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conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas dos aos seus
respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
CURSO DE
INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL
DO HEMOGRAMA
MÓDULO I
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 INTRODUÇÃO
2 SISTEMA HEMATOPOÉTICO
2.1 HEMATOPOESE
2.2 ERITRÓCITOS
2.3 ERITROPOESE
2.4 METABOLISMO DO FERRO
2.5 METABOLISMO DA HEMOGLOBINA
3 ANEMIAS E POLICITEMIAS
3.1 ANEMIAS
3.2 ANEMIAS – CLASSIFICAÇÃO QUANTO A MORFOLOGIA
3.2.1 Anemias pseudomacrocísticas
3.2.2 Anemias macrocísticas verdadeiras
3.2.3 Anemia normocíticas
3.2.4 Anemia microcísticas
3.3 ANEMIAS – CLASSIFICAÇÕESQUANTO À RESPOSTA DA MEDULA ÓSSEA
3.3.1 Anemias Regenerativas
3.3.1.1 Anemias Regenerativas hemorrágicas
3.3.1.2 Anemias Regenerativas hemolíticas
3.3.2 Anemias arregenerativas
3.3.2.1 Anemias arregenerativas primárias
3.3.2.2 Anemias arregenerativas secundárias
4 POLICITEMIAS
4.1 POLICITEMIAS FALSA
4.2 POLICITEMIAS VERDADEIRA
4.2.1 Policitemia verdadeira primária
4.2.2 Policitemia verdadeira secundária
4.2.3 Policromatofilia ou Policromasia
4.2.4 Hipocromia e Microcitose
4.2.5 Anisocitose
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4.2.6 Rouleaux e Hemoaglutinação
4.2.7 Poiquilocitose
4.2.8 Hemácias em alvo
4.2.9 Excentrócitos
4.2.10 Esferócitos
4.2.11 Hemácias – fantasma
4.2.12 Acantócitos ou burr cell
4.2.13 Crenação
4.2.14 Eliptóses
4.2.15 Estomatócitos
4.2.16 Esquitócitos
4.2.17 Queratócitos
4.2.18 Dacriócitos
MÓDULO II
5 LEUCÓCITOS
5.1 LEUCOCITOPOESE
5.2 FUNÇÕES DOS LEUCÓCITOS
6. LEUCOPENIA E LEUCOCITOS
7. NEUTROFILIA
8. NEUTROPENIA
9. DESVIO NUCLEAR DOS NEUTRÓFILOS
10. EOSINOFILIA
11. EOSINOPENIA OU ANEOSINOFILIA
12. BASOFILIA
13. MONOCITOSE
14. LINFOCITOSE
15. LINFOPENIA
16. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS LEUCÓCITOS
17. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS NEUTRÓFILOS
17.1 ALTERAÇÕES NUCLEARES
17.2 ALTERAÇÕES TÓXICAS
17.3 INCLUSÕES INTRANEUTRÓFILOS
18. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS MONÓCITOS
19. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS LINFÓCITOS
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20. ENFERMIDADES DE LEUCÓCITOS
21. ENFERMIDADES CONGÊNITAS DE LEUCÓCITOS
20.2 ENFERMIDADES INFECCIOSAS DE LEUCÓCITOS
20.3 ENFERMIDADES NEOPLÁSICAS DE LEUCÓCITOS
20.3.1 LEUCEMIA LINFOCÍTICA
20.3.2 LEUCEMIA MIELOIDE
21. RESPOSTA LEUCOCITÁRIA
MÓDULO III
22. PLAQUETAS
22.1 MEGACARIOCITOPOESE
22.2 HEMOSTASIA
22.2.1 Vasos sanguineo na coagulação
22.2.2 Plaquetas na coagulação
22.2.3 Fatores da coagulação
22.2.4 Fibrinólise
23. ALTERAÇÕES DA HEMOSTASIA
23.1 AVALIAÇÃO CLÍNICA E LABORATÓRIAL
23.2 HEMOSTASIA PRIMÁRIA - DESORDENS VASCULARES EPLAQUETÁRIAS
23.2.1 Desordem casculares
23.2.2 Trombocitopenias
23.2.3 Trombocitopatias
23.2.4 Alteraçoes morfológicas das plaquetas
23.3 HEMOSTASIA SECUNDÁRIA – DESORDEM DA CASCATA DA
COAGULAÇÃO
23.3.1 Coagulopatias do Sistema Intríseco
23.3.2 Coagulopatias do Sistema Extrínseco
23.3.3 Coagulopatias de Ambos os Sistemas
23.3.4 Coagulação Intravascular Disseminada
24. PLASMA
24.1 POTEÍNAS PLASMÁTICAS TOTAIS
24.2 FIBRINOGÊNIO
24.3 ÍNDICE ICTÉRICO
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MÓDULO IV
25. COLETA DA AMOSTRA
25.1 ANTICOAGULANTES
26. PROCESSAMENTO DA AMOSTRA
26.1 HEMOGRAMA
26.1.1 Hematimetria ( Hm)
26.1.2 Hemoglobinemia (Hb)
26.1.3 Hematócrito ( Ht) ou Volume Globular (VG)
26.1.4 Índices Hematimétricos ( VGM e CHGM)
26.1.5 Contagem de Reticulócitos
26.1.6 Proteínas Plasmáticas Totais (PPT)
26.1.7 Fibrinogênio Plasmático (F)
26.1.8 Índice Ictérico (II)
26.1.9 Leucometria Global (LG)
26.1.10 Leucometria Diferencial
26.1.11 Esfregaço Sanguíneo
26.1.12 Plaquetometria
MÓDULO V
27. INTERPRETAÇAO DO HEMOGRAMA
28. CASO CLÍNICO 1
29. CASO CLÍNICO 2
30. CASO CLÍNICO 3
31. CASO CLÍNICO 4
32. CASO CLÍNICO 5
33. CASO CLÍNICO 6
ANEXO 1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
2 SISTEMA HEMATOPOÉTICO
2.1 HEMATOPOESE
2.2 ERITRÓCITOS
2.3 ERITROPOESE
2.4 METABOLISMO DO FERRO
2.5 METABOLISMO DA HEMOGLOBINA
3 ANEMIAS E POLICITEMIAS
3.1 ANEMIAS
3.2 ANEMIAS – CLASSIFICAÇÃO QUANTO A MORFOLOGIA
3.2.1 Anemias pseudomacrocísticas
3.2.2 Anemias macrocísticas verdadeiras
3.2.3 Anemia normocíticas
3.2.4 Anemia microcísticas
3.3 ANEMIAS – CLASSIFICAÇÕESQUANTO À RESPOSTA DA MEDULA ÓSSEA
3.3.1 Anemias Regenerativas
3.3.1.1 Anemias Regenerativas hemorrágicas
3.3.1.2 Anemias Regenerativas hemolíticas
3.3.2 Anemias arregenerativas
3.3.2.1 Anemias arregenerativas primárias
3.3.2.2 Anemias arregenerativas secundárias
4 POLICITEMIAS
4.1 POLICITEMIAS FALSA
4.2 POLICITEMIAS VERDADEIRA
4.2.1 Policitemia verdadeira primária
4.2.2 Policitemia verdadeira secundária
4.2.3 Policromatofilia ou Policromasia
4.2.4 Hipocromia e Microcitose
4.2.5 Anisocitose
4.2.6 Rouleaux e Hemoaglutinação
4.2.7 Poiquilocitose
4.2.8 Hemácias em alvo
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4.2.9 Excentrócitos
4.2.10 Esferócitos
4.2.11 Hemácias – fantasma
4.2.12 Acantócitos ou burr cell
4.2.13 Crenação
4.2.14 Eliptóses
4.2.15 Estomatócitos
4.2.16 Esquitócitos
4.2.17 Queratócitos
4.2.18 Dacriócitos
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MÓDULO I
1 INTRODUÇÃO
Os organismos vivos são compostos de moléculas constituídas de vida.
Quando essas moléculas são isoladas e examinadas individualmente, elas
obedecem a todas as leis físicas e químicas que descrevem o comportamento
da matéria animada por possuí um grau de complexidade internas intricadas e
o sangue é um desses compostos essencial para a vida. O sangue pode ser
considerado um tecido conjuntivo em que a substância intercelular, o plasma, é
líquida, formada principalmente por água e proteínas, e que serve de meio de
transporte de nutrientes, hormônios, anticorpos e excretas.
Este curso pretende proporcionar uma base para conhecer os traços
morfológicos celulares encontrados no sangue periférico humano e para isso
usaremos microfotografias onde será capaz de apreciar a morfologia normal e
as anormalidades mais comuns.
Princípios de Interpretação de dados laboratoriais
Conceitos
• Laboratório de Análises Clínicas – Responsável pela coleta (normalmente),
processamento da amostra, realização dos ensaios, e emissão de laudos.
Testes Rápidos – São exames realizados onde se localiza o paciente, com
determinações em tempo real, procurando atender as necessidades imediatas do
paciente.
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Finalidades de um laboratório clínico
• Confirmar ou rejeitar um diagnóstico. • Fornecer diretrizes de conduta para o
monitoramentodopaciente incluindoutilizaçãode oportunidadesparaexames. • Estabelecer
um prognóstico. • Detectar a doença caso a caso e/ou por meio de triagem • Monitorar a
terapia
Satisfação com os serviços do laboratório clínico
• Existência de um programa de garantia da qualidade
• Exatidão e precisão nos laboratórios
• Rapidez e prontidão
• Equipe qualificada
Cerca de 60% do corpo humano adulto é líquido, existindo troca de líquidos e solutos
com o meio externo e entre os compartimentos do corpo.
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2 SISTEMA HEMATOPOÉTICO
A Hematopoiese é o processo de formação, maturação e liberação na corrente sanguínea das células do
sangue.
O tecido conjuntivo hemocitopoético, ou tecido reticular, é produtor das duas linhagens de
glóbulos: leucócitos e hemácias. Esse tecido aparece no baço, no timo e nos nódulos linfáticos, recebendo
o nome de tecido linfóide. No interior da medula óssea vermelha, esse tecido é chamado mielóide,
ocupando os espaços entre lâminas ósseas que formamo osso esponjoso.
Em um recém-nascido, a Medula Óssea Vermelha de todos os ossos participa da produção de
células sanguíneas, mas à medida que o bebê cresce alguns ossos abandonam essa função,
transformando-se em um canal medular repleto de adipócitos: a Medula Óssea Amarela.
No adulto, a Medula Óssea Vermelha é encontrada no canal medular dos ossos longos e nas
cavidades dos ossos esponjosos:fêmur, úmero, esterno, vértebras, costelas e diploe dos ossos do crânio.
A medula óssea, que produz células do sangue, é uma estrutura alveolar com câmaras (lacunas), onde as
células precursoras se transformam em glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
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As células maduras (diferenciadas) saem da medula através dos capilares sinusóides.
Locais
A hematopoiese começa por volta da 3ª semana de gestação e altera os seus sítios de produção de acordo
com a idade humana.
Os principais períodos são classificados em:
Mesoblástico: ocorre no saco vitelínico desde o 19º dia até o 6º mês de gestação.
Hepático: inicia precocemente, por volta do 1º mês, e torna-se predominante na hematopoiese entre o 3º
e o 6º mês gestacional.
Medular: a partir do 6º ao 8º mês de gestação. Até os cinco anos de idade a medula de todos os ossos do
corpo participam do processo. À medida que os anos avançam, ocorre uma substituição gordurosa na
medula dos ossos longos. Na vida adulta somente os ossos da pelve, esterno, ossos do crânio, úmero,
fêmur e costelas serão capazes de gerar células sanguíneas.
Obs.: Há uma pequena produção esplênica (início – 3º mês) e linfática (início – 5º mês) durante a
gestação, que perdura pouco tempo após o nascimento.
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Medula óssea
A medula óssea com atividade hematopoiética é conhecida como medula vermelha, enquanto o restante
dos ossos possui medula óssea amarela, preenchida com tecido gorduroso. Essa substituição da medula
por gordura é um processo reversível.
É interessante notar a potencial repopulação de cavidades medulares onde a hematopoiese havia cessado.
Isso ocorre na talassemia e outras doenças hemolíticas crônicas. Pode haver aumento da circunferência
craniana em conseqüência da eritropoiese aumentada. Hepatoesplenomegalia pode significar
hematopoiese extramedular nesses pacientes.
A medula óssea é o principal órgão de armazenamento de neutrófilos maduros e contém cerca de 2,5 a 5
vezes o pool intravascular dessas células. Essa reserva é responsável pelo aumento rápido da contagemde
neutrófilos, durante infecções.
Regulação e manutenção
Hematopoiese compreende a eritropoiese, a leucopoiese e a trombopoiese. Existem substâncias
mediadores da hematopoiese, que são as interleucinas, hormônios circulantes e os fatores de crescimento
denominados CSF (colony stimulating factors).
Ex.: IL-3, IL-7, GM-CSF (granulocyte monocyte colony stimulating factor), Meg-CSF (megakaryocyte
colony stimulating factor).
Eritropoiese: ferro; aminoácidos e proteínas; vitamina B12, B6 e ácido fólico; cobre e cobalto. A
regulação da eritropoiese tem dois eixos: o nervoso, pela hipófise, e o humoral. O humoral subdivide-se
em específico (eritropoietina) e não-específico (andrógenos, corticóides, GH e hormônios tireoidianos). A
eritropoietina é uma glicoproteína produzida no parênquima renal (aparelho justaglomerular), emresposta
à hipóxia tecidual. Ela estimula os progenitores eritróides a formar mais eritroblastos.
Leucopoiese: o GM-CSF é principal o fator estimulador de colônia de granulócitos e monócitos,
produzido pelos macrófagos, fibroblastos e células endoteliais em resposta à inflamação. Toxinas
bacterianas são reguladores indiretos que agem estimulando a produção de GM-CSF. Existem também
imunohormônios tímicos e interleucinas responsáveis pelo controle do proces so (IL-2, IL-3, IL-4, IL-5,
etc.)
Trombopoiese: regulado por trombocitopoietina (produzida no rim), Meg-CSF e IL-3. Existem
mecanismos de feedback através de produtos de degradação e metabólitos responsáveis pela manutenção
do sistema.
O início da hematopoiese
Inicialmente, a célula-tronco se diferencia em dois tipos, cada tipo comprometido com a formação
de uma grande linhagem hematológica:mielóide (hemácias, plaquetas, granulócitos e monócitos) e
linfóide (linfócitos).
Eritropoiese
A célula progenitora mielóide se diferencia em mais dois tipos que são a UFC eritróide-megacariocítica e
a UFC granulocítica-monocítica. O precursor eritróide-megacariocítico se diferencia no eritroblasto, que
sofrerá maturação e se transformará, em última instância, numa hemácia (eritrócito).
O núcleo maduro torna-se gradativamente picnótico e à medida que a célula amadurece, até ser
finalmente expulso antes da célula sair da medula como reticulócito.
O reticulócito mantém uma capacidade residual de sintetizar proteínas e mitocôndrias. Esses precursores
diretos da hemácia estão envolvidos com a produção de cadeias de globina, enzimas glicolíticas e heme.
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Quando o RNA e a mitocôndria desaparecem da hemácia, esta não é mais capaz de sintetizar aqueles
componentes. A vida média de uma hemácia é cerca de 120 dias.
Granulopoiese
A produção dos granulócitos, já citada possui um pool mitótico de precursores neutrofílicos
(mieloblastos, promielócitos e mielócitos) que possuem grânulos primários. O pool pós -mitótico consiste
em metamielócitos, bastões e polimorfonucleares maduros que contém grânulos secundários, os quais
definem o tipo celular. Apenas bastões e neutrófilos maduros são completamente funcionais quanto à
fagocitose, quimiotaxia e a capacidade de degradar bactérias.
Neutrófilos têm uma vida pequena; após migrar da medula óssea, circulam por volta de 6 a 7 horas e
entram nos tecidos, onde se tornamcélulas terminais que não voltamà circulação.
A produção de eosinófilos é controlada pela IL-3. Essas células desempenham papel de defesa contra
parasitas, além de participar de processos reatogênicos alérgicos. São capazes de viver em tecidos por
tempo prolongado.
Trombopoiese
Megacariócitos são células gigantes multinucleadas, encontradas na medula óssea, derivadas de célu las-
tronco primitivas.
São poliplóides (16 a 32 vezes o conteúdo de DNA normal) em virtude da divisão nuclear sem divisão
citoplasmática.
As plaquetas formam-se por invaginação da membrana e “brotam” da periferia celular.
As plaquetas circulam por 7 a 10 dias e não possuemnúcleo, à semelhança dos eritrócitos.
Fonte: disciplinas.uniararas.br
Hematopoiese
A HEMATOPOIESE – A FORMAÇÃO DO SANGUE
“Um processo que se inicia no embrião, em torno do segundo mês, e se prolonga por toda a vida.”
É da parede do útero materno que o embrião retira os alimentos que necessita, nos primeiros dias de vida.
Em torno da terceira/quarta semana, porém, seu sistema de alimentação sofre uma modificação radical. O
pequeno ser em formação passa a alimentar-se através do sangue da mãe. E, para que os alimentos
possam ser distribuídos adequadamente pelo organismo embrionário, é indispensável um eficiente
sistema transportador de elementos nutritivos.
Ao completar um mês, o embrião já possue um sistema igual ao do adulto. Os vasos sangü íneos
percorrem o pequeno corpo, numa rede extensa e intrincada que leva o sangue para todas as partes do
organismo. E, ao fim do primeiro mês, já existe um coração rudimentar, que bombeia sangue para o corpo
em formação.
Durante toda a vida uterina, o feto sofre as transformações necessárias para adaptar o aparelho
circulatório à futura existência fora do útero. Mas, desde o início de segundo mês, o sangue já está
presente, comseus glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.
Nas três primeiras semanas de gestação, o embrião humano apresenta-se ao lado de uma espécie de bolsa
de grandes dimensões, o chamado saco vitelino. Nos vertebrados ovíparos esta bolsa funciona como um
reservatório de material nutritivo. No embrião humano, o saco vitelino não tem função de reservatório
alimentar, mas possui também um papel valioso.
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É nele que se inicia a formação dos vasos sangüíneos e dos glóbulos vermelhos do embrião. Por volta de
três semanas de gestação, podem ser observadas na parede externa do saco vitelino pequenas massas
celulares. Pouco a pouco, as células que formam esses aglomerados sofrem uma transformação e
originam pequenas ilhotas sangüíneas, as chamadas ilhotas de Wolff.
As células que delimitam o contorno das ilhotas vão originar as paredes dos primeiros vasos sangüíneos.
Gradualmente, o interior dessas ilhotas vai ficando vazio e as células mais internas transformam-se em
glóbulos vermelhos primitivos (megaloblastos). Assim, vasos sangüíneos e glóbulos vermelhos se
originam a partir da mesma estrutura inicial, situada fora do organismo do embrião. São portanto, de
origem extra-embrionária.
Formados os primeiros vasos sangüíneos, o processo se desencadeia e a produção de células do sangue
continua, initerruptamente, pelo resto da vida. Daí por diante, quem se encarrega de fabricar novos
glóbulos vermelhos para o transporte da nutrição do organismo embrionário são as células que existemno
interior dos vasos recémformados (células reticulares).
Pouco a pouco, o saco vitelino deixa de Ter qualquer função para a vida embrionária e começa a involuir.
A partir daí, as células do sangue passama ser produzidas no interior do próprio organismo.
O organismo do embrião possui três camadas fundamentais de tecidos. A mais exterior denomina-se
ectoderma e a mais interna, endoderma; a do meio é o mesoderma. É nesta camada média que são
produzidos novos vasos e glóbulos sangüíneos. No início, o mesoderma é constituído apenas por uma
massa gelatinosa de protoplasma, com núcleos dispersos. Não existem limites evidentes entre as células,
que se comunicam livremente, caracterizando, assim, o chamado sincício.
Pouco a pouco, o sincício mesodérmico dá origem à rede de delgados vasos capilares, forrados de
endotélio; o protoplasma original se liquefaz e se transforma no plasma, que é a parte líquida do sangue.
Em alguns pontos do endotélio, suas células proliferam e se diferenciam, dando origem a glóbulos
vermelhos. Assim aparecem no interior dos capilares massas de células portadoras de hemoglobina
(pigmento vermelho transportador de oxigênio), que preenchem e distendem o espaço interno desses
vasos recém-formados.
Quando estas células se tornam livres, passam a circular pela corrente sanguinea, caminhando pelo
plasma que acabou de se formar.
Finalmente, as células perdem os núcleos e transforma-se em glóbulos vermelhos, que normalmente
não têm núcleo: são células anucleadas.
Esse processo de formação do sangue que ocorre no mesoderma é, ao que parece o único exemplo de
fabricação de hemáceas no interior de vasos. Durante o resto da vida fetal, os glóbulos vermelhos serão
fabricados fora dos vasos.
Após o terceiro mês de vida fetal, a formação do sangue se processa, emparticular no fígado e tambémno
baço; é a chamada fase hepática da Hematopoiese (fabricação de sangue) fetal. Entre os vasos
sanguineos e as células que compõem esses órgãos, localiza-se o mesêquima, tecido derivado do
mesoderma. É a partir daí que se formam os glóbulos vermelhos do feto.
Um pouco mais tarde, aproximadamente na metade do período de vida fetal, a medula óssea começa a
desempenhar o papel de estrutura produtora de sangue. Tem início a fase mielóide (de myelos, medula)
de produção do sangue, que, emregra, continua durante toda a vida extra-uterina.
Em casos especiais em que o organismo exige maior quantidade de sangue, o fígado e o baço podem
retomar a atividade de formadores de sangue. O mesmo pode ocorrer no caso de destruição extensa da
medula óssea, por irradiação intensa, tumores ou depressão por drogas tóxicas.
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Origem e diferenciação das células do sangue
A hemafopoiese depende de:
Microambiente adequado (células do estroma)
Fatores de crescimento (ou fatores estimuladores de colónias = CSF)
AS CÉLULAS-TRONCO
As células especiais da medula óssea capazes de originar todos os tipos de células do sangue são
chamadas células-tronco. Um grupo especial de células da medula óssea vermelha se divide, originando
células linfóides – que vão originar os linfócitos dos tipos B e T – e células mielóides – que vão originar
os demais leucócitos, as hemácias e os megacariócitos. A diferenciação das células do sangue ocorre de
modo progressivo. Durante os sucessivos ciclos de divisão celular, as células -filhas tornam-se cada vez
mais diferenciadas.
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Comportamento das células-tronco
As células-tronco são células indiferenciadas com capacidade de multiplicação prolongada ou ilimitada,
capazes de produzir pelo menos um tipo de célula altamente diferenciada. Quando uma célula-tronco se
divide, além de uma célula diferenciada, dessa divisão também vai resultar uma célula que continua
idêntica a ela, ou seja, indiferenciada, para manter o estoque.
As células-tronco são classificadas segundo sua capacidade de gerar novos tipos celulares, ou seja, sua
potencialidade. Em ordem decrescente de potencialidade estão as células -tronco totipotentes,
pluripotentes e multipotentes.
O zigoto e as primeiras células que resultamde sua divisão são totipotentes, pois podemoriginar todos os
tipos de células e, se isoladas, até um organismo inteiro.
As células-tronco da medula óssea que originam todos os tipos de células do sangue são células
pluripotentes, pois originam muitos tipos celulares. Já os dois tipos celulares (mielóide e linfóide)
derivados dessas células pluripotentes da medula são chamados de multipotentes, pois têmpotencialidade
para originar alguns tipos celulares.
CLASSIFICAÇÃO DAS CÉLULAS-TRONCO DE ACORDO COM A SUA POTENCIALIDADE
Células-tronco totipotentes: podem originar um organismo inteiro. Os exemplos são o zigoto e as
primeiras células-tronco do embrião que resultam da divisão do zigoto.
Células-tronco pluripotentes: Podem originar quase todos os tipos de tecidos, mas não um organismo
inteiro. Um exemplo são as células-tronco embrionárias da massa interna do blastocisto.
Células-tronco multipotentes: Podem originar diversos tipos de tecidos, mas não todos. O melhor
exemplo são as células-tronco do adulto.
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Em relação à origem, uma classe importante de células-tronco são as chamadas células-tronco
embrionárias. Como o nome sugere, elas são derivadas de um embrião nos estágios iniciais de
desenvolvimento, na fase anterior à implantação no útero materno, quando o embrião é umconglomerado
de aproximadamente 200 células, chamado blastocisto.
À medida que o embrião se desenvolve, as células-tronco embrionárias se diferenciam em todos os
tipos de células nele presentes: sangue, pele, músculo, fígado, cérebro etc. Por isso, as célulastronco
embrionárias são chamadas pluripotentes.
Um outro grupo muito importante de células-tronco são as chamadas células-tronco do adulto. Elas
também são versáteis, mas possuemmenor poder de diferenciação do que as células -tronco embrionárias.
As células-tronco mais conhecidas e mais utilizadas na medicina são as células hematopoéticas da medula
óssea. Além da medula óssea, essas células são tambémparticularmente abundantes no sangue do cordão
umbilical e da placenta dos recém-nascidos, que também são consideradas células-tronco do adulto.
As células-tronco do adulto estão presentes em diferentes tecidos,sendo as responsáveis pela regeneração
parcial destes tecidos no caso de ferimento ou doença que os destroem.
GLÓBULOS VERMELHOS ou ERITRÓCITOS
Disco bicôncavo
Eritropoese: reticulócitos
Eritrócitos maduros
Tempo de vida: 120 dias
Valores normais:
Hemácias
Homem: 4.500.000 – 6.000.000/mm3
Mulher: 4.000.000 – 5.000.000/mm3
Membrana plasmática, citoesqueleto, hemoglobina, enzimas
Hemoglobina: proteína básica rosa pela eosina
Palidez central
GLÓBULOS BRANCOS ou LEUCÓCITOS
Leucócitos granulócitos:
Neutrófilos
Eosinófilos
Basófilos
Leucócitos agranulócitos:
Linfócitos
Monócitos
Adulto: 5.000 – 10.000/mm2
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NEUTRÓFILOS ou POLIMORFONUCLEARES
Granulócito neutrófilo
Tipo mais comum de leucócito no sangue (60-70%)
Tamanho: 12-14 µm
Núcleo altamente lobulado: 2 a 5 lóbulos unidos por pontes de cromatina
Bastonete: núcleo não segmentado
Citoplasma levemente pontilhado por grânulos, cor rosa-salmão:
Grânulos azurófilos ou primários: lisossomos, púrpura microbicidas
Grânulos específicos ou secundários: menores e mais numerosos, rosa-salmão fagocitose
DEFESA fagocitose e destruição dos microorganismos (bactérias)
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Corpúsculo de Barr: pequeno apêndice em forma de raquete no núcleo de neutrófilos de mulheres:
cromossomo X condensado
EOSINÓFILOS
Menos numerosos: 2-4% concentram-se na pele e mucosas
Tamanho: 12-17 µm
Núcleo bilobulado
Granulações maiores, grosseiras e vermelhas se coram pela eosina (acidófilas) lisossomos
Granulócito eosinófilo
Grânulos: cristalóide alongado internum proteína básica rica em arginina acidofilia
Externum ou matriz enzimas
DEFESA ESPECÍFICA: fagocitam complexos antígeno-anticorpo em processos parasitários e alérgicos
(asma) eosinofilia
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BASÓFILOS
Menos 1% dos leucócitos (mais raros)
Tamanho: 14-16 µm
Núcleo volumoso com forma retorcida e irregular – aspecto da letra S
Grandes grânulos citoplasmáticos, grosseiros, fortemente basofílicos (azul intenso) que encobrem o
núcleo
Granulócito basófilo
Grânulos metacromáticos histamina, fatores quimiotáticos para eosinófilos (ECFA), heparina
Receptores para IgE na membrana, assimcomo os mastócitos
Envolvidos em processos alérgicos e parasitários; fagocitose lenta
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LINFÓCITOS
Segunda célula mais comum do sangue: 20-50%
Tamanho: grandes (18 µm) e pequenos (6-8 µm) mais comuns
Núcleo redondo e escuro cromatina densa, em grumos grosseiros
Citoplasma pequeno e escasso, discreta basofilia (ribossomos) azul claro, pode conter grânulos
azurófilos
Linfócito
Defesa imunológica
Linfócitos B e T
Linfócitos B plasmócitos anticorpos
Linfócito T: maturação no timo, imunidade celular destruição de células infectadas por vírus (ação
citotóxica)
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MONÓCITOS
2-10% dos leucócitos
Tamanho: 16-20 µm (célula grande)
Núcleo ovóide em forma de rimou ferradura, excêntrico
Cromatina com arranjo frouxo e delicado núcleo mais claro e com 2-3 nucléolos
Monócito
Citoplasma basófilo e com grânulos azuróflos finos
Precursores dos macrófagos (tecido conjuntivo) fagocitam e matam microorganismos
PLAQUETAS ou TROMBÓCITOS
150.000 – 400.000/ml de sangue
Fragmentos celulares não-nucleados que tendem a se agrupar: 1,5-3,5 µm
Originadas de uma célula multinucleada da medula óssea megacariócito
Aspecto granular, coradas de púrpura devido às numerosas organelas
Citoesqueleto desenvolvido
Atuam na coagulação sanguínea: agregação plaquetas + proteínas plasmáticas (fibrinogênio) trombo
ou coágulo.
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PLAQUETAS
Referências Bibliográficas –
GUYTON, AC & HALL, JE. Textbookof Medical Physiology.11thed.Philadelphia:Elsevier,2006.
TORTORA,GJ & DERRICKSON,B.Principlesof AnatomyandPhysiology.12thed.Hoboken:John
Wiley & Sons, Inc., 2009.
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SAIBA MAIS...
Hematopoiese
O verbo gregopoiéo significa criar, produzir, fazer,e primitivamente tanto se aplicava à criação intelectual como ao
trabalhoartesanal.Poiesis expressa a açãode criar, produzir, fazer; e poietes,o agente daação, ou seja,o autor, criador
ou artesão.[1]
SegundoErnoutet Meillet[2] a transmissão oraldo gregoao latimresultou na palavra latina poesis, is, com perda da
vogal ie com o significado de criação literária emversos, quese manteve emportuguês na palavra poesia. Do mesmo
modo, de poietes, em grego, originou-se poeta, ae, em latim, e poeta em português.
Hematopoiese (do gr. haîma,atos,sangue+ poiesis) querdizer, portanto,formaçãodo sangue,e é termo bem antigo
no vocabulário médico greco-latino.
Riolan o empregou em 1650 na seguinte passagem, escrita em latim como era de praxe na
época: “Heparsitprimarium viscushaematopoeticum, liensecundarius“, ou seja, “o fígadoé a principal víscera onde
o sangue é formado,vindoa seguiro baço”.[3] Pensava-se, então, que o fígado e o baço eram os principais órgãos
hematopoiéticos.
A descobertada função hematopoiética da medula óssea foi feitaindependentemente por GiulioBizzozero, na Itália, e
Ernst Neumann, na Alemanha. Ambos publicaram sua descoberta no ano de l868.[4]
Tanto se usa hematopoiese como hemopoiese. O primeiro termo, entretanto, deve ser preferido por sua formação
regular a partir do genitivo.[5]
Na verdade, o termomais apropriadoseria hemocitopoiese, pois somente ascélulassanguíneassão formadas namedula
óssea.[6]
A questão linguística quese apresenta é saber se devemos escrever hematopoiese, respeitando a grafia original do
segundoelementogrego formador da palavra, ou se optamos pela forma hematopoiese, de procedência latina.
Em alemão escreve-se haematopoiesis e em inglês hematopoiesis.
Era de se esperar que as línguasneolatinasacompanhassemo latimcoma forma poesis,o que não ocorreu.Emfrancês,
Littré et Robin[7] recomendaramestaforma nos verbetes hemopoèse e hematopoèse, a qual, entretanto, nãoprevaleceu,
cedendo lugar àhemopoïèsee hematopoïèse.
Em italiano usa-se emopoiesi e ematopoiesi, consoante o trabalho original de Bizzozero: “Sulla funzione
ematopoietica del midollo delle ossa“.[4]
Em língua espanhola escreve-se hematopoyesis, substituindo-se a letra i grega por y.
Somente emportuguês encontra-se dicionarizada a terminação poese nos vocábulos hematopoiese, hemopoese e
correlatos. Os dicionários de Aurélio e de Houaiss, averbam hemopoiese e hematopoiese, porém, com remissão
para hemopoese e hematopoiese,o que pressupõepreferênciapara a forma semo i.[8][9] O VocabulárioOrtográfico da
Academia Brasileira de Letras registra as duas formas, com e sem i., em ambas as variantes do termo.[10]
Tratando-se de termo científicoformado diretamente deelementosgregos,sempassagempelolatim, e atendendo ao
ideal de uniformidadeinternacionalda terminologia médica,julgopreferível a forma hematopoiese (coma manutenção
da vogal i).
Logicamente,damesma formase escreverão todosos derivados e cognatos, tais como hematopoiético, hemopoiético,
hemocitopoiese, eritrocitopoiese, leucocitopoiese, etc.
Joffre M de Rezende
Referências bibliográficas
1. BAILLY, A. – Dictionnaire grec-français, 16. ed. Paris, Lib. Hachette, 1950.
2. ERNOUT, A.,MEILLET, A. – Dictionnaire étymologique de la langue latine. Histoiredesmots,4.ed.Paris,Ed. Klincksieck,
1979.
3. SKINNER, H. A. – The origin of medical terms, 2.ed. Baltimore, Williams & Wilkins, 1961, p. 200
4. MORTON, Leslie T. – A medical bibliography (Garrison and Morton), 4.ed. London, Gower, 1983.
5. GALVÃO, B.F.R. – Vocabulárioetymologico,ortographicoe prosodico das palavrasportuguesas derivadas da língua
grega. Rio de Janeiro, Liv. Francisco Alves, 1909.
6. REY, L. – Dicionário de termos técnicos de medicina e saúde. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S.A., 1999.
7. LITTRÉ, E., ROBIN, Ch. – Dictionnaire demédecine,de chirurgie,de pharmacie,de l’art vetérinaire et des sciences qui
s’y rapportent, 13.ed. Paris, Baillière et Fils, 1873.
8. FERREIRA, A.B.H. – Novo dicionário da língua portuguesa, 3.ed. Rio de Janeiro, Ed. Nova Fronteira, 1999.
9. HOUAISS, A., VILLAR, M.S. – Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Objetiva, 2001
10. ACADEMIA BRASILEIRA DELETRAS – Vocabulário ortográficoda línguaportuguesa,3. ed. Rio de Janeiro, Imprensa
Nacional, 1999.
Fonte: usuarios.cultura.com.br
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Curso hem001

  • 1. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudo para este Programa de Educação Continuada. È proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem autorização expressa do Portal Estude Ciências. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas dos aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. CURSO DE INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL DO HEMOGRAMA MÓDULO I
  • 2. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 SUMÁRIO MÓDULO I 1 INTRODUÇÃO 2 SISTEMA HEMATOPOÉTICO 2.1 HEMATOPOESE 2.2 ERITRÓCITOS 2.3 ERITROPOESE 2.4 METABOLISMO DO FERRO 2.5 METABOLISMO DA HEMOGLOBINA 3 ANEMIAS E POLICITEMIAS 3.1 ANEMIAS 3.2 ANEMIAS – CLASSIFICAÇÃO QUANTO A MORFOLOGIA 3.2.1 Anemias pseudomacrocísticas 3.2.2 Anemias macrocísticas verdadeiras 3.2.3 Anemia normocíticas 3.2.4 Anemia microcísticas 3.3 ANEMIAS – CLASSIFICAÇÕESQUANTO À RESPOSTA DA MEDULA ÓSSEA 3.3.1 Anemias Regenerativas 3.3.1.1 Anemias Regenerativas hemorrágicas 3.3.1.2 Anemias Regenerativas hemolíticas 3.3.2 Anemias arregenerativas 3.3.2.1 Anemias arregenerativas primárias 3.3.2.2 Anemias arregenerativas secundárias 4 POLICITEMIAS 4.1 POLICITEMIAS FALSA 4.2 POLICITEMIAS VERDADEIRA 4.2.1 Policitemia verdadeira primária 4.2.2 Policitemia verdadeira secundária 4.2.3 Policromatofilia ou Policromasia 4.2.4 Hipocromia e Microcitose 4.2.5 Anisocitose
  • 3. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 4.2.6 Rouleaux e Hemoaglutinação 4.2.7 Poiquilocitose 4.2.8 Hemácias em alvo 4.2.9 Excentrócitos 4.2.10 Esferócitos 4.2.11 Hemácias – fantasma 4.2.12 Acantócitos ou burr cell 4.2.13 Crenação 4.2.14 Eliptóses 4.2.15 Estomatócitos 4.2.16 Esquitócitos 4.2.17 Queratócitos 4.2.18 Dacriócitos MÓDULO II 5 LEUCÓCITOS 5.1 LEUCOCITOPOESE 5.2 FUNÇÕES DOS LEUCÓCITOS 6. LEUCOPENIA E LEUCOCITOS 7. NEUTROFILIA 8. NEUTROPENIA 9. DESVIO NUCLEAR DOS NEUTRÓFILOS 10. EOSINOFILIA 11. EOSINOPENIA OU ANEOSINOFILIA 12. BASOFILIA 13. MONOCITOSE 14. LINFOCITOSE 15. LINFOPENIA 16. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS LEUCÓCITOS 17. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS NEUTRÓFILOS 17.1 ALTERAÇÕES NUCLEARES 17.2 ALTERAÇÕES TÓXICAS 17.3 INCLUSÕES INTRANEUTRÓFILOS 18. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS MONÓCITOS 19. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS DOS LINFÓCITOS
  • 4. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 20. ENFERMIDADES DE LEUCÓCITOS 21. ENFERMIDADES CONGÊNITAS DE LEUCÓCITOS 20.2 ENFERMIDADES INFECCIOSAS DE LEUCÓCITOS 20.3 ENFERMIDADES NEOPLÁSICAS DE LEUCÓCITOS 20.3.1 LEUCEMIA LINFOCÍTICA 20.3.2 LEUCEMIA MIELOIDE 21. RESPOSTA LEUCOCITÁRIA MÓDULO III 22. PLAQUETAS 22.1 MEGACARIOCITOPOESE 22.2 HEMOSTASIA 22.2.1 Vasos sanguineo na coagulação 22.2.2 Plaquetas na coagulação 22.2.3 Fatores da coagulação 22.2.4 Fibrinólise 23. ALTERAÇÕES DA HEMOSTASIA 23.1 AVALIAÇÃO CLÍNICA E LABORATÓRIAL 23.2 HEMOSTASIA PRIMÁRIA - DESORDENS VASCULARES EPLAQUETÁRIAS 23.2.1 Desordem casculares 23.2.2 Trombocitopenias 23.2.3 Trombocitopatias 23.2.4 Alteraçoes morfológicas das plaquetas 23.3 HEMOSTASIA SECUNDÁRIA – DESORDEM DA CASCATA DA COAGULAÇÃO 23.3.1 Coagulopatias do Sistema Intríseco 23.3.2 Coagulopatias do Sistema Extrínseco 23.3.3 Coagulopatias de Ambos os Sistemas 23.3.4 Coagulação Intravascular Disseminada 24. PLASMA 24.1 POTEÍNAS PLASMÁTICAS TOTAIS 24.2 FIBRINOGÊNIO 24.3 ÍNDICE ICTÉRICO
  • 5. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 MÓDULO IV 25. COLETA DA AMOSTRA 25.1 ANTICOAGULANTES 26. PROCESSAMENTO DA AMOSTRA 26.1 HEMOGRAMA 26.1.1 Hematimetria ( Hm) 26.1.2 Hemoglobinemia (Hb) 26.1.3 Hematócrito ( Ht) ou Volume Globular (VG) 26.1.4 Índices Hematimétricos ( VGM e CHGM) 26.1.5 Contagem de Reticulócitos 26.1.6 Proteínas Plasmáticas Totais (PPT) 26.1.7 Fibrinogênio Plasmático (F) 26.1.8 Índice Ictérico (II) 26.1.9 Leucometria Global (LG) 26.1.10 Leucometria Diferencial 26.1.11 Esfregaço Sanguíneo 26.1.12 Plaquetometria MÓDULO V 27. INTERPRETAÇAO DO HEMOGRAMA 28. CASO CLÍNICO 1 29. CASO CLÍNICO 2 30. CASO CLÍNICO 3 31. CASO CLÍNICO 4 32. CASO CLÍNICO 5 33. CASO CLÍNICO 6 ANEXO 1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • 6. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 MÓDULO I 2 SISTEMA HEMATOPOÉTICO 2.1 HEMATOPOESE 2.2 ERITRÓCITOS 2.3 ERITROPOESE 2.4 METABOLISMO DO FERRO 2.5 METABOLISMO DA HEMOGLOBINA 3 ANEMIAS E POLICITEMIAS 3.1 ANEMIAS 3.2 ANEMIAS – CLASSIFICAÇÃO QUANTO A MORFOLOGIA 3.2.1 Anemias pseudomacrocísticas 3.2.2 Anemias macrocísticas verdadeiras 3.2.3 Anemia normocíticas 3.2.4 Anemia microcísticas 3.3 ANEMIAS – CLASSIFICAÇÕESQUANTO À RESPOSTA DA MEDULA ÓSSEA 3.3.1 Anemias Regenerativas 3.3.1.1 Anemias Regenerativas hemorrágicas 3.3.1.2 Anemias Regenerativas hemolíticas 3.3.2 Anemias arregenerativas 3.3.2.1 Anemias arregenerativas primárias 3.3.2.2 Anemias arregenerativas secundárias 4 POLICITEMIAS 4.1 POLICITEMIAS FALSA 4.2 POLICITEMIAS VERDADEIRA 4.2.1 Policitemia verdadeira primária 4.2.2 Policitemia verdadeira secundária 4.2.3 Policromatofilia ou Policromasia 4.2.4 Hipocromia e Microcitose 4.2.5 Anisocitose 4.2.6 Rouleaux e Hemoaglutinação 4.2.7 Poiquilocitose 4.2.8 Hemácias em alvo
  • 7. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 4.2.9 Excentrócitos 4.2.10 Esferócitos 4.2.11 Hemácias – fantasma 4.2.12 Acantócitos ou burr cell 4.2.13 Crenação 4.2.14 Eliptóses 4.2.15 Estomatócitos 4.2.16 Esquitócitos 4.2.17 Queratócitos 4.2.18 Dacriócitos
  • 8. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 MÓDULO I 1 INTRODUÇÃO Os organismos vivos são compostos de moléculas constituídas de vida. Quando essas moléculas são isoladas e examinadas individualmente, elas obedecem a todas as leis físicas e químicas que descrevem o comportamento da matéria animada por possuí um grau de complexidade internas intricadas e o sangue é um desses compostos essencial para a vida. O sangue pode ser considerado um tecido conjuntivo em que a substância intercelular, o plasma, é líquida, formada principalmente por água e proteínas, e que serve de meio de transporte de nutrientes, hormônios, anticorpos e excretas. Este curso pretende proporcionar uma base para conhecer os traços morfológicos celulares encontrados no sangue periférico humano e para isso usaremos microfotografias onde será capaz de apreciar a morfologia normal e as anormalidades mais comuns. Princípios de Interpretação de dados laboratoriais Conceitos • Laboratório de Análises Clínicas – Responsável pela coleta (normalmente), processamento da amostra, realização dos ensaios, e emissão de laudos. Testes Rápidos – São exames realizados onde se localiza o paciente, com determinações em tempo real, procurando atender as necessidades imediatas do paciente.
  • 9. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 Finalidades de um laboratório clínico • Confirmar ou rejeitar um diagnóstico. • Fornecer diretrizes de conduta para o monitoramentodopaciente incluindoutilizaçãode oportunidadesparaexames. • Estabelecer um prognóstico. • Detectar a doença caso a caso e/ou por meio de triagem • Monitorar a terapia Satisfação com os serviços do laboratório clínico • Existência de um programa de garantia da qualidade • Exatidão e precisão nos laboratórios • Rapidez e prontidão • Equipe qualificada Cerca de 60% do corpo humano adulto é líquido, existindo troca de líquidos e solutos com o meio externo e entre os compartimentos do corpo.
  • 10. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 2 SISTEMA HEMATOPOÉTICO A Hematopoiese é o processo de formação, maturação e liberação na corrente sanguínea das células do sangue. O tecido conjuntivo hemocitopoético, ou tecido reticular, é produtor das duas linhagens de glóbulos: leucócitos e hemácias. Esse tecido aparece no baço, no timo e nos nódulos linfáticos, recebendo o nome de tecido linfóide. No interior da medula óssea vermelha, esse tecido é chamado mielóide, ocupando os espaços entre lâminas ósseas que formamo osso esponjoso. Em um recém-nascido, a Medula Óssea Vermelha de todos os ossos participa da produção de células sanguíneas, mas à medida que o bebê cresce alguns ossos abandonam essa função, transformando-se em um canal medular repleto de adipócitos: a Medula Óssea Amarela. No adulto, a Medula Óssea Vermelha é encontrada no canal medular dos ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos:fêmur, úmero, esterno, vértebras, costelas e diploe dos ossos do crânio. A medula óssea, que produz células do sangue, é uma estrutura alveolar com câmaras (lacunas), onde as células precursoras se transformam em glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.
  • 11. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 As células maduras (diferenciadas) saem da medula através dos capilares sinusóides. Locais A hematopoiese começa por volta da 3ª semana de gestação e altera os seus sítios de produção de acordo com a idade humana. Os principais períodos são classificados em: Mesoblástico: ocorre no saco vitelínico desde o 19º dia até o 6º mês de gestação. Hepático: inicia precocemente, por volta do 1º mês, e torna-se predominante na hematopoiese entre o 3º e o 6º mês gestacional. Medular: a partir do 6º ao 8º mês de gestação. Até os cinco anos de idade a medula de todos os ossos do corpo participam do processo. À medida que os anos avançam, ocorre uma substituição gordurosa na medula dos ossos longos. Na vida adulta somente os ossos da pelve, esterno, ossos do crânio, úmero, fêmur e costelas serão capazes de gerar células sanguíneas. Obs.: Há uma pequena produção esplênica (início – 3º mês) e linfática (início – 5º mês) durante a gestação, que perdura pouco tempo após o nascimento.
  • 12. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 Medula óssea A medula óssea com atividade hematopoiética é conhecida como medula vermelha, enquanto o restante dos ossos possui medula óssea amarela, preenchida com tecido gorduroso. Essa substituição da medula por gordura é um processo reversível. É interessante notar a potencial repopulação de cavidades medulares onde a hematopoiese havia cessado. Isso ocorre na talassemia e outras doenças hemolíticas crônicas. Pode haver aumento da circunferência craniana em conseqüência da eritropoiese aumentada. Hepatoesplenomegalia pode significar hematopoiese extramedular nesses pacientes. A medula óssea é o principal órgão de armazenamento de neutrófilos maduros e contém cerca de 2,5 a 5 vezes o pool intravascular dessas células. Essa reserva é responsável pelo aumento rápido da contagemde neutrófilos, durante infecções. Regulação e manutenção Hematopoiese compreende a eritropoiese, a leucopoiese e a trombopoiese. Existem substâncias mediadores da hematopoiese, que são as interleucinas, hormônios circulantes e os fatores de crescimento denominados CSF (colony stimulating factors). Ex.: IL-3, IL-7, GM-CSF (granulocyte monocyte colony stimulating factor), Meg-CSF (megakaryocyte colony stimulating factor). Eritropoiese: ferro; aminoácidos e proteínas; vitamina B12, B6 e ácido fólico; cobre e cobalto. A regulação da eritropoiese tem dois eixos: o nervoso, pela hipófise, e o humoral. O humoral subdivide-se em específico (eritropoietina) e não-específico (andrógenos, corticóides, GH e hormônios tireoidianos). A eritropoietina é uma glicoproteína produzida no parênquima renal (aparelho justaglomerular), emresposta à hipóxia tecidual. Ela estimula os progenitores eritróides a formar mais eritroblastos. Leucopoiese: o GM-CSF é principal o fator estimulador de colônia de granulócitos e monócitos, produzido pelos macrófagos, fibroblastos e células endoteliais em resposta à inflamação. Toxinas bacterianas são reguladores indiretos que agem estimulando a produção de GM-CSF. Existem também imunohormônios tímicos e interleucinas responsáveis pelo controle do proces so (IL-2, IL-3, IL-4, IL-5, etc.) Trombopoiese: regulado por trombocitopoietina (produzida no rim), Meg-CSF e IL-3. Existem mecanismos de feedback através de produtos de degradação e metabólitos responsáveis pela manutenção do sistema. O início da hematopoiese Inicialmente, a célula-tronco se diferencia em dois tipos, cada tipo comprometido com a formação de uma grande linhagem hematológica:mielóide (hemácias, plaquetas, granulócitos e monócitos) e linfóide (linfócitos). Eritropoiese A célula progenitora mielóide se diferencia em mais dois tipos que são a UFC eritróide-megacariocítica e a UFC granulocítica-monocítica. O precursor eritróide-megacariocítico se diferencia no eritroblasto, que sofrerá maturação e se transformará, em última instância, numa hemácia (eritrócito). O núcleo maduro torna-se gradativamente picnótico e à medida que a célula amadurece, até ser finalmente expulso antes da célula sair da medula como reticulócito. O reticulócito mantém uma capacidade residual de sintetizar proteínas e mitocôndrias. Esses precursores diretos da hemácia estão envolvidos com a produção de cadeias de globina, enzimas glicolíticas e heme.
  • 13. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 Quando o RNA e a mitocôndria desaparecem da hemácia, esta não é mais capaz de sintetizar aqueles componentes. A vida média de uma hemácia é cerca de 120 dias. Granulopoiese A produção dos granulócitos, já citada possui um pool mitótico de precursores neutrofílicos (mieloblastos, promielócitos e mielócitos) que possuem grânulos primários. O pool pós -mitótico consiste em metamielócitos, bastões e polimorfonucleares maduros que contém grânulos secundários, os quais definem o tipo celular. Apenas bastões e neutrófilos maduros são completamente funcionais quanto à fagocitose, quimiotaxia e a capacidade de degradar bactérias. Neutrófilos têm uma vida pequena; após migrar da medula óssea, circulam por volta de 6 a 7 horas e entram nos tecidos, onde se tornamcélulas terminais que não voltamà circulação. A produção de eosinófilos é controlada pela IL-3. Essas células desempenham papel de defesa contra parasitas, além de participar de processos reatogênicos alérgicos. São capazes de viver em tecidos por tempo prolongado. Trombopoiese Megacariócitos são células gigantes multinucleadas, encontradas na medula óssea, derivadas de célu las- tronco primitivas. São poliplóides (16 a 32 vezes o conteúdo de DNA normal) em virtude da divisão nuclear sem divisão citoplasmática. As plaquetas formam-se por invaginação da membrana e “brotam” da periferia celular. As plaquetas circulam por 7 a 10 dias e não possuemnúcleo, à semelhança dos eritrócitos. Fonte: disciplinas.uniararas.br Hematopoiese A HEMATOPOIESE – A FORMAÇÃO DO SANGUE “Um processo que se inicia no embrião, em torno do segundo mês, e se prolonga por toda a vida.” É da parede do útero materno que o embrião retira os alimentos que necessita, nos primeiros dias de vida. Em torno da terceira/quarta semana, porém, seu sistema de alimentação sofre uma modificação radical. O pequeno ser em formação passa a alimentar-se através do sangue da mãe. E, para que os alimentos possam ser distribuídos adequadamente pelo organismo embrionário, é indispensável um eficiente sistema transportador de elementos nutritivos. Ao completar um mês, o embrião já possue um sistema igual ao do adulto. Os vasos sangü íneos percorrem o pequeno corpo, numa rede extensa e intrincada que leva o sangue para todas as partes do organismo. E, ao fim do primeiro mês, já existe um coração rudimentar, que bombeia sangue para o corpo em formação. Durante toda a vida uterina, o feto sofre as transformações necessárias para adaptar o aparelho circulatório à futura existência fora do útero. Mas, desde o início de segundo mês, o sangue já está presente, comseus glóbulos vermelhos (hemácias), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas. Nas três primeiras semanas de gestação, o embrião humano apresenta-se ao lado de uma espécie de bolsa de grandes dimensões, o chamado saco vitelino. Nos vertebrados ovíparos esta bolsa funciona como um reservatório de material nutritivo. No embrião humano, o saco vitelino não tem função de reservatório alimentar, mas possui também um papel valioso.
  • 14. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 É nele que se inicia a formação dos vasos sangüíneos e dos glóbulos vermelhos do embrião. Por volta de três semanas de gestação, podem ser observadas na parede externa do saco vitelino pequenas massas celulares. Pouco a pouco, as células que formam esses aglomerados sofrem uma transformação e originam pequenas ilhotas sangüíneas, as chamadas ilhotas de Wolff. As células que delimitam o contorno das ilhotas vão originar as paredes dos primeiros vasos sangüíneos. Gradualmente, o interior dessas ilhotas vai ficando vazio e as células mais internas transformam-se em glóbulos vermelhos primitivos (megaloblastos). Assim, vasos sangüíneos e glóbulos vermelhos se originam a partir da mesma estrutura inicial, situada fora do organismo do embrião. São portanto, de origem extra-embrionária. Formados os primeiros vasos sangüíneos, o processo se desencadeia e a produção de células do sangue continua, initerruptamente, pelo resto da vida. Daí por diante, quem se encarrega de fabricar novos glóbulos vermelhos para o transporte da nutrição do organismo embrionário são as células que existemno interior dos vasos recémformados (células reticulares). Pouco a pouco, o saco vitelino deixa de Ter qualquer função para a vida embrionária e começa a involuir. A partir daí, as células do sangue passama ser produzidas no interior do próprio organismo. O organismo do embrião possui três camadas fundamentais de tecidos. A mais exterior denomina-se ectoderma e a mais interna, endoderma; a do meio é o mesoderma. É nesta camada média que são produzidos novos vasos e glóbulos sangüíneos. No início, o mesoderma é constituído apenas por uma massa gelatinosa de protoplasma, com núcleos dispersos. Não existem limites evidentes entre as células, que se comunicam livremente, caracterizando, assim, o chamado sincício. Pouco a pouco, o sincício mesodérmico dá origem à rede de delgados vasos capilares, forrados de endotélio; o protoplasma original se liquefaz e se transforma no plasma, que é a parte líquida do sangue. Em alguns pontos do endotélio, suas células proliferam e se diferenciam, dando origem a glóbulos vermelhos. Assim aparecem no interior dos capilares massas de células portadoras de hemoglobina (pigmento vermelho transportador de oxigênio), que preenchem e distendem o espaço interno desses vasos recém-formados. Quando estas células se tornam livres, passam a circular pela corrente sanguinea, caminhando pelo plasma que acabou de se formar. Finalmente, as células perdem os núcleos e transforma-se em glóbulos vermelhos, que normalmente não têm núcleo: são células anucleadas. Esse processo de formação do sangue que ocorre no mesoderma é, ao que parece o único exemplo de fabricação de hemáceas no interior de vasos. Durante o resto da vida fetal, os glóbulos vermelhos serão fabricados fora dos vasos. Após o terceiro mês de vida fetal, a formação do sangue se processa, emparticular no fígado e tambémno baço; é a chamada fase hepática da Hematopoiese (fabricação de sangue) fetal. Entre os vasos sanguineos e as células que compõem esses órgãos, localiza-se o mesêquima, tecido derivado do mesoderma. É a partir daí que se formam os glóbulos vermelhos do feto. Um pouco mais tarde, aproximadamente na metade do período de vida fetal, a medula óssea começa a desempenhar o papel de estrutura produtora de sangue. Tem início a fase mielóide (de myelos, medula) de produção do sangue, que, emregra, continua durante toda a vida extra-uterina. Em casos especiais em que o organismo exige maior quantidade de sangue, o fígado e o baço podem retomar a atividade de formadores de sangue. O mesmo pode ocorrer no caso de destruição extensa da medula óssea, por irradiação intensa, tumores ou depressão por drogas tóxicas.
  • 15. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 Origem e diferenciação das células do sangue A hemafopoiese depende de: Microambiente adequado (células do estroma) Fatores de crescimento (ou fatores estimuladores de colónias = CSF) AS CÉLULAS-TRONCO As células especiais da medula óssea capazes de originar todos os tipos de células do sangue são chamadas células-tronco. Um grupo especial de células da medula óssea vermelha se divide, originando células linfóides – que vão originar os linfócitos dos tipos B e T – e células mielóides – que vão originar os demais leucócitos, as hemácias e os megacariócitos. A diferenciação das células do sangue ocorre de modo progressivo. Durante os sucessivos ciclos de divisão celular, as células -filhas tornam-se cada vez mais diferenciadas.
  • 16. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 Comportamento das células-tronco As células-tronco são células indiferenciadas com capacidade de multiplicação prolongada ou ilimitada, capazes de produzir pelo menos um tipo de célula altamente diferenciada. Quando uma célula-tronco se divide, além de uma célula diferenciada, dessa divisão também vai resultar uma célula que continua idêntica a ela, ou seja, indiferenciada, para manter o estoque. As células-tronco são classificadas segundo sua capacidade de gerar novos tipos celulares, ou seja, sua potencialidade. Em ordem decrescente de potencialidade estão as células -tronco totipotentes, pluripotentes e multipotentes. O zigoto e as primeiras células que resultamde sua divisão são totipotentes, pois podemoriginar todos os tipos de células e, se isoladas, até um organismo inteiro. As células-tronco da medula óssea que originam todos os tipos de células do sangue são células pluripotentes, pois originam muitos tipos celulares. Já os dois tipos celulares (mielóide e linfóide) derivados dessas células pluripotentes da medula são chamados de multipotentes, pois têmpotencialidade para originar alguns tipos celulares. CLASSIFICAÇÃO DAS CÉLULAS-TRONCO DE ACORDO COM A SUA POTENCIALIDADE Células-tronco totipotentes: podem originar um organismo inteiro. Os exemplos são o zigoto e as primeiras células-tronco do embrião que resultam da divisão do zigoto. Células-tronco pluripotentes: Podem originar quase todos os tipos de tecidos, mas não um organismo inteiro. Um exemplo são as células-tronco embrionárias da massa interna do blastocisto. Células-tronco multipotentes: Podem originar diversos tipos de tecidos, mas não todos. O melhor exemplo são as células-tronco do adulto.
  • 17. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 Em relação à origem, uma classe importante de células-tronco são as chamadas células-tronco embrionárias. Como o nome sugere, elas são derivadas de um embrião nos estágios iniciais de desenvolvimento, na fase anterior à implantação no útero materno, quando o embrião é umconglomerado de aproximadamente 200 células, chamado blastocisto. À medida que o embrião se desenvolve, as células-tronco embrionárias se diferenciam em todos os tipos de células nele presentes: sangue, pele, músculo, fígado, cérebro etc. Por isso, as célulastronco embrionárias são chamadas pluripotentes. Um outro grupo muito importante de células-tronco são as chamadas células-tronco do adulto. Elas também são versáteis, mas possuemmenor poder de diferenciação do que as células -tronco embrionárias. As células-tronco mais conhecidas e mais utilizadas na medicina são as células hematopoéticas da medula óssea. Além da medula óssea, essas células são tambémparticularmente abundantes no sangue do cordão umbilical e da placenta dos recém-nascidos, que também são consideradas células-tronco do adulto. As células-tronco do adulto estão presentes em diferentes tecidos,sendo as responsáveis pela regeneração parcial destes tecidos no caso de ferimento ou doença que os destroem. GLÓBULOS VERMELHOS ou ERITRÓCITOS Disco bicôncavo Eritropoese: reticulócitos Eritrócitos maduros Tempo de vida: 120 dias Valores normais: Hemácias Homem: 4.500.000 – 6.000.000/mm3 Mulher: 4.000.000 – 5.000.000/mm3 Membrana plasmática, citoesqueleto, hemoglobina, enzimas Hemoglobina: proteína básica rosa pela eosina Palidez central GLÓBULOS BRANCOS ou LEUCÓCITOS Leucócitos granulócitos: Neutrófilos Eosinófilos Basófilos Leucócitos agranulócitos: Linfócitos Monócitos Adulto: 5.000 – 10.000/mm2
  • 18. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 NEUTRÓFILOS ou POLIMORFONUCLEARES Granulócito neutrófilo Tipo mais comum de leucócito no sangue (60-70%) Tamanho: 12-14 µm Núcleo altamente lobulado: 2 a 5 lóbulos unidos por pontes de cromatina Bastonete: núcleo não segmentado Citoplasma levemente pontilhado por grânulos, cor rosa-salmão: Grânulos azurófilos ou primários: lisossomos, púrpura microbicidas Grânulos específicos ou secundários: menores e mais numerosos, rosa-salmão fagocitose DEFESA fagocitose e destruição dos microorganismos (bactérias)
  • 19. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 Corpúsculo de Barr: pequeno apêndice em forma de raquete no núcleo de neutrófilos de mulheres: cromossomo X condensado EOSINÓFILOS Menos numerosos: 2-4% concentram-se na pele e mucosas Tamanho: 12-17 µm Núcleo bilobulado Granulações maiores, grosseiras e vermelhas se coram pela eosina (acidófilas) lisossomos Granulócito eosinófilo Grânulos: cristalóide alongado internum proteína básica rica em arginina acidofilia Externum ou matriz enzimas DEFESA ESPECÍFICA: fagocitam complexos antígeno-anticorpo em processos parasitários e alérgicos (asma) eosinofilia
  • 20. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 BASÓFILOS Menos 1% dos leucócitos (mais raros) Tamanho: 14-16 µm Núcleo volumoso com forma retorcida e irregular – aspecto da letra S Grandes grânulos citoplasmáticos, grosseiros, fortemente basofílicos (azul intenso) que encobrem o núcleo Granulócito basófilo Grânulos metacromáticos histamina, fatores quimiotáticos para eosinófilos (ECFA), heparina Receptores para IgE na membrana, assimcomo os mastócitos Envolvidos em processos alérgicos e parasitários; fagocitose lenta
  • 21. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 LINFÓCITOS Segunda célula mais comum do sangue: 20-50% Tamanho: grandes (18 µm) e pequenos (6-8 µm) mais comuns Núcleo redondo e escuro cromatina densa, em grumos grosseiros Citoplasma pequeno e escasso, discreta basofilia (ribossomos) azul claro, pode conter grânulos azurófilos Linfócito Defesa imunológica Linfócitos B e T Linfócitos B plasmócitos anticorpos Linfócito T: maturação no timo, imunidade celular destruição de células infectadas por vírus (ação citotóxica)
  • 22. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 MONÓCITOS 2-10% dos leucócitos Tamanho: 16-20 µm (célula grande) Núcleo ovóide em forma de rimou ferradura, excêntrico Cromatina com arranjo frouxo e delicado núcleo mais claro e com 2-3 nucléolos Monócito Citoplasma basófilo e com grânulos azuróflos finos Precursores dos macrófagos (tecido conjuntivo) fagocitam e matam microorganismos PLAQUETAS ou TROMBÓCITOS 150.000 – 400.000/ml de sangue Fragmentos celulares não-nucleados que tendem a se agrupar: 1,5-3,5 µm Originadas de uma célula multinucleada da medula óssea megacariócito Aspecto granular, coradas de púrpura devido às numerosas organelas Citoesqueleto desenvolvido Atuam na coagulação sanguínea: agregação plaquetas + proteínas plasmáticas (fibrinogênio) trombo ou coágulo.
  • 23. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 PLAQUETAS Referências Bibliográficas – GUYTON, AC & HALL, JE. Textbookof Medical Physiology.11thed.Philadelphia:Elsevier,2006. TORTORA,GJ & DERRICKSON,B.Principlesof AnatomyandPhysiology.12thed.Hoboken:John Wiley & Sons, Inc., 2009.
  • 24. http://enzymelab.lmsestudio.com Documento não controlado - ANO1HEM001 SAIBA MAIS... Hematopoiese O verbo gregopoiéo significa criar, produzir, fazer,e primitivamente tanto se aplicava à criação intelectual como ao trabalhoartesanal.Poiesis expressa a açãode criar, produzir, fazer; e poietes,o agente daação, ou seja,o autor, criador ou artesão.[1] SegundoErnoutet Meillet[2] a transmissão oraldo gregoao latimresultou na palavra latina poesis, is, com perda da vogal ie com o significado de criação literária emversos, quese manteve emportuguês na palavra poesia. Do mesmo modo, de poietes, em grego, originou-se poeta, ae, em latim, e poeta em português. Hematopoiese (do gr. haîma,atos,sangue+ poiesis) querdizer, portanto,formaçãodo sangue,e é termo bem antigo no vocabulário médico greco-latino. Riolan o empregou em 1650 na seguinte passagem, escrita em latim como era de praxe na época: “Heparsitprimarium viscushaematopoeticum, liensecundarius“, ou seja, “o fígadoé a principal víscera onde o sangue é formado,vindoa seguiro baço”.[3] Pensava-se, então, que o fígado e o baço eram os principais órgãos hematopoiéticos. A descobertada função hematopoiética da medula óssea foi feitaindependentemente por GiulioBizzozero, na Itália, e Ernst Neumann, na Alemanha. Ambos publicaram sua descoberta no ano de l868.[4] Tanto se usa hematopoiese como hemopoiese. O primeiro termo, entretanto, deve ser preferido por sua formação regular a partir do genitivo.[5] Na verdade, o termomais apropriadoseria hemocitopoiese, pois somente ascélulassanguíneassão formadas namedula óssea.[6] A questão linguística quese apresenta é saber se devemos escrever hematopoiese, respeitando a grafia original do segundoelementogrego formador da palavra, ou se optamos pela forma hematopoiese, de procedência latina. Em alemão escreve-se haematopoiesis e em inglês hematopoiesis. Era de se esperar que as línguasneolatinasacompanhassemo latimcoma forma poesis,o que não ocorreu.Emfrancês, Littré et Robin[7] recomendaramestaforma nos verbetes hemopoèse e hematopoèse, a qual, entretanto, nãoprevaleceu, cedendo lugar àhemopoïèsee hematopoïèse. Em italiano usa-se emopoiesi e ematopoiesi, consoante o trabalho original de Bizzozero: “Sulla funzione ematopoietica del midollo delle ossa“.[4] Em língua espanhola escreve-se hematopoyesis, substituindo-se a letra i grega por y. Somente emportuguês encontra-se dicionarizada a terminação poese nos vocábulos hematopoiese, hemopoese e correlatos. Os dicionários de Aurélio e de Houaiss, averbam hemopoiese e hematopoiese, porém, com remissão para hemopoese e hematopoiese,o que pressupõepreferênciapara a forma semo i.[8][9] O VocabulárioOrtográfico da Academia Brasileira de Letras registra as duas formas, com e sem i., em ambas as variantes do termo.[10] Tratando-se de termo científicoformado diretamente deelementosgregos,sempassagempelolatim, e atendendo ao ideal de uniformidadeinternacionalda terminologia médica,julgopreferível a forma hematopoiese (coma manutenção da vogal i). Logicamente,damesma formase escreverão todosos derivados e cognatos, tais como hematopoiético, hemopoiético, hemocitopoiese, eritrocitopoiese, leucocitopoiese, etc. Joffre M de Rezende Referências bibliográficas 1. BAILLY, A. – Dictionnaire grec-français, 16. ed. Paris, Lib. Hachette, 1950. 2. ERNOUT, A.,MEILLET, A. – Dictionnaire étymologique de la langue latine. Histoiredesmots,4.ed.Paris,Ed. Klincksieck, 1979. 3. SKINNER, H. A. – The origin of medical terms, 2.ed. Baltimore, Williams & Wilkins, 1961, p. 200 4. MORTON, Leslie T. – A medical bibliography (Garrison and Morton), 4.ed. London, Gower, 1983. 5. GALVÃO, B.F.R. – Vocabulárioetymologico,ortographicoe prosodico das palavrasportuguesas derivadas da língua grega. Rio de Janeiro, Liv. Francisco Alves, 1909. 6. REY, L. – Dicionário de termos técnicos de medicina e saúde. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan S.A., 1999. 7. LITTRÉ, E., ROBIN, Ch. – Dictionnaire demédecine,de chirurgie,de pharmacie,de l’art vetérinaire et des sciences qui s’y rapportent, 13.ed. Paris, Baillière et Fils, 1873. 8. FERREIRA, A.B.H. – Novo dicionário da língua portuguesa, 3.ed. Rio de Janeiro, Ed. Nova Fronteira, 1999. 9. HOUAISS, A., VILLAR, M.S. – Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro, Objetiva, 2001 10. ACADEMIA BRASILEIRA DELETRAS – Vocabulário ortográficoda línguaportuguesa,3. ed. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1999. Fonte: usuarios.cultura.com.br