizações não se encontraram presentes.
Piaget (1999), por exemplo, contribui dizendo que os jogos podem dividir-se
em jogos de exercícios, jogos simbólicos e de regras. Em particular, os simbólicos
expressam-se pelo faz de conta e pela ficção, que certamente são estimulados pela
categoria de brinquedos acima descritas, mas que não estavam disponíveis.
De modo similar, a música que representa um aspecto tão presente na cultura
dos brasileiros não é contemplada por meio de brinquedos que reproduzam instrumentos
musicais ou mesmo por meio dos próprios instrumentos.
Jogos pedagógicos, responsáveis por estimular os conhecimentos de conteúdos
relacionados com a história, geografia, matemática e ciências, que embora não sejam os
objetivos principais desta etapa da educação básica, podem representar a perda da
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ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124
possibilidade de aproximar as crianças de conceitos que nas etapas subsequentes da
educação serão necessários e que poderiam desde já, de modo lúdico e considerando as
idades das crianças e seus conhecimentos prévios, serem abordados.
De modo semelhante, brinquedos relacionados com aspectos da língua
materna, os quais foram inexistentes, podem representar igualmente perda da
possibilidade de estimular as crianças no desenvolvimento da linguagem, que representa
quando consideradas a leitura e escrita, um dos mais importantes gargalos da educação
nos anos subsequentes à educação infantil.
No tocante a essa aprendizagem da leitura e escrita, as séries iniciais do ensino
fundamental e, em particular, o primeiro ano, assumem papel de destaque para o
sucesso acadêmico do aluno na sequência desta etapa da educação básica, no ensino
médio e, inclusive, no ensino superior. É nesse momento, de acordo com a Lei no
9.394
de 20 de dezembro de 2006, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional, que entre os objetivos estão: “I – o desenvolvimento da capacidade de
aprender, tendo como meios básico o pleno domínio da leitura, escrita [...]” (BRASIL,
1996).
Para que isso aconteça, ainda na educação infantil, a adequada estimulação da
criança representa uma importante intervenção capaz de influenciar positivamente a
posterior aprendizagem da leitura e escrita após seu ingresso no ensino fundamental
(BARROS; SPINILLO, 2011; SOUZA; MALUF, 2004), especialmente por duas razões.
Primeiro, a educação infantil representa a etapa da educação básica responsável
por crianças em idades correspondentes ao período em que o sistema nervoso encontra-
se em pleno desenvolvimento, particularmente, em relação ao estabelecimento de
sinapses, fundamental para a aquisição de informações (aprendizagem) e a sua retenção
prolongada (consolidação da memória). Esse processo de transformação do sistema
nervoso ou neuroplasticidade (LENT, 2010; LUNDY-EKMAN, 2008), é importante
não somente para o desenvolvimento da criança no sentido cognitivo, mas também em
termos motores, garantindo o que também a LDB descreve como função básica da
educação infantil, o desenvolvimento integral da criança.
Segundo, para que a neuroplasticidade ocorra é necessário que a criança seja
estimulada, tanto inconscientemente em função das próprias atividades que desenvolve
diariamente assim como pelo convívio social que estabelece com outras crianças e
adultos. Considerando o atual clima de insegurança nas grandes cidades, a crescente
ocupação dos pais com menor tempo disponível para os filhos e as brincadeiras ou
atividades com características mais restritivas, progressivamente as crianças tem sido
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ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124
menos estimuladas em suas casas ou ambientes em que convivem com familiares e
outras crianças. Nesse sentido, no período da educação infantil, em muitos casos, a
criança passa a maior parte do tempo na escola e, desse modo, o professor representa o
profissional com maior possibilidade para a aplicação de atividades planejadas e
direcionadas para o completo desenvolvimento da criança, compensando possíveis
situações limitantes como as descritas anteriormente.
Por outro lado, destaca-se como pontos positivos revelados pela análise dos
resultados preliminares desta pesquisa, que entre os brinquedos existentes, haja o
predomínio de brinquedos em bom estado de conservação e em quantidade adequada
para o número de alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo revelou, embora por enquanto em apenas uma escola, dados
que em sua maioria são preocupantes e que demonstram em parte a necessidade de
revisão dos mecanismos utilizados para a aquisição ou reposição e o acompanhamento
do uso dos brinquedos pedagógicos.
Com a conclusão do estudo será possível identificar as causas dos problemas
nesse momento encontrados. Por exemplo, se previamente à aquisição dos brinquedos
pedagógicos há uma extensa revisão das necessidades individuais de cada escola.
Verificação da existência de excesso ou acúmulo de brinquedos pedagógicos de
determinadas categorias em algumas escolas enquanto há ausências dos mesmos em
outras escolas. Também importante é o conhecimento das do uso ou direcionamento dos
brinquedos pedagógicos enquanto recurso para estímulo e aprendizagem da criança. Na
prática, as primeiras observações demonstraram um uso exclusivamente por livre
escolha da criança, sem que haja a possibilidade de experimentação das diferentes
categorias existentes, o que pode exigir por parte dos gestores o investimento em
formações continuadas nesta área.
Por último, embora não tenha sido objetivo do presente artigo, mas sim da
pesquisa que deu origem ao mesmo, resultados preliminares obtidos de escolas da rede
privada de ensino têm revelado resultados ainda mais graves.
Particularmente no presente estudo, destacou-se como ponto positivo a
existência predominantemente em quantidade suficiente de brinquedos para os alunos
de cada sala e o bom estado de conservação dos mesmos, o que neste último caso, é
importante que seja verificado se isso não ocorreu em resposta à baixa utilização dos
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ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124
mesmos. Ao se analisar, por exemplo, a frequência média de uso dos brinquedos
pedagógicos, independente da categoria, foi encontrado o valor de 8,9 vezes por mês, o
que representa um valor extremamente baixo, ao se interpretar que isso significa o uso
dos brinquedos aproximadamente 2 vezes por semana e ao se considerar a importância
extensamente descrita desse recurso.
A conclusão dessa pesquisa, permitirá elucidar as dúvidas nesse momento
levantadas assim como contribuirá certamente no preenchimento de uma lacuna
existente quando se procura por referências relacionados aos brinquedos pedagógicos,
suas características e usos, particularmente dentro do estado de Rondônia.
11
ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124
REFERÊNCIAS
BARROS, M. T. A.; SPINILLO, A. G. Contribuição da educação infantil para o
letramento: um estudo a partir do conhecimento de crianças sobre textos. Psicologia:
Reflexão e Crítica,v. 24, n. 3, p. 542-550, 2011.
BOMTEMPO, E.; HUSSEIN, C. L.; ZAMBERLAN, M. A. T. Psicologia do
brinquedo: aspectos teóricos e metodológicos. São Paulo: Editora da USP Nova Stella,
1986.
BOMTEMPO, E. Brincando se aprende: uma trajetória de produção científica, 1997.
Tese de livre-docência apresentada ao Instituto de Psicologia da USP.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos.
Brasília, DF, 1996. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 12 abr. 2013.
CUNHA, N. H. S. Brinquedo, desafio e descoberta. Rio de Janeiro: FAE, 1998.
DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educação física na escola: implicações para a
prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 293 p.
GOMES, C. F. Brinquedos e brincadeiras em grupos de meninos de diferentes
culturas: uma análise da ludicidade, 1993. Dissertação de mestrado apresentada ao
Instituto de Educação da UFMT.
HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo:
Perspectiva, 1996.
KISHIMOTO, T. M. Brinquedos e materiais pedagógicos nas escolas infantis.
Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 229-245, 2001.
______. Brinquedos e brincadeiras na educação infantil. In: SEMINÁRIO NACIONAL:
CURRÍCULO EM MOVIMENTO, 2010, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte,
2010.
LENT, R. Cem bilhões de neurônios? Conceitos fundamentais de neurociência. São
Paulo: Atheneu, 2010. 848 p.
12
ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124
LUNDY-EKMAN, L. Neurociência: fundamentos para a reabilitação. São Paulo:
Elsevier, 2008. 477 p.
PIAGET, J. et al. Cinco estudo de educação moral. São Paulo: Casa do Psicólogo,
1999.
RONCA, P. A. C. A aula operatória e a construção do conhecimento. São Paulo:
Edisplan, 1986.
SCHILLER, P.; ROSSANO, J. Ensinar e aprender brincando. Porto Alegre: Artmed,
2008. 374 p.
SOUZA, E. O.; MALUF, M. R. Habilidades de leitura e de escrita no início da
escolarização. Psicologia da Educação, São Paulo, n. 19, p. 55-72, 2004.

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ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA DOS BRINQUEDOS PEDAGÓGICOS DE ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL

  • 1. 1 Acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia e Membro do Grupo de Pesquisa Neurociência e Educação. 2 Mestre em Ciências da Motricidade (UNESP – Rio Claro), Docente do Curso de Licenciatura em Pedagogia e Fundador e Líder do Grupo de Pesquisa Neurociência e Educação. ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA DOS BRINQUEDOS PEDAGÓGICOS DE ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL Elizabete Pereira dos Santos Fernando Sérgio Silva Barbosa betinhadu2.9@hotmail.com fernandossb@hotmail.com Universidade Federal de Rondônia (UNIR) Campus de Ariquemes GT 6 – Infância: Concepção, Formação e Prática Pedagógica Resumo Jogos, brinquedos e brincadeiras sempre fizeram e sempre farão parte da vida das crianças, particularmente em função do mundo de fantasia em que vivem as crianças, independente da classe social. Os brinquedos pedagógicos representam o principal recurso existente durante o brincar. No entanto, suas características qualitativas e quantitativas representam condições necessárias para que se alcance as metas de estímulo ao desenvolvimento e aprendizagem da criança com o uso do brinquedo. O objetivo do presente estudo foi identificar em uma escola da rede municipal de ensino de Ariquemes as características relacionadas à existência, frequência de uso, quantidade, conservação e armazenamento de 16 categorias de brinquedos pedagógicos. Para isso foi utilizada um ficha de avaliação e registro padronizada aplicada pelo mesmo avaliador. Os resultados demonstraram a existência de brinquedos de apenas 10 categorias, predominantemente em bom estado de conservação e bem armazenados, porém com baixa frequência de uso. Palavras-chave: Educação Infantil. Brinquedos Pedagógicos.
  • 2. 2 ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124 INTRODUÇÃO Jogos, brinquedos e brincadeiras sempre fizeram e sempre farão parte da vida de uma criança, não importando a classe social, cultura ou época. As crianças vivem em um mundo de fantasia, de encantamento e do faz de conta. Embora existam vários recursos para o desenvolvimento de jogos e brincadeiras, entre eles o brinquedo, Gomes (1993) destaca que o primeiro brinquedo que a criança começa a explorar é o seu próprio corpo e depois passa para os outros objetos que lhe atraiam visualmente ou auditivamente. Portanto, o ato de brincar é natural do ser humano e não deve ser encarado somente como divertimento, mas com o importante papel de estimular desenvolvimento cognitivo, motor, físico e social da criança (SCHILLER; ROSSANO, 2008). A criança quando brinca está realizando algo importante, ela está desenvolvendo seu lado lúdico. O lúdico é alegria, espontaneidade, criar, fantasiar e jogar, assim como é também, dançar e cantar, que em conjunto com outras possibilidades de expressão corporal, compõe o movimento da criança. Desse modo, o movimento da criança durante os jogos e brincadeiras, pelo prazer que proporciona a elas, representa uma importante forma de estímulo à socialização entre elas. O próprio significado da palavra lúdico, que deriva de ludere do latim, conforme Huizinga (1996) é traduzida como simulação ou ilusão, demonstrando assim a importância das atividades lúdicas para estimular a criatividade e a imaginação das crianças. Contudo, ainda que brincadeiras e jogos sejam atividades ou situações lúdicas, que para a criança representam simplesmente um ato de brincar livre, para os professores da educação infantil deve ser encarada com muita seriedade, no sentido de representar uma importante ferramenta de estímulo ao desenvolvimento. Dentro desse contexto, os brinquedos representam provavelmente os recursos mais frequentemente utilizados por crianças durante o ato de brincar ou em jogos, que segundo Cunha (1998) e Ronca (1986) têm a capacidade de estimular a inteligência da criança fazendo com que ela desenvolva a criatividade e liberte a imaginação. Sabendo que é na escola que a criança passa a maior parte do seu dia, em particular na educação infantil, então é a escola que por meio dos brinquedos, jogos e um ambiente adequado, em associação com as intervenções do professor que deve proporcionar à criança o
  • 3. 3 ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124 desenvolvimento da criatividade, socialização, espírito de liderança, responsabilidade, confiança, capacidade de trabalho em grupo e, consequentemente, a preparação para a aprendizagem. Com base no conhecimento dessas informações, o objetivo do presente estudo foi verificar a qualidade e quantidade dos brinquedos pedagógicos existentes em uma escola pública de educação infantil do município de Ariquemes. Esse artigo representa um estudo de caso, em que os resultados preliminares de uma pesquisa maior e que irá contemplar um maior número de escolas além de investigar também escolas particulares, possibilitando a comparação de ambas as realidades. Para alcançar esse objetivo, foi elaborada uma ficha de avaliação, previamente proposta e utilizada por Kishimoto (2001) na qual os brinquedos são classificados segundo determinadas categorias, relacionadas com suas características e funções. Essa ficha foi aplicada, nesse momento, em uma única escola pertencente à Rede Municipal de Ensino e foi selecionada aleatoriamente. Para evitar variabilidade na coleta de informações, o mesmo avaliador foi responsável por aplicar esse instrumento de forma presencial dentro da escola. Foram realizadas visitas dentro de cada uma das salas de aula, na brinquedoteca (quando existente) e em outros locais dentro da escola nos quais havia brinquedos. DESENVOLVIMENTO A Educação Infantil, o Brincar e Desenvolvimento Neurológico A educação infantil, primeira etapa da educação básica, por contemplar intervenções destinadas às crianças com idades correspondentes até no máximo cinco anos de idade, desempenha o importante papel de prover estímulos ao sistema nervoso nos períodos em que comprovadamente (LENT, 2010; LUNDY-EKMAN, 2008) há maior propensão ao seu desenvolvimento. Esse período de maior desenvolvimento neurológico é representado pelo estabelecimento em quantidade e qualidade de sinapses (neuroplasticidade) entre neurônios localizados em diferentes áreas do sistema nervoso e que serão responsáveis pela recepção, compreensão, retenção e resposta ao diversos estímulos recebidos pela criança. A neuroplasticidade pode também ser entendida como o desenvolvimento das próprias estruturas componentes dos neurônios, como o crescimento das ramificações
  • 4. 4 ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124 dendríticas e o processo de mielinização axonal, que em última análise irão possibilitar a melhora na quantidade e qualidade das sinapses assim como da qualidade da transmissão da atividade elétrica (estímulos) entre os neurônios. Isso significa, que a criança que até esse momento é ainda pobre no tocante às experiências vivenciadas em função da pouca idade, tem a chance de por meio do brincar de aumentar o repertório de estímulos aos quais é submetida. Todo o período da educação infantil é importante para a introdução das brincadeiras. Pela diversidade de formas de conceber o brincar, alguns tendem a focalizá-lo como característico dos processos imitativos da criança, dando maior destaque apenas ao período posterior aos dois anos de idade. Entretanto, o período anterior é visto como preparatório para o aparecimento do lúdico, sendo deste modo, igualmente importante (KISHIMOTO, 2010). No entanto, destaca-se a necessidade de se ter a clareza de que a opção pelo brincar desde o início da educação infantil é o que garante a cidadania da criança e ações pedagógicas de maior qualidade, representando inclusive um direito. Dentro desse prisma, o brinquedo que é o principal recurso utilizado durante o brincar necessariamente deve possuir características que permitam que esses objetivos sejam alcançados, conforme será descrito a seguir. O Brinquedo Pedagógico Pesquisar brinquedos pedagógicos nas escolas de educação infantil implica investigar as concepções de criança e educação infantil (KISHIMOTO, 2001). Isso significa que é possível a partir da identificação das características dos brinquedos pedagógicos e da forma pela qual os mesmo são utilizados por professores como recurso pedagógico para crianças de baixa idade realizar inferências sobre o quanto de fato as crianças são estimuladas em todo o seu potencial. Atualmente, os brinquedos pedagógicos têm dois usos com significações distintas. Na primeira, educadores que valorizam a socialização, adotam o brincar livre. Na segunda, educadores que visam à escolarização ou aquisição dos conteúdos escolares, o brincar dirigido e os jogos educativos. Ambos as possibilidade são importantes e devem ser exploradas. Cabe à creche e à pré-escola, espaços institucionais diferentes do lar, educar a criança de 0 a 5 anos e 11 meses com brinquedos de qualidade, substituindo-os, quando quebram ou já não despertam mais interesse. Para adquirir brinquedos, é fundamental
  • 5. 5 ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124 selecionar aqueles com o selo do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia), que já foram testados em sua qualidade com critérios apropriados às crianças (KISHIMOTO, 2010). A seleção de brinquedos envolve necessariamente a consideração dos seguintes aspectos: ser durável, atraente, adequado e apropriado a diversos usos; garantir a segurança e ampliar oportunidades para o brincar; atender à diversidade racial, não induzir a preconceitos de gênero, classe social e etnia; não estimular a violência; incluir diversidade de materiais e tipos (brinquedos tecnológicos, industrializados, artesanais e produzidos pelas crianças, professoras e pais por meio da reciclagem). Também é necessário considerar algumas características. Quanto ao tamanho, em suas partes e no todo, precisa ser duas vezes maior e mais largo do que a mão fechada da criança (punho). No a durabilidade, não pode se quebrar com facilidade, sendo os de vidros e garrafas plásticas os mais perigosos. Em relação à segurança, cordas e cordões podem enroscar-se no pescoço da criança, brinquedos com bordas cortantes ou pontas devem ser eliminados. Grande preocupação deve haver também com brinquedos com tintas ou materiais tóxicos, pois em determinadas idades há possibilidade de serem colocados na boca. Também pela segurança, é necessário assegurar que o brinquedo não facilite o processo de combustão no caso de contato com fontes geradoras de fogo. Em consideração à higiene e saúde da criança, é importante que seja laváveis ou passíveis de limpeza, o que é especialmente recomendado às bonecas e outros brinquedos com tecido em sua constituição. Finalmente, e básico, é que sejam divertidos, garantindo assim que sejam atraentes e despertem o interesse da criança. Jogo, Brincadeira e Brinquedo Alguns autores usam os termos jogo e brinquedo como se eles fossem similares, porém como observa Bomtempo (1986), a maioria das pessoas refere-se a jogo quando este possui regras e brinquedo quando se trata de uma atividade não estruturada. Posteriormente, no entanto, Bomtempo (1997) destaca que, para se realizar a análise do brinquedo e do jogo é necessário fazer a leitura da criança com o objeto. Darido e Rangel (2008) contribuem descrevendo que os jogos e brincadeiras são conteúdos fáceis de aplicar em função de na maioria das vezes ser conhecido pelas crianças também e porque a maioria dos jogos e brincadeiras não exigem espaço ou
  • 6. 6 ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124 material sofisticado além de serem prazerosos e divertidos, por isso mesmo que seu uso deve ser implementado. Independente da definição dos autores para os termos analisados, e que demonstram grande variabilidade, o uso dos brinquedos associados a brincadeiras e jogos é indispensável para obter-se o desenvolvimento integral de uma criança. Resultados Na escola que fez parte da presente pesquisa, a brinquedoteca, que foi o primeiro item investigado, não existia. Embora não haja impedimento para que os brinquedos possam ser armazenados dentro das próprias salas, a ausência de um local de uso comum permitindo a socialização entre crianças de diferentes turmas, a importância da representação desse espaço para as crianças e o fato de impossibilitar a organização dos brinquedos em um local de livre acesso representam pontos que certamente pesam de modo negativo. No tocante às categorias de brinquedos propriamente ditas, elas foram definidas segundo Kishimoto (2001), sendo citados exemplos entre parênteses, em: 1) para agrupamento com peças de junção, justaposição ou sobreposição (parafusos; peças de encaixes); 2) para aprendizagem de outros conhecimentos (trânsito; lateralidade); 3) de regras com predomínio de socialização, parceria ou em grupos (jogo da memória; dominó; cartas); 4) bonecos ou marionetes para ficção ou dramatização (fantoches); 5) fantasias para dramatização ou danças (roupas); 6) pedagógicos (matemática; história; geografia; ciências); 7) com sistemas de encaixe (formas geométricas); 8) brinquedos em miniatura reproduzindo o mundo real (móveis e utensílios de casa; boneca; carro; homens em miniatura); 9) para aprendizagem da língua materna; 10) agrupamento para reconstituição de imagens (quebra-cabeça; mosaico; cubo); 11) para manipulação, equilíbrio e locomoção (bola; aro/bambolê; corda; boliche; minhocão); 12) materiais para música (chocalho; violão; triângulo; sino; flauta); 13) audiovisuais (televisão; aparelho de som; aparelho de DVD; datashow; revistas; gibis); 14) parquinhos ou instalações fixas (escorregador; balanço; estrutura para subir; gangorra); 15) para experiências sensoriais e motricidade fina (recorte; colagem; dobradura; tinta; giz de cera; lápis de cor); 16) de sucata ou material reciclado. Todas essas categorias foram avaliadas segundo os critérios existência, frequência de uso, se a quantidade existente era suficiente para o número de alunos,
  • 7. 7 ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124 estado de conservação (bom ou ruim) e local de armazenamento. Os resultados referentes a essa análise são apresentados na tabela a seguir. Categorias Existência Frequência de Uso Quantidade Suficiente Conservação Armazenamento Agrupamento Sim 12 Sim Ruim Caixa Outros Conhecimentos Sim 1 Não Boa Caixa Socialização/Grupo Sim 12 Não Ruim Caixa Bonecos/Dramatização Sim 8 Não Boa Caixa Fantasias/Dramatização Não __ __ __ __ Pedagógicos Não __ __ __ __ Encaixe Sim 12 Sim Boa Caixa Reprodução do Mundo Não __ __ __ __ Língua Materna Não __ __ __ __ Reconstituição de Imagem Não __ __ __ __ Locomoção e Equilíbrio Sim 8 Sim Boa Almoxarifado Música Não __ __ __ __ Audiovisuais Sim 12 Sim Boa Sala Parque Sim 4 Sim Boa Pátio Sensoriais/Motricidade Fina Sim 16 Sim Boa Armário Reciclagem Sim 4 Não Ruim Caixa Tabela 1 – Caraterísticas qualitativas e quantitativas das diferentes categorias de brinquedos pedagógicos. Analisando esses resultados, constata-se que brinquedos relacionados com apenas 10 das 16 categorias (62,5%) faziam parte daqueles disponíveis na escola. Também chama atenção, o fato de que apesar da importância previamente descrita da fantasia e da imaginação para a criança, roupas que permitam a elas criarem personagens e a realização de dramatizações não se encontraram presentes. Piaget (1999), por exemplo, contribui dizendo que os jogos podem dividir-se em jogos de exercícios, jogos simbólicos e de regras. Em particular, os simbólicos expressam-se pelo faz de conta e pela ficção, que certamente são estimulados pela categoria de brinquedos acima descritas, mas que não estavam disponíveis. De modo similar, a música que representa um aspecto tão presente na cultura dos brasileiros não é contemplada por meio de brinquedos que reproduzam instrumentos musicais ou mesmo por meio dos próprios instrumentos. Jogos pedagógicos, responsáveis por estimular os conhecimentos de conteúdos relacionados com a história, geografia, matemática e ciências, que embora não sejam os objetivos principais desta etapa da educação básica, podem representar a perda da
  • 8. 8 ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124 possibilidade de aproximar as crianças de conceitos que nas etapas subsequentes da educação serão necessários e que poderiam desde já, de modo lúdico e considerando as idades das crianças e seus conhecimentos prévios, serem abordados. De modo semelhante, brinquedos relacionados com aspectos da língua materna, os quais foram inexistentes, podem representar igualmente perda da possibilidade de estimular as crianças no desenvolvimento da linguagem, que representa quando consideradas a leitura e escrita, um dos mais importantes gargalos da educação nos anos subsequentes à educação infantil. No tocante a essa aprendizagem da leitura e escrita, as séries iniciais do ensino fundamental e, em particular, o primeiro ano, assumem papel de destaque para o sucesso acadêmico do aluno na sequência desta etapa da educação básica, no ensino médio e, inclusive, no ensino superior. É nesse momento, de acordo com a Lei no 9.394 de 20 de dezembro de 2006, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, que entre os objetivos estão: “I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básico o pleno domínio da leitura, escrita [...]” (BRASIL, 1996). Para que isso aconteça, ainda na educação infantil, a adequada estimulação da criança representa uma importante intervenção capaz de influenciar positivamente a posterior aprendizagem da leitura e escrita após seu ingresso no ensino fundamental (BARROS; SPINILLO, 2011; SOUZA; MALUF, 2004), especialmente por duas razões. Primeiro, a educação infantil representa a etapa da educação básica responsável por crianças em idades correspondentes ao período em que o sistema nervoso encontra- se em pleno desenvolvimento, particularmente, em relação ao estabelecimento de sinapses, fundamental para a aquisição de informações (aprendizagem) e a sua retenção prolongada (consolidação da memória). Esse processo de transformação do sistema nervoso ou neuroplasticidade (LENT, 2010; LUNDY-EKMAN, 2008), é importante não somente para o desenvolvimento da criança no sentido cognitivo, mas também em termos motores, garantindo o que também a LDB descreve como função básica da educação infantil, o desenvolvimento integral da criança. Segundo, para que a neuroplasticidade ocorra é necessário que a criança seja estimulada, tanto inconscientemente em função das próprias atividades que desenvolve diariamente assim como pelo convívio social que estabelece com outras crianças e adultos. Considerando o atual clima de insegurança nas grandes cidades, a crescente ocupação dos pais com menor tempo disponível para os filhos e as brincadeiras ou atividades com características mais restritivas, progressivamente as crianças tem sido
  • 9. 9 ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124 menos estimuladas em suas casas ou ambientes em que convivem com familiares e outras crianças. Nesse sentido, no período da educação infantil, em muitos casos, a criança passa a maior parte do tempo na escola e, desse modo, o professor representa o profissional com maior possibilidade para a aplicação de atividades planejadas e direcionadas para o completo desenvolvimento da criança, compensando possíveis situações limitantes como as descritas anteriormente. Por outro lado, destaca-se como pontos positivos revelados pela análise dos resultados preliminares desta pesquisa, que entre os brinquedos existentes, haja o predomínio de brinquedos em bom estado de conservação e em quantidade adequada para o número de alunos. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo revelou, embora por enquanto em apenas uma escola, dados que em sua maioria são preocupantes e que demonstram em parte a necessidade de revisão dos mecanismos utilizados para a aquisição ou reposição e o acompanhamento do uso dos brinquedos pedagógicos. Com a conclusão do estudo será possível identificar as causas dos problemas nesse momento encontrados. Por exemplo, se previamente à aquisição dos brinquedos pedagógicos há uma extensa revisão das necessidades individuais de cada escola. Verificação da existência de excesso ou acúmulo de brinquedos pedagógicos de determinadas categorias em algumas escolas enquanto há ausências dos mesmos em outras escolas. Também importante é o conhecimento das do uso ou direcionamento dos brinquedos pedagógicos enquanto recurso para estímulo e aprendizagem da criança. Na prática, as primeiras observações demonstraram um uso exclusivamente por livre escolha da criança, sem que haja a possibilidade de experimentação das diferentes categorias existentes, o que pode exigir por parte dos gestores o investimento em formações continuadas nesta área. Por último, embora não tenha sido objetivo do presente artigo, mas sim da pesquisa que deu origem ao mesmo, resultados preliminares obtidos de escolas da rede privada de ensino têm revelado resultados ainda mais graves. Particularmente no presente estudo, destacou-se como ponto positivo a existência predominantemente em quantidade suficiente de brinquedos para os alunos de cada sala e o bom estado de conservação dos mesmos, o que neste último caso, é importante que seja verificado se isso não ocorreu em resposta à baixa utilização dos
  • 10. 10 ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124 mesmos. Ao se analisar, por exemplo, a frequência média de uso dos brinquedos pedagógicos, independente da categoria, foi encontrado o valor de 8,9 vezes por mês, o que representa um valor extremamente baixo, ao se interpretar que isso significa o uso dos brinquedos aproximadamente 2 vezes por semana e ao se considerar a importância extensamente descrita desse recurso. A conclusão dessa pesquisa, permitirá elucidar as dúvidas nesse momento levantadas assim como contribuirá certamente no preenchimento de uma lacuna existente quando se procura por referências relacionados aos brinquedos pedagógicos, suas características e usos, particularmente dentro do estado de Rondônia.
  • 11. 11 ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124 REFERÊNCIAS BARROS, M. T. A.; SPINILLO, A. G. Contribuição da educação infantil para o letramento: um estudo a partir do conhecimento de crianças sobre textos. Psicologia: Reflexão e Crítica,v. 24, n. 3, p. 542-550, 2011. BOMTEMPO, E.; HUSSEIN, C. L.; ZAMBERLAN, M. A. T. Psicologia do brinquedo: aspectos teóricos e metodológicos. São Paulo: Editora da USP Nova Stella, 1986. BOMTEMPO, E. Brincando se aprende: uma trajetória de produção científica, 1997. Tese de livre-docência apresentada ao Instituto de Psicologia da USP. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, DF, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 12 abr. 2013. CUNHA, N. H. S. Brinquedo, desafio e descoberta. Rio de Janeiro: FAE, 1998. DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. Educação física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 293 p. GOMES, C. F. Brinquedos e brincadeiras em grupos de meninos de diferentes culturas: uma análise da ludicidade, 1993. Dissertação de mestrado apresentada ao Instituto de Educação da UFMT. HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 1996. KISHIMOTO, T. M. Brinquedos e materiais pedagógicos nas escolas infantis. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 27, n. 2, p. 229-245, 2001. ______. Brinquedos e brincadeiras na educação infantil. In: SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO, 2010, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte, 2010. LENT, R. Cem bilhões de neurônios? Conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Atheneu, 2010. 848 p.
  • 12. 12 ANAIS DO VI SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SED) – ISSN: 1983-5124 LUNDY-EKMAN, L. Neurociência: fundamentos para a reabilitação. São Paulo: Elsevier, 2008. 477 p. PIAGET, J. et al. Cinco estudo de educação moral. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999. RONCA, P. A. C. A aula operatória e a construção do conhecimento. São Paulo: Edisplan, 1986. SCHILLER, P.; ROSSANO, J. Ensinar e aprender brincando. Porto Alegre: Artmed, 2008. 374 p. SOUZA, E. O.; MALUF, M. R. Habilidades de leitura e de escrita no início da escolarização. Psicologia da Educação, São Paulo, n. 19, p. 55-72, 2004.