O documento discute a certificação energética e qualidade do ar interior em edifícios. Apresenta o Plano Nacional para a Eficiência Energética com seus programas e medidas, e discute a necessidade de equilibrar a eficiência energética com a qualidade do ar interior para a saúde humana. Também cobre a metodologia para auditorias da qualidade do ar interior e planos de ação corretiva.
1. Certificação Energética e da Qualidade do
Ar Interior em Edifícios - Medidas de
Melhoria do Desempenho
Dília Jardim
3 de Dezembro de 2009
WORKSHOP
PLANO NACIONAL PARA A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
OPERACIONALIDADE, INCENTIVOS E OPORTUNIDADES
2. Plano Nacional para a Eficiência Energética
Principais medidas e objectivos
Programas Medidas
1 - Programa Renove Carro
2 - Programa Mobilidade Urbana
3 - Sistema Eficiência Energética Transportes
4 - Programa Renove Casa & Escritório
Programa de incentivo à reabilitação urbana sustentável,
com o objectivo de ter 1 em cada 15 lares com classe
5 - Sistema de Eficiência Energética
energética optimizada (superior ou igual a B-)
nos Edifícios Benefícios no licenciamento à construção eficiente
(majoração da área de construção)
6 - Renováveis na Hora e programa Solar
7 - Sistema Eficiência Energética na Indústria
Certificação energética de todos os edifícios do Estado
8 - Programa E3: Eficiência Energética 20% dos edifícios do Estado com classe igual ou
no Estado
superior a B-
9 - Programa Mais
10 - Operação E
11 - Fiscalidade Verde
12 - Fundo de Eficiência Energética
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
3. Articulação QAI / eficiência energética
Construção
Sustentável
Qualidade
Eficiência
Ar Interior
Energética
emissão de consumo de energia
poluentes
atmosféricos utilização de
emissão de gases combustíveis Fósseis
de efeito estufa
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
4. Articulação QAI / eficiência energética
• A redução do consumo energético nos edifícios pode trazer
benefícios económicos importantes, mas pode igualmente
causar efeitos negativos na QAI
• EX. A diminuição da taxa de renovação gera maior eficiência
energética mas diminui a diluição/ventilação dos poluentes
• Pode-se gerar um conflito entre os objectivos de racionalização
do consumo energético, e a manutenção de um ambiente
saudável no interior dos edifícios
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
5. Edifícios versus QAI – Complexidade de fontes
AR EXTERIOR
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO,
DECORAÇÃO, MOBILIÁIO E
EQUIPAMENTOS
SISTEMAS AVAC, MANUTENÇÃO,
LIMPEZA
FONTES INTERNAS RELACIONADAS
COM O USO/ OCUPAÇÃO
SOLO (ATERROS,
ZONAS GRANÍTICAS)
PARÂMETROS DE
CONFORTO
BOA Q.A.I.
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
6. Edifícios versus QAI – Exposição aos poluentes
Funções do edifício Tempos de exposição
Hospitais
Restauração Centros de saúde
Bares Lares
Superfícies Escolas/
comerciais Creches
Centros de dia
Escritórios
Serviços
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
8. O Papel da Agência Portuguesa do Ambiente
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
9. Auditoria QAI / Metodologias QAI
Nota Técnica NT-SCE-02, 2009
• Harmonização de procedimentos na realização de
auditorias, a efectuar pelo Perito Qualificado, e na
elaboração de PAC-QAI da responsabilidade do
proprietário do edifício;
• Complemento metodológico ao RSECE;
• Compromisso entre rigor técnico e a necessidade de
resposta ao SCE
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
10. Metodologias QAI
Nota Técnica NT-SCE-02, 2009
Avaliação das
condições
Preparação e higiénicas e da
Planeamento capacidade de
da Auditoria à filtragem do
QAI AVAC
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
11. Planos de Acções Correctivas de QAI
• Corrigir situações resultantes de
incumprimento regulamentar baseado na
Objectivo excedência das concentrações máximas de
referência de poluentes no interior dos
edifícios.
• fonte (reduzir contaminantes identificados) - actividades,
materiais, equipamentos, taxas de ocupação
• Ventilação (subdimensionamento AVAC/ transporte de
contaminantes) – diluição, controlo de pressão,
Tipos de distribuição do ar
Intervenções • Limpeza –(combinada com controlo na fonte ou
ventilação, excepto se contaminação exterior) –
equipamentos limpeza do ar
• Controlo da exposição (gestão de actividades) – ocupação,
actividades
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
12. Planos de Acções Correctivas de QAI
Exemplo 1: Ventilação
Identificação do problema de QAI: Elevada concentração
de CO2, indicadora de insuficiente taxa de Ventilação.
Medidas correctivas: Aumentar a proporção de ar exterior
no ar de insuflação / Melhorar a distribuição de ar.
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
13. Planos de Acções Correctivas de QAI
Exemplo 2: Limpeza do ar
Identificação do problema de QAI: Elevada concentração
de PM10, devido a contaminação do exterior.
Medidas correctivas: Utilizar filtros adequados para a
dimensão das partículas (ter em conta o efeito de redução
de pressão no sistema de climatização).
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
14. Planos de Acções Correctivas de QAI
Auditoria
QAI
Cumprimento requisitos QAI? Sim
Não
Proprietário
Aprovação (APA)
elabora PAC-
QAI
Implementação
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
15. Certificado
A A+
B- B
C
D
E
F
G 2. Qualidade do Ar Interior (QAI)
O presente imóvel cumpre com os requisitos aplicáveis estabelecidos no D.L. 79/2006 de 4 de Abril relativamente à
qualidade do ar interior. Conforme aplicáveis, esses requisitos visam, através da verificação das condições de projecto
ou da realização de auditorias periódicas, assegurar que o edifício ou fracção autónoma dispõe de condições
adequadas para que as concentrações de poluentes no ar interior sejam inferiores às concentração máximas de
referência, salvaguardando assim a saúde dos seus ocupantes.
O presente imóvel foi sujeito a uma auditoria à qualidade do ar interior onde foram detectados valores de concentração
de um ou mais poluentes acima do respectivo valor máximo de referência definido no Anexo VII do D.L. 79/2006 de 4
de Abril, pelo que, conforme previsto no referido Decreto-Lei, o edifício ou fracção autónoma está sujeito a um Plano de
Acções Correctivas da QAI a implementar pelo proprietário.
EDIFÍCIO OU FRACÇÃO SUJEITO A UM PLANO DE ACÇÕES CORRECTIVAS DA QAI
A CONCLUIR ATÉ
O Plano de Acções Correctivas da Qualidade do Ar Interior (PACQAI) é um conjunto de medidas destinadas a atingir, dentro de um edifício ou fracção
autónoma, concentrações de poluentes abaixo das concentrações máximas de referência previstos no RSECE, por forma a garantir a higiene do espaço em
causa e a salvaguardar a saúde dos seus ocupantes. A elaboração do PACQAI é responsabilidade do proprietário no momento da auditoria, tendo sido
aprovado pelo Instituto do Ambiente. É da responsabilidade do proprietário a implementação do plano até ao prazo indicado, bem como a posterior
demonstração, mediante nova auditoria no prazo de 30 dias, que o edifício ou fracção autónoma passou a cumprir com as concentrações máximas de
referência. Consulte o PACQAI para mais informações sobre as medidas previstas, custos envolvidos e resultados esperados.
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
17. Conclusões
• A nível da edificação, o sucesso deste regulamento depende da
sua correcta aplicação na fase de projecto e de
licenciamento, tanto na sua vertente de QAI, como na vertente
energética.
• Devem ser valorizados os edifícios que respondam,
simultaneamente, aos desafios actuais de poupança e
eficiência energética e à garantia de um saudável ar
interior, quer através do seu design, quer na sua concepção
através da utilização de materiais ecologicamente limpos.
• A solução engloba o cumprimento de requisitos de
QAI nas melhores condições de eficiência energética
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009
18. Muito obrigada pela vossa atenção.
Agência Portuguesa do Ambiente (APA)
www.apambiente.pt
geral@apambiente.pt
Dília Jardim 3 de Dezembro de 2009