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CADERNO DE RESOLUÇÕES
DO 8ₒ CONGRESSO DO SINTEPE
2
Vinte e um anos de existência como sindicato unificado dos/as trabalhadores/as em educação. Com a
conquista na Constituição Federal de 1988, do direito de criar sindicatos no serviço público, a data de 26 de
março de 1990 é histórica e marcante na vida dos/as profissionais que atuam nas escolas das redes públicas
estadual e municipais de Pernambuco.
Naquele ano não existiam o Pacto pela Valorização do Magistério (1994), a Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (1996), o Estatuto do Magistério (1996), o Plano de Cargos e Carreira (1998), o Plano
Nacional de Educação (2001), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valori-
zação dos Profissionais da Educação (FUNDEB-2007), o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN-2008), a
Lei federal n° 12.014/2009 que define na LDB quem são os/as profissionais da educação e a Emenda Cons-
titucional n° 59/2009. O último, garante a obrigatoriedade da educação básica dos 4 aos 17 anos de idade
e tantos outros instrumentos e acordos assinados desde 1991 que garantiram conquistas importantes para
nossa categoria e para o povo brasileiro.
Temos histórias para contar e conquistas para contabilizar, frutos da nossa vivência democrática, da
nossa organização, do nosso compromisso, da perseverança, da resistência, da responsabilidade, da paixão,
da alegria de fazer a luta. São com estes sentimentos e sintonizados com as demandas da categoria que em-
balamos as mobilizações nos locais de trabalho, as campanhas salariais educacionais, as diversas plenárias,
conferências e congressos.
Chegamos ao 8º Congresso Estadual do SINTEPE, enfrentando corte da consignação (de novembro de
2003 a janeiro de 2006) e governos descompromissados com o direito à educação e a valorização dos seus
profissionais. Esses motivos provam que a nossa categoria é brava, resistente e não foge da luta.
Neste Congresso, somos mais de 800 lutadores/as educacionais e sociais que demonstram compromis-
so com o direito social, universal e humano a educação, que enfrentam a repressão nos locais de trabalho,
fruto da política educacional equivocada do governo estadual e de muitos governos municipais, que colocam
o prêmio como prioridade, em detrimento, do direito e da valorização profissional.
Mais um congresso onde vamos avaliar, definir, propor, apreciar e votar. Que tenhamos, outra vez, a
sutileza, o cuidado, a ousadia de traçar os melhores caminhos para os próximos dois anos. Um excelente
congresso companheiros e companheiras.
Diretoria do SINTEPE.
SINTEPE Sempre na Luta
3
I – DA SEDE E DURAÇÃO
Art. 1º - O VIII Congresso estadual do SINTEPE será realizado no período de 30 de março a 02 de abril
de 2011, na cidade do Cabo de Santo Agostinho-PE.
II – DOS/AS CONGRESSISTAS
Art. 2º - O Congresso será constituído pelos/as congressistas delegados/as.
Art. 3º - São congressistas delegados/as os/as Trabalhadores/as em Educação sócios/as do SINTEPE,
eleitos/as no local de trabalho ou em Plenárias, se aposentado/a, de acordo com o artigo 8° do Estatuto do
SINTEPE, inscritos/as no prazo determinado e credenciados/as ao presente Congresso, com direito a voz e
voto.
III – DO CREDENCIAMENTO
Art. 4º - O credenciamento dos/as congressistas acontecerá a partir das 13 horas do dia 30/03/11 até às
12 horas do dia 31/03/11, devendo cada congressista apresentar documento de identificação.
§ 1º - As substituições de delegados/as pelos/as suplentes, durante o Congresso, serão efetuadas no
mesmo período do credenciamento, em local específico, mediante comunicação escrita do/a delegado/a.
§ 2º - Cada congressista é responsável pela guarda do material contido nas pastas que receberá no ato
do credenciamento e não haverá, em nenhuma hipótese, reposição da credencial de identificação/votação.
§ 3º - O extravio ou a perda da credencial de votação deverá ser comunicado imediatamente à Comissão
Organizadora do Congresso.
§ 4º - O credenciamento será feito por funcionários/as indicados/as e supervisionados pela Comissão
Organizadora do VIII Congresso Estadual do SINTEPE.
§ 5º - Os recursos de credenciamento dos/as congressistas devem ser apresentados à Comissão Orga-
nizadora do VIII Congresso Estadual do SINTEPE.
IV – DA ORGANIZAÇÃO
Art. 5º - Instalado o Congresso, será o mesmo dirigido por uma Mesa Diretora constituída pela Diretoria
do SINTEPE.
Art. 6º – À Presidência da mesa diretora cabe conduzir as sessões, cumprir e fazer cumprir o Estatuto do
SINTEPE, este Regimento, e adotar as medidas atinentes ao bom desenvolvimento dos trabalhos, resolver
todas as questões de ordem, apurar as votações e proclamar os resultados, consultada a Mesa Diretora.
§ 1º - A Presidência poderá pedir, em caso de dúvida, a identificação do/a congressista, delegado/a ou
suplente inscrito/a no Congresso.
§ 2º - A presidência não poderá discutir ou interferir no conteúdo do debate, a não ser para esclarecimen-
tos, sem interromper quem estiver no correto uso da palavra, dentro das normas regimentais.
§ 3º - Quando quem presidir desejar debater qualquer assunto deverá, antes, passar a Presidência da
sessão ao seu substituto legal.
§ 4º - A Presidência dará por encerrada a intervenção do/a congressista que exceder o tempo determina-
do, ou que se referir a matéria alheia à sessão, ou que prejudique seu bom andamento.
Art. 7º - À Secretaria Geral do Congresso caberá secretariar os trabalhos da Mesa Diretora do Congresso.
V – DOS TRABALHOS DO CONGRESSO
Art. 8º – O Congresso constará de: a) Mesa de Abertura
b) Painel de conjuntura;
c) Painel educacional;
d) Painel sindical;
e) Painel de Políticas Permanentes;
REGIMENTO
VIII CONGRESSO ESTADUAL DOS/AS TRABALHADORES/AS
EM EDUCAÇÃO
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I – DA SEDE E DURAÇÃO
Art. 1º - O VIII Congresso estadual do SINTEPE será realizado no período de 30 de março a 02 de abril
de 2011, na cidade do Cabo de Santo Agostinho-PE.
II – DOS/AS CONGRESSISTAS
Art. 2º - O Congresso será constituído pelos/as congressistas delegados/as.
Art. 3º - São congressistas delegados/as os/as Trabalhadores/as em Educação sócios/as do SINTEPE,
eleitos/as no local de trabalho ou em Plenárias, se aposentado/a, de acordo com o artigo 8° do Estatuto do
Dia 30 de Março de 2011
13h – Saída dos ônibus da sede do SINTEPE
- Credenciamento no local do congresso.
18h - Jantar
19h – Recital de Poesias;
- Mesa de Abertura;
- Atividade Cultural.
Dia 01 de abril de 2011
08h – Apresentação da Memória SINTEPE.
08:30h – Painel Políticas Permanentes.
12h – Prazo final para entrega de correções,
atualizações e fusões de resoluções e das
moções.
12:30h – Almoço.
Tarde Livre.
18h – Jantar.
20h às 24h – Festa de Confraternização.
	 Dia 31 de março de 2011
08h – Leitura e aprovação do regimento do Con-
gresso.
09h – Debate sobre a Conjuntura.
12h – Encerramento do Credenciamento.
13h – Almoço.
14:30h – Lançamento de Livros.
15h – Painel Educacional.
18h – Jantar.
19h – Painel Sindical.
Dia 02 de abril de 2011
08:30h – Plenária de Conjuntura, educacional, sindi-
cal, políticas permanentes, Balanço, plano de lutas,
estatuto e moções.
12:30h – Apresentação e aprovação da Pauta de
Reivindicações da CSE 2011.
- Mesa de Encerramento do Congresso.
13h30 – Almoço.
Parágrafo Único - A programação do VIII Congresso do SINTEPE obedecerá a seguinte ordem:
SINTEPE, inscritos/as no prazo determinado e credenciados/as ao presente Congresso, com direito a voz e
voto.
III – DO CREDENCIAMENTO
Art. 4º - O credenciamento dos/as congressistas acontecerá a partir das 13 horas do dia 30/03/11 até às
12 horas do dia 31/03/11, devendo cada congressista apresentar documento de identificação.
§ 1º - As substituições de delegados/as pelos/as suplentes, durante o Congresso, serão efetuadas no
mesmo período do credenciamento, em local específico, mediante comunicação escrita do/a delegado/a.
§ 2º - Cada congressista é responsável pela guarda do material contido nas pastas que receberá no ato
do credenciamento e não haverá, em nenhuma hipótese, reposição da credencial de identificação/votação.
§ 3º - O extravio ou a perda da credencial de votação deverá ser comunicado imediatamente à Comissão
Organizadora do Congresso.
§ 4º - O credenciamento será feito por funcionários/as indicados/as e supervisionados pela Comissão
Organizadora do VIII Congresso Estadual do SINTEPE.
§ 5º - Os recursos de credenciamento dos/as congressistas devem ser apresentados à Comissão Orga-
nizadora do VIII Congresso Estadual do SINTEPE.
IV – DA ORGANIZAÇÃO
Art. 5º - Instalado o Congresso, será o mesmo dirigido por uma Mesa Diretora constituída pela Diretoria
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I – DA SEDE E DURAÇÃO
Art. 1º - O VIII Congresso estadual do SINTEPE será realizado no período de 30 de março a 02 de abril
de 2011, na cidade do Cabo de Santo Agostinho-PE.
II – DOS/AS CONGRESSISTAS
Art. 2º - O Congresso será constituído pelos/as congressistas delegados/as.
Art. 3º - São congressistas delegados/as os/as Trabalhadores/as em Educação sócios/as do SINTEPE,
eleitos/as no local de trabalho ou em Plenárias, se aposentado/a, de acordo com o artigo 8° do Estatuto do
SINTEPE, inscritos/as no prazo determinado e credenciados/as ao presente Congresso, com direito a voz e
voto.
III – DO CREDENCIAMENTO
Art. 4º - O credenciamento dos/as congressistas acontecerá a partir das 13 horas do dia 30/03/11 até às
12 horas do dia 31/03/11, devendo cada congressista apresentar documento de identificação.
§ 1º - As substituições de delegados/as pelos/as suplentes, durante o Congresso, serão efetuadas no
mesmo período do credenciamento, em local específico, mediante comunicação escrita do/a delegado/a.
§ 2º - Cada congressista é responsável pela guarda do material contido nas pastas que receberá no ato
do credenciamento e não haverá, em nenhuma hipótese, reposição da credencial de identificação/votação.
§ 3º - O extravio ou a perda da credencial de votação deverá ser comunicado imediatamente à Comissão
Organizadora do Congresso.
§ 4º - O credenciamento será feito por funcionários/as indicados/as e supervisionados pela Comissão
Organizadora do VIII Congresso Estadual do SINTEPE.
§ 5º - Os recursos de credenciamento dos/as congressistas devem ser apresentados à Comissão Orga-
nizadora do VIII Congresso Estadual do SINTEPE.
IV – DA ORGANIZAÇÃO
Art. 5º - Instalado o Congresso, será o mesmo dirigido por uma Mesa Diretora constituída pela Diretoria
do SINTEPE.
Art. 6º – À Presidência da mesa diretora cabe conduzir as sessões, cumprir e fazer cumprir o Estatuto do
SINTEPE, este Regimento, e adotar as medidas atinentes ao bom desenvolvimento dos trabalhos, resolver
todas as questões de ordem, apurar as votações e proclamar os resultados, consultada a Mesa Diretora.
§ 1º - A Presidência poderá pedir, em caso de dúvida, a identificação do/a congressista, delegado/a ou
suplente inscrito/a no Congresso.
§ 2º - A presidência não poderá discutir ou interferir no conteúdo do debate, a não ser para esclarecimen-
RESOLUÇÃO N
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Resolução nº 1 - Conjuntura internacional
O mundo vive um momento de grande movimentação das forças econômicas e políticas pela demarca-
ção de posições e reestruturação dessas mesmas forças no contexto mundial. Esse novo quadro de ebulição
das relações internacionais é resultante dos novos papéis que as potências emergentes assumem como
protagonistas nos espaços de decisão nos organismos e fóruns internacionais e da decadência do poder
hegemônico dos Estados Unidos.
Por um lado os países do BRIC, através do G20, enterram de vez a importância e poder de decisão do
G8. Por outro lado a hegemonia do Império norte-americano começa a balançar e a fazer água na América
Latina, na África e na Ásia. O crescimento assombroso e ascensão da China como 2ª potência econômica, a
torna uma potência econômica a rivalizar-se com os Estados Unidos nas próximas décadas, o que faz o Pen-
tágono reposicionar suas forças militares e reformular suas estratégias para manter o controle sobre áreas
fundamentais para a manutenção da supremacia norte-americana.
Nesse contexto, as dificuldades econômicas dos EE UU, imerso em imensa crise financeira desde 2008
e sua debilidade econômica crescente frente ao gigante asiático, a quem devem cerca de 1 trilhão de dólares
em títulos do Tesouro, põe em xeque o poder supranacional de xerife do mundo que o Tio Sam quer assumir.
Não cabe ao Império norte-americano tentar “resolver” à sua maneira e segundo seus interesses, as crises
políticas que explodem nos quatro cantos do mundo.
Essa mudança no panorama político resulta da falência dos paradigmas econômicos cantados em verso
e prosa pelos EEUU e pela UE que “sacralizaram o mercado”, que sem regulação provocou a quebradeira de
bancos tradicionais como o Lehman Brothers (crise do subprime e da bolha imobiliária) e a crise de credibili-
dade das Agências de Classificação de Risco (ACR) como a Moody’s e a Standard & Poors. Esses episódios
são exemplos da falácia das teses liberais que hegemonizam o mundo desenvolvido e os organismos multi-
laterais como o FMI, Banco Mundial, etc.
No Oriente Médio, revoluções populares avassaladoras derrubam ditaduras instituídas a mais de 30 anos
na Tunísia e no Egito e ameaçam outros aliados tradicionais do ocidente. As posições ambíguas adotadas pe-
los Estados Unidos de acordo com seus interesses econômicos na região diferem daquela posição assumida
pelo Império no caso de Honduras, onde apoiou o Golpe de Estado.
Vivemos, portanto, num período de transição, onde se avolumam os questionamentos da atual Ordem
Mundial e a defesa de um mundo multilateral.
CONJUNTURA NACIONAL
O desafio na atualidade é conduzir o processo político a um patamar mais promissor. O Brasil precisa e
tem condições de efetivar um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento com realizações arrojadas. Este
projeto é chamado a suplantar os impasses e deformações resultantes das vicissitudes da sua história política
e socioeconômica. No campo político, é urgente defender as reformas estruturais – agrária, urbana, educa-
cional, política, tributária e de democratização da mídia. Ainda na sua relação autônoma e independente com
o governo, o sindicalismo e os movimentos sociais necessitam pressionar por mudanças na política macroe-
conômica.
O programa Bolsa Família, as políticas de recuperação do salário mínimo e de expansão do crédito popu-
lar foram decisivas para consolidar o consumo de massas. A infraestrutura do país tem sido recuperada pelo
PAC e os bancos públicos transformaram-se em catalisadores do desenvolvimento, possibilitando ao Estado
recuperar seu papel de articulador e indutor do investimento público e privado. A descoberta do pré-sal proje-
tou o Brasil à condição de potência petrolífera.
Contudo, o país ainda possui impressionantes atrasos sociais que necessitam ser combatidos com afin-
co. O analfabetismo literal acomete 9,7% da população brasileira acima de 15 anos. O país também possui
uma das taxas de homicídio mais elevadas no mundo: 23,5 por grupos de 100 mil habitantes. A saúde tem
se mostrado de baixa qualidade e em quantidade inadequada para atender a população. Cerca de 7 milhões
de famílias ainda não possuem residência própria, 56% dos domicílios no país não estão ligados à rede de
esgoto e 12 milhões de famílias não contam com serviços da rede geral de abastecimento de água.
Nos últimos anos, mesmo durante a crise financeira mundial, houve redução da desigualdade no Brasil, e
o processo de emergência das classes sociais se manteve sólido. De acordo com a Pnad/2009, entre 2003 e
2009, quase 30 milhões de brasileiros ingressaram na classe C, onde as famílias detêm renda entre R$ 1.126
e R$ 4.854. Ao todo são 94,9 milhões de brasileiros na classe média (50,5% do total da população). No mes-
mo período, mais de 20 milhões de pessoas subiram para as classes A e B, de renda acima de R$ 4.854. Os
brasileiros das classes D e E passaram de pouco mais de 96 milhões para 73 milhões. Os principais fatores
que explicam a ascensão social dos brasileiros são os aumentos da escolaridade, do emprego e da renda.
RESOLUÇÃO N
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Nos últimos oito anos, o país criou mais de 14 milhões de postos de trabalho com carteira assinada e a
participação da renda do trabalho nas riquezas do país atingiu o patamar de 66%, contra 19% dos benefícios
assistenciais (Bolsa Família e outros) e 15% da previdência. Em cinco anos, quase 20 milhões de pessoas
saíram da pobreza e o país passou a cumprir a Meta do Milênio na metade do tempo previsto – a pobreza
tinha que cair 2,7% ao ano e está caindo 4,32%.
O eleitorado brasileiro optou por eleger, em 2010, Dilma Rousseff para a Presidência da República. Na
condição de primeira mulher a comandar o país, Dilma se comprometeu em manter o combate às desigual-
dades de gênero na sociedade. Outro compromisso assumido pela presidenta refere-se à erradicação da
miséria. Para tanto, torna-se imprescindível a aprovação de reforma tributária que priorize os investimentos
socais e a distribuição eqüitativa dos recursos públicos.
Conjuntura estadual
Em Pernambuco, hoje, há uma hegemonia política do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Esta hegemo-
nia vem sendo observada desde 2007, quando o atual Governador venceu as eleições, em 1° e 2° turnos,
encerrando 8 (oito) anos de poder político da aliança PMDB/DEM/PSDB, já bastante desgastada administra-
tiva e politicamente.
Com a vitória, eleitoral e política, o PSB centra-se na figura de sua principal liderança, Eduardo Campos,
e passa a comandar o cenário político estadual.
Durante 4 (quatro) anos, 2007 a 2010, o PSB, à frente do governo de Pernambuco, tomou todos os “cui-
dados” para não permitir o surgimento de um possível concorrente que pudesse dificultar a sua reeleição. Fez
novas e reforçou antigas alianças, consolidando-se em todas as regiões do Estado. Na Assembleia Legislati-
va, a supremacia foi praticamente absoluta e deixou a oposição frágil e insipiente.
Diante do quadro, não havia outro resultado a se esperar nas eleições de 2010, não fosse a reeleição do
Governador, conquistada em 1° turno, com mais de 2 (dois) milhões de votos sobre o seu principal oponente,
Jarbas Vasconcelos (PMDB), apoiado pelo PSDB e DEM ambos do campo de Oposição ao governo Lula e
Dilma.
Nesse contexto, o Governador candidato assume o seu 2° mandato mais fortalecido politicamente e
em âmbito nacional à frente do PSB, com uma aliança bem mais ampla que vai além do PT, PCdoB, PDT e
PTB.
Na área econômica, o Governo Estadual tem divulgado que Pernambuco atravessa um período de
grande desenvolvimento e aponta empreendimentos, tais como: SUAPE, Estaleiro do Atlântico Sul, Ferrovia
Transnordestina e Transposição das águas do Rio São Francisco, dentre os responsáveis por este desen-
volvimento. Todos os empreendimentos citados são frutos de um alto investimento do Governo Federal em
nosso Estado, algo nunca visto e acontecido durante os dois mandatos do Presidente Lula.
O crescimento econômico, vivenciado hoje no Estado, ainda não se refletiu na vida de muitos pernambu-
canos. Nós, trabalhadores em educação da rede estadual, somos um exemplo disso. Continuamos receben-
do o pior salário do Brasil e o nosso Plano de Cargos e Carreira necessita ser reformulado.
O momento econômico propício em Pernambuco, gerou, em 2010, segundo dados do Ministério do
Trabalho, 111 mil empregos formais, com carteira assinada. Porém, muitos desses empregos gerados estão
sendo ocupados por trabalhadores de outros Estados. Não há, por aqui, pessoal tecnicamente qualificado,
em número suficiente, para preencher as vagas surgidas. Existe ofertas de emprego, e há a procura, mas em
muitos casos falta a qualificação profissional.
O crescimento da economia em nosso Estado, tão euforicamente comemorado pela esfera governamen-
tal, não consegue, na prática, transformar-se em resultado concreto e atender às necessidades da popula-
ção em áreas vitais, como, por exemplo, o serviço de saúde pública. Em seu segundo mandato, o Governo
Estadual ainda não conseguiu assegurar ao povo pernambucano um atendimento médico-hospitalar de boa
qualidade, mesmo com a inauguração dos novos hospitais e UPAs . O que se vê nos hospitais públicos,
principalmente no interior, é um atendimento precário, sobretudo nas emergências. Na Capital e Região Me-
tropolitana, agrega-se outro grave problema: a superlotação nas emergências.
O sistema penitenciário é mais um problema sério verificado em Pernambuco. As prisões são verdadeiras
bombas relógio, descontroladas e prontas para explodir a qualquer momento. A ressocialização dos presos
não consegue ser vivenciada e os presídios são amontoados de gente, funcionando na prática como univer-
sidades do crime, pós-graduando quem chegar por lá.
O outro problema que o Governo de Pernambuco não consegue combater e que vem se alastrando por
todo o Estado, são os assaltos aos caixas eletrônicos. Com explosões, sejam em agências bancárias ou em
estabelecimentos comerciais; os assaltos assustam e prejudicam pessoas e até comunidades inteiras, impe-
RESOLUÇÃO N
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dindo, no mínimo temporariamente, a utilização dos serviços propiciados por esses caixas eletrônicos.
A Copa do Mundo de 2014, que tem como uma das sedes o estado de Pernambuco, está sendo, também,
na visão do governo, um dos importantes indutores do desenvolvimento de nossa economia. Mas o atraso
nas obras do Estádio e da chamada Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, e da infraestrutura da Re-
gião Metropolitana, para receber em boas condições o evento, revelam mais algumas fragilidades do governo
Estadual. Dificuldades no planejamento, na captação de recursos, na execução de obras e no cumprimento
de cronogramas estabelecidos.
O desenvolvimento não deve ser momentâneo e nem passageiro. A infraestrutura decorrente deve servir
de base sólida e propulsora para um futuro promissor, com possibilidades de captação de novos investimen-
tos que venham assegurar ao nosso povo uma vida digna, com a qualidade que o ser humano precisa e
merece. Não podemos vivenciar, o que já foi vivenciado por outros. O desenvolvimento passou, não houve
continuidade, ficaram problemas sociais e favelas em torno de grande obras.
POLÍTICA EDUCACIONAL
Em 2008, a lei de diretrizes e base da educação nacional estabeleceu como dever do estado garantir
vagas às crianças de até 4 anos de idade em escolas públicas próximas às suas residências. No currículo foi
acrescentada a obrigatoriedade das aulas de música, o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena,
bem como a inclusão das disciplinas de filosofia e sociologia em todas as séries do ensino médio. O MEC/SE-
CAD incluiu a discussão da Educação em direitos humanos nas escolas. Constatamos a necessidade de po-
litização desse debate e exigir que essa e toda discussão sobre políticas educacionais sejam trazidas a mesa
de negociação com a CNTE e Centrais Sindicais, tanto na formulação quanto na avaliação das políticas.
A inclusão da educação profissional técnica de nível médio na LDB foi outro fator importante para os estu-
dantes e para a formação continuada dos trabalhadores, pois determinou que, uma vez atendida a formação
geral, a mesma poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas de forma articulada ou concomi-
tante com o ensino médio, ou ainda de forma subsequente em cursos destinados a quem já tenha concluído
o ensino médio. O pro funcionário possui esta mesma característica e atende a milhares de funcionários da
educação básica pública nos cursos de nutrição escolar, infraestrutura e meio ambiente, secretariado escolar
e multimeios didáticos. Também a educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com
a educação profissional. A definição de uma política de formação para os funcionários, coordenada pelo MEC
em parceria com diversas instituições, inclusive a CNTE, motivou a adesão dos funcionários de várias regiões
do Brasil, que encontraram no Profuncionário a oportunidade de adquirir o conhecimento técnico em várias
áreas relacionadas à sua atuação, lançando a perspectiva de investimento cada vez maior em sua formação
profissional e revigorando a luta pelo desenvolvimento na carreira. A profissionalização também aguçou a
consciência de classe, resultando em um processo de maior participação nas lutas sindicais e intensificou
o sentimento de que somos todos trabalhadores em educação, enfrentando os mesmos desafios e movidos
pela mesma necessidade de transformação social.
Na educação profissional e tecnológica, os cursos de graduação e pós-graduação, conforme preceito da
Lei 11.741/08 possibilitou a CNTE incluir no catálogo de cursos dos IFETs cinco áreas de formação profissio-
nal voltadas aos funcionários da educação.
Outra importante conquista da categoria foi o piso salarial profissional nacional para o magistério público
da educação básica, instrumento de luta pela valorização profissional, que, por inércia da justiça e descaso
de muitos gestores, não tem sido aplicado pela maioria dos governadores e prefeitos à luz da Lei 11.738/08.
A intensa mobilização da CNTE fez com que o relator da Adin no STF, ministro Joaquim Barbosa, disponibili-
zasse seu relatório para a pauta do Tribunal, mas até o momento a matéria não foi julgada. A luta da categoria
permanece em manter a integral constitucionalidade da Lei do Piso.
	 A Lei 12.014/09, que definiu quem são os profissionais da educação, à luz da exigência do parágrafo
único do artigo 206 da CFl, além de atender a antiga demanda da CNTE contribuiu para fortalecer o direito à
aposentadoria especial dos profissionais do magistério e garantiu o reconhecimento profissional dos funcio-
nários da educação.
Em 2010 foi consolidado o processo de mobilização da conferência nacional de educação, iniciado nas
etapas municipais, regionais, estaduais e distrital. A participação da CNTE ficará marcada na história da Enti-
dade, pois, além de conseguir ampliar sua representação, a confederação articulou-se com outros segmentos
da educação básica, profissional e superior e conseguiu aprovar todas as propostas da categoria, além de
neutralizar propostas adversas aos interesses da nossa classe. Isso foi possível pelo aprofundamento do de-
bate do documento de referência, pela participação efetiva da base e dos delegados e pela adoção de estra-
tégias compatíveis com os objetivos da CNTE. A continuidade da luta será pela instituição do fórum nacional
de educação e a inserção das resoluções da CONAE no novo PNE.
RESOLUÇÃO N
ₒ
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Em Pernambuco a participação do SINTEPE, na organização da CONAE, estadual, mobilizando, para
assegurar de forma democrática maior número de participantes, foi decisivo, interiorizando o debate para todo
o estado de forma articulada com outras entidades.
O referido documento aponta desafios, devendo o SINTEPE, acompanhar, cobrar e participar das instân-
cias deliberativas. Para que isso aconteça, o SINTEPE deve tomar iniciativa de mobilizar, em favor da criação
do Fórum Estadual em Defesa da Educação Pública de Qualidade, espaço de debate, aprofundamento e
indicativos, onde deverão ser contemplados temas como: formação continuada, revisão da base curricular,
ensino profissionalizante, escola de tempo integral, Centros de Referência, premiação, gestão escolar, regime
de colaboração, projetos pedagógicos vivenciados no interior das escolas, serão alguns dos temas debatidos,
bem como, a construção do Plano Estadual de Educação.
O quadro da Política Educacional no Estado de Pernambuco é dramático, vivemos um momento de de-
sestruturação do sistema escolar, de incerteza, sem perspectivas de onde se quer chegar. A falta do debate
e transparência das ações do governo têm contribuído para desenvolver sentimentos de insegurança na atu-
ação profissional dos Trabalhadores da Educação. Embora, o SINTEPE venha pautando essas questões no
seu cotidiano é preciso aprofundá-las por ocasião da Campanha Salarial, importante espaço de mobilização
e luta da categoria.
As decisões tomadas pelo governo, no que diz respeito à gestão de rede, são decisões tomadas por
quem não conhece o que é a escola e seu cotidiano, mexe com a vida dos estudantes, familiares e traba-
lhadores. Desrespeita o direito universal da Educação, quando limita o acesso e a permanência escolar do
estudante, esvaziando as escolas, impondo restrições à sociedade. O SINTEPE tem se posicionado, cobran-
do do governo explicações para o desmonte que vem ocorrendo. Além disso, o governo contratou cerca de
18 mil professores temporários, com regime de trabalho diferenciado, pondo em muitos casos, o professor
efetivo fora das suas atividades laborais, anunciando ainda, a contratação de mais 5 mil profissionais. O caso
foi denunciado pelo SINTEPE ao Ministério Público, resultando em Termo de Ajuste de Conduta, que por sua
vez, foi desrespeitado pelo governo.
O governo muito tem propagado o desenvolvimento econômico que ocorre em Pernambuco, enfatiza a
necessidade da educação responder os desafios postos no mundo do trabalho, ao mesmo tempo que se nega
a reconhecer reivindicações e direitos dos trabalhadores em educação, necessários a consolidação de uma
educação de qualidade, como o piso salarial, a carreira, jornada e condições de trabalho. Essas questões
têm sido objeto de omissão do governo do estado, tratando essas questões como segundo plano, priorizando
o policiamento direto ao professor, do seu fazer pedagógico. A gestão democrática das escolas aos poucos
vai se desfigurando, em detrimento das indicações de interventores por tempo indeterminado. O SINTEPE
deve continuar lutando pela valorização dos profissionais da educação, de acordo com a Lei 12.014/09 e com
o inciso VIII do artigo 206 da CF, que determina o piso salarial profissional nacional para os profissionais da
educação. O SINTEPE tem se posicionando contrário aos artifícios dos métodos mercadológicos da quali-
dade total para o gerenciamento da educação, bem como de outros setores, dando um basta a adoção da
meritocracia no desempenho profissional dos trabalhadores em educação. O combate a esse modelo exigirá
uma atuação firme e unitária, em conjunto com a CNTE e com a sociedade, no sentido de desmascarar essa
farsa apresentada como alternativa para solucionar os graves problemas educacionais do estado e do país.
POLÍTICA SINDICAL
	 As frentes de lutas em defesa dos interesses históricos e imediatos continuam a exigir do Sintepe
uma articulação com a CNTE e CUT, as quais o sindicato é filiado e o conjunto dos movimentos sociais. Por
isso, o Sindicato tem participado com importância tanto no Fórum dos Servidores Estaduais e Setorial de
Educação da CUT, quanto em outros fóruns em defesa da educação.
	 No Brasil, graves problemas ainda afligem os trabalhadores, como a educação, a saúde e a seguran-
ça de qualidade. Por conta disso, a luta sindical deve atentar não só para os direitos afetos às relações de
trabalho, mas também àqueles intrínsecos ao bem estar da classe trabalhadora.
	 Quanto a luta dos educadores, a aprovação da piso salarial do magistério ainda não conseguiu re-
verter-se em efetiva política de valorização. Isso porque os gestores públicos insistem em não observar prin-
cípios da Lei 11.738, que se mantêm sob judice no STF. O Sintepe tem partilhado da luta pela implantação
universal do Piso Salarial Profissional Nacional, seja no STF com a CNTE, no parlamento ou nas ruas com a
CUT e os sindicatos com base na educação em Pernambuco.
	 Para ampliar direitos, o Sintepe luta pelas questões das mulheres e minorias. Seguindo a CNTE, criou
o Coletivo LGBT e tem articulado atividades com a juventude nas escolas. Também teve participação em lutas
importantes, como a aprovação do PSPN, a inclusão dos funcionários de escolas dentro da LDB, garantia de
financiamento à toda educação básica e obrigatoriedade do ensino dos 04 aos 17 anos.
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	 A recente unificação das lutas da classe trabalhadora, somadas aos condutos de interlocução dos
trabalhadores com o governo federal, que foram aprimorados, possibilitaram avanços da luta sindical em
diversos aspectos: legalização das Centrais Sindicais, Política de Valorização do Salário Mínimo, retirada do
projeto de flexibilização da CLT, ampliação facultativa da licença-maternidade para 180 dias, Promulgação da
Convenção 151 da OIT e o veto à Emenda 3. Contudo, não impediu a equivocada contra-reforma da Previ-
dência e o veto ao fim do Fator Previdenciário, durante a gestão do presidente Lula.
	 Este cenário mantém a perspectiva de atuação autônoma e independente da CUT e outras Centrais
frente ao governo de Dilma Rousseff, do qual se espera o aprofundamento das políticas de inclusão social,
aumento da renda e garantia de direitos dos trabalhadores. Tais tarefas, devem compor o cerne do debate da
nossa ação, reforçando a organização do movimento sindical.
	 No Estado, a unidade dos sindicatos dos servidores estaduais fez surgir através do Decreto 30460/2007
a Mesa Geral de Negociação Permanente, implementada antes da Convenção 151 da OIT no Brasil. Contu-
do, a Mesa Geral precisa ter mais resolutividade, o que não ocorre em função da posição do Governo pouco
afeito ao processo negocial. A Mesa é um espaço privilegiado para ser discutidas e encontradas proposições
que superem as distorções salariais existentes entre os servidores do executivo estadual. Pois, além dos pro-
fessores de nível superior terem os piores salários do Brasil, 4.000 servidores precisam receber abonos para
suas remunerações atingirem o valor do mínimo.
	 Com um modelo gerencial calcado na iniciativa privada e uma concepção equivocada de meritocra-
cia, o Governo aposta na política de bônus conjugada com a pressão, em detrimento do debate das questões
salariais e pedagógicas dos trabalhadores em educação.
	 Embora o estado esteja em pleno crescimento econômico, atingindo todas as macrorregiões, a
maioria dos servidores estaduais, em especial os trabalhadores em educação, não têm sido contemplados
com esse impulso na economia pernambucana. Bem como em setores estratégicos as vagas estão sendo
ocupadas por trabalhadores de outras regiões e até países.
	 Esse quadro coloca vários desafios para Pernambuco, dentre os quais a capacitação dos trabalhado-
res para ocupar cargos estratégicos no mundo do trabalho. Ainda, avançar nas condições e remuneração dos
trabalhadores em educação, especialmente dos professores. Essas, são condições para atender não apenas
as necessidades dos profissionais atuais, como também são capazes de seduzir jovens trabalhadores para
o magistério e dar passos significativos para tirar Pernambuco da incômoda situação no campo educacional,
haja vista as provas do Promimp, quando menos de 10% dos inscritos atingiram a nota mínima (2,0) para
fazerem os cursos oferecidos.
	 Diante do quadro educacional no país, das necessidades da maioria dos profissionais da educação
pública brasileira e dos ataques a Lei 11.738, o Sintepe deve somar fileiras no sentido de ampliar a capilarida-
de da CNTE, contribuindo com a campanha de filiação da Confederação, com a mobilização nacional visando
o fim do impasse sobre o PSPN no STF e a implantação integral da Lei do Piso. Também deve se envolver
com a comunidade escolar e setores da sociedade organizada na perspectiva de implantar efetivamente as
diretrizes dos novos Planos Nacional e Estadual de Educação.
	 Outro desafio a ser enfrentado pelo Sintepe diz respeito ao SASSEPE. Fruto da mobilização sindical
no início dos anos 2000, periodicamente o Sistema de Saúde passa por dificuldades econômicas. Recente-
mente, os baixos valores pagos por consultas e procedimentos fez irromper uma movimentação dos empre-
sários, suspendendo o atendimento nas regionais de Petrolina e Caruaru.
	 Considerando que a educação é a categoria mais atendida pelo Sistema, logo a mais prejudicada
com a falta de assistência, o Sintepe deve participar das discussões e mobilização com o intuito de melhorar o
atendimento, inclusive exigindo do Governo Estadual maior aporte de recursos financeiros para investimento
no Hospital dos Servidores Estaduais- HSE e Agências do interior, além da ampliação da contribuição mensal
do Poder Executivo, instituindo a paridade econômica com os usuários.
BALANÇO DA GESTÃO
Mais do que se propor a elencar atividades desenvolvidas no último período, o balanço da gestão obje-
tiva analisar a atuação política da direção do sindicato, levando em consideração o seu princípio intrínseco de
existência que pressupõe a cotidiana defesa intransigente dos interesses da categoria, lutando pela amplia-
ção dos seus direitos e travando a luta sem tréguas contra retrocessos impostos pelos governos.
Neste sentido, a direção do SINTEPE tem desenvolvido a luta permanente para alterar o cenário que per-
siste desde o governo Jarbas, ganhando nova embalagem no governo de Eduardo Campos, de transformar
as escolas estaduais em laboratórios de aplicação da gestão de qualidade total no serviço público, eliminando
a gestão democrática e todos elementos nela contidos: a eleição direta para diretores, o grêmio estudantil, o
conselho escolar e a discussão coletiva do Projeto Político Pedagógico da Escola.
RESOLUÇÃO N
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A instituição do BDE, combatida desde o seu nascedouro pela direção do sindicato, combinou metas e
subserviência para cooptar trabalhadores e suas consciências , assim como tem ocorrido nas escolas inte-
grais, onde os trabalhadores têm seus direitos legais negados, o que tem motivado uma ação constante da
direção do sindicato no sentido de garantir o direito ao gozo da licença prêmio, da liberação para cursos, da
participação nas atividades sindicais, diminuição de turmas em toda modalidade de ensino, com professores
em disponibilidade e tantos outros direitos instituídos que alguns gestores e representantes da secretaria de
educação procuram subtrair desta parcela da categoria.
Mesmo tendo sofrido um golpe após o 2° turno das eleições municipais 2008, quando cinco estados
entraram no Supremo Tribunal Federal, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra lei do PISO,
criando dificuldade no entendimento sobre, salário/ remuneração e quanto ao percentual de Aulas Atividade. A
defesa da implantação do piso, conforme o estabelecido na lei federal, e a denúncia da situação dos trabalha-
dores em educação em Pernambuco, que recebem o pior salário do país, foram temas de todos os materiais
de propaganda produzidos pelo SINTEPE e veiculados nos rádios, outdoors, jornais e TVs e estiveram no
centro das paralisações, caravanas, greves e atos públicos organizados durante todo o período recente.
O incômodo gerado pela denúncia da verdadeira face da educação em nosso estado levou o governo a
interromper o processo de negociação e adotar medidas unilaterais, como a aprovação da lei complementar
154 que, na prática congelou o salário dos aposentados e aposentadas, levando todos que possuíam mais
tempo de serviço a receberem abono complementar para não amargarem redução de salário.
O SINTEPE participou ativamente da etapa estadual e municipal da Conferência Nacional de Educação,
realizando previamente conferências escolares e municipais nos municípios onde temos núcleos municipais
organizados, e cumpriu papel destacado nas coordenações estadual e nacional da CONAE, participando
inclusive de várias mesas de debate nas diversas conferências que ocorreram no período.
Com o compromisso de formar novos quadros para o sindicalismo brasileiro e fortalecer um ambiente
de estímulo a uma visão crítica do mundo, o Sintepe integrou o Programa de Formação da CNTE e ofertou
cursos de formação para a categoria, na capital e em vários municípios de Pernambuco, possibilitando que
tenhamos hoje uma equipe de formadores espalhados por todo o estado, habilitados a ministrar cursos de
formação nas várias regiões.
A luta contra a opressão de gênero também mereceu destaque, com a realização de Encontros Estadu-
ais, elaboração de boletins específicos, jornal da mulher e da Lei Maria da Penha, e distribuição nas escolas
da Revista Mátria editada anualmente pela CNTE.
Pensando em todas as dimensões dos desafios que estão em nossa volta na atualidade, o sindicato
promoveu vários debates e Seminários sobre a opressão racial, a saúde do trabalhador, o assédio moral e
integra o programa desenvolvido pela CNTE de combate a DST-AIDS, articulando profissionais de diversas
áreas e estudantes da rede pública de ensino, onde realizamos Encontros de Formação para implantação do
Projeto Saúde e Prevenção nas escolas em todo Estado. O SINTEPE participou ainda de apresentação de
Trabalhos aprovados no Estado fora do mesmo.
A luta contra a homofobia também mereceu momentos de reflexão, com a realização de Seminário e a
eleição do coletivo estadual LGBT e a distribuição da cartilha LGBT.
Os aspectos específicos e reivindicações de vários segmentos da categoria também foram priorizados,
como realização de Seminários para debater a implantação das disciplinas de sociologia e Filosofia na Rede
Pública Estadual e a formação do Fórum Permanente de Estudo para o Ensino de Filosofia e Sociologia do
SINTEPE. além de fortalecer a realização mensal de plenárias dos administrativos e reuniões de aposenta-
dos, foram realizadas plenárias com técnicos educacionais, com professores de educação física e reuniões
com professores brailistas e intérpretes de libras.
Compreendendo a necessidade de possibilitar aos trabalhadores oportunidades de expor seu talento
artístico e participar de atividades culturais, a direção do SINTEPE já promoveu dois concursos de poesias,
com um livro já publicado e outro a ser publicado em breve, organizou o grupo de teatro do sindicato e o coral
integrado por trabalhadores em educação aposentados/as. Ainda na luta geral dos/as Trabalhadores/as em
Educação participamos da Mesa Geral e Específica de negociação organizada pelo Fórum dos Servidores e
discutindo a Reformulação do Plano de Cargos e Carreira no Grupo de Trabalho Estadual.
No âmbito nacional participamos da Semana Nacional em defesa e Promoção da Educação Pública da
Marcha Mundial das Mulheres. No estado realizamos Marcha Estadual em Defesa e Promoção da Educação
Pública, da Conferência Estadual e Municipais de educação e debate sobre Escola de referência.
Não deixando de lado momentos de confraternização entre os trabalhadores em educação, tem mantido
a realização da festa de carnaval, do São João e a festa do dia do professor e servidor público.
RESOLUÇÃO N
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Há ainda muito o que conquistar, muitas lutas a desenvolver, muitos espaços a ocupar, mas aqueles que
possuem firmeza e perseverança estarão sempre prontos a assumir novos desafios.
ALTERAÇÕES ESTATUTÁRIAS
Art. - 1º - Acrescentar logo após “de todo o Estado,” ativos e aposentados vinculados a Secretaria Esta-
dual de Educação e Secretarias Municipais de Educação. Supimir: (Professores/as, Orientadores/as, Super-
visores/as, Técnicos/as e todo o pessoal Administração Educacional).
Acrescentar após “compreendendo-se as redes públicas estadual e municipais”, nos níveis...
Art, - 2º - Substituir na letra “a” os termos “em nível” por no âmbito. E substituir na letra “i” após “as auto-
ridades” competentes, em defesa dos seus interesses inerentes as suas atividades profissionais;
Art. – 4º - Acrescentar após “trabalhadores em educação” ativos e aposentados das redes públicas esta-
dual e municipais, estatutários e contratados, ...
Art. – 5º - Letra “d” - Substituir os termos “nos estatutos” por neste estatuto.
Art. – 8º - Acrescentar o parágrafo segundo: Os delegados para o Congresso Estadual serão eleitos nos
locais de trabalho e nas plenárias pré-congressuais.
Art. – 10 – Nova redação: A pauta e as datas das plenárias pré-congressuais por setores, núcleos regio-
nais e municipais e do Congresso Estadual serão definidas em Assembleia da categoria.
Acrescentar novos artigos e parágrafos:
Art. 10 a – Os locais de trabalho com 50 ou mais sócios elegerão os delegados diretamente para o Con-
gresso Estadual, na relação de 1 delegado para cada 50 sócios.
Art. 10 b – Os locais de trabalho com menos de 50 sócios elegerão delegados para a plenária pré-con-
gressual, na seguinte relação:
01 a 10 sócios – 01 (uma) vaga;
11 a 20 sócios – 02 (duas) vagas;
21 a 30 sócios – 03 (três) vagas;
31 a 40 sócios – 04 (quatro) vagas;
41 a 49 sócios – 05 (cinco) vagas;
§ 1º - Nas plenárias pré-congressuais serão eleitos os delegados para o Congresso Estadual na relação
de 1 (uma) vaga para cada 50 (cinqüenta) sócios, completando a cota percentual de cada setor, núcleo re-
gional e municipal,.
§ 2º - Os aposentados elegerão delegados para participar das plenárias pré-congressuais, em plenárias
regionais de aposentados, na relação de 1 (um) delegado para cada 10 (dez) sócios presentes.
§ 3º - A Diretoria do SINTEPE publicará com 60 (sessenta) dias de antecedência da eleição dos delega-
dos o quantitativo máximo de vagas por setor, núcleo regional e municipal.
§ 4º - A organização do congresso será de responsabilidade da diretoria do sindicato.
§ 5º - As resoluções devem ser entregues aos delegados ao congresso pelo menos 10 (dez) dias antes
do seu início.
Art. – 44 – Acrescentar o parágrafo segundo: É vedado aos coordenadores dos núcleos regionais, titula-
res ou suplentes, acumularem a representação de Delegado Municipal.
Artigo - 50 – As Comissões Sindicais de Base são organismos do Sindicato, formados nos locais de
trabalho e no segmento dos Aposentados.
Art. 54 –
g) Organizar os Aposentados no cotidiano do sindicato, de forma que sejam eleitos como representantes
do segmento nos Setores e Núcleos Regionais.
Acrescentar Artigo:
Art. 99 a – Será permitido ao SINTEPE contribuir com as ações desenvolvidas pela entidade represen-
tativa do conjunto dos servidores sobre as questões referentes à assistência saúde prestada pelo Sistema
de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco – SASSEPE, com critérios definidos pela
direção do sindicato e respeitando o artigo 91 deste estatuto.
RESOLUÇÃO N
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POLÍTICAS PERNAMENTES
ANTIRRACISMO.
As heranças escravocratas, no Brasil, principalmente em Pernambuco, ainda são lactentes. Em nível da
educação, embora avanços tenham ocorrido, especialmente na última década, muito preciso ser feito. Dados
da Pnad/2009 revelam que entre 1999 e 2009, a presença de estudantes negros no ensino superior 7,5%
e 8% para 28,2 e 31,8 respectivamente. Contudo, somente 4,7 de negros concluíram o ensino superior no
país.
O Coletivo Antirracismo do SINTEPE tem se empenhado para disseminar uma cultura antirracista nas
escolas e na sociedade em geral. O mesmo tem assento no fórum etnicoracial de Pernambuco, a luta do
Coletivo persiste na implementação das leis 10.639 e 11.645 nos currículos escolares do Estado de
Pernambuco. O coletivo se manterá ativo em defesa das ações afirmativas na educação e apoiando as
políticas públicas voltadas para a população negra.
Não obstante as limitações impostas pelo parlamento ao Estatuto da Igualdade
Racial, sobretudo em relação às políticas de cotas nas universidades públicas, a lei 12.288 deve ser
amplamente divulgada e implementada. O SINTEPE se manterá ativo em defesa das ações afirmativas na
educação e apoiando as políticas voltadas à garantia de direitos para a população negra.
SAÚDE DOS/AS TRABALHADORES/AS EM EDUCAÇÃO.
As condições de trabalho dos educadores do Estado de Pernambuco continuam a desgastar excessiva-
mente os trabalhadores em Educação.e a dificultar a melhoria da qualidade da Educação. Em 2010 o semi-
nário de Saúde do SINTEPE identificou nas carências da infraestrutura e nas múltiplas jornadas as principais
causas das doenças físicas dos profissionais. Já as patologias psicológicas provêm da violência, dos baixos
salários e da política de metas implantada pelo governo de Pernambuco e da falta de investimento no SAS-
SEPE a fim de que os funcionários estaduais tem direito à uma saúde de qualidade
SUS
A nossa luta, como também de toda classe trabalhadora, deve ser para que o poder público faça inves-
timento no SUS (Sistema único de Saúde) que este sistema, seja de fato uma realidade que cuida da saúde
dos(as) trabalhadores (as) brasileiros(as).
Que com o SUS fortalecido não haverá mais:
- As longas filas nos Centros de saúde.
- Demora nos atendimentos hospitalar
- Saúde como direito de uma minoria privilegiada
- Privatização da saúde.
Igualdade de Gênero
	 Apesar das mulheres serem a maioria da população brasileira e de representar mais de 80% das/os
trabalhadoras/es em educação, o machismo e o racismo ainda resistem e as discriminam de várias formas.
No mercado de trabalho as mulheres que têm mais tempo de estudo crescem, mas mesmo assim, a
discriminação no acesso a cargos e profissões permanece. E além de ganharem menos que os homens rea-
lizando o mesmo trabalho, as mulheres também ocupam a maior parte do trabalho informal.
A desvalorização dos trabalhos ditos femininos, também é outra discriminação sofrida pelas mulheres,
por exemplo, o trabalho doméstico (no Brasil são mais de 6 milhões de trabalhadoras domésticas), ocupados
por mulheres pobres e que na maioria das vezes tem os direitos trabalhistas mínimos assegurados.
As mulheres no seu cotidiano precisam conciliar o cuidado com as crianças e ou idosos/as, as tarefas
domésticas e o trabalho formal. Um outro agravante e a ausência de creches públicas que prejudica a vida
das mulheres seja no campo pessoal ou profissional.
A eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República representou uma vitória particular das brasilei-
ras. São (nove) ministras nos espaços de poder, mas sem cargos eletivos.
	 Por meio do Jornal Mulher, a Revista Mátria e das atividades coordenadas pela Secretaria para As-
suntos de Gênero do SINTEPE e da CUT, com a participação dos Coletivos de Gênero e LGBT, o sindicato,
composto por mais de 80% de mulheres trabalhadoras, deve manter seu protagonismo na luta pela emanci-
pação e igualdade de direitos das mulheres brasileiras.
RESOLUÇÃO N
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Prevenção e Combate as DSTS/AIDS
	 Há quatro anos foi lançado o desafio, e hoje, o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas está em todo
estado. A iniciativa é da Internacional da Educação (IE) e está sendo desenvolvido em mais de 50 nações da
América Latina, Caribe, África e Ásia. É uma resposta da IE à pandemia da AIDS.
	 Com metodologia inovadora, diálogo, descobertas e mobilização social, o Projeto SPE está ajudando
a construir uma nova cultura nas escolas públicas do estado. Vai vencendo os tabus que envolvem a sexu-
alidade e ajudando a escola a assumir o seu papel no desenvolvimento dos jovens. Assim, mais meninos e
meninas vão aprendendo a lidar com o corpo e com as emoções, adquirem um comportamento responsável
na vivência da sexualidade, assumem a defesa da igualdade entre homens e mulheres, fortalecem sua auto-
estima e desenvolvem a solidariedade para com as pessoas que vivem com o vírus da AIDS, combatendo a
discriminação.
	 Por onde passa, o Projeto vai desconstruindo preconceitos e conscientizando jovens e adultos para
a mudança de atitudes, ou seja, para a adoção de comportamentos seguros de prevenção às DSTS/AIDS e
à gravidez na adolescência.
PLANO DE LUTAS
Cobrar do governo urgência de políticas públicas sociais que melhorem a qualidade de vida dos idosos;
Exigir do governo a garantia dos direitos oriundos da Lei Complementar n° 154/10, para todos/as os/as
professores/as revertidos/as;
Defender a Previdência Publica e lutar contra qualquer reforma que vise retirar Direitos;
Manter a luta pela constitucionalidade e implantação integral da Lei 11.738 e mobilizar a categoria pela
regulamentação do Piso salarial Nacional para todos os profissionais da educação, previsto no artigo 206, VII
da CF/1988;
Lutar pela aprovação do projeto de Lei n° 1.592/03, que visa, fixar as diretrizes nacionais para a carreira
dos profissionais da educação;
Lutar pela gestão democrática em sentido latu senso, na escola e nos sistemas de ensino, sobretudo
pela constituição do Fórum Nacional de Educação, de caráter propositivo fortalecimento dos conselhos es-
colares;
Promover o fortalecimento dos coletivos: Antirracismo, Gênero, Saúde, LGBT e aposentados, através de
seminários, palestras e encontros
Lutar pela ampliação do projeto Pró-funcionários e dos cursos tecnológicos voltados aos funcionários;
Promover o engajamento dos trabalhadores em educação em todos os espaços de formulação de polí-
ticas públicas;
Realizar Campanha Nacional de Filiação de Sindicatos Municipais de Educação à CNTE, a fim de forta-
lecer as lutas da categoria e a promoção do direito à educação de qualidade nesse país;
Desenvolver campanha nacional e internacional pela paz, pelo respeito e preservação do meio ambiente
por um mundo ecologicamente, pela dignidade humana e pela erradicação da pobreza;
Apoio a autodeterminação dos povos e a soberania nacional;
Mobilizar a sociedade com vistas à ampliação do direito à educação pública, de qualidade social, inclu-
siva, democrática, Laica, em tempo integral, especialmente através do financiamento publico (aumento do
percentual do PIB, conversão da dívida a fim do DRU) e pela valorização dos educadores;
Participar das lutas estaduais e acionais, articuladas pela CUT e CNTE, em pro da classe trabalhadora;
Pressionar o poder executivo e o parlamento para a implantação do PSPN;
Fazer acompanhamento dos recursos do FUNDEB, através dos conselhos eleitos, divulgando para a
sociedade o valor mensal de investimentos;
Ampliar o debate sobre organização dos trabalhadores em educação, objetivando a construção de um
sindicato único por ramos de atividade;
Continuar na luta contra a terceirização e privatização do ensino e por concurso público para todos os
trabalhadores da educação, em destaque os administrativos e redução sem perda salarial;
Garantir a todos os trabalhadores de educação direito a cursos de: Pró-funcionários, graduação, especia-
lização, mestrado e doutorado subsidiado pelo governos (Federal e Estadual)
RESOLUÇÃO N
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Apoiar a luta pela inclusão de alunos portadores de necessidades especiais;
Exigir MERENDA ESCOLAR de qualidade para todos os estudantes nos três turnos de funcionamento
das escolas;
Reivindicar que todas as Escolas sejam equipadas com BIBLIOTECA, SALAS MULTIMÍDIA E LABORA-
TÓRIOS;
Construir o Estatuto dos Profissionais da Educação;
Reivindicar CONDIÇÕES DEQUADAS DE TRABALHO: escolas com salas equipadas e atrativas, áreas
de lazer, de esportes e de expressão artístico-cultural;
Ampliar o debate pela permanência de turmas de normal médio e ensino médio integrado com a educa-
ção profissional nas escoas estaduais;
Estruturar, ampliar e garantir o funcionamento dos CONSELHOS existentes na Educação, fortalecendo
os mecanismos de controle social dos recursos do FUNDEB, com a ampla participação da sociedade;
Lutar para que a Educação seja uma política de Estado e não de Governos;
Lutar pela inclusão das gratificações que são descontadas para previdência, no ato da Aposentadoria;
Lutar pela inclusão do Decreto 2007 no ato da aposentadoria dos Assistentes e Auxiliares Educacionais;
Criar o Coletivo Estadual de formação do SINTEPE e o Coletivo de Juventude;
Diretores do Sintepe
Heleno Manoel Gomes de Araújo, Maria Antonieta da Trindade G. Galvão, Marinalva Gomes da Silva
Lourenço, Valéria Conceição da Silva, José Fernando de Melo, Wilson de Souza Macedo, Rita de Cássia Fil-
gueiras Barreto, Washington Carvalho Buenos Aires, Cleidimar Barbosa dos Santos, José Valdênio Bezerra
de Carvalho, João Alexandrino de Oliveira, Pedro Noé Batista da Silva, Severina Moreira Porpino, Antonia
Pereira Cavalcanti, Dílson José Marques Guedes, Paulo José de Barros Filho, Zélito de Oliveira Passavante,
Rossana Pereira Moura, Edeildo de Araújo Silva Filho, José Agripino Pereira, João Soares da Silva, Wiliam
Menezes dos Santos, José Severino de Barros, José Ivo Silva, Simone de Fátima Vasconcelos Ferraz, Geny
Maria Aguiar Neves, Roza Maria Pedra Rica S. Marinho Falcão, Rosane Maria Peixoto de Mendonça, Paulo
Roberto Batista da Rocha, Noel Ferreira Albertin, Carlos Antonio Vasconcelos.
Mª José Machado de Freitas, Adnilza Maria Rodrigues, Ana Virginia Lima Henriques, Ricarda Maria da
Silva, Isis Paes Cardoso da Silva, Alberto Jorge de Albuquerque, José Elisomar da Silva Cardoso, Grace
Cristine Batista da Silva, Valéria Pereira de Oliveira, Luiz Carlos da Silva, Mônica Maria Albuquerque da
Cruz, José dos Santos Semente, Emília Apolinário Vital, Jônatas Rodrigues Pacheco de Melo, José Fran-
cisco de Almeida, Amanda Marques de Carvalho Gondim, Paula Francinete de Araújo, Jarbas Correia da
Silva, Cremilda José de Souza, Ivone Chalu Pacheco, Adenir Andrade de Oliveira, Ivan Rui Oliveira Costa,
Nilton Guimarães da Silva, Josélia Silva Barros, Francisco de Assis Maciel, Joy Luiz Ramos Benício, Maria
da Conceição Tavares, Patrícia Cordeiro Bento da Silva
Núcleos do Interior
Augusto de Barros Souto, José Erlando Bezerra Sabino, Elza Guilherme Porto Rocha , Maria Rossana
Rodrigues, Adelmo Buarque de Souza, Janete Cavalcanti Costa, Maria do Socorro Souza França, Elisângela
Coelho da Silva, Sueli Tetonio de Pontes, Dulcineia Alves Silva Ribeiro, Elison Davi Crispim Ramos, José
Fagner da Silva, Ivania Pinho da Silva, Vera Lúcia pessoa Marques, Severina Cecília da Silva, Clicia Roberta
de França, Altemir Monteiro Lima de Almeida, Elineide Maria da Silva, Jose Martins da Silva, Jeová Willia-
ms da Silva, Joana Maria Cavalcanti, Sandra Maria Alves da Silva Souza, Maria Cândida P. de Mendonça,
Domingos Sávio Silva, Maria Inêz Alves, Valdomiro Gomes de Sá Júnior, Maria Helena Alves Ferreira, Carlos
Henrique da Silva, Neide Maria Fernandes, Maria José da Silva Lima, Maria Gorete da Silva, Francisca Lino
de Oliveira, Vilma Lúcia Feliciano, Maria Luciene Gomes da Santos, Antonia Irismar de Souza, Maria Cristina
Costa de Carvalho, Robson José do Nascimento, Leia Maria Amorim Loura, Margarida Maria da Silva, Lucia
Maria de Souza Santos, Jair Elias dos Santos, Maria Rosemilda Gomes Souza, Pedro José Soares, José
Edson Vilarim de Souza, Daniel José dos Santos Filho, Marluce Generoza Sandes da Silva, Maria Gemilda
Ferreira Vilarim, Ana Maria de Souza, Rodolfo Barreto de Lima, Maria Silvana Brito Padilha, Claudia Bethânia
Bezerra Correia, Izidoro Rodrigues Simões, Eliane Maria Machados de Souza, Luzinete da Silva Cavalcanti,
Maria da Soledade Lima Mota (Sula), Mariza Paulino dos Santos, Maria Valdelice S. Costa, José Alves da
Silva filho, Helio José de Oliveira da Silva, Mª Anunciada de Oliveira, Alexandre Jorge Torres, Valderio Vieira
de Lima , Sandra Cristina da Silva, Ana Claúdia da Silva Rocha, Valéria Maria da Silva Santos, Terezinha
Maria da Silva, Mario Bezerra de Siqueira, Edvaldo Freire Gomes, Lucila Maria da Silva Carvalho, Maria
José Siqueira, Edeilda MAria de Oliveira, José Amaro de Melo Lins, Amara Cícera de Lima, Maria do Socorro
RESOLUÇÃO N
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Ribeiro Gomes, Agmar Alves Gonzaga Carvalho, Maria Erinalva Pires Mororó, Givannildede Souza Granja
Reis, Vaneci Souza da Silva, Cleonice Neres de Souza, Cícero Ferreira da Silva, Silvani Alencar de Carva-
lho, José Varonildo dos Santos Ramo, Maria do Socorro Braga, Gerisvaldo de Siqueira e Sá, Célia Maria da
Silva Brito, Josefa Maria da Silva, Madalena Margarida de França, Maria das dores Cavalcanti de Mauricélia,
Alcides Maurício dos Santos, Joelma, Drayton José da Costa, Mário José Gomes de Souza, Valter Rodrigues
de Almeida, Alex Cristophe Cruz da Silva, José Ivanildo b. de Lima, Euda Cristina Pereira da S. Lucena, Joás
Ferreira da Silva, Maria Zoráide Alves de Moura, Gilvani Maria de Cruz Feitosa, Lucivanda Patrícia Rodrigues,
Cristina Bernardo H. da Silva, Maria Silva da Conceição de Almeida, Maria Zilma de Araújo Silva, Edvania
Brasiliano Leite, Lanirtson Agra Barbalho, Gracilene, Josenice Maria da Silva, Gilderlânia Maria da Silva, Ma-
ria da Conceição da Silva, José Regis da Silva, Maria Tereza da Silva, Ubaldino Gomes de França, Fernada
Inez Ferreira da Silva, Maria Anemilia Neta S. Barros, Lindinalva Vicente de A. Santos, Maria do Carmo Alves
Silva, Vladimir Rodrigues de Lima, Edmilson Ferreira da Silva, Cynthia Cínara O. de Vasconcelos, Lígia Fa-
biana Gomes da Silva, Maria das Graças O. Alves, Maria Erivânia S. de Melo, Valéria de Siqueira Valadão,
Rosangela Maria Mendonça.
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RESOLUÇÃO Nₒ 2
Resolução nº 2 - Por um Sindicato Independente Classista e de Lutas
CONJUNTURA Internacional
O ano de 2011 iniciou sob o signo de grandes revoluções que sacodem o Oriente Médio. Mobilizações
massivas contra o governo da Tunísia, estendem-se até o Egito derrotando também a ditadura de Mubarak
através de greves, ocupação das ruas e praças públicas. Em outros países como a Líbia, as massas se levan-
tam enfrentando o sanguinário ditador Muamar Kadaff com seu exército de mercenários que não vacilam em
atirar contra o povo na rua. Os povos daquela região, grande produtora de Petróleo, já não aceitam viver sob
a miséria e a repressão de ditaduras e monarquias reacionárias. No entanto, estas lutas precisam continuar
até que se consigam mudar, de verdade, a vida desses povos e pela construção de uma grande Federação
das Repúblicas Socialistas Árabes. Estas mobilizações questionam também o imperialismo americano que
sempre apoiou estas ditaduras.
Fora as tropas do HAITI
O desastre causado pelo terremoto que atingiu o Haiti em janeiro de 2010 e o fracasso da operação de
ajuda internacional elevaram a miséria do povo haitiano que agora vive uma epidemia de cólera. A tentativa
do governo e das tropas de ocupação de controlar a situação através da repressão não está dando certo.
Em Porto Príncipe, capital do país, acampamentos se transformam em favelas permanentes. A situação faz
com que o povo revoltado saia às ruas tendo que enfrentar as tropas de ocupação. Diante de imagens de
soldados atirando contra o povo, nós,trabalhadores brasileiros, devemos cobrar do governo Dilma a retirada
imediata das tropas brasileiras do Haiti. Não pode ser feliz um povo que oprime outro.
CONJUNTURA NACIONAL
Para os brasileiros o ano iniciou junto com o Governo de Dilma Russef. Pela primeira vez em nossa his-
tória uma mulher governará o país trazendo esperança para milhões de brasileiros. A eleição da presidenta
foi conseguida graças à influência de Lula, ao crescimento econômico (próximo de 7% em 2010) e à aliança
com setores da direita como o PMDB de Michel Temer e Sarney que agora cobram a conta do apoio exigindo
cargos no governo.
Agora no governo, Dilma aprovou no Congresso e no Senado o salário mínimo de R$ 545,00 afirmando
que é preciso manter o arrocho salarial e os juros altos para segurar a inflação. Enquanto o aumento do salá-
rio mínimo representa 6,8% a cesta básica aumentou 16,2% e os aluguéis 11,5%, segundo o DIEESE para o
qual o valor do salário mínimo deveria ser R$ 2.200,00. O governo anunciou o corte de R$ 50 bilhões do or-
çamento e a proibição de concursos públicos. Existe um déficit nas contas correntes do país que chega a U$
60 bilhões enquanto a crise econômica que abala economias da Europa ameaça chegar por aqui. As medidas
anunciadas destinam-se a prevenir contra estes riscos. No entanto, quem paga o pato são os trabalhadores,
pois se prepara outra reforma da previdência para dificultar a aposentadoria e a volta da CPMF, o imposto so-
bre o cheque. Vale destacar o a incoerência do governo, de seus aliados e da oposição burguesa, pois juntos
aprovaram o reajuste de 62% para os deputados enquanto presidente e ministros tiveram aumento superior a
100%! Através do chamado superávit primário o governo pretende economizar R$ 117 bilhões para pagar de
juros aos banqueiros, a famigerada dívida externa.
Outro sacrifício imposto aos trabalhadores, o desemprego, também subiu para 6,1% em 2011 contra
5,3% em dez. de2010, segundo o IBGE.
CONJUNTURA ESTADUAL
Em Pernambuco Eduardo Campos conseguiu se reeleger com 82% dos votos. Pudera! A frente popular
foi composta com representantes das oligarquias do Estado como Armando monteiro por um lado e antigos
representantes das lutas dos trabalhadores como Humberto Costa cujo 1º suplente é um dos ícones da direita
do Estado, Joaquim Francisco.
Eduardo contou também com o apoio de Lula e da propaganda ostensiva sobre o crescimento do Estado
por conta das obras em SUAPE. Todos os dias se anunciam novos investimentos em infra estrutura no Es-
tado. A situação, porém não muda significativamente para quem trabalha, senão vejamos: No município de
Ipojuca, que abriga as obras de SUAPE, os trabalhadores vivem sobre as piores condições de vida e amar-
gam o pior IDH do Estado. Rodeados de riquezas que não lhes servem.
A produção industrial teve um crescimento de 10,2% , mas o crescimento do PIB do Estado não serve
para os trabalhadores que, dentro do complexo de SUAPE sofrem com uma jornada intensa, recebem salários
inferiores aos do Sul do país e são impedidos de se organizar e fazer greves, pois o resultado é a demissão.
Apesar de Pernambuco ter sido escolhido para sediar a Copa do Mundo, não há uma política de esportes
18
RESOLUÇÃO Nₒ 2
no Estado e os Centros de Educação Física, que poderiam funcionar como ponto de apoio ao desenvolvi-
mento dos esportes e da Educação Física no Estado, estão sendo desmontados e retirados do âmbito da
Secretaria de Educação.
O Estado de Pernambuco está longe de ser um paraíso para os trabalhadores. Sofremos com as precá-
rias condições da saúde pública enquanto o governo segue com o seu projeto de privatização da saúde atra-
vés das O.S. impostas nas UPAS e a violência que atinge a população do estado. Ao contrário da propaganda
do governo o desemprego atinge 245 mil pessoas na Região Metropolitana do Recife atingindo em jan. 13,5%
da PEA (População Economicamente Ativa) e 7,1% , segundo o IBGE.
POLÍTICA EDUCACIONAL
A educação em Pernambuco é marcada por uma política de arrocho salarial e de extrema exclusão social.
Escolas de Tempo Integral, extinção das turmas do Ensino Fundamental bonificação às escolas por
metas estabelecidas pela INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial) que gerencia a educação o Estado,
são um bom exemplo disso.
A escola não pode ser um espaço de exclusão como acontece nas escolas de Tempo Integral,. Nessas
unidades, alunos e professores recebem tratamento diferenciado quanto às refeições, materiais didáticos, far-
damento além de recursos para o desenvolvimento de projetos. Enquanto os alunos da Educação de Jovens
e Adultos sequer recebem livros para estudar.
Os profissionais da Educação nas Escolas de Referênia são impedidos de participar das lutas da cate-
goria demonstrando o caráter autoritário deste “modelo” de ensino gerenciado por um programa dirigido por
representantes de empresas privadas e deixando de fazer parte da estrutura das GRE’s. A remuneração é
incrementada por uma gratificação de 199% que, no entanto, não vai para a aposentadoria. Nas 160 escolas
integrais a ameaça de perder a vaga na escola é uma constante. A Escola que defendemos deve ampliar
os direitos dos Educadores e garantir métodos de ensino que tornem a juventude mais livre, participante e
autônoma.
Professores, devido ao regime de “exclusividade” têm suas vidas controladas pelo Estado, não poden-
do participar de atividades sindicais, fazer greve, tirar licença, entre tantas outras arbitrariedades. Para não
assumir a responsabilidade sobre estes fatos, nada disso consta em documentos. O “repasse de idéias” é
feito através das famosas capacitações que são verdadeiros campos de lavagens cerebrais. Enquanto Esco-
las Integrais são munidas de recursos para atenderem bem a “clientela” à que se destinam, alunos e profes-
sores são jogados em galpões insalubres, que sequer podem ser chamados de escolas, a exemplo do galpão
Torquato de Castro/Aldeia-Camaragibe.
O governo fecha turmas do Ensino Fundamental e chama isto de ‘reordenamento’ das escolas da rede.
Na verdade esta política de exclusão separa alunos e professores em unidades exclusivamente para o
Ensino Médio e em escolas de Ensino Fundamental, preparando caminho para a formação da futuras Escolas
Integrais incorporando todo o Ensino Médio, enquanto o Fundamental será transferido para responsabilidade
dos municípios coisa semelhante ao desmantelo educacional provocado pelo processo de municipalização
em décadas passadas e que joga os professores para a disponibilidade.
O Bônus de Desempenho Educacional (BDE) inventado pelo governo Eduardo Campos é uma farsa.
Escolas são premiadas sem que os critérios para a bonificação sejam esclarecidos. Estabelecimentos de
ensino desestruturados sem as mínimas condições de funcionamento são premiadas, enquanto outros que,
apesar das dificuldades conseguem desenvolver bons projetos, ficam fora do processo.
Esta é mais uma forma de desviar a atenção dos trabalhadores em educação para o que realmente
interessa: melhorias nas condições físicas e pedagógicas das escolas e, remuneração decente para os traba-
lhadores em educação. Com a política de premiação o governo pretende dividir a categoria criando disputas
nas unidades de ensino, além de adormecer a luta por salários justos para a categoria.
A política de arrocho salarial e exclusão vivenciada no governo Eduardo Campos é intensificada pelo
sistema de fiscalização permanente. O controle ocorre através do trabalho dos técnicos educacionais
obrigados a passar o tempo enviando relatórios para a Seduc com as informações dos diários de classe e
livros de ponto elaborados de forma extremamente burocrática e mais recentemente através de câmeras
instaladas nas escolas que, além de serem consideradas medidas antipedagógicas, representam assédio
moral e não funcionam como mecanismos de combate à violência e/ou indisciplina.
Enquanto o governo persegue os trabalhadores, as escolas continuam desestruturadas. Há falta de birôs
nas salas, Bancas quebradas, salas quentes e superlotadas, bibliotecas e laboratórios de informáticas inati-
vados, professores afastados de suas funções com problemas de saúde, são coisas rotineiras nas escolas
da rede, 50% destes por problemas psíquicos pois não suportam tanta pressão.
19
RESOLUÇÃO Nₒ 2
Modificando a lei para nos prejudicar o governo acaba com o Plano de Cargos e Carreiras dos Trabalha-
dores em Educação. Desrespeita o Estatuto do Magistério impondo um dia para o professor ficar à disposição
da aula atividade. Derruba o Artigo 31 que assegura a gratificação de 40% do vencimento base como ocorre
com o difícil acesso (com o desmanche do PCC o governo tabelou valores nominais) e obriga professores
a desenvolverem projetos para complementar cinquenta minutos (hora/aula) no horário noturno, mesmo o
Artigo 15 do Estatuto garantindo quarenta minutes para a hora-aula do terceiro turno.
O quadro educacional nas escolas estaduais vem sendo intensamente degradado com a gestão anti-
democrática instalada pelo pseudo socialista Eduardo Campos que, utilizando da mídia maquia a face da
educação e ainda, através de falsos discursos, numa tentativa de desmoralizar a categoria, tenta jogar a
sociedade contra os trabalhadores em educação.
CADÊ O PISO?
O discurso do governo acerca da valorização da Educação não passa de palavras. Vejamos como o
gov. Federal se nega a reconhecer o Piso Nacional de R$ 1.597,87 se o reajuste aplicasse o Custo Aluno
Qualidade como determina a lei 11.738 (Lei do Piso) a partir de jan. de 2009. O governo não reconhece a lei
e determina um piso de R$ 1.187,97 aplicando 15,84% sobre R$ 1.024,85, determinado arbitrariamente ano
passado pelo MEC. É preciso continuar a luta pela aplicação do piso de R$ 1.597,87 para 150 horas aula
que é a nossa jornada inicial de carreira, bem como a defesa dos 33% para aulas atividade rumo a 50% com
o reconhecimento do nosso trabalho exercido em casa. O piso representa menos de três salários mínimos,
mesmo assim o governo acha que é muito e nos paga o pior salário do Brasil!
Níveis de defasagem como os 17,8% de analfabetismo no Estado e 28,5% de analfabetos funcionais,
além das distorções entre a idade e a série dos alunos não poderão ser revertidos com pressão ou medidas
administrativas. Se faz necessário maior investimento na Educação, no salário dos profissionais, na infra
estrutura das escolas e na construção de espaços democráticos.
Não se pode alcançar desenvolvimento sem melhorar a Educação e esta também não melhora se não
valorizar de fato os profissionais da Educação e oferecer-lhes melhores condições. Também é necessário que
haja perspectivas melhores para a juventude. Neste sentido o Ensino Superior precisa ser fortalecido através
das Universidades Públicas uma vez que estas são responsáveis pela maior parte das pesquisas em nosso
país. Programas como o POUNI que compra vagas das Faculdades Privadas vão no sentido contrário do
Ensino Público de Qualidade bem como o REUNI que amplia o número de vagas através da sobrecarga sobre
os servidores e professores das Universidades Federais precarizando estas. Não a toa proliferam faculdades
particulares de qualidade duvidosa.
Agora a presidenta Dilma anuncia um PROUNI também para Escolas Técnicas. É a festa para os tuba-
rões do ensino. O crescimento das faculdades particulares se dá graças a esses financiamentos do governo.
A aplicação dos recursos públicos apenas nas escolas e universidades públicas ampliaria o número de vagas
com muito mais qualidade e fortaleceria o ensino, a pesquisa e a extensão.
Programas oferecidos por empresas privadas como o Travessia, Acelera, se Liga da fundação Roberto
Marinho e do Instituto Airton Sena, representam mais uma forma de desvio dos recursos públicos constituin-
do-se em verdadeiras fábricas de diplomas sem nenhuma preocupação com os conteúdos e a apendizagem.
Não servem para corrigir a distorção idade série e acabam com o direito aos 200 dias letivos tão utilizados
para pressionar a categoria. Neste ano de 2011 o governo fechou várias turmas de EJA enquanto os profes-
sores que trabalhavam no projeto, foram forçados a procurar outras escolas ou ficar em disponibilidade.
Em 2011, o governo impõe queas aulas de Educação Física sejam ministradas dentro da grade de hora-
rio, retirando aulas das disciplinas de ciências, prejudicada junto com história e geografia. Tudo sem oferecer
as mínimas condições para a prática da Educação Física diante da falta de quadras esportivas e banheiros
decentes, trazendo para dentro da escola mais perturbação.
	 POLÍTICA SINDICAL
Com o advento do governo Lula a discussão sobre independência e autonomia dos sindicatos frente aos
governos e aos patrões tomou uma grande importância, passando o binômio independência e autonomia
sindical, ser apenas uma figura de retórica para os dirigentes da CUT. Esta foi cada vez mais se atrelando ao
governo, burocratizando-se e assumindo uma postura de Central Chapa Branca, fato constatado em vários
episódios como a colaboração e defesa da Reforma da Previdência realizada por Lula em prosseguimento a
de FHC e que eliminou vários direitos dos servidores públicos abrindo caminho para fundos de aposentadoria
complementar privados. Em seu papel governista a CUT abandonou a luta pelo salário mínimo do DIEESE
e passou a defender os planos de ajustes que impõem o arrocho salarial aos trabalhadores enquanto vários
ex dirigentes da Central passaram a integrar os quadros do governo.
A burocratização da CUT restringiu tanto a democracia que aliados seus romperam como a CSC rompeu
20
RESOLUÇÃO Nₒ 2
e formou a CTB, também governista. Para o movimento sindical combativo, que sempre defendeu a indepen-
dência de classe e a autonomia dos trabalhadores não restou outra saída a não ser romper com a CUT gover-
nista na luta para construir a unidade classista do movimento sindical, popular, estudantil e da juventude.
	 Para que os trabalhadores possam avançar na construção de um projeto de sociedade igualitária,
socialista e livre precisamos continuar a luta pela independência e pela Unidade da Classe Trabalhadora com
a ampliação da democracia nos sindicatos e centrais sindicais, por isso defendemos:
• Independência e autonomia sindicais frente a governos e patrões
• Fim do imposto sindical
• Romper com a CUT governista
• Campanhas de denúncia do governo e contra o sucateamento dos serviços públicos
• Lutar contra a reforma trabalhista, sindical, previdenciária e universitária que retiram direitos dos traba-
lhadores e estudantes.
BALANÇO POLÍTICO
Nos últimos anos a nossa categoria foi protagonista de muitas lutas enfrentando, por um lado o des-
respeito a lei 11.738|08 (lei do piso) pelo governo Federal e, por outro as políticas excludentes e de arrocho
salarial imposta pelo gov. Eduardo Campos que impõe uma política de premiação (bônus) como forma de
remuneração aos Educadores. Política esta que exclui os aposentados e deixa de fora parte da categoria que
não cumprir as tais metas.
Na última greve o governo além de não negociar com a categoria, impediu nosso direito de reposição de
aulas contratando professores temporários para fazê-lo. No entanto, a categoria que aprovou a campanha
para denunciar Eduardo Campos como Inimigo da Educação e o Fora Danilo Cabral, então Secretário de
Educação, forçou o governo a fazer algumas concessões como o vale refeição e a destinação de bônus para
80% das escolas, preocupado, lógico com a sua reeleição. Mais uma vez os aposentados ficaram de fora!
Entretanto, a nossa categoria enfrenta uma contradição, pois se realiza grandes lutas contra o governo vê
dirigentes do SINTEPE com uma postura conciliatória, posto que chegou a apresentar nos meses que antece-
deram a eleição uma tabela com um PCC fictício que estaria em negociação com o governo para novembro
de 2010. Esqueceram que Eduardo desmontou o nosso PCC! Agora, passadas as eleições, pergunta-se :
cadê o PCC?
Merece esclarecimentos se o representante do SINTEPE realmente tem votado a favor das contas do
FUNDEB. Se este fato for verdadeiro o sindicato deve explicações à categoria uma vez que não recebemos
o piso salarial que deveria ser garantido por estes recursos.
Recentemente a direção do SINTEPE teceu vários elogios ao Secretário de Educação pelo fato de ter
este comparecido ao debate convocado pelo sindicato no dia 10 de fevereiro como se o governo estivesse
mudando a sua política de arrocho salarial e repressão à nossa categoria.
Esta postura da direção do SINTEPE é um reflexo da CUT e resultado da participação do PT, do PC do B
e de antigos dirigentes sindicais no governo de Eduardo como Teresa Leitão que é deputada da base aliada
e que foi presidenta do SINTEPE. Os interesses do governo, para estes, contraditoriamente, passam a pre-
valecer sob as necessidades da categoria.
A nossa categoria necessita de uma direção à altura das lutas da categoria, sem conciliação e sem con-
cessão ao projeto de desmonte da Escola pública implantado por Eduardo Campos.
ESTATUTO DO SINTEPE
Defendemos a mudança no estatuto do sindicato nos seguintes termos:
• Reduzir o desconto dos filiados para 0,5%
• Realizar as eleições do sindicato pelo critério da proporcionalidade qualificada garantindo a representa-
ção de todos os lutadores da categoria
• Desfiliar o sindicato da CUT
• Garantir a representação das chapas concorrentes sem exigência de pertencedr à categoria
POLÍTICAS PERMANENTES
A nossa categoria é composta majoritariamente por mulheres, fato que demonstra a necessidade de
fortalecer a luta contra a opressão.
21
RESOLUÇÃO Nₒ 2
Há, entre a opressão das mulheres e desvalorização do magistério, uma relaçao direta que explicam
os baixos salários e os rótulos de profissionais desqualificadas, despreparadas. A luta das profissionais da
Educação, além da classe deve considerar outros fatores como classe, gênero e etnia, como verificamos nos
dados a seguir: O ensino pré-escolar no Brasil é exercido por 94,8% de mulheres; no ensino fundamental,
92,6% enquanto apenas 40,8% são responsáveis pelo ensino superior. Como sabemos, neste último os ní-
veis salariais são significativamente maiores.
A violência, o assédio moral e sexual, aliado à exploração, tornam as mulheres vítimas do capitalismo e
sua sede de lucro. São elas as primeiras vítimas do desemprego, das políticas de corte de benefícios como
a reforma da previdência e trabalhista, bem como das precariedades em relação a moradia, ao atendimento
de saúde.
A discriminação e o preconceito estão presentes nos locais de trabalho, nos discursos e práticas reli-
giosas, nas relações sociais, em músicas e danças que depreciam o corpo e as relações afetivas entre as
pessoas e nos meios de comunicação. Estas prática são responsáveis por inúmeros casos de violência contra
negros, contra homossexuais e contra as mulheres.
Precisamos combater a discriminação, a homofobia, a jornada extensiva das mulheres exigindo dos go-
vernos e fazendo campanhas por:
• Creches nos locais de trabalho
• Lavanderias públicas
• Orientação sexual nas escolas
• Política de formação sobre a discriminação e o preconceito contra os negros e os homossexuais
• Garantir o ensino sobre a história da África nas escolas públicas
• Direito ao aborto e a contracepção segura	
PLANO DE LUTAS
Realizar campanhas e lutar por:
• Não pagamento da dívida externa e interna aos especuladores
• Auditoria nestas dívidas
• Contra a reforma da previdência, trabalhista, sindical e universitária
• Exigir do governo brasileiro a retirada das tropas do Haiti, ajuda se faz com médicos e alimentos e não
com soldados
• Independência sindical frente aos governos e patrões
• Contra o imposto sindical
• Ruptura do SINTEPE com a CUT governista
• Contra a política de premiação (bônus) do governo Eduardo, queremos salário igual para todos
• Aplicação de 10% do PIB em Educação rumo aos 15%
• Reajuste salarial igual aos dos deputados, de 62%
• Aplicação do Piso Salarial (Lei 11738) de R$1.587, 87 para 150horas rumo ao salário mínimo do DIE-
ESE (R$ 2.200.00) para 20horas
• Extensão da gratificação das escolas de referência para os Educadores das outras escolas e incorpo-
ração na aposentadoria
• Pela aplicação de 33% de aulas atividade como manda a lei do piso rumo a 50% e reconhecimento das
aulas atividade em casa
• Retorno da Educação Física para o contra turno e discussão com a categoria das mudanças na grade
curricular
• Construção de quadras, banheiros adequados e climatização das salas de aula
• Retorno dos Centros de Educação Física para os quadros da SEDUC
• Garantida de recursos materiais e didáticos
• Contra as escolas de Referência excludentes e discriminatórias e por uma escola democrática e
22
RESOLUÇÃO Nₒ 2
emancipadora que respeite os profissionais da Educação
• Devolução dos descontos da greve e garantia de participação nas lutas pelos educadores das Escolas
de Referência
• Eleições diretas para diretor e conselhos escolares independentes
• Contra a ingerência do setor privado nas escolas públicas e seus projetos como travessia e escolas de
referência
• Política de formação e apoio aos Educadores e não de fiscalização ostensiva
• Contratação de profissionais para a portaria das escolas
• Contra o fechamento de turmas de 5ª a 8ª e Ensino Médio
Assinam esta tese:
Ana Lins de Siqueira Gomes mat. 92.669-8 - Dácio da Silva Cruz	 mat. - André Luis Gonçalves Perei-
ra mat. 240.392-7 - Simone Fontana mat. 132.657-0 - Maria de Fátima de Oliveira mat. 189.327-0 - Carlos
Elias Andrade mat. 189.456-0 - Maria de Lourdes Florentino mat. 130.006-7 - Jairo Girolamo Moreira mat.
174.195-0 - Adriana Abreu de Albuquerque mat. 170.426-4 - Leidson Macedo dos Santos mat. 173.398-5 -
Maria Luciene da Silva mat. 161.016-3 - José Mariano de Macedo mat. 191.383-2 - Ana Maria Alexandre de
Oliveira mat. 107.450-4 - Givaneide Ferreira da Silva mat. 106.854-7 - Maria Gildete Lucas mat. 103.760-9 -
Maria de Lourdes Terto mat. 122.410-7 - Luiza Rodrigues Coelho mat. 112091-3 - Marcos André S. de Souza
mat. 302.202-1 Jansen Gabriel de Oliveira mat. 239.836-2 - Inaldo F.Nascimento mat. 79.489-9 - Gycelle
Costa Nascimento mat.258.809-9 - Rogério Luiz Reis da Silva mat. 191.379-4 - Janaína de L. Barros mat.
176.489-6 - Carolina Abigail Cavalcanti Silva mat. 240.311.0 - Maria Albênia de Souza e Silva mat. 177.424-7
- Bernadete Maria Vieira da Paz mat. 265.418-0 - Madson Rubens de Sena mat. 123-546-0 - Geziel Costa
Campos mat. 240.069-3 - Roberto Carlos Gomes da Cunha mat. 193.811-8 - Vânia Maria Tiburcio Ramos mat.
262.370-6 - Celi Maria Arruda mat. 141.415-1 - Jerônimo de Melo Ribeiro mat. 109.906-0. - Pedro da Silva
Pontes mat. 178.016-6
23
RESOLUÇÃO Nₒ 3
1. Conjuntura Internacional
A situação mundial segue marcada pela crise econômica, iniciada em 2008 nos EUA, centro do sistema capi-
talista internacional, e que hoje atinge em particular os países da União Européia. Ao atingir os principais centros
imperialistas, a crise está longe de ser passageira, pois foi criada pelo próprio funcionamento do sistema imperia-
lista (com o lugar central que assume o capital financeiro e especulativo).
A receita ditada pelas instituições a serviço das grandes multinacionais e bancos, como o FMI e o Banco
Mundial, é “mais do mesmo” que gerou a atual crise, a saber: cortes de gastos públicos, ataques a direitos sociais
e conquistas dos trabalhadores, desmanche dos sistemas públicos de proteção social (aposentadorias, pensões)
e dos serviços públicos em geral, a começar pela Educação e a Saúde.
De outubro do ano passado para cá, de um ponto de vista objetivo, é evidente o estreitamento da margem de
manobra de todos os governos (guerra cambial precipitada pelos U$ 600 bilhões despejados pelos EUA, o G-20
tenta construir a “governança mundial” integrando as centrais sindicais, a escalada dos preços de alimentos etc.).
Situação da qual o Brasil não tem como escapar com uma forma e ritmo próprio.
A realidade do capitalismo mundial neste início de século XXI é a do desemprego, flexibilização e liquidação
de direitos sociais e trabalhistas, políticas de “ajuste” que visam salvar os bancos e grandes empresas privadas em
detrimento dos interesses das grandes maiorias exploradas e oprimidas dos povos do mundo.
No Egito, após a Tunísia, bem como no conjunto dos países da região do Magrebe, o que se viu foram as
massas tomando a iniciativa da resposta, em última instância, às conseqüências da crise capitalista. Com os
meios que dispõe, derrubam regimes e abalam os governos, atualizando a questão da democracia e da luta pelas
reivindicações.
Os trabalhadores e suas organizações sindicais, em todo o mundo, apesar de todas as dificuldades, buscam
resistir e defender as posições conquistadas pela luta da classe trabalhadora (direitos sociais, empregos, serviços
públicos). Foi o que vimos recentemente na Grécia, França, Espanha, Portugal, com greves gerais e mobilizações
dos trabalhadores que se recusam a pagar o preço da crise com a perda de seus direitos.
Qual o papel de uma organização sindical neste cenário? Certamente não é o de carregar o peso da falência
do sistema para os grupos de capitalistas e especuladores que criaram a atual crise que empurra o mundo ao
desastre. Um sindicato como o SINTEPE deve defender com unhas e dentes o que foi conquistado e recusar, por-
tanto, a política de ajuste proposta pelo FMI (Salário Mínimo de R$ 545,00, Corte de R$ 50 bilhões no Orçamento
de 2011), mantendo sua independência diante dessas instituições e governos, prestando contas à sua base de
trabalhadores e somente a ela.
O SINTEPE, deve também abraçar a luta do povo do Haiti que sofre a ocupação militar por parte de tropas da
ONU comandadas pelo Brasil, que têm reprimido suas mobilizações e são o único ponto de apoio para um governo
local corrupto e vendido, que implementa uma fraude eleitoral em meio aos escombros de um país destruído.
O povo do Haiti precisa de médicos, enfermeiros, engenheiros, ajuda técnica e material, não de soldados e
tropas de ocupação; retirada das tropas da ONU do Haiti, que os soldados brasileiros voltem para casa!
2. Conjuntura Nacional
A eleição de Dilma do PT a presidente do Brasil, na qual milhares de sindicalistas e trabalhadores se empe-
nharam, revelou a vontade do povo brasileiro de impedir a volta dos privatistas do PSDB e DEM ao poder e, ao
mesmo tempo, a vontade de que as reivindicações inadiáveis de terra, salário, serviços públicos de qualidade,
Saúde e Educação gratuitas, sejam atendidas.
A constituição de um governo de ampla coalizão, com um papel reforçado do PMDB (partido que congrega
setores dos mais corruptos e oportunistas da classe dominante brasileira) e outros “aliados” de ocasião, por si só,
coloca problemas que o movimento sindical e o movimento dos trabalhadores em Educação em particular terão
que enfrentar.
Acondição para a atuação dos sindicatos é, mais do que nunca, a independência e autonomia para fazer valer
as reivindicações pendentes dos trabalhadores. Está aí o Piso Nacional Salarial do Magistério, que foi aprovado,
mas que não é aplicado não só pelos governos estaduais que o questionam na justiça, mas por praticamente a
totalidade de governadores (da situação e da oposição), inclusive o de Pernambuco.
O SINTEPE deve combater para que o governo de Eduardo Campos não continue falsificando a aplicação do
Piso e promovendo da destruição do nosso Plano de Cargo e Carreira. A defesa da aplicação da Lei do Piso e a
defesa dos Planos de Carreiras é uma expressão da resposta que devem dar os trabalhadores e suas organiza-
ções aos efeitos da crise mundial capitalista sobre o nosso país.
Resolução nº 3 - O trabalho
24
RESOLUÇÃO Nₒ 3
Não podemos permitir que os derrotados nas urnas, através da grande imprensa que controlam, tentem
pautar o governo Dilma na aplicação dos planos de ajuste ditados pelo FMI: um corte de R$ 50 bilhões de gastos
públicos significa sucateamento do setor público, contenção de salários dos servidores, falta de investimentos do
Estado na infra-estrutura e na defesa da nação das conseqüências da crise.
Devemos exigir uma política de defesa da nação que faça a Reforma Agrária (paralisada pelos interesses
ruralistas que se abrigam não só na oposição, mas inclusive na “base aliada” do governo), que faça a riqueza do
Pré-sal ser utilizada para melhorar as condições de vida de nosso povo, com uma Petrobras 100% estatal e que
assegure os investimentos necessários na Educação e Saúde públicas.	 Mantendo sua filiação à CUT, o SIN-
TEPE deve apoiar a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, e,
conjuntamente com outras entidades de trabalhadores do setor público, batalhar pelo respeito ao direito de greve
e pela aplicação da Convenção 151 da OIT, que garante negociações entre sindicatos de servidores e seus em-
pregadores (as 3 esferas de governo: municipal, estadual e federal). A discussão de uma data base nacional para
os trabalhadores em Educação representados pela CNTE, também é questão importante, pois a inexistência da
mesma leva a mesas de negociações intermináveis (“mesas de enrolação”), quando existem.
A melhor contribuição que o SINTEPE, junto com a CNTE e a CUT, pode dar para a construção de um Brasil
justo e soberano, é a defesa intransigente das reivindicações dos trabalhadores e demais setores explorados e
oprimidos da nação.
3. Conjuntura Estadual
Os trabalhadores em educação de Pernambuco vêem sofrendo há muito tempo duros ataques dos sucessi-
vos governos, desde a gestão Jarbas/Mendonça, até a do atual governador de Eduardo Campos, que na nossa
campanha salarial educacional do ano passado, após romper unilateralmente as negociações com o SINTEPE,
simplesmente rasgou o nosso Plano de Cargo e Carreira, provocando redução nominal de salários na categoria,
enquanto segue se negando a cumprir a Lei do Piso e ostentando o título de pagar o pior salário aos professores
no País.
É bom não esquecermos que o governador Eduardo Campos – que ganhou da nossa categoria em Assem-
bléia Geral, durante a campanha salarial educacional de 2010, o merecido título de inimigo da Educação – fez
aprovar na Assembléia Legislativa a famigerada Lei das Fundações Estatais de Direito Privado em Pernambuco,
nas áreas da saúde e da educação, e que começou a implementar as OS´s na Saúde, amanhã, poderá fazer o
mesmo na Educação e na Ciência e Tecnologia.
Por esta razão, não podemos abaixar a guarda e achar que a simples mudança do secretário da educação
– todos eles paus-mandado do governador – vai facilitar as coisas para o lado dos trabalhadores em educação,
na nossa campanha salarial educacional deste ano.
O SINTEPE deve colocar no centro do combate da campanha este ano, ao lado da exigência da aplicação da
Lei do Piso, a exigência da volta do nosso Plano de Cargo e Carreira (PCC) e a elevação imediata dos salários de
todos os trabalhadores em educação em Pernambuco
4. Política Sindical
Defendemos que o SINTEPE continue filiado e fortaleça a Central Única dos Trabalhadores (CUT). A CUT,
fundada em 1983, a partir de uma onda de greves que se chocou com a ditadura militar e a estrutura sindical oficial
pelega no Brasil, segue sendo a principal organização geral dos trabalhadores brasileiros, dos setores público e
privado, do campo e da cidade.
Entretanto, no último período (grosso modo os dois mandatos sucessivos de Lula na presidência da Repúbli-
ca), para além das entidades que defendem a estrutura oficial pelega (imposto sindical e unicidade), que continu-
aram a existir (Força Sindical, Nova Central, UGT, CGTB), setores que estavam na CUT romperam com ela em
favor de outras organizações. Primeiro foi a Conlutas, depois a Intersindical, que confundindo o papel do sindicato
com o de partido político, optaram por serem “oposição ao governo Lula” e racharam com a CUT acusando-a de
“chapa branca” (as maiores greves e mobilizações ocorridas no período de governo de Lula foram, entretanto, lide-
radas pela CUT e suas entidades filiadas, como a própria CNTE, à qual o SINTEPE e filiado). Neste ano de 2010
o projeto de unificação da Conlutas com a Intersindical acabou fracassando, após um congresso que se perdeu na
discussão do nome que deveria ter a nova organização.
Já a Corrente Sindical Classista, que havia ingressado na CUT em 1991, diante do processo de legalização
das centrais sindicais (que veio, lamentavelmente, acompanhado de uma distribuição proporcional de recursos
oriundos do famigerado Imposto Sindical para as centrais reconhecidas), decidiu romper com a CUT e formar a
CTB em 2007.
Objetivamente esses rachas jogaram na divisão das organizações construídas pelos trabalhadores, a própria
CUT em primeiro lugar, em nome de organizações “de combativos” ou “revolucionários”, ou, no caso da CTB,
25
RESOLUÇÃO Nₒ 3
correia de transmissão de um único ponto de vista (no caso o da CSC, ligada ao PCdoB).
Nenhuma das correntes que rompeu com a CUT foi expulsa da central ou obrigada a sair. Ao contrário, as
portas da CUT continuam abertas para todos que nela queiram entrar, pois seus estatutos se definem por regras
democráticas e proporcionais de representação.
Subscrevem :
Edmilson Menezes de Medeiros -matric. 193.875-4 –Escola Sta. Paula Francinete; Iraci Lima Costa-
matric.144465-4- Escola Sta. Paula Francinete; Waldemir –matric.175.557-9- Escola Clotilde de Oliveira; Eva
Regina Bacelar Caldas- matric113.393-4- Escola Clotilde de Oliveira; Henrique José deSouza- matric.175.370-3-
Escola Clotilde de Oliveira; Célia Zener Saraiva- matric.114.665-6- Escola Clotilde de Oliveira; Maria de Lourdes
– matric.157956-8- Escola Jornalista Costa Porto; Rosineide Lima-matric.174.717-7- Escola Amaury de Medeiros;
TelmaMariadaSilva-matric.96967-2-EscolaSãoJoséSportClub(aposentada);CarmenesTavares-matric.97421-8-
Escola Álvaro Lins; Janine C. de Sá L.Souza-matric.164642-7- Escola PartorAmeno de Sena; Maria das Graças M.
O. de Lima-matric 162.847-0- Escola Do Bem Estar Social; Jacqueline Dornelas- matric-164643-5- Escola Do Bem
Estar Social;Pedro Peres- matric 173.743-3- Escola Luiz Delgaldo; Rosenilda R. de Sousa - Escola Luiz Delgado;
Evalda Mendonça da Silva Lima- matric.164.315-0- Escola Nova Cruz ; Jailson Oliveira- matric. 57336-5- Padre
João Barbosa;Edjane Cabral da Silva- matric157885-5- TecAdm. GRE Recife Sul;Antônio Ferreira da Silva- matric-
189542-7- Ginásio Pernambucano- Daniel Maurício O. de Lima-matric.125029-9- Ag. Administ. Monsenhor Arruda
Câmara; José Elias de Andrade Silva- matric.175.087-9- Escola Tristão F. Bessa;Otacílio Vieira de França- matric-
121120-0- Escola Tristão F. Bessa; Maria Dulce da Silva-matric.157967-3-- Escola Tristão F. Bessa;Luiza Estelina
Arcanjo-matric.99785-4- Escola Tristão F. Bessa;Ivan José Silva-matric112.845-8- Escola Tristão F. Bessa;Alzira
Maria Ramos-matric-172650-1- Escola Tristão F. Bessa;Ednaldo Heleno da Silva-matric.257.525-0-- Escola Tristão
F. Bessa;Maria Dulcinéia da S. Santos-121.899-9- Escola Tristão F. Bessa; Luiza Angelita de F. Ferreira-129.118-
Escola Tristão F. Bessa;Maria do Carmo daS. Lima-matric-131672-9-- Escola Tristão F. Bessa; Domerina da Silva–
matric91.623-4-- Escola Tristão F. Bessa;Joseleide Maria S. B.-matric174.599-9- Escola Tristão F. Bessa;Gerlane
Maria F. da Silva-matric144.442-5-- Escola Tristão F. Bessa;Sérgio A. da Silva-matric 257294-0- Escola Tristão F.
Bessa;Mônica Cristina de S.-matric 106183-6- Escola Tristão F. Bessa; Maria do Rosário Costa-matric.136.561-4-
Escola Tristão F. Bessa ;Divanice Ferreira-matric. 174490-9-- Escola Tristão F. Bessa;Rosário de Maria Marques
de Santos-matric.240685-3-Escola Estadual de Olinda;Alana Maria Pinto do Nascimento-matric.87813-8- Escola
do Bem Estar Social.
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8 CONGRESSO DO SINTEPE

  • 1. CADERNO DE RESOLUÇÕES DO 8ₒ CONGRESSO DO SINTEPE
  • 2. 2 Vinte e um anos de existência como sindicato unificado dos/as trabalhadores/as em educação. Com a conquista na Constituição Federal de 1988, do direito de criar sindicatos no serviço público, a data de 26 de março de 1990 é histórica e marcante na vida dos/as profissionais que atuam nas escolas das redes públicas estadual e municipais de Pernambuco. Naquele ano não existiam o Pacto pela Valorização do Magistério (1994), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), o Estatuto do Magistério (1996), o Plano de Cargos e Carreira (1998), o Plano Nacional de Educação (2001), o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valori- zação dos Profissionais da Educação (FUNDEB-2007), o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN-2008), a Lei federal n° 12.014/2009 que define na LDB quem são os/as profissionais da educação e a Emenda Cons- titucional n° 59/2009. O último, garante a obrigatoriedade da educação básica dos 4 aos 17 anos de idade e tantos outros instrumentos e acordos assinados desde 1991 que garantiram conquistas importantes para nossa categoria e para o povo brasileiro. Temos histórias para contar e conquistas para contabilizar, frutos da nossa vivência democrática, da nossa organização, do nosso compromisso, da perseverança, da resistência, da responsabilidade, da paixão, da alegria de fazer a luta. São com estes sentimentos e sintonizados com as demandas da categoria que em- balamos as mobilizações nos locais de trabalho, as campanhas salariais educacionais, as diversas plenárias, conferências e congressos. Chegamos ao 8º Congresso Estadual do SINTEPE, enfrentando corte da consignação (de novembro de 2003 a janeiro de 2006) e governos descompromissados com o direito à educação e a valorização dos seus profissionais. Esses motivos provam que a nossa categoria é brava, resistente e não foge da luta. Neste Congresso, somos mais de 800 lutadores/as educacionais e sociais que demonstram compromis- so com o direito social, universal e humano a educação, que enfrentam a repressão nos locais de trabalho, fruto da política educacional equivocada do governo estadual e de muitos governos municipais, que colocam o prêmio como prioridade, em detrimento, do direito e da valorização profissional. Mais um congresso onde vamos avaliar, definir, propor, apreciar e votar. Que tenhamos, outra vez, a sutileza, o cuidado, a ousadia de traçar os melhores caminhos para os próximos dois anos. Um excelente congresso companheiros e companheiras. Diretoria do SINTEPE. SINTEPE Sempre na Luta
  • 3. 3 I – DA SEDE E DURAÇÃO Art. 1º - O VIII Congresso estadual do SINTEPE será realizado no período de 30 de março a 02 de abril de 2011, na cidade do Cabo de Santo Agostinho-PE. II – DOS/AS CONGRESSISTAS Art. 2º - O Congresso será constituído pelos/as congressistas delegados/as. Art. 3º - São congressistas delegados/as os/as Trabalhadores/as em Educação sócios/as do SINTEPE, eleitos/as no local de trabalho ou em Plenárias, se aposentado/a, de acordo com o artigo 8° do Estatuto do SINTEPE, inscritos/as no prazo determinado e credenciados/as ao presente Congresso, com direito a voz e voto. III – DO CREDENCIAMENTO Art. 4º - O credenciamento dos/as congressistas acontecerá a partir das 13 horas do dia 30/03/11 até às 12 horas do dia 31/03/11, devendo cada congressista apresentar documento de identificação. § 1º - As substituições de delegados/as pelos/as suplentes, durante o Congresso, serão efetuadas no mesmo período do credenciamento, em local específico, mediante comunicação escrita do/a delegado/a. § 2º - Cada congressista é responsável pela guarda do material contido nas pastas que receberá no ato do credenciamento e não haverá, em nenhuma hipótese, reposição da credencial de identificação/votação. § 3º - O extravio ou a perda da credencial de votação deverá ser comunicado imediatamente à Comissão Organizadora do Congresso. § 4º - O credenciamento será feito por funcionários/as indicados/as e supervisionados pela Comissão Organizadora do VIII Congresso Estadual do SINTEPE. § 5º - Os recursos de credenciamento dos/as congressistas devem ser apresentados à Comissão Orga- nizadora do VIII Congresso Estadual do SINTEPE. IV – DA ORGANIZAÇÃO Art. 5º - Instalado o Congresso, será o mesmo dirigido por uma Mesa Diretora constituída pela Diretoria do SINTEPE. Art. 6º – À Presidência da mesa diretora cabe conduzir as sessões, cumprir e fazer cumprir o Estatuto do SINTEPE, este Regimento, e adotar as medidas atinentes ao bom desenvolvimento dos trabalhos, resolver todas as questões de ordem, apurar as votações e proclamar os resultados, consultada a Mesa Diretora. § 1º - A Presidência poderá pedir, em caso de dúvida, a identificação do/a congressista, delegado/a ou suplente inscrito/a no Congresso. § 2º - A presidência não poderá discutir ou interferir no conteúdo do debate, a não ser para esclarecimen- tos, sem interromper quem estiver no correto uso da palavra, dentro das normas regimentais. § 3º - Quando quem presidir desejar debater qualquer assunto deverá, antes, passar a Presidência da sessão ao seu substituto legal. § 4º - A Presidência dará por encerrada a intervenção do/a congressista que exceder o tempo determina- do, ou que se referir a matéria alheia à sessão, ou que prejudique seu bom andamento. Art. 7º - À Secretaria Geral do Congresso caberá secretariar os trabalhos da Mesa Diretora do Congresso. V – DOS TRABALHOS DO CONGRESSO Art. 8º – O Congresso constará de: a) Mesa de Abertura b) Painel de conjuntura; c) Painel educacional; d) Painel sindical; e) Painel de Políticas Permanentes; REGIMENTO VIII CONGRESSO ESTADUAL DOS/AS TRABALHADORES/AS EM EDUCAÇÃO
  • 4. 4 I – DA SEDE E DURAÇÃO Art. 1º - O VIII Congresso estadual do SINTEPE será realizado no período de 30 de março a 02 de abril de 2011, na cidade do Cabo de Santo Agostinho-PE. II – DOS/AS CONGRESSISTAS Art. 2º - O Congresso será constituído pelos/as congressistas delegados/as. Art. 3º - São congressistas delegados/as os/as Trabalhadores/as em Educação sócios/as do SINTEPE, eleitos/as no local de trabalho ou em Plenárias, se aposentado/a, de acordo com o artigo 8° do Estatuto do Dia 30 de Março de 2011 13h – Saída dos ônibus da sede do SINTEPE - Credenciamento no local do congresso. 18h - Jantar 19h – Recital de Poesias; - Mesa de Abertura; - Atividade Cultural. Dia 01 de abril de 2011 08h – Apresentação da Memória SINTEPE. 08:30h – Painel Políticas Permanentes. 12h – Prazo final para entrega de correções, atualizações e fusões de resoluções e das moções. 12:30h – Almoço. Tarde Livre. 18h – Jantar. 20h às 24h – Festa de Confraternização. Dia 31 de março de 2011 08h – Leitura e aprovação do regimento do Con- gresso. 09h – Debate sobre a Conjuntura. 12h – Encerramento do Credenciamento. 13h – Almoço. 14:30h – Lançamento de Livros. 15h – Painel Educacional. 18h – Jantar. 19h – Painel Sindical. Dia 02 de abril de 2011 08:30h – Plenária de Conjuntura, educacional, sindi- cal, políticas permanentes, Balanço, plano de lutas, estatuto e moções. 12:30h – Apresentação e aprovação da Pauta de Reivindicações da CSE 2011. - Mesa de Encerramento do Congresso. 13h30 – Almoço. Parágrafo Único - A programação do VIII Congresso do SINTEPE obedecerá a seguinte ordem: SINTEPE, inscritos/as no prazo determinado e credenciados/as ao presente Congresso, com direito a voz e voto. III – DO CREDENCIAMENTO Art. 4º - O credenciamento dos/as congressistas acontecerá a partir das 13 horas do dia 30/03/11 até às 12 horas do dia 31/03/11, devendo cada congressista apresentar documento de identificação. § 1º - As substituições de delegados/as pelos/as suplentes, durante o Congresso, serão efetuadas no mesmo período do credenciamento, em local específico, mediante comunicação escrita do/a delegado/a. § 2º - Cada congressista é responsável pela guarda do material contido nas pastas que receberá no ato do credenciamento e não haverá, em nenhuma hipótese, reposição da credencial de identificação/votação. § 3º - O extravio ou a perda da credencial de votação deverá ser comunicado imediatamente à Comissão Organizadora do Congresso. § 4º - O credenciamento será feito por funcionários/as indicados/as e supervisionados pela Comissão Organizadora do VIII Congresso Estadual do SINTEPE. § 5º - Os recursos de credenciamento dos/as congressistas devem ser apresentados à Comissão Orga- nizadora do VIII Congresso Estadual do SINTEPE. IV – DA ORGANIZAÇÃO Art. 5º - Instalado o Congresso, será o mesmo dirigido por uma Mesa Diretora constituída pela Diretoria
  • 5. 5 I – DA SEDE E DURAÇÃO Art. 1º - O VIII Congresso estadual do SINTEPE será realizado no período de 30 de março a 02 de abril de 2011, na cidade do Cabo de Santo Agostinho-PE. II – DOS/AS CONGRESSISTAS Art. 2º - O Congresso será constituído pelos/as congressistas delegados/as. Art. 3º - São congressistas delegados/as os/as Trabalhadores/as em Educação sócios/as do SINTEPE, eleitos/as no local de trabalho ou em Plenárias, se aposentado/a, de acordo com o artigo 8° do Estatuto do SINTEPE, inscritos/as no prazo determinado e credenciados/as ao presente Congresso, com direito a voz e voto. III – DO CREDENCIAMENTO Art. 4º - O credenciamento dos/as congressistas acontecerá a partir das 13 horas do dia 30/03/11 até às 12 horas do dia 31/03/11, devendo cada congressista apresentar documento de identificação. § 1º - As substituições de delegados/as pelos/as suplentes, durante o Congresso, serão efetuadas no mesmo período do credenciamento, em local específico, mediante comunicação escrita do/a delegado/a. § 2º - Cada congressista é responsável pela guarda do material contido nas pastas que receberá no ato do credenciamento e não haverá, em nenhuma hipótese, reposição da credencial de identificação/votação. § 3º - O extravio ou a perda da credencial de votação deverá ser comunicado imediatamente à Comissão Organizadora do Congresso. § 4º - O credenciamento será feito por funcionários/as indicados/as e supervisionados pela Comissão Organizadora do VIII Congresso Estadual do SINTEPE. § 5º - Os recursos de credenciamento dos/as congressistas devem ser apresentados à Comissão Orga- nizadora do VIII Congresso Estadual do SINTEPE. IV – DA ORGANIZAÇÃO Art. 5º - Instalado o Congresso, será o mesmo dirigido por uma Mesa Diretora constituída pela Diretoria do SINTEPE. Art. 6º – À Presidência da mesa diretora cabe conduzir as sessões, cumprir e fazer cumprir o Estatuto do SINTEPE, este Regimento, e adotar as medidas atinentes ao bom desenvolvimento dos trabalhos, resolver todas as questões de ordem, apurar as votações e proclamar os resultados, consultada a Mesa Diretora. § 1º - A Presidência poderá pedir, em caso de dúvida, a identificação do/a congressista, delegado/a ou suplente inscrito/a no Congresso. § 2º - A presidência não poderá discutir ou interferir no conteúdo do debate, a não ser para esclarecimen-
  • 6. RESOLUÇÃO N ₒ 1 6 Resolução nº 1 - Conjuntura internacional O mundo vive um momento de grande movimentação das forças econômicas e políticas pela demarca- ção de posições e reestruturação dessas mesmas forças no contexto mundial. Esse novo quadro de ebulição das relações internacionais é resultante dos novos papéis que as potências emergentes assumem como protagonistas nos espaços de decisão nos organismos e fóruns internacionais e da decadência do poder hegemônico dos Estados Unidos. Por um lado os países do BRIC, através do G20, enterram de vez a importância e poder de decisão do G8. Por outro lado a hegemonia do Império norte-americano começa a balançar e a fazer água na América Latina, na África e na Ásia. O crescimento assombroso e ascensão da China como 2ª potência econômica, a torna uma potência econômica a rivalizar-se com os Estados Unidos nas próximas décadas, o que faz o Pen- tágono reposicionar suas forças militares e reformular suas estratégias para manter o controle sobre áreas fundamentais para a manutenção da supremacia norte-americana. Nesse contexto, as dificuldades econômicas dos EE UU, imerso em imensa crise financeira desde 2008 e sua debilidade econômica crescente frente ao gigante asiático, a quem devem cerca de 1 trilhão de dólares em títulos do Tesouro, põe em xeque o poder supranacional de xerife do mundo que o Tio Sam quer assumir. Não cabe ao Império norte-americano tentar “resolver” à sua maneira e segundo seus interesses, as crises políticas que explodem nos quatro cantos do mundo. Essa mudança no panorama político resulta da falência dos paradigmas econômicos cantados em verso e prosa pelos EEUU e pela UE que “sacralizaram o mercado”, que sem regulação provocou a quebradeira de bancos tradicionais como o Lehman Brothers (crise do subprime e da bolha imobiliária) e a crise de credibili- dade das Agências de Classificação de Risco (ACR) como a Moody’s e a Standard & Poors. Esses episódios são exemplos da falácia das teses liberais que hegemonizam o mundo desenvolvido e os organismos multi- laterais como o FMI, Banco Mundial, etc. No Oriente Médio, revoluções populares avassaladoras derrubam ditaduras instituídas a mais de 30 anos na Tunísia e no Egito e ameaçam outros aliados tradicionais do ocidente. As posições ambíguas adotadas pe- los Estados Unidos de acordo com seus interesses econômicos na região diferem daquela posição assumida pelo Império no caso de Honduras, onde apoiou o Golpe de Estado. Vivemos, portanto, num período de transição, onde se avolumam os questionamentos da atual Ordem Mundial e a defesa de um mundo multilateral. CONJUNTURA NACIONAL O desafio na atualidade é conduzir o processo político a um patamar mais promissor. O Brasil precisa e tem condições de efetivar um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento com realizações arrojadas. Este projeto é chamado a suplantar os impasses e deformações resultantes das vicissitudes da sua história política e socioeconômica. No campo político, é urgente defender as reformas estruturais – agrária, urbana, educa- cional, política, tributária e de democratização da mídia. Ainda na sua relação autônoma e independente com o governo, o sindicalismo e os movimentos sociais necessitam pressionar por mudanças na política macroe- conômica. O programa Bolsa Família, as políticas de recuperação do salário mínimo e de expansão do crédito popu- lar foram decisivas para consolidar o consumo de massas. A infraestrutura do país tem sido recuperada pelo PAC e os bancos públicos transformaram-se em catalisadores do desenvolvimento, possibilitando ao Estado recuperar seu papel de articulador e indutor do investimento público e privado. A descoberta do pré-sal proje- tou o Brasil à condição de potência petrolífera. Contudo, o país ainda possui impressionantes atrasos sociais que necessitam ser combatidos com afin- co. O analfabetismo literal acomete 9,7% da população brasileira acima de 15 anos. O país também possui uma das taxas de homicídio mais elevadas no mundo: 23,5 por grupos de 100 mil habitantes. A saúde tem se mostrado de baixa qualidade e em quantidade inadequada para atender a população. Cerca de 7 milhões de famílias ainda não possuem residência própria, 56% dos domicílios no país não estão ligados à rede de esgoto e 12 milhões de famílias não contam com serviços da rede geral de abastecimento de água. Nos últimos anos, mesmo durante a crise financeira mundial, houve redução da desigualdade no Brasil, e o processo de emergência das classes sociais se manteve sólido. De acordo com a Pnad/2009, entre 2003 e 2009, quase 30 milhões de brasileiros ingressaram na classe C, onde as famílias detêm renda entre R$ 1.126 e R$ 4.854. Ao todo são 94,9 milhões de brasileiros na classe média (50,5% do total da população). No mes- mo período, mais de 20 milhões de pessoas subiram para as classes A e B, de renda acima de R$ 4.854. Os brasileiros das classes D e E passaram de pouco mais de 96 milhões para 73 milhões. Os principais fatores que explicam a ascensão social dos brasileiros são os aumentos da escolaridade, do emprego e da renda.
  • 7. RESOLUÇÃO N ₒ 1 7 Nos últimos oito anos, o país criou mais de 14 milhões de postos de trabalho com carteira assinada e a participação da renda do trabalho nas riquezas do país atingiu o patamar de 66%, contra 19% dos benefícios assistenciais (Bolsa Família e outros) e 15% da previdência. Em cinco anos, quase 20 milhões de pessoas saíram da pobreza e o país passou a cumprir a Meta do Milênio na metade do tempo previsto – a pobreza tinha que cair 2,7% ao ano e está caindo 4,32%. O eleitorado brasileiro optou por eleger, em 2010, Dilma Rousseff para a Presidência da República. Na condição de primeira mulher a comandar o país, Dilma se comprometeu em manter o combate às desigual- dades de gênero na sociedade. Outro compromisso assumido pela presidenta refere-se à erradicação da miséria. Para tanto, torna-se imprescindível a aprovação de reforma tributária que priorize os investimentos socais e a distribuição eqüitativa dos recursos públicos. Conjuntura estadual Em Pernambuco, hoje, há uma hegemonia política do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Esta hegemo- nia vem sendo observada desde 2007, quando o atual Governador venceu as eleições, em 1° e 2° turnos, encerrando 8 (oito) anos de poder político da aliança PMDB/DEM/PSDB, já bastante desgastada administra- tiva e politicamente. Com a vitória, eleitoral e política, o PSB centra-se na figura de sua principal liderança, Eduardo Campos, e passa a comandar o cenário político estadual. Durante 4 (quatro) anos, 2007 a 2010, o PSB, à frente do governo de Pernambuco, tomou todos os “cui- dados” para não permitir o surgimento de um possível concorrente que pudesse dificultar a sua reeleição. Fez novas e reforçou antigas alianças, consolidando-se em todas as regiões do Estado. Na Assembleia Legislati- va, a supremacia foi praticamente absoluta e deixou a oposição frágil e insipiente. Diante do quadro, não havia outro resultado a se esperar nas eleições de 2010, não fosse a reeleição do Governador, conquistada em 1° turno, com mais de 2 (dois) milhões de votos sobre o seu principal oponente, Jarbas Vasconcelos (PMDB), apoiado pelo PSDB e DEM ambos do campo de Oposição ao governo Lula e Dilma. Nesse contexto, o Governador candidato assume o seu 2° mandato mais fortalecido politicamente e em âmbito nacional à frente do PSB, com uma aliança bem mais ampla que vai além do PT, PCdoB, PDT e PTB. Na área econômica, o Governo Estadual tem divulgado que Pernambuco atravessa um período de grande desenvolvimento e aponta empreendimentos, tais como: SUAPE, Estaleiro do Atlântico Sul, Ferrovia Transnordestina e Transposição das águas do Rio São Francisco, dentre os responsáveis por este desen- volvimento. Todos os empreendimentos citados são frutos de um alto investimento do Governo Federal em nosso Estado, algo nunca visto e acontecido durante os dois mandatos do Presidente Lula. O crescimento econômico, vivenciado hoje no Estado, ainda não se refletiu na vida de muitos pernambu- canos. Nós, trabalhadores em educação da rede estadual, somos um exemplo disso. Continuamos receben- do o pior salário do Brasil e o nosso Plano de Cargos e Carreira necessita ser reformulado. O momento econômico propício em Pernambuco, gerou, em 2010, segundo dados do Ministério do Trabalho, 111 mil empregos formais, com carteira assinada. Porém, muitos desses empregos gerados estão sendo ocupados por trabalhadores de outros Estados. Não há, por aqui, pessoal tecnicamente qualificado, em número suficiente, para preencher as vagas surgidas. Existe ofertas de emprego, e há a procura, mas em muitos casos falta a qualificação profissional. O crescimento da economia em nosso Estado, tão euforicamente comemorado pela esfera governamen- tal, não consegue, na prática, transformar-se em resultado concreto e atender às necessidades da popula- ção em áreas vitais, como, por exemplo, o serviço de saúde pública. Em seu segundo mandato, o Governo Estadual ainda não conseguiu assegurar ao povo pernambucano um atendimento médico-hospitalar de boa qualidade, mesmo com a inauguração dos novos hospitais e UPAs . O que se vê nos hospitais públicos, principalmente no interior, é um atendimento precário, sobretudo nas emergências. Na Capital e Região Me- tropolitana, agrega-se outro grave problema: a superlotação nas emergências. O sistema penitenciário é mais um problema sério verificado em Pernambuco. As prisões são verdadeiras bombas relógio, descontroladas e prontas para explodir a qualquer momento. A ressocialização dos presos não consegue ser vivenciada e os presídios são amontoados de gente, funcionando na prática como univer- sidades do crime, pós-graduando quem chegar por lá. O outro problema que o Governo de Pernambuco não consegue combater e que vem se alastrando por todo o Estado, são os assaltos aos caixas eletrônicos. Com explosões, sejam em agências bancárias ou em estabelecimentos comerciais; os assaltos assustam e prejudicam pessoas e até comunidades inteiras, impe-
  • 8. RESOLUÇÃO N ₒ 1 8 dindo, no mínimo temporariamente, a utilização dos serviços propiciados por esses caixas eletrônicos. A Copa do Mundo de 2014, que tem como uma das sedes o estado de Pernambuco, está sendo, também, na visão do governo, um dos importantes indutores do desenvolvimento de nossa economia. Mas o atraso nas obras do Estádio e da chamada Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, e da infraestrutura da Re- gião Metropolitana, para receber em boas condições o evento, revelam mais algumas fragilidades do governo Estadual. Dificuldades no planejamento, na captação de recursos, na execução de obras e no cumprimento de cronogramas estabelecidos. O desenvolvimento não deve ser momentâneo e nem passageiro. A infraestrutura decorrente deve servir de base sólida e propulsora para um futuro promissor, com possibilidades de captação de novos investimen- tos que venham assegurar ao nosso povo uma vida digna, com a qualidade que o ser humano precisa e merece. Não podemos vivenciar, o que já foi vivenciado por outros. O desenvolvimento passou, não houve continuidade, ficaram problemas sociais e favelas em torno de grande obras. POLÍTICA EDUCACIONAL Em 2008, a lei de diretrizes e base da educação nacional estabeleceu como dever do estado garantir vagas às crianças de até 4 anos de idade em escolas públicas próximas às suas residências. No currículo foi acrescentada a obrigatoriedade das aulas de música, o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena, bem como a inclusão das disciplinas de filosofia e sociologia em todas as séries do ensino médio. O MEC/SE- CAD incluiu a discussão da Educação em direitos humanos nas escolas. Constatamos a necessidade de po- litização desse debate e exigir que essa e toda discussão sobre políticas educacionais sejam trazidas a mesa de negociação com a CNTE e Centrais Sindicais, tanto na formulação quanto na avaliação das políticas. A inclusão da educação profissional técnica de nível médio na LDB foi outro fator importante para os estu- dantes e para a formação continuada dos trabalhadores, pois determinou que, uma vez atendida a formação geral, a mesma poderá prepará-lo para o exercício de profissões técnicas de forma articulada ou concomi- tante com o ensino médio, ou ainda de forma subsequente em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino médio. O pro funcionário possui esta mesma característica e atende a milhares de funcionários da educação básica pública nos cursos de nutrição escolar, infraestrutura e meio ambiente, secretariado escolar e multimeios didáticos. Também a educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional. A definição de uma política de formação para os funcionários, coordenada pelo MEC em parceria com diversas instituições, inclusive a CNTE, motivou a adesão dos funcionários de várias regiões do Brasil, que encontraram no Profuncionário a oportunidade de adquirir o conhecimento técnico em várias áreas relacionadas à sua atuação, lançando a perspectiva de investimento cada vez maior em sua formação profissional e revigorando a luta pelo desenvolvimento na carreira. A profissionalização também aguçou a consciência de classe, resultando em um processo de maior participação nas lutas sindicais e intensificou o sentimento de que somos todos trabalhadores em educação, enfrentando os mesmos desafios e movidos pela mesma necessidade de transformação social. Na educação profissional e tecnológica, os cursos de graduação e pós-graduação, conforme preceito da Lei 11.741/08 possibilitou a CNTE incluir no catálogo de cursos dos IFETs cinco áreas de formação profissio- nal voltadas aos funcionários da educação. Outra importante conquista da categoria foi o piso salarial profissional nacional para o magistério público da educação básica, instrumento de luta pela valorização profissional, que, por inércia da justiça e descaso de muitos gestores, não tem sido aplicado pela maioria dos governadores e prefeitos à luz da Lei 11.738/08. A intensa mobilização da CNTE fez com que o relator da Adin no STF, ministro Joaquim Barbosa, disponibili- zasse seu relatório para a pauta do Tribunal, mas até o momento a matéria não foi julgada. A luta da categoria permanece em manter a integral constitucionalidade da Lei do Piso. A Lei 12.014/09, que definiu quem são os profissionais da educação, à luz da exigência do parágrafo único do artigo 206 da CFl, além de atender a antiga demanda da CNTE contribuiu para fortalecer o direito à aposentadoria especial dos profissionais do magistério e garantiu o reconhecimento profissional dos funcio- nários da educação. Em 2010 foi consolidado o processo de mobilização da conferência nacional de educação, iniciado nas etapas municipais, regionais, estaduais e distrital. A participação da CNTE ficará marcada na história da Enti- dade, pois, além de conseguir ampliar sua representação, a confederação articulou-se com outros segmentos da educação básica, profissional e superior e conseguiu aprovar todas as propostas da categoria, além de neutralizar propostas adversas aos interesses da nossa classe. Isso foi possível pelo aprofundamento do de- bate do documento de referência, pela participação efetiva da base e dos delegados e pela adoção de estra- tégias compatíveis com os objetivos da CNTE. A continuidade da luta será pela instituição do fórum nacional de educação e a inserção das resoluções da CONAE no novo PNE.
  • 9. RESOLUÇÃO N ₒ 1 9 Em Pernambuco a participação do SINTEPE, na organização da CONAE, estadual, mobilizando, para assegurar de forma democrática maior número de participantes, foi decisivo, interiorizando o debate para todo o estado de forma articulada com outras entidades. O referido documento aponta desafios, devendo o SINTEPE, acompanhar, cobrar e participar das instân- cias deliberativas. Para que isso aconteça, o SINTEPE deve tomar iniciativa de mobilizar, em favor da criação do Fórum Estadual em Defesa da Educação Pública de Qualidade, espaço de debate, aprofundamento e indicativos, onde deverão ser contemplados temas como: formação continuada, revisão da base curricular, ensino profissionalizante, escola de tempo integral, Centros de Referência, premiação, gestão escolar, regime de colaboração, projetos pedagógicos vivenciados no interior das escolas, serão alguns dos temas debatidos, bem como, a construção do Plano Estadual de Educação. O quadro da Política Educacional no Estado de Pernambuco é dramático, vivemos um momento de de- sestruturação do sistema escolar, de incerteza, sem perspectivas de onde se quer chegar. A falta do debate e transparência das ações do governo têm contribuído para desenvolver sentimentos de insegurança na atu- ação profissional dos Trabalhadores da Educação. Embora, o SINTEPE venha pautando essas questões no seu cotidiano é preciso aprofundá-las por ocasião da Campanha Salarial, importante espaço de mobilização e luta da categoria. As decisões tomadas pelo governo, no que diz respeito à gestão de rede, são decisões tomadas por quem não conhece o que é a escola e seu cotidiano, mexe com a vida dos estudantes, familiares e traba- lhadores. Desrespeita o direito universal da Educação, quando limita o acesso e a permanência escolar do estudante, esvaziando as escolas, impondo restrições à sociedade. O SINTEPE tem se posicionado, cobran- do do governo explicações para o desmonte que vem ocorrendo. Além disso, o governo contratou cerca de 18 mil professores temporários, com regime de trabalho diferenciado, pondo em muitos casos, o professor efetivo fora das suas atividades laborais, anunciando ainda, a contratação de mais 5 mil profissionais. O caso foi denunciado pelo SINTEPE ao Ministério Público, resultando em Termo de Ajuste de Conduta, que por sua vez, foi desrespeitado pelo governo. O governo muito tem propagado o desenvolvimento econômico que ocorre em Pernambuco, enfatiza a necessidade da educação responder os desafios postos no mundo do trabalho, ao mesmo tempo que se nega a reconhecer reivindicações e direitos dos trabalhadores em educação, necessários a consolidação de uma educação de qualidade, como o piso salarial, a carreira, jornada e condições de trabalho. Essas questões têm sido objeto de omissão do governo do estado, tratando essas questões como segundo plano, priorizando o policiamento direto ao professor, do seu fazer pedagógico. A gestão democrática das escolas aos poucos vai se desfigurando, em detrimento das indicações de interventores por tempo indeterminado. O SINTEPE deve continuar lutando pela valorização dos profissionais da educação, de acordo com a Lei 12.014/09 e com o inciso VIII do artigo 206 da CF, que determina o piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação. O SINTEPE tem se posicionando contrário aos artifícios dos métodos mercadológicos da quali- dade total para o gerenciamento da educação, bem como de outros setores, dando um basta a adoção da meritocracia no desempenho profissional dos trabalhadores em educação. O combate a esse modelo exigirá uma atuação firme e unitária, em conjunto com a CNTE e com a sociedade, no sentido de desmascarar essa farsa apresentada como alternativa para solucionar os graves problemas educacionais do estado e do país. POLÍTICA SINDICAL As frentes de lutas em defesa dos interesses históricos e imediatos continuam a exigir do Sintepe uma articulação com a CNTE e CUT, as quais o sindicato é filiado e o conjunto dos movimentos sociais. Por isso, o Sindicato tem participado com importância tanto no Fórum dos Servidores Estaduais e Setorial de Educação da CUT, quanto em outros fóruns em defesa da educação. No Brasil, graves problemas ainda afligem os trabalhadores, como a educação, a saúde e a seguran- ça de qualidade. Por conta disso, a luta sindical deve atentar não só para os direitos afetos às relações de trabalho, mas também àqueles intrínsecos ao bem estar da classe trabalhadora. Quanto a luta dos educadores, a aprovação da piso salarial do magistério ainda não conseguiu re- verter-se em efetiva política de valorização. Isso porque os gestores públicos insistem em não observar prin- cípios da Lei 11.738, que se mantêm sob judice no STF. O Sintepe tem partilhado da luta pela implantação universal do Piso Salarial Profissional Nacional, seja no STF com a CNTE, no parlamento ou nas ruas com a CUT e os sindicatos com base na educação em Pernambuco. Para ampliar direitos, o Sintepe luta pelas questões das mulheres e minorias. Seguindo a CNTE, criou o Coletivo LGBT e tem articulado atividades com a juventude nas escolas. Também teve participação em lutas importantes, como a aprovação do PSPN, a inclusão dos funcionários de escolas dentro da LDB, garantia de financiamento à toda educação básica e obrigatoriedade do ensino dos 04 aos 17 anos.
  • 10. RESOLUÇÃO N ₒ 1 10 A recente unificação das lutas da classe trabalhadora, somadas aos condutos de interlocução dos trabalhadores com o governo federal, que foram aprimorados, possibilitaram avanços da luta sindical em diversos aspectos: legalização das Centrais Sindicais, Política de Valorização do Salário Mínimo, retirada do projeto de flexibilização da CLT, ampliação facultativa da licença-maternidade para 180 dias, Promulgação da Convenção 151 da OIT e o veto à Emenda 3. Contudo, não impediu a equivocada contra-reforma da Previ- dência e o veto ao fim do Fator Previdenciário, durante a gestão do presidente Lula. Este cenário mantém a perspectiva de atuação autônoma e independente da CUT e outras Centrais frente ao governo de Dilma Rousseff, do qual se espera o aprofundamento das políticas de inclusão social, aumento da renda e garantia de direitos dos trabalhadores. Tais tarefas, devem compor o cerne do debate da nossa ação, reforçando a organização do movimento sindical. No Estado, a unidade dos sindicatos dos servidores estaduais fez surgir através do Decreto 30460/2007 a Mesa Geral de Negociação Permanente, implementada antes da Convenção 151 da OIT no Brasil. Contu- do, a Mesa Geral precisa ter mais resolutividade, o que não ocorre em função da posição do Governo pouco afeito ao processo negocial. A Mesa é um espaço privilegiado para ser discutidas e encontradas proposições que superem as distorções salariais existentes entre os servidores do executivo estadual. Pois, além dos pro- fessores de nível superior terem os piores salários do Brasil, 4.000 servidores precisam receber abonos para suas remunerações atingirem o valor do mínimo. Com um modelo gerencial calcado na iniciativa privada e uma concepção equivocada de meritocra- cia, o Governo aposta na política de bônus conjugada com a pressão, em detrimento do debate das questões salariais e pedagógicas dos trabalhadores em educação. Embora o estado esteja em pleno crescimento econômico, atingindo todas as macrorregiões, a maioria dos servidores estaduais, em especial os trabalhadores em educação, não têm sido contemplados com esse impulso na economia pernambucana. Bem como em setores estratégicos as vagas estão sendo ocupadas por trabalhadores de outras regiões e até países. Esse quadro coloca vários desafios para Pernambuco, dentre os quais a capacitação dos trabalhado- res para ocupar cargos estratégicos no mundo do trabalho. Ainda, avançar nas condições e remuneração dos trabalhadores em educação, especialmente dos professores. Essas, são condições para atender não apenas as necessidades dos profissionais atuais, como também são capazes de seduzir jovens trabalhadores para o magistério e dar passos significativos para tirar Pernambuco da incômoda situação no campo educacional, haja vista as provas do Promimp, quando menos de 10% dos inscritos atingiram a nota mínima (2,0) para fazerem os cursos oferecidos. Diante do quadro educacional no país, das necessidades da maioria dos profissionais da educação pública brasileira e dos ataques a Lei 11.738, o Sintepe deve somar fileiras no sentido de ampliar a capilarida- de da CNTE, contribuindo com a campanha de filiação da Confederação, com a mobilização nacional visando o fim do impasse sobre o PSPN no STF e a implantação integral da Lei do Piso. Também deve se envolver com a comunidade escolar e setores da sociedade organizada na perspectiva de implantar efetivamente as diretrizes dos novos Planos Nacional e Estadual de Educação. Outro desafio a ser enfrentado pelo Sintepe diz respeito ao SASSEPE. Fruto da mobilização sindical no início dos anos 2000, periodicamente o Sistema de Saúde passa por dificuldades econômicas. Recente- mente, os baixos valores pagos por consultas e procedimentos fez irromper uma movimentação dos empre- sários, suspendendo o atendimento nas regionais de Petrolina e Caruaru. Considerando que a educação é a categoria mais atendida pelo Sistema, logo a mais prejudicada com a falta de assistência, o Sintepe deve participar das discussões e mobilização com o intuito de melhorar o atendimento, inclusive exigindo do Governo Estadual maior aporte de recursos financeiros para investimento no Hospital dos Servidores Estaduais- HSE e Agências do interior, além da ampliação da contribuição mensal do Poder Executivo, instituindo a paridade econômica com os usuários. BALANÇO DA GESTÃO Mais do que se propor a elencar atividades desenvolvidas no último período, o balanço da gestão obje- tiva analisar a atuação política da direção do sindicato, levando em consideração o seu princípio intrínseco de existência que pressupõe a cotidiana defesa intransigente dos interesses da categoria, lutando pela amplia- ção dos seus direitos e travando a luta sem tréguas contra retrocessos impostos pelos governos. Neste sentido, a direção do SINTEPE tem desenvolvido a luta permanente para alterar o cenário que per- siste desde o governo Jarbas, ganhando nova embalagem no governo de Eduardo Campos, de transformar as escolas estaduais em laboratórios de aplicação da gestão de qualidade total no serviço público, eliminando a gestão democrática e todos elementos nela contidos: a eleição direta para diretores, o grêmio estudantil, o conselho escolar e a discussão coletiva do Projeto Político Pedagógico da Escola.
  • 11. RESOLUÇÃO N ₒ 1 11 A instituição do BDE, combatida desde o seu nascedouro pela direção do sindicato, combinou metas e subserviência para cooptar trabalhadores e suas consciências , assim como tem ocorrido nas escolas inte- grais, onde os trabalhadores têm seus direitos legais negados, o que tem motivado uma ação constante da direção do sindicato no sentido de garantir o direito ao gozo da licença prêmio, da liberação para cursos, da participação nas atividades sindicais, diminuição de turmas em toda modalidade de ensino, com professores em disponibilidade e tantos outros direitos instituídos que alguns gestores e representantes da secretaria de educação procuram subtrair desta parcela da categoria. Mesmo tendo sofrido um golpe após o 2° turno das eleições municipais 2008, quando cinco estados entraram no Supremo Tribunal Federal, com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra lei do PISO, criando dificuldade no entendimento sobre, salário/ remuneração e quanto ao percentual de Aulas Atividade. A defesa da implantação do piso, conforme o estabelecido na lei federal, e a denúncia da situação dos trabalha- dores em educação em Pernambuco, que recebem o pior salário do país, foram temas de todos os materiais de propaganda produzidos pelo SINTEPE e veiculados nos rádios, outdoors, jornais e TVs e estiveram no centro das paralisações, caravanas, greves e atos públicos organizados durante todo o período recente. O incômodo gerado pela denúncia da verdadeira face da educação em nosso estado levou o governo a interromper o processo de negociação e adotar medidas unilaterais, como a aprovação da lei complementar 154 que, na prática congelou o salário dos aposentados e aposentadas, levando todos que possuíam mais tempo de serviço a receberem abono complementar para não amargarem redução de salário. O SINTEPE participou ativamente da etapa estadual e municipal da Conferência Nacional de Educação, realizando previamente conferências escolares e municipais nos municípios onde temos núcleos municipais organizados, e cumpriu papel destacado nas coordenações estadual e nacional da CONAE, participando inclusive de várias mesas de debate nas diversas conferências que ocorreram no período. Com o compromisso de formar novos quadros para o sindicalismo brasileiro e fortalecer um ambiente de estímulo a uma visão crítica do mundo, o Sintepe integrou o Programa de Formação da CNTE e ofertou cursos de formação para a categoria, na capital e em vários municípios de Pernambuco, possibilitando que tenhamos hoje uma equipe de formadores espalhados por todo o estado, habilitados a ministrar cursos de formação nas várias regiões. A luta contra a opressão de gênero também mereceu destaque, com a realização de Encontros Estadu- ais, elaboração de boletins específicos, jornal da mulher e da Lei Maria da Penha, e distribuição nas escolas da Revista Mátria editada anualmente pela CNTE. Pensando em todas as dimensões dos desafios que estão em nossa volta na atualidade, o sindicato promoveu vários debates e Seminários sobre a opressão racial, a saúde do trabalhador, o assédio moral e integra o programa desenvolvido pela CNTE de combate a DST-AIDS, articulando profissionais de diversas áreas e estudantes da rede pública de ensino, onde realizamos Encontros de Formação para implantação do Projeto Saúde e Prevenção nas escolas em todo Estado. O SINTEPE participou ainda de apresentação de Trabalhos aprovados no Estado fora do mesmo. A luta contra a homofobia também mereceu momentos de reflexão, com a realização de Seminário e a eleição do coletivo estadual LGBT e a distribuição da cartilha LGBT. Os aspectos específicos e reivindicações de vários segmentos da categoria também foram priorizados, como realização de Seminários para debater a implantação das disciplinas de sociologia e Filosofia na Rede Pública Estadual e a formação do Fórum Permanente de Estudo para o Ensino de Filosofia e Sociologia do SINTEPE. além de fortalecer a realização mensal de plenárias dos administrativos e reuniões de aposenta- dos, foram realizadas plenárias com técnicos educacionais, com professores de educação física e reuniões com professores brailistas e intérpretes de libras. Compreendendo a necessidade de possibilitar aos trabalhadores oportunidades de expor seu talento artístico e participar de atividades culturais, a direção do SINTEPE já promoveu dois concursos de poesias, com um livro já publicado e outro a ser publicado em breve, organizou o grupo de teatro do sindicato e o coral integrado por trabalhadores em educação aposentados/as. Ainda na luta geral dos/as Trabalhadores/as em Educação participamos da Mesa Geral e Específica de negociação organizada pelo Fórum dos Servidores e discutindo a Reformulação do Plano de Cargos e Carreira no Grupo de Trabalho Estadual. No âmbito nacional participamos da Semana Nacional em defesa e Promoção da Educação Pública da Marcha Mundial das Mulheres. No estado realizamos Marcha Estadual em Defesa e Promoção da Educação Pública, da Conferência Estadual e Municipais de educação e debate sobre Escola de referência. Não deixando de lado momentos de confraternização entre os trabalhadores em educação, tem mantido a realização da festa de carnaval, do São João e a festa do dia do professor e servidor público.
  • 12. RESOLUÇÃO N ₒ 1 12 Há ainda muito o que conquistar, muitas lutas a desenvolver, muitos espaços a ocupar, mas aqueles que possuem firmeza e perseverança estarão sempre prontos a assumir novos desafios. ALTERAÇÕES ESTATUTÁRIAS Art. - 1º - Acrescentar logo após “de todo o Estado,” ativos e aposentados vinculados a Secretaria Esta- dual de Educação e Secretarias Municipais de Educação. Supimir: (Professores/as, Orientadores/as, Super- visores/as, Técnicos/as e todo o pessoal Administração Educacional). Acrescentar após “compreendendo-se as redes públicas estadual e municipais”, nos níveis... Art, - 2º - Substituir na letra “a” os termos “em nível” por no âmbito. E substituir na letra “i” após “as auto- ridades” competentes, em defesa dos seus interesses inerentes as suas atividades profissionais; Art. – 4º - Acrescentar após “trabalhadores em educação” ativos e aposentados das redes públicas esta- dual e municipais, estatutários e contratados, ... Art. – 5º - Letra “d” - Substituir os termos “nos estatutos” por neste estatuto. Art. – 8º - Acrescentar o parágrafo segundo: Os delegados para o Congresso Estadual serão eleitos nos locais de trabalho e nas plenárias pré-congressuais. Art. – 10 – Nova redação: A pauta e as datas das plenárias pré-congressuais por setores, núcleos regio- nais e municipais e do Congresso Estadual serão definidas em Assembleia da categoria. Acrescentar novos artigos e parágrafos: Art. 10 a – Os locais de trabalho com 50 ou mais sócios elegerão os delegados diretamente para o Con- gresso Estadual, na relação de 1 delegado para cada 50 sócios. Art. 10 b – Os locais de trabalho com menos de 50 sócios elegerão delegados para a plenária pré-con- gressual, na seguinte relação: 01 a 10 sócios – 01 (uma) vaga; 11 a 20 sócios – 02 (duas) vagas; 21 a 30 sócios – 03 (três) vagas; 31 a 40 sócios – 04 (quatro) vagas; 41 a 49 sócios – 05 (cinco) vagas; § 1º - Nas plenárias pré-congressuais serão eleitos os delegados para o Congresso Estadual na relação de 1 (uma) vaga para cada 50 (cinqüenta) sócios, completando a cota percentual de cada setor, núcleo re- gional e municipal,. § 2º - Os aposentados elegerão delegados para participar das plenárias pré-congressuais, em plenárias regionais de aposentados, na relação de 1 (um) delegado para cada 10 (dez) sócios presentes. § 3º - A Diretoria do SINTEPE publicará com 60 (sessenta) dias de antecedência da eleição dos delega- dos o quantitativo máximo de vagas por setor, núcleo regional e municipal. § 4º - A organização do congresso será de responsabilidade da diretoria do sindicato. § 5º - As resoluções devem ser entregues aos delegados ao congresso pelo menos 10 (dez) dias antes do seu início. Art. – 44 – Acrescentar o parágrafo segundo: É vedado aos coordenadores dos núcleos regionais, titula- res ou suplentes, acumularem a representação de Delegado Municipal. Artigo - 50 – As Comissões Sindicais de Base são organismos do Sindicato, formados nos locais de trabalho e no segmento dos Aposentados. Art. 54 – g) Organizar os Aposentados no cotidiano do sindicato, de forma que sejam eleitos como representantes do segmento nos Setores e Núcleos Regionais. Acrescentar Artigo: Art. 99 a – Será permitido ao SINTEPE contribuir com as ações desenvolvidas pela entidade represen- tativa do conjunto dos servidores sobre as questões referentes à assistência saúde prestada pelo Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Pernambuco – SASSEPE, com critérios definidos pela direção do sindicato e respeitando o artigo 91 deste estatuto.
  • 13. RESOLUÇÃO N ₒ 1 13 POLÍTICAS PERNAMENTES ANTIRRACISMO. As heranças escravocratas, no Brasil, principalmente em Pernambuco, ainda são lactentes. Em nível da educação, embora avanços tenham ocorrido, especialmente na última década, muito preciso ser feito. Dados da Pnad/2009 revelam que entre 1999 e 2009, a presença de estudantes negros no ensino superior 7,5% e 8% para 28,2 e 31,8 respectivamente. Contudo, somente 4,7 de negros concluíram o ensino superior no país. O Coletivo Antirracismo do SINTEPE tem se empenhado para disseminar uma cultura antirracista nas escolas e na sociedade em geral. O mesmo tem assento no fórum etnicoracial de Pernambuco, a luta do Coletivo persiste na implementação das leis 10.639 e 11.645 nos currículos escolares do Estado de Pernambuco. O coletivo se manterá ativo em defesa das ações afirmativas na educação e apoiando as políticas públicas voltadas para a população negra. Não obstante as limitações impostas pelo parlamento ao Estatuto da Igualdade Racial, sobretudo em relação às políticas de cotas nas universidades públicas, a lei 12.288 deve ser amplamente divulgada e implementada. O SINTEPE se manterá ativo em defesa das ações afirmativas na educação e apoiando as políticas voltadas à garantia de direitos para a população negra. SAÚDE DOS/AS TRABALHADORES/AS EM EDUCAÇÃO. As condições de trabalho dos educadores do Estado de Pernambuco continuam a desgastar excessiva- mente os trabalhadores em Educação.e a dificultar a melhoria da qualidade da Educação. Em 2010 o semi- nário de Saúde do SINTEPE identificou nas carências da infraestrutura e nas múltiplas jornadas as principais causas das doenças físicas dos profissionais. Já as patologias psicológicas provêm da violência, dos baixos salários e da política de metas implantada pelo governo de Pernambuco e da falta de investimento no SAS- SEPE a fim de que os funcionários estaduais tem direito à uma saúde de qualidade SUS A nossa luta, como também de toda classe trabalhadora, deve ser para que o poder público faça inves- timento no SUS (Sistema único de Saúde) que este sistema, seja de fato uma realidade que cuida da saúde dos(as) trabalhadores (as) brasileiros(as). Que com o SUS fortalecido não haverá mais: - As longas filas nos Centros de saúde. - Demora nos atendimentos hospitalar - Saúde como direito de uma minoria privilegiada - Privatização da saúde. Igualdade de Gênero Apesar das mulheres serem a maioria da população brasileira e de representar mais de 80% das/os trabalhadoras/es em educação, o machismo e o racismo ainda resistem e as discriminam de várias formas. No mercado de trabalho as mulheres que têm mais tempo de estudo crescem, mas mesmo assim, a discriminação no acesso a cargos e profissões permanece. E além de ganharem menos que os homens rea- lizando o mesmo trabalho, as mulheres também ocupam a maior parte do trabalho informal. A desvalorização dos trabalhos ditos femininos, também é outra discriminação sofrida pelas mulheres, por exemplo, o trabalho doméstico (no Brasil são mais de 6 milhões de trabalhadoras domésticas), ocupados por mulheres pobres e que na maioria das vezes tem os direitos trabalhistas mínimos assegurados. As mulheres no seu cotidiano precisam conciliar o cuidado com as crianças e ou idosos/as, as tarefas domésticas e o trabalho formal. Um outro agravante e a ausência de creches públicas que prejudica a vida das mulheres seja no campo pessoal ou profissional. A eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República representou uma vitória particular das brasilei- ras. São (nove) ministras nos espaços de poder, mas sem cargos eletivos. Por meio do Jornal Mulher, a Revista Mátria e das atividades coordenadas pela Secretaria para As- suntos de Gênero do SINTEPE e da CUT, com a participação dos Coletivos de Gênero e LGBT, o sindicato, composto por mais de 80% de mulheres trabalhadoras, deve manter seu protagonismo na luta pela emanci- pação e igualdade de direitos das mulheres brasileiras.
  • 14. RESOLUÇÃO N ₒ 1 14 Prevenção e Combate as DSTS/AIDS Há quatro anos foi lançado o desafio, e hoje, o Projeto Saúde e Prevenção nas Escolas está em todo estado. A iniciativa é da Internacional da Educação (IE) e está sendo desenvolvido em mais de 50 nações da América Latina, Caribe, África e Ásia. É uma resposta da IE à pandemia da AIDS. Com metodologia inovadora, diálogo, descobertas e mobilização social, o Projeto SPE está ajudando a construir uma nova cultura nas escolas públicas do estado. Vai vencendo os tabus que envolvem a sexu- alidade e ajudando a escola a assumir o seu papel no desenvolvimento dos jovens. Assim, mais meninos e meninas vão aprendendo a lidar com o corpo e com as emoções, adquirem um comportamento responsável na vivência da sexualidade, assumem a defesa da igualdade entre homens e mulheres, fortalecem sua auto- estima e desenvolvem a solidariedade para com as pessoas que vivem com o vírus da AIDS, combatendo a discriminação. Por onde passa, o Projeto vai desconstruindo preconceitos e conscientizando jovens e adultos para a mudança de atitudes, ou seja, para a adoção de comportamentos seguros de prevenção às DSTS/AIDS e à gravidez na adolescência. PLANO DE LUTAS Cobrar do governo urgência de políticas públicas sociais que melhorem a qualidade de vida dos idosos; Exigir do governo a garantia dos direitos oriundos da Lei Complementar n° 154/10, para todos/as os/as professores/as revertidos/as; Defender a Previdência Publica e lutar contra qualquer reforma que vise retirar Direitos; Manter a luta pela constitucionalidade e implantação integral da Lei 11.738 e mobilizar a categoria pela regulamentação do Piso salarial Nacional para todos os profissionais da educação, previsto no artigo 206, VII da CF/1988; Lutar pela aprovação do projeto de Lei n° 1.592/03, que visa, fixar as diretrizes nacionais para a carreira dos profissionais da educação; Lutar pela gestão democrática em sentido latu senso, na escola e nos sistemas de ensino, sobretudo pela constituição do Fórum Nacional de Educação, de caráter propositivo fortalecimento dos conselhos es- colares; Promover o fortalecimento dos coletivos: Antirracismo, Gênero, Saúde, LGBT e aposentados, através de seminários, palestras e encontros Lutar pela ampliação do projeto Pró-funcionários e dos cursos tecnológicos voltados aos funcionários; Promover o engajamento dos trabalhadores em educação em todos os espaços de formulação de polí- ticas públicas; Realizar Campanha Nacional de Filiação de Sindicatos Municipais de Educação à CNTE, a fim de forta- lecer as lutas da categoria e a promoção do direito à educação de qualidade nesse país; Desenvolver campanha nacional e internacional pela paz, pelo respeito e preservação do meio ambiente por um mundo ecologicamente, pela dignidade humana e pela erradicação da pobreza; Apoio a autodeterminação dos povos e a soberania nacional; Mobilizar a sociedade com vistas à ampliação do direito à educação pública, de qualidade social, inclu- siva, democrática, Laica, em tempo integral, especialmente através do financiamento publico (aumento do percentual do PIB, conversão da dívida a fim do DRU) e pela valorização dos educadores; Participar das lutas estaduais e acionais, articuladas pela CUT e CNTE, em pro da classe trabalhadora; Pressionar o poder executivo e o parlamento para a implantação do PSPN; Fazer acompanhamento dos recursos do FUNDEB, através dos conselhos eleitos, divulgando para a sociedade o valor mensal de investimentos; Ampliar o debate sobre organização dos trabalhadores em educação, objetivando a construção de um sindicato único por ramos de atividade; Continuar na luta contra a terceirização e privatização do ensino e por concurso público para todos os trabalhadores da educação, em destaque os administrativos e redução sem perda salarial; Garantir a todos os trabalhadores de educação direito a cursos de: Pró-funcionários, graduação, especia- lização, mestrado e doutorado subsidiado pelo governos (Federal e Estadual)
  • 15. RESOLUÇÃO N ₒ 1 15 Apoiar a luta pela inclusão de alunos portadores de necessidades especiais; Exigir MERENDA ESCOLAR de qualidade para todos os estudantes nos três turnos de funcionamento das escolas; Reivindicar que todas as Escolas sejam equipadas com BIBLIOTECA, SALAS MULTIMÍDIA E LABORA- TÓRIOS; Construir o Estatuto dos Profissionais da Educação; Reivindicar CONDIÇÕES DEQUADAS DE TRABALHO: escolas com salas equipadas e atrativas, áreas de lazer, de esportes e de expressão artístico-cultural; Ampliar o debate pela permanência de turmas de normal médio e ensino médio integrado com a educa- ção profissional nas escoas estaduais; Estruturar, ampliar e garantir o funcionamento dos CONSELHOS existentes na Educação, fortalecendo os mecanismos de controle social dos recursos do FUNDEB, com a ampla participação da sociedade; Lutar para que a Educação seja uma política de Estado e não de Governos; Lutar pela inclusão das gratificações que são descontadas para previdência, no ato da Aposentadoria; Lutar pela inclusão do Decreto 2007 no ato da aposentadoria dos Assistentes e Auxiliares Educacionais; Criar o Coletivo Estadual de formação do SINTEPE e o Coletivo de Juventude; Diretores do Sintepe Heleno Manoel Gomes de Araújo, Maria Antonieta da Trindade G. Galvão, Marinalva Gomes da Silva Lourenço, Valéria Conceição da Silva, José Fernando de Melo, Wilson de Souza Macedo, Rita de Cássia Fil- gueiras Barreto, Washington Carvalho Buenos Aires, Cleidimar Barbosa dos Santos, José Valdênio Bezerra de Carvalho, João Alexandrino de Oliveira, Pedro Noé Batista da Silva, Severina Moreira Porpino, Antonia Pereira Cavalcanti, Dílson José Marques Guedes, Paulo José de Barros Filho, Zélito de Oliveira Passavante, Rossana Pereira Moura, Edeildo de Araújo Silva Filho, José Agripino Pereira, João Soares da Silva, Wiliam Menezes dos Santos, José Severino de Barros, José Ivo Silva, Simone de Fátima Vasconcelos Ferraz, Geny Maria Aguiar Neves, Roza Maria Pedra Rica S. Marinho Falcão, Rosane Maria Peixoto de Mendonça, Paulo Roberto Batista da Rocha, Noel Ferreira Albertin, Carlos Antonio Vasconcelos. Mª José Machado de Freitas, Adnilza Maria Rodrigues, Ana Virginia Lima Henriques, Ricarda Maria da Silva, Isis Paes Cardoso da Silva, Alberto Jorge de Albuquerque, José Elisomar da Silva Cardoso, Grace Cristine Batista da Silva, Valéria Pereira de Oliveira, Luiz Carlos da Silva, Mônica Maria Albuquerque da Cruz, José dos Santos Semente, Emília Apolinário Vital, Jônatas Rodrigues Pacheco de Melo, José Fran- cisco de Almeida, Amanda Marques de Carvalho Gondim, Paula Francinete de Araújo, Jarbas Correia da Silva, Cremilda José de Souza, Ivone Chalu Pacheco, Adenir Andrade de Oliveira, Ivan Rui Oliveira Costa, Nilton Guimarães da Silva, Josélia Silva Barros, Francisco de Assis Maciel, Joy Luiz Ramos Benício, Maria da Conceição Tavares, Patrícia Cordeiro Bento da Silva Núcleos do Interior Augusto de Barros Souto, José Erlando Bezerra Sabino, Elza Guilherme Porto Rocha , Maria Rossana Rodrigues, Adelmo Buarque de Souza, Janete Cavalcanti Costa, Maria do Socorro Souza França, Elisângela Coelho da Silva, Sueli Tetonio de Pontes, Dulcineia Alves Silva Ribeiro, Elison Davi Crispim Ramos, José Fagner da Silva, Ivania Pinho da Silva, Vera Lúcia pessoa Marques, Severina Cecília da Silva, Clicia Roberta de França, Altemir Monteiro Lima de Almeida, Elineide Maria da Silva, Jose Martins da Silva, Jeová Willia- ms da Silva, Joana Maria Cavalcanti, Sandra Maria Alves da Silva Souza, Maria Cândida P. de Mendonça, Domingos Sávio Silva, Maria Inêz Alves, Valdomiro Gomes de Sá Júnior, Maria Helena Alves Ferreira, Carlos Henrique da Silva, Neide Maria Fernandes, Maria José da Silva Lima, Maria Gorete da Silva, Francisca Lino de Oliveira, Vilma Lúcia Feliciano, Maria Luciene Gomes da Santos, Antonia Irismar de Souza, Maria Cristina Costa de Carvalho, Robson José do Nascimento, Leia Maria Amorim Loura, Margarida Maria da Silva, Lucia Maria de Souza Santos, Jair Elias dos Santos, Maria Rosemilda Gomes Souza, Pedro José Soares, José Edson Vilarim de Souza, Daniel José dos Santos Filho, Marluce Generoza Sandes da Silva, Maria Gemilda Ferreira Vilarim, Ana Maria de Souza, Rodolfo Barreto de Lima, Maria Silvana Brito Padilha, Claudia Bethânia Bezerra Correia, Izidoro Rodrigues Simões, Eliane Maria Machados de Souza, Luzinete da Silva Cavalcanti, Maria da Soledade Lima Mota (Sula), Mariza Paulino dos Santos, Maria Valdelice S. Costa, José Alves da Silva filho, Helio José de Oliveira da Silva, Mª Anunciada de Oliveira, Alexandre Jorge Torres, Valderio Vieira de Lima , Sandra Cristina da Silva, Ana Claúdia da Silva Rocha, Valéria Maria da Silva Santos, Terezinha Maria da Silva, Mario Bezerra de Siqueira, Edvaldo Freire Gomes, Lucila Maria da Silva Carvalho, Maria José Siqueira, Edeilda MAria de Oliveira, José Amaro de Melo Lins, Amara Cícera de Lima, Maria do Socorro
  • 16. RESOLUÇÃO N ₒ 1 16 Ribeiro Gomes, Agmar Alves Gonzaga Carvalho, Maria Erinalva Pires Mororó, Givannildede Souza Granja Reis, Vaneci Souza da Silva, Cleonice Neres de Souza, Cícero Ferreira da Silva, Silvani Alencar de Carva- lho, José Varonildo dos Santos Ramo, Maria do Socorro Braga, Gerisvaldo de Siqueira e Sá, Célia Maria da Silva Brito, Josefa Maria da Silva, Madalena Margarida de França, Maria das dores Cavalcanti de Mauricélia, Alcides Maurício dos Santos, Joelma, Drayton José da Costa, Mário José Gomes de Souza, Valter Rodrigues de Almeida, Alex Cristophe Cruz da Silva, José Ivanildo b. de Lima, Euda Cristina Pereira da S. Lucena, Joás Ferreira da Silva, Maria Zoráide Alves de Moura, Gilvani Maria de Cruz Feitosa, Lucivanda Patrícia Rodrigues, Cristina Bernardo H. da Silva, Maria Silva da Conceição de Almeida, Maria Zilma de Araújo Silva, Edvania Brasiliano Leite, Lanirtson Agra Barbalho, Gracilene, Josenice Maria da Silva, Gilderlânia Maria da Silva, Ma- ria da Conceição da Silva, José Regis da Silva, Maria Tereza da Silva, Ubaldino Gomes de França, Fernada Inez Ferreira da Silva, Maria Anemilia Neta S. Barros, Lindinalva Vicente de A. Santos, Maria do Carmo Alves Silva, Vladimir Rodrigues de Lima, Edmilson Ferreira da Silva, Cynthia Cínara O. de Vasconcelos, Lígia Fa- biana Gomes da Silva, Maria das Graças O. Alves, Maria Erivânia S. de Melo, Valéria de Siqueira Valadão, Rosangela Maria Mendonça.
  • 17. 17 RESOLUÇÃO Nₒ 2 Resolução nº 2 - Por um Sindicato Independente Classista e de Lutas CONJUNTURA Internacional O ano de 2011 iniciou sob o signo de grandes revoluções que sacodem o Oriente Médio. Mobilizações massivas contra o governo da Tunísia, estendem-se até o Egito derrotando também a ditadura de Mubarak através de greves, ocupação das ruas e praças públicas. Em outros países como a Líbia, as massas se levan- tam enfrentando o sanguinário ditador Muamar Kadaff com seu exército de mercenários que não vacilam em atirar contra o povo na rua. Os povos daquela região, grande produtora de Petróleo, já não aceitam viver sob a miséria e a repressão de ditaduras e monarquias reacionárias. No entanto, estas lutas precisam continuar até que se consigam mudar, de verdade, a vida desses povos e pela construção de uma grande Federação das Repúblicas Socialistas Árabes. Estas mobilizações questionam também o imperialismo americano que sempre apoiou estas ditaduras. Fora as tropas do HAITI O desastre causado pelo terremoto que atingiu o Haiti em janeiro de 2010 e o fracasso da operação de ajuda internacional elevaram a miséria do povo haitiano que agora vive uma epidemia de cólera. A tentativa do governo e das tropas de ocupação de controlar a situação através da repressão não está dando certo. Em Porto Príncipe, capital do país, acampamentos se transformam em favelas permanentes. A situação faz com que o povo revoltado saia às ruas tendo que enfrentar as tropas de ocupação. Diante de imagens de soldados atirando contra o povo, nós,trabalhadores brasileiros, devemos cobrar do governo Dilma a retirada imediata das tropas brasileiras do Haiti. Não pode ser feliz um povo que oprime outro. CONJUNTURA NACIONAL Para os brasileiros o ano iniciou junto com o Governo de Dilma Russef. Pela primeira vez em nossa his- tória uma mulher governará o país trazendo esperança para milhões de brasileiros. A eleição da presidenta foi conseguida graças à influência de Lula, ao crescimento econômico (próximo de 7% em 2010) e à aliança com setores da direita como o PMDB de Michel Temer e Sarney que agora cobram a conta do apoio exigindo cargos no governo. Agora no governo, Dilma aprovou no Congresso e no Senado o salário mínimo de R$ 545,00 afirmando que é preciso manter o arrocho salarial e os juros altos para segurar a inflação. Enquanto o aumento do salá- rio mínimo representa 6,8% a cesta básica aumentou 16,2% e os aluguéis 11,5%, segundo o DIEESE para o qual o valor do salário mínimo deveria ser R$ 2.200,00. O governo anunciou o corte de R$ 50 bilhões do or- çamento e a proibição de concursos públicos. Existe um déficit nas contas correntes do país que chega a U$ 60 bilhões enquanto a crise econômica que abala economias da Europa ameaça chegar por aqui. As medidas anunciadas destinam-se a prevenir contra estes riscos. No entanto, quem paga o pato são os trabalhadores, pois se prepara outra reforma da previdência para dificultar a aposentadoria e a volta da CPMF, o imposto so- bre o cheque. Vale destacar o a incoerência do governo, de seus aliados e da oposição burguesa, pois juntos aprovaram o reajuste de 62% para os deputados enquanto presidente e ministros tiveram aumento superior a 100%! Através do chamado superávit primário o governo pretende economizar R$ 117 bilhões para pagar de juros aos banqueiros, a famigerada dívida externa. Outro sacrifício imposto aos trabalhadores, o desemprego, também subiu para 6,1% em 2011 contra 5,3% em dez. de2010, segundo o IBGE. CONJUNTURA ESTADUAL Em Pernambuco Eduardo Campos conseguiu se reeleger com 82% dos votos. Pudera! A frente popular foi composta com representantes das oligarquias do Estado como Armando monteiro por um lado e antigos representantes das lutas dos trabalhadores como Humberto Costa cujo 1º suplente é um dos ícones da direita do Estado, Joaquim Francisco. Eduardo contou também com o apoio de Lula e da propaganda ostensiva sobre o crescimento do Estado por conta das obras em SUAPE. Todos os dias se anunciam novos investimentos em infra estrutura no Es- tado. A situação, porém não muda significativamente para quem trabalha, senão vejamos: No município de Ipojuca, que abriga as obras de SUAPE, os trabalhadores vivem sobre as piores condições de vida e amar- gam o pior IDH do Estado. Rodeados de riquezas que não lhes servem. A produção industrial teve um crescimento de 10,2% , mas o crescimento do PIB do Estado não serve para os trabalhadores que, dentro do complexo de SUAPE sofrem com uma jornada intensa, recebem salários inferiores aos do Sul do país e são impedidos de se organizar e fazer greves, pois o resultado é a demissão. Apesar de Pernambuco ter sido escolhido para sediar a Copa do Mundo, não há uma política de esportes
  • 18. 18 RESOLUÇÃO Nₒ 2 no Estado e os Centros de Educação Física, que poderiam funcionar como ponto de apoio ao desenvolvi- mento dos esportes e da Educação Física no Estado, estão sendo desmontados e retirados do âmbito da Secretaria de Educação. O Estado de Pernambuco está longe de ser um paraíso para os trabalhadores. Sofremos com as precá- rias condições da saúde pública enquanto o governo segue com o seu projeto de privatização da saúde atra- vés das O.S. impostas nas UPAS e a violência que atinge a população do estado. Ao contrário da propaganda do governo o desemprego atinge 245 mil pessoas na Região Metropolitana do Recife atingindo em jan. 13,5% da PEA (População Economicamente Ativa) e 7,1% , segundo o IBGE. POLÍTICA EDUCACIONAL A educação em Pernambuco é marcada por uma política de arrocho salarial e de extrema exclusão social. Escolas de Tempo Integral, extinção das turmas do Ensino Fundamental bonificação às escolas por metas estabelecidas pela INDG (Instituto de Desenvolvimento Gerencial) que gerencia a educação o Estado, são um bom exemplo disso. A escola não pode ser um espaço de exclusão como acontece nas escolas de Tempo Integral,. Nessas unidades, alunos e professores recebem tratamento diferenciado quanto às refeições, materiais didáticos, far- damento além de recursos para o desenvolvimento de projetos. Enquanto os alunos da Educação de Jovens e Adultos sequer recebem livros para estudar. Os profissionais da Educação nas Escolas de Referênia são impedidos de participar das lutas da cate- goria demonstrando o caráter autoritário deste “modelo” de ensino gerenciado por um programa dirigido por representantes de empresas privadas e deixando de fazer parte da estrutura das GRE’s. A remuneração é incrementada por uma gratificação de 199% que, no entanto, não vai para a aposentadoria. Nas 160 escolas integrais a ameaça de perder a vaga na escola é uma constante. A Escola que defendemos deve ampliar os direitos dos Educadores e garantir métodos de ensino que tornem a juventude mais livre, participante e autônoma. Professores, devido ao regime de “exclusividade” têm suas vidas controladas pelo Estado, não poden- do participar de atividades sindicais, fazer greve, tirar licença, entre tantas outras arbitrariedades. Para não assumir a responsabilidade sobre estes fatos, nada disso consta em documentos. O “repasse de idéias” é feito através das famosas capacitações que são verdadeiros campos de lavagens cerebrais. Enquanto Esco- las Integrais são munidas de recursos para atenderem bem a “clientela” à que se destinam, alunos e profes- sores são jogados em galpões insalubres, que sequer podem ser chamados de escolas, a exemplo do galpão Torquato de Castro/Aldeia-Camaragibe. O governo fecha turmas do Ensino Fundamental e chama isto de ‘reordenamento’ das escolas da rede. Na verdade esta política de exclusão separa alunos e professores em unidades exclusivamente para o Ensino Médio e em escolas de Ensino Fundamental, preparando caminho para a formação da futuras Escolas Integrais incorporando todo o Ensino Médio, enquanto o Fundamental será transferido para responsabilidade dos municípios coisa semelhante ao desmantelo educacional provocado pelo processo de municipalização em décadas passadas e que joga os professores para a disponibilidade. O Bônus de Desempenho Educacional (BDE) inventado pelo governo Eduardo Campos é uma farsa. Escolas são premiadas sem que os critérios para a bonificação sejam esclarecidos. Estabelecimentos de ensino desestruturados sem as mínimas condições de funcionamento são premiadas, enquanto outros que, apesar das dificuldades conseguem desenvolver bons projetos, ficam fora do processo. Esta é mais uma forma de desviar a atenção dos trabalhadores em educação para o que realmente interessa: melhorias nas condições físicas e pedagógicas das escolas e, remuneração decente para os traba- lhadores em educação. Com a política de premiação o governo pretende dividir a categoria criando disputas nas unidades de ensino, além de adormecer a luta por salários justos para a categoria. A política de arrocho salarial e exclusão vivenciada no governo Eduardo Campos é intensificada pelo sistema de fiscalização permanente. O controle ocorre através do trabalho dos técnicos educacionais obrigados a passar o tempo enviando relatórios para a Seduc com as informações dos diários de classe e livros de ponto elaborados de forma extremamente burocrática e mais recentemente através de câmeras instaladas nas escolas que, além de serem consideradas medidas antipedagógicas, representam assédio moral e não funcionam como mecanismos de combate à violência e/ou indisciplina. Enquanto o governo persegue os trabalhadores, as escolas continuam desestruturadas. Há falta de birôs nas salas, Bancas quebradas, salas quentes e superlotadas, bibliotecas e laboratórios de informáticas inati- vados, professores afastados de suas funções com problemas de saúde, são coisas rotineiras nas escolas da rede, 50% destes por problemas psíquicos pois não suportam tanta pressão.
  • 19. 19 RESOLUÇÃO Nₒ 2 Modificando a lei para nos prejudicar o governo acaba com o Plano de Cargos e Carreiras dos Trabalha- dores em Educação. Desrespeita o Estatuto do Magistério impondo um dia para o professor ficar à disposição da aula atividade. Derruba o Artigo 31 que assegura a gratificação de 40% do vencimento base como ocorre com o difícil acesso (com o desmanche do PCC o governo tabelou valores nominais) e obriga professores a desenvolverem projetos para complementar cinquenta minutos (hora/aula) no horário noturno, mesmo o Artigo 15 do Estatuto garantindo quarenta minutes para a hora-aula do terceiro turno. O quadro educacional nas escolas estaduais vem sendo intensamente degradado com a gestão anti- democrática instalada pelo pseudo socialista Eduardo Campos que, utilizando da mídia maquia a face da educação e ainda, através de falsos discursos, numa tentativa de desmoralizar a categoria, tenta jogar a sociedade contra os trabalhadores em educação. CADÊ O PISO? O discurso do governo acerca da valorização da Educação não passa de palavras. Vejamos como o gov. Federal se nega a reconhecer o Piso Nacional de R$ 1.597,87 se o reajuste aplicasse o Custo Aluno Qualidade como determina a lei 11.738 (Lei do Piso) a partir de jan. de 2009. O governo não reconhece a lei e determina um piso de R$ 1.187,97 aplicando 15,84% sobre R$ 1.024,85, determinado arbitrariamente ano passado pelo MEC. É preciso continuar a luta pela aplicação do piso de R$ 1.597,87 para 150 horas aula que é a nossa jornada inicial de carreira, bem como a defesa dos 33% para aulas atividade rumo a 50% com o reconhecimento do nosso trabalho exercido em casa. O piso representa menos de três salários mínimos, mesmo assim o governo acha que é muito e nos paga o pior salário do Brasil! Níveis de defasagem como os 17,8% de analfabetismo no Estado e 28,5% de analfabetos funcionais, além das distorções entre a idade e a série dos alunos não poderão ser revertidos com pressão ou medidas administrativas. Se faz necessário maior investimento na Educação, no salário dos profissionais, na infra estrutura das escolas e na construção de espaços democráticos. Não se pode alcançar desenvolvimento sem melhorar a Educação e esta também não melhora se não valorizar de fato os profissionais da Educação e oferecer-lhes melhores condições. Também é necessário que haja perspectivas melhores para a juventude. Neste sentido o Ensino Superior precisa ser fortalecido através das Universidades Públicas uma vez que estas são responsáveis pela maior parte das pesquisas em nosso país. Programas como o POUNI que compra vagas das Faculdades Privadas vão no sentido contrário do Ensino Público de Qualidade bem como o REUNI que amplia o número de vagas através da sobrecarga sobre os servidores e professores das Universidades Federais precarizando estas. Não a toa proliferam faculdades particulares de qualidade duvidosa. Agora a presidenta Dilma anuncia um PROUNI também para Escolas Técnicas. É a festa para os tuba- rões do ensino. O crescimento das faculdades particulares se dá graças a esses financiamentos do governo. A aplicação dos recursos públicos apenas nas escolas e universidades públicas ampliaria o número de vagas com muito mais qualidade e fortaleceria o ensino, a pesquisa e a extensão. Programas oferecidos por empresas privadas como o Travessia, Acelera, se Liga da fundação Roberto Marinho e do Instituto Airton Sena, representam mais uma forma de desvio dos recursos públicos constituin- do-se em verdadeiras fábricas de diplomas sem nenhuma preocupação com os conteúdos e a apendizagem. Não servem para corrigir a distorção idade série e acabam com o direito aos 200 dias letivos tão utilizados para pressionar a categoria. Neste ano de 2011 o governo fechou várias turmas de EJA enquanto os profes- sores que trabalhavam no projeto, foram forçados a procurar outras escolas ou ficar em disponibilidade. Em 2011, o governo impõe queas aulas de Educação Física sejam ministradas dentro da grade de hora- rio, retirando aulas das disciplinas de ciências, prejudicada junto com história e geografia. Tudo sem oferecer as mínimas condições para a prática da Educação Física diante da falta de quadras esportivas e banheiros decentes, trazendo para dentro da escola mais perturbação. POLÍTICA SINDICAL Com o advento do governo Lula a discussão sobre independência e autonomia dos sindicatos frente aos governos e aos patrões tomou uma grande importância, passando o binômio independência e autonomia sindical, ser apenas uma figura de retórica para os dirigentes da CUT. Esta foi cada vez mais se atrelando ao governo, burocratizando-se e assumindo uma postura de Central Chapa Branca, fato constatado em vários episódios como a colaboração e defesa da Reforma da Previdência realizada por Lula em prosseguimento a de FHC e que eliminou vários direitos dos servidores públicos abrindo caminho para fundos de aposentadoria complementar privados. Em seu papel governista a CUT abandonou a luta pelo salário mínimo do DIEESE e passou a defender os planos de ajustes que impõem o arrocho salarial aos trabalhadores enquanto vários ex dirigentes da Central passaram a integrar os quadros do governo. A burocratização da CUT restringiu tanto a democracia que aliados seus romperam como a CSC rompeu
  • 20. 20 RESOLUÇÃO Nₒ 2 e formou a CTB, também governista. Para o movimento sindical combativo, que sempre defendeu a indepen- dência de classe e a autonomia dos trabalhadores não restou outra saída a não ser romper com a CUT gover- nista na luta para construir a unidade classista do movimento sindical, popular, estudantil e da juventude. Para que os trabalhadores possam avançar na construção de um projeto de sociedade igualitária, socialista e livre precisamos continuar a luta pela independência e pela Unidade da Classe Trabalhadora com a ampliação da democracia nos sindicatos e centrais sindicais, por isso defendemos: • Independência e autonomia sindicais frente a governos e patrões • Fim do imposto sindical • Romper com a CUT governista • Campanhas de denúncia do governo e contra o sucateamento dos serviços públicos • Lutar contra a reforma trabalhista, sindical, previdenciária e universitária que retiram direitos dos traba- lhadores e estudantes. BALANÇO POLÍTICO Nos últimos anos a nossa categoria foi protagonista de muitas lutas enfrentando, por um lado o des- respeito a lei 11.738|08 (lei do piso) pelo governo Federal e, por outro as políticas excludentes e de arrocho salarial imposta pelo gov. Eduardo Campos que impõe uma política de premiação (bônus) como forma de remuneração aos Educadores. Política esta que exclui os aposentados e deixa de fora parte da categoria que não cumprir as tais metas. Na última greve o governo além de não negociar com a categoria, impediu nosso direito de reposição de aulas contratando professores temporários para fazê-lo. No entanto, a categoria que aprovou a campanha para denunciar Eduardo Campos como Inimigo da Educação e o Fora Danilo Cabral, então Secretário de Educação, forçou o governo a fazer algumas concessões como o vale refeição e a destinação de bônus para 80% das escolas, preocupado, lógico com a sua reeleição. Mais uma vez os aposentados ficaram de fora! Entretanto, a nossa categoria enfrenta uma contradição, pois se realiza grandes lutas contra o governo vê dirigentes do SINTEPE com uma postura conciliatória, posto que chegou a apresentar nos meses que antece- deram a eleição uma tabela com um PCC fictício que estaria em negociação com o governo para novembro de 2010. Esqueceram que Eduardo desmontou o nosso PCC! Agora, passadas as eleições, pergunta-se : cadê o PCC? Merece esclarecimentos se o representante do SINTEPE realmente tem votado a favor das contas do FUNDEB. Se este fato for verdadeiro o sindicato deve explicações à categoria uma vez que não recebemos o piso salarial que deveria ser garantido por estes recursos. Recentemente a direção do SINTEPE teceu vários elogios ao Secretário de Educação pelo fato de ter este comparecido ao debate convocado pelo sindicato no dia 10 de fevereiro como se o governo estivesse mudando a sua política de arrocho salarial e repressão à nossa categoria. Esta postura da direção do SINTEPE é um reflexo da CUT e resultado da participação do PT, do PC do B e de antigos dirigentes sindicais no governo de Eduardo como Teresa Leitão que é deputada da base aliada e que foi presidenta do SINTEPE. Os interesses do governo, para estes, contraditoriamente, passam a pre- valecer sob as necessidades da categoria. A nossa categoria necessita de uma direção à altura das lutas da categoria, sem conciliação e sem con- cessão ao projeto de desmonte da Escola pública implantado por Eduardo Campos. ESTATUTO DO SINTEPE Defendemos a mudança no estatuto do sindicato nos seguintes termos: • Reduzir o desconto dos filiados para 0,5% • Realizar as eleições do sindicato pelo critério da proporcionalidade qualificada garantindo a representa- ção de todos os lutadores da categoria • Desfiliar o sindicato da CUT • Garantir a representação das chapas concorrentes sem exigência de pertencedr à categoria POLÍTICAS PERMANENTES A nossa categoria é composta majoritariamente por mulheres, fato que demonstra a necessidade de fortalecer a luta contra a opressão.
  • 21. 21 RESOLUÇÃO Nₒ 2 Há, entre a opressão das mulheres e desvalorização do magistério, uma relaçao direta que explicam os baixos salários e os rótulos de profissionais desqualificadas, despreparadas. A luta das profissionais da Educação, além da classe deve considerar outros fatores como classe, gênero e etnia, como verificamos nos dados a seguir: O ensino pré-escolar no Brasil é exercido por 94,8% de mulheres; no ensino fundamental, 92,6% enquanto apenas 40,8% são responsáveis pelo ensino superior. Como sabemos, neste último os ní- veis salariais são significativamente maiores. A violência, o assédio moral e sexual, aliado à exploração, tornam as mulheres vítimas do capitalismo e sua sede de lucro. São elas as primeiras vítimas do desemprego, das políticas de corte de benefícios como a reforma da previdência e trabalhista, bem como das precariedades em relação a moradia, ao atendimento de saúde. A discriminação e o preconceito estão presentes nos locais de trabalho, nos discursos e práticas reli- giosas, nas relações sociais, em músicas e danças que depreciam o corpo e as relações afetivas entre as pessoas e nos meios de comunicação. Estas prática são responsáveis por inúmeros casos de violência contra negros, contra homossexuais e contra as mulheres. Precisamos combater a discriminação, a homofobia, a jornada extensiva das mulheres exigindo dos go- vernos e fazendo campanhas por: • Creches nos locais de trabalho • Lavanderias públicas • Orientação sexual nas escolas • Política de formação sobre a discriminação e o preconceito contra os negros e os homossexuais • Garantir o ensino sobre a história da África nas escolas públicas • Direito ao aborto e a contracepção segura PLANO DE LUTAS Realizar campanhas e lutar por: • Não pagamento da dívida externa e interna aos especuladores • Auditoria nestas dívidas • Contra a reforma da previdência, trabalhista, sindical e universitária • Exigir do governo brasileiro a retirada das tropas do Haiti, ajuda se faz com médicos e alimentos e não com soldados • Independência sindical frente aos governos e patrões • Contra o imposto sindical • Ruptura do SINTEPE com a CUT governista • Contra a política de premiação (bônus) do governo Eduardo, queremos salário igual para todos • Aplicação de 10% do PIB em Educação rumo aos 15% • Reajuste salarial igual aos dos deputados, de 62% • Aplicação do Piso Salarial (Lei 11738) de R$1.587, 87 para 150horas rumo ao salário mínimo do DIE- ESE (R$ 2.200.00) para 20horas • Extensão da gratificação das escolas de referência para os Educadores das outras escolas e incorpo- ração na aposentadoria • Pela aplicação de 33% de aulas atividade como manda a lei do piso rumo a 50% e reconhecimento das aulas atividade em casa • Retorno da Educação Física para o contra turno e discussão com a categoria das mudanças na grade curricular • Construção de quadras, banheiros adequados e climatização das salas de aula • Retorno dos Centros de Educação Física para os quadros da SEDUC • Garantida de recursos materiais e didáticos • Contra as escolas de Referência excludentes e discriminatórias e por uma escola democrática e
  • 22. 22 RESOLUÇÃO Nₒ 2 emancipadora que respeite os profissionais da Educação • Devolução dos descontos da greve e garantia de participação nas lutas pelos educadores das Escolas de Referência • Eleições diretas para diretor e conselhos escolares independentes • Contra a ingerência do setor privado nas escolas públicas e seus projetos como travessia e escolas de referência • Política de formação e apoio aos Educadores e não de fiscalização ostensiva • Contratação de profissionais para a portaria das escolas • Contra o fechamento de turmas de 5ª a 8ª e Ensino Médio Assinam esta tese: Ana Lins de Siqueira Gomes mat. 92.669-8 - Dácio da Silva Cruz mat. - André Luis Gonçalves Perei- ra mat. 240.392-7 - Simone Fontana mat. 132.657-0 - Maria de Fátima de Oliveira mat. 189.327-0 - Carlos Elias Andrade mat. 189.456-0 - Maria de Lourdes Florentino mat. 130.006-7 - Jairo Girolamo Moreira mat. 174.195-0 - Adriana Abreu de Albuquerque mat. 170.426-4 - Leidson Macedo dos Santos mat. 173.398-5 - Maria Luciene da Silva mat. 161.016-3 - José Mariano de Macedo mat. 191.383-2 - Ana Maria Alexandre de Oliveira mat. 107.450-4 - Givaneide Ferreira da Silva mat. 106.854-7 - Maria Gildete Lucas mat. 103.760-9 - Maria de Lourdes Terto mat. 122.410-7 - Luiza Rodrigues Coelho mat. 112091-3 - Marcos André S. de Souza mat. 302.202-1 Jansen Gabriel de Oliveira mat. 239.836-2 - Inaldo F.Nascimento mat. 79.489-9 - Gycelle Costa Nascimento mat.258.809-9 - Rogério Luiz Reis da Silva mat. 191.379-4 - Janaína de L. Barros mat. 176.489-6 - Carolina Abigail Cavalcanti Silva mat. 240.311.0 - Maria Albênia de Souza e Silva mat. 177.424-7 - Bernadete Maria Vieira da Paz mat. 265.418-0 - Madson Rubens de Sena mat. 123-546-0 - Geziel Costa Campos mat. 240.069-3 - Roberto Carlos Gomes da Cunha mat. 193.811-8 - Vânia Maria Tiburcio Ramos mat. 262.370-6 - Celi Maria Arruda mat. 141.415-1 - Jerônimo de Melo Ribeiro mat. 109.906-0. - Pedro da Silva Pontes mat. 178.016-6
  • 23. 23 RESOLUÇÃO Nₒ 3 1. Conjuntura Internacional A situação mundial segue marcada pela crise econômica, iniciada em 2008 nos EUA, centro do sistema capi- talista internacional, e que hoje atinge em particular os países da União Européia. Ao atingir os principais centros imperialistas, a crise está longe de ser passageira, pois foi criada pelo próprio funcionamento do sistema imperia- lista (com o lugar central que assume o capital financeiro e especulativo). A receita ditada pelas instituições a serviço das grandes multinacionais e bancos, como o FMI e o Banco Mundial, é “mais do mesmo” que gerou a atual crise, a saber: cortes de gastos públicos, ataques a direitos sociais e conquistas dos trabalhadores, desmanche dos sistemas públicos de proteção social (aposentadorias, pensões) e dos serviços públicos em geral, a começar pela Educação e a Saúde. De outubro do ano passado para cá, de um ponto de vista objetivo, é evidente o estreitamento da margem de manobra de todos os governos (guerra cambial precipitada pelos U$ 600 bilhões despejados pelos EUA, o G-20 tenta construir a “governança mundial” integrando as centrais sindicais, a escalada dos preços de alimentos etc.). Situação da qual o Brasil não tem como escapar com uma forma e ritmo próprio. A realidade do capitalismo mundial neste início de século XXI é a do desemprego, flexibilização e liquidação de direitos sociais e trabalhistas, políticas de “ajuste” que visam salvar os bancos e grandes empresas privadas em detrimento dos interesses das grandes maiorias exploradas e oprimidas dos povos do mundo. No Egito, após a Tunísia, bem como no conjunto dos países da região do Magrebe, o que se viu foram as massas tomando a iniciativa da resposta, em última instância, às conseqüências da crise capitalista. Com os meios que dispõe, derrubam regimes e abalam os governos, atualizando a questão da democracia e da luta pelas reivindicações. Os trabalhadores e suas organizações sindicais, em todo o mundo, apesar de todas as dificuldades, buscam resistir e defender as posições conquistadas pela luta da classe trabalhadora (direitos sociais, empregos, serviços públicos). Foi o que vimos recentemente na Grécia, França, Espanha, Portugal, com greves gerais e mobilizações dos trabalhadores que se recusam a pagar o preço da crise com a perda de seus direitos. Qual o papel de uma organização sindical neste cenário? Certamente não é o de carregar o peso da falência do sistema para os grupos de capitalistas e especuladores que criaram a atual crise que empurra o mundo ao desastre. Um sindicato como o SINTEPE deve defender com unhas e dentes o que foi conquistado e recusar, por- tanto, a política de ajuste proposta pelo FMI (Salário Mínimo de R$ 545,00, Corte de R$ 50 bilhões no Orçamento de 2011), mantendo sua independência diante dessas instituições e governos, prestando contas à sua base de trabalhadores e somente a ela. O SINTEPE, deve também abraçar a luta do povo do Haiti que sofre a ocupação militar por parte de tropas da ONU comandadas pelo Brasil, que têm reprimido suas mobilizações e são o único ponto de apoio para um governo local corrupto e vendido, que implementa uma fraude eleitoral em meio aos escombros de um país destruído. O povo do Haiti precisa de médicos, enfermeiros, engenheiros, ajuda técnica e material, não de soldados e tropas de ocupação; retirada das tropas da ONU do Haiti, que os soldados brasileiros voltem para casa! 2. Conjuntura Nacional A eleição de Dilma do PT a presidente do Brasil, na qual milhares de sindicalistas e trabalhadores se empe- nharam, revelou a vontade do povo brasileiro de impedir a volta dos privatistas do PSDB e DEM ao poder e, ao mesmo tempo, a vontade de que as reivindicações inadiáveis de terra, salário, serviços públicos de qualidade, Saúde e Educação gratuitas, sejam atendidas. A constituição de um governo de ampla coalizão, com um papel reforçado do PMDB (partido que congrega setores dos mais corruptos e oportunistas da classe dominante brasileira) e outros “aliados” de ocasião, por si só, coloca problemas que o movimento sindical e o movimento dos trabalhadores em Educação em particular terão que enfrentar. Acondição para a atuação dos sindicatos é, mais do que nunca, a independência e autonomia para fazer valer as reivindicações pendentes dos trabalhadores. Está aí o Piso Nacional Salarial do Magistério, que foi aprovado, mas que não é aplicado não só pelos governos estaduais que o questionam na justiça, mas por praticamente a totalidade de governadores (da situação e da oposição), inclusive o de Pernambuco. O SINTEPE deve combater para que o governo de Eduardo Campos não continue falsificando a aplicação do Piso e promovendo da destruição do nosso Plano de Cargo e Carreira. A defesa da aplicação da Lei do Piso e a defesa dos Planos de Carreiras é uma expressão da resposta que devem dar os trabalhadores e suas organiza- ções aos efeitos da crise mundial capitalista sobre o nosso país. Resolução nº 3 - O trabalho
  • 24. 24 RESOLUÇÃO Nₒ 3 Não podemos permitir que os derrotados nas urnas, através da grande imprensa que controlam, tentem pautar o governo Dilma na aplicação dos planos de ajuste ditados pelo FMI: um corte de R$ 50 bilhões de gastos públicos significa sucateamento do setor público, contenção de salários dos servidores, falta de investimentos do Estado na infra-estrutura e na defesa da nação das conseqüências da crise. Devemos exigir uma política de defesa da nação que faça a Reforma Agrária (paralisada pelos interesses ruralistas que se abrigam não só na oposição, mas inclusive na “base aliada” do governo), que faça a riqueza do Pré-sal ser utilizada para melhorar as condições de vida de nosso povo, com uma Petrobras 100% estatal e que assegure os investimentos necessários na Educação e Saúde públicas. Mantendo sua filiação à CUT, o SIN- TEPE deve apoiar a luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, e, conjuntamente com outras entidades de trabalhadores do setor público, batalhar pelo respeito ao direito de greve e pela aplicação da Convenção 151 da OIT, que garante negociações entre sindicatos de servidores e seus em- pregadores (as 3 esferas de governo: municipal, estadual e federal). A discussão de uma data base nacional para os trabalhadores em Educação representados pela CNTE, também é questão importante, pois a inexistência da mesma leva a mesas de negociações intermináveis (“mesas de enrolação”), quando existem. A melhor contribuição que o SINTEPE, junto com a CNTE e a CUT, pode dar para a construção de um Brasil justo e soberano, é a defesa intransigente das reivindicações dos trabalhadores e demais setores explorados e oprimidos da nação. 3. Conjuntura Estadual Os trabalhadores em educação de Pernambuco vêem sofrendo há muito tempo duros ataques dos sucessi- vos governos, desde a gestão Jarbas/Mendonça, até a do atual governador de Eduardo Campos, que na nossa campanha salarial educacional do ano passado, após romper unilateralmente as negociações com o SINTEPE, simplesmente rasgou o nosso Plano de Cargo e Carreira, provocando redução nominal de salários na categoria, enquanto segue se negando a cumprir a Lei do Piso e ostentando o título de pagar o pior salário aos professores no País. É bom não esquecermos que o governador Eduardo Campos – que ganhou da nossa categoria em Assem- bléia Geral, durante a campanha salarial educacional de 2010, o merecido título de inimigo da Educação – fez aprovar na Assembléia Legislativa a famigerada Lei das Fundações Estatais de Direito Privado em Pernambuco, nas áreas da saúde e da educação, e que começou a implementar as OS´s na Saúde, amanhã, poderá fazer o mesmo na Educação e na Ciência e Tecnologia. Por esta razão, não podemos abaixar a guarda e achar que a simples mudança do secretário da educação – todos eles paus-mandado do governador – vai facilitar as coisas para o lado dos trabalhadores em educação, na nossa campanha salarial educacional deste ano. O SINTEPE deve colocar no centro do combate da campanha este ano, ao lado da exigência da aplicação da Lei do Piso, a exigência da volta do nosso Plano de Cargo e Carreira (PCC) e a elevação imediata dos salários de todos os trabalhadores em educação em Pernambuco 4. Política Sindical Defendemos que o SINTEPE continue filiado e fortaleça a Central Única dos Trabalhadores (CUT). A CUT, fundada em 1983, a partir de uma onda de greves que se chocou com a ditadura militar e a estrutura sindical oficial pelega no Brasil, segue sendo a principal organização geral dos trabalhadores brasileiros, dos setores público e privado, do campo e da cidade. Entretanto, no último período (grosso modo os dois mandatos sucessivos de Lula na presidência da Repúbli- ca), para além das entidades que defendem a estrutura oficial pelega (imposto sindical e unicidade), que continu- aram a existir (Força Sindical, Nova Central, UGT, CGTB), setores que estavam na CUT romperam com ela em favor de outras organizações. Primeiro foi a Conlutas, depois a Intersindical, que confundindo o papel do sindicato com o de partido político, optaram por serem “oposição ao governo Lula” e racharam com a CUT acusando-a de “chapa branca” (as maiores greves e mobilizações ocorridas no período de governo de Lula foram, entretanto, lide- radas pela CUT e suas entidades filiadas, como a própria CNTE, à qual o SINTEPE e filiado). Neste ano de 2010 o projeto de unificação da Conlutas com a Intersindical acabou fracassando, após um congresso que se perdeu na discussão do nome que deveria ter a nova organização. Já a Corrente Sindical Classista, que havia ingressado na CUT em 1991, diante do processo de legalização das centrais sindicais (que veio, lamentavelmente, acompanhado de uma distribuição proporcional de recursos oriundos do famigerado Imposto Sindical para as centrais reconhecidas), decidiu romper com a CUT e formar a CTB em 2007. Objetivamente esses rachas jogaram na divisão das organizações construídas pelos trabalhadores, a própria CUT em primeiro lugar, em nome de organizações “de combativos” ou “revolucionários”, ou, no caso da CTB,
  • 25. 25 RESOLUÇÃO Nₒ 3 correia de transmissão de um único ponto de vista (no caso o da CSC, ligada ao PCdoB). Nenhuma das correntes que rompeu com a CUT foi expulsa da central ou obrigada a sair. Ao contrário, as portas da CUT continuam abertas para todos que nela queiram entrar, pois seus estatutos se definem por regras democráticas e proporcionais de representação. Subscrevem : Edmilson Menezes de Medeiros -matric. 193.875-4 –Escola Sta. Paula Francinete; Iraci Lima Costa- matric.144465-4- Escola Sta. Paula Francinete; Waldemir –matric.175.557-9- Escola Clotilde de Oliveira; Eva Regina Bacelar Caldas- matric113.393-4- Escola Clotilde de Oliveira; Henrique José deSouza- matric.175.370-3- Escola Clotilde de Oliveira; Célia Zener Saraiva- matric.114.665-6- Escola Clotilde de Oliveira; Maria de Lourdes – matric.157956-8- Escola Jornalista Costa Porto; Rosineide Lima-matric.174.717-7- Escola Amaury de Medeiros; TelmaMariadaSilva-matric.96967-2-EscolaSãoJoséSportClub(aposentada);CarmenesTavares-matric.97421-8- Escola Álvaro Lins; Janine C. de Sá L.Souza-matric.164642-7- Escola PartorAmeno de Sena; Maria das Graças M. O. de Lima-matric 162.847-0- Escola Do Bem Estar Social; Jacqueline Dornelas- matric-164643-5- Escola Do Bem Estar Social;Pedro Peres- matric 173.743-3- Escola Luiz Delgaldo; Rosenilda R. de Sousa - Escola Luiz Delgado; Evalda Mendonça da Silva Lima- matric.164.315-0- Escola Nova Cruz ; Jailson Oliveira- matric. 57336-5- Padre João Barbosa;Edjane Cabral da Silva- matric157885-5- TecAdm. GRE Recife Sul;Antônio Ferreira da Silva- matric- 189542-7- Ginásio Pernambucano- Daniel Maurício O. de Lima-matric.125029-9- Ag. Administ. Monsenhor Arruda Câmara; José Elias de Andrade Silva- matric.175.087-9- Escola Tristão F. Bessa;Otacílio Vieira de França- matric- 121120-0- Escola Tristão F. Bessa; Maria Dulce da Silva-matric.157967-3-- Escola Tristão F. Bessa;Luiza Estelina Arcanjo-matric.99785-4- Escola Tristão F. Bessa;Ivan José Silva-matric112.845-8- Escola Tristão F. Bessa;Alzira Maria Ramos-matric-172650-1- Escola Tristão F. Bessa;Ednaldo Heleno da Silva-matric.257.525-0-- Escola Tristão F. Bessa;Maria Dulcinéia da S. Santos-121.899-9- Escola Tristão F. Bessa; Luiza Angelita de F. Ferreira-129.118- Escola Tristão F. Bessa;Maria do Carmo daS. Lima-matric-131672-9-- Escola Tristão F. Bessa; Domerina da Silva– matric91.623-4-- Escola Tristão F. Bessa;Joseleide Maria S. B.-matric174.599-9- Escola Tristão F. Bessa;Gerlane Maria F. da Silva-matric144.442-5-- Escola Tristão F. Bessa;Sérgio A. da Silva-matric 257294-0- Escola Tristão F. Bessa;Mônica Cristina de S.-matric 106183-6- Escola Tristão F. Bessa; Maria do Rosário Costa-matric.136.561-4- Escola Tristão F. Bessa ;Divanice Ferreira-matric. 174490-9-- Escola Tristão F. Bessa;Rosário de Maria Marques de Santos-matric.240685-3-Escola Estadual de Olinda;Alana Maria Pinto do Nascimento-matric.87813-8- Escola do Bem Estar Social.