O documento fornece um resumo sobre AIDS e o vírus HIV. Explica que a AIDS é causada pelo vírus HIV e descreve os sintomas e como o vírus ataca o sistema imunológico. Também discute a descoberta do vírus, formas de transmissão, tratamento disponível e estatísticas atuais sobre a doença em todo o mundo.
1. AIDS – Vírus HIV
Introdução à AIDS
A AIDS (do inglês Acquired Immunodeficiency Syndrome), (ou
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - SIDA) é uma doença do
sistema imunitário causada pelo retrovírus HIV (do inglês Human
Immunodeficiency Virus). A AIDS vem se disseminando rapidamente
pelo mundo desde 1981.
Vírus da AIDS (HIV)
A AIDS se caracteriza por astenia, perda de peso acentuadas e por
uma drástica diminuição no número de linfócitos T auxiliadores (CD4),
justamente as células que ativam os outros linfócitos que formam o
exército de defesa do corpo. O organismo da pessoa que possui o
vírus HIV torna-se incapaz de produzir anticorpos em resposta aos
antígenos mais comuns que nele penetram.
Com a imunidade debilitada pelo HIV, o organismo torna-se
susceptível a diversos microorganismos oportunistas ou a certos tipos
raros de câncer (sarcoma de Kaposi, linfoma cerebral). A pneumonia
provocada pelo Pneumocystis carinii é a infecção oportunista mais
comum, detectada em cerca de 57% dos casos. A toxoplasmose, a
criptococose e as afecções provocadas por citomegalovírus são outras
infecções freqüentemente encontradas nos indivíduos
imunodeprimidos. As principais causas da morte são infecções banais,
contra as quais o organismo debilitado não consegue reagir.
O material hereditário deste vírus é o RNA, e sua principal
característica é a presença da enzima transcriptase reversa, capaz de
produzir moléculas de DNA a partir do RNA. A membrana deste vírus
se funde com a membrana da célula, e o capsídio viral penetra no
citoplasma celular. O RNA, então, produz uma molécula de DNA, que
irá penetrar no núcleo da célula, introduzir-se em um dos
cromossomos do hospedeiro e recombinar-se com o DNA celular. Esse
DNA viral integrado ao cromossomo celular é chamado de provírus,
que irá produzir moléculas de RNA, originando centenas de vírus
completos. Uma vez com os genes do provírus integrados aos da
célula, esta irá produzir partículas virais durante toda a sua vida. Não
leva a morte da célula hospedeira, mas esta poderá transmitir o
provírus para suas células filhas.
2. Vírus HIV
A descoberta do vírus
Grande parte dos pacientes com AIDS desenvolve uma doença
neuropsicológica, chamada complexo de demência aidética, que parece
resultar da infecção das células do sistema nervoso central pelo vírus
HIV.
A AIDS é uma doença recente, sendo reconhecida apenas em 1981,
embora exista evidencias de mortes por AIDS cerca de trinta anos
antes. A origem do vírus é ainda desconhecida, sendo uma das
hipóteses a de que teria surgido na África central, como resultado de
uma mutação, e descendo por via indireta de outro vírus, não
patológico, identificado no macaco (Cercopithecus aethiops). Em 1984,
cientistas americanos e franceses isolaram, de células de pacientes
com AIDS, o vírus HIV, que passou a ser considerado o causador da
doença.
Tratamento da AIDS
Apesar de ser uma doença que ainda não tem cura, existe tratamento
eficiente e que controla a doença. Pessoas portadoras do vírus HIV
devem procurar ajuda médica, tentar conhecer a doença e jamais
perder a esperança, afinal, de 1981 até hoje, já se passaram muitos
anos, estamos num novo milênio e a medicina evolui a cada dia.
3. Como saber se é portador(a) da doença?
Uma pessoa pode saber se é ou não portadora do vírus da AIDS por
meio de exames que detectam a presença de anticorpos contra o vírus,
ou que detectam a presença do próprio vírus. Ser portador do vírus
não significa que a pessoa desenvolverá necessariamente a doença. O
vírus permanece inativo por um tempo variável, no interior das células
T infectadas, e pode demorar até 10 anos para desencadear a
moléstia.
AIDS e a sociedade
Muitas pessoas que vivem com HIV/AIDS sentem-se agredidas por
mensagens na televisão, revistas, campanhas. Alertamos que o papel
da sociedade em geral, é estar atenta aos riscos e, principalmente,
bem informada sobre os meios de prevenção da doença. Nunca rejeitar
o convívio (íntimo e até social) com os doentes de AIDS.
Não podemos, também, abordar única e exclusivamente a
responsabilidade do homem no uso da camisinha. As mulheres não
devem ser tratadas como uma população incapaz de adotar medidas
de sexo seguro. Não se pode ignorar a capacidade, a autonomia e o
direito das mulheres de negociar o uso da camisinha com o parceiro ou
de elas mesmas usarem o preservativo feminino, já disponível na rede
pública de saúde.
Transmissão da Doença
A AIDS é transmitida através do contato sexual, da transfusão de
sangue contaminado, da mãe para o bebe durante a gravidez ou na
amamentação e ainda pela reutilização de seringas e agulhas entre os
usuários de drogas injetáveis. Como não há cura para a doença, seu
4. combate deve ser feito através de medidas preventivas, tais como o
uso de preservativos (camisinhas), o controle de qualidade do sangue
usado em transfusões e o emprego de seringas e agulhas descartáveis.
Estatísticas da doença
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o número de pessoas
contaminadas com o vírus da AIDS ultrapassou, em 1996, a marca de
20 milhões. A estimativa é de que até o ano 2000 a doença atinja
cerca de 30 a 40 milhões de pessoas. Na 11ª Conferência Internacional
sobre a AIDS (em Vancouver no Canadá - 1996), os cientistas
apresentaram uma nova descoberta que trás esperanças para os
doentes: uma mistura conhecida como quot;coquetel de drogasquot; que
diminui em 100 vezes o ritmo de reprodução do vírus, de modo a
bloquear as etapas iniciais do ciclo reprodutivo do vírus nas células
humanas. As drogas atuariam bloqueando a ação de duas enzimas
responsáveis pela multiplicação do vírus: a transcriptase reversa e a
protease. O banco mundial estima que a AIDS venha a custar, até o
ano 2000, 1,4% do PIB mundial.
Hoje, no Brasil, os heterossexuais representam 38% dos que pegaram
através de relação sexual. Segundo os últimos dados do ministério, de
março de 1998, 6800 brasileiros contraíram AIDS. Desses, cerca de
50% pegaram a doença durante a relação sexual. Nesse grupo, os
heterossexuais representavam 6% em 1988 e agora já são 38%. Os
jovens precisam sensibilizar-se dos casos de AIDS notificados neste
ano, 70% estão na faixa de 25 a 44 anos e 13% na faixa de 15 e 24
anos.
Bibliografia:
http://www.webciencia.com/10_aids.htm
http://indoafundo.com