SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 20
Tríade da Mulher Atleta e a
Deficiência relativa de Energia
no esporte
O que o Ortopedista precisa saber?
Profa. Dra. Maíta Poli de Araujo
Chefe do Setor de Ginecologia do Esporte da Escola Paulista de Medicina – SP
Diretora da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
Baixa Energia
Disponível
Com ou sem distúrbio alimentar
Calorias gastas são > calorias ingeridas
Supressão
Sistema Reprodutivo
Ciclo menstrual irregular ou ausente
Comprometimento
ósseo
Risco de fratura por stress
Risco para periostite
Risco de osteoporose
Figura criada por Maita Poli de Araujo : todos os direitos reservados https://www.femaleandmaleathletetriad.org/
Tríade da Mulher Atleta e a
Deficiência relativa de
Energia no esporte
O que o Ortopedista precisa
saber?
Atleta e a
Deficiência relativa de
Energia no esporte
O que o Ortopedista
precisa saber?
Relative Energy Deficiency in Sport (RED-S)
(RED-S)
Imune
Digestório
Cardiovascular
Psicológico
Crescimento e
desenvolvimento
Hematológico Metabólico
Endócrino
Ósseo
Reprodutor
Tríade
Faroni RP, Corrêa BR, Sartori MGF & Araujo MP. Além da tríade da mulher atleta: o novo conceito de deficiência relativa de energia no esporte. Femina 2021;39-43
Figura criada por Maita Poli de Araujo : todos os direitos reservados
Quando pensar em Tríade/RED-S?
Fratura por stress atípica ou de difícil tratamento
Perfil da atleta
(perfeccionista, vício exercício, comportamento alimentar)
Queda do rendimento esportivo
Joy E, De Souza MJ, Nattiv A, et al. 2014 female athlete triad coalition consensus statement on treatment and return to play of the female athlete triad. Curr Sports Med Rep. 2014;13(4):219-32.
51%
29%
20%
Estético
Controle
de
peso
Endurance
Weiss Kelly AK, Hecth S, Council on Sport Medicine and Fitness. The female athlete triad. Pediatrics 2016;138(2)
Esportes com risco para Tríade/RED-S?
Energia
Ótima
45
Kcal/KgMLG/dia
30
Kcal/KgMLG/dia
20
Kcal/KgMLG/dia
10
Kcal/KgMLG/dia
Energia
Mínima
Deficiência
Moderada
Deficiência
Severa
A energia ideal e a deficiente
Melin A, Tornberg ÅB, Skouby S, et al. Energy availability and the female athlete triad in elite endurance athletes. Scand J Med Sci Sports. 2015 ;25:610-22
30
Kcal/KgMLG/dia
20
Kcal/KgMLG/dia
10
Kcal/KgMLG/dia
Energia
Mínima
Deficiência
Moderada
Deficiência
Severa
Deficiência relativa de Energia no esporte
O que o Ortopedista precisa saber?
Melin A, Tornberg ÅB, Skouby S, et al. Energy availability and the female athlete triad in elite endurance athletes. Scand J Med Sci Sports. 2015 ;25:610-22
Como é feito o cálculo
energia da comida energia do exercício
Massa livre de gordura
Logue DM, Madigan SM, Melin Aet al. Low Energy Availability in Athletes 2020: An Updated Narrative Review of Prevalence, Risk, Within-Day Energy Balance, Knowledge, and Impact on Sports Performance. Nutrients. 2020;12(3):835
Pedindo densitometria na Tríade/RED-S
2 fraturas por stress prévia ou fratura de alto risco
Menarca > 16 anos
Menstruar < 6x/ano
Transtorno alimentar
IMC<17Kg/m2 ou perda de 10% peso em um mês
Joy E, De Souza MJ, Nattiv A, et al. 2014 female athlete triad coalition consensus statement on treatment and return to play of the female athlete triad. Curr Sports Med Rep. 2014;13(4):219-32.
2 fraturas por stress prévia ou fratura de alto risco
Astur DC, Zanatta F, Arliani GG, Moraes ER, Pochini AC, Ejnisman B. Fraturas por estresse: definição diagnóstico e tratamento. Rev Bras Ortop. 2016;51(1):3-10.
Cortical anterior da
tibia
Colo do fêmur 5º. metatarso Sesamoide (hálux)
Navicular (escafóide
társico)
Patela Tálus
Base do 2º.
metatarso
Corredora, 20 anos, amenorreia há um ano,
fratura por stress em segundo metatarso,
energia disponível 20Kcal/KgMLG/dia
Caso clínico
Corredora, 20 anos, amenorreia há um ano,
fratura por stress em segundo metatarso,
energia disponível 20Kcal/KgMLG/dia
Caso clínico
Interpretação da densitometria óssea na Tríade/RED-S
Z-score ≤−1.0* = esportes com levantamento de peso
Z-score ≤−2.0* = abaixo do esperado para a idade
De Souza MJ, Nattiv A, Joy E, et al. 2014 Female athlete Triad Coalition Consensus Statement on treatment and return to Play of the Female Athlete Triad:
1st International Conference held in San Francisco, Californnia, May 2012 and 2nd International Conference held in Indianopolis , Indiana , M Br J Sport Med 2014;48:289
Tratamento Equipe Multiprofissional
Médico
Nutricionista
Psicólogo
Fisioterapeuta
Técnico/fisiologista
Mountjoy M, Sundgot-Borgen J, Burke L, A. Authors’ 2015 additions to the IOC consensus statement: Relative Energy Deficiency in Sport (RED-S). Br J Sports Med. 2015;49:417-20
Tratamento
Médico Psicólogo
Nutricionista
Fisioterapeuta
Técnico/fisiologista
Intervenção
Não farmacológica
Equilibrar a disponibilidade energética
Mountjoy M, Sundgot-Borgen J, Burke L, A. Authors’ 2015 additions to the IOC consensus statement: Relative Energy Deficiency in Sport (RED-S). Br J Sports Med. 2015;49:417-20
Tratamento
Equilibrar a disponibilidade energética
20
Deficiência
moderada
30
Energia
mínima
45
Energia
ótima
Williams NI, Mallinson RJ, De Souza MJ. Rationale and study design of an intervention of increased energy intake in women with exercise-associated menstrual disturbances to improve menstrual function and bone health: The REFUEL study. Contemp Clin Trials Commun. 2019;14:100325
PROCESSO : anos
OBJETIVOS
 Estrogênio
Continua inibindo a reabsorção
 Status energético
estimulando a IGF-1 e formação
óssea
Princípios do Tratamento na Tríade/RED-S
PROCESSO: dias ou semanas
OBJETIVOS
Status energético
Adaptação da conservação de
energia
PROCESSO : meses
OBJETIVOS
Hormônios
Recuperar status energético
Recuperar densidade mineral óssea
Recuperar status menstrual
Treatment strategies for the female athlete triad in the adolescent athlete: current perspectives. Open Access J Sports Med. 2017;8:85-95
Terapia hormonal
De Souza MJ, et al. 2014 Female Athlete Triad Coalition Consensus Statement on Treatment and Return to Play of the Female Athlete Triad:
1st International Conference held in San Francisco, California, May 2012 and 2nd International Conference held in Indianapolis, Indiana, May 2013. Br J Sports Med. 2014;48(4):289
Mantém amenorreia (após 12 meses de tratamento)
Amenorreia + baixa densidade mineral óssea
Dar preferência a via transdérmica
Tríade da Mulher Atleta e a
Deficiência relativa de Energia no esporte
O que o Ortopedista precisa saber?
Investigue a Tríade/RED-S quando
2 fraturas por stress ou fratura de alto risco
Tenha um Time de Saúde para fazer o tratamento

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Ativida fisica na terceira idade1
Ativida fisica na terceira idade1Ativida fisica na terceira idade1
Ativida fisica na terceira idade1tecnologianoesporte
 
Impacto femoro acetabular - Dr Leandro Freire
Impacto femoro acetabular - Dr Leandro FreireImpacto femoro acetabular - Dr Leandro Freire
Impacto femoro acetabular - Dr Leandro FreireLeandro Freire
 
Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah
Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah
Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah Omar Mohamad Abdallah
 
Benefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos Idosos
Benefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos IdososBenefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos Idosos
Benefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos IdososMárcio Borges
 
Exercise and cancer: How staying active can positively impact your health and...
Exercise and cancer: How staying active can positively impact your health and...Exercise and cancer: How staying active can positively impact your health and...
Exercise and cancer: How staying active can positively impact your health and...Inspire
 
Fisioterapia nas amputações
Fisioterapia nas amputaçõesFisioterapia nas amputações
Fisioterapia nas amputaçõesRodney Wenke
 
Posicionamento do paciente neurológico
Posicionamento do paciente neurológicoPosicionamento do paciente neurológico
Posicionamento do paciente neurológicoAdriano Daudt
 
Reabilitação Cardiovascular, como fazer
Reabilitação Cardiovascular, como fazerReabilitação Cardiovascular, como fazer
Reabilitação Cardiovascular, como fazerMarcela Mihessen
 
Lombociatalgia e cervicobraquialgia
Lombociatalgia e cervicobraquialgiaLombociatalgia e cervicobraquialgia
Lombociatalgia e cervicobraquialgiaPaulo Alambert
 
Uksca case study (covid specific)
Uksca case study (covid specific)Uksca case study (covid specific)
Uksca case study (covid specific)Jordan Welsh
 
Realidade virtual e sua aplicação em pacientes neurológicos
Realidade virtual e sua aplicação em pacientes neurológicosRealidade virtual e sua aplicação em pacientes neurológicos
Realidade virtual e sua aplicação em pacientes neurológicosGilmar Roberto Batista
 
Prescrição em treinamento de força
Prescrição em treinamento de forçaPrescrição em treinamento de força
Prescrição em treinamento de forçaDom Fisiologia
 

Mais procurados (20)

Complexo articular do quadril
Complexo articular do quadrilComplexo articular do quadril
Complexo articular do quadril
 
Ativida fisica na terceira idade1
Ativida fisica na terceira idade1Ativida fisica na terceira idade1
Ativida fisica na terceira idade1
 
Cinesioterapia
CinesioterapiaCinesioterapia
Cinesioterapia
 
Impacto femoro acetabular - Dr Leandro Freire
Impacto femoro acetabular - Dr Leandro FreireImpacto femoro acetabular - Dr Leandro Freire
Impacto femoro acetabular - Dr Leandro Freire
 
Oa aula 4 ano
Oa aula 4 anoOa aula 4 ano
Oa aula 4 ano
 
Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah
Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah
Lesão Músculo Tendínea Dr Omar Mohamad M. Abdallah
 
The Athletic Hamstring
The Athletic HamstringThe Athletic Hamstring
The Athletic Hamstring
 
UKSCA Case Study
UKSCA Case StudyUKSCA Case Study
UKSCA Case Study
 
Benefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos Idosos
Benefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos IdososBenefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos Idosos
Benefícios do Exercício Físico e da Reabilitação Cardíaca em Indivíduos Idosos
 
Exercise and cancer: How staying active can positively impact your health and...
Exercise and cancer: How staying active can positively impact your health and...Exercise and cancer: How staying active can positively impact your health and...
Exercise and cancer: How staying active can positively impact your health and...
 
Treinamento de Força
Treinamento de ForçaTreinamento de Força
Treinamento de Força
 
UKSCA Case Study
UKSCA Case StudyUKSCA Case Study
UKSCA Case Study
 
Fisioterapia nas amputações
Fisioterapia nas amputaçõesFisioterapia nas amputações
Fisioterapia nas amputações
 
Posicionamento do paciente neurológico
Posicionamento do paciente neurológicoPosicionamento do paciente neurológico
Posicionamento do paciente neurológico
 
Reabilitação Cardiovascular, como fazer
Reabilitação Cardiovascular, como fazerReabilitação Cardiovascular, como fazer
Reabilitação Cardiovascular, como fazer
 
Apostila alongamentos
Apostila   alongamentosApostila   alongamentos
Apostila alongamentos
 
Lombociatalgia e cervicobraquialgia
Lombociatalgia e cervicobraquialgiaLombociatalgia e cervicobraquialgia
Lombociatalgia e cervicobraquialgia
 
Uksca case study (covid specific)
Uksca case study (covid specific)Uksca case study (covid specific)
Uksca case study (covid specific)
 
Realidade virtual e sua aplicação em pacientes neurológicos
Realidade virtual e sua aplicação em pacientes neurológicosRealidade virtual e sua aplicação em pacientes neurológicos
Realidade virtual e sua aplicação em pacientes neurológicos
 
Prescrição em treinamento de força
Prescrição em treinamento de forçaPrescrição em treinamento de força
Prescrição em treinamento de força
 

Semelhante a Tríade Atleta e RED-S para ortopedistas

ATIVIDADE FISICA NO CLIMATERIO 2022.pdf
ATIVIDADE FISICA NO CLIMATERIO 2022.pdfATIVIDADE FISICA NO CLIMATERIO 2022.pdf
ATIVIDADE FISICA NO CLIMATERIO 2022.pdfMaita Araujo
 
Laudo modelo personna_sport
Laudo modelo personna_sportLaudo modelo personna_sport
Laudo modelo personna_sportCecilia Camilo
 
Benefícios do treinamento com pesos para aptidão física de idosos
Benefícios do treinamento com pesos para aptidão física de idososBenefícios do treinamento com pesos para aptidão física de idosos
Benefícios do treinamento com pesos para aptidão física de idososEducadorFisicoKassio
 
Nutrição e Atividade Física, Consenso SBME, 2009
Nutrição e Atividade Física, Consenso SBME, 2009Nutrição e Atividade Física, Consenso SBME, 2009
Nutrição e Atividade Física, Consenso SBME, 2009Dr. Benevenuto
 
Impacto do exercício, suas intercorrências podendo levar a; dmo ou a osteopenia
Impacto do exercício, suas intercorrências podendo levar a; dmo ou a osteopeniaImpacto do exercício, suas intercorrências podendo levar a; dmo ou a osteopenia
Impacto do exercício, suas intercorrências podendo levar a; dmo ou a osteopeniaVan Der Häägen Brazil
 

Semelhante a Tríade Atleta e RED-S para ortopedistas (7)

ATIVIDADE FISICA NO CLIMATERIO 2022.pdf
ATIVIDADE FISICA NO CLIMATERIO 2022.pdfATIVIDADE FISICA NO CLIMATERIO 2022.pdf
ATIVIDADE FISICA NO CLIMATERIO 2022.pdf
 
Nutrição Esportiva
Nutrição EsportivaNutrição Esportiva
Nutrição Esportiva
 
Laudo modelo personna_sport
Laudo modelo personna_sportLaudo modelo personna_sport
Laudo modelo personna_sport
 
Benefícios do treinamento com pesos para aptidão física de idosos
Benefícios do treinamento com pesos para aptidão física de idososBenefícios do treinamento com pesos para aptidão física de idosos
Benefícios do treinamento com pesos para aptidão física de idosos
 
2
22
2
 
Nutrição e Atividade Física, Consenso SBME, 2009
Nutrição e Atividade Física, Consenso SBME, 2009Nutrição e Atividade Física, Consenso SBME, 2009
Nutrição e Atividade Física, Consenso SBME, 2009
 
Impacto do exercício, suas intercorrências podendo levar a; dmo ou a osteopenia
Impacto do exercício, suas intercorrências podendo levar a; dmo ou a osteopeniaImpacto do exercício, suas intercorrências podendo levar a; dmo ou a osteopenia
Impacto do exercício, suas intercorrências podendo levar a; dmo ou a osteopenia
 

Último

Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Eventowisdombrazil
 
Cosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãoCosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãos62vfyjhrm
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologiaprofdeniseismarsi
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxEmanuellaFreitasDiog
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.EndrewAcacio
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptxpatrcialibreloto
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfGuia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfVeronicaMauchle
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDEErikajosiane
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...kassiasilva1571
 

Último (15)

Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do EventoEncontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
Encontro Clínico e Operações - Fotos do Evento
 
Cosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislaçãoCosmetologia estética - Definições, legislação
Cosmetologia estética - Definições, legislação
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - PsicologiaProcessos Psicológicos Básicos - Psicologia
Processos Psicológicos Básicos - Psicologia
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.Atlas de parasitologia clínica e médica.
Atlas de parasitologia clínica e médica.
 
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
372589790-Aula-10-Fios-de-Sutura.aulafiospptx
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdfGuia Haihua para operação em acupuntura .pdf
Guia Haihua para operação em acupuntura .pdf
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
 
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus,   Estrutura Celular de Célula...
BIOLOGIA CELULAR-Teoria Celular, Célula, Vírus, Estrutura Celular de Célula...
 

Tríade Atleta e RED-S para ortopedistas

  • 1. Tríade da Mulher Atleta e a Deficiência relativa de Energia no esporte O que o Ortopedista precisa saber? Profa. Dra. Maíta Poli de Araujo Chefe do Setor de Ginecologia do Esporte da Escola Paulista de Medicina – SP Diretora da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte
  • 2. Baixa Energia Disponível Com ou sem distúrbio alimentar Calorias gastas são > calorias ingeridas Supressão Sistema Reprodutivo Ciclo menstrual irregular ou ausente Comprometimento ósseo Risco de fratura por stress Risco para periostite Risco de osteoporose Figura criada por Maita Poli de Araujo : todos os direitos reservados https://www.femaleandmaleathletetriad.org/ Tríade da Mulher Atleta e a Deficiência relativa de Energia no esporte O que o Ortopedista precisa saber?
  • 3. Atleta e a Deficiência relativa de Energia no esporte O que o Ortopedista precisa saber? Relative Energy Deficiency in Sport (RED-S) (RED-S) Imune Digestório Cardiovascular Psicológico Crescimento e desenvolvimento Hematológico Metabólico Endócrino Ósseo Reprodutor Tríade Faroni RP, Corrêa BR, Sartori MGF & Araujo MP. Além da tríade da mulher atleta: o novo conceito de deficiência relativa de energia no esporte. Femina 2021;39-43 Figura criada por Maita Poli de Araujo : todos os direitos reservados
  • 4. Quando pensar em Tríade/RED-S? Fratura por stress atípica ou de difícil tratamento Perfil da atleta (perfeccionista, vício exercício, comportamento alimentar) Queda do rendimento esportivo Joy E, De Souza MJ, Nattiv A, et al. 2014 female athlete triad coalition consensus statement on treatment and return to play of the female athlete triad. Curr Sports Med Rep. 2014;13(4):219-32.
  • 5. 51% 29% 20% Estético Controle de peso Endurance Weiss Kelly AK, Hecth S, Council on Sport Medicine and Fitness. The female athlete triad. Pediatrics 2016;138(2) Esportes com risco para Tríade/RED-S?
  • 6. Energia Ótima 45 Kcal/KgMLG/dia 30 Kcal/KgMLG/dia 20 Kcal/KgMLG/dia 10 Kcal/KgMLG/dia Energia Mínima Deficiência Moderada Deficiência Severa A energia ideal e a deficiente Melin A, Tornberg ÅB, Skouby S, et al. Energy availability and the female athlete triad in elite endurance athletes. Scand J Med Sci Sports. 2015 ;25:610-22
  • 7. 30 Kcal/KgMLG/dia 20 Kcal/KgMLG/dia 10 Kcal/KgMLG/dia Energia Mínima Deficiência Moderada Deficiência Severa Deficiência relativa de Energia no esporte O que o Ortopedista precisa saber? Melin A, Tornberg ÅB, Skouby S, et al. Energy availability and the female athlete triad in elite endurance athletes. Scand J Med Sci Sports. 2015 ;25:610-22
  • 8. Como é feito o cálculo energia da comida energia do exercício Massa livre de gordura Logue DM, Madigan SM, Melin Aet al. Low Energy Availability in Athletes 2020: An Updated Narrative Review of Prevalence, Risk, Within-Day Energy Balance, Knowledge, and Impact on Sports Performance. Nutrients. 2020;12(3):835
  • 9.
  • 10. Pedindo densitometria na Tríade/RED-S 2 fraturas por stress prévia ou fratura de alto risco Menarca > 16 anos Menstruar < 6x/ano Transtorno alimentar IMC<17Kg/m2 ou perda de 10% peso em um mês Joy E, De Souza MJ, Nattiv A, et al. 2014 female athlete triad coalition consensus statement on treatment and return to play of the female athlete triad. Curr Sports Med Rep. 2014;13(4):219-32.
  • 11. 2 fraturas por stress prévia ou fratura de alto risco Astur DC, Zanatta F, Arliani GG, Moraes ER, Pochini AC, Ejnisman B. Fraturas por estresse: definição diagnóstico e tratamento. Rev Bras Ortop. 2016;51(1):3-10. Cortical anterior da tibia Colo do fêmur 5º. metatarso Sesamoide (hálux) Navicular (escafóide társico) Patela Tálus Base do 2º. metatarso
  • 12. Corredora, 20 anos, amenorreia há um ano, fratura por stress em segundo metatarso, energia disponível 20Kcal/KgMLG/dia Caso clínico
  • 13. Corredora, 20 anos, amenorreia há um ano, fratura por stress em segundo metatarso, energia disponível 20Kcal/KgMLG/dia Caso clínico
  • 14. Interpretação da densitometria óssea na Tríade/RED-S Z-score ≤−1.0* = esportes com levantamento de peso Z-score ≤−2.0* = abaixo do esperado para a idade De Souza MJ, Nattiv A, Joy E, et al. 2014 Female athlete Triad Coalition Consensus Statement on treatment and return to Play of the Female Athlete Triad: 1st International Conference held in San Francisco, Californnia, May 2012 and 2nd International Conference held in Indianopolis , Indiana , M Br J Sport Med 2014;48:289
  • 15. Tratamento Equipe Multiprofissional Médico Nutricionista Psicólogo Fisioterapeuta Técnico/fisiologista Mountjoy M, Sundgot-Borgen J, Burke L, A. Authors’ 2015 additions to the IOC consensus statement: Relative Energy Deficiency in Sport (RED-S). Br J Sports Med. 2015;49:417-20
  • 16. Tratamento Médico Psicólogo Nutricionista Fisioterapeuta Técnico/fisiologista Intervenção Não farmacológica Equilibrar a disponibilidade energética Mountjoy M, Sundgot-Borgen J, Burke L, A. Authors’ 2015 additions to the IOC consensus statement: Relative Energy Deficiency in Sport (RED-S). Br J Sports Med. 2015;49:417-20
  • 17. Tratamento Equilibrar a disponibilidade energética 20 Deficiência moderada 30 Energia mínima 45 Energia ótima Williams NI, Mallinson RJ, De Souza MJ. Rationale and study design of an intervention of increased energy intake in women with exercise-associated menstrual disturbances to improve menstrual function and bone health: The REFUEL study. Contemp Clin Trials Commun. 2019;14:100325
  • 18. PROCESSO : anos OBJETIVOS  Estrogênio Continua inibindo a reabsorção  Status energético estimulando a IGF-1 e formação óssea Princípios do Tratamento na Tríade/RED-S PROCESSO: dias ou semanas OBJETIVOS Status energético Adaptação da conservação de energia PROCESSO : meses OBJETIVOS Hormônios Recuperar status energético Recuperar densidade mineral óssea Recuperar status menstrual Treatment strategies for the female athlete triad in the adolescent athlete: current perspectives. Open Access J Sports Med. 2017;8:85-95
  • 19. Terapia hormonal De Souza MJ, et al. 2014 Female Athlete Triad Coalition Consensus Statement on Treatment and Return to Play of the Female Athlete Triad: 1st International Conference held in San Francisco, California, May 2012 and 2nd International Conference held in Indianapolis, Indiana, May 2013. Br J Sports Med. 2014;48(4):289 Mantém amenorreia (após 12 meses de tratamento) Amenorreia + baixa densidade mineral óssea Dar preferência a via transdérmica
  • 20. Tríade da Mulher Atleta e a Deficiência relativa de Energia no esporte O que o Ortopedista precisa saber? Investigue a Tríade/RED-S quando 2 fraturas por stress ou fratura de alto risco Tenha um Time de Saúde para fazer o tratamento