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COTIDIANO É ARTE NO SANTANDER CULTURAL


       O Santander Cultural inaugura no próximo sábado, dia 29 de junho, às 18 horas, duas grandes
exposições de artes visuais dentro do novo módulo Arte no Cotidiano, que tem como objetivo tornar evidentes
assuntos cotidianos tratados no âmbito artístico-estético. As mostras estarão abertas à visitação de 30 de junho
a 29 de setembro.

        A exposição principal, intitulada Apropriações e Coleções, com curadoria de Tadeu Chiarelli, reúne cerca
de 60 obras de artistas de sete estados. A mostra, inédita, traz para um único espaço obras dos principais
artistas brasileiros que, desde a metade do século XX até hoje, apropriam-se de objetos do cotidiano,
transformando-os em obras de arte. São eles: Farnese de Andrade, Aloízio Magalhães, Athos Bulcão, Oriana
Duarte, Alberto da Veiga Guignard, Jac Leirner, Nelson Leirner, Jorge de Lima, Alfredo Nicolaiewsky, Rosângela
Rennó, Fabiana Rossarolla, Elida Tessler, Mabe Bethônico, Paulo Gaiad, Virgínia Medeiros, Walmor Corrêa,
Mario Ramiro e Adriana Boff.

        A mostra paralela, Objetos do Desejo, com curadoria de Camila Duprat, apresenta artefatos de
colecionadores brasileiros, desde objetos preciosos, cuja forma de aquisição é lenta e gradual, até objetos
populares, de mais fácil aquisição.

         O módulo Arte no Cotidiano engloba as duas exposições. Apropriações e Coleções, abordando questões
artísticas com forte ressonância no cotidiano do cidadão contemporâneo, é complementada por Objetos do
Desejo, que amplia a percepção das questões levantadas na primeira.

       As duas mostras ocupam o grande hall e as galerias do Santander Cultural, a exemplo de outras
exposições de artes visuais já apresentadas neste importante centro cultural da cidade.

         Para Liliana Magalhães, diretora do Santander Cultural, “embora a arte contemporânea possa parecer
distante do nosso dia-a-dia, na verdade a produção artística atual tem muitos pontos de contato com o
cotidiano da maioria das pessoas, sobretudo das que vivem nas grandes cidades” Liliana considera que o
                                                                                    .
Santander Cultural “   trará para o universo de Porto Alegre um debate conectado com a vida das pessoas,
possibilitando atividades paralelas. Serão ciclos de cinema, shows de música, palestras e encontros cujo foco
sejam as questões abordadas nas exposições”    .

        "Ao exercer seu papel articulador, integrador e principalmente educativo, o Santander Cultural
apresenta, com o módulo Arte no Cotidiano, duas exposições em sintonia com o dia-a-dia do cidadão”         ,
acrescenta Liliana Magalhães. “ Ampliar o acesso dos diversos segmentos do público à produção cultural
contemporânea brasileira e permitir que as ações conquistem e desenvolvam afinidade crescente com a
comunidade são, cada vez mais, as metas do Santander Cultural."
        Maria Beatriz Brandão Aguirre, diretora de Assuntos Corporativos do Grupo, lembra que “       foram
investidos R$ 13 milhões no projeto de restauração da antiga sede do Santander, em Porto Alegre, com o
objetivo de oferecer à população gaúcha a diversidade da produção artística nacional. A mostra Arte no
Cotidiano confirma a importância desse espaço – o Santander Cultural – como pólo fomentador da cultura”.

Apropriações e Coleções

   “Apropriar-se, colecionar, montar, justapor objetos muitas vezes prosaicos, formando outros objetos ou
               instalações, constitui hoje uma das principais vertentes da arte contemporânea.”
                                                Tadeu Chiarelli

         Reunindo obras de artistas modernos e contemporâneos das mais diversas partes do país, Apropriações
e Coleções expõe a obra de artistas fundamentais para a arte brasileira, como Alberto da Veiga Guignard,
Farnese de Andrade e Nelson Leirner, ao lado de novos talentos surgidos nas duas últimas décadas. A mostra
traça um panorama bastante expressivo dessa vertente artística que, durante muitos anos, sublinhou a arte
brasileira. Alguns desses artistas serão vistos pela primeira vez em Porto Alegre, como é o caso de Guignard,
conhecido até hoje apenas como pintor e desenhista, e de Rosângela Rennó.
         Apesar de muito importante para uma compreensão mais global e múltipla da arte brasileira das
últimas décadas, a tendência de operar com imagens e objetos já existentes ainda é pouco divulgada e
estudada no Brasil. Os artistas ligados a essa tendência têm suas obras exibidas sem que seja enfatizada a
peculiaridade mais marcante, que é justamente a apropriação dos objetos do cotidiano. Colecionando-os e
rearticulando-os em situações inusitadas, esses artistas demonstram que a arte pode estar não propriamente
no objeto em si, mas nas relações que estabelecem entre eles e com o espaço onde os, situam.
         O ineditismo da proposta de Tadeu Chiarelli está justamente no fato de expor no Santander Cultural
uma mostra que, de forma não cronológica, coloque num mesmo espaço obras dos principais artistas
brasileiros que até hoje trabalharam dentro dessa tendência. Artistas de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e
muitos nascidos ou vivendo no Rio Grande do Sul estão presentes na exposição.
         Tadeu Chiarelli atuou como curador-chefe do Museu de Arte Moderna (SP) entre 1996 e 2000. Foi
responsável pela reorganização do acervo da instituição, incluindo projetos de restauro, aquisições, exposições
do acervo, cursos e palestras ocorridos no período. Paralelamente, desenvolveu junto ao Departamento de
Artes Plásticas da ECA-USP (de 1982 a 2001) as disciplinas História da Arte no Brasil – século XIX e História da
Arte no Brasil – século XX. Defendeu a dissertação de mestrado em 1989 e a de doutorado em 1996. Foi
curador de grandes exposições, entre elas, Imagens da Segunda Geração (Museu de Arte Contemporânea da
Universidade de São Paulo), A Fotografia Contaminada (Centro Cultural São Paulo) e Tangenciando Amilcar
(Santander Cultural). Como curador-chefe do MAM/SP, realizou Identidade não Identidade, Panorama da Arte
Brasileira 97 e Panorama da Arte Brasileira 99. Publicou os livros Um Jeca nos Vernissages: a crítica da arte de
Monteiro Lobato/1995, Leda Catunda/1998, Arte Internacional Brasileira/1999 e Arte e Não Arte/2002. É autor
de vários textos de apresentação da produção de artistas brasileiros, colabora com artigos sobre arte em
jornais e revistas do Brasil e do exterior e participa como jurado de salões e prêmios de artes visuais.



Artistas convidados

Farnese de Andrade – Araguari, MG, 1926 – (Rio de Janeiro, RJ, 1996).
Aloízio Magalhães – Recife, PE, 1927 – (Pádua, Itália, 1982).
Athos Bulcão – Rio de Janeiro, RJ, 1918. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Oriana Duarte – Campina Grande, PA. Vive e trabalha em Recife.
Alberto da Veiga Guignard – Nova Friburgo, RJ, 1896 – (Belo Horizonte, MG, 1962).
Jac Leirner – São Paulo, SP, 1961. Vive e trabalha em São Paulo.
Nelson Leirner – São Paulo, SP, 1932. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Jorge de Lima – União dos Palmares, AL, 1893 – (Rio de Janeiro, RJ, 1953).
Alfredo Nicolaiewsky – Porto Alegre, RS. Vive e trabalha em Porto Alegre.
Rosângela Rennó – Belo Horizonte, MG, 1961. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Fabiana Rossarolla – Porto Alegre, RS. Vive e trabalha em Porto Alegre.
Elida Tessler – Porto Alegre, RS. Vive e trabalha em Porto Alegre.
Mabe Bethônico – Belo Horizonte, MG. Vive e trabalha em Belo Horizonte.
Paulo Gaiad – Santa Catarina. Vive e trabalha em Florianópolis.
Virgínia Medeiros – Bahia. Vive e trabalha em Salvador.
Walmor Corrêa – Santa Catarina. Vive e trabalha em Porto Alegre.
Mario Ramiro e Adriana Boff – Porto Alegre, RS. Vivem e trabalham em Porto Alegre.


Objetos de Desejo

         O ato de colecionar objetos das mais variadas espécies é tão antigo que não se tem notícia de quando
exatamente começou. Um objeto que extrapola sua função original adquire outros valores e significados. Um
vaso, por exemplo, utilizado inicialmente para flores, pode ganhar pinturas e texturas que lhe conferem valor
estético. A reunião desses objetos em coleções garante-lhes ainda um novo significado. Alheios à sua função
original, passam a ser parte de um todo. A partir de uma pesquisa bibliográfica e de entrevistas com diversos
colecionadores, foram levantadas 75 coleções dos mais raros aos mais inusitados objetos. As coleções mais
significativas e que representam as principais vertentes do colecionismo estarão expostas no Santander
Cultural.
         A reunião de objetos raros e preciosos, em que cada peça é de difícil aquisição; objetos cotidianos,
populares, de mais fácil aquisição, nos quais as características estéticas não são essenciais; objetos muito
preciosos, não utilitários nem populares, mas que não poderiam caracterizar-se como decorativos, e, por fim,
objetos que representam figuras de animais. Essas são as vertentes usadas pela curadora Camila Duprat para a
seleção das coleções expostas na mostra Objetos de Desejo.
         Camila Duprat assinou a curadoria de exposições como Grandes Formatos (Museu de Arte Moderna, em
São Paulo), Paisagens Urbanas, Nus e Retratos, O Acervo da Pinacoteca Municipal e Artistas Ilustradores, todas
no Centro Cultural São Paulo. Foi responsável pela organização de importantes exposições, entre elas Iberê
Camargo – Produção Recente, em 1995; Carmela Gross, em 1997; Jazz – gravuras de Henry Matisse e Art
Chicago 2001, nos Estados Unidos.
Colecionadores e Coleções

Antonio Maschio – São Paulo – lápis.
Camila Duprat – São Paulo – caixas de fósforos.
Cássio Vasconcellos – São Paulo – helicópteros.
Coleção Particular – São Paulo – fichas de jogo.
Dado Bier – Porto Alegre – dados.
José Luiz Pagliari – São Paulo – baralhos antigos.
Edmilson Monteiro – São Paulo – netsukes.
João Brito – São Paulo – sapos.
Paulo Peruzzo – Curitiba – pingüins de geladeira.
Sylvie Leblanc – São Paulo – noivinhos de bolo.
Manuel Dias – São Paulo – papéis de embalagem de frutas.
José Carlos Freitas – São Paulo – isqueiros.
Elsa Lima Gonçalves Antunha – São Paulo – cromos.
Eurico Trindade Neves – Porto Alegre – soldadinhos de chumbo.
Helio Wolfrid – Porto Alegre – latas de cerveja e de refrigerante, bandejas e canecas de cerveja.
Vera Prates – Porto Alegre – golas.



Serviço:

ARTE NO COTIDIANO
   • Apropriações e Coleções - curadoria de Tadeu Chiarelli
   • Objetos do Desejo - curadoria de Camila Duprat

Local :       Santander Cultural
                Av. Sete de Setembro, 1.028 / Porto Alegre (RS)
          Telefones: (51) 3287 5522
                 www.santandercultural.com.br

Período:        de 30 de junho a 29 de setembro de 2002
                Abertura para convidados no dia 29 de junho, às 18 horas

Horário:        segunda, das 12 às 20 horas
                terça a sábado, das 10 às 20 horas
                domingo, das 10 às 18 horas

Entrada franca.


Informações para a imprensa:
(51) 3231.7680 e 9123.9020 – Bebê Baumgarten
(11) 3085-0840 e 9222.7556 – Teresa Mattos

Diretoria de Relações com a Imprensa
Grupo Santander Banespa
(11) 3249-8018 e 3249-1545 e-mail: imprensa@santander.com.br

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Arte no cotidiano

  • 1. COTIDIANO É ARTE NO SANTANDER CULTURAL O Santander Cultural inaugura no próximo sábado, dia 29 de junho, às 18 horas, duas grandes exposições de artes visuais dentro do novo módulo Arte no Cotidiano, que tem como objetivo tornar evidentes assuntos cotidianos tratados no âmbito artístico-estético. As mostras estarão abertas à visitação de 30 de junho a 29 de setembro. A exposição principal, intitulada Apropriações e Coleções, com curadoria de Tadeu Chiarelli, reúne cerca de 60 obras de artistas de sete estados. A mostra, inédita, traz para um único espaço obras dos principais artistas brasileiros que, desde a metade do século XX até hoje, apropriam-se de objetos do cotidiano, transformando-os em obras de arte. São eles: Farnese de Andrade, Aloízio Magalhães, Athos Bulcão, Oriana Duarte, Alberto da Veiga Guignard, Jac Leirner, Nelson Leirner, Jorge de Lima, Alfredo Nicolaiewsky, Rosângela Rennó, Fabiana Rossarolla, Elida Tessler, Mabe Bethônico, Paulo Gaiad, Virgínia Medeiros, Walmor Corrêa, Mario Ramiro e Adriana Boff. A mostra paralela, Objetos do Desejo, com curadoria de Camila Duprat, apresenta artefatos de colecionadores brasileiros, desde objetos preciosos, cuja forma de aquisição é lenta e gradual, até objetos populares, de mais fácil aquisição. O módulo Arte no Cotidiano engloba as duas exposições. Apropriações e Coleções, abordando questões artísticas com forte ressonância no cotidiano do cidadão contemporâneo, é complementada por Objetos do Desejo, que amplia a percepção das questões levantadas na primeira. As duas mostras ocupam o grande hall e as galerias do Santander Cultural, a exemplo de outras exposições de artes visuais já apresentadas neste importante centro cultural da cidade. Para Liliana Magalhães, diretora do Santander Cultural, “embora a arte contemporânea possa parecer distante do nosso dia-a-dia, na verdade a produção artística atual tem muitos pontos de contato com o cotidiano da maioria das pessoas, sobretudo das que vivem nas grandes cidades” Liliana considera que o . Santander Cultural “ trará para o universo de Porto Alegre um debate conectado com a vida das pessoas, possibilitando atividades paralelas. Serão ciclos de cinema, shows de música, palestras e encontros cujo foco sejam as questões abordadas nas exposições” . "Ao exercer seu papel articulador, integrador e principalmente educativo, o Santander Cultural apresenta, com o módulo Arte no Cotidiano, duas exposições em sintonia com o dia-a-dia do cidadão” , acrescenta Liliana Magalhães. “ Ampliar o acesso dos diversos segmentos do público à produção cultural contemporânea brasileira e permitir que as ações conquistem e desenvolvam afinidade crescente com a comunidade são, cada vez mais, as metas do Santander Cultural." Maria Beatriz Brandão Aguirre, diretora de Assuntos Corporativos do Grupo, lembra que “ foram investidos R$ 13 milhões no projeto de restauração da antiga sede do Santander, em Porto Alegre, com o objetivo de oferecer à população gaúcha a diversidade da produção artística nacional. A mostra Arte no Cotidiano confirma a importância desse espaço – o Santander Cultural – como pólo fomentador da cultura”. Apropriações e Coleções “Apropriar-se, colecionar, montar, justapor objetos muitas vezes prosaicos, formando outros objetos ou instalações, constitui hoje uma das principais vertentes da arte contemporânea.” Tadeu Chiarelli Reunindo obras de artistas modernos e contemporâneos das mais diversas partes do país, Apropriações e Coleções expõe a obra de artistas fundamentais para a arte brasileira, como Alberto da Veiga Guignard, Farnese de Andrade e Nelson Leirner, ao lado de novos talentos surgidos nas duas últimas décadas. A mostra traça um panorama bastante expressivo dessa vertente artística que, durante muitos anos, sublinhou a arte brasileira. Alguns desses artistas serão vistos pela primeira vez em Porto Alegre, como é o caso de Guignard, conhecido até hoje apenas como pintor e desenhista, e de Rosângela Rennó. Apesar de muito importante para uma compreensão mais global e múltipla da arte brasileira das últimas décadas, a tendência de operar com imagens e objetos já existentes ainda é pouco divulgada e
  • 2. estudada no Brasil. Os artistas ligados a essa tendência têm suas obras exibidas sem que seja enfatizada a peculiaridade mais marcante, que é justamente a apropriação dos objetos do cotidiano. Colecionando-os e rearticulando-os em situações inusitadas, esses artistas demonstram que a arte pode estar não propriamente no objeto em si, mas nas relações que estabelecem entre eles e com o espaço onde os, situam. O ineditismo da proposta de Tadeu Chiarelli está justamente no fato de expor no Santander Cultural uma mostra que, de forma não cronológica, coloque num mesmo espaço obras dos principais artistas brasileiros que até hoje trabalharam dentro dessa tendência. Artistas de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e muitos nascidos ou vivendo no Rio Grande do Sul estão presentes na exposição. Tadeu Chiarelli atuou como curador-chefe do Museu de Arte Moderna (SP) entre 1996 e 2000. Foi responsável pela reorganização do acervo da instituição, incluindo projetos de restauro, aquisições, exposições do acervo, cursos e palestras ocorridos no período. Paralelamente, desenvolveu junto ao Departamento de Artes Plásticas da ECA-USP (de 1982 a 2001) as disciplinas História da Arte no Brasil – século XIX e História da Arte no Brasil – século XX. Defendeu a dissertação de mestrado em 1989 e a de doutorado em 1996. Foi curador de grandes exposições, entre elas, Imagens da Segunda Geração (Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo), A Fotografia Contaminada (Centro Cultural São Paulo) e Tangenciando Amilcar (Santander Cultural). Como curador-chefe do MAM/SP, realizou Identidade não Identidade, Panorama da Arte Brasileira 97 e Panorama da Arte Brasileira 99. Publicou os livros Um Jeca nos Vernissages: a crítica da arte de Monteiro Lobato/1995, Leda Catunda/1998, Arte Internacional Brasileira/1999 e Arte e Não Arte/2002. É autor de vários textos de apresentação da produção de artistas brasileiros, colabora com artigos sobre arte em jornais e revistas do Brasil e do exterior e participa como jurado de salões e prêmios de artes visuais. Artistas convidados Farnese de Andrade – Araguari, MG, 1926 – (Rio de Janeiro, RJ, 1996). Aloízio Magalhães – Recife, PE, 1927 – (Pádua, Itália, 1982). Athos Bulcão – Rio de Janeiro, RJ, 1918. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Oriana Duarte – Campina Grande, PA. Vive e trabalha em Recife. Alberto da Veiga Guignard – Nova Friburgo, RJ, 1896 – (Belo Horizonte, MG, 1962). Jac Leirner – São Paulo, SP, 1961. Vive e trabalha em São Paulo. Nelson Leirner – São Paulo, SP, 1932. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Jorge de Lima – União dos Palmares, AL, 1893 – (Rio de Janeiro, RJ, 1953). Alfredo Nicolaiewsky – Porto Alegre, RS. Vive e trabalha em Porto Alegre. Rosângela Rennó – Belo Horizonte, MG, 1961. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Fabiana Rossarolla – Porto Alegre, RS. Vive e trabalha em Porto Alegre. Elida Tessler – Porto Alegre, RS. Vive e trabalha em Porto Alegre. Mabe Bethônico – Belo Horizonte, MG. Vive e trabalha em Belo Horizonte. Paulo Gaiad – Santa Catarina. Vive e trabalha em Florianópolis. Virgínia Medeiros – Bahia. Vive e trabalha em Salvador. Walmor Corrêa – Santa Catarina. Vive e trabalha em Porto Alegre. Mario Ramiro e Adriana Boff – Porto Alegre, RS. Vivem e trabalham em Porto Alegre. Objetos de Desejo O ato de colecionar objetos das mais variadas espécies é tão antigo que não se tem notícia de quando exatamente começou. Um objeto que extrapola sua função original adquire outros valores e significados. Um vaso, por exemplo, utilizado inicialmente para flores, pode ganhar pinturas e texturas que lhe conferem valor estético. A reunião desses objetos em coleções garante-lhes ainda um novo significado. Alheios à sua função original, passam a ser parte de um todo. A partir de uma pesquisa bibliográfica e de entrevistas com diversos colecionadores, foram levantadas 75 coleções dos mais raros aos mais inusitados objetos. As coleções mais significativas e que representam as principais vertentes do colecionismo estarão expostas no Santander Cultural. A reunião de objetos raros e preciosos, em que cada peça é de difícil aquisição; objetos cotidianos, populares, de mais fácil aquisição, nos quais as características estéticas não são essenciais; objetos muito preciosos, não utilitários nem populares, mas que não poderiam caracterizar-se como decorativos, e, por fim, objetos que representam figuras de animais. Essas são as vertentes usadas pela curadora Camila Duprat para a seleção das coleções expostas na mostra Objetos de Desejo. Camila Duprat assinou a curadoria de exposições como Grandes Formatos (Museu de Arte Moderna, em São Paulo), Paisagens Urbanas, Nus e Retratos, O Acervo da Pinacoteca Municipal e Artistas Ilustradores, todas no Centro Cultural São Paulo. Foi responsável pela organização de importantes exposições, entre elas Iberê Camargo – Produção Recente, em 1995; Carmela Gross, em 1997; Jazz – gravuras de Henry Matisse e Art Chicago 2001, nos Estados Unidos.
  • 3. Colecionadores e Coleções Antonio Maschio – São Paulo – lápis. Camila Duprat – São Paulo – caixas de fósforos. Cássio Vasconcellos – São Paulo – helicópteros. Coleção Particular – São Paulo – fichas de jogo. Dado Bier – Porto Alegre – dados. José Luiz Pagliari – São Paulo – baralhos antigos. Edmilson Monteiro – São Paulo – netsukes. João Brito – São Paulo – sapos. Paulo Peruzzo – Curitiba – pingüins de geladeira. Sylvie Leblanc – São Paulo – noivinhos de bolo. Manuel Dias – São Paulo – papéis de embalagem de frutas. José Carlos Freitas – São Paulo – isqueiros. Elsa Lima Gonçalves Antunha – São Paulo – cromos. Eurico Trindade Neves – Porto Alegre – soldadinhos de chumbo. Helio Wolfrid – Porto Alegre – latas de cerveja e de refrigerante, bandejas e canecas de cerveja. Vera Prates – Porto Alegre – golas. Serviço: ARTE NO COTIDIANO • Apropriações e Coleções - curadoria de Tadeu Chiarelli • Objetos do Desejo - curadoria de Camila Duprat Local : Santander Cultural Av. Sete de Setembro, 1.028 / Porto Alegre (RS) Telefones: (51) 3287 5522 www.santandercultural.com.br Período: de 30 de junho a 29 de setembro de 2002 Abertura para convidados no dia 29 de junho, às 18 horas Horário: segunda, das 12 às 20 horas terça a sábado, das 10 às 20 horas domingo, das 10 às 18 horas Entrada franca. Informações para a imprensa: (51) 3231.7680 e 9123.9020 – Bebê Baumgarten (11) 3085-0840 e 9222.7556 – Teresa Mattos Diretoria de Relações com a Imprensa Grupo Santander Banespa (11) 3249-8018 e 3249-1545 e-mail: imprensa@santander.com.br