O documento descreve a 4a Dinastia de Portugal, a Dinastia de Bragança. Começa com D. João IV, que restaurou a independência de Portugal da Espanha em 1640. Depois passa por seus sucessores D. Afonso VI, D. Pedro II, D. João V, D. José I, D. Maria I, D. João VI, D. Pedro IV, D. Miguel I, D. Maria II, D. Pedro V, D. Luís I, D. Carlos I e finaliza com D. Manuel II, que assumiu o trono após o regicí
2. 4ª Dinastia
D. João IV nasceu em Vila Viçosa a 19 de março
de 1604 e faleceu a 6 de novembro de 1656 .
Foi escolhido pelos obreiros da Restauração
para rei de Portugal. 1 de dezembro de 1640 foi
a data da restauração da independência de
Portugal face ao reino de Espanha. Terminava
assim a dinastia filipina, que durante 60 anos
governara Portugal. Em 1641 verificaram-se os
primeiros confrontos, saldando-se por uma
vitória do exército português na Batalha do
Montijo e uma tentativa fracassada dos
espanhóis no cerco de Elvas. Quando faleceu
deixou o reino política e militarmente
organizado, entregue à regência de D. Luísa de
Gusmão, a rainha.
1640-1656
D. João IV
O Restaurador
3. 4ª Dinastia
Quando D. João IV faleceu, o herdeiro do trono – D. Afonso –
tinha apenas treze anos pelo que sua mãe, D. Luísa de Gusmão,
assumiu a regência do reino.
D. Afonso VI sofria de diminuições físicas e mentais que o
tornavam incapaz de governar. Perante a sua incapacidade
governativa, a regente convocou um Conselho de Estado, no
qual afastou Afonso VI e fez jurar D. Pedro, irmão de D. Afonso
VI, como herdeiro do trono. Contudo, esta tentativa não
resultou, uma vez que Luís de Vasconcelos e Sousa, conde de
Castelo Melhor, em nome de D. Afonso VI, preparou o
afastamento forçado da regente para um convento. Neste
período conseguiu-se a vitória na guerra com a Espanha, o que
valeu ao rei o cognome de "o Vitorioso".
A 27 de junho de 1666, depois de várias tentativas de casamento
falhadas, casou por procuração com D. Maria Francisca Isabel de
Saboia. A nova rainha ligou-se ao partido de D. Pedro e afastou o
conde da corte. A 23 de novembro de 1667, D. Afonso VI
abdicou do poder em favor do irmão. A 24 de março de 1668, o
seu casamento foi anulado e o rei desterrado para Angra do
Heroísmo. Em 1674, regressou ao Reino e foi fechado no Palácio
de Sintra, onde faleceu a 12 de agosto de 1683.
1656-1683
D. Afonso IV
O Vitorioso
4. 4ª Dinastia
D. Pedro nasceu a 26 de abril de 1648 e faleceu a
9 de dezembro de 1706.
Em 1662, chegou a ser declarado herdeiro do
trono pela regente D. Luísa de Gusmão, mas o
conde de Castelo Melhor contrariou essa iniciativa
ao afastar a regente para sempre da vida política.
Porém, em 1667, a rainha D. Maria Francisca
Isabel afastou o conde da corte e aderiu ao
partido de D. Pedro. Através de golpe palaciano,
D. Pedro conseguiu obrigar o irmão a abdicar do
poder em seu nome. Só foi aclamado rei depois
da morte de Afonso VI, em 1683.
Em 1668 assinou a paz com a Espanha, o que lhe
valeu o cognome de "o Pacífico". Durante a sua
governação foi assinado o Tratado de Methuen,
tratado comercial entre Portugal e a Inglaterra.
1683-1706
D. Pedro II
O Pacífico
5. 4ª Dinastia
O reinado de D. João V foi um dos mais
longos da História portuguesa.
Ficou conhecido por "o Magnânimo” devido
às grandes obras que promoveu no campo da
arte, da literatura e da ciência. Na cultura
merecem referência especial a Real Academia
Portuguesa de História, fundada em 1722, e a
introdução da ópera italiana, em 1731.
O Palácio-Convento de Mafra, mandado
construir como forma de agradecer o
nascimento do seu primeiro filho varão, e o
Aqueduto das Águas Livres são dois exemplos
de obras públicas de grande imponência.
1706-1750
D. João V
O Magnânimo
6. 4ª Dinastia
D. José nasceu a 6 de junho de 1714 e
faleceu a 24 de fevereiro de 1777.
Foi seu primeiro-ministro Sebastião José de
Carvalho e Melo, o marquês de Pombal.
O seu reinado foi marcado pelo terramoto de
1755, que destruiu a baixa de Lisboa.
D. José foi um grande reformador: a ele se
deve o fim da escravatura em Portugal
continental. Concedeu também a liberdade
aos índios do Brasil, acabou com a distinção
entre cristãos-novos e cristãos-velhos.
1750-1777
D. José I
O Reformador
7. 4ª Dinastia
Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana
nasceu em Lisboa a 17 de dezembro de 1734 e faleceu no
Brasil em 1816.
Casou com o seu tio, D. Pedro, em 1760 e subiu ao trono
português em 1777, vindo a reinar até ao ano de 1816.
Os seus fortes sentimentos religiosos valeram-lhe o cognome
de "a Piedosa". Mandou libertar os presos políticos e afastou
do governo o marquês de Pombal. A ela se deve a criação da
Academia Real das Ciências de Lisboa e da Casa Pia de Lisboa.
Mandou construir a Basílica da Estrela e o Teatro de S. Carlos,
em Lisboa, e o Hospital de Santo António e o Teatro de S. João
no Porto. Ordenou também intervenções importantes no
Palácio de Queluz e outros edifícios.
A partir de 1799, devido ao facto de D. Maria sofrer de doença
mental, o príncipe herdeiro D. João torna-se regente do reino.
Em 1807, a quando das invasões francesas, D. Maria embarca,
juntamente com toda a família real, para o Brasil.
1777- 1816
D. Maria I
A Piedosa
8. 4ª Dinastia
Rei de Portugal de 1816 a 1826, D. João VI
nasceu em 1767. Casou em 1785 com D. Carlota
Joaquina, filha de Carlos IV de Espanha.
Embora já fosse o responsável pelos negócios do
reino desde 1792, altura em que se começou a
manifestar a doença da D. Maria, só assumiu a
regência em 1799.
Em 1807, juntamente com a família régia,
embarcou para o Brasil, onde após a morte da
mãe foi aclamado rei.
Em 1820 deu-se a revolução liberal em Portugal
tendo o rei regressado a Portugal em 1821, onde
jurou a Constituição liberal. Em 1822, por
iniciativa de D. Pedro, seu filho, foi proclamada a
independência do Brasil.
D. João VI faleceu em 1826, deixando o governo
entregue à regência da infanta D. Isabel Maria
em nome de D. Pedro IV, imperador do Brasil.
1816-1826
D. João VI
O Clemente
9. 4ª Dinastia
Monarca português, segundo filho varão de D. João VI e de D.
Carlota Joaquina, nasceu em Queluz em 12 de outubro de
1798, onde faleceu em 24 de setembro de 1834.
Na sequência da primeira invasão francesa, embarcou com a
restante família real para o Brasil em 1807.
Acabaria por se tornar o primeiro imperador do Brasil após
“O Grito do Ipiranga” onde aclama a independência do Brasil,
em 1822.
Após a morte de D. João VI em 1826 e em cumprimento de
determinações suas, D. Isabel Maria assume a regência do
reino e designa D. Pedro rei de Portugal. D. Pedro abdica a
favor de sua filha D. Maria da Glória .
Em Portugal, D. Miguel torna-se senhor de um trono
absolutista e é então que D. Pedro decide partir para a
Europa com a sua filha, D. Maria II, rainha em título, por
quem os liberais expatriados por D. Miguel se batiam. D.
Pedro decide pôr-se à frente da causa liberal. Dá-se início a
uma guerra civil que se prolongaria até maio de 1834. quando
D. Miguel é expulso do país. As Cortes de agosto de 1834
confirmam a regência de D. Pedro, que morre no mês
seguinte, a 24 de setembro, quatro dias após o início do
reinado de D. Maria II.
1816-1828
D. Pedro IV
O Libertador
10. 4ª Dinastia
Nasceu em Queluz, a 26 de outubro de 1802. Foi o vigésimo
nono rei de Portugal (1828-1834) e ficou conhecido pelos
cognomes “o Usurpador” e “o Absolutista”.
Na sequência da primeira invasão francesa, embarcou, em
1807, com a família real para o Brasil, de onde regressou
acompanhado dos pais em 1821, tendo ficado o seu irmão
D. Pedro a governar o Brasil.
Aquando da morte de D. João VI, em 10 de março de 1826,
D. Miguel aceita casar com D. Isabel Maria e tornar-se
regente do reino.
Numa tentativa de conciliação, D. Pedro IV abdica do trono
português a favor de sua filha D. Maria da Glória.
Ao instituir um estado absolutista, perseguindo os liberais
não cumpre o acordo que havia feito com D. Pedro.
A sua ação acabaria por dar início a uma guerra civil que se
prolongaria por dois anos (1832-1834) e que levaria ao
trono D. Maria II.
No dia 1 de junho de 1834, D. Miguel deixa definitivamente
Portugal, seguindo para Itália. Acaba por se fixar na
Alemanha, onde veio a falecer a 14 de novembro de 1866.
1828-1834
D. Miguel
O Absolutista
11. 4ª Dinastia
D. Maria II nasceu no Rio de janeiro a 4 de abril de 1819 e
morreu em Lisboa, em 15 de novembro de 1853.
Contava apenas dois anos quando o Brasil se tornou
independente e seu pai, D. Pedro, foi proclamado imperador
do Brasil. Em 1826, D. João VI morreu e D. Pedro torna-se rei
de Portugal. Contudo, sendo imperador do Brasil, D. Pedro
abdicaria da Coroa a favor de D. Maria.
D. Miguel quando regressa ao reino, em 1828, acaba por
fazer-se aclamar rei absoluto o que acabará por conduzir o país
a uma Guerra Civil que termina com a derrota de D. Miguel.
Em 1834, ano também da morte de seu pai, D. Maria é
proclamada rainha e encontra um país destroçado pelas
invasões francesas e pela guerra civil, enfrentando uma grave
crise financeira, e vê-se no centro das lutas entre cartistas e
vintistas.
D. Maria II reinou num dos períodos particularmente mais
difíceis da História de Portugal.
1834-1853
D. Maria II
A Educadora
12. 4ª Dinastia
Nasceu em Lisboa em 16 de setembro de 1837 e aí
também morreu em 11 de novembro de 1861,
contando pouco mais de vinte e quatro anos.
Trigésimo primeiro rei de Portugal, ficou conhecido
pelo cognome de "o Esperançoso".
Sucede ao trono de Portugal, pelo falecimento de
sua mãe, que morre com apenas 34 anos de idade,
em 15 de novembro de 1853. Durante a regência
do pai viaja pela Europa com o irmão D. Luís.
Em 16 de setembro de 1855, ao completar 18 anos,
é aclamado rei. O seu reinado caracterizou-se por
alguma estabilidade política, tendo o monarca
procurado desenvolver o país designadamente
pela introdução do caminho de ferro, do sistema
métrico, as estradas, etc.
1853-1861
D. Pedro V
O Esperançoso
13. 4ª Dinastia
D. Luís assumiu o trono a 14 de outubro de
1861, por morte de seu irmão D. Pedro V.
Foi um homem tolerante e de profunda
instrução e cultura.
O seu reinado caracterizou-se por uma
forte implantação do republicanismo.
1861-1889
D. Luís I
O Popular
14. 4ª Dinastia
D. Carlos nasceu em Lisboa a 28 de setembro de 1863 e aí morreu
assassinado no dia 1 de fevereiro de 1908.
O seu reinado ficou marcado por acontecimentos que fomentaram
o espírito republicano e determinaram o descrédito crescente do
regime monárquico.
O primeiro acontecimento ocorreu logo em 1890: o ultimato
inglês, motivado pelo "Mapa cor-de-rosa" (1886) que punha em
causa as pretensões do imperialismo britânico. Portugal foi
obrigado a abandonar os territórios africanos em questão, o que
constituiu uma humilhante derrota para a diplomacia portuguesa e
para o país. Este ambiente foi aproveitado pelos republicanos.
No Porto, estala uma revolta que acabaria por fracassar mas que
proclamaria a República pela primeira vez na História portuguesa
(a 31 de janeiro de 1891).
Em maio de 1906, D. Carlos chama João Franco a formar Governo,
o qual, contrariando promessas feita, dá início a uma ditadura. A
ditadura de João Franco desencadeou uma onda de protestos.
Em 1 de fevereiro de 1908, chegava a família real portuguesa a
Lisboa vinda de Vila Viçosa, quando se deu o regicídio, no qual
morreram D. Carlos e o seu filho D. Luís Filipe, o herdeiro do trono.
1889-1908
D. Carlos
O Diplomata
15. 4ª Dinastia
D. Manuel II nasceu em Lisboa, em 19 de
março de 1889, e morreu em Twickenham,
Inglaterra, em 2 de julho de 1932. Após o
Regicídio que vitimou seu pai e seu irmão mais
velho, D. Manuel tornou-se rei de Portugal.
A 3 de outubro rebenta uma insurreição
republicana em Lisboa que viria a triunfar no
dia 5 de outubro. Em consequência, o último
monarca português saiu do Palácio das
Necessidades, foi para Mafra e daí para a
Ericeira, onde embarcaria para o exílio em
Inglaterra.
Terminava assim a dinastia de Bragança.
1908-1910
D. Manuel II
O Patriota