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A CRIAR FUTURO
GÉNESE E NASCIMENTO
DA ESCOLA DE COMÉRCIO
DE LISBOA
VISÃO EUROPEIA
FÓRUM EMPRESÁRIOS
JORNAL ESCOLAR
COMÉRCIO EM CIDADES
HISTÓRICAS
AULA INAUGURAL
PAPELARIA PEDAGÓGICA
ECOLOJA PEDAGÓGICA
FFEDERAÇÃO EUROPEIA
ESCOLAS DE VITRINISMO
RUMO ÀS ATUAIS
INSTALAÇÕES
GUIAS DE APRENDIZAGEM
INTERATIVOS
EMPRESAS NA ESCOLA ORIENTAÇÃO
PROFISSIONAL
FORMAÇÃO À MEDIDA
ENCONTRO PEDAGÓGICO
ATELIÊ DE VISUAL
MERCHANDISING
PROXIMUS E CASA
TEODORA
PRÉMIO MERCÚRIO
POP-UP PEDAGÓGICA
SUNSET PARTY
CONTACT CENTRE
PEDAGÓGICO
PASSAPORTE PARA
O SUCESSO
NO RANKING
DAS ESCOLAS
EMPREENDEDORAS
FRESTAURANTE
PEDAGÓGICO
COMÉRCIO DE LISBOA
Uma escola para a vida.
Indíce
5
25 ANOS A TRABALHAR PARA OS PRÓXIMOS 25 ANOS 7
A EQUIPA 17
25 TESTEMUNHOS | 25 MARCOS 19
PRÓXIMOS 25 ANOS 120
NOTA FINAL 122
Uma escola para a vida.
I. A ESCOLA
A Escola de Comércio de Lisboa nasceu a 16 de outubro de 1989, como um estabelecimento de ensino e
formação profissional de natureza privada e de prestação de serviços conexos à comunidade, assente na
participação ativa e numa forte ligação ao universo empresarial e à comunidade em geral.
A Escola de Comércio de Lisboa é, atualmente, detida pela Aula de Comércio - Estudos Técnicos e Profissio-
nais, Lda., de que são sócios:
•Ensinus I - Empreendimentos Educativos, S.A.;
•CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal.
A Aula de Comércio tomou a sua denominação da iniciativa do Marquês de Pombal que, em 1759, devido
à inexistência de formação para comerciantes, criou a primeira escola de comércio e, simultaneamente, a
primeira escola técnica do país.
Na esteira do pioneirismo pombalino, a Escola de Comércio de Lisboa pretende, hoje, contribuir para a
qualidade do ensino profissional, posicionando-se a nível nacional e internacional como uma instituição
de excelência no âmbito do ensino e da formação profissional no sector do Comércio e Serviços.
Para o efeito, a Escola de Comércio de Lisboa convida à participação ativa de todos os que pretendem
desenvolver uma carreira profissional no sector do Comércio e Serviços num projeto educativo que os
torne capazes de delinear e gerir, com sucesso, um percurso pessoal e profissional ao longo da vida.
II. O PROJECTO EDUCATIVO
A forte ligação da Escola de Comércio de Lisboa ao mundo empresarial é a nossa imagem de marca. A
partilha, a negociação, a interação e a antecipação de tendências na área da pedagogia, do sector do
Comércio e Serviços são instrumentos e elementos que inspiram o nosso trabalho. Sem a forte e sólida
rede de contactos e partilha do saber, do saber-fazer e do saber-agir, que desde o início cultivamos e que
faz parte da rotina saudável e dinâmica da Escola, o nosso projeto não seria possível.
25 ANOS A TRABALHAR
PARA OS PRÓXIMOS 25 ANOS
7
Uma escola para a vida.
Pressupostos pedagógicos
O posicionamento pedagógico da Escola assenta numa atitude de permanente prospeção, antecipação e
inovação, tendo como pressuposto as seguintes orientações:
•A educação e a formação devem permitir a aquisição de conhecimentos, de capacidades e de valores;
•A realidade empresarial e a sociedade em geral devem enquadrar permanentemente os objetivos
pedagógicos;
•A escola tem o papel de ajudar os alunos a situarem-se num mundo em acelerada transformação
através da criação de ambientes de aprendizagem onde a antecipação e a participação são fatores
chave;
•A realidade deve ser encarada segundo uma atitude científica e a construção do saber beneficia se
adquirido através de um tateamento experimental;
•A adoção de uma atitude interdisciplinar e de trabalho cooperativo é fundamental;
•A aprendizagem só será real quando adquirida por esforço próprio e contendo em si um sentimento
de utilidade do que se aprende;
•A pedagogia utilizada deve valorizar a diversidade de capacidades e aptidões e recorrer à diversifi-
cação de fontes de informação, permitindo que o saber circule em todos os sentidos;
•As tecnologias de informação e comunicação são importantes ferramentas de suporte à aprendizagem
e ao desempenho profissional;
•A avaliação contínua de todo o trabalho realizado (processo e produto) é chave.
Modelo pedagógico
O modelo pedagógico da Escola assenta fundamentalmente em sete pilares:
8
Uma escola para a vida.
1. Diálogo e interação permanentes com o mundo socioeconómico, empresarial e com o sistema
educativo, com vista à absorção do contexto em que a Escola se insere.
2. Organização modular dos curricula que permita:
-A flexibilidade curricular, proporcionando uma maior autonomia dos alunos e o desenvolvimento
de projetos interdisciplinares que assentem, sempre que possível, em outputs para a comunidade;
-A facilidade na regulação permanente do processo de aprendizagem;
-O acréscimo de motivação para aprender.
3. Diversificação de estratégias na construção de ambientes de aprendizagem que promovam:
- O desenvolvimento de metodologias e atividades centradas no aluno, apelando a métodos ativos
e diversificados, proporcionando reforço em tempo útil;
- A disponibilização prévia dos recursos;
- O envolvimento e a coresponsabilização do aluno no seu processo de aprendizagem, dotando-o,
nomeadamente de competências ao nível da identificação de problemas, mediação e negociação;
- A capacidade de avaliação do processo e dos produtos.
4. Permanente e sistematizada articulação com o contexto de trabalho, através:
- De prática simulada em empresas de treino;
- De formação em contexto de trabalho em empresas e outras instituições;
- Da conceção, desenvolvimento, comunicação e partilha de projetos interdisciplinares com base em
solicitações concretas do mercado de trabalho, tendo em conta parcerias estabelecidas com o tecido
empresarial e entidades de diversas áreas e setores;
9
Uma escola para a vida.
- Da conceção, do desenvolvimento e da avaliação dos projetos que sirvam de suporte à prova de
aptidão profissional;
- Da inserção no mercado de trabalho.
5.Composição do quadro docente, através:
- De professores que lecionem a componente sociocultural e científica com habilitação para a
docência de acordo com o estabelecido no respetivo normativo;
- De formadores que lecionem a componente técnica com curriculum vitae relevante e certificado
de competências pedagógicas;
- De especialistas que lecionem a componente técnica com curriculum vitae que demonstre uma
reconhecida aptidão ou qualificação em áreas específicas do saber e que sejam capazes de
transmitir o seu conhecimento e a sua experiencia profissional de forma a proporcionar aos alunos
a aquisição de saberes e a perceção de realidades diversificadas.
6. Formação do quadro docente, através de três abordagens:
- Formação inicial, a qual pretende preparar os quadros docentes para a investigação do fenómeno
educativo, dotando-os de uma atitude científica e reflexiva na condução e avaliação da sua própria
prática, bem como dos meios para teorizar a experiência adquirida;
- Formação contínua, onde se pretende que, de forma coerente e integrada, os quadros docentes
desenvolvam as competências no âmbito da sua atividade. Esta fase deve responder às necessi-
dades de formação sentidas pelo docente e às exigências do sistema educativo, nomeadamente
tendo em conta as mudanças sociais e o próprio sistema de ensino, onde se deve incluir as especifi-
cidades da estrutura modular;
- Espaços de reflexão, onde as equipas possam partilhar as suas experiências e refletir sobre as
práticas que desenvolvem ou que pretendem desenvolver.
10
Uma escola para a vida.
7. Avaliação do sistema de ensino, através de indicadores pré-definidos, como:
- Os resultados das provas de aptidão de final de curso;
- As taxas de conclusão;
- A inserção no mercado de trabalho.
Guias de aprendizagem interativos
Ao longo de 25 anos foram muitos os instrumentos pedagógicos desenvolvidos no âmbito do projeto
educativo da Escola de Comércio de Lisboa. Os guias de aprendizagem interativos merecem especial
destaque pela singularidade dinâmica que introduziram na prática da Escola e de toda a comunidade
educativa.
Os guias de aprendizagem, mais do que um produto acabado, são entendidos e concebidos como um
processo. Um processo aberto, em permanente atualização, construção e aperfeiçoamento e em que
participam professores, formadores e alunos. Uma obra inacabada e que anima o dia-a-dia do nosso
projeto, o dia-a-dia da nossa Escola.
Os guias de aprendizagem interativos são elaborados para cada módulo de cada disciplina. Eles partem
de uma matriz única e são trabalhados, ajustados, enriquecidos e adaptados em função das especifici-
dades de cada situação.
Este trabalho é fruto de uma intensa e dinâmica partilha de conhecimento e experiências entre o corpo
docente e os alunos que, ao longo do ano letivo, trabalham o seu guia. O processo de elaboração de cada
guia permite, por um lado, que o corpo docente esteja em permanente pesquisa e atualização e, por outro
lado, exige dos alunos a mente aberta e a flexibilidade para não se cingirem a um manual estático, mas
em constante evolução. Um desafio, portanto, para corpo docente e alunos que partilham um projeto
comum que os liga, interliga e acompanha no curso e decurso do percurso pedagógico e formativo.
Os guias são assim uma referência, de alunos e professores, o porto de abrigo aos quais vão beber o
conhecimento e para os quais contribuem com mais conhecimento, com mais experiências, actualizando-
11
Uma escola para a vida.
12
as, contextualizando-as, enquadrando-as e dando-lhes novas e diferentes perspetivas.
Os guias de aprendizagem são assim livros abertos, instrumentos de trabalho interativos e dinâmicos e
fios condutores da experiência educativa da Escola.
Confidências… Pedagógicas!
Em 25 anos de existência, muitas foram as histórias e as estórias que poderiam ser aqui descritas. Aqui,
em particular confidenciam-se três episódios do livro de histórias da Escola.
La vita è bella
A primeira viagem a Milão, pela Escola, em 1996, abriu um mar de oportunidades e de sonhos para novos
projetos, um novo curso, novos desafios. Capital da moda, do bom gosto, e do design de montras e lojas
sofisticadas, Milão foi a cidade escolhida para o périplo de viagens através das quais colhemos
informação, experiência e inspiração.
No vocabulário da Escola passou a estar o vitrinismo e o visual merchandising, banalizando-se frases
como “as montras falam, silenciosamente, mas falam”.
A viagem a Milão, tal como as outras que se lhe seguiram a Paris, a Barcelona e a Londres, permitiu
construir, de raiz, um novo curso de vitrinismo, inexistente em Portugal. A existência de workshops
ministrados por criativos da moda não era suficiente para suprir as necessidades de comerciantes e
empresários que nos diziam que “a montra não vendia”. A verdade é que não bastava a parte visual. E
aqui entra o vitrinismo e o visual merchandising. Um e o outro dão lugar “a montras que falam” e,
sobretudo, que vendem.
A criação deste novo curso apenas foi possível pelo entusiasmo e apoio de inúmeras entidades parceiras.
Por um lado, beneficiámos da experiência de escolas internacionais que há muito desenvolviam cursos de
vitrinismo e, por outro lado, da Cenatex, em Guimarães, a escola profissional nacional, parceira neste
projecto.
Olhar para belíssimas montras, passeando pelas ruas de Milão ou de outras cidades, incluindo Lisboa,
Uma escola para a vida.
13
passou a fazer parte das rotinas profissionais de todos os colaboradores da Escola. Tirar fotografias a
montras de excelência passou a integrar uma das nossas boas práticas pedagógicas.
Encontro pedagógico ao serviço do ensino profissional
O dia 28 de janeiro de 2003, acolheu pela primeira vez o encontro pedagógico que juntou na Escola cerca
de 40 escolas profissionais e mais de 160 participantes. Mais importante do que o dia em si, intenso, é
certo, foi o processo de preparação do encontro e as suas implicações e impacto para o futuro.
O encontro começou a ser preparado um ano antes. Foram inúmeras as reuniões de trabalho para a
escolha dos temas, a definição de metodologias, a calendarização e o planeamento das intervenções.
Todos, sem exceção, apresentaram e estiveram envolvidos na troca de ideias e experiências profissionais
e pedagógicas que ainda hoje são lembradas. Apresentações de excelência.
O encontro permitiu gizar muitos pilares que ainda hoje fazem parte do dia-a-dia da Escola e do seu
projecto educativo, como a descoberta dos fundamentos pedagógicos de cada temática e a sistematização
do conhecimento. Um marco fundamental.
Retrato do urbanismo comercial
A experiência censitária está em regra associada à população. O exercício é, contudo, passível de
estender-se a todas áreas da vida. O comércio não é, por isso, exceção.
A Câmara Municipal de Lisboa há muito que tentava manter atualizada a fotografia do comércio e dos
serviços na cidade. Os parcos recursos existentes conduziam a exercícios inevitavelmente incompletos e
sempre inacabados. Quando o exercício era dado por concluído já estava há muito desactualizado.
A juventude, a motivação e a disponibilidade da Escola permitiram tornar o exercício eficaz. Os três ou
quatro funcionários camarários que palmeavam as ruas de Lisboa foram, num projeto pedagógico e
socialmente inovador, acompanhados pelo corpo docente e pelos alunos da Escola que, em cerca de 8 dias
úteis, fizeram o levantamento exaustivo do comércio e dos serviços na cidade de Lisboa. Uma aventura.
Um desafio. Um exercício útil para a cidade, que assim pôde ter um retrato fiel e atualizado da sua
dinâmica comercial, e vantajoso para a Escola, por ter proporcionado aos alunos e aos docentes uma
Uma escola para a vida.
experiência pedagógica inovadora no quadro da realidade comercial e dos serviços da cidade.
Novas apostas
Não formamos Chefs, mas formamos jovens que pretendem trabalhar em realidades de restauração e
hoteleira de excelência. Portugal faz parte dos roteiros gastronómicos mundiais. Os restaurantes, hotéis e
bares multiplicam-se, enchendo as cidades de dinamismo e cor.
O contacto permanente com jovens e empresários e o posicionamento da Escola na antecipação de
tendências deram o mote para a criação no início de 2014 de um novo projeto, numa nova área, a restau-
ração.
Integrado no modelo pedagógico das empresas de treino, a Escola criou e tem acarinhado com especial
motivação o ECL Restaurante. Nele pode apreciar uma experiência de atendimento de excelência, propor-
cionada pelos alunos da Escola que servem refeições completas precedidas por uma caipirinha ou mojito
absolutamente refrescante e com 0% de álcool.
III. A EQUIPA
Os alunos
Todos os jovens que se candidatam a ingressar na Escola de Comércio de Lisboa passam por um Processo
de Orientação de Perfil para que a Escola tenha uma mais clara perceção das motivações dos que serão
seus potenciais alunos e para que os mesmos possam escolher, informadamente, o seu caminho.
O processo consiste num conjunto de atividades onde se pretende dar a conhecer os cursos da Escola e,
simultaneamente, o potencial de cada candidato, nomeadamente através de testes psicotécnicos e de
uma entrevista individual.
O perfil do aluno da Escola de Comércio de Lisboa é um jovem dinâmico, audaz, curioso e, claro, com
vocação para o setor do Comércio e Serviços, pois é neste setor que se centra fundamentalmente a oferta
formativa da Escola.
14
Uma escola para a vida.
Os colaboradores
Escolher trabalhar em educação não é escolher um emprego, nem sequer é escolher um trabalho, é fazer
uma opção de vida. Contribuir para o crescimento e para a realização de outros como pessoas e como
profissionais, constitui a nossa forma de realização profissional e contagia a nossa realização pessoal.
Escolher trabalhar em educação é assim, por essência, escolher participar numa parceria criativa e num
trabalho em rede, para acompanhar a diferença e induzir a autonomia e enriquecimento do outro.
O colaborador na Escola de Comércio de Lisboa tem a convicção de que a razão de ser do seu trabalho é
a aprendizagem, e que através dessa aprendizagem se está a contribuir para o desenvolvimento social,
económico e cultural do mundo em que se insere.
Esta aprendizagem é assumida em sentido amplo, na medida em que não consiste apenas no desenvolvi-
mento de determinados conhecimentos, competências e atitudes, mas dá antes enfoque à capacidade de
tornar o aluno capaz de gerir com autonomia e sucesso estes conhecimentos, competências e atitudes,
num percurso pessoal e profissional gratificante, ao longo da vida.
Neste paradigma, a descoberta e o ensaio não caracterizam apenas a estratégia pedagógica. Descoberta,
antecipação, inovação e mudança são dimensões chave da nossa Escola. A gestão da margem de incerteza
é integrada na estruturação da nossa ação individual e estratégia empresarial.
Este paradigma de trabalho subentende a capacidade de planear, organizar e gerir uma atividade em rede
e interativa, onde a imprevisibilidade é considerada, não uma dificuldade, mas uma riqueza em si mesma.
Conhecer, partilhar e operacionalizar a missão da Escola é responsabilidade de todos os seus colabora-
dores na medida em que a assunção desta filosofia de trabalho requer uma interiorização que vai além
do conhecimento de regras e de procedimentos organizativos, de disposições legais e institucionais. O
grau de responsabilização pelos objetivos a atingir, pela parte ou pelo todo organizacional, assume maior
dimensão.
É com orgulho que afirmamos que a equipa da Escola de Comércio de Lisboa é coesa e empenhada. Todos
trabalham com a convicção de que cada dia dão o seu melhor.
15
Uma escola para a vida.
Os parceiros
O projeto educativo da Escola é indelevelmente marcado pela forte aprendizagem nas empresas. Esta
aprendizagem ocorre em vários momentos ao longo do curso dos nossos alunos. A Escola aposta ainda na
mobilidade internacional em empresas na União Europeia com vista a promover uma verdadeira conscien-
cialização e experimentação da cidadania europeia.
O apoio incansável, constante e contínuo dos nossos parceiros é a chave para o sucesso do nosso negócio
pedagógico.
IV. Trabalho, trabalho, trabalho
A Escola de Comércio de Lisboa procura há 25 anos corresponder aos desafios de uma sociedade cada vez
mais complexa e exigente, na qual o sucesso pessoal e profissional depende, cada vez mais, da qualidade
da formação recebida. Sem uma cultura de trabalho, exigência e rigor não é possível proporcionar uma
formação de qualidade.
A educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo
– Nelson Mandela
A Direção.
Piedade Redondo Pereira
16
A EQUIPA
Uma escola para a vida.
17
No dia 16 de outubro de 2014, a objetiva captou a maior parte dos membros
da então equipa pedagógica da Escola de Comércio de Lisboa. Os não
presentes nesta montra não são nem serão seguramente esquecidos. Todos
fazem parte da Equipa da Escola de Comércio de Lisboa.
18
Uma escola para a vida.
25 TESTEMUNHOS|
25 MARCOS
19
Nas páginas seguintes, encontram-se reunidos 25 testemunhos e 25 marcos
que pretendem refletir, de forma resumida, a história e estórias da Escola de
Comércio de Lisboa durante os seus 25 anos de existência.
Uma escola para a vida.
Miguel van Uden
A Escola de Comércio de Lisboa foi sem
dúvida um marco na minha vida. Foi lá que conclui o
meu curso de comércio.
Depois de um ano nos E.U.A. na Universidade de Nassau e outro ano em gestão
na Lusíada, decidi iniciar a minha vida profissional e para isso muito contribuíram os
conhecimentos adquiridos no curso e estágios profissionais. Sentia-me preparado para
enfrentar o mundo profissional com estas experiências anteriores.
Fiz dois ciclos de 5 anos em duas empresas distintas. Uma empresa Portuguesa de Merchandising
e uma multinacional inglesa de consultoria imobiliária. Em ambos os casos os conhecimentos
adquiridos na Escola foram importantes mas sobretudo a vivência de duas realidades distintas.
Quando iniciei o meu projeto pessoal com a abertura de um restaurante na Av. da Liberdade, lembro-
me o quão importante foi o que aprendi na ECL. Muitas vezes consultei o meu projeto de final de
curso para auxílio do business plan da minha nova empresa. Depois desse restaurante, criei,
juntamente com os meus dois sócios, o projeto h3-hambúrguer gourmet.
É com muito orgulho que hoje em dia colaboro com a ECL como orientador profissional do
curso de restauração-bar e júri de PAP. As diferenças entre a ECL do meu tempo e a
ECL de hoje são abismais depois de 25 anos. A ECL é um projeto vencedor onde
se pode ver profissionalismo, empenho e sobretudo um grande espírito
de equipa. Muitas vezes comparo o espírito existente na ECL ao
da minha empresa. Só assim se consegue ter
sucesso !!!!!
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Comércio 1989/1992
h3 – Hambúrguer Gourmet
Sócio Fundador
20
Foi com o Marquês de Pombal que surgiu a necessidade de formar um grupo de profis-
sionais qualificados e com capacidade para trabalhar em prol do desenvolvimento
económico e social do país. Estes profissionais eram necessários para acompanhar e
desenvolver a gestão das companhias monopolistas então em grande expansão.
Terá sido durante a sua estadia em Londres (1738-1743) que o Marquês terá começado
a pensar na necessidade de criar uma escola exclusivamente dedicada a profissionais
que desenvolvessem a sua atividade no setor do comércio, o que viria a concretizar-se
com a criação da Aula de Comércio.
Ainda em Londres, o Marquês terá iniciado uma coleção de livros muito significativa e
muito diversificada acerca de matérias comerciais, desenvolvendo uma rede de contac-
tos com pessoas da àrea económica e pedagógica, aumentando os seus conhecimentos
frequentando aulas e conferências. Na sua carta de 1742 ao Cardeal da Mota
(Primeiro-ministro), o Marquês refere a importância do comércio e a necessidade de
desenvolver as competências de todos aqueles que trabalham nesta área. Nesta carta,
o marquês terá apresentado desde logo uma grelha curricular que estaria na base da
Aula de Comércio.
Génese e Nascimento
da Escola de Comércio de Lisboa
21
MARCO
A Aula de Comércio de Lisboa foi a primeira escola oficial de ensino do comércio em
todo o mundo. Esta afirmação pode ser encontrada na Grande Enciclopédia Portuguesa
e Brasileira (1981). Em discurso na
Assembleia Nacional, dois deputados (Fernandes Prieto em 1947 e Martins Cruz em
1964) corroboram a afirmação, referindo que, na segunda metade do século XVIII,
Portugal assumiu um papel precursor em relação às outras nações no ensino técnico do
comércio.
O ensino profissional, na aceção que dele temos hoje em dia, nasceu concretamente
em 1989, através da criação de escolas profissionais. Este movimento resultou da inicia-
tiva de diferentes entidades, públicas e privadas, como autarquias, instituições da socie-
dade civil, empresas, sindicatos, fundações, entre outras.
A Escola de Comércio de Lisboa surgiu nos finais do ano de 1989, por iniciativa da
Câmara Municipal de Lisboa – e, em particular, do seu Pelouro de Abastecimento e
Consumo – consciente da insuficiência de recursos humanos qualificados no setor do
Comércio e Serviços, indispensáveis à modernização do próprio setor, bem como à
viabilização e competitividade das empresas, essencialmente PME do nosso país.
22
À iniciativa da Autarquia de Lisboa, associaram-se desde o primeiro momento outras
três instituições determinantes para a qualidade, solidez e coerência do projeto educa-
tivo do que é hoje a Escola de Comércio de Lisboa: a, então, União das Associações de
Comerciantes do Distrito de Lisboa (UACDL), a Ensinus – Estabelecimentos de Ensino
Particular, S.A. e a, então, Confederação do Comércio Português (CCP). Estas quatro
Instituições reuniram-se, formando a Aula de Comércio - Estudos Técnicos e Profission-
ais, Lda., com o objetivo de constituir a Escola de Comércio de Lisboa.
O primeiro dia de aulas foi em 16 de outubro de 1989. O Contrato Programa que
oficialmente criou a Escola foi assinado três meses depois, em 6 de dezembro, pelos,
então, Primeiro-ministro, Aníbal Cavaco Silva; Ministro da Educação, Roberto Carneiro;
Ministro do Comércio, Joaquim Ferreira do Amaral; Presidente da Câmara Municipal de
Lisboa, Nuno Krus Abecasis; Presidente da CCP, Manuel Gamito; Presidente da UACDL,
José Ferreira de Matos e Presidente do Grupo Ensinus, Jacinto Jorge Carvalhal.
Nasceu assim, oficialmente, a Escola de Comércio de Lisboa.
23
Uma escola para a vida.
Leonilde Correia
A Escola de Comércio de Lisboa semeou
em mim a vontade de ser uma profissional de excelên-
cia.
O facto de ter tido professores que me estimularam com o seu profissionalismo
e de ter estagiado em algumas das melhores empresas do nosso tecido empresarial
deu-me uma visão mais alargada para desempenhar as minhas funções como Técnica
Oficial de Contas, podendo aconselhar melhor os meus clientes.
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Comércio 1989/1992
Leoniscontas Unipessoal, Lda.
Técnica Oficial de Contas
24
O projeto educativo da Escola de Comércio de Lisboa é, desde o início, aberto ao
exterior, sobretudo às influências que possam acrescentar valor. A Escola tem como
objetivo que todos os alunos e formadores que por ela passem tenham a oportunidade
de obter uma experiência num Estado-membro da União Europeia. Pretende-se, assim,
contribuir para abrir novos horizontes profissionais e pessoais aos jovens, para a efetiva
mobilidade destes na Europa, fomentando uma mentalidade de cidadania europeia.
Estas experiências vão grandemente ao encontro dos interesses dos jovens que
apreciam a possibilidade que lhes é facultada de conhecer “novos mundos”,
comparando realidades profissionais e comerciais na União Europeia.
Logo na fase de constituição, a Escola enquadrou-se no programa comunitário Petra,
que permitiu estabelecer uma parceria com o Lycée Professionnel Chalon sur Saône,
uma escola francesa de ensino profissional com cursos idênticos aos da Escola. Esta
parceria beneficiou significativamente o projeto educativo da Escola, em particular no
desenvolvimento e gestão curricular, e possibilitou o intercâmbio de alunos e forma-
dores, acelerando o processo evolutivo e inaugurando uma tradição de relações com o
exterior.
A Escola desenvolve há mais de 20 anos vários projetos no âmbito de mobilidade de
cariz europeu, destacando-se os programas Sócrates e Comenius. Nos últimos 16 anos,
Visão Europeia
25
MARCO
o programa Leonardo da Vinci – Pessoas no Mercado de Trabalho tem permitido um
trabalho intenso e muito gratificante. Em 2010, a Escola obteve a primeira Certificação
em Mobilidade pela Agência Nacional para o Programa de Aprendizagem ao Longo da
Vida, atualmente Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação. Esta certificação
mantém-se até à data, desta feita, com o projeto Leonardo da Vinci, implementando o
Ecoljovem XV (1999-2014).
A integração nestes projetos permite à Escola:
1. Apoiar os jovens na realização de estágios curriculares em diferentes Estados-
membros da União Europeia;
2. Apostar na contínua melhoria da qualidade e inovação das práticas da Escola
através de um diálogo permanente com diversas empresas no mercado europeu;
3. Aumentar a atratividade da formação profissional, tornando estes projetos de
mobilidade uma característica no 2.º ano de formação dos cursos da Escola;
4. Contribuir para uma maior qualidade e transparência no que diz respeito ao recon-
hecimento de competências e qualificações, utilizando, entre outros, os documentos
26
Europass.
Estes projetos têm demonstrado ser uma experiência enriquecedora para os jovens que
neles participam tanto no plano organizacional e tecnológico, como no plano de cresci-
mento pessoal. Sendo experiências de aprendizagem profissional em contextos multi-
culturais, a participação nestes projetos permite aos jovens sedimentar competências
técnicas e linguísticas e constituem uma oportunidade ímpar para o desenvolvimento
de uma mundivisão mais abrangente e flexível, geradora de sinergias profissionais e,
muitas vezes, de novas oportunidades de negócio e visão empreendedora.
Em 2013, a Escola atribuiu pela primeira vez o prémio Erasmus+, um prémio atribuído
pela Câmara Municipal de Lisboa à Melhor Inserção Profissional Erasmus+, ou seja, ao
aluno que, cumulativamente a uma avaliação de estágio de Muito Bom, tenha demon-
strado particular resiliência, adaptabilidade, espírito de equipa e de comunhão ao longo
da sua participação no projeto de mobilidade.
27
Uma escola para a vida.
Elsa Farinha
Foi aluna piloto, número 29, na ECL (89
a 92). Naquele tempo achei estranha a metodologia
da Escola para a seleção dos alunos. A minha mãe inscreveu-me.
Fui chamada para uma entrevista na qual fui selecionada mais tarde. Se
hoje este processo parece natural, naquela altura foi uma novidade.
É com bons olhos que ainda hoje tenho em memória aqueles tempos, não só pela boa
aprendizagem, professores e funcionários (não esquecendo a Florinda e o Rui, ainda ambos
presentes na Escola).
Curiosamente não usávamos livros (com uma ou duas exceções) e tudo funcionava muito bem.
Estava tudo coordenado. Sinto que tive um grande apoio emocional o que valorizou muito a minha
auto-estima na altura. Isto tudo fez com que criássemos uma confiança muito maior nos objetivos que
tínhamos que alcançar nos trabalhos e estágios na altura.
No final do curso, fui para a Livraria Barata (Leya na Barata) Av. Roma, onde permaneci 12 anos.
Mais tarde abri a minha própria papelaria.
Ainda hoje temos um grupo de amigos da Turma B no qual convivemos e fazemos
convívios.
Obrigada ECL por parte do que sou hoje! Obrigada Professor Germano.
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Comércio 1989/1992
Movimento Emáus
Voluntária
28
A forte ligação da Escola de Comércio de Lisboa ao mundo empresarial é a sua imagem
de marca. A atividade da Escola ficaria muito aquém se não pudesse contar com o apoio
de empresas, instituições e profissionais de todas as áreas do setor do Comércio e
Serviços.
Sempre com o objetivo de fortalecer a ligação ao mundo empresarial, o trabalho em
parceria é um dos grandes princípios da Escola. Esta metodologia permite obter
informação atualizada sobre o setor e os seus novos desafios, proporcionar aos alunos
uma formação alargada, pertinente e útil ao desenvolvimento da sua carreira profis-
sional, divulgar empresas, instituições, marcas e profissionais de prestígio.
Neste âmbito, a Escola constituiu em 1991 o Fórum de Empresários, um órgão consul-
tivo da Escola composto por um grupo de cerca de 20 empresários provenientes dos
mais diversos ramos do Comércio e Serviços.
No ano em que comemora os seus 25 anos, o Fórum de Empresário é composto por Ana
Cristina Iglésias da Costa – ILC (Investigação); António Sampaio de Mattos – APCC
(Institucional); Carla Salsinha – UACS (Institucional); Cristina Costa – Pop Attack (Agência
de Comunicação para o Retalho); Fernando Ramirez – ÉVORACOR (Tintas); Gustavo Brito
Fórum de Empresários
29
MARCO
- PARIS SETE (Decoração); Isabel Quintino – QUIMAR (Madeiras); Jorge Aguiar – Mercedes
Portugal (Automóveis); José Ferreira de Matos – INSTANTA (Fotografia); Lourenço Silveira
– Sonae (Alimentar); Maria João Bahia – MARIA JOÃO BAHIA (Design de Joias); Pedro
Guerra – CAETANO BAVIERA (Automóveis); Pedro Miguel Costa – LOJA DAS MEIAS
(Vestuário); Pedro Feist – CONCENTRA (Brinquedos); Pedro Pulido Valente – HORTO DO
CAMPO GRANDE (Jardinagem); Ronald Brodheim - GRUPO BRODHEIM (Vestuário).
Esta diversidade de setores, de áreas de atividade, de metodologias e formas de organi-
zação e operacionalização da prática de Comércio e Serviços é uma mais-valia para os
alunos, docentes e para a Escola, no seu todo, como também para os próprios
empresários que, através deste Fórum, podem partilhar experiências, aprender uns com
os outros, estabelecer contactos e promover de forma construtiva e colaborativa o
desenvolvimento do setor do Comércio e Serviços.
O Fórum de Empresário reúne anualmente, mantendo os seus pares e toda a comuni-
dade educativa da Escola informados dos novos desafios que o setor enfrenta, acom-
panhando e avaliando as atividades desenvolvidas pela Escola e contribuindo para a
divulgação e afirmação desta no exterior.
30
31
A Escola de Comércio de Lisboa orgulha-se das excelentes relações que mantém com
instituições e profissionais de todas as áreas do setor do Comércio e Serviços, que
encaram a Escola como um lugar a que vale sempre a pena regressar.
Uma escola para a vida.
Paula Carapinha
A Escola de Comércio de Lisboa, foi um
espaço onde pude aprender, conviver e crescer, a nível
pessoal e escolar. Sendo aluna do primeiro ano, muitas coisas
novas aconteceram, como uma experiência enriquecedora a todos os
níveis, e partilhada por todos. Tinha apenas 14 anos quando entrei para a Escola
de Comércio, e era tudo novo.
O grupo de amigos / colegas, as matérias, os inquéritos que tivemos que fazer na rua, e os
estágios Saliento como ponto positivo, o nível de interesse de alguns formadores, que foram
pessoas importantes para o meu crescimento como pessoa. A componente prática e com um nível
de matérias completamente transversal, do Curso de Técnico de Comércio, foi também fundamental.
Permite-nos ter uma visão mais concreta da realidade, e essa é a verdadeira escola, podemos fazer a
ponte entre o que se aprende nas aulas e aplicar os conhecimentos adquiridos.
Hoje, 25 anos depois, continuo ligada ao Comércio / Serviços, e tenho uma empresa que se chama
Missão Possível. Trabalhamos na área dos Eventos, Animação Infantil e Decorações com Balões. A
Missão Possível existe desde 1998, e o mais importante é sempre conseguir adaptar o nível de
qualidade de serviço ao cliente tipo que temos.
O mercado tem evoluído muito, e há que saber acompanhá-lo. Investir em formação
é fundamental, sempre direcionados para o cliente.
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Comércio 1989/1992
Missão Possível
Gerente
32
Um jornal é o que ele publica e o seu público. O público de um jornal escolar é a sua
comunidade e o setor de atividade que a acompanha. No caso da Escola de Comércio
de Lisboa, o jornal escolar tinha inevitavelmente de ter o seu enfoque no setor do
Comércio e Serviços.
Os primeiros trabalhos em torno da criação do jornal escolar da Escola iniciaram em
1992. O primeiro número viria apenas a sair anos mais tarde, em outubro de 1996.
Imagens do Comércio foi o nome escolhido para o jornal da Escola de Comércio de
Lisboa. Aos alunos e formadores da Escola cabia a redação dos textos. Rui Delgado e
Cristina Costa eram os responsáveis pela produção e edição. A direção estava a cargo de
Piedade Redondo Pereira.
Na capa do primeiro número de Imagens do Comércio, assinalava-se a primeira Aula de
Comércio, momento que marcou oficialmente o início do ano letivo de 9 de outubro de
1996. A Aula foi lecionada por José Ferreira de Matos, então Presidente da União das
Associações dos Comerciantes do Distrito de Lisboa. Fotografias e reportagens anima-
vam as páginas, em suporte papel, do jornal.
Imagens do Comércio evolui, dando lugar ao ECL News, o atual jornal da Escola de
Jornal Escolar
33
MARCO
Comércio de Lisboa. Exclusivamente online e com uma periodicidade trimestral, o ECL
News tem uma imagem renovada. Mais imagens, mais movimento. O jornal está mais
fresco e dinâmico. Contudo, ele mantém a linha editorial do seu antecessor. O jornal
pretende refletir os valores que norteiam o projeto pedagógico da Escola de Comércio
de Lisboa: pluralismo, dinamismo, inovação e credibilidade.
O primeiro número do ECL News saiu em dezembro de 2013 e, volvida quase uma
década, a capa – deliberadamente – voltou a destacar o evento que marca o início do
ano letivo na Escola de Comércio de Lisboa, desta vez, a Aula Inaugural do ano letivo
2013-2014.
O jornal é fundamentalmente criado pelos alunos e para os alunos, contando contudo
com a contribuição de formadores, colaboradores, antigos alunos e empresários. As
notícias têm por base o trabalho desenvolvido pelos alunos e pela restante comunidade
educativa ao longo do ano letivo, não faltando portanto a referência às inúmeras visitas
de estudo em território nacional e no estrangeiro, conferências, seminários, workshops,
estágios nacionais e internacionais e todos os projetos interdisciplinares promovidos
pela Escola. No ECL News, podem também ser encontradas sugestões de leitura, filmes,
peças de teatro ou concertos. Entrevistas, testemunhos de alunos e antigos alunos, bem
como oportunidades de estágio fazem parte do alinhamento editorial do jornal. Para
34
todos aqueles que participam na preparação do ECL News, o desafio está mesmo em
selecionar a informação!
“Quem faz o jornal não são os redatores; são os leitores.” – Émile de Girardin
Boas leituras!
35
Uma escola para a vida.
Hélder Carmo
Foi há 25 Anos que entrei na ECL, a
qual funcionava nas instalações da Associação de
Comerciantes de Lisboa, na Rua Castilho n.º 14 – Lisboa.
Foram três anos (1989 a 1992) que me marcaram para sempre, de forma
bastante positiva e que em muito contribuiu para o meu enriquecimento cultural,
profissional e pessoal.
Ainda hoje, em conversas com o meu Pai, lhe agradeço o facto de me ter obrigado a ir para o
Curso de Técnico de Comércio na ECL. Tive o privilégio de conhecer professores esplêndidos, aos
quais agradeço. Parabéns a todo o Corpo Docente e a todos aqueles que contribuíram e continuam a
contribuir para o sucesso da ECL.
Obrigado!
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Comércio 1989/1992
Unidade Nacional de Contra-Terrorismo da Policia Judiciária
Inspetor
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Em 1989, a Escola de Comércio de Lisboa abriu as portas no 1.º andar do edifício da,
então, União das Associações dos Comerciantes do Distrito de Lisboa, na Rua Castilho n.º
14 em Lisboa. As instalações da Escola limitavam-se a apenas cinco salas: duas para
aulas, uma para informática, outra para a direção e outra onde funcionava o secretari-
ado. As aulas de Educação Física eram lecionadas nas instalações do Ateneu Comercial.
As instalações foram, na altura, as possíveis e aquelas que permitiram o arranque do
projeto.
O crescente número de alunos e com eles a necessidade de contratar mais docentes,
mais auxiliares e de dotar a Escola de mais meios para fazer face à realidade de um
projeto educativo exigia uma mudança de instalações. Em 1990, a Escola de Comércio
de Lisboa viria assim a transferir-se para o edifício da Standard Elétrica na Travessa da
Galé n.º 36 (à Junqueira), em Lisboa, edifício datado de 1948, da autoria do arquiteto
Continelli Telmo. As, então, novas instalações eram compostas por salas de aula, de
informática, biblioteca, anfiteatro, bar, sala da direção e direção pedagógica, sala de
professores, secretariado, ginásio e um átrio amplo que permitia acolher exposições
temáticas, conferências, seminários, entre outras atividades incluídas no alinhamento
pedagógico da Escola.
Três anos mais tarde, em 1993, a Escola do Comércio de Lisboa volta a mudar de insta-
Rumo às Atuais Instalações
37
MARCO
38
lações, transferindo-se para aquelas que passariam a ser as suas instalações atuais, na
Rua Vice Almirante Augusto de Castro Guedes, n.º 51 (frente ao então RALIS), em
Lisboa. Na base desta mudança esteve a existência de uma escola secundária na altura
inativa, com espaço amplo que permitiria à Escola crescer e expandir-se.
Ao longo dos anos, a Escola tem vindo a proceder ao alargamento e modernização
gradual das suas instalações. O aumento do número de alunos exigiu mais salas de
aulas e a sua constante manutenção, renovação e atualização. Foram igualmente
disponibilizadas mais salas de informática, mais bem apetrechadas e sofisticadas de
forma a responder aos avanços das novas tecnologias e às expectativas dos nossos
alunos. Mas não só.
A Escola viu nascer espaços próprios, conceitos inovadores e pioneiros. São assim de
assinalar as nossas empresas de treino. Estas pretendem disponibilizar aos alunos
oportunidades únicas, dinâmicas e interativas de operacionalizar e por em prática as
aprendizagens adquiridas em sala de aula. Neste âmbito, destacam-se a ECL Papelaria,
a ECL Alimentar, a ECL Visual Merchandising, a ECL Concept, a ECL Informática e o ECL
Restaurante.
Em implementação, estão novos espaços como uma incubadora de ideias, onde os
alunos podem desenvolver os seus projetos de empreendedorismo, e um contact
centre pedagógico, que permitirá aos alunos, via telefone, desenvolver competências
de atendimento, venda e fidelização de clientes.
A Escola de Comércio de Lisboa orgulha-se de estar em constante transformação,
ajustando e adaptando o seu espaço e os seus espaços em função das necessidades,
tendências e da evolução das práticas pedagógicas e do setor do Comércio e Serviços.
39
Uma escola para a vida.
Nuno Figueiredo
Em 1993, quando tomei a decisão de
arriscar e mudar para um novo modelo de ensino
(profissional), senti que era a última oportunidade na vida para
estudar, aprender matérias diferentes, algo que me ajudasse a encontrar
um caminho e orientação para a vida, o que ao nível académico ainda não tinha
conseguido. Foi então que ingressei na Escola de Comércio de Lisboa. Aí entendi a
forma como a economia real, os negócios e as empresas funcionavam, como se comporta-
vam os “mercados”. Percebi o que era a minha vocação, o queria fazer e que profissional
queria ser, empresário! Fui empresário durante 16 anos de um negócio pensado e planificado na
Escola de Comércio de Lisboa.
Atualmente nas funções que desempenho sou responsável pelo desenvolvimento da estratégia
comercial do Parque Industrial Prebuild, instalado na Colômbia e cujos mercados de atuação são os
países do Centro e Sul América.
Se hoje desempenho estas funções, foi também porque, na Escola de Comércio de Lisboa, adquiri
competências em “Vender”, Gerir, Empreender, onde aprendi e descortinei uma visão global das
relações, da economia e negócios. A Escola ensinou-me a ser assertivo e determinado, a
acreditar, a confiar nas minhas capacidades, a ser persistente e nunca desistir! Ensinou-me
a “saber-ser”, a “saber-estar” e a “saber-fazer”, com qualidade e convição!
Mais do que uma Escola para a vida, é também a minha Escola de vida,
para toda a vida...! Orgulho-me de ter estudado na Escola de
Comércio de Lisboa.
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Comércio 1991/1995
Prebuild SGPS
International Sales Administrator (CCO) & Executive Sales Director
40
Comércio em Cidades Históricas é um projeto interdisciplinar que, desde 1994, é
lançado aos alunos no início do seu percurso na Escola e que é desenvolvido ao longo
do primeiro ano de cada curso.
O desafio proposto aos alunos, enquanto futuros profissionais na área do Comércio e
Serviços, é a projeção de novas soluções, propostas de produtos e serviços adaptados a
cada um dos locais da cidade, para a dinamização, revitalização e promoção destes
locais, tendo por base exemplos de sucesso de outros centros históricos, como Londres
e Barcelona.
O projeto consiste nas seguintes fases:
1. A primeira fase passa por pesquisas realizadas pelos alunos com o objetivo de
recolher informação que lhes permita desenhar uma resenha histórica do espaço
objeto de estudo, incluindo a génese e a evolução socioeconómica do espaço, bem
como a evolução do seu tecido comercial. Esta fase termina com uma visita de estudo
de reconhecimento da área de intervenção.
2. A segunda fase passa pela elaboração de um estudo de mercado, que permite aos
alunos caracterizar o tecido comercial nas áreas de intervenção, bem como a
Comércio em Cidades Históricas
41
MARCO
realidade sociocultural dos consumidores e o levantamento das necessidades dos
vários agentes.
3. A terceira consiste numa fase de dinamização, em que os alunos são convidados a
elaborar um plano com propostas de intervenção.
4. A quarta fase do projeto inclui a realização de uma visita de estudo a Londres,
patrocinada pela União das Associações de Comércio e Serviços, onde os alunos,
acompanhados pelos professores, têm a possibilidade de experienciar uma realidade
diferente daquela em que trabalharam ao longo do ano. Esta viagem coincide com o
término do primeiro ano de cada um dos cursos.
5. A última fase do projeto, que tem lugar no início do ano letivo seguinte, corre-
sponde à apresentação do trabalho desenvolvido pelos alunos na Casa do Comércio,
sede da União das Associações de Comércio e Serviços.
As áreas de intervenção são diversas e vão desde o centro histórico de Lisboa, como a
Baixa-Chiado e a Mouraria, cujo modelo de crescimento tem muitas vezes levado à
estagnação da atividade comercial, até ao comércio dos Olivais, zona envolvente à
Escola e com um tipo de comércio de proximidade, diferente do que se encontra no
42
centro da cidade.
O projeto tem o objetivo de sensibilizar os alunos para a importância do comércio local,
possibilitar-lhes o contacto com o tecido comercial e com os stakeholders locais e
contribuir para a revitalização e modernização deste tipo de comércio. o projeto
permite também, consciencializar os alunos para a importância dos formatos de comér-
cio e a estrutura socioeconómica e geográfica da comunidade envolvente, promover a
capacidade de pesquisa e organização da informação recolhida, fomentar o espírito de
trabalho em equipa e desenvolver a capacidade de expressão e comunicação.
A partir de 2014, Amar Lisboa será o nome deste projeto, que, acompanhando a
evolução da cidade de Lisboa, pretende colocar a tónica – já não tanto na revitalização
da cidade – mas sobretudo na sua promoção e divulgação.
43
Uma escola para a vida.
Cláudio Moreno
O Curso é uma ferramenta valiosa para
os futuros candidatos que queiram ingressar no setor
do comércio e distribuição em Portugal. Penso que qualquer
candidato que venha a ingressar na Escola de Comércio de Lisboa sai da
escola com uma visão estratégica e transversal de todas as áreas de atividade,
desde as tecnologias de informação, marketing e merchandising. A escola tem todas
as ferramentas de trabalho que me permitiram ao longo dos anos fazer uma carreira
interna de sucesso no Grupo Jerónimo Martins.
Certamente que a frequência na Escola de Comércio de Lisboa foi um ponto de viragem na minha
vida pessoal e académica, pois vinha de uma realidade muito diferente, ou seja, o ensino estatal,
para um curso técnico-profissional, em que fui muito bem acolhido e integrado a todos os níveis.
Na Escola de Comércio de Lisboa estabelece-se uma ligação muito forte e estreita entre professor e
aluno ao longo dos 3 anos letivos. Foi uma experiência única e enriquecedora, que me permitiu
tomar contacto com a realidade empresarial através dos estágios práticos ao longo dos 3 anos, da
ligação teórica, da aquisição de conceitos e regras. Aprendi e cresci com pessoa, sendo que
foram 3 anos de grandes desafios que foram muito úteis nesta troca entre a escola e a minha
pessoa, como aluno e, atualmente, como ex-aluno, com grande reconhecimento por parte
da Escola, à qual tenho de agradecer.
Em conclusão, penso que a frequência na Escola de Comércio de Lisboa
me deu as bases necessárias para a minha caminhada nesta
grande atividade profissional.
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Comércio1994/1997
Pingo Doce
District Manager
44
Em 1996, a Escola de Comércio de Lisboa, em conjunto com outras entidades formado-
ras, iniciou uma parceria transnacional no âmbito do Programa Leonardo da Vinci
(1996-1999), desenvolvendo um projeto-piloto com o objetivo de definir o perfil
europeu do Vitrinista e estruturar o primeiro curso transnacional de Técnico de Vitrin-
ismo. Este projeto foi apoiado pela Comissão Europeia.
Além da componente formativa, o projeto-piloto abarcou a iniciativa de certificar a nível
europeu a profissão de Visual Merchandiser, visando responder às exigências do
mercado de trabalho. Já na altura se considerava esta profissão fundamental no
contexto europeu e também nacional, denotando-se uma aposta crescente das empre-
sas em profissionais capazes de comunicar silenciosa mas eficazmente com um consu-
midor cada vez mais atento e seletivo, mais sensível e recetivo a experiências de
compras gratificantes.
Durante o desenvolvimento deste projeto-piloto, a Escola participou em inúmeras
atividades pedagógicas em conjunto com as restantes entidades envolvidas, nomeada-
mente a Escola Profissional Cenatex (Portugal), a Academia Vitrinistica Italiana (Itália), a
Escola Window Disseny (Espanha) e a Asociación Nacional de Escaparatistas de España
(Espanha). A preparação de materiais didáticos em suporte físico e multimédia que
funcionassem como instrumento e-learning foi um dos principais desafios.
Federação Europeia de Escolas de Vitrinismo
45
MARCO
A criação e a certificação do perfil de Visual Merchandiser implicaram a necessidade de
apostar e repensar a formação destes técnicos, atendendo aos novos desafios implica-
dos no seu perfil. Esta certificação profissional viria a traduzir-se no projeto “Eurovisual
– Perfil Europeu do Vitrinista”. O principal objetivo deste projeto foi a criação do Cartão
de Visual Merchandiser, que, ao permitir certificar estes profissionais, facilitaria o recon-
hecimento destes no mercado de trabalho.
O resultado deste trabalho e as sinergias reunidas permitiram que se avançasse, pouco
tempo depois, para a criação da Federação Europeia de Escolas de Vitrinismo (European
Federation of Window Dressing Schools) da qual a Escola de Comércio de Lisboa é
membro-fundador.
Concluídas as etapas inerentes ao desenvolvimento destes projetos, a Escola de Comér-
cio de Lisboa volta, no ano de 2012, a candidatar-se com os parceiros antecedentes a
um novo programa comunitário, o Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida – Leon-
ardo da Vinci. Este novo projeto permitiria o intercâmbio entre entidades formativas de
diferentes graus académicos e países, a implementação do Cartão Europeu de Visual
Merchandiser, a construção de uma rede europeia de profissionais e estudantes para
46
promover a mobilidade profissional e académica nos Estados-membros da União
Europeia e a coesão entre associações não-governamentais, escolas, universidades e
entidades privadas.
Integrar o Vitrinismo e o Visual Merchandiser nas valências da Escola de Comércio de
Lisboa e trabalhar lado a lado com entidades europeias com provas dadas nesta área foi
um desafio e um privilégio para a Escola e para o projeto educativo e criativo que a
norteia, contribuindo, assim, para a modernização do Comércio e Serviços em Portugal.
47
Uma escola para a vida.
Rui Almeida
A minha trajetória na Escola de Comér-
cio de Lisboa foi construída com o apoio dos docentes
e o benefício da valorização da vertente prática do conhecimento.
Ambos me forneceram importantes ferramentas para responder de um modo
efetivo às exigências da vida profissional.
A Escola de Comércio de Lisboa é sem dúvida uma das mais importantes e valiosas ferramen-
tas para o sucesso das nossas vidas seja a profissional seja a pessoal.
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Comércio 1995/1998
Ambiexpress-Gestão de Resíduos, Lda.
Sócio Gerente
48
A Escola de Comércio de Lisboa promove todos os anos uma Aula Inaugural. Este é um
momento que pretende, por um lado, acolher e dar as boas vindas aos alunos que
inauguram a sua caminhada na Escola e, por outro lado, deixar uma palavra muito espe-
cial aos alunos que, terminando formalmente o seu curso, inauguram uma nova etapa
na sua vida pessoal e profissional. Estes alunos que, na verdade, passaram a ser alumni
da Escola, partilharam com colegas e docentes e com toda a comunidade educativa
pedaços das suas vidas durante o seu percurso escolar, dando a partir desse momento
continuidade aos saberes e às competências adquiridas.
A Aula Inaugural é preparada e organizada, com antecedência, pensando-se em todos
pormenores que permitam que se torne num momento marcante e único para todos
aqueles que nela participam.
A Aula é marcada por um tema específico. Muitos foram os temas abordados nas Aulas
Inaugurais. A preocupação central foi sempre a de destacar a evolução do setor do
Comércio e Serviços em Portugal, bem como a apresentação de casos de sucesso de
empreendedorismo não só nacional, mas também internacional.
Em cada Aula Inaugural, a Escola procura convidar empresários e personalidades que se
têm destacado no setor do comércio e serviços. Todos, com mestria, têm partilhado a
Aula Inaugural
49
MARCO
sua experiência, o seu percurso e os seus desafios, permitindo contribuir para o
enriquecimento efetivo de toda a comunidade educativa. Alunos, antigos alunos e
docentes absorvem este saber, saindo destas Aulas mais motivados, mais entusiasma-
dos e com vontade de (re)começar, inaugurando o ano letivo ou o seu percurso profis-
sional.
Porque o trabalho deve ser recompensado e o mérito premiado, o final de cada Aula
Inaugural é marcado por uma sessão na qual se procede à entrega de prémios de
mérito aos alunos que se destacaram nos diferentes cursos e atividades. A comunidade
educativa, os amigos e as famílias, não raras vezes emocionadas, juntam-se para
aplaudir os galardoados.
As categorias dos prémios atribuídos são: melhor aluno da Escola de Comércio de
Lisboa, melhor inserção profissional de todos os cursos, melhor inserção profissional
Erasmus+, melhor aluno de cada curso, melhor projeto de suporte à Prova de Aptidão
Profissional de cada área de estudo, prémio de assiduidade e prémio ao aluno que mais
se destacou na realização dos vários projetos no decorrer do triénio.
Nesta mesma cerimónia, duas instituições atribuem prémios de apoio aos alunos que
participaram nos projetos interdisciplinares desenvolvidos no primeiro ano dos
diferentes cursos, constituindo estes um apoio para a realização da visita de estudo que
50
todos os anos a Escola realiza com os seus alunos a Londres.
Parabéns aos primos inter pares que beneficiaram destes prémios e das instituições e
empresas que os proporcionaram.
51
Uma escola para a vida.
Samuel Figueiredo
Iniciei os meus estudos na Escola de
Comércio de Lisboa em 1995 como aluno do curso
Técnico Profissional de Marketing. Nessa altura, não imaginava o
impacto que as experiências e os conhecimentos adquiridos viriam a ter
no meu percurso profissional.
Após finalizar o curso, estudei Gestão de Marketing em regime pós-laboral, finalizando a
minha licenciatura em 2003.
Actualmente sou Gestor de Produto na Würth Portugal que pertence ao Grupo Würth, multinacional
líder de mercado na área da fixação e montagem profissional, que está representada em 84 países
e por mais de 400 empresas.
O meu percurso na ECL foi fundamental para despertar o meu interesse e empreendedorismo pessoal
no desenvolvimento da minha carreira como profissional de Marketing.
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Marketing 1995/1998
Würth Portugal
Gestor de Produto
52
Uma escola é um local privilegiado de saber, de aprendizagem, de enriquecimento e de
crescimento pessoal e profissional, um palco em que todos os atores interagem e mobi-
lizam esforços para a criação de espaços cénicos potenciadores das verdadeiras
competências dos indivíduos.
Na mise en scène da Escola de Comércio de Lisboa, são muitos e muito diversificados
os atores que partilham o seu palco, que habitam os vários palcos. Além, naturalmente,
dos alunos, professores, encarregados de educação e entidades do poder local e central,
as empresas têm na Escola um papel fundamental. A interdependência Empresas –
Escola permite e intensifica a aproximação desta à realidade do mercado de trabalho,
promovendo a partilha de conhecimento, de experiências, de vivências.
Neste âmbito, a Escola desenvolve, ininterruptamente, desde 1997, o projeto Empresas
na Escola. O projeto tem na sua base a constituição de parcerias entre a Escola e empre-
sas de diferentes partes do país, de diferentes áreas de atividade e setores, bem como
de diferente dimensão. Estas empresas tornam-se importantes patrocinadoras da
Escola.
O projeto arranca no início de cada ano letivo, desafiando-se os alunos, recém-
chegados, a realizar uma visita de estudo à empresa que apoia a sua sala de aula.
Empresas na Escola
53
MARCO
54
Desde o primeiro dia, o aluno experiencia uma proximidade efetiva com a realidade
empresarial.
A insígnia da empresa patrocinadora é evidenciada em cada sala. O projeto Empresas
na Escola possibilita o desenvolvimento e a implementação de uma estratégia de
organização funcional e espacial muito peculiar e ajustada ao alinhamento pedagógico
que a norteia. A Escola torna-se palco de muitas montras, organizadas como se de um
verdadeiro centro de comércio e serviços se tratasse.
Os corredores da Escola têm nomes e as salas são identificadas pela insígnia do patroci-
nador que apoia a sala, através de diferentes donativos. A Praça do Comércio, espaço
“maior da Escola”, é a sua antecâmara. A Alameda dos Olivais, uma mescla de
atividades, dá o nome a um dos corredores da Escola. Na Via das Tecnologias, instalam-
se as salas de informática. A Via da Liberdade convida a uma viagem pelo mundo
comercial. A Via do Modernismo responde às insígnias viradas para a bricolage e
decoração e na Praceta do Chiado, podem encontrar-se diferentes marcas de moda. O
auditório, local central e polivalente da Escola, foi batizado Espaço Marquês de Pombal,
em homenagem a esta referência da Histórica máxima do nosso país que, em 1759,
criou a primeira escola de comércio e, simultaneamente, a primeira escola técnica do
país, então designada Aula de Comércio (que, deliberadamente, foi o nome escolhido
para a sociedade que detém a Escola).
A Escola de Comércio de Lisboa é assim um espaço dinâmico, que se abre às empresas,
às raízes da sua história, que são também as raízes da cidade que a acolhe, permitindo
aos alunos experiências vivas, práticas, próximas da realidade que encontrarão no
mercado de trabalho. A Escola organiza-se, atualiza-se e regenera-se, acompanhando o
mundo das empresas, num perpétuo movimento dialógico e colaborativo. As empresas
estão na Escola. A Escola são as empresas que nela habitam.
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Uma escola para a vida.
Pedro Guerra
Um agradecimento à Escola de Comér-
cio de Lisboa pelo contributo que teve na minha
formação enquanto Profissional e Ser Humano.
A Escola e todos os que dela fazem parte têm acompanhado o meu percurso e
sucessivas etapas profissionais que tenho vindo a atingir. Reconheço que todas elas
surgiram precocemente pela dimensão dos desafios e consequentes responsabilidades.
Deste percurso, até ao momento, tenho uma grande certeza: tive de amadurecer mais rápido
do que a maioria das pessoas da minha geração.
Contudo, isto só é possível quando existe Atitude, Dedicação, Empenho e Paixão pelo que fazemos.
As bases da nossa Educação e Formação também foram e são fundamentais.
Inevitavelmente a Escola de Comércio de Lisboa e toda a sua extraordinária Equipa estarão para
sempre ligados ao meu grande sentimento de felicidade e realização profissional.
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Vendas 1997/2000
Caetano Baviera
Diretor Comercial
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As empresas de treino são um instrumento pedagógico que, ao aproximar a sala de
aula à realidade do mercado de trabalho, permitem contextualizar as aprendizagens. As
empresas de treino são, por excelência, um instrumento ao serviço de um dos pilares
que norteia o projeto educativo da Escola: o saber-fazer.
A Papelaria Pedagógica, a primeira empresa de treino da Escola, foi criada há 17 anos,
mantendo-se ainda, com sucesso, em funcionamento. A ideia partiu dos alunos numa
aula do Curso de Técnico de Marketing. Uma papelaria pedagógica permitiria responder
às necessidades da população escolar e levaria ao aproveitamento de um espaço da
Escola que na altura se encontrava desativado, criando um projeto pioneiro em Portugal.
Após sucessivas reuniões de trabalho onde a ideia foi aprofundada, os alunos
concluíram que o primeiro passo a dar seria a realização de um estudo de mercado de
forma a aferir a viabilidade da iniciativa. Neste âmbito, elaboraram questionários, cujos
resultados foram objeto de tratamento estatístico nas aulas de matemática. Além deste
trabalho, foi apresentada uma proposta de layout e decoração do espaço e definido o
sortido a comercializar com a preocupação de incluir produtos ecológicos.
O passo seguinte passou por desenvolver contactos com fornecedores com o objetivo
de proceder ao levantamento de preços e condições de fornecimento. Este foi, mais
Papelaria Pedagógica
57
MARCO
uma vez, um trabalho realizado pelos alunos, com o apoio dos formadores, no âmbito
do Curso de Técnico de Comércio.
Como sinal evidente do interesse pedagógico e empresarial do projeto, este mereceu o
apoio e o entusiasmo de diversas empresas, de entre as quais se destaca a NEOSIS,
empresa dedicada à criação de software para o retalho, que cedeu à Escola um Point of
Sale (POS) e respetivo software, bem como a instalação de meios de pagamento
eletrónicos, nomeadamente o PMB.
O projeto contou com o envolvimento de todos os alunos da Escola, cabendo-lhes
tarefas muito específicas de acordo com as suas áreas de especialização. Para melhor
organizar as tarefas necessárias ao bom funcionamento da Papelaria, definiram-se
diversos departamentos, responsáveis pela sua gestão operacional, tais como o depar-
tamento de vendas, de marketing, de gestão e de recursos humanos.
O projeto culminou com o dia da abertura, na Aula Inaugural de 1998, onde esteve
presente Osvaldo de Castro, Secretário de Estado do Comércio. Desde aí, a Papelaria tem
funcionado ininterruptamente como um local de aprendizagem dos alunos, permitindo
que estes tenham o primeiro contacto com a gestão de uma empresa, incluindo tarefas
não só de direção, mas também de vendas, marketing, gestão e recursos humanos.
58
Em 2008, a Papelaria Pedagógica mudou o seu nome para ECL Papelaria e mais recente-
mente, em 2013, mantendo o nome, foi renovada apresentando uma imagem mais
jovem, moderna e apelativa.
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Uma escola para a vida.
Maria Hormigo
Uma escola para a vida…
Uma escola que me preparou verdadeiramente para o mundo de
trabalho, que me ensinou a ter brio e a ser sempre melhor.
A Escola de Comércio de Lisboa deu-me muitas oportunidades. Oportunidade de
conhecer novas pessoas, de sair do país, de trabalhar em empresas das mais diversas
áreas e de implementar as minhas ideias e projetos. Deu-me oportunidade de escolha.
Na Escola de Comércio de Lisboa aprendi a ir à luta em busca das minhas ambições e a conquistar
os mais diversos desafios. Ensinou-me a superar obstáculos, a contornar dificuldades e em todas as
vitórias, comemorou comigo. Deu-me confiança e a possibilidade de conseguir ir sempre um pouco
mais além.
Obrigada a todos os que me acompanharam e deram um bocadinho de si e que contribuíram para
eu ter a ambição que tenho e ser aquilo que sou hoje. A Escola de Comércio de Lisboa é feita por
uma grande e poderosa equipa.
Para mim, a Escola de Comércio de Lisboa é a escola da minha vida.
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Marketing 2001/2004
Odisseias
Gestão de conteúdos
60
Os instrumentos pedagógicos de suporte ao ensino na Escola foram inicialmente
construídos em torno de um pacote pedagógico que incluía cadernos temáticos dedica-
dos às disciplinas de vender, gerir e empreender. Estes cadernos eram constituídos por
documentos de apoio, fichas de exercícios, diapositivos e dois vídeos que abordavam
fundamentalmente aspetos relacionados com o marketing e as vendas.
O projeto pedagógico da Escola evoluiu e com ele a necessidade de renovar os instru-
mentos que apoiavam a aprendizagem dos alunos. Em 1999, foi criada a matriz-base
para os Guias de Aprendizagem Interativos, marca indelével do projeto educativo da
Escola de Comércio de Lisboa.
Os Guias de Aprendizagem Interativos, cuja matriz-base se encontra patenteada, têm a
função de organizar as atividades e os produtos para avaliação, sendo construído por
todos e para que todos os atores da comunidade educativa tenham a possibilidade de
intervir ativa e evolutivamente no processo de aprendizagem.
Refletindo a metodologia que norteia o projeto educativo da Escola de Comércio de
Lisboa, os Guias de Aprendizagem Interativos assentam em três tipos de trabalho:
trabalho coletivo, trabalho de projeto e trabalho independente. Esta tríplice vertente
proporciona uma interação formador-aluno, numa mesma proporção, no processo de
Guias de Aprendizagem Interativos
61
MARCO
aprendizagem. Pretende-se uma implicação ativa do aluno na aquisição dos objetivos,
dos conteúdos, dos módulos de cada disciplina, bem como na negociação acompan-
hada dos mesmos.
Os Guias de Aprendizagem Interativos, cuja matriz-base é transversal a todos os módu-
los, incluem quatro partes:
1. Planificação e Avaliação – parte composta por elementos que, discutidos entre
docentes e alunos, justificam a existência do módulo, identificam a carga horária, os
objetivos (da responsabilidade do docente), bem como as atividades, os produtos
para avaliação e os indicadores de avaliação.
2. Desenvolvimento Modular – parte que se traduz na construção e compilação de
suportes à aprendizagem dos próprios alunos e docentes, que, dialogicamente,
desenvolvem e operacionalizam cada módulo. Esta parte do módulo pode incluir
textos de apoio, guias de investigação ou de visita de estudo, testes, memórias
descritivas, trabalhos elaborados pelos alunos, entre muitas outras ferramentas de
trabalho.
3. Registos Pessoais – parte que inclui testemunhos de alunos e professores,
62
deixando-se registado o produto de uma aula ou atividade pedagógica específica.
4. Apoios – parte composta por glossários, bibliografia específica a cada módulo,
entre outros.
Hoje, os Guias de Aprendizagem Interativos são documentos fundamentais no processo
de aprendizagem, ilustrando clara e sistematizadamente as metodologias utilizadas na
Escola de Comércio de Lisboa e que, por corresponderem a uma construção partilhada,
são instrumentos de trabalho dos quais, ano após ano, muito nos orgulhamos.
63
Uma escola para a vida.
Liliana Gomes
A Escola de Comércio de Lisboa mudou
a minha vida! Deu-me tudo aquilo que não consegui
alcançar sozinha. Deu-me objetivos, deu-me perseverança,
deu-me ambição, deu-me vontade de lutar por mais e melhor. Deu-me
coragem para seguir em frente e atingir os meus objetivos, quer académicos,
quer profissionais.
Tudo o que aprendi em 3 anos, ainda hoje utilizo no meu dia-a-dia, na minha atividade profis-
sional. Nunca vou esquecer tudo o que fizeram por mim. Ajudaram-me a crescer, mas principal-
mente ensinaram-me a nunca desistir, independentemente dos obstáculos que encontrasse no
caminho. Vou estar eternamente grata por isso.
A Escola de Comércio de Lisboa é uma escola para a Vida, e independentemente do que possa
escrever, do que possa dizer, do que possa elogiar, do que possa recomendar, só vão sentir isto, se
algum dia puderem viver, tudo o que vivi naqueles 3 anos.
Hoje, com uma Licenciatura em Gestão e um Mestrado em Corporate Finance, tenho algumas
dúvidas que conseguisse ter feito isto tudo, se o meu percurso não tivesse passado pela Escola
de Comércio de Lisboa.
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Vendas 2001/2004
PME Investimentos
Financial Analyst
64
A Ecoloja Pedagógica é uma empresa de treino criada nas instalações da Escola de
Comércio de Lisboa com o objetivo de permitir aos alunos por em prática e experienciar
as aprendizagens adquiridas em sala de aula e, simultaneamente, contribuir para a
modernização do comércio de tradição.
Para a criação da Ecoloja Pedagógica, a Escola teve como parceiros a Câmara Municipal
de Lisboa, a DECOECO, o PROCOM, a ELOS, a YUDIGAR, a Novo Design, a Neosis e a
Somague. O lançamento da primeira pedra teve lugar no dia 3 de dezembro de 1998,
contando com a presença de Fontão de Carvalho (então Vereador do Comércio da
Câmara Municipal de Lisboa), Vasco da Gama (então Presidente da Confederação do
Comércio e Serviços de Portugal), Carlos Jorge (então Presidente da DEDOECO), Manuel
Raposo (então representante da Direção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo)
e Jorge Carvalhal (então Presidente do Conselho de Gerência da Escola de Comércio de
Lisboa).
No dia 11 de maio de 2000, a Escola de Comércio de Lisboa inaugura a sua Ecoloja
Pedagógica, uma réplica de um verdadeiro supermercado de 200m2 equipado, como
todos os verdadeiros supermercados, com produtos e variadíssimas referências,
apresentando diferentes seções, tais como talho, padaria e frescos. A exposição do
sortido é apresentada em expositores com rodízios, de diferentes formatos e dimen-
Ecoloja Pedagógica
65
MARCO
sões. O espaço conta igualmente com um anfiteatro que permite a alunos e docentes
uma aprendizagem dinâmica, conduzida e orientada.
Ao longo dos anos, foram muitos os alunos que passaram por este verdadeiro
laboratório pedagógico. A versatilidade deste espaço permitiu responder às necessi-
dades e interesses dos alunos, mas também às carências e tendências do mercado. A
Robbialac, UNIHSNOR, Silvex, Compal, Olá, BP, bem como a Delta, Matutano e Sírio
foram apenas algumas das muitas empresas que utilizaram o espaço para dar formação
às suas equipas, organizar convenções de venda, testes de mercado, estudos de
embalagens, lançamento de produtos, tendo muitas partilhado as suas experiências
com os alunos da Escola.
O supermercado foi também espaço para a realização, por outras escolas, de visitas de
estudo e ateliês pedagógicos. De entre elas, destaca-se a campanha de sensibilização
à adesão de Portugal ao Euro, “Aprender a viver e comprar com o Euro”, uma parceria
entre o Ministério de Educação e o Ministério das Finanças. A campanha foi inaugurada
na Escola por Augusto Santos Silva, então Ministro da Educação, em 2001. Esta é uma
das muitas campanhas que se enquadram no âmbito das ações de responsabilidade
social que norteiam o projeto da Escola.
66
Atenta às tendências do mercado e aos novos hábitos de consumo, a Escola renova o
espaço em 2005, criando uma nova seção de pequenos eletrodomésticos, uma seção
de vestuário com calçado, uma seção de beleza e outra dedicada ao “bem-estar e
saúde”.
Em 2012, o supermercado foi novamente objeto de uma intervenção. Apadrinhados por
José António Rousseau, os alunos aceitaram um novo desafio. Após expositores
desmontados, outros reciclados e alguns dedos entalados, nasceu a ECL Alimentar, um
espaço mais sofisticado, com um novo conceito e um novo layout, permitindo uma
maior liberdade de circulação para o “potencial cliente”. A inauguração deste novo
espaço foi preparada minuciosamente, não faltando o aroma Delta-café, as flores
oferecidas pela florista de serviço, uma degustação de cupcakes, o profissionalismo e o
sorriso dos alunos.
A ECL Alimentar faz as delícias de todos os que a visitam!
67
Uma escola para a vida.
Rita Meneses
O meu percurso na Escola de Comércio
de Lisboa (ECL) foi um marco relevante no meu
desenvolvimento pessoal, escolar e profissional.
A ECL, com a filosofia de formar profissionais competentes e exigentes, tanto na
vertente técnica como numa vertente mais pessoal, enquanto indivíduos inseridos numa
sociedade em constante transformação, onde as competências de soft skills e valores como
dinamismo, iniciativa, assertividade e espírito de equipa são fundamentais, constitui uma excelente
rampa de lançamento, tanto para os alunos que optem pela via profissional, como para aqueles que
desejem um prosseguimento para o ensino superior ou até pretendam abraçar as duas vias em simultâ-
neo (o meu caso, criei a minha empresa e ingressei na faculdade).
A ECL, constantemente “insatisfeita”, cria novas perspetivas de vida, focando a globalidade dos seus objetivos
no sucesso dos seus alunos, junto dos desafios que terão que enfrentar ao longo da sua vida profissional. É uma
escola que abre horizontes, graças à proximidade que possui com o mercado de trabalho. É verdadeiramente “Uma
Escola para a Vida”.
TESTEMUNHO
68
Curso Técnico de Comércio 2003/2006
Home 4 Us
Gerente
O Orientador Profissional é um empresário, representante, técnico ou colaborador de uma empresa que tem
como função apoiar, ajudar e orientar uma turma da Escola durante o seu percurso
Escolar.
O acompanhamento dos alunos por Orientadores Profissionais aplica-se a todos os
alunos, de todos os anos e em relação a todos os cursos da Escola. No final dos três anos
de curso, o aluno pode ter um, dois, ou mesmo três Orientadores Profissionais
diferentes. Esta diversidade traduz-se num enriquecimento das aprendizagens com uma
proximidade ao mercado de trabalho e a diferentes perfis de empresários, o que
permite ao jovem começar a sua vida profissional com mais confiança e com um
know-how acrescido.
Ao Orientador Profissional é-lhe atribuída uma turma que, em parceria com o Orientador
Educativo, docente da Escola, lhe cabe acompanhar durante todo o ano letivo essa
turma. A relação estabelecida entre o aluno e o seu Orientador Profissional
desenvolve-se através de deslocações deste último à turma, participando em projetos
que a envolvam, do apoio individualizado aos alunos, do acompanhamento ao Projeto
de Suporte à Prova de Aptidão Profissional, da ajuda no processo de procura de estágio,
entre outros aspetos benéficos para uma melhor integração do aluno no mercado de
trabalho.
Orientação Profissional
69
MARCO
A criação da figura do Orientador Profissional tem como linha orientadora três pressu-
postos:
1. A excelente relação da Escola de Comércio de Lisboa com as empresas;
2. O enorme apoio e colaboração dos empresários;
3. O ambiente familiar que existe entre formadores, alunos e empresários.
O desenvolvimento constante, sólido e construtivo do projeto Orientadores Profissionais
tem sido alimentado, com sucesso, devido aos seguintes fatores:
• O facto de haver um Departamento de Gestão de Carreira que faz a ponte entre a
Escola e o mercado de trabalho, divulgando as ofertas de trabalho e de estágio das
várias empresas.
• O Projeto Empresas na Escola que permite uma relação privilegiada com várias
empresas do setor do Comércio e Serviços, que apoiam a Escola financeiramente e
que a certificam como entidade formadora de referência na área.
• A participação de empresários, muitos deles representantes de empresas conceitu-
adas no setor, como júris das Provas de Aptidão Profissional e que tão valiosos
momentos proporcionam com os seus
pareceres e avaliações dos projetos apresentados.
70
• Os resultados e a mais-valia do trabalho desenvolvido com as empresas através do
Fórum de Empresários que sempre apoiou a Escola nas decisões importantes.
• O facto de colaborarem com a Escola empresários que são simultaneamente forma-
dores, antigos alunos, pais e, sobretudo, amigos da Escola.
É gratificante para a Escola poder contar com a colaboração de Orientadores Profission-
ais desde o início do projeto até aos dias de hoje. Na Escola de Comércio de Lisboa, as
empresas são “prata da casa” e os empresários contribuem diariamente para o bem-
estar e para o sucesso dos alunos, seja individualmente ou no grupo turma. Os alunos
têm, no Orientador Profissional, uma referência figura que os acompanha durante todo
o ano letivo e que os ajudará no seu percurso pessoal e profissional.
71
Uma escola para a vida.
Grupo Entreposto
Encontrámos na Escola de Comércio de
Lisboa um parceiro com uma forte componente
pedagógica, com formadores experientes que sempre se preocu-
param em ajustar os conteúdos programáticos aos nossos interesses e
necessidades, contribuindo de forma construtiva para atingir os objetivos a que
nos propusemos, ou seja, dotar os nossos colaboradores dos conhecimentos
necessários para um desempenho de excelência.
TESTEMUNHO
Manuela Correia
Diretora de Recursos Humanos
72
Em 2002, são dados os primeiros passos para o que é hoje o Departamento de
Formação Empresa da Escola de Comércio de Lisboa. Esta etapa correspondeu à necessi-
dade de aprofundar a relação entre a comunidade escolar e o mundo do trabalho, trans-
ferindo conhecimento da Escola para as empresas e destas para a Escola. O desenvolvi-
mento desta área de formação correspondeu igualmente à necessidade identificada
pelas próprias empresas de se dotarem de novas competências e de atualizarem o
conhecimento, adaptando a sua atividade e os seus recursos humanos a uma realidade
cada vez mais competitiva.
A área de formação tem sido um sucesso. As empresas a quem a Escola tem prestado
os seus serviços reconhecem uma melhoria significativa na qualidade percebida do
serviço e atendimento dos seus colaboradores, com o consequente aumento do volume
de negócio e da capacidade de diversificar vendas e clientes.
Para responder com sucesso às solicitações das empresas clientes da Escola, o Departa-
mento de Formação Empresa efetuou estudos com base em cliente-mistério, diagnósti-
cos de formaçã+o e de alinhamento estratégico de colaboradores, gestão e execução de
planos anuais de formação, ações de formação presencial, em e-learning e em
b-learning. Esta atividade desenvolveu-se em diversas áreas quer do conhecimento,
quer de negócio. Ao nível do conhecimento, foram abordadas temáticas como a estraté-
Formação à Medida
73
MARCO
gia, a gestão e suas especializações, o marketing, as vendas, a liderança, o retalho, o
atendimento e o merchandising.
O Departamento de Formação Empresa tem clientes no setor público e privado, na
grande distribuição, no airport shopping, abrangendo um conjunto muito diversificado
de áreas de atividade, como perfumaria, bicicletas e ótica.
O Departamento de Formação Empresa desenvolve cursos de especialização profis-
sional em visual merchandising e participa em programas de desenvolvimento e
revitalização do comércio em zonas urbanas específicas e delimitadas. É também de
assinalar o trabalho desenvolvido no contexto de projetos europeus, com a apresen-
tação de candidaturas, gestão e execução de ações ao abrigo do Programa Operacional
Potencial Humano desenvolvido no quadro do Acordo de Parceria celebrado entre Portu-
gal e a União Europeia.
74
No futuro, o Departamento de Formação Empresa espera continuar a satisfazer os seus
clientes, buscando o conhecimento mais atual e adaptando-o a um mundo em
mudança. O desenvolvimento e aprofundamento do e-learnig, bem como de formações
abertas (interempresa) e temáticas do marketing e vendas digital estão no caderno de
encargos da equipa, confiando que os nossos clientes continuem a eleger a Escola de
Comércio de Lisboa como sua parceira.
75
Uma escola para a vida.
Movefree
Iniciei o meu percurso na Escola de
ComércA Escola de Comércio de Lisboa estabeleceu
com a MoveFree uma relação de parceria efetiva desde o
primeiro momento. A Escola foi incansável na formação dos nossos
comerciais. As formações foram idealizadas com uma componente teórica
sólida, mas também com uma parte prática adaptada à realidade da nossa empresa,
o que permitiu uma melhor apreensão dos conceitos por parte dos nossos profissionais. O
roleplaying realizado pelos formadores da Escola de Comércio de Lisboa, adaptado às especifi-
cidades do comércio das bicicletas, foi essencial para sedimentar a teoria apreendida e para
cativar o interesse dos formandos. Uma vez que os resultados alcançados excederam as nossas
expectativas, seguramente que contaremos com o apoio da Escola de Comércio de Lisboa no futuro.
TESTEMUNHO
Luís Reis
Administrador
76
Em janeiro do ano de 2003, a Escola de Comércio de Lisboa organizou um encontro
pedagógico no qual participaram muitas das escolas profissionais do país, incluindo
Açores e Madeira. Mais do que um processo de preparação de um encontro, este
trabalho foi um marco no desenvolvimento e aperfeiçoamento do projeto pedagógico
da Escola. Ao pretender tudo acautelar para acolher as escolas nas condições que
melhor favorecessem a troca e a partilha de práticas pedagógicas, o encontro possibil-
itou uma oportunidade de reflexão interna e contribuiu para o reforço da coesão da
equipa da Escola.
O Encontro Pedagógico contou com a presença de 39 escolas profissionais, 163 partici-
pantes, dos quais, 63 docentes, 3 psicólogos, 60 coordenadores, 29 diretores pedagógi-
cos, 1 diretor financeiro e 7 diretores.
A organização do Encontro desenvolveu-se em torno de 9 fóruns temáticos:
1. Gerir a Estrutura Modular e Desenvolver Materiais Pedagógicos;
2. Implementar a Metodologia do Trabalho de Projeto;
3. Formar em Contexto de Trabalho;
4. Adquirir Experiência Internacional;
Encontro Pedagógico
77
MARCO
5. Educar na Cidadania e na Solidariedade;
6. Aprender com as TIC para a Sociedade do Conhecimento;
7. Desenvolver Projetos de Suporte às Provas de Aptidão Profissional;
8. Integrar Práticas Pedagógicas em Laboratório;
9. Promover o Desenvolvimento Pessoal e Profissional.
O Encontro foi marcado por duas sessões plenárias. A primeira, no início, introdutória e
que deu o arranque e o mote para os trabalhos e que contou com a presença de
Joaquim Azevedo, mentor do ensino profissional em Portugal. A segunda encerrando os
trabalhos, foi marcada pela apresentação das conclusões que resultaram de cada fórum
temático.
Os participantes mostraram empenho, entusiasmo e enorme recetividade a todas as
atividades, permitindo que o Encontro constituísse uma verdadeira troca de experiên-
cias entre escolas que, da reflexão sobre a ação, permitiu repensar, moldar e adaptar as
idiossincrasias do caminho e do projeto educativo de cada uma.
78
Uma das principais conclusões retiradas do Encontro foi a de que “a solidez dos projetos
educativos é um dos principais trunfos de uma escola”. Na globalidade do sistema
educativo, cada escola pretende diferenciar-se pela qualidade do seu próprio projeto
pedagógico. Ao consegui-lo, será a sociedade a reivindicar a existência e a missão da
própria escola.
79
Uma escola para a vida.
Perfumarias Douglas
Em momentos económica e financeira-
mente difíceis para todo o país, ao qual a Douglas não
fugiu à regra, a aposta na formação revelou-se essencial para
vencer os enormes desafios que enfrentamos diariamente, qualificando
os colaboradores e garantindo que são os veículos do nosso sucesso comercial.
A Escola de Comércio de Lisboa, enquanto parceiro, foi um elemento chave nesta
aposta, ajudando a desenvolver as competências pessoais de cada um dos nossos colabo-
radores, dotando-os de competências técnicas, sempre com um profissionalismo e
entusiasmo notáveis.
TESTEMUNHO
Jorge Nunes
Diretor-Geral
80
Perante um mercado e um consumidor cada vez mais exigentes e dinâmicos, as marcas
e as lojas apoiam-se em novas atitudes, novas estratégias e a novos conceitos.
O visual merchandising é uma disciplina que pretende acompanhar os diferentes
estágios da vida do produto, desde a sua conceção até ao momento em que é colocado
à disposição do cliente. O visual merchandising dialoga com conceitos de marketing, de
vitrinismo, de vendas, sendo hoje uma área do conhecimento indispensável para todas
as empresas, marcas e lojas que pretendam afirmar-se, diferenciar-se e vingar no setor
do Comércio e Serviços.
Com o objetivo de modernizar e atualizar as práticas pedagógicas do projeto educativo
da Escola e, simultaneamente, acompanhar as novas tendências do mercado e
responder às necessidades de empresários, foi criado o Ateliê de Visual Merchandising.
O Ateliê é um espaço da Escola que proporciona aos alunos ferramentas de trabalho
através das quais estes desenvolvem competências na área do vitrinismo e do visual
merchandising. O espaço divide-se em diferentes nichos, nos quais os alunos desen-
ham, criam, moldam, constroem, montam e desmontam ideias e projetos de espaços
de exposição. No Ateliê respira-se criatividade, experimentação, dinamismo, interativi-
dade e boa disposição. Cheira a papel, a tintas e a madeira. Ouve-se o rasgar de papéis,
Ateliê de Visual Merchandising
81
MARCO
as pinceladas, o corte dos materiais. É um espaço vivo.
Os projetos desenvolvidos pelos alunos no Ateliê são objeto de memórias descritivas.
Estas serão posteriormente utilizadas como suporte para a análise e discussão em sala
de aula, sistematizando-se o conhecimento e as aprendizagens.
Os projetos que se destacarem pela sua qualidade e criatividade passam depois a
constituir as montras que se estendem pelos corredores da Escola, ganhando vida
própria e autonomia. Muitos dos projetos ultrapassam mesmo as fronteiras da Escola,
expondo-se ao exterior.
Ao longo dos últimos anos, a Escola de Comércio de Lisboa tem desenvolvido um
conjunto significativo de parcerias no âmbito das quais os trabalhos criados, desenhados
e montados pelos alunos no Ateliê de Visual Merchandising da Escola preenchem
espaços comerciais reais, integrando-se no comércio e nos serviços da cidade de Lisboa.
Chiado na Moda, Concursos de Montras, Comércio Solidário, Futurália, Alimentaria e
PaperGit são apenas algumas das inúmeras parcerias, projetos e iniciativas em que, com
sucesso, a Escola participou.
A organização do espaço e do trabalho desenvolve-se em paralelo por equipas de
82
alunos do 2.º ano do Curso de Técnico de Vitrinismo (gestores) e um professor respon-
sável (pivot) que, em conjunto, planificam e executam um calendário anual das
atividades a desenvolver pelo Ateliê na Escola e fora dela.
O trabalho desenvolvido no Ateliê institucionalizou-se e está na base da criação da ECL
Visual Merchandising que pretende operacionalizar as atividades práticas do Curso de
Técnico de Vitrinismo, gerindo espaços, materiais e ferramentas, certificar competências
e apoiar as atividades do vitrinismo e do visual merchandising dos restantes cursos e
das restantes empresas de treino da Escola de Comércio de Lisboa.
83
Uma escola para a vida.
João São Pedro
Iniciei o meu percurso na Escola de
Comércio de Lisboa aos 14 anos de idade, era um
jovem “irreverente” e com muita vontade de mudar o mundo.
Foi com essa vontade de mudança que ingressei numa Escola Profissional
com o intuito de obter ferramentas que me permitissem ingressar no mercado
de trabalho. Foram 3 anos que me fizeram crescer e amadurecer muito porque todos
os contexto educacionais/profissionais proporcionaram um sentido de responsabilidade
elevado.
O fator mais importante da minha caminhada foi sem dúvida a formação em contexto empresarial
possibilitada através de 4 Estágio Curriculares. Estes foram os meus primeiros passos no mercado de
trabalho e que me permitiu abrir horizontes para continuar a vida académica e terminar uma
licenciatura e mestrado na área de Marketing.
Hoje em dia poder colaborar com a Escola proporcionado estágios curriculares aos alunos, sendo júri
da provas de aptidão profissional, na dinamização de projetos interdisciplinares é para mim um
motivo de orgulho uma vez que é o coroar de todo o meu esforço e trabalho.
Todas os conhecimentos obtidos na escola foram determinante para a Pessoa e Profis-
sional que sou hoje.
TESTEMUNHO
84
Curso de Técnico de Marketing 2003/2006
Direção de Merchandising e Licenciamento do Sport Lisboa e Benfica – Porta 18
Gestor de Vendas
Proximus é um projeto que, tal como o seu nome indica, pretende aproximar, construir
elos de ligação com realidades comerciais que estão próximas. O projeto intervém em
zonas onde estão implementados mercados municipais que, abrangendo o comércio
circundante, formam um Aglomerado Comercial de Bairro específico.
O projeto, que se desenvolve em várias etapas, pretende ser uma força dinamizadora
de sinergias entre diferentes interlocutores, criando, reavivando ou reanimando relações
de confiança mútua entre moradores e agentes económicos que desenvolvem a sua
atividade no setor do Comércio e Serviços. Ao longo do ano, os alunos trabalham nas
várias disciplinas do seu curso, visando obter um conhecimento aprofundado da
evolução histórica da área de intervenção. Posteriormente, os alunos efetuam um
estudo que pretende aferir as necessidades dos consumidores e conhecer as caracterís-
ticas dos comerciantes. No final destas etapas, os alunos elaboram propostas que
apresentam aos agentes económicos com o objetivo de obterem destes o reconheci-
mento e eventualmente a possibilidade de as implementarem no terreno.
Integrado no Proximus, a Casa Teodora é um caso emblemático que pretende mostrar,
sobretudo a proprietários de lojas há muito estabelecidas, como estas se podem
renovar e transformar, mantendo-se o conceito de outrora.
Proximus e Casa Teadora
85
MARCO
A Casa Teodora, que ganhou este nome após a intervenção do projeto de renovação, é
uma retrosaria que integra um sortido estreito e pouco profundo e que ao longo dos
anos foi incluindo outras categorias de artigos, nomeadamente vestuário unissexo,
pretendendo assim complementar a sua oferta.
Desafio: A renovação visual de um ponto de venda com as portas abertas há mais de
quinze anos.
Metodologia: Realização de um estudo e um levantamento rigoroso que permitisse
analisar um conjunto de características que viriam a servir de base para o desenvolvi-
mento do projeto de visual merchandising, que respondesse adequadamente às
necessidades do espaço, sem descaracterizá-lo.
A turma do 2º ano do Curso de Técnico de Vitrinismo aceitou entusiasmada o desafio.
Em seis dias, esta retrosaria ganhou uma identidade visual, um interior renovado. O
conceito, que já tinha, mas que o peso do tempo e das novas tendências foi apagando,
animou-se e regenerou-se. A loja ganhou um nome renovado, Casa Teodora. Do nome
surgiu um logótipo, do logótipo materiais de comunicação outstore. A Casa Teodora
reinaugurou ao público com direito a reportagem televisa e um forte apoio da comuni-
dade local (clientes e outros retalhista). A comoção dos proprietários era notória; estes
86
viram a sua antiga loja ganhar uma “nova cara”. Viam agora também perspetivar-se a
possibilidade de dar continuidade ao negócio que há muito estava ameaçado. Os alunos
sentiram a adrenalina de ver o projeto concluído num curto espaço de tempo, partil-
hando a emoção dos proprietários da loja. O projeto permitiu a todos adquirir um
conjunto de aprendizagens muito diversificado e intenso, tornando-o muito gratificante.
Para este projeto, a Escola contou com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, da Junta
de Freguesia dos Olivais, bem como de um conjunto diversificado de comerciantes,
lojistas e, naturalmente, da população.
Este projeto firmou a vontade de a Escola de Comércio de Lisboa demonstrar que é
possível regenerar o comércio e que este pode e deve apostar na contratação de jovens
qualificados, capazes de trazer novas ideias e novos contributos para o desenvolvimento
de um setor determinante da economia nacional. Através deste projeto, a Escola
provou, igualmente, que a aprendizagem é tão mais rica quanto maior for o envolvi-
mento e a experimentação. O espaço e o tempo para aprender podem ser, também,
flexíveis implicando, o meio exterior, a comunidade, os indivíduos e as empresas.
a Escola de Comércio de Lisboa.
87
Uma escola para a vida.
Luís Torres
visibilidade, atraA minha ingressão na
Escola Comércio Lisboa foi, sem dúvida, uma das
escolhas mais acertadas que tomei até hoje. Com apenas 14
anos, a ECL deu-me a oportunidade de definir novos objetivos, assumir e
evoluir as minhas capacidades, envolver-me em projetos e conhecer pessoas
com as quais ainda hoje mantenho contacto pessoal e profissional.
Nas atividades diárias de gestão da minha empresa, reconheço a importância de muito do
conhecimento e da experiência absorvidos na minha passagem pela ECL.
A Escola Comércio Lisboa foi em muito responsável pelo meu desenvolvimento pessoal e profis-
sional, tornou-me um profissional capaz de enfrentar os desafios do mercado de trabalho e gerou em
mim a paixão pelo marketing e pelo empreendedorismo.
Entretanto licenciei-me em Gestão de Marketing e realizei uma Pós-Graduação em Marketing Digital.
Pela incansável busca do saber e pelo constante entusiasmo, fico muito agradecido por fazer parte
desta grande família.
TESTEMUNHO
88
Curso de Técnico de Marketing 2007/2010
WHIE - Agência de Marketing Digital
CEO & Co-Founder
Schumpeter colocou o empreendedor em evidência no pensamento económico.
Segundo este economista, o empreendedor não é quem investe o capital ou inventa o
novo produto, mas quem tem a ideia do negócio e também quem arca com os riscos. É
um agente com o desejo de fundação de um “reino privado”, um desejo de conquista
e de prazer em criar.
Ser empreendedor é, fundamentalmente e em primeiro lugar, uma atitude. Para vingar
e ter sucesso, esta atitude não pode, contudo, deixar de ser trabalhada, desafiada e
estimulada. É neste âmbito que a Escola de Comércio de Lisboa intervém, mobilizando
os alunos para aprofundar as suas ideias, trabalhá-las e melhorá-las. Para partilhá-las e
testá-las entre os seus pares e a comunidade empreendedora, pondo-as à prova.
Concursos, projectos e programas especificamente direcionados para o empreende-
dorismo são espaços privilegiados para o efeito.
São muitas as iniciativas em que a Escola e os alunos participam ao longo do ano letivo
e em que têm participado ao longo dos anos, destacando-se:
1. A realização de projetos de investimento para a criação de novos produtos ou
novos conceitos de negócio no final do curso no âmbito da Prova de Aptidão Profis-
sional;
No Ranking das Escolas Empreendedoras
89
MARCO
2. A elaboração de projetos de intervenção ou de remodelação de espaços comerciais
no final do curso no âmbito da Prova de Aptidão Profissional;
3. A participação em projetos internacionais de empreendedorismo tais como o
Global Enterprise Project da Siemens, o Innovation Challenge da Metlife, o Entreprise
Without Boarders da Accenture.
4. A mobilização dos alunos para concorrerem ao Fator E, concurso concebido e
desenvolvido pela Escola, que surge como estímulo à criatividade e à inovação em
grupo. Este é desafiado a criar um novo produto, um novo serviço, construindo a sua
miniempresa. Este concurso traz à Escola antigos alunos que, na qualidade de
mentores, partilham os seus sucessos e insucessos, permitindo apoiar o percurso
profissional dos alunos, estimulando-os, por exemplo, a apresentar candidaturas a
outros concursos nacionais e internacionais de empreendedorismo como o Junior
Achievement Portugal, INOVA, Acredita Portugal, entre outros.
Consciente de que a Escola de Comércio de Lisboa é hoje, também, uma escola de
negócios e que, assim, tem o dever de preparar os seus alunos para o futuro, a Escola
tem vindo a adotar uma visão virada para o mercado, proporcionando aos alunos
momentos e espaços próprios.
90
Neste âmbito, está em preparação o arranque de uma incubadora que permitirá criar e
experienciar novas ideias e elaborar projetos de negócios.
A partilha interdisciplinar e a motivação gerada neste espaço de incubação serão propí-
cios e determinantes para uma cultura de empreendedorismo e inovação.
A formação ministrada na Escola apretende fundamentalmente focar-se no desenvolvi-
mento de jovens verdadeiradamente empreendedores. Não é por acaso que, associado
ao trabalho e ao projecto educativo que desenvolve, a Escola de Comércio de Lisboa
tenha sido considerada uma das dez escolas empreendedoras a nível nacional.
91
Uma escola para a vida.
Paula Gomes
Por onde começar este texto que tanto
orgulho me dá em escrever e tantas boas recordações
me trás! Posso começar por dizer que tenho muitas saudades, de
todos os momentos que passei neste excelente espaço de ensino,
realmente uma Escola para a Vida, pois tudo o que foi vivido ficará para sempre.
Entrei na Escola com 18 anos, a partir desse momento senti que estava a fazer a
escolha certa, pois estava a estudar algo realmente do meu interesse, e que eram poucas
as escolas que tinham este tipo de curso e por sorte inscrevi-me na melhor Escola.
Tenho de falar dos excelentes professores, principalmente da Dra. Ângela Fernandes, uma mestra,
uma força da natureza e um super Ser Humano. Sempre nos deu os melhores concelhos, nunca
desistiu de nós, sempre nos apoiou como turma, e sempre esteve ao nosso lado. Ensinou-nos a trabal-
har em equipa, a cooperarmos! No meu percurso, todos foram especiais à sua maneira, desde a D.
Fátima e a D. Cecília, as auxiliares de educação mais queridas que tive na minha vida escolar, os
professores, a directora, todos juntos formam uma excelente equipa, e pelo que eu tenho acompan-
hado cada vez está melhor.
Posso dizer que se hoje estou a estudar em Londres, agradeço à família ECL, pois foi através
da visita de estudo que conheci este lugar mágico. Já consegui pôr à venda algumas
peças, o que é um orgulho, mas o sonho é bem maior, quero criar uma marca, com
a minha assinatura e poder levá-la para Portugal. E irei dizer com todo o orgulho
que fui aluna da Escola de Comércio de Lisboa, como hoje já o digo
TESTEMUNHO
Curso de Técnico de Vitrinismo 2008/2011
Universidade de Moda em Londres
Curso de Fashion Design
92
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Livro25 anosecl

  • 2. GÉNESE E NASCIMENTO DA ESCOLA DE COMÉRCIO DE LISBOA VISÃO EUROPEIA FÓRUM EMPRESÁRIOS JORNAL ESCOLAR COMÉRCIO EM CIDADES HISTÓRICAS AULA INAUGURAL PAPELARIA PEDAGÓGICA ECOLOJA PEDAGÓGICA FFEDERAÇÃO EUROPEIA ESCOLAS DE VITRINISMO RUMO ÀS ATUAIS INSTALAÇÕES GUIAS DE APRENDIZAGEM INTERATIVOS EMPRESAS NA ESCOLA ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
  • 3. FORMAÇÃO À MEDIDA ENCONTRO PEDAGÓGICO ATELIÊ DE VISUAL MERCHANDISING PROXIMUS E CASA TEODORA PRÉMIO MERCÚRIO POP-UP PEDAGÓGICA SUNSET PARTY CONTACT CENTRE PEDAGÓGICO PASSAPORTE PARA O SUCESSO NO RANKING DAS ESCOLAS EMPREENDEDORAS FRESTAURANTE PEDAGÓGICO COMÉRCIO DE LISBOA
  • 4.
  • 5. Uma escola para a vida. Indíce 5 25 ANOS A TRABALHAR PARA OS PRÓXIMOS 25 ANOS 7 A EQUIPA 17 25 TESTEMUNHOS | 25 MARCOS 19 PRÓXIMOS 25 ANOS 120 NOTA FINAL 122
  • 6.
  • 7. Uma escola para a vida. I. A ESCOLA A Escola de Comércio de Lisboa nasceu a 16 de outubro de 1989, como um estabelecimento de ensino e formação profissional de natureza privada e de prestação de serviços conexos à comunidade, assente na participação ativa e numa forte ligação ao universo empresarial e à comunidade em geral. A Escola de Comércio de Lisboa é, atualmente, detida pela Aula de Comércio - Estudos Técnicos e Profissio- nais, Lda., de que são sócios: •Ensinus I - Empreendimentos Educativos, S.A.; •CCP - Confederação do Comércio e Serviços de Portugal. A Aula de Comércio tomou a sua denominação da iniciativa do Marquês de Pombal que, em 1759, devido à inexistência de formação para comerciantes, criou a primeira escola de comércio e, simultaneamente, a primeira escola técnica do país. Na esteira do pioneirismo pombalino, a Escola de Comércio de Lisboa pretende, hoje, contribuir para a qualidade do ensino profissional, posicionando-se a nível nacional e internacional como uma instituição de excelência no âmbito do ensino e da formação profissional no sector do Comércio e Serviços. Para o efeito, a Escola de Comércio de Lisboa convida à participação ativa de todos os que pretendem desenvolver uma carreira profissional no sector do Comércio e Serviços num projeto educativo que os torne capazes de delinear e gerir, com sucesso, um percurso pessoal e profissional ao longo da vida. II. O PROJECTO EDUCATIVO A forte ligação da Escola de Comércio de Lisboa ao mundo empresarial é a nossa imagem de marca. A partilha, a negociação, a interação e a antecipação de tendências na área da pedagogia, do sector do Comércio e Serviços são instrumentos e elementos que inspiram o nosso trabalho. Sem a forte e sólida rede de contactos e partilha do saber, do saber-fazer e do saber-agir, que desde o início cultivamos e que faz parte da rotina saudável e dinâmica da Escola, o nosso projeto não seria possível. 25 ANOS A TRABALHAR PARA OS PRÓXIMOS 25 ANOS 7
  • 8. Uma escola para a vida. Pressupostos pedagógicos O posicionamento pedagógico da Escola assenta numa atitude de permanente prospeção, antecipação e inovação, tendo como pressuposto as seguintes orientações: •A educação e a formação devem permitir a aquisição de conhecimentos, de capacidades e de valores; •A realidade empresarial e a sociedade em geral devem enquadrar permanentemente os objetivos pedagógicos; •A escola tem o papel de ajudar os alunos a situarem-se num mundo em acelerada transformação através da criação de ambientes de aprendizagem onde a antecipação e a participação são fatores chave; •A realidade deve ser encarada segundo uma atitude científica e a construção do saber beneficia se adquirido através de um tateamento experimental; •A adoção de uma atitude interdisciplinar e de trabalho cooperativo é fundamental; •A aprendizagem só será real quando adquirida por esforço próprio e contendo em si um sentimento de utilidade do que se aprende; •A pedagogia utilizada deve valorizar a diversidade de capacidades e aptidões e recorrer à diversifi- cação de fontes de informação, permitindo que o saber circule em todos os sentidos; •As tecnologias de informação e comunicação são importantes ferramentas de suporte à aprendizagem e ao desempenho profissional; •A avaliação contínua de todo o trabalho realizado (processo e produto) é chave. Modelo pedagógico O modelo pedagógico da Escola assenta fundamentalmente em sete pilares: 8
  • 9. Uma escola para a vida. 1. Diálogo e interação permanentes com o mundo socioeconómico, empresarial e com o sistema educativo, com vista à absorção do contexto em que a Escola se insere. 2. Organização modular dos curricula que permita: -A flexibilidade curricular, proporcionando uma maior autonomia dos alunos e o desenvolvimento de projetos interdisciplinares que assentem, sempre que possível, em outputs para a comunidade; -A facilidade na regulação permanente do processo de aprendizagem; -O acréscimo de motivação para aprender. 3. Diversificação de estratégias na construção de ambientes de aprendizagem que promovam: - O desenvolvimento de metodologias e atividades centradas no aluno, apelando a métodos ativos e diversificados, proporcionando reforço em tempo útil; - A disponibilização prévia dos recursos; - O envolvimento e a coresponsabilização do aluno no seu processo de aprendizagem, dotando-o, nomeadamente de competências ao nível da identificação de problemas, mediação e negociação; - A capacidade de avaliação do processo e dos produtos. 4. Permanente e sistematizada articulação com o contexto de trabalho, através: - De prática simulada em empresas de treino; - De formação em contexto de trabalho em empresas e outras instituições; - Da conceção, desenvolvimento, comunicação e partilha de projetos interdisciplinares com base em solicitações concretas do mercado de trabalho, tendo em conta parcerias estabelecidas com o tecido empresarial e entidades de diversas áreas e setores; 9
  • 10. Uma escola para a vida. - Da conceção, do desenvolvimento e da avaliação dos projetos que sirvam de suporte à prova de aptidão profissional; - Da inserção no mercado de trabalho. 5.Composição do quadro docente, através: - De professores que lecionem a componente sociocultural e científica com habilitação para a docência de acordo com o estabelecido no respetivo normativo; - De formadores que lecionem a componente técnica com curriculum vitae relevante e certificado de competências pedagógicas; - De especialistas que lecionem a componente técnica com curriculum vitae que demonstre uma reconhecida aptidão ou qualificação em áreas específicas do saber e que sejam capazes de transmitir o seu conhecimento e a sua experiencia profissional de forma a proporcionar aos alunos a aquisição de saberes e a perceção de realidades diversificadas. 6. Formação do quadro docente, através de três abordagens: - Formação inicial, a qual pretende preparar os quadros docentes para a investigação do fenómeno educativo, dotando-os de uma atitude científica e reflexiva na condução e avaliação da sua própria prática, bem como dos meios para teorizar a experiência adquirida; - Formação contínua, onde se pretende que, de forma coerente e integrada, os quadros docentes desenvolvam as competências no âmbito da sua atividade. Esta fase deve responder às necessi- dades de formação sentidas pelo docente e às exigências do sistema educativo, nomeadamente tendo em conta as mudanças sociais e o próprio sistema de ensino, onde se deve incluir as especifi- cidades da estrutura modular; - Espaços de reflexão, onde as equipas possam partilhar as suas experiências e refletir sobre as práticas que desenvolvem ou que pretendem desenvolver. 10
  • 11. Uma escola para a vida. 7. Avaliação do sistema de ensino, através de indicadores pré-definidos, como: - Os resultados das provas de aptidão de final de curso; - As taxas de conclusão; - A inserção no mercado de trabalho. Guias de aprendizagem interativos Ao longo de 25 anos foram muitos os instrumentos pedagógicos desenvolvidos no âmbito do projeto educativo da Escola de Comércio de Lisboa. Os guias de aprendizagem interativos merecem especial destaque pela singularidade dinâmica que introduziram na prática da Escola e de toda a comunidade educativa. Os guias de aprendizagem, mais do que um produto acabado, são entendidos e concebidos como um processo. Um processo aberto, em permanente atualização, construção e aperfeiçoamento e em que participam professores, formadores e alunos. Uma obra inacabada e que anima o dia-a-dia do nosso projeto, o dia-a-dia da nossa Escola. Os guias de aprendizagem interativos são elaborados para cada módulo de cada disciplina. Eles partem de uma matriz única e são trabalhados, ajustados, enriquecidos e adaptados em função das especifici- dades de cada situação. Este trabalho é fruto de uma intensa e dinâmica partilha de conhecimento e experiências entre o corpo docente e os alunos que, ao longo do ano letivo, trabalham o seu guia. O processo de elaboração de cada guia permite, por um lado, que o corpo docente esteja em permanente pesquisa e atualização e, por outro lado, exige dos alunos a mente aberta e a flexibilidade para não se cingirem a um manual estático, mas em constante evolução. Um desafio, portanto, para corpo docente e alunos que partilham um projeto comum que os liga, interliga e acompanha no curso e decurso do percurso pedagógico e formativo. Os guias são assim uma referência, de alunos e professores, o porto de abrigo aos quais vão beber o conhecimento e para os quais contribuem com mais conhecimento, com mais experiências, actualizando- 11
  • 12. Uma escola para a vida. 12 as, contextualizando-as, enquadrando-as e dando-lhes novas e diferentes perspetivas. Os guias de aprendizagem são assim livros abertos, instrumentos de trabalho interativos e dinâmicos e fios condutores da experiência educativa da Escola. Confidências… Pedagógicas! Em 25 anos de existência, muitas foram as histórias e as estórias que poderiam ser aqui descritas. Aqui, em particular confidenciam-se três episódios do livro de histórias da Escola. La vita è bella A primeira viagem a Milão, pela Escola, em 1996, abriu um mar de oportunidades e de sonhos para novos projetos, um novo curso, novos desafios. Capital da moda, do bom gosto, e do design de montras e lojas sofisticadas, Milão foi a cidade escolhida para o périplo de viagens através das quais colhemos informação, experiência e inspiração. No vocabulário da Escola passou a estar o vitrinismo e o visual merchandising, banalizando-se frases como “as montras falam, silenciosamente, mas falam”. A viagem a Milão, tal como as outras que se lhe seguiram a Paris, a Barcelona e a Londres, permitiu construir, de raiz, um novo curso de vitrinismo, inexistente em Portugal. A existência de workshops ministrados por criativos da moda não era suficiente para suprir as necessidades de comerciantes e empresários que nos diziam que “a montra não vendia”. A verdade é que não bastava a parte visual. E aqui entra o vitrinismo e o visual merchandising. Um e o outro dão lugar “a montras que falam” e, sobretudo, que vendem. A criação deste novo curso apenas foi possível pelo entusiasmo e apoio de inúmeras entidades parceiras. Por um lado, beneficiámos da experiência de escolas internacionais que há muito desenvolviam cursos de vitrinismo e, por outro lado, da Cenatex, em Guimarães, a escola profissional nacional, parceira neste projecto. Olhar para belíssimas montras, passeando pelas ruas de Milão ou de outras cidades, incluindo Lisboa,
  • 13. Uma escola para a vida. 13 passou a fazer parte das rotinas profissionais de todos os colaboradores da Escola. Tirar fotografias a montras de excelência passou a integrar uma das nossas boas práticas pedagógicas. Encontro pedagógico ao serviço do ensino profissional O dia 28 de janeiro de 2003, acolheu pela primeira vez o encontro pedagógico que juntou na Escola cerca de 40 escolas profissionais e mais de 160 participantes. Mais importante do que o dia em si, intenso, é certo, foi o processo de preparação do encontro e as suas implicações e impacto para o futuro. O encontro começou a ser preparado um ano antes. Foram inúmeras as reuniões de trabalho para a escolha dos temas, a definição de metodologias, a calendarização e o planeamento das intervenções. Todos, sem exceção, apresentaram e estiveram envolvidos na troca de ideias e experiências profissionais e pedagógicas que ainda hoje são lembradas. Apresentações de excelência. O encontro permitiu gizar muitos pilares que ainda hoje fazem parte do dia-a-dia da Escola e do seu projecto educativo, como a descoberta dos fundamentos pedagógicos de cada temática e a sistematização do conhecimento. Um marco fundamental. Retrato do urbanismo comercial A experiência censitária está em regra associada à população. O exercício é, contudo, passível de estender-se a todas áreas da vida. O comércio não é, por isso, exceção. A Câmara Municipal de Lisboa há muito que tentava manter atualizada a fotografia do comércio e dos serviços na cidade. Os parcos recursos existentes conduziam a exercícios inevitavelmente incompletos e sempre inacabados. Quando o exercício era dado por concluído já estava há muito desactualizado. A juventude, a motivação e a disponibilidade da Escola permitiram tornar o exercício eficaz. Os três ou quatro funcionários camarários que palmeavam as ruas de Lisboa foram, num projeto pedagógico e socialmente inovador, acompanhados pelo corpo docente e pelos alunos da Escola que, em cerca de 8 dias úteis, fizeram o levantamento exaustivo do comércio e dos serviços na cidade de Lisboa. Uma aventura. Um desafio. Um exercício útil para a cidade, que assim pôde ter um retrato fiel e atualizado da sua dinâmica comercial, e vantajoso para a Escola, por ter proporcionado aos alunos e aos docentes uma
  • 14. Uma escola para a vida. experiência pedagógica inovadora no quadro da realidade comercial e dos serviços da cidade. Novas apostas Não formamos Chefs, mas formamos jovens que pretendem trabalhar em realidades de restauração e hoteleira de excelência. Portugal faz parte dos roteiros gastronómicos mundiais. Os restaurantes, hotéis e bares multiplicam-se, enchendo as cidades de dinamismo e cor. O contacto permanente com jovens e empresários e o posicionamento da Escola na antecipação de tendências deram o mote para a criação no início de 2014 de um novo projeto, numa nova área, a restau- ração. Integrado no modelo pedagógico das empresas de treino, a Escola criou e tem acarinhado com especial motivação o ECL Restaurante. Nele pode apreciar uma experiência de atendimento de excelência, propor- cionada pelos alunos da Escola que servem refeições completas precedidas por uma caipirinha ou mojito absolutamente refrescante e com 0% de álcool. III. A EQUIPA Os alunos Todos os jovens que se candidatam a ingressar na Escola de Comércio de Lisboa passam por um Processo de Orientação de Perfil para que a Escola tenha uma mais clara perceção das motivações dos que serão seus potenciais alunos e para que os mesmos possam escolher, informadamente, o seu caminho. O processo consiste num conjunto de atividades onde se pretende dar a conhecer os cursos da Escola e, simultaneamente, o potencial de cada candidato, nomeadamente através de testes psicotécnicos e de uma entrevista individual. O perfil do aluno da Escola de Comércio de Lisboa é um jovem dinâmico, audaz, curioso e, claro, com vocação para o setor do Comércio e Serviços, pois é neste setor que se centra fundamentalmente a oferta formativa da Escola. 14
  • 15. Uma escola para a vida. Os colaboradores Escolher trabalhar em educação não é escolher um emprego, nem sequer é escolher um trabalho, é fazer uma opção de vida. Contribuir para o crescimento e para a realização de outros como pessoas e como profissionais, constitui a nossa forma de realização profissional e contagia a nossa realização pessoal. Escolher trabalhar em educação é assim, por essência, escolher participar numa parceria criativa e num trabalho em rede, para acompanhar a diferença e induzir a autonomia e enriquecimento do outro. O colaborador na Escola de Comércio de Lisboa tem a convicção de que a razão de ser do seu trabalho é a aprendizagem, e que através dessa aprendizagem se está a contribuir para o desenvolvimento social, económico e cultural do mundo em que se insere. Esta aprendizagem é assumida em sentido amplo, na medida em que não consiste apenas no desenvolvi- mento de determinados conhecimentos, competências e atitudes, mas dá antes enfoque à capacidade de tornar o aluno capaz de gerir com autonomia e sucesso estes conhecimentos, competências e atitudes, num percurso pessoal e profissional gratificante, ao longo da vida. Neste paradigma, a descoberta e o ensaio não caracterizam apenas a estratégia pedagógica. Descoberta, antecipação, inovação e mudança são dimensões chave da nossa Escola. A gestão da margem de incerteza é integrada na estruturação da nossa ação individual e estratégia empresarial. Este paradigma de trabalho subentende a capacidade de planear, organizar e gerir uma atividade em rede e interativa, onde a imprevisibilidade é considerada, não uma dificuldade, mas uma riqueza em si mesma. Conhecer, partilhar e operacionalizar a missão da Escola é responsabilidade de todos os seus colabora- dores na medida em que a assunção desta filosofia de trabalho requer uma interiorização que vai além do conhecimento de regras e de procedimentos organizativos, de disposições legais e institucionais. O grau de responsabilização pelos objetivos a atingir, pela parte ou pelo todo organizacional, assume maior dimensão. É com orgulho que afirmamos que a equipa da Escola de Comércio de Lisboa é coesa e empenhada. Todos trabalham com a convicção de que cada dia dão o seu melhor. 15
  • 16. Uma escola para a vida. Os parceiros O projeto educativo da Escola é indelevelmente marcado pela forte aprendizagem nas empresas. Esta aprendizagem ocorre em vários momentos ao longo do curso dos nossos alunos. A Escola aposta ainda na mobilidade internacional em empresas na União Europeia com vista a promover uma verdadeira conscien- cialização e experimentação da cidadania europeia. O apoio incansável, constante e contínuo dos nossos parceiros é a chave para o sucesso do nosso negócio pedagógico. IV. Trabalho, trabalho, trabalho A Escola de Comércio de Lisboa procura há 25 anos corresponder aos desafios de uma sociedade cada vez mais complexa e exigente, na qual o sucesso pessoal e profissional depende, cada vez mais, da qualidade da formação recebida. Sem uma cultura de trabalho, exigência e rigor não é possível proporcionar uma formação de qualidade. A educação é a arma mais poderosa que podemos usar para mudar o mundo – Nelson Mandela A Direção. Piedade Redondo Pereira 16
  • 17. A EQUIPA Uma escola para a vida. 17 No dia 16 de outubro de 2014, a objetiva captou a maior parte dos membros da então equipa pedagógica da Escola de Comércio de Lisboa. Os não presentes nesta montra não são nem serão seguramente esquecidos. Todos fazem parte da Equipa da Escola de Comércio de Lisboa.
  • 18. 18
  • 19. Uma escola para a vida. 25 TESTEMUNHOS| 25 MARCOS 19 Nas páginas seguintes, encontram-se reunidos 25 testemunhos e 25 marcos que pretendem refletir, de forma resumida, a história e estórias da Escola de Comércio de Lisboa durante os seus 25 anos de existência.
  • 20. Uma escola para a vida. Miguel van Uden A Escola de Comércio de Lisboa foi sem dúvida um marco na minha vida. Foi lá que conclui o meu curso de comércio. Depois de um ano nos E.U.A. na Universidade de Nassau e outro ano em gestão na Lusíada, decidi iniciar a minha vida profissional e para isso muito contribuíram os conhecimentos adquiridos no curso e estágios profissionais. Sentia-me preparado para enfrentar o mundo profissional com estas experiências anteriores. Fiz dois ciclos de 5 anos em duas empresas distintas. Uma empresa Portuguesa de Merchandising e uma multinacional inglesa de consultoria imobiliária. Em ambos os casos os conhecimentos adquiridos na Escola foram importantes mas sobretudo a vivência de duas realidades distintas. Quando iniciei o meu projeto pessoal com a abertura de um restaurante na Av. da Liberdade, lembro- me o quão importante foi o que aprendi na ECL. Muitas vezes consultei o meu projeto de final de curso para auxílio do business plan da minha nova empresa. Depois desse restaurante, criei, juntamente com os meus dois sócios, o projeto h3-hambúrguer gourmet. É com muito orgulho que hoje em dia colaboro com a ECL como orientador profissional do curso de restauração-bar e júri de PAP. As diferenças entre a ECL do meu tempo e a ECL de hoje são abismais depois de 25 anos. A ECL é um projeto vencedor onde se pode ver profissionalismo, empenho e sobretudo um grande espírito de equipa. Muitas vezes comparo o espírito existente na ECL ao da minha empresa. Só assim se consegue ter sucesso !!!!! TESTEMUNHO Curso de Técnico de Comércio 1989/1992 h3 – Hambúrguer Gourmet Sócio Fundador 20
  • 21. Foi com o Marquês de Pombal que surgiu a necessidade de formar um grupo de profis- sionais qualificados e com capacidade para trabalhar em prol do desenvolvimento económico e social do país. Estes profissionais eram necessários para acompanhar e desenvolver a gestão das companhias monopolistas então em grande expansão. Terá sido durante a sua estadia em Londres (1738-1743) que o Marquês terá começado a pensar na necessidade de criar uma escola exclusivamente dedicada a profissionais que desenvolvessem a sua atividade no setor do comércio, o que viria a concretizar-se com a criação da Aula de Comércio. Ainda em Londres, o Marquês terá iniciado uma coleção de livros muito significativa e muito diversificada acerca de matérias comerciais, desenvolvendo uma rede de contac- tos com pessoas da àrea económica e pedagógica, aumentando os seus conhecimentos frequentando aulas e conferências. Na sua carta de 1742 ao Cardeal da Mota (Primeiro-ministro), o Marquês refere a importância do comércio e a necessidade de desenvolver as competências de todos aqueles que trabalham nesta área. Nesta carta, o marquês terá apresentado desde logo uma grelha curricular que estaria na base da Aula de Comércio. Génese e Nascimento da Escola de Comércio de Lisboa 21 MARCO
  • 22. A Aula de Comércio de Lisboa foi a primeira escola oficial de ensino do comércio em todo o mundo. Esta afirmação pode ser encontrada na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira (1981). Em discurso na Assembleia Nacional, dois deputados (Fernandes Prieto em 1947 e Martins Cruz em 1964) corroboram a afirmação, referindo que, na segunda metade do século XVIII, Portugal assumiu um papel precursor em relação às outras nações no ensino técnico do comércio. O ensino profissional, na aceção que dele temos hoje em dia, nasceu concretamente em 1989, através da criação de escolas profissionais. Este movimento resultou da inicia- tiva de diferentes entidades, públicas e privadas, como autarquias, instituições da socie- dade civil, empresas, sindicatos, fundações, entre outras. A Escola de Comércio de Lisboa surgiu nos finais do ano de 1989, por iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa – e, em particular, do seu Pelouro de Abastecimento e Consumo – consciente da insuficiência de recursos humanos qualificados no setor do Comércio e Serviços, indispensáveis à modernização do próprio setor, bem como à viabilização e competitividade das empresas, essencialmente PME do nosso país. 22
  • 23. À iniciativa da Autarquia de Lisboa, associaram-se desde o primeiro momento outras três instituições determinantes para a qualidade, solidez e coerência do projeto educa- tivo do que é hoje a Escola de Comércio de Lisboa: a, então, União das Associações de Comerciantes do Distrito de Lisboa (UACDL), a Ensinus – Estabelecimentos de Ensino Particular, S.A. e a, então, Confederação do Comércio Português (CCP). Estas quatro Instituições reuniram-se, formando a Aula de Comércio - Estudos Técnicos e Profission- ais, Lda., com o objetivo de constituir a Escola de Comércio de Lisboa. O primeiro dia de aulas foi em 16 de outubro de 1989. O Contrato Programa que oficialmente criou a Escola foi assinado três meses depois, em 6 de dezembro, pelos, então, Primeiro-ministro, Aníbal Cavaco Silva; Ministro da Educação, Roberto Carneiro; Ministro do Comércio, Joaquim Ferreira do Amaral; Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Nuno Krus Abecasis; Presidente da CCP, Manuel Gamito; Presidente da UACDL, José Ferreira de Matos e Presidente do Grupo Ensinus, Jacinto Jorge Carvalhal. Nasceu assim, oficialmente, a Escola de Comércio de Lisboa. 23
  • 24. Uma escola para a vida. Leonilde Correia A Escola de Comércio de Lisboa semeou em mim a vontade de ser uma profissional de excelên- cia. O facto de ter tido professores que me estimularam com o seu profissionalismo e de ter estagiado em algumas das melhores empresas do nosso tecido empresarial deu-me uma visão mais alargada para desempenhar as minhas funções como Técnica Oficial de Contas, podendo aconselhar melhor os meus clientes. TESTEMUNHO Curso de Técnico de Comércio 1989/1992 Leoniscontas Unipessoal, Lda. Técnica Oficial de Contas 24
  • 25. O projeto educativo da Escola de Comércio de Lisboa é, desde o início, aberto ao exterior, sobretudo às influências que possam acrescentar valor. A Escola tem como objetivo que todos os alunos e formadores que por ela passem tenham a oportunidade de obter uma experiência num Estado-membro da União Europeia. Pretende-se, assim, contribuir para abrir novos horizontes profissionais e pessoais aos jovens, para a efetiva mobilidade destes na Europa, fomentando uma mentalidade de cidadania europeia. Estas experiências vão grandemente ao encontro dos interesses dos jovens que apreciam a possibilidade que lhes é facultada de conhecer “novos mundos”, comparando realidades profissionais e comerciais na União Europeia. Logo na fase de constituição, a Escola enquadrou-se no programa comunitário Petra, que permitiu estabelecer uma parceria com o Lycée Professionnel Chalon sur Saône, uma escola francesa de ensino profissional com cursos idênticos aos da Escola. Esta parceria beneficiou significativamente o projeto educativo da Escola, em particular no desenvolvimento e gestão curricular, e possibilitou o intercâmbio de alunos e forma- dores, acelerando o processo evolutivo e inaugurando uma tradição de relações com o exterior. A Escola desenvolve há mais de 20 anos vários projetos no âmbito de mobilidade de cariz europeu, destacando-se os programas Sócrates e Comenius. Nos últimos 16 anos, Visão Europeia 25 MARCO
  • 26. o programa Leonardo da Vinci – Pessoas no Mercado de Trabalho tem permitido um trabalho intenso e muito gratificante. Em 2010, a Escola obteve a primeira Certificação em Mobilidade pela Agência Nacional para o Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida, atualmente Agência Nacional Erasmus+ Educação e Formação. Esta certificação mantém-se até à data, desta feita, com o projeto Leonardo da Vinci, implementando o Ecoljovem XV (1999-2014). A integração nestes projetos permite à Escola: 1. Apoiar os jovens na realização de estágios curriculares em diferentes Estados- membros da União Europeia; 2. Apostar na contínua melhoria da qualidade e inovação das práticas da Escola através de um diálogo permanente com diversas empresas no mercado europeu; 3. Aumentar a atratividade da formação profissional, tornando estes projetos de mobilidade uma característica no 2.º ano de formação dos cursos da Escola; 4. Contribuir para uma maior qualidade e transparência no que diz respeito ao recon- hecimento de competências e qualificações, utilizando, entre outros, os documentos 26
  • 27. Europass. Estes projetos têm demonstrado ser uma experiência enriquecedora para os jovens que neles participam tanto no plano organizacional e tecnológico, como no plano de cresci- mento pessoal. Sendo experiências de aprendizagem profissional em contextos multi- culturais, a participação nestes projetos permite aos jovens sedimentar competências técnicas e linguísticas e constituem uma oportunidade ímpar para o desenvolvimento de uma mundivisão mais abrangente e flexível, geradora de sinergias profissionais e, muitas vezes, de novas oportunidades de negócio e visão empreendedora. Em 2013, a Escola atribuiu pela primeira vez o prémio Erasmus+, um prémio atribuído pela Câmara Municipal de Lisboa à Melhor Inserção Profissional Erasmus+, ou seja, ao aluno que, cumulativamente a uma avaliação de estágio de Muito Bom, tenha demon- strado particular resiliência, adaptabilidade, espírito de equipa e de comunhão ao longo da sua participação no projeto de mobilidade. 27
  • 28. Uma escola para a vida. Elsa Farinha Foi aluna piloto, número 29, na ECL (89 a 92). Naquele tempo achei estranha a metodologia da Escola para a seleção dos alunos. A minha mãe inscreveu-me. Fui chamada para uma entrevista na qual fui selecionada mais tarde. Se hoje este processo parece natural, naquela altura foi uma novidade. É com bons olhos que ainda hoje tenho em memória aqueles tempos, não só pela boa aprendizagem, professores e funcionários (não esquecendo a Florinda e o Rui, ainda ambos presentes na Escola). Curiosamente não usávamos livros (com uma ou duas exceções) e tudo funcionava muito bem. Estava tudo coordenado. Sinto que tive um grande apoio emocional o que valorizou muito a minha auto-estima na altura. Isto tudo fez com que criássemos uma confiança muito maior nos objetivos que tínhamos que alcançar nos trabalhos e estágios na altura. No final do curso, fui para a Livraria Barata (Leya na Barata) Av. Roma, onde permaneci 12 anos. Mais tarde abri a minha própria papelaria. Ainda hoje temos um grupo de amigos da Turma B no qual convivemos e fazemos convívios. Obrigada ECL por parte do que sou hoje! Obrigada Professor Germano. TESTEMUNHO Curso de Técnico de Comércio 1989/1992 Movimento Emáus Voluntária 28
  • 29. A forte ligação da Escola de Comércio de Lisboa ao mundo empresarial é a sua imagem de marca. A atividade da Escola ficaria muito aquém se não pudesse contar com o apoio de empresas, instituições e profissionais de todas as áreas do setor do Comércio e Serviços. Sempre com o objetivo de fortalecer a ligação ao mundo empresarial, o trabalho em parceria é um dos grandes princípios da Escola. Esta metodologia permite obter informação atualizada sobre o setor e os seus novos desafios, proporcionar aos alunos uma formação alargada, pertinente e útil ao desenvolvimento da sua carreira profis- sional, divulgar empresas, instituições, marcas e profissionais de prestígio. Neste âmbito, a Escola constituiu em 1991 o Fórum de Empresários, um órgão consul- tivo da Escola composto por um grupo de cerca de 20 empresários provenientes dos mais diversos ramos do Comércio e Serviços. No ano em que comemora os seus 25 anos, o Fórum de Empresário é composto por Ana Cristina Iglésias da Costa – ILC (Investigação); António Sampaio de Mattos – APCC (Institucional); Carla Salsinha – UACS (Institucional); Cristina Costa – Pop Attack (Agência de Comunicação para o Retalho); Fernando Ramirez – ÉVORACOR (Tintas); Gustavo Brito Fórum de Empresários 29 MARCO
  • 30. - PARIS SETE (Decoração); Isabel Quintino – QUIMAR (Madeiras); Jorge Aguiar – Mercedes Portugal (Automóveis); José Ferreira de Matos – INSTANTA (Fotografia); Lourenço Silveira – Sonae (Alimentar); Maria João Bahia – MARIA JOÃO BAHIA (Design de Joias); Pedro Guerra – CAETANO BAVIERA (Automóveis); Pedro Miguel Costa – LOJA DAS MEIAS (Vestuário); Pedro Feist – CONCENTRA (Brinquedos); Pedro Pulido Valente – HORTO DO CAMPO GRANDE (Jardinagem); Ronald Brodheim - GRUPO BRODHEIM (Vestuário). Esta diversidade de setores, de áreas de atividade, de metodologias e formas de organi- zação e operacionalização da prática de Comércio e Serviços é uma mais-valia para os alunos, docentes e para a Escola, no seu todo, como também para os próprios empresários que, através deste Fórum, podem partilhar experiências, aprender uns com os outros, estabelecer contactos e promover de forma construtiva e colaborativa o desenvolvimento do setor do Comércio e Serviços. O Fórum de Empresário reúne anualmente, mantendo os seus pares e toda a comuni- dade educativa da Escola informados dos novos desafios que o setor enfrenta, acom- panhando e avaliando as atividades desenvolvidas pela Escola e contribuindo para a divulgação e afirmação desta no exterior. 30
  • 31. 31 A Escola de Comércio de Lisboa orgulha-se das excelentes relações que mantém com instituições e profissionais de todas as áreas do setor do Comércio e Serviços, que encaram a Escola como um lugar a que vale sempre a pena regressar.
  • 32. Uma escola para a vida. Paula Carapinha A Escola de Comércio de Lisboa, foi um espaço onde pude aprender, conviver e crescer, a nível pessoal e escolar. Sendo aluna do primeiro ano, muitas coisas novas aconteceram, como uma experiência enriquecedora a todos os níveis, e partilhada por todos. Tinha apenas 14 anos quando entrei para a Escola de Comércio, e era tudo novo. O grupo de amigos / colegas, as matérias, os inquéritos que tivemos que fazer na rua, e os estágios Saliento como ponto positivo, o nível de interesse de alguns formadores, que foram pessoas importantes para o meu crescimento como pessoa. A componente prática e com um nível de matérias completamente transversal, do Curso de Técnico de Comércio, foi também fundamental. Permite-nos ter uma visão mais concreta da realidade, e essa é a verdadeira escola, podemos fazer a ponte entre o que se aprende nas aulas e aplicar os conhecimentos adquiridos. Hoje, 25 anos depois, continuo ligada ao Comércio / Serviços, e tenho uma empresa que se chama Missão Possível. Trabalhamos na área dos Eventos, Animação Infantil e Decorações com Balões. A Missão Possível existe desde 1998, e o mais importante é sempre conseguir adaptar o nível de qualidade de serviço ao cliente tipo que temos. O mercado tem evoluído muito, e há que saber acompanhá-lo. Investir em formação é fundamental, sempre direcionados para o cliente. TESTEMUNHO Curso de Técnico de Comércio 1989/1992 Missão Possível Gerente 32
  • 33. Um jornal é o que ele publica e o seu público. O público de um jornal escolar é a sua comunidade e o setor de atividade que a acompanha. No caso da Escola de Comércio de Lisboa, o jornal escolar tinha inevitavelmente de ter o seu enfoque no setor do Comércio e Serviços. Os primeiros trabalhos em torno da criação do jornal escolar da Escola iniciaram em 1992. O primeiro número viria apenas a sair anos mais tarde, em outubro de 1996. Imagens do Comércio foi o nome escolhido para o jornal da Escola de Comércio de Lisboa. Aos alunos e formadores da Escola cabia a redação dos textos. Rui Delgado e Cristina Costa eram os responsáveis pela produção e edição. A direção estava a cargo de Piedade Redondo Pereira. Na capa do primeiro número de Imagens do Comércio, assinalava-se a primeira Aula de Comércio, momento que marcou oficialmente o início do ano letivo de 9 de outubro de 1996. A Aula foi lecionada por José Ferreira de Matos, então Presidente da União das Associações dos Comerciantes do Distrito de Lisboa. Fotografias e reportagens anima- vam as páginas, em suporte papel, do jornal. Imagens do Comércio evolui, dando lugar ao ECL News, o atual jornal da Escola de Jornal Escolar 33 MARCO
  • 34. Comércio de Lisboa. Exclusivamente online e com uma periodicidade trimestral, o ECL News tem uma imagem renovada. Mais imagens, mais movimento. O jornal está mais fresco e dinâmico. Contudo, ele mantém a linha editorial do seu antecessor. O jornal pretende refletir os valores que norteiam o projeto pedagógico da Escola de Comércio de Lisboa: pluralismo, dinamismo, inovação e credibilidade. O primeiro número do ECL News saiu em dezembro de 2013 e, volvida quase uma década, a capa – deliberadamente – voltou a destacar o evento que marca o início do ano letivo na Escola de Comércio de Lisboa, desta vez, a Aula Inaugural do ano letivo 2013-2014. O jornal é fundamentalmente criado pelos alunos e para os alunos, contando contudo com a contribuição de formadores, colaboradores, antigos alunos e empresários. As notícias têm por base o trabalho desenvolvido pelos alunos e pela restante comunidade educativa ao longo do ano letivo, não faltando portanto a referência às inúmeras visitas de estudo em território nacional e no estrangeiro, conferências, seminários, workshops, estágios nacionais e internacionais e todos os projetos interdisciplinares promovidos pela Escola. No ECL News, podem também ser encontradas sugestões de leitura, filmes, peças de teatro ou concertos. Entrevistas, testemunhos de alunos e antigos alunos, bem como oportunidades de estágio fazem parte do alinhamento editorial do jornal. Para 34
  • 35. todos aqueles que participam na preparação do ECL News, o desafio está mesmo em selecionar a informação! “Quem faz o jornal não são os redatores; são os leitores.” – Émile de Girardin Boas leituras! 35
  • 36. Uma escola para a vida. Hélder Carmo Foi há 25 Anos que entrei na ECL, a qual funcionava nas instalações da Associação de Comerciantes de Lisboa, na Rua Castilho n.º 14 – Lisboa. Foram três anos (1989 a 1992) que me marcaram para sempre, de forma bastante positiva e que em muito contribuiu para o meu enriquecimento cultural, profissional e pessoal. Ainda hoje, em conversas com o meu Pai, lhe agradeço o facto de me ter obrigado a ir para o Curso de Técnico de Comércio na ECL. Tive o privilégio de conhecer professores esplêndidos, aos quais agradeço. Parabéns a todo o Corpo Docente e a todos aqueles que contribuíram e continuam a contribuir para o sucesso da ECL. Obrigado! TESTEMUNHO Curso de Técnico de Comércio 1989/1992 Unidade Nacional de Contra-Terrorismo da Policia Judiciária Inspetor 36
  • 37. Em 1989, a Escola de Comércio de Lisboa abriu as portas no 1.º andar do edifício da, então, União das Associações dos Comerciantes do Distrito de Lisboa, na Rua Castilho n.º 14 em Lisboa. As instalações da Escola limitavam-se a apenas cinco salas: duas para aulas, uma para informática, outra para a direção e outra onde funcionava o secretari- ado. As aulas de Educação Física eram lecionadas nas instalações do Ateneu Comercial. As instalações foram, na altura, as possíveis e aquelas que permitiram o arranque do projeto. O crescente número de alunos e com eles a necessidade de contratar mais docentes, mais auxiliares e de dotar a Escola de mais meios para fazer face à realidade de um projeto educativo exigia uma mudança de instalações. Em 1990, a Escola de Comércio de Lisboa viria assim a transferir-se para o edifício da Standard Elétrica na Travessa da Galé n.º 36 (à Junqueira), em Lisboa, edifício datado de 1948, da autoria do arquiteto Continelli Telmo. As, então, novas instalações eram compostas por salas de aula, de informática, biblioteca, anfiteatro, bar, sala da direção e direção pedagógica, sala de professores, secretariado, ginásio e um átrio amplo que permitia acolher exposições temáticas, conferências, seminários, entre outras atividades incluídas no alinhamento pedagógico da Escola. Três anos mais tarde, em 1993, a Escola do Comércio de Lisboa volta a mudar de insta- Rumo às Atuais Instalações 37 MARCO
  • 38. 38 lações, transferindo-se para aquelas que passariam a ser as suas instalações atuais, na Rua Vice Almirante Augusto de Castro Guedes, n.º 51 (frente ao então RALIS), em Lisboa. Na base desta mudança esteve a existência de uma escola secundária na altura inativa, com espaço amplo que permitiria à Escola crescer e expandir-se. Ao longo dos anos, a Escola tem vindo a proceder ao alargamento e modernização gradual das suas instalações. O aumento do número de alunos exigiu mais salas de aulas e a sua constante manutenção, renovação e atualização. Foram igualmente disponibilizadas mais salas de informática, mais bem apetrechadas e sofisticadas de forma a responder aos avanços das novas tecnologias e às expectativas dos nossos alunos. Mas não só. A Escola viu nascer espaços próprios, conceitos inovadores e pioneiros. São assim de assinalar as nossas empresas de treino. Estas pretendem disponibilizar aos alunos oportunidades únicas, dinâmicas e interativas de operacionalizar e por em prática as aprendizagens adquiridas em sala de aula. Neste âmbito, destacam-se a ECL Papelaria, a ECL Alimentar, a ECL Visual Merchandising, a ECL Concept, a ECL Informática e o ECL Restaurante. Em implementação, estão novos espaços como uma incubadora de ideias, onde os
  • 39. alunos podem desenvolver os seus projetos de empreendedorismo, e um contact centre pedagógico, que permitirá aos alunos, via telefone, desenvolver competências de atendimento, venda e fidelização de clientes. A Escola de Comércio de Lisboa orgulha-se de estar em constante transformação, ajustando e adaptando o seu espaço e os seus espaços em função das necessidades, tendências e da evolução das práticas pedagógicas e do setor do Comércio e Serviços. 39
  • 40. Uma escola para a vida. Nuno Figueiredo Em 1993, quando tomei a decisão de arriscar e mudar para um novo modelo de ensino (profissional), senti que era a última oportunidade na vida para estudar, aprender matérias diferentes, algo que me ajudasse a encontrar um caminho e orientação para a vida, o que ao nível académico ainda não tinha conseguido. Foi então que ingressei na Escola de Comércio de Lisboa. Aí entendi a forma como a economia real, os negócios e as empresas funcionavam, como se comporta- vam os “mercados”. Percebi o que era a minha vocação, o queria fazer e que profissional queria ser, empresário! Fui empresário durante 16 anos de um negócio pensado e planificado na Escola de Comércio de Lisboa. Atualmente nas funções que desempenho sou responsável pelo desenvolvimento da estratégia comercial do Parque Industrial Prebuild, instalado na Colômbia e cujos mercados de atuação são os países do Centro e Sul América. Se hoje desempenho estas funções, foi também porque, na Escola de Comércio de Lisboa, adquiri competências em “Vender”, Gerir, Empreender, onde aprendi e descortinei uma visão global das relações, da economia e negócios. A Escola ensinou-me a ser assertivo e determinado, a acreditar, a confiar nas minhas capacidades, a ser persistente e nunca desistir! Ensinou-me a “saber-ser”, a “saber-estar” e a “saber-fazer”, com qualidade e convição! Mais do que uma Escola para a vida, é também a minha Escola de vida, para toda a vida...! Orgulho-me de ter estudado na Escola de Comércio de Lisboa. TESTEMUNHO Curso de Técnico de Comércio 1991/1995 Prebuild SGPS International Sales Administrator (CCO) & Executive Sales Director 40
  • 41. Comércio em Cidades Históricas é um projeto interdisciplinar que, desde 1994, é lançado aos alunos no início do seu percurso na Escola e que é desenvolvido ao longo do primeiro ano de cada curso. O desafio proposto aos alunos, enquanto futuros profissionais na área do Comércio e Serviços, é a projeção de novas soluções, propostas de produtos e serviços adaptados a cada um dos locais da cidade, para a dinamização, revitalização e promoção destes locais, tendo por base exemplos de sucesso de outros centros históricos, como Londres e Barcelona. O projeto consiste nas seguintes fases: 1. A primeira fase passa por pesquisas realizadas pelos alunos com o objetivo de recolher informação que lhes permita desenhar uma resenha histórica do espaço objeto de estudo, incluindo a génese e a evolução socioeconómica do espaço, bem como a evolução do seu tecido comercial. Esta fase termina com uma visita de estudo de reconhecimento da área de intervenção. 2. A segunda fase passa pela elaboração de um estudo de mercado, que permite aos alunos caracterizar o tecido comercial nas áreas de intervenção, bem como a Comércio em Cidades Históricas 41 MARCO
  • 42. realidade sociocultural dos consumidores e o levantamento das necessidades dos vários agentes. 3. A terceira consiste numa fase de dinamização, em que os alunos são convidados a elaborar um plano com propostas de intervenção. 4. A quarta fase do projeto inclui a realização de uma visita de estudo a Londres, patrocinada pela União das Associações de Comércio e Serviços, onde os alunos, acompanhados pelos professores, têm a possibilidade de experienciar uma realidade diferente daquela em que trabalharam ao longo do ano. Esta viagem coincide com o término do primeiro ano de cada um dos cursos. 5. A última fase do projeto, que tem lugar no início do ano letivo seguinte, corre- sponde à apresentação do trabalho desenvolvido pelos alunos na Casa do Comércio, sede da União das Associações de Comércio e Serviços. As áreas de intervenção são diversas e vão desde o centro histórico de Lisboa, como a Baixa-Chiado e a Mouraria, cujo modelo de crescimento tem muitas vezes levado à estagnação da atividade comercial, até ao comércio dos Olivais, zona envolvente à Escola e com um tipo de comércio de proximidade, diferente do que se encontra no 42
  • 43. centro da cidade. O projeto tem o objetivo de sensibilizar os alunos para a importância do comércio local, possibilitar-lhes o contacto com o tecido comercial e com os stakeholders locais e contribuir para a revitalização e modernização deste tipo de comércio. o projeto permite também, consciencializar os alunos para a importância dos formatos de comér- cio e a estrutura socioeconómica e geográfica da comunidade envolvente, promover a capacidade de pesquisa e organização da informação recolhida, fomentar o espírito de trabalho em equipa e desenvolver a capacidade de expressão e comunicação. A partir de 2014, Amar Lisboa será o nome deste projeto, que, acompanhando a evolução da cidade de Lisboa, pretende colocar a tónica – já não tanto na revitalização da cidade – mas sobretudo na sua promoção e divulgação. 43
  • 44. Uma escola para a vida. Cláudio Moreno O Curso é uma ferramenta valiosa para os futuros candidatos que queiram ingressar no setor do comércio e distribuição em Portugal. Penso que qualquer candidato que venha a ingressar na Escola de Comércio de Lisboa sai da escola com uma visão estratégica e transversal de todas as áreas de atividade, desde as tecnologias de informação, marketing e merchandising. A escola tem todas as ferramentas de trabalho que me permitiram ao longo dos anos fazer uma carreira interna de sucesso no Grupo Jerónimo Martins. Certamente que a frequência na Escola de Comércio de Lisboa foi um ponto de viragem na minha vida pessoal e académica, pois vinha de uma realidade muito diferente, ou seja, o ensino estatal, para um curso técnico-profissional, em que fui muito bem acolhido e integrado a todos os níveis. Na Escola de Comércio de Lisboa estabelece-se uma ligação muito forte e estreita entre professor e aluno ao longo dos 3 anos letivos. Foi uma experiência única e enriquecedora, que me permitiu tomar contacto com a realidade empresarial através dos estágios práticos ao longo dos 3 anos, da ligação teórica, da aquisição de conceitos e regras. Aprendi e cresci com pessoa, sendo que foram 3 anos de grandes desafios que foram muito úteis nesta troca entre a escola e a minha pessoa, como aluno e, atualmente, como ex-aluno, com grande reconhecimento por parte da Escola, à qual tenho de agradecer. Em conclusão, penso que a frequência na Escola de Comércio de Lisboa me deu as bases necessárias para a minha caminhada nesta grande atividade profissional. TESTEMUNHO Curso de Técnico de Comércio1994/1997 Pingo Doce District Manager 44
  • 45. Em 1996, a Escola de Comércio de Lisboa, em conjunto com outras entidades formado- ras, iniciou uma parceria transnacional no âmbito do Programa Leonardo da Vinci (1996-1999), desenvolvendo um projeto-piloto com o objetivo de definir o perfil europeu do Vitrinista e estruturar o primeiro curso transnacional de Técnico de Vitrin- ismo. Este projeto foi apoiado pela Comissão Europeia. Além da componente formativa, o projeto-piloto abarcou a iniciativa de certificar a nível europeu a profissão de Visual Merchandiser, visando responder às exigências do mercado de trabalho. Já na altura se considerava esta profissão fundamental no contexto europeu e também nacional, denotando-se uma aposta crescente das empre- sas em profissionais capazes de comunicar silenciosa mas eficazmente com um consu- midor cada vez mais atento e seletivo, mais sensível e recetivo a experiências de compras gratificantes. Durante o desenvolvimento deste projeto-piloto, a Escola participou em inúmeras atividades pedagógicas em conjunto com as restantes entidades envolvidas, nomeada- mente a Escola Profissional Cenatex (Portugal), a Academia Vitrinistica Italiana (Itália), a Escola Window Disseny (Espanha) e a Asociación Nacional de Escaparatistas de España (Espanha). A preparação de materiais didáticos em suporte físico e multimédia que funcionassem como instrumento e-learning foi um dos principais desafios. Federação Europeia de Escolas de Vitrinismo 45 MARCO
  • 46. A criação e a certificação do perfil de Visual Merchandiser implicaram a necessidade de apostar e repensar a formação destes técnicos, atendendo aos novos desafios implica- dos no seu perfil. Esta certificação profissional viria a traduzir-se no projeto “Eurovisual – Perfil Europeu do Vitrinista”. O principal objetivo deste projeto foi a criação do Cartão de Visual Merchandiser, que, ao permitir certificar estes profissionais, facilitaria o recon- hecimento destes no mercado de trabalho. O resultado deste trabalho e as sinergias reunidas permitiram que se avançasse, pouco tempo depois, para a criação da Federação Europeia de Escolas de Vitrinismo (European Federation of Window Dressing Schools) da qual a Escola de Comércio de Lisboa é membro-fundador. Concluídas as etapas inerentes ao desenvolvimento destes projetos, a Escola de Comér- cio de Lisboa volta, no ano de 2012, a candidatar-se com os parceiros antecedentes a um novo programa comunitário, o Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida – Leon- ardo da Vinci. Este novo projeto permitiria o intercâmbio entre entidades formativas de diferentes graus académicos e países, a implementação do Cartão Europeu de Visual Merchandiser, a construção de uma rede europeia de profissionais e estudantes para 46
  • 47. promover a mobilidade profissional e académica nos Estados-membros da União Europeia e a coesão entre associações não-governamentais, escolas, universidades e entidades privadas. Integrar o Vitrinismo e o Visual Merchandiser nas valências da Escola de Comércio de Lisboa e trabalhar lado a lado com entidades europeias com provas dadas nesta área foi um desafio e um privilégio para a Escola e para o projeto educativo e criativo que a norteia, contribuindo, assim, para a modernização do Comércio e Serviços em Portugal. 47
  • 48. Uma escola para a vida. Rui Almeida A minha trajetória na Escola de Comér- cio de Lisboa foi construída com o apoio dos docentes e o benefício da valorização da vertente prática do conhecimento. Ambos me forneceram importantes ferramentas para responder de um modo efetivo às exigências da vida profissional. A Escola de Comércio de Lisboa é sem dúvida uma das mais importantes e valiosas ferramen- tas para o sucesso das nossas vidas seja a profissional seja a pessoal. TESTEMUNHO Curso de Técnico de Comércio 1995/1998 Ambiexpress-Gestão de Resíduos, Lda. Sócio Gerente 48
  • 49. A Escola de Comércio de Lisboa promove todos os anos uma Aula Inaugural. Este é um momento que pretende, por um lado, acolher e dar as boas vindas aos alunos que inauguram a sua caminhada na Escola e, por outro lado, deixar uma palavra muito espe- cial aos alunos que, terminando formalmente o seu curso, inauguram uma nova etapa na sua vida pessoal e profissional. Estes alunos que, na verdade, passaram a ser alumni da Escola, partilharam com colegas e docentes e com toda a comunidade educativa pedaços das suas vidas durante o seu percurso escolar, dando a partir desse momento continuidade aos saberes e às competências adquiridas. A Aula Inaugural é preparada e organizada, com antecedência, pensando-se em todos pormenores que permitam que se torne num momento marcante e único para todos aqueles que nela participam. A Aula é marcada por um tema específico. Muitos foram os temas abordados nas Aulas Inaugurais. A preocupação central foi sempre a de destacar a evolução do setor do Comércio e Serviços em Portugal, bem como a apresentação de casos de sucesso de empreendedorismo não só nacional, mas também internacional. Em cada Aula Inaugural, a Escola procura convidar empresários e personalidades que se têm destacado no setor do comércio e serviços. Todos, com mestria, têm partilhado a Aula Inaugural 49 MARCO
  • 50. sua experiência, o seu percurso e os seus desafios, permitindo contribuir para o enriquecimento efetivo de toda a comunidade educativa. Alunos, antigos alunos e docentes absorvem este saber, saindo destas Aulas mais motivados, mais entusiasma- dos e com vontade de (re)começar, inaugurando o ano letivo ou o seu percurso profis- sional. Porque o trabalho deve ser recompensado e o mérito premiado, o final de cada Aula Inaugural é marcado por uma sessão na qual se procede à entrega de prémios de mérito aos alunos que se destacaram nos diferentes cursos e atividades. A comunidade educativa, os amigos e as famílias, não raras vezes emocionadas, juntam-se para aplaudir os galardoados. As categorias dos prémios atribuídos são: melhor aluno da Escola de Comércio de Lisboa, melhor inserção profissional de todos os cursos, melhor inserção profissional Erasmus+, melhor aluno de cada curso, melhor projeto de suporte à Prova de Aptidão Profissional de cada área de estudo, prémio de assiduidade e prémio ao aluno que mais se destacou na realização dos vários projetos no decorrer do triénio. Nesta mesma cerimónia, duas instituições atribuem prémios de apoio aos alunos que participaram nos projetos interdisciplinares desenvolvidos no primeiro ano dos diferentes cursos, constituindo estes um apoio para a realização da visita de estudo que 50
  • 51. todos os anos a Escola realiza com os seus alunos a Londres. Parabéns aos primos inter pares que beneficiaram destes prémios e das instituições e empresas que os proporcionaram. 51
  • 52. Uma escola para a vida. Samuel Figueiredo Iniciei os meus estudos na Escola de Comércio de Lisboa em 1995 como aluno do curso Técnico Profissional de Marketing. Nessa altura, não imaginava o impacto que as experiências e os conhecimentos adquiridos viriam a ter no meu percurso profissional. Após finalizar o curso, estudei Gestão de Marketing em regime pós-laboral, finalizando a minha licenciatura em 2003. Actualmente sou Gestor de Produto na Würth Portugal que pertence ao Grupo Würth, multinacional líder de mercado na área da fixação e montagem profissional, que está representada em 84 países e por mais de 400 empresas. O meu percurso na ECL foi fundamental para despertar o meu interesse e empreendedorismo pessoal no desenvolvimento da minha carreira como profissional de Marketing. TESTEMUNHO Curso de Técnico de Marketing 1995/1998 Würth Portugal Gestor de Produto 52
  • 53. Uma escola é um local privilegiado de saber, de aprendizagem, de enriquecimento e de crescimento pessoal e profissional, um palco em que todos os atores interagem e mobi- lizam esforços para a criação de espaços cénicos potenciadores das verdadeiras competências dos indivíduos. Na mise en scène da Escola de Comércio de Lisboa, são muitos e muito diversificados os atores que partilham o seu palco, que habitam os vários palcos. Além, naturalmente, dos alunos, professores, encarregados de educação e entidades do poder local e central, as empresas têm na Escola um papel fundamental. A interdependência Empresas – Escola permite e intensifica a aproximação desta à realidade do mercado de trabalho, promovendo a partilha de conhecimento, de experiências, de vivências. Neste âmbito, a Escola desenvolve, ininterruptamente, desde 1997, o projeto Empresas na Escola. O projeto tem na sua base a constituição de parcerias entre a Escola e empre- sas de diferentes partes do país, de diferentes áreas de atividade e setores, bem como de diferente dimensão. Estas empresas tornam-se importantes patrocinadoras da Escola. O projeto arranca no início de cada ano letivo, desafiando-se os alunos, recém- chegados, a realizar uma visita de estudo à empresa que apoia a sua sala de aula. Empresas na Escola 53 MARCO
  • 54. 54 Desde o primeiro dia, o aluno experiencia uma proximidade efetiva com a realidade empresarial. A insígnia da empresa patrocinadora é evidenciada em cada sala. O projeto Empresas na Escola possibilita o desenvolvimento e a implementação de uma estratégia de organização funcional e espacial muito peculiar e ajustada ao alinhamento pedagógico que a norteia. A Escola torna-se palco de muitas montras, organizadas como se de um verdadeiro centro de comércio e serviços se tratasse. Os corredores da Escola têm nomes e as salas são identificadas pela insígnia do patroci- nador que apoia a sala, através de diferentes donativos. A Praça do Comércio, espaço “maior da Escola”, é a sua antecâmara. A Alameda dos Olivais, uma mescla de atividades, dá o nome a um dos corredores da Escola. Na Via das Tecnologias, instalam- se as salas de informática. A Via da Liberdade convida a uma viagem pelo mundo comercial. A Via do Modernismo responde às insígnias viradas para a bricolage e decoração e na Praceta do Chiado, podem encontrar-se diferentes marcas de moda. O auditório, local central e polivalente da Escola, foi batizado Espaço Marquês de Pombal, em homenagem a esta referência da Histórica máxima do nosso país que, em 1759, criou a primeira escola de comércio e, simultaneamente, a primeira escola técnica do país, então designada Aula de Comércio (que, deliberadamente, foi o nome escolhido
  • 55. para a sociedade que detém a Escola). A Escola de Comércio de Lisboa é assim um espaço dinâmico, que se abre às empresas, às raízes da sua história, que são também as raízes da cidade que a acolhe, permitindo aos alunos experiências vivas, práticas, próximas da realidade que encontrarão no mercado de trabalho. A Escola organiza-se, atualiza-se e regenera-se, acompanhando o mundo das empresas, num perpétuo movimento dialógico e colaborativo. As empresas estão na Escola. A Escola são as empresas que nela habitam. 55
  • 56. Uma escola para a vida. Pedro Guerra Um agradecimento à Escola de Comér- cio de Lisboa pelo contributo que teve na minha formação enquanto Profissional e Ser Humano. A Escola e todos os que dela fazem parte têm acompanhado o meu percurso e sucessivas etapas profissionais que tenho vindo a atingir. Reconheço que todas elas surgiram precocemente pela dimensão dos desafios e consequentes responsabilidades. Deste percurso, até ao momento, tenho uma grande certeza: tive de amadurecer mais rápido do que a maioria das pessoas da minha geração. Contudo, isto só é possível quando existe Atitude, Dedicação, Empenho e Paixão pelo que fazemos. As bases da nossa Educação e Formação também foram e são fundamentais. Inevitavelmente a Escola de Comércio de Lisboa e toda a sua extraordinária Equipa estarão para sempre ligados ao meu grande sentimento de felicidade e realização profissional. TESTEMUNHO Curso de Técnico de Vendas 1997/2000 Caetano Baviera Diretor Comercial 56
  • 57. As empresas de treino são um instrumento pedagógico que, ao aproximar a sala de aula à realidade do mercado de trabalho, permitem contextualizar as aprendizagens. As empresas de treino são, por excelência, um instrumento ao serviço de um dos pilares que norteia o projeto educativo da Escola: o saber-fazer. A Papelaria Pedagógica, a primeira empresa de treino da Escola, foi criada há 17 anos, mantendo-se ainda, com sucesso, em funcionamento. A ideia partiu dos alunos numa aula do Curso de Técnico de Marketing. Uma papelaria pedagógica permitiria responder às necessidades da população escolar e levaria ao aproveitamento de um espaço da Escola que na altura se encontrava desativado, criando um projeto pioneiro em Portugal. Após sucessivas reuniões de trabalho onde a ideia foi aprofundada, os alunos concluíram que o primeiro passo a dar seria a realização de um estudo de mercado de forma a aferir a viabilidade da iniciativa. Neste âmbito, elaboraram questionários, cujos resultados foram objeto de tratamento estatístico nas aulas de matemática. Além deste trabalho, foi apresentada uma proposta de layout e decoração do espaço e definido o sortido a comercializar com a preocupação de incluir produtos ecológicos. O passo seguinte passou por desenvolver contactos com fornecedores com o objetivo de proceder ao levantamento de preços e condições de fornecimento. Este foi, mais Papelaria Pedagógica 57 MARCO
  • 58. uma vez, um trabalho realizado pelos alunos, com o apoio dos formadores, no âmbito do Curso de Técnico de Comércio. Como sinal evidente do interesse pedagógico e empresarial do projeto, este mereceu o apoio e o entusiasmo de diversas empresas, de entre as quais se destaca a NEOSIS, empresa dedicada à criação de software para o retalho, que cedeu à Escola um Point of Sale (POS) e respetivo software, bem como a instalação de meios de pagamento eletrónicos, nomeadamente o PMB. O projeto contou com o envolvimento de todos os alunos da Escola, cabendo-lhes tarefas muito específicas de acordo com as suas áreas de especialização. Para melhor organizar as tarefas necessárias ao bom funcionamento da Papelaria, definiram-se diversos departamentos, responsáveis pela sua gestão operacional, tais como o depar- tamento de vendas, de marketing, de gestão e de recursos humanos. O projeto culminou com o dia da abertura, na Aula Inaugural de 1998, onde esteve presente Osvaldo de Castro, Secretário de Estado do Comércio. Desde aí, a Papelaria tem funcionado ininterruptamente como um local de aprendizagem dos alunos, permitindo que estes tenham o primeiro contacto com a gestão de uma empresa, incluindo tarefas não só de direção, mas também de vendas, marketing, gestão e recursos humanos. 58
  • 59. Em 2008, a Papelaria Pedagógica mudou o seu nome para ECL Papelaria e mais recente- mente, em 2013, mantendo o nome, foi renovada apresentando uma imagem mais jovem, moderna e apelativa. 59
  • 60. Uma escola para a vida. Maria Hormigo Uma escola para a vida… Uma escola que me preparou verdadeiramente para o mundo de trabalho, que me ensinou a ter brio e a ser sempre melhor. A Escola de Comércio de Lisboa deu-me muitas oportunidades. Oportunidade de conhecer novas pessoas, de sair do país, de trabalhar em empresas das mais diversas áreas e de implementar as minhas ideias e projetos. Deu-me oportunidade de escolha. Na Escola de Comércio de Lisboa aprendi a ir à luta em busca das minhas ambições e a conquistar os mais diversos desafios. Ensinou-me a superar obstáculos, a contornar dificuldades e em todas as vitórias, comemorou comigo. Deu-me confiança e a possibilidade de conseguir ir sempre um pouco mais além. Obrigada a todos os que me acompanharam e deram um bocadinho de si e que contribuíram para eu ter a ambição que tenho e ser aquilo que sou hoje. A Escola de Comércio de Lisboa é feita por uma grande e poderosa equipa. Para mim, a Escola de Comércio de Lisboa é a escola da minha vida. TESTEMUNHO Curso de Técnico de Marketing 2001/2004 Odisseias Gestão de conteúdos 60
  • 61. Os instrumentos pedagógicos de suporte ao ensino na Escola foram inicialmente construídos em torno de um pacote pedagógico que incluía cadernos temáticos dedica- dos às disciplinas de vender, gerir e empreender. Estes cadernos eram constituídos por documentos de apoio, fichas de exercícios, diapositivos e dois vídeos que abordavam fundamentalmente aspetos relacionados com o marketing e as vendas. O projeto pedagógico da Escola evoluiu e com ele a necessidade de renovar os instru- mentos que apoiavam a aprendizagem dos alunos. Em 1999, foi criada a matriz-base para os Guias de Aprendizagem Interativos, marca indelével do projeto educativo da Escola de Comércio de Lisboa. Os Guias de Aprendizagem Interativos, cuja matriz-base se encontra patenteada, têm a função de organizar as atividades e os produtos para avaliação, sendo construído por todos e para que todos os atores da comunidade educativa tenham a possibilidade de intervir ativa e evolutivamente no processo de aprendizagem. Refletindo a metodologia que norteia o projeto educativo da Escola de Comércio de Lisboa, os Guias de Aprendizagem Interativos assentam em três tipos de trabalho: trabalho coletivo, trabalho de projeto e trabalho independente. Esta tríplice vertente proporciona uma interação formador-aluno, numa mesma proporção, no processo de Guias de Aprendizagem Interativos 61 MARCO
  • 62. aprendizagem. Pretende-se uma implicação ativa do aluno na aquisição dos objetivos, dos conteúdos, dos módulos de cada disciplina, bem como na negociação acompan- hada dos mesmos. Os Guias de Aprendizagem Interativos, cuja matriz-base é transversal a todos os módu- los, incluem quatro partes: 1. Planificação e Avaliação – parte composta por elementos que, discutidos entre docentes e alunos, justificam a existência do módulo, identificam a carga horária, os objetivos (da responsabilidade do docente), bem como as atividades, os produtos para avaliação e os indicadores de avaliação. 2. Desenvolvimento Modular – parte que se traduz na construção e compilação de suportes à aprendizagem dos próprios alunos e docentes, que, dialogicamente, desenvolvem e operacionalizam cada módulo. Esta parte do módulo pode incluir textos de apoio, guias de investigação ou de visita de estudo, testes, memórias descritivas, trabalhos elaborados pelos alunos, entre muitas outras ferramentas de trabalho. 3. Registos Pessoais – parte que inclui testemunhos de alunos e professores, 62
  • 63. deixando-se registado o produto de uma aula ou atividade pedagógica específica. 4. Apoios – parte composta por glossários, bibliografia específica a cada módulo, entre outros. Hoje, os Guias de Aprendizagem Interativos são documentos fundamentais no processo de aprendizagem, ilustrando clara e sistematizadamente as metodologias utilizadas na Escola de Comércio de Lisboa e que, por corresponderem a uma construção partilhada, são instrumentos de trabalho dos quais, ano após ano, muito nos orgulhamos. 63
  • 64. Uma escola para a vida. Liliana Gomes A Escola de Comércio de Lisboa mudou a minha vida! Deu-me tudo aquilo que não consegui alcançar sozinha. Deu-me objetivos, deu-me perseverança, deu-me ambição, deu-me vontade de lutar por mais e melhor. Deu-me coragem para seguir em frente e atingir os meus objetivos, quer académicos, quer profissionais. Tudo o que aprendi em 3 anos, ainda hoje utilizo no meu dia-a-dia, na minha atividade profis- sional. Nunca vou esquecer tudo o que fizeram por mim. Ajudaram-me a crescer, mas principal- mente ensinaram-me a nunca desistir, independentemente dos obstáculos que encontrasse no caminho. Vou estar eternamente grata por isso. A Escola de Comércio de Lisboa é uma escola para a Vida, e independentemente do que possa escrever, do que possa dizer, do que possa elogiar, do que possa recomendar, só vão sentir isto, se algum dia puderem viver, tudo o que vivi naqueles 3 anos. Hoje, com uma Licenciatura em Gestão e um Mestrado em Corporate Finance, tenho algumas dúvidas que conseguisse ter feito isto tudo, se o meu percurso não tivesse passado pela Escola de Comércio de Lisboa. TESTEMUNHO Curso de Técnico de Vendas 2001/2004 PME Investimentos Financial Analyst 64
  • 65. A Ecoloja Pedagógica é uma empresa de treino criada nas instalações da Escola de Comércio de Lisboa com o objetivo de permitir aos alunos por em prática e experienciar as aprendizagens adquiridas em sala de aula e, simultaneamente, contribuir para a modernização do comércio de tradição. Para a criação da Ecoloja Pedagógica, a Escola teve como parceiros a Câmara Municipal de Lisboa, a DECOECO, o PROCOM, a ELOS, a YUDIGAR, a Novo Design, a Neosis e a Somague. O lançamento da primeira pedra teve lugar no dia 3 de dezembro de 1998, contando com a presença de Fontão de Carvalho (então Vereador do Comércio da Câmara Municipal de Lisboa), Vasco da Gama (então Presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal), Carlos Jorge (então Presidente da DEDOECO), Manuel Raposo (então representante da Direção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo) e Jorge Carvalhal (então Presidente do Conselho de Gerência da Escola de Comércio de Lisboa). No dia 11 de maio de 2000, a Escola de Comércio de Lisboa inaugura a sua Ecoloja Pedagógica, uma réplica de um verdadeiro supermercado de 200m2 equipado, como todos os verdadeiros supermercados, com produtos e variadíssimas referências, apresentando diferentes seções, tais como talho, padaria e frescos. A exposição do sortido é apresentada em expositores com rodízios, de diferentes formatos e dimen- Ecoloja Pedagógica 65 MARCO
  • 66. sões. O espaço conta igualmente com um anfiteatro que permite a alunos e docentes uma aprendizagem dinâmica, conduzida e orientada. Ao longo dos anos, foram muitos os alunos que passaram por este verdadeiro laboratório pedagógico. A versatilidade deste espaço permitiu responder às necessi- dades e interesses dos alunos, mas também às carências e tendências do mercado. A Robbialac, UNIHSNOR, Silvex, Compal, Olá, BP, bem como a Delta, Matutano e Sírio foram apenas algumas das muitas empresas que utilizaram o espaço para dar formação às suas equipas, organizar convenções de venda, testes de mercado, estudos de embalagens, lançamento de produtos, tendo muitas partilhado as suas experiências com os alunos da Escola. O supermercado foi também espaço para a realização, por outras escolas, de visitas de estudo e ateliês pedagógicos. De entre elas, destaca-se a campanha de sensibilização à adesão de Portugal ao Euro, “Aprender a viver e comprar com o Euro”, uma parceria entre o Ministério de Educação e o Ministério das Finanças. A campanha foi inaugurada na Escola por Augusto Santos Silva, então Ministro da Educação, em 2001. Esta é uma das muitas campanhas que se enquadram no âmbito das ações de responsabilidade social que norteiam o projeto da Escola. 66
  • 67. Atenta às tendências do mercado e aos novos hábitos de consumo, a Escola renova o espaço em 2005, criando uma nova seção de pequenos eletrodomésticos, uma seção de vestuário com calçado, uma seção de beleza e outra dedicada ao “bem-estar e saúde”. Em 2012, o supermercado foi novamente objeto de uma intervenção. Apadrinhados por José António Rousseau, os alunos aceitaram um novo desafio. Após expositores desmontados, outros reciclados e alguns dedos entalados, nasceu a ECL Alimentar, um espaço mais sofisticado, com um novo conceito e um novo layout, permitindo uma maior liberdade de circulação para o “potencial cliente”. A inauguração deste novo espaço foi preparada minuciosamente, não faltando o aroma Delta-café, as flores oferecidas pela florista de serviço, uma degustação de cupcakes, o profissionalismo e o sorriso dos alunos. A ECL Alimentar faz as delícias de todos os que a visitam! 67
  • 68. Uma escola para a vida. Rita Meneses O meu percurso na Escola de Comércio de Lisboa (ECL) foi um marco relevante no meu desenvolvimento pessoal, escolar e profissional. A ECL, com a filosofia de formar profissionais competentes e exigentes, tanto na vertente técnica como numa vertente mais pessoal, enquanto indivíduos inseridos numa sociedade em constante transformação, onde as competências de soft skills e valores como dinamismo, iniciativa, assertividade e espírito de equipa são fundamentais, constitui uma excelente rampa de lançamento, tanto para os alunos que optem pela via profissional, como para aqueles que desejem um prosseguimento para o ensino superior ou até pretendam abraçar as duas vias em simultâ- neo (o meu caso, criei a minha empresa e ingressei na faculdade). A ECL, constantemente “insatisfeita”, cria novas perspetivas de vida, focando a globalidade dos seus objetivos no sucesso dos seus alunos, junto dos desafios que terão que enfrentar ao longo da sua vida profissional. É uma escola que abre horizontes, graças à proximidade que possui com o mercado de trabalho. É verdadeiramente “Uma Escola para a Vida”. TESTEMUNHO 68 Curso Técnico de Comércio 2003/2006 Home 4 Us Gerente
  • 69. O Orientador Profissional é um empresário, representante, técnico ou colaborador de uma empresa que tem como função apoiar, ajudar e orientar uma turma da Escola durante o seu percurso Escolar. O acompanhamento dos alunos por Orientadores Profissionais aplica-se a todos os alunos, de todos os anos e em relação a todos os cursos da Escola. No final dos três anos de curso, o aluno pode ter um, dois, ou mesmo três Orientadores Profissionais diferentes. Esta diversidade traduz-se num enriquecimento das aprendizagens com uma proximidade ao mercado de trabalho e a diferentes perfis de empresários, o que permite ao jovem começar a sua vida profissional com mais confiança e com um know-how acrescido. Ao Orientador Profissional é-lhe atribuída uma turma que, em parceria com o Orientador Educativo, docente da Escola, lhe cabe acompanhar durante todo o ano letivo essa turma. A relação estabelecida entre o aluno e o seu Orientador Profissional desenvolve-se através de deslocações deste último à turma, participando em projetos que a envolvam, do apoio individualizado aos alunos, do acompanhamento ao Projeto de Suporte à Prova de Aptidão Profissional, da ajuda no processo de procura de estágio, entre outros aspetos benéficos para uma melhor integração do aluno no mercado de trabalho. Orientação Profissional 69 MARCO
  • 70. A criação da figura do Orientador Profissional tem como linha orientadora três pressu- postos: 1. A excelente relação da Escola de Comércio de Lisboa com as empresas; 2. O enorme apoio e colaboração dos empresários; 3. O ambiente familiar que existe entre formadores, alunos e empresários. O desenvolvimento constante, sólido e construtivo do projeto Orientadores Profissionais tem sido alimentado, com sucesso, devido aos seguintes fatores: • O facto de haver um Departamento de Gestão de Carreira que faz a ponte entre a Escola e o mercado de trabalho, divulgando as ofertas de trabalho e de estágio das várias empresas. • O Projeto Empresas na Escola que permite uma relação privilegiada com várias empresas do setor do Comércio e Serviços, que apoiam a Escola financeiramente e que a certificam como entidade formadora de referência na área. • A participação de empresários, muitos deles representantes de empresas conceitu- adas no setor, como júris das Provas de Aptidão Profissional e que tão valiosos momentos proporcionam com os seus pareceres e avaliações dos projetos apresentados. 70
  • 71. • Os resultados e a mais-valia do trabalho desenvolvido com as empresas através do Fórum de Empresários que sempre apoiou a Escola nas decisões importantes. • O facto de colaborarem com a Escola empresários que são simultaneamente forma- dores, antigos alunos, pais e, sobretudo, amigos da Escola. É gratificante para a Escola poder contar com a colaboração de Orientadores Profission- ais desde o início do projeto até aos dias de hoje. Na Escola de Comércio de Lisboa, as empresas são “prata da casa” e os empresários contribuem diariamente para o bem- estar e para o sucesso dos alunos, seja individualmente ou no grupo turma. Os alunos têm, no Orientador Profissional, uma referência figura que os acompanha durante todo o ano letivo e que os ajudará no seu percurso pessoal e profissional. 71
  • 72. Uma escola para a vida. Grupo Entreposto Encontrámos na Escola de Comércio de Lisboa um parceiro com uma forte componente pedagógica, com formadores experientes que sempre se preocu- param em ajustar os conteúdos programáticos aos nossos interesses e necessidades, contribuindo de forma construtiva para atingir os objetivos a que nos propusemos, ou seja, dotar os nossos colaboradores dos conhecimentos necessários para um desempenho de excelência. TESTEMUNHO Manuela Correia Diretora de Recursos Humanos 72
  • 73. Em 2002, são dados os primeiros passos para o que é hoje o Departamento de Formação Empresa da Escola de Comércio de Lisboa. Esta etapa correspondeu à necessi- dade de aprofundar a relação entre a comunidade escolar e o mundo do trabalho, trans- ferindo conhecimento da Escola para as empresas e destas para a Escola. O desenvolvi- mento desta área de formação correspondeu igualmente à necessidade identificada pelas próprias empresas de se dotarem de novas competências e de atualizarem o conhecimento, adaptando a sua atividade e os seus recursos humanos a uma realidade cada vez mais competitiva. A área de formação tem sido um sucesso. As empresas a quem a Escola tem prestado os seus serviços reconhecem uma melhoria significativa na qualidade percebida do serviço e atendimento dos seus colaboradores, com o consequente aumento do volume de negócio e da capacidade de diversificar vendas e clientes. Para responder com sucesso às solicitações das empresas clientes da Escola, o Departa- mento de Formação Empresa efetuou estudos com base em cliente-mistério, diagnósti- cos de formaçã+o e de alinhamento estratégico de colaboradores, gestão e execução de planos anuais de formação, ações de formação presencial, em e-learning e em b-learning. Esta atividade desenvolveu-se em diversas áreas quer do conhecimento, quer de negócio. Ao nível do conhecimento, foram abordadas temáticas como a estraté- Formação à Medida 73 MARCO
  • 74. gia, a gestão e suas especializações, o marketing, as vendas, a liderança, o retalho, o atendimento e o merchandising. O Departamento de Formação Empresa tem clientes no setor público e privado, na grande distribuição, no airport shopping, abrangendo um conjunto muito diversificado de áreas de atividade, como perfumaria, bicicletas e ótica. O Departamento de Formação Empresa desenvolve cursos de especialização profis- sional em visual merchandising e participa em programas de desenvolvimento e revitalização do comércio em zonas urbanas específicas e delimitadas. É também de assinalar o trabalho desenvolvido no contexto de projetos europeus, com a apresen- tação de candidaturas, gestão e execução de ações ao abrigo do Programa Operacional Potencial Humano desenvolvido no quadro do Acordo de Parceria celebrado entre Portu- gal e a União Europeia. 74
  • 75. No futuro, o Departamento de Formação Empresa espera continuar a satisfazer os seus clientes, buscando o conhecimento mais atual e adaptando-o a um mundo em mudança. O desenvolvimento e aprofundamento do e-learnig, bem como de formações abertas (interempresa) e temáticas do marketing e vendas digital estão no caderno de encargos da equipa, confiando que os nossos clientes continuem a eleger a Escola de Comércio de Lisboa como sua parceira. 75
  • 76. Uma escola para a vida. Movefree Iniciei o meu percurso na Escola de ComércA Escola de Comércio de Lisboa estabeleceu com a MoveFree uma relação de parceria efetiva desde o primeiro momento. A Escola foi incansável na formação dos nossos comerciais. As formações foram idealizadas com uma componente teórica sólida, mas também com uma parte prática adaptada à realidade da nossa empresa, o que permitiu uma melhor apreensão dos conceitos por parte dos nossos profissionais. O roleplaying realizado pelos formadores da Escola de Comércio de Lisboa, adaptado às especifi- cidades do comércio das bicicletas, foi essencial para sedimentar a teoria apreendida e para cativar o interesse dos formandos. Uma vez que os resultados alcançados excederam as nossas expectativas, seguramente que contaremos com o apoio da Escola de Comércio de Lisboa no futuro. TESTEMUNHO Luís Reis Administrador 76
  • 77. Em janeiro do ano de 2003, a Escola de Comércio de Lisboa organizou um encontro pedagógico no qual participaram muitas das escolas profissionais do país, incluindo Açores e Madeira. Mais do que um processo de preparação de um encontro, este trabalho foi um marco no desenvolvimento e aperfeiçoamento do projeto pedagógico da Escola. Ao pretender tudo acautelar para acolher as escolas nas condições que melhor favorecessem a troca e a partilha de práticas pedagógicas, o encontro possibil- itou uma oportunidade de reflexão interna e contribuiu para o reforço da coesão da equipa da Escola. O Encontro Pedagógico contou com a presença de 39 escolas profissionais, 163 partici- pantes, dos quais, 63 docentes, 3 psicólogos, 60 coordenadores, 29 diretores pedagógi- cos, 1 diretor financeiro e 7 diretores. A organização do Encontro desenvolveu-se em torno de 9 fóruns temáticos: 1. Gerir a Estrutura Modular e Desenvolver Materiais Pedagógicos; 2. Implementar a Metodologia do Trabalho de Projeto; 3. Formar em Contexto de Trabalho; 4. Adquirir Experiência Internacional; Encontro Pedagógico 77 MARCO
  • 78. 5. Educar na Cidadania e na Solidariedade; 6. Aprender com as TIC para a Sociedade do Conhecimento; 7. Desenvolver Projetos de Suporte às Provas de Aptidão Profissional; 8. Integrar Práticas Pedagógicas em Laboratório; 9. Promover o Desenvolvimento Pessoal e Profissional. O Encontro foi marcado por duas sessões plenárias. A primeira, no início, introdutória e que deu o arranque e o mote para os trabalhos e que contou com a presença de Joaquim Azevedo, mentor do ensino profissional em Portugal. A segunda encerrando os trabalhos, foi marcada pela apresentação das conclusões que resultaram de cada fórum temático. Os participantes mostraram empenho, entusiasmo e enorme recetividade a todas as atividades, permitindo que o Encontro constituísse uma verdadeira troca de experiên- cias entre escolas que, da reflexão sobre a ação, permitiu repensar, moldar e adaptar as idiossincrasias do caminho e do projeto educativo de cada uma. 78
  • 79. Uma das principais conclusões retiradas do Encontro foi a de que “a solidez dos projetos educativos é um dos principais trunfos de uma escola”. Na globalidade do sistema educativo, cada escola pretende diferenciar-se pela qualidade do seu próprio projeto pedagógico. Ao consegui-lo, será a sociedade a reivindicar a existência e a missão da própria escola. 79
  • 80. Uma escola para a vida. Perfumarias Douglas Em momentos económica e financeira- mente difíceis para todo o país, ao qual a Douglas não fugiu à regra, a aposta na formação revelou-se essencial para vencer os enormes desafios que enfrentamos diariamente, qualificando os colaboradores e garantindo que são os veículos do nosso sucesso comercial. A Escola de Comércio de Lisboa, enquanto parceiro, foi um elemento chave nesta aposta, ajudando a desenvolver as competências pessoais de cada um dos nossos colabo- radores, dotando-os de competências técnicas, sempre com um profissionalismo e entusiasmo notáveis. TESTEMUNHO Jorge Nunes Diretor-Geral 80
  • 81. Perante um mercado e um consumidor cada vez mais exigentes e dinâmicos, as marcas e as lojas apoiam-se em novas atitudes, novas estratégias e a novos conceitos. O visual merchandising é uma disciplina que pretende acompanhar os diferentes estágios da vida do produto, desde a sua conceção até ao momento em que é colocado à disposição do cliente. O visual merchandising dialoga com conceitos de marketing, de vitrinismo, de vendas, sendo hoje uma área do conhecimento indispensável para todas as empresas, marcas e lojas que pretendam afirmar-se, diferenciar-se e vingar no setor do Comércio e Serviços. Com o objetivo de modernizar e atualizar as práticas pedagógicas do projeto educativo da Escola e, simultaneamente, acompanhar as novas tendências do mercado e responder às necessidades de empresários, foi criado o Ateliê de Visual Merchandising. O Ateliê é um espaço da Escola que proporciona aos alunos ferramentas de trabalho através das quais estes desenvolvem competências na área do vitrinismo e do visual merchandising. O espaço divide-se em diferentes nichos, nos quais os alunos desen- ham, criam, moldam, constroem, montam e desmontam ideias e projetos de espaços de exposição. No Ateliê respira-se criatividade, experimentação, dinamismo, interativi- dade e boa disposição. Cheira a papel, a tintas e a madeira. Ouve-se o rasgar de papéis, Ateliê de Visual Merchandising 81 MARCO
  • 82. as pinceladas, o corte dos materiais. É um espaço vivo. Os projetos desenvolvidos pelos alunos no Ateliê são objeto de memórias descritivas. Estas serão posteriormente utilizadas como suporte para a análise e discussão em sala de aula, sistematizando-se o conhecimento e as aprendizagens. Os projetos que se destacarem pela sua qualidade e criatividade passam depois a constituir as montras que se estendem pelos corredores da Escola, ganhando vida própria e autonomia. Muitos dos projetos ultrapassam mesmo as fronteiras da Escola, expondo-se ao exterior. Ao longo dos últimos anos, a Escola de Comércio de Lisboa tem desenvolvido um conjunto significativo de parcerias no âmbito das quais os trabalhos criados, desenhados e montados pelos alunos no Ateliê de Visual Merchandising da Escola preenchem espaços comerciais reais, integrando-se no comércio e nos serviços da cidade de Lisboa. Chiado na Moda, Concursos de Montras, Comércio Solidário, Futurália, Alimentaria e PaperGit são apenas algumas das inúmeras parcerias, projetos e iniciativas em que, com sucesso, a Escola participou. A organização do espaço e do trabalho desenvolve-se em paralelo por equipas de 82
  • 83. alunos do 2.º ano do Curso de Técnico de Vitrinismo (gestores) e um professor respon- sável (pivot) que, em conjunto, planificam e executam um calendário anual das atividades a desenvolver pelo Ateliê na Escola e fora dela. O trabalho desenvolvido no Ateliê institucionalizou-se e está na base da criação da ECL Visual Merchandising que pretende operacionalizar as atividades práticas do Curso de Técnico de Vitrinismo, gerindo espaços, materiais e ferramentas, certificar competências e apoiar as atividades do vitrinismo e do visual merchandising dos restantes cursos e das restantes empresas de treino da Escola de Comércio de Lisboa. 83
  • 84. Uma escola para a vida. João São Pedro Iniciei o meu percurso na Escola de Comércio de Lisboa aos 14 anos de idade, era um jovem “irreverente” e com muita vontade de mudar o mundo. Foi com essa vontade de mudança que ingressei numa Escola Profissional com o intuito de obter ferramentas que me permitissem ingressar no mercado de trabalho. Foram 3 anos que me fizeram crescer e amadurecer muito porque todos os contexto educacionais/profissionais proporcionaram um sentido de responsabilidade elevado. O fator mais importante da minha caminhada foi sem dúvida a formação em contexto empresarial possibilitada através de 4 Estágio Curriculares. Estes foram os meus primeiros passos no mercado de trabalho e que me permitiu abrir horizontes para continuar a vida académica e terminar uma licenciatura e mestrado na área de Marketing. Hoje em dia poder colaborar com a Escola proporcionado estágios curriculares aos alunos, sendo júri da provas de aptidão profissional, na dinamização de projetos interdisciplinares é para mim um motivo de orgulho uma vez que é o coroar de todo o meu esforço e trabalho. Todas os conhecimentos obtidos na escola foram determinante para a Pessoa e Profis- sional que sou hoje. TESTEMUNHO 84 Curso de Técnico de Marketing 2003/2006 Direção de Merchandising e Licenciamento do Sport Lisboa e Benfica – Porta 18 Gestor de Vendas
  • 85. Proximus é um projeto que, tal como o seu nome indica, pretende aproximar, construir elos de ligação com realidades comerciais que estão próximas. O projeto intervém em zonas onde estão implementados mercados municipais que, abrangendo o comércio circundante, formam um Aglomerado Comercial de Bairro específico. O projeto, que se desenvolve em várias etapas, pretende ser uma força dinamizadora de sinergias entre diferentes interlocutores, criando, reavivando ou reanimando relações de confiança mútua entre moradores e agentes económicos que desenvolvem a sua atividade no setor do Comércio e Serviços. Ao longo do ano, os alunos trabalham nas várias disciplinas do seu curso, visando obter um conhecimento aprofundado da evolução histórica da área de intervenção. Posteriormente, os alunos efetuam um estudo que pretende aferir as necessidades dos consumidores e conhecer as caracterís- ticas dos comerciantes. No final destas etapas, os alunos elaboram propostas que apresentam aos agentes económicos com o objetivo de obterem destes o reconheci- mento e eventualmente a possibilidade de as implementarem no terreno. Integrado no Proximus, a Casa Teodora é um caso emblemático que pretende mostrar, sobretudo a proprietários de lojas há muito estabelecidas, como estas se podem renovar e transformar, mantendo-se o conceito de outrora. Proximus e Casa Teadora 85 MARCO
  • 86. A Casa Teodora, que ganhou este nome após a intervenção do projeto de renovação, é uma retrosaria que integra um sortido estreito e pouco profundo e que ao longo dos anos foi incluindo outras categorias de artigos, nomeadamente vestuário unissexo, pretendendo assim complementar a sua oferta. Desafio: A renovação visual de um ponto de venda com as portas abertas há mais de quinze anos. Metodologia: Realização de um estudo e um levantamento rigoroso que permitisse analisar um conjunto de características que viriam a servir de base para o desenvolvi- mento do projeto de visual merchandising, que respondesse adequadamente às necessidades do espaço, sem descaracterizá-lo. A turma do 2º ano do Curso de Técnico de Vitrinismo aceitou entusiasmada o desafio. Em seis dias, esta retrosaria ganhou uma identidade visual, um interior renovado. O conceito, que já tinha, mas que o peso do tempo e das novas tendências foi apagando, animou-se e regenerou-se. A loja ganhou um nome renovado, Casa Teodora. Do nome surgiu um logótipo, do logótipo materiais de comunicação outstore. A Casa Teodora reinaugurou ao público com direito a reportagem televisa e um forte apoio da comuni- dade local (clientes e outros retalhista). A comoção dos proprietários era notória; estes 86
  • 87. viram a sua antiga loja ganhar uma “nova cara”. Viam agora também perspetivar-se a possibilidade de dar continuidade ao negócio que há muito estava ameaçado. Os alunos sentiram a adrenalina de ver o projeto concluído num curto espaço de tempo, partil- hando a emoção dos proprietários da loja. O projeto permitiu a todos adquirir um conjunto de aprendizagens muito diversificado e intenso, tornando-o muito gratificante. Para este projeto, a Escola contou com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa, da Junta de Freguesia dos Olivais, bem como de um conjunto diversificado de comerciantes, lojistas e, naturalmente, da população. Este projeto firmou a vontade de a Escola de Comércio de Lisboa demonstrar que é possível regenerar o comércio e que este pode e deve apostar na contratação de jovens qualificados, capazes de trazer novas ideias e novos contributos para o desenvolvimento de um setor determinante da economia nacional. Através deste projeto, a Escola provou, igualmente, que a aprendizagem é tão mais rica quanto maior for o envolvi- mento e a experimentação. O espaço e o tempo para aprender podem ser, também, flexíveis implicando, o meio exterior, a comunidade, os indivíduos e as empresas. a Escola de Comércio de Lisboa. 87
  • 88. Uma escola para a vida. Luís Torres visibilidade, atraA minha ingressão na Escola Comércio Lisboa foi, sem dúvida, uma das escolhas mais acertadas que tomei até hoje. Com apenas 14 anos, a ECL deu-me a oportunidade de definir novos objetivos, assumir e evoluir as minhas capacidades, envolver-me em projetos e conhecer pessoas com as quais ainda hoje mantenho contacto pessoal e profissional. Nas atividades diárias de gestão da minha empresa, reconheço a importância de muito do conhecimento e da experiência absorvidos na minha passagem pela ECL. A Escola Comércio Lisboa foi em muito responsável pelo meu desenvolvimento pessoal e profis- sional, tornou-me um profissional capaz de enfrentar os desafios do mercado de trabalho e gerou em mim a paixão pelo marketing e pelo empreendedorismo. Entretanto licenciei-me em Gestão de Marketing e realizei uma Pós-Graduação em Marketing Digital. Pela incansável busca do saber e pelo constante entusiasmo, fico muito agradecido por fazer parte desta grande família. TESTEMUNHO 88 Curso de Técnico de Marketing 2007/2010 WHIE - Agência de Marketing Digital CEO & Co-Founder
  • 89. Schumpeter colocou o empreendedor em evidência no pensamento económico. Segundo este economista, o empreendedor não é quem investe o capital ou inventa o novo produto, mas quem tem a ideia do negócio e também quem arca com os riscos. É um agente com o desejo de fundação de um “reino privado”, um desejo de conquista e de prazer em criar. Ser empreendedor é, fundamentalmente e em primeiro lugar, uma atitude. Para vingar e ter sucesso, esta atitude não pode, contudo, deixar de ser trabalhada, desafiada e estimulada. É neste âmbito que a Escola de Comércio de Lisboa intervém, mobilizando os alunos para aprofundar as suas ideias, trabalhá-las e melhorá-las. Para partilhá-las e testá-las entre os seus pares e a comunidade empreendedora, pondo-as à prova. Concursos, projectos e programas especificamente direcionados para o empreende- dorismo são espaços privilegiados para o efeito. São muitas as iniciativas em que a Escola e os alunos participam ao longo do ano letivo e em que têm participado ao longo dos anos, destacando-se: 1. A realização de projetos de investimento para a criação de novos produtos ou novos conceitos de negócio no final do curso no âmbito da Prova de Aptidão Profis- sional; No Ranking das Escolas Empreendedoras 89 MARCO
  • 90. 2. A elaboração de projetos de intervenção ou de remodelação de espaços comerciais no final do curso no âmbito da Prova de Aptidão Profissional; 3. A participação em projetos internacionais de empreendedorismo tais como o Global Enterprise Project da Siemens, o Innovation Challenge da Metlife, o Entreprise Without Boarders da Accenture. 4. A mobilização dos alunos para concorrerem ao Fator E, concurso concebido e desenvolvido pela Escola, que surge como estímulo à criatividade e à inovação em grupo. Este é desafiado a criar um novo produto, um novo serviço, construindo a sua miniempresa. Este concurso traz à Escola antigos alunos que, na qualidade de mentores, partilham os seus sucessos e insucessos, permitindo apoiar o percurso profissional dos alunos, estimulando-os, por exemplo, a apresentar candidaturas a outros concursos nacionais e internacionais de empreendedorismo como o Junior Achievement Portugal, INOVA, Acredita Portugal, entre outros. Consciente de que a Escola de Comércio de Lisboa é hoje, também, uma escola de negócios e que, assim, tem o dever de preparar os seus alunos para o futuro, a Escola tem vindo a adotar uma visão virada para o mercado, proporcionando aos alunos momentos e espaços próprios. 90
  • 91. Neste âmbito, está em preparação o arranque de uma incubadora que permitirá criar e experienciar novas ideias e elaborar projetos de negócios. A partilha interdisciplinar e a motivação gerada neste espaço de incubação serão propí- cios e determinantes para uma cultura de empreendedorismo e inovação. A formação ministrada na Escola apretende fundamentalmente focar-se no desenvolvi- mento de jovens verdadeiradamente empreendedores. Não é por acaso que, associado ao trabalho e ao projecto educativo que desenvolve, a Escola de Comércio de Lisboa tenha sido considerada uma das dez escolas empreendedoras a nível nacional. 91
  • 92. Uma escola para a vida. Paula Gomes Por onde começar este texto que tanto orgulho me dá em escrever e tantas boas recordações me trás! Posso começar por dizer que tenho muitas saudades, de todos os momentos que passei neste excelente espaço de ensino, realmente uma Escola para a Vida, pois tudo o que foi vivido ficará para sempre. Entrei na Escola com 18 anos, a partir desse momento senti que estava a fazer a escolha certa, pois estava a estudar algo realmente do meu interesse, e que eram poucas as escolas que tinham este tipo de curso e por sorte inscrevi-me na melhor Escola. Tenho de falar dos excelentes professores, principalmente da Dra. Ângela Fernandes, uma mestra, uma força da natureza e um super Ser Humano. Sempre nos deu os melhores concelhos, nunca desistiu de nós, sempre nos apoiou como turma, e sempre esteve ao nosso lado. Ensinou-nos a trabal- har em equipa, a cooperarmos! No meu percurso, todos foram especiais à sua maneira, desde a D. Fátima e a D. Cecília, as auxiliares de educação mais queridas que tive na minha vida escolar, os professores, a directora, todos juntos formam uma excelente equipa, e pelo que eu tenho acompan- hado cada vez está melhor. Posso dizer que se hoje estou a estudar em Londres, agradeço à família ECL, pois foi através da visita de estudo que conheci este lugar mágico. Já consegui pôr à venda algumas peças, o que é um orgulho, mas o sonho é bem maior, quero criar uma marca, com a minha assinatura e poder levá-la para Portugal. E irei dizer com todo o orgulho que fui aluna da Escola de Comércio de Lisboa, como hoje já o digo TESTEMUNHO Curso de Técnico de Vitrinismo 2008/2011 Universidade de Moda em Londres Curso de Fashion Design 92