Livraria Ler.com.gosto apresenta catálogo 43

[ESPAÇO ALFARRABISTA | ler.com.gosto | PONTE DE LIMA]
livraria.ler.com.gosto@gmail.com | 917925655 | 969888567| Urbª. Quinta da Guia | Loja n.º1 – Ponte de Lima
Porque é o bom leitor que faz o bom
livro… Porque é o bom leitor que faz o
bom livro…Porque é o bom leitor que
faz o bom livro…Porque é o bom leitor
que faz o bom livro…Porque é o bom
leitor que faz o bom livro…Porque é o
bom leitor que faz o bom livro…
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que faz o bom livro… Porque é o bom
leitor que faz o bom livro… Porque é o
bom leitor que faz o bom livro…
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CATÁLOGO Nº 43
livraria alfarrabista ler.com.gosto
Compramos livros & manuscritos
Novembro de 2016

LIVRARIA LER.COM.GOSTO
(porque é o bom leitor que faz o bom livro)
Prezados leitores e amigos temos a honra de apresentar mais um catálogo de livros raros,
curiosos ou simplesmente esgotados.
Todos os livros poderão ser alvo da Vossa análise no nosso novo espaço situado na Urbanização
da Quinta da Guia – Loja Nº1 em Ponte de Lima.
O espaço ler.com.gosto situado ao lado do Hotel SPA Límia, na Vila de Ponte de Lima está aberto
aos sábados das 14H00 às 19H00. Neste espaço poderá encontrar novos títulos, novos temas e
um local privilegiado de intimidade com os livros.
*******************
As encomendas poderão ser efetuadas no nosso espaço, por email através do endereço
livraria.ler.com.gosto@gmail.com ou através dos nossos contactos telefónicos: 969888567 e
917925655.
Os livros encomendados serão enviados pelos correios. Ao preço apresentado acresce o dos
respetivos portes de envio. Poderão também ser levantados presencialmente nas nossas
instalações.
Todos os livros encontram-se em bom estado de conservação. É sempre mencionado junto da
descrição do mesmo se o houver alguma imperfeição relevante.
Por razões meramente técnicas as reproduções dos frontispícios e das capas de brochura
podem não corresponder inteiramente às dimensões ou ao estado de conservação dos
exemplares anunciados.
Os preços dos lotes são os que constam no catálogo, são rigorosamente fixos, têm uma validade
de 180 dias e dizem exclusivamente respeito aos exemplares descritos, não sendo por isso
válidos para qualquer outro exemplar.
Todos os livros podem ser devolvidos por qualquer razão dentro de um prazo razoável.
Caso deseje informação adicional sobre as obras apresentadas poderá solicitar através do email
já referido ou para os contactos referidos.
Torne-se nosso fã no facebook e saiba todas as novidades em 1ª mão:
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1. [conjunto de 2 títulos]
SARMENTO, Francisco Jesus Maria (1792)
Horas Marianas ou Officio Menor da Ss.
Virgem Maria Nossa Senhora, Instituido,
Reformado, E Approvado Pela Santa Igreja E
Exposto No Idioma Portuguez para efpiritual confolação dos que ignorão a Lingua Latina: Pelo
Padre Fr. Francisco de Jesus Maria Sarmento Ex-Geral da nova Congregação da Sagrada Ordem
Terceira. Lisboa. Na Regia Officina Typografica. M.DCC.LXXXVII. E.
Formulario de Orações, e Devoções, Com Algumas
Instrucções Previas Para Exercicios De Piedade Por
Fr. Francisco de Jesus Maria Sarmento Ex-Geral da
nova Congregação da Sagrada Ordem Terceira, &c.
Lisboa: Na Regia Officina Typografica.
M.DCC.LXXXVII. E
2 volumes em 1. De 13x7 cm. Com (XXIV)-310-(II)-295-(III) Págs.
Obra antecedida por um calendário das efemérides da Igreja Católica. A segunda obra não
consta em Inocêncio e inclui o Oficio e a Missa de Defuntos. Inocêncio II, 396.
Encadernação da época inteira de pele, adornada de artísticos ferros gravados nas pastas e
lombada. Obras Ilustradas com belíssimas gravuras extra-texto abertas em chapa de cobre.
[encadernação com pequena imperfeição na zona de ligação pasta/lombada]
26€
2. RAMOS, J. e DEROUET Luís (1908) Album Republicano. Volume I. Lisboa: Typ.
Adolpho de Mendonça. De 25x18 cm. Com [119] f. [inumerado]. Ilustrado.
Encadernado.
Obra de propaganda, este álbum de dezenas de retratos e biografias dos
principais activistas (e alguns jornais) republicanos foi publicado em fascículos
trimensais a partir de 1907. O exemplar presente constitui uma colecção dos fascículos relativos
ao 1.º vol. (de que não terá havido 2.º).
Edição muito cuidada, impressa em bom papel alvo, ilustrada com retratos de fina apresentação.
Encadernação dos editores em percalina [com defeitos: lombada descolorada; pastas com
manchas]
Espécie rara, que é ainda hoje, fonte icono-biográfica de grande utilidade.
18€

3. ALMEIDA, Nicolau Tolentino de (1861) Obras Completas de… com
alguns inéditos. Lisboa: Editores – Castro, Irmão & C.ª, 1861. 1.ª Edição.
De 21x14 cm. Com 388 págs. + 34 folhas em extra-texto + LXXXVI págs.
+ X págs. Profusamente ilustrado. Encadernado.
Do Prefácio do poeta Alexandre O’Neill para a edição de 1968 «[...]
[Tolentino] soube preservar, no meio das insignificâncias dum
quotidiano sem relevo, uma visão implacável e irónica da sociedade do seu
tempo. Objectar-se-á que ele fez uma crítica movida de cima para baixo, uma
crítica de galarim para a plateia, mas Honoré (de) Balzac – e abstraímos da
salvação das devidas proporções – que teria feito? Se o ponto de vista donde
a visão procede é importante, a objectividade da visão não o é menos. [...]»
A obra termina com um estudo notável de José Torres – «Ensaio Biographico-Critico Acerca de
Nicolau Tolentino de Almeida».
Esta edição ilustrada mostra-nos a obra-prima do desenhador-gravador Nogueira da Silva, o
pioneiro da introdução da gravura de madeira em Portugal. A colaboração artística inclui as 34
ilustrações impressas em folhas à parte e várias dezenas de vinhetas humorísticas ao longo do
texto.
Modesta encadernação meia francesa com lombada em pele e pastas cartonadas; exemplar só
muito levemente aparado. [frontispício escurecido e com título de posse do ilustre arqueólogo
visiense Dr. José Coelho; miolo com ocasionais manchas de acidez, mais acentuadas em algumas
páginas]
23€
4. AL BERTO (2007) Dispersos. Lisboa: Assírio & Alvim. 1ª Edição. De 20x13 cm.
Com 105 págs. Brochado.
«Reúnem-se neste volume textos dispersos publicados por Al Berto, sem que
tivesse sido nossa intenção proceder a uma recolha exaustiva.
Preferimos, na medida do possível, tentar que a selecção de textos obedecesse
a um grau de exigência semelhante àquele que o Autor sempre demonstrou nos seus livros, e
de que é exemplo o critério por ele adoptado em "O Anjo Mudo".» (Luís Manuel Gaspar e
Manuel de Freitas).
10€

5. MENDIVE, José [1887] Institutiones philosophiae scholasticae ad
mentem divi Thomae ac Suarezii. Cosmologia. Vallisoleti : Viduae de
Cuesta et fil. De 20x14 cm. Com 264, [4] págs. E.
MENDIVE, José [1887] Institutiones philosophiae scholasticae ad
mentem divi Thomae ac Suarezii. Psychologia. Vallisoleti : Viduae de
Cuesta et fil. De 20x14 cm. Com 311, [3] págs. E.
“José Mendive, S. J. (1836-1906), autor neoescolástico, suareciano, publicó, entre otras
obras, La religión católica vindicada de las imposturas racionalistas (Madrid 1883), réplica a
Conflict of science and religión, de W. Draper (Nueva York 1875), traducida al castellano;
Institutiones philosophiae scholasticae. El fondo y el estilo es notablemente arcaizante”.
Dois tomos encadernados num só volume, em inteira de pele marmoreada, com rótulo
encarnado na lombada gravado com dizeres dourados. [encadernação com pequenas
esfoladelas; miolo muito limpo e seco]
12€
6. SANCEAU, Elaine (1957) Casos e Curiosidades. Porto: Livraria Civilização
Editora. 1ª Edição. De 15x22 cm. Com 261-IX págs. Ilustrado. Encadernado.
[título de posse na folha de anterrosto]
Primeira edição de «Casos e Curiosidades da História de Portugal»,
ilustrados com reproduções dezenas de gravuras antigas.
Encerra capítulos de muito interesse dos quais destacámos: «A Viagem da Imperatriz (D.
Leonor)»; «Um amigo de D. João II (D. Diogo d’Almeida – Monteiro-Mor)»; «Um escândalo
(amoroso) na corte de D. João III [o filho do Barão de Alvito]»; «As escravas da Senhora condessa
[de Borba]; A constância de um cristão novo (Francisco Rodrigues Jibre); «Dois pecados
mortais». Viagens e Descrições: «Ormuz, a chave e o anel»; «A navegação espantosa de Diogo
de Botelho»; «A odisseia de Gregória da Quadra». [sobre] Fauna Exótica: «Monstros do
abismo»; «A bichara de D. Manuel». [acerca de] Embaixadores e Enviados: «Fernão Gomes de
Lemos na Pérsia»; «Tomé Pires na China»; «Cristóvão de Figueiredo no reino de Bisnaga»;
«Visitantes exóticos». [e ainda sobre] Degredados: «O primeiro exilado de Santa Helena: O
degredado João Machado». [por fim] O Elemento Feminino: «As órfãs de El-Rei»; «Os heróis e
a marmelada»; «Um romance de bordo quinhentista»; «A primeira Senhora Governadora»; […]
Encadernação do editor em material sintético com dizeres dourados estampados na lombada;
preserva as capas de brochura; só muito levemente aparado à cabeça.
13€

7. SANCEAU, Elaine (1961) Castelos em África. Porto: Livraria Civilização. 1ª
Edição. De 21x12 cm. Com 440 págs. Ilustrado. Encadernado. [título de
posse na folha de anterrosto]
Primeira edição, ilustrada sobre papel couché com dezenas de gravuras
reproduzindo belíssimas imagens de castelos portugueses erigidos em
terras de África.
“Baseada nas melhores fontes diretas a autora apresenta neste livro, uma narrativa, cheia de
movimento, da nossa presença nas praças do Norte de África, desde a conquista de Ceuta até
ao desastre de Alcácer-Quibir. Em maneira simples e sugestiva, conta-se o dia-a-dia nas
fortalezas, os episódios, ora trágicos ora jocosos da vida das guarnições dentro dos muros e fora
deles. Uma cronologia, uma bibliografia e circunstanciados índices alfabéticos completam a
presente obra”. Almeida Langhans
13€
8. SANCEAU, Elaine (1956) Capitães do Brasil: 1500-1572. Porto: Livraria
Civilização. 1ª Edição. De 22x16 cm. Com 440 págs. Ilustrado.
Encadernado. [título de posse na folha de anterrosto]
Primeira edição, ilustrada a cores, com reprodução de cartografia da
época. Tradução do inglês por Álvaro Dória, resista pela autora.
“Livro escrito originalmente em inglês, introduz o leitor nas primeiras décadas da História
do Brasil. As lutas, as dificuldades, as incertezas e as esperanças dos primeiros povoadores de
do Brasil são expostas de modo fascinante, revelando uma realidade que ultrapassa muito o
âmbito da legenda. Na atual quadra histórica, em que tantos autores, ainda influenciados pelos
modismos ideológicos do século passado, se empenham em desvirtuar a nossa História,
incutindo nos brasileiros vergonha de suas origens e até mesmo de sua nacionalidade, é muito
oportuna a leitura de Capitães do Brasil”.
10€
9. CABRAL, Filomena (1986) Um Homem de Sonho. Play It, Sam. Lisboa: Edições Rolim. 1ª Edição.
De 20x13 cm. Com 30 págs. Ilustrado. Brochado.
Primeira edição, inserida na colecção «A Hora do Lobo», com ilustrações de Pedro Morais.
4€

10. SANCEAU, Elaine (1956) Em Demanda do Preste João. Porto: Livraria
Civilização. De 22x16 cm. Com 330, [2] págs. Ilustrado. Encadernado.
[título de posse na folha de anterrosto]
Preste João lendário soberano cristão do Oriente que detinha funções de
patriarca e rei, correspondendo, na verdade, ao Imperador da Etiópia. O
reino de Preste João foi objecto de uma busca que instigou a imaginação de gerações de
aventureiros, mas que sempre permaneceu fora de seu alcance. No seu reino condensam-se o
reino cristão-monofisita da Abissínia e os cristãos nestorianos da Ásia Central. Em 1487, D. João
II envia Afonso de Paiva para investigar a localização do mítico reino na tentativa de torná-lo
aliado numa possível expedição para a Índia, em fase de planeamento. Embora tenha morrido
antes de comunicar o relatório, Pêro da Covilhã — que o tinha acompanhado até se separarem
e este ir fazer um reconhecimento da Índia — iria mais tarde completar a sua missão. Foram os
relatos de Pêro da Covilhã a Francisco Álvares que permitiram saber muito da história que este
último descreve no seu livro Verdadeira Informação das Terras do Preste João das Índias.
Trata-se da 3ª edição com notas da Autora para esta edição, traduzida pelo Dr. José Francisco
dos Santos e ilustrada em folhas à parte com reprodução de mapas, desenhos, retratos e
fronstipícios de livros.
10€
11. SANCEAU, Elaine (1958) O Caminho da Índia. Porto: Livraria Civilização. De
22x16 cm. Com 290, [2] págs. Ilustrado. Encadernado. [título de posse na
folha de anterrosto]
“Eis o que torna tão interessante esta viagem, independentemente do seu
mérito de grande feito de navegação. Vasco da Gama foi o primeiro
embaixador ocidental dos tempos modernos a aparecer diante de um trono Hindu.
Portanto a sua viagem pode considerar-se o início de uma época, não só do ponto de vista
náutico e geográfico, mas também do político. Os pormenores desta aventura extraordinária
são uma história que vale a pena contar”.
Edição ilustrada em folhas à parte com reprodução de mapas, cartas, desenhos e retratos.
9€

12. SANCEAU, Elaine (1959) D. João II. Tradução do inglês de. António Álvaro
Dória revista pela Autora. Porto: Livraria Civilização. De 22x16 cm. Com
468, [2] págs. Ilustrado. Encadernado. [título de posse na folha de
anterrosto]
Este trabalho é um estudo biográfico cheio de interesse de um rei que
“não foi o povo que, pela primeira vez, lhe chamou o «Príncipe Perfeito». Por estranho
que pareça esse título veio de Castela, mais de um século depois. Lope de Veja, impressionado
pelas brilhantes qualidades de D. João II, enquadrou-as num auto que chamou El Principe
Perfecto. Para os grandes exilados políticos do reinado de D. João, o rei era o tirano e o vingador;
mas a figura mais brilhante de todos eles, o cardeal, pode ainda admirar o homem, por receio
do qual emigrara. Quando lhe chegou a Roma a notícia da morte de D. João, comentou: «Morreu
o melhor rei do mundo, filho do melhor dos homens!»”.
Edição ilustrada em folhas à parte com reprodução de mapas, desenhos e retratos.
preserva as capas de brochura; só muito levemente aparado à cabeça. [lombada com ligeira
imperfeição editorial]
10€
13. CAMACHO, Brito (1924) Os Amores de Latino Coelho. Lisboa:
Livraria Editora Guimarães & C.ª. 1ª Edição. Com 260 págs. De
18x11,5 cm. Encadernado.
Em Latino Coelho o "amor não foi uma tragédia, mas uma
comédia", segundo Manuel de Brito Camacho. Pertencendo
ao ministério dos "solteirões incorrigíveis" - Sá da Bandeira (Presidência e Guerra); Bispo de
Viseu (Reino); António Pequito de Seixas Andrade (Justiça); Carlos Bento (Fazenda e Interior dos
Estrangeiros); Sebastião Lopes de Calheiros e Menezes (Obras Públicas) e José Maria Latino
Coelho (Marinha) - acabou por falecer celibatário. Porém, amou, mas cerimoniosamente, um
namoro cheio de pragmáticas e atenções de protocolo. Foi a estes namoros protocolares de
Latino Coelho que o autor se dedicou nesta excelente monografia.
Belíssima encadernação, da prestigiada oficina de encadernação portuense «Fersil», meia
inglesa em pele com dizeres dourados na lombada e fio a ouro nas pastas; preserva as capas de
brochura; só levemente aparado.
15€

14. CASTELO-BRANCO, Fernando (1989) A Expansão Portuguesa e a
Culinária. Lisboa: Edição da Petrogal. De 29x23 cm. Com 105, [6] págs.
Ilustrado. Encadernado.
Propõem-se o autor a “estudar o reflexo dos descobrimentos e da
expansão realizada pelos portugueses, nos séculos XV e XVI, na sua
alimentação e na sua culinária, e também nas dos povos que sofreram influência desse processo
histórico, (…)”
Edição executada com elevado apuro gráfico, magnificamente ilustrada a cores com fotografias
de Júlio Marques e ilustrações de Luís Osório; impressa em papel creme de elevada gramagem.
Encadernação do editor com estampa a cores colada na pasta frontal e dizeres dourados.
13€
15. CASTRO, Augusto de (1961) Homens e Sombras. Lisboa:
Emp. Nac. de Publicidade, [D.L. 1961]. De 26x19 cm.
Com 235 págs., [2] f. il. Encadernado.
Augusto de Castro Sampaio Corte Real, Jornalista e
diplomata. Licenciado em direito por Coimbra.
Deputado durante a I República. Diretor do Diário de Notícias de 1919 a 1924 e de 1939 a
1971. Como diplomata, representou Portugal em Londres, Roma, Bruxelas e Paris.
Um moderado republicano, apoiante do Estado Novo, autor dos principais editoriais do
situacionismo. Comissário-geral da Exposição do Mundo Português em 1940. A elegância dos
respectivos escritos marcou um certo ensaísmo jornalístico de grande nível. Ficou célebre a
respetiva definição de Lisboa como uma cidade feita por subscrição nacional.
Em «Homens e Sombras» Augusto de Castro numa prosa muito cuidada, fala-nos de homens do
seu tempo com quem se cruzou e de acontecimentos importantes da primeira metade do século
XX que vivenciou, dos quais destacámos: Leão XIII, Santa Terezinha, Paula Régnier, Ramalho e
Eça de Queiroz, do Museu de Artes Decorativas de Ricardo Espírito Santo, da Casa do Poeta
Guerra Junqueiro, da Morte de Sidónio Pais, da «Grande e simples vida de Gago Coutinho», do
«Povo e Salazar», de José Luciano de Castro, de Carlos Malheiro Dias e de Eugénio de Castro, de
Afonso Lopes Vieira e Adelina Abranches, de Júlio Dantas e Alexandre O’Neill, de Reinaldo os
Santos, etc.
Edição de uma tiragem numerada, não declarada, assinada pelo autor.
24€

Edição de muito cuidada execução gráfica, impressa a duas cores e em bom papel, ilustrada no
texto com desenhos de Eduardo Malta e, em folhas à parte reproduzindo belíssimos retratos a
cores da autoria do mesmo artista.
Belíssima encadernação meia francesa em pele castanha, com casas fechadas e fio d’ouro nas
pastas; artísticos ferros dourados na lombada com rótulos encarnados com dizeres gravados;
pastas com papel em relevo; preserva as capas de brochura e a lombada; só muito levemente
aparado, com corte das folhas à cabeça tintado a purpura. [exemplar muito bem conservado;
para amador de encadernações]
16. CARVALHO, J. M. Teixeira de (1925) Arte e Arqueologia.
Prefaciada pelo Dr. Aarão de Lacerda. Coimbra: Imprensa
da Universidade. De 19x13cm. Com XV-324-[3] págs.
Do Prefácio de Aarão de Lacerda: “Este livro onde foram
reunidos com ternura alguns dos seus mais belos artigos, é decerto aquele onde se
espelha com mais fidelidade a sua alma de grande artista; (…) A colecção de artigos de Arte e
História que vai ler-se neste livro dirá bem da sua individualidade, dirá do seu talento cheio de
brilho. A sua leitura não fatiga, prende sempre. (…) veja-se o seu primeiro artigo em que o
arqueólogo e o artista se fundem, em que a erudição e a sensibilidade também se conjugam.
Leia-se a sua magnifica prosa acerca de uma estátua de Teixeira Lopes… Eu citaria todos os
artigos porque em todos eles encontro interesse…”
Índice dos capítulos: «O Túmulo do Infante»; «O tumulo de um Bispo»; «A estátua de Teixeira
Lopes»; «O Côro do Mosteiro de Santa Cruz»; «A Música em Santa Cruz»; «Habitação
Portuguesa»; «Inventário Histórico»; «A arte e simbolismo»; «O Buçaco»; «Lendas de Arte»; «A
restauração do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra»; «A decoração da Sé Velha»; «Túmulos
Romanos de Condeixa»; «Coimbra no século XVII»; «Pelas ruas velhas de Coimbra»; […]
Sólida encadernação meia francesa em pele castanha, em casas fechadas e fio d’ouro nas pastas;
artísticos ferros dourados na lombada e rótulo verde com dizeres gravados; preserva as capas
de brochura; só muito levemente aparado, com corte das folhas à cabeça tintado a purpura.
[exemplar muito bem conservado; para amador de encadernações]
30€

17. CARVALHO, DR. J. M. Teixeira de (1926) Bric-à-Brac:
Notas Históricas e Arqueológicas. Prefaciado por
Matos Sequeira. Porto: Livraria Fernando Machado &
Cª Lda. 1ª Edição. De 19x13cm. Com 474 págs. E.
“Cada peça deste «Bric-à-Brac» que é um museu de
joias raras e de mil objectos de pitoresco interesse”.
(…) “A vida de Coimbra em tempos remotos surge-nos a cada passo; a vida escolar, a vida
religiosa, a vida popular…”. Matos Sequeira
Índice dos capítulos: «Uma tia de Sá de Miranda»; «O Arsenal do Convento de Santa Cruz»;
«Procissão de penitência em Coimbra»; «Um andor em 1738»; «Um soneto do Prior do Crato»;
«Pregadores e bispos Pretos»; «A pirotecnia e os cónegos regrantes»; «Frades, freiras e
estudantes»; «A procissão de Corpus-Christi em Monte-Mór-o-Velho»; «D. Filipe em Lisboa»;
«Em tempo de peste»; «Gil Vicente»; «Nas fogueiras de S. João»; «Os jesuítas e o culto de Santa
Isabel»; «Motins Académicos»; «A música religiosa em Coimbra»; «Bocage»; «O S. João em
Braga»; «A cadeia académica»; «Uma noite divertida na Figueira»; […]
Sólida encadernação meia francesa em pele castanha, em casas fechadas e fio d’ouro nas pastas;
[exemplar muito bem conservado; para amador de encadernações]
30€
18. CARVALHO, J. M. Teixeira de (1924) Homens de Outros
Tempos. Prefaciado pelo Dr. Ricardo Jorge. Coimbra:
Imprensa da Universidade. 1ª Edição. De 17x25,5 cm.
Com XI-237-[3] págs. Encadernado.
Do prefácio do Dr. Ricardo Jorge: “[…] Teixeira de
Carvalho forma nessa fila magistral que emancipou de vez a historiografia nacional duma
decadência vergonhosa. Garcia d’Orta e Pedro Nunes têm a primazia do volume. Estudos
simples, admiráveis, como investigação e apresentação, ocupam-se dos dois melhores
scientistas do grande século - na sua passagem pela Coimbra universitária. […]”. Trata o estudo
de matéria biográfica, de Garcia d'Orta, Pedro Nunes, João de Ruão, Francisco Guerrero.
Trabalho ilustrado com gravuras em extratexto impressas sobre papel estucado. Sólida
encadernação meia francesa em pele castanha, com casas fechadas e fio d’ouro nas pastas;
25€

[exemplar muito bem conservado]
19. LETTENHOVE, Bon H. Kervyn de (1907) La Toison d'or,
notes sur l'institution et l'histoire de l'ordre (depuis
l'année 1429 jusqu'à l'année 1559), réunies par le…
Bruxelles: Libraire Nationale D’Art et D’Histoire. De
28x22 cm. Com 111 págs. + 40 fls. il. E.
«La Toison d'or, notes sur l'institution et l'histoire» é um dos mais prestigiados e procurados
trabalhos sobre a origem e a história da Ordem do Tosão de Ouro.
“No dia 10 de Janeiro de 1429, para celebrar o seu casamento com a infanta D. Isabel de
Portugal, filha do rei D. João I, o Duque de Borgonha, Filipe III, o Bom, fundou a Ordem de
Cavalaria do Tosão de Ouro “em reverência à Santa Virgem Maria e ao Bem-Aventurado
Apóstolo Santo André”, segundo o diploma de constituição da mesma. O acto solene passou-se
na Catedral do Precioso Sangue em Bruges, Bélgica, e nessa ocasião passeou-se entre os
convivas “um carneiro vivo pintado de azul com os chifres dourados a ouro fino”, segundo Baron
Reinffenberg, sendo emblemático do Agnus Castus, o “Cordeiro Casto” ou “Imaculado”,
expressivo do mesmo Agnus Dei que tollis peccata mundi (“Cordeiro de Deus que tirais os
pecados do mundo”), que é o Cristo”.
Edição ilustrada em folhas à parte, com reprodução a negro sobre papel couché de dezenas de
gravuras relativas à temática, nomeadamente pinturas retratando muitas das personalidades
agraciadas com a Ordem, bem assim, fronstispícios e páginas iluminadas, etc.
Encadernação meia francesa em pele, com pastas cartonadas; lombada de cinco nervuras com
dizeres dourados gravados; por aparar. [encadernação com pequenos defeitos e, com desgaste
nas seixas]
20€
20. GARCIA, Maria Antonieta (1996) Denúncias em Nome da Fé – Perseguição aos
judeus no distrito da Guarda de 1607 a 1625. «Caderno de Culpas do Bispado
da Guarda e seu Distrito e das Visitações». Transcrição e Notas de Leitura de…
Lisboa: Instituto de Sociologia e Etnologia das Religiões, Universidade Nova de
Lisboa. De 23x16 cm. Com 491, [3] págs. Ilustrado. Brochado.
Da «Apresentação» de Moisés Espírito Santo: “Este inquérito clerico-policial chamado «Caderno
de Culpas» afigura-se-nos como uma fonte genuína para a Etnologia histórica. Através dele
13€

ouve-se a caterva de efabuladores invejosos, sentem-se os murmúrios da rua e do lavadouro, a
comadrice do porta-à-porta … espiam-se a linguiças, procura-se saber quem, de entre os
vizinhos, tem «três quartos de judeu e um quarto de cristão». (…) Para além de passar a
constituir uma referência indispensável para o estudo do criptojudaísmo, este texto é um
contributo para a história cultural”e para os estudos genealógicos.
21. BATATA, Carlos (1997) As Origens de Tomar. Carta Arqueológica do
Concelho. Tomar: CEPPRT. De 23x16 cm. Com 358 págs. + [1] fls. desd.
Ilustrado. Cartonado. [exemplar muito bem conservado]
Do «Prefácio» de Jorge Alarcão: “O autor não pretendeu escrever uma
geografia histórica ou uma história da paisagem, (…). Modestamente, mas
com seriedade, recolhendo toda a bibliografia (que é vasta) e deslocando-se aos locais, procurou
realizar a carta arqueológica do concelho tomarense. Se não fez um trabalho inovador, fê-lo
pelo menos útil. As estações são correctamente classificadas por períodos, e dividamente
localizadas; uma breve descrição do sítio, uma enunciação dos achados e do seu actual
paradeiro, uma bibliografia exaustiva completam a ficha”.
Edição muito cuidada, impressa em bom papel e profusamente ilustrada a negro e a cores com
desenho arqueológico, desenho livre, fotografias e mapas.
10€
22. RODRIGUES, Maria da Ascensão Gonçalves Carvalho (1982) Ferro, Cova da
Beira. Estudos arqueológicos e etnográficos. Curiosidades. [Composto e
impresso na Gráfica de S. Vicente. Braga]. De 23x16 cm. Com 369-[3] págs.
Ilustrado. Brochado.
Do «Prefácio» do Professor Doutor D. Fernando de Almeida: "Procurou a
Senhora D. Maria da Ascensão Gonçalves Carvalho Rodrigues, com muita paciência e tacto,
reunir tudo o que lhe foi possível reconhecer sobre arqueologia, gastronomia, história,
património edificado, religião, lendas e etnografia da povoação a que está ligada, o Ferro na
Cova de Beira, onde exerce a profissão de professora".
Estudo de mérito e muito exaustivo, ilustrado ao longo do texto e em folhas à parte com dezenas
de fotografias. Edição única de mil exemplares, númerados e assinados pela autora.
15€
23. CONTUMÉLIAS, Mário (1986) O Ofício das Coisas. Lisboa: Ulmeiro. 1ª Edição. De 20x13 cm. Com
68, [2] págs. Brochado.
Primeira edição do segundo livro do jornalista e consagrado poeta Mário Contumélias.
4€

24. Catálogo Geral - 1.º Volume - A CERÂMICA DAS CALDAS - Colecção A. Lucas
Cabral. 3. Edição revista. 1986. Instituto Português do Património Cultural /
Museu da Cerâmica - Caldas da Rainha. De 24x16 cm. Com 113, [1] págs.
Ilustrado. Brochado.
Catálogo de uma grande exposição da colecção reunida por Lucas Cabral,
"composta de mais de 300 peças, na sua maior parte das fábricas bordalianas,
assinadas muitas por Rafael Bordalo Pinheiro ou por Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, entre os
quais alguns exemplares únicos (...)"
Edição ilustrada com fotografias reproduzindo dezenas de peças de cerâmica das caldas.
15€
25. ALMADA: Compilação das comunicações apresentadas no Colóquio sobre
Almada Negreiros, realizado na Sala Polivalente do Centro de Arte Moderna,
em outubro de 1984. Lisboa: FCG/ACARTE, 1985. De 24x16 cm. Com 242, [2]
págs. Ilustrado. Encadernado. [exemplar muito bem conservado]
Conjunto de doze comunicações da autoria de personalidades marcantes do
meio cultural português, que contribuem para fazer luz sobre a vida e obra de Almada Negreiros
e, sobre um período importante e ainda pouco estudado da história de arte em Portugal. Textos
assinados por: José-Augusto França, «Almada – porquê e para quê?»; Joel Serrão, «Almada e a
sua época»; Artur Nobre Gusmão, «Do meu convívio com Almada»; António Pedro Vicente,
«Almada Negreiros – 5 anos em Madrid»; «Eduardo Lourenço, «Almada, ensaísta»; David
Mourão-Ferreira, «Almada, ficcionista»; Fernando Guimarães, «Almada Negreiros, poeta»;
Pavão dos Santos, «Almada e o teatro»; José Sasportes, «Almada e a dança»; Lima de Freitas,
«Almada Negreiros um neopitagórico»; Fernando Pernes, «Almada, pintor e desenhador»; Rui
Gonçalves, «Os murais dos anos 40».
Edição de muito cuidada execução gráfica, impressa em bom papel, profusamente ilustrada a
negro e a cores, nas páginas do texto e em folhas à parte, com desenhos, pinturas e fotografias.
Encadernação em tela encarnada, com ferros secos na pasta frontal e dourados na lombada,
protegida por sobrecapa em papel. [edição pouco vulgar]
19€
26. LETRIA, José Jorge (1991) A Sombra do Rei-Lua. [s.l.]: Limiar. 1ª Edição. [Composição e
impressão Inova/Artes Gráficas – Porto]. De 21x13 cm. Com 59, [3] págs. Brochado.
Primeira edição, muito estimada. Prémio Cesário Verde.
7€

27. CARVALHO, Ayres de (1971) As Obras de Santa Engrácia e os seus Artistas.
Lisboa: Academia Nacional de Belas-Artes. De 31x24 cm. Com 141 págs. + 37
fls. ilustradas. Brochado. [exemplar muito bem conservado]
Monografia da mais alta importância para a história da arquitectura e da arte
portuguesa e, muito especialmente para a história da Igreja de Santa Engrácia
(Panteão Nacional), desde os seus primórdios no século XVI até ao século XX.
Esmerada edição da Academia Nacional de Belas-Artes, complementada com extenso apêndice
iconográfico, apresentando numerosas estampas impressas em separado, bem assim, como a
transcrição de dezenas de documentos.
19€
28. MAGALHÃES, Joaquim Antero Romero (1970) Para o estudo do Algarve
económico durante o século XVI. Lisboa: Cosmos. 1ª Edição. De 23x16 cm.
Com 288, [3] p., [9] págs. Ilustrado com mapas a negro e a cores. Cartonado.
Tese de licenciatura em Ciências Históricas apresentada à Faculdade de Letras
da Universidade de Coimbra, no ano de 1967.
«Para o estudo do Algarve económico durante o século XVI» é ainda hoje, e já la vão algumas
décadas desde que foi escrito, o melhor e mais completo trabalho que se fez sobre a região
algarvia durante o século XVI. Possui capítulos de grande interesse e importância sobre a
«População», «Paisagem», «Os Cereais», «O Gado», «As Frutas», «A Pesca», «As industrias», «O
comércio», «A sociedade» e o «Algarve e os Mares».
13€
29. MACIEL, M. Justino (1996) Antiguidade Tardia e Paleocristianismo em
Portugal. Lisboa: Edições Colibri. De 29x21 cm. Com 340 págs. Ilustrado.
Brochado.
Investigação de alto valor científico, em História da Arte e Arqueologia da
Antiguidade, desenvolvida no decurso de vários anos em bibliotecas e museus
de Portugal, de Espanha e de Itália, com trabalhos de campo em vários locais, como Conímbriga,
a villa romana do Montinho das Laranjeiras, no Algarve, ou em Troia de Setúbal. O autor oferece-
nos uma nova sistematização dos dados existentes da Antiguidade Tardia em Portugal e seus
testemunhos artísticos. Após um levantamento dos referenciais históricos, arqueológicos e
literários disponíveis, equaciona-se a interacção que neste contexto existe entre a cidade e o
22€

campo, bem como a progressiva abertura a este último e os reflexos que tal dinâmica produz
nas manifestações artísticas.
Edição profusamente ilustrada, no texto e em folhas à parte com reprodução a negro e a cores,
com dezenas de nítidas fotografias e belíssimos desenhos arqueológicos. [edição muito
estimada e procurada; extremamente valorizada]
30. STUART, 1887-1987 - Centenário do Nascimento.
[Catálogo] Fundação Calouste Gulbenkian - Centro de Arte.
Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. De 30x20 cm. Com
[139] págs. Ilustrado. Brochado. [muito bom exemplar]
O mais completo catálogo da obra do grande ilustrador
português Stuart de Carvalhais, resultante de uma importante exposição organizada pela
Fundação Calouste Gulbenkian no ano de 1987.
Edição de grande qualidade gráfica, impressa em bom papel de duas cores (branco e creme) e
com um vasto documentário foto-biográfico relativo ao artista. Ilustrado com centenas de
reproduções coloridas, de elevada qualidade, dos muitos trabalhos apresentados na exposição.
Contém um texto de apresentação de Sommer Ribeiro e um ensaio sobre o artista e a sua obra
da autoria de José Pacheco intitulado «Stuart entre a pintura e o design gráfico». Incluí ainda
uma cronologia biobibliográfica, antologia de textos, bibliografia e lista de obras em exposição.
Muito invulgar
20€
31. JÚLIO RESENDE. [Catálogo]. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian – Centro
de Arte Moderna, 1989. De 27x20 cm. Com 122 págs. Ilustrado. Brochado.
Catálogo de uma importante exposição retrospetiva da obra de Júlio
Resende, patente Centro de Arte Moderna da FCG em Abril de 1989.
Edição de muito cuidada execução e apresentação gráfica, impressa sobre bom papel e
profusamente ilustrada a cores com a reprodução das 119 obras em exposição.
Antecede o catálogo dois textos de apresentação de Armando Alves e José Sommer Ribeiro e
dois ensaios sobre o artista, um de Mário Cláudio, intitulado «Júlio Resende, Lux Perpetua» e
outro de Rui Mário Gonçalves denominado «A obscura raiz do grito».
Completa a edição uma lista de obras em exposição, dados biográficos do pintor, que incluí
várias fotografias de diferentes épocas, uma antologia de textos e a bibliografia.
13€

32. O TRABALHO E AS TRADIÇÕES RELIGIOSAS NO DISTRITO DE LISBOA.
Exposição de Etnografia. Lisboa: Governo Civil de Lisboa, 1991. 1ª Edição [e
única]. De 27x20 cm. Com 464-XXXVI págs. Ilustrado. Brochado.
Monumental catálogo do magnífico acervo mostrado numa das mais
importantes exposições etnográficas sobre o distrito de Lisboa; é também um
magnífico trabalho pela qualidade científica dos textos que o acompanham consequência do
grande nível cultural e enorme erudição dos seus autores. São desenvolvidos temas como:
transportes terrestres de outrora, feiras e mercados antigos, os saloios, fornos de cal, o barro,
as salinas, as festas do Divino Espírito Santo, festas dos Círios, Bênçãos dos Gados, Romagens e
Procissões, etc.
Edição cuidada, impressa em papel couché, profusamente ilustrada a negro e a cores, no texto
em folhas à parte, reproduzindo centenas de belíssimas fotografias e dezenas de litografias
coloridas do século XIX. [trabalho muito estimado]
22€
33. O IMAGINÁRIO DA CIDADE. Compilação das comunicações
apresentadas no Colóquio sobre «O Imaginário da Cidade»
realizado em Outubro de 1985. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian/ACARTE, 1989. 1ª Edição [e única]. De 23x17 cm.
Com 438 págs. Ilustrado. Encadernado.
Índice de alguns dos trabalhos reunidos no volume: «O imaginário da cidade muçulmana», por
António Dias Farinha; «A cidade Celeste na Hagiografia Medieval Portuguesa», por Maria Clara
Lucas; «A cidade do Cabo do Mundo: uma visão quinhentista», por Maria Leonor Carvalhão
Buescu; «Descrições e representações de Lisboa no século XVI», por Francisco Bettencourt;
«Descrições e representações de Lisboa (1600-1650)», por Diogo Ramada Curto; «Da Fábrica
que falece a cidade de Lisboa», por Artur Nobre Gusmão; «A poética da cidade na composição
do romance», por Alzira Seixo; «Lisboa-Berlim via Paria: transfigurações da cidade na poesia dos
modernistas; por João Barrento; etc.
Edição de muito cuidada execução gráfica, impressa em bom papel, profusamente ilustrada a
cores, nas páginas do texto e em folhas à parte, com reprodução de desenhos, plantas, mapas,
estampas e fotografias.
Encadernação em tela encarnada, com ferros estampados na pasta frontal, protegida por
sobrecapa em papel [edição pouco vulgar].
18€

34. VALE, A. de Lucena (1992) Beira Alta: Terra e Gente. Viseu: Tipografia Guerra.
1.ª Reimpressão. De 23x16 cm. Com 275 págs. Ilustrado. Brochado.
Colectânea de trabalhos de variado objecto e diferente natureza – conferências,
estudos de revista, simples artigos de jornal – que, todavia, unifica a mesma
feição genérica de história e arte em que se enquadram; enfeixa-os também o
comum nexo geográfico ou regional que justifica o título que a obra apresenta: Beira Alta – terra
e gente.
Índice dos trabalhos: «Beira Alta – Solar da Raça; «S. Frei Gil de Vouzela»; «Uma trindade
artística»; «A Beira e o Infante D. Henrique»; «A Porta Românica de Ferreira de Aves»; «O caso
artístico de Grão Vasco»; «Folclore Beirão»; «O Museu de Grão Vasco»; «O Mosteiro de S.
Cristóvão de Lafões»; «Viseu»; «Feira Franca de Viseu»; «Nos Confins da Beira». Ilustrado com
fotografias a negro de página inteira fora do texto.
10€
35. ARQUITECTURA POPULAR EM PORTUGAL. Lisboa:
Associação dos Arquitectos Portugueses, 1980. De 29x21
cm. Com 763págs. Ilustrado. Encadernado. [muito bom
exemplar]
A mais bela e conceituada obra sobre a arquitectura
popular em Portugal, publicada em resultado do «Inquérito à Arquitectura Regional
Portuguesa» realizado na década de 50 do século XX. Com basta e prestigiada colaboração da
qual destacamos: Fernando Távora, rui Pimentel, António Menéres, Octávio Lixa Felgueiras,
Francisco Keil do Amaral, Nuno Teotónio Pereira, Frederico George, António P. de Freitas, (…).
Trata-se da segunda edição das quatro edições publicadas, impressa em bom papel e ilustrada
com centenas de belas reproduções fotográficas, numerosos desenhos e plantas. Um
verdadeiro inventário iconográfico dos mais notáveis exemplares da nossa arquitectura popular.
Encadernação editorial protegida por sobrecapa.
70€
36. GARCIA, Maria Antonieta (1999) Judaísmo no Feminino: Tradição popular e
ortodoxia em Belmonte. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa. 1ª Edição. De
24x16 cm. Com 320-IX págs. Ilustrado em folhas à parte. Brochado.
“Em Belmonte, o marranismo tem uma história de séculos. A prática da Lei de
Moisés incorpurou aí um conjunto de rituais cristãos compatíveis com a
doutrina e a imagem que os marranos presumiam ser a identidade religiosa judaica. A religião
10€

foi transmitida por mulheres, conhecidas algumas por «sacerdotizas judaicas»; a Palavara do pai
foi ensinada pelas mães; adorarm Ester, seguiram os modelos das matriarcas bíblicas; seivaram
o orgulho de ser judias, (…) ora isto está em contradição com o judaísmo ortodoxo que é do
domínio dos rabinos, (…)” é desta tradição popular judaica no feminino e da sua contradição
com o judaísmo oficial que a autora nos fala.
37. TAUROMAQUIAS POPULARES E OUTROS ESTUDOS. [In] Mediterrâneo. Nº
5/6. Revista de Estudos Pluridisciplinares sobre as Sociedades Mediterrânicas.
Instituto Mediterrânico. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa. 1994/1995. De
24x17 cm. Com 313 págs. Ilustrado. Brochado.
Trabalhos publicados: «O touro na Bíblia: símbolo de Deus e vítima sacrificial»,
por Moisés Espirito Santo; «A corrida do Forção», por Fernando Teixeira; «O espelho quebrado:
versus e reversus nas tauromaquias populares», por Luís M. Antunes Capucha; «A corrida à
corda – tradição centenária», por António Manuel Morais; «Simbologia cromática en la
tauromaquia popular», por Luis Conill; «Un delírio popular y aristocrático», por Fernando Lopez;
«Deux formes d’oposition à la corrida espagnole: les courses portugaise et camarguaise», por
Frédéric Saumade; «La dimension sacrificial de la tauromaquia popular», por Pedro Romero de
Solís; etc.
10€
38. TEIXEIRA, Fernando (1994) O Touro e o Destino. Morte e Ressurreição a las
cinco en punto de la tarde. Prólogo de Luís Badosa. Lisboa: Instituto de
Sociologia e Etnologia das Religiões. Universidade Nova de Lisboa. De 23x16
cm. Com 178 págs. Ilustrado. Brochado.
Este trabalho resulta directamente da tese de mestrado em Sociologia
Aprofundada e Realidade Portuguesa, apresentada pelo autor à Universidade Nova de Lisboa.
Nesta tese, o autor, aprofunda no vasto mundo da simbologia táurica todas as conotações
religiosas, sociais e políticas aí implicadas. É um notável contributo para o conhecimento desta
faceta que, partindo das reconhecidas análises de Ortega e Gasset, Alvarez de Miranda e outros
chega até às mais personalizadas interpretações do toureio em Portugal. Não é um discurso
diletante, mas, isso sim, científico, profissional, concreto, sério.
Ilustrado no texto e em extra-texto com fotografias e reproduções de gravuras, pinturas e
esculturas.
10€

39. ESPÍRITO SANTO, Moisés (2001) Origens do Cristianismo Português.
Precedido de a Deusa Síria de Luciano. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa.
3.ª edição revista e aumentada. De 24x16 cm. Com 312 págs. Ilustrado. B.
“O cristianismo sofreu uma transformação aquando da passagem da
clandestinidade à tolerância e à hegemonia. O movimento cristão dos
primórdios foi popular e libertário; e o da fase seguinte? Os ibéricos haviam aderido ao
cristianismo libertário; como reagiram eles à oficialização do cristianismo? Nesta época, quais
eram os interesses do clero romano? E os anseios populares? Que contradições e como se
exprimiam?” A estas e outras interrogações responde o autor ao longo deste trabalho. No
entanto antes dessa análise aponta alguns cultos do paganismo dominante no Ocidente e o seu
impacto na Península”.
10€
40. O LIVRO OBJECTO DE ARTE: colecção Calouste Gulbenkian: França, séculos
XIX-XX. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997. De 29x21 cm. Com 175
págs. Ilustrado. Brochado. [muito bom exemplar]
Magnífico catálogo de uma importante exposição sobre a luxuosa e valiosa
colecção de livros – objectos de arte - pertencentes a Calouste Gulbenkian.
Antecede o catálogo, dois estudos de grande rigor científico: «O livro – objecto de arte, colecção
Calouste Gulbenkian», por Maria de Lurdes Belchior e «Calouste Gulbenkian, bibliófilo
contemporâneo», por Antoine Coron (director da Reserva de Livros Raros da Biblioteca Nacional
de França).
Magnífico catálogo de apurado rigor gráfico, impresso em bom papel e profusamente ilustrado
com reprodução de belíssimas e nítidas fotografias, reproduzindo em suas cores naturais, todos
os livros em exposição, bem como seus pormenores, algumas das quais de plena página.
15€
41. PEDROSO, Consiglieri (1988) Contribuições para uma Mitologia Popular
Portuguesa e outros Escritos Etnográficos. Prefácio, organização e notas de
João Ameal. Lisboa: Publicações Dom Quixote. De 24x16cm. Com 420 págs. B.
“Esta edição procurou por à disposição dos estudiosos e interessados o
conjunto de textos – recolhas e ensaios – que integram a obra etnográfica de
Consiglieri Pedroso […]. Aproveitou-se, entretanto o ensejo para reeditar 22 outros contos não
incluídos por Consiglieri Pedroso nessa colectânea, originalmente publicados de forma dispersa
em publicações de difícil acesso.”
13€

Índice de alguns capítulos: «Textos sobre a família»; «A constituição da família primitiva»; «As
surperstições populares na legislação religiosa»; «As bruxas na tradição do nosso povo»;
«Algumas surperstições e crenças populares relativas à noite e ao Dia de São João»; «O Diabo»;
«As Almas do outro mundo»; «Contos Populares»; «Contribuições para um Romanceiro e
Cancioneiro Popular Português»; «Poesias Populares Portuguesas»; […]
42. FRAZÃO, Serra (1946) Associações Secretas entre os Indígenas de Angola.
Breves apontamentos sobre a provável existência de associações secretas
e práticas ocultistas entre as populações gentílicas de Angola. Lisboa:
Editora Marítimo-Colonial. De 19x13 cm. Com 325 págs. E.
Com um prefácio do ilustre colonialista e escritor general Norton de
Matos. Primeiro Prémio de Etnografia no XIX Concurso de Literatura Colonial.
[In] Estudos Etnográficos dos Povos de Angola.
Do «Prefácio»: “São da maior utilidade estes estudos, estas análises, descrições
e apontamentos sobre a vida material e espiritual, individual e colectiva, das
raças que povoam a África. No livro que vai ler-se muito há de interessante e
curioso sobre a vida dos pretos de Angola e mais uma vez ao percorrer as suas páginas eu pensei
no raro sentimento da vida sem mácula que estes homens tanto prezam”.
Boa encadernação meia francesa em pele, com dizeres e ferros dourados gravados na lombada;
só muito levemente aparado; sem capas. [muito invulgar]
25€
43. ALMADA. Lisboa 20 de Julho a 14 de Outubro de 1984. Fundação Calouste
Gulbenkian. Centro de Arte Moderna. (Of. Gráf. Manuel A. Pacheco, Lda.
Lisboa. 1984). De 22x24 cm. Com 465 págs. Ilustrado. Brochado.
Catálogo da grandiosa exposição consagrada a um dos vultos das artes e
das letras portuguesas do século XX, impresso em bom papel e
documentado a negro e a cores, reproduzindo centenas de capas e ilustrações de livros e
revistas, fotografias, desenhos e pinturas, da autoria de Almada e sobre Almada. Um dos mais
completos catálogos sobre a obra gráfica de Almada.
Programação e organização do catálogo da responsabilidade de Margarida Acciaiuoli, com
direcção gráfica de Fernando Libório e Paulo Emiliano.
Fundamental para o estudo da obra de Almada. [muito invulgar; extremamente valorizado no
mercado alfarrabista]
23€

44. CASTRO, D. João de (1991) Roteiro do Mar
Roxo de… Ms. Cott. Tib. DIX [Manuscrito
da Cotton Library Tiberius D. IX] da British
Library. Introdução de Luís de
Albuquerque. Patrocínio da Academia
Portuguesa de História. Lisboa: Edições Inapa. De 37x29 cm. Com 91 págs.
Encadernado. [exemplar bem conservado]
O Roteiro do Mar Roxo, ou Roteiro que fez Dom Joam de Castro da Viagem que Fezeram os
portugueses Desda India atee Soez, é a obra mais conhecida de D. João de Castro, tendo sido
traduzida em diversas línguas, ao longo dos séculos XVII e XVIII, nomeadamente em latim, inglês,
francês e holandês. Inclui diversas tábuas e esboços topográficos, que ilustram as descrições
geográficas do texto.
Sobre as características deste roteiro merece transcrição a explicação que sobre ele dão
Cortesão e Albuquerque. "Os Roteiros de D. João de Castro não respeitam o modelo tradicional
do (roteiro) português; de facto, o seu autor alonga-se neles por extensos comentários de
inegável interesse hidrográfico e náutico, com muitos pormenores que os roteiristas,
preocupados em descrever sucintamente uma viagem, por via de regra omitiam."
Edição monumental de muito cuidada apresentação gráfica e pictórica, ilustrada em policromia
sobre papel couché de 175 grs. Encadernação editorial em tela com aplicação de uma estampa
impressa a cores na pasta frontal. Exemplar acondicionado dentro do estojo editorial.
32€
45. SILVA, Francisco Ribeiro (1990) Absolutismo Esclarecido e Intervenção Popular
- Os Motins do Porto de 1757. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda. De
23x15 cm. Com 192 págs. Brochado.
Trabalho importantíssimo para a história do Absolutismo Esclarecido, bem
assim, para a história política e social da cidade do Porto no século XVIII.
Índice geral dos capítulos: «Governantes e governados em Portugal no 3.º quartel do século
XVIII»; «Pombal, as luzes e os diversos grupos sociais»; «Os motins do Porto, o poder e as
instituições representativas da cidade e do povo: o povo e a cidade; descrição factual dos
tumultos»; «Pré-condições dos tumultos: A crise do Douro vinhateiro e a redução do número de
tabernas; Antagonismos entre a aristocracia e a plebe; A pesada tradição fiscal; O reforço da
autoridade do Estado»; «Os mentores: líderes de opinião»; «Os cabecilhas: comportamentos e
papéis»; «A repressão»; «Os resultados». [edição esgotada no editor]
10€

46. NEVES, Moreira das (1978) Camilo, Tal Qual. Notas. Episódios. Cartas. Lisboa:
Edições do Templo. 1ª Edição. De 19x12 cm. Com 150, [1] págs. Brochado.
[cadernos por abrir]
“As nótulas aqui reunidas, pouco a pouco se recolheram de documentos
esparsos, impressos uns, inéditos outros” (…) Pois falemos um pouco de
Camilo, tal qual nos aparece nalguns aspectos da sua vida e da sua obra”.
Índice dos capítulos: «Para a história do soneto “A maior dor humana”»; «Recordações de
Camilo e correspondência com José Bento de Araújo Assis»; «Aquilino Ribeiro e Camilo
estudante de Teologia»; «O casamento de Camilo com D. Ana Plácido»; «Camilo e o Padre Senna
de Freitas»; «Camilo, amigo de cães»; «Ainda o coração de Camilo»; «Camilo e o
descarrilamento»; «Camilo e Trindade Coelho».
Ilustrado com desenhos.
7€
47. CASTELLO BRANCO, Camilo (1880) Suicida. Porto: Livraria
Internacional de Ernesto Chardron, Editor. De 19x11 cm. Com
31 págs. Encadernado.
Primeira edição autónoma deste interessante conto de
Camilo, em cuidada edição.
Encadernação meia francesa em pele, muito bem conservada, com artísticos ferros na lombada
e vinhetas em pele com dizeres gravados; pastas com cantos em pele e fio a ouro; conservas as
capas de brochura; só muito levemente aparado. [miolo com ocasionais picos de acidez próprios
do papel]
39€
48. CASTELLO BRANCO, Camilo (s.d. 1874?) Vida do José do Telhado extrahida
das «Memórias do Carcere». Porto: Vende-se na Livraria de João E. da Cruz
Coutinho editor… 1ª Edição. De 16x10 cm. Com 20 págs. Encadernado.
Interessante opúsculo biográfico do célebre José do Telhado. Ilustrado com
uma curiosa caricatura do “distinto” salteador impressa no frontispício.
Contrariando a generalizada informação de que esta publicação foi editada entre 1883 e 1887,
Alexandre Cabral no “Dicionário de Camilo”, propõe a data de 1874, justificando-a a partir de
um anuncio por várias vezes impresso no “Primeiro de Janeiro”.
Moderna encadernação em material sintéctico. Frontispício, com sumido título de posse.
[opúsculo muito invulgar]
35€

49. [AL BERTO] DIAS, Joaquim Cardoso (org.) Dez Cartas para Al Berto. Dez Cartas
de Al Berto. Lisboa: Quasi, 2007. 1ª Edição. De 23x15 cm. Com 112 págs. B.
«Dez Cartas para Al Berto, Dez Cartas de Al Berto» é um belo livro, introduzido
por um texto de Joaquim Cardoso Dias com passos comoventes. Discreto,
atinge os seus objectivos. Entre a “quase duas centenas de cartas, postais,
poemas, textos, recados, convites, confidências, desabafos, conselhos e tanta solidão”, o
organizador escolheu uma dezena de missivas, de modo a apresentar “uma espécie de
microbiografia” do autor. Convidou ainda dez escritores (Alexandre Nave, Fernando Pinto do
Amaral, Francisco José Viegas, José A. Baptista, José Luís Peixoto, Luís Quintais, Nuno A. Silva,
Nuno Júdice, Tiago Torres Silva e Vasco Graça Moura) que aceitassem homenagear o poeta,
comentando ou escrevendo a partir de cada uma das cartas, os quais produziram textos com
género, intensidade e interesse muitos diferentes.
6€
50. NOBRE, António (1921) Primeiros Versos: 1882-1889. Edição Posthuma. 1ª
Edição. De 21x14 cm. Com 154 págs. Brochado. [capa de brochura envelhecida
e com ocasionais manchas; primeiras páginas com títulos de posse]
Livro póstumo editado pelo irmão Augusto Nobre, de que se tiraram apenas
1500 exemplares. Primeira edição ilustrada com um retrato do autor.
“António Nobre tencionava publicar o seu primeiro livro de versos com o titulo de Alicerces;
substitui-o depois pelo de Confissões, mas com a sua ida para Paris estes dois nomes foram
definitivamente postos de parte pela publicação do SÓ. Pouco antes de morrer tinha resolvido
reunir em volume as poesias que não havia incluído no SÓ; a esse volume daria o nome de
Primeiros Versos”. Augusto Nobre
30€
51. FERREIRA, J. A. Pinto (1954) Freixo de Numão: Apontamentos. Porto: Edições
Maranus. De 26x14cm. Com 143 págs. Brochado.
Curiosa e pouco vulgar monografia. Apresenta capítulos de grande interesse
dos quais se destacamos «Um Estudo de povoamento ou habitat rural»; «Tipo
de povoamento e casas de habitação»; «Terra e a Gente»; «A acção do
homem sobre a Terra: O Cereal e o Azeite»; «A Vinha»; «A Vindima»; «Notas etnográficas e
folclóricas»; «Bailes, modas de roda, baladas e hinos»; […]; «Procissões Tradicionais»; […] etc.
Monografia impressa em papel couché, profusamente ilustrada com interessantíssimas
fotogravuras, um mapa em folha desdobrável e várias páginas com notação musical.
13€

52. SÁ, Sérgio (2007) Aspectos Decorativos nos Portais das Casas de Lavoura da
Antiga Terra da Maia. Maia: [s.n.]. 1ª Edição. De 23x16 cm. Com 110 págs.
Ilustrado. Brochado. [muito bom exemplar]
Após sintética referência às origens da casa de lavoura maiata, à caracterização
da sua traça e integração na paisagem, o estudo incide sobre os elementos
arquitectónicos que envolvem o seu portal, nomeadamente o arco que o precede, os aspectos
decorativos inerentes tanto a esses elementos como aos batentes de madeira e às ferragens
que neles se integram do lado anterior, numa perspectiva de análise formal e compositiva,
tendo ainda em conta a sua dispersão e localização no espaço geográfico em questão. É ainda
analisada a vertente simbólica que envolve os mesmos elementos.
Edição muito cuidada, impressa em bom papel e, profusamente ilustrada com dezenas de
nítidas fotografias a cores.
15€
53. SÁ-FERNANDES, Graça & CALVÃO, Naomi (2008) Sabores Judaicos: Trás-os-
Montes. Lisboa: Assírio & Alvim. 1ª Edição. De 24x17 cm. Com 174 págs.
Ilustrado. Cartonado.
Na recolha de material sobre a tradição oral, ainda mantida pelos cripto-
judeus, em Trás-os-Montes, deparámos com várias orações, práticas
religiosas, alimentares e outras.
Estes costumes eram, e são, transmitidos essencialmente pelas mulheres. (…) é muito
interessante ver como, passados cinco séculos, persistiu a consciência religiosa em vários
campos e como conseguiram, disfarçadamente, continuar com a prática do culto judaico
iludindo a vigilância inquisicional. Podemos, ao longo deste livro, tomar contacto com alguns
desses hábitos, essencialmente alimentares.
A alimentação foi, desde sempre, como em todas as comunidades judaicas, um dos traços mais
fortes da sua tradição e simbologia características. Usámos uma cronologia litúrgica para
facilitar a leitura das receitas.
Edição de esmerada apresentação gráfica, impressa em papel couché de elevada gramagem e,
profusamente ilustrada a cores com dezenas de belíssimas fotografias de Valter Vinagre.
13€

54. LOBO, F. M. da Costa [1939] O Marechal Duque de Saldanha. Lisboa:
Livraria Bertrand. 1ª Edição. De 19x13 cm. Com 299, [9] p. ; [6] f. il.
Encadernado.
Interessantíssimo estudo biografico do Duque de Saldanha, ilustrada com
VI gravuras em extra texto.
Do «Prólogo»: "Publicar um estudo sôbre o homem notável que pelo seu carácter, pelo
seu esfôrco, pela sua tenacidade, pelo seu génio, pela sua bondade se elevou de nono filho de
uma casa, sem dúvida nobre, de pais possuídores de distintas qualidades de carácter, mas
vinculada, à mais elevada posição que o regime monárquico admitia, de duque e parente da
Família Real, é uma obrigação que convém cumprir sempre que as cincunstâncias permitam
relembrar a excepcional personalidade do duque de Saldanha, nascido João Carlos da Saldanha
de Oliveira e Daun, no solar dos Morgados de Oliveira, tornados Condes e Marqueses de Rio
Maior."
Encadernação meia francesa em pele, com artísticos ferros na lombada e rótulo com dizeres
gravados; preserva as capas de brochura; só muito levemente aparado à cabeça. [capa de
brochura levemente empoeirada].
15€
55. SILVA, César (1929?) O Marechal Saldanha: Cronica Episodica
das Lutas Liberais em Portugal. Lisboa: João Romano Torres.
De 20x14 cm. Com 270, [1] págs. Encadernado. [título de
posse na folha de rosto]
Biografia muito completa do Marechal Saldanha, João Carlos
Gregório Domingos Vicente Francisco de Saldanha Oliveira e Daun (Lisboa, 17 de novembro de
1790 — Londres, 20 de novembro de 1876), 1.º conde, 1.º marquês e 1.º duque de Saldanha,
diplomata e uma das figuras mais marcantes dos século XIX em Portugal.
Sólida encadernação meia francesa em pele com assinatura de Raúl d’Almeida. Lombada de
quatro nervuras com ferros gravados e rótulos com dizeres dourados. Preserva as capas de
brochura; levemente aparado. Exemplar da biblioteca do Marquês de Saldanha conforme
monograma gravado a ouro na lombada.
13€
56. HISTÓRIA DE MOÇAMBIQUE. Porto: Afrontamento, 1971. 24x15 cm Com 80, [3] p. : il. Br.
Exemplar invulgar, editado em 1971 pelo Departamento de Educação e Cultura da Frente de
Libertação de Moçambique. Houve nova edição de 1974.
5€

57. [REIS, António Pereira Dos] (1830) Analyse as Observações do
General Saldanha. Publicadas em Paris com a Data de 13 de
Novembro de 1829. Londres: Impresso por R. Greenlaw. De
22x14 cm. com [4], 104 págs. Encadernado.
É muito rara esta resposta às observações que fez o General
Saldanha “sobre a «Carta» que os Membros que forão da Junta do Porto dirigiram a S. M. o
Imperador D. Pedro logo que chegaram a Londres e que apareceu impressa no n.º 8 do «Paquete
de Portugal»”. Importantíssimo documento para a história das lutas entre absolutistas e liberais
nos fins da década de 20 do século XIX, com transcrição integral de XXI documentos históricos.
Encadernação meia inglesa em pele com assinatura de Raúl d’Almeida; lombada com dizeres
gravados a ouro; só muito levemente aparado. [primeiras e últimas páginas do miolo
envelhecidas e com ocasionais manchas]. Exemplar da biblioteca do Marquês de Saldanha
conforme monograma gravado a ouro na lombada.
25€
58. HISTORIA DO IMPERADOR CARLOS MAGNO E Dos Doze Pares De França,
Augmentada com a Noticia Circumstancial das Estatutas e Fisionomias do
Imperador Carlos Magno, e dos Doze Pares de França. Dividida em Tres
Partes. Traduzida do Castelhano em Portuguez com mais elegância para a
nossa língua. Nova Edição. Lisboa: Na Typ. de Mathias José Marques da
Silva, 1854. De 14x10 cm. Com 456 págs. Encadernado.
Traduzida do castelhano para o português por Jerónimo Pereira de Carvalho esta obra foi
largamente divulgada e acolhida ao longo de vários séculos, contando com inúmeras
reimpressões. Alexandre Caetano Gomes Flaviense, como complemento à mesma, escreveu as
gloriosas acções e victorias de Bernardo del Carpio, vencedor em batalha dos doze pares de
França, juntando-lhe algumas particularidades sobre a Fundação de Hespanha, seus povoadores
e primeiros reis. Assim, constituindo as duas obras numa só, o editor reuniu-as num só volume.
Encadernação da época inteira de pele, com ferros dourados na lombada. [com falta de rótulo
na lombada, apresentando esta pequeníssimos defeitos]. Com carimbo de posse oleográfico, da
prestigiada «Biblioteca Museu Saldanha».
19€

59. ANDRADE, Eugénio de [1969] Daqui Houve Nome Portugal.
Antologia de verso e prosa sobre o Porto, organizada e
prefaciada por... [Porto]: Editorial Inova Limitada. 2ª Edição.
De 22x16 cm. Com 267-[6] págs. Ilustrado. Encadernado.
Organizada pelo poeta Eugénio de Andrade com selecção e
arranjo gráfico de Armando Alves, «Daqui Houve Nome Portugal» foi
apelidada de "o mais belo retrato das pedras e das gentes do Porto".
Muito completa antologia de textos em prosa e verso dedicados à cidade do
Porto, assinados por Fernão Lopes, Zurara, Camões, Garrett, Herculano,
Camilo, Arnaldo Gama, Ramalho, Júlio Diniz, Oliveira Martins, Eça, A Pimentel,
António Nobre, Raul Brandão, Pascoaes, Aquilino, Almada, José Régio, Torga, Nemésio, Sena…
Esta edição, de bela concepção gráfica e impressa em bom papel, foi enriquecida com um
admirável conjunto de algumas dezenas de fotografias assinadas por Fernando Aroso, Lagôa
Henriques, Fotografia Beleza, Pires de Castro, António Mendes, Tavares da Fonseca, Teófilo
Rego, etc. e ainda com numerosas reproduções de gravuras e litografias antigas.
Encadernação do editor com sobrecapa em papel. [sobrecapa apresenta pequenos defeitos nas
extremidades]
13€
60. STUDIUM DILECTUM: Colectânea de Homenagem ao Prof.
Doutor Justino Mendes de Almeida pelo seu 50º
aniversário de actividade científica. Lisboa: A.P.H., 1999. De
25x19 cm. Com 374 págs. Ilustrado. Brochado. [capa de
brochura levemente empoeirada]
Alguns dos trabalhos insertos no volume: «Um académico de estirpe», por Veríssimo Serrão;
«Manuscrito inédito da primeira gramática hebraica em português», por Augusto Tavares;
«Olivais e Jesuítas» por António Lopes; «Vias Galegas na conquista do Porto – Um plano de
invasão para Soult (1809)», por António Vicente; «Aspectos da vida quotidiana quinhentista na
Obra de Camões», por Francisco Santana; «O problema da «primazia Arquiepiscopal das
Espanhas» por José Marques; «Camões na tradição da Marinha», por Nuno Valdez dos Santos;
«Os brasões de armas da província de Timor e da Cidade de Díli», por Alves de Azevedo; «Fernão
Martins de Mascarenhas, capitão de ginetes de El-Rei D. João II», por Baquero Moreno; […]
Exemplar valorizado com autógrafo e dedicatória do punho de Justino Mendes de Almeida para
o Conselheiro Américo de Campos Costa.
9€

61. BARBOSA, Jerónimo Soares (1822) Grammática Philosophica da Lingua
Portugueza ou principios de gramática geral aplicados à nossa
linguagem. Lisboa: Academia Real das Sciencias. 1ª Edição. De 20x15 cm.
Com IV-XIV, 466 págs. Encadernado.
Pe. Jerônimo Soares Barbosa (1737-1816), filólogo português educado
no seminário episcopal de Coimbra, bacharel em Direito Canônico, foi professor de
Retórica e Poética (Colégio das Artes da Universidade). O modelo de descrição do português por
ele apresentado foi considerado por João Malaca Casteleiro como um dos melhores modelos de
descrição gramatical existentes sobre o português. (Casteleiro, 1980, p.103)
Encadernação da época meia em pele, com bonitos ferros e dizeres dourados gravados na
lombada; só muito levemente aparado. [antigo título de posse no frontispício; miolo muito bem
conservado]
É muito invulgar esta 1ª edição.
25€
62. OLIVEIRA, António Corrêa d’ [1930] Cartas em Verso (1º
Volume). Edição de Autor. [Companhia Editora do Minho –
Barcelos]. 1.ª Edição. De 19x13 cm. Com 188, [4] págs.
Encadernado.
Edição cuidada e impressa em bom papel. Primeiro e único
volume publicado. José Régio reconheceu em António Corrêa d’Oliveira «um cantor cheio de
frescura e encanto, nas suas quadras e quintilhas em que a arte de Sá de Miranda se alia ao
capricho de inspiração popular».
Sólida encadernação em material sintéctico com dizeres dourados na lombada; preserva as
capas de brochura; só muito levemente aparado à cabeça. [capas de brochuras com picos de
acidez próprios do papel]
12€
63. CÂNDIDO, António (s.d.) Discursos e Conferências. Porto:
Empreza Litteraria e Typographica. De 22x14 cm. Com XXXI, [1],
302 págs. Encadernado.
Importante colectânea de «Discursos e Conferências» do
iminente orador que foi António Cândido, entre os quais
destacámos os discursos em honra de: Braamcamp Freire, Fontes Pereira de Melo, José Estevão
e Infante D. Henrique; ou ainda um relacionado com as despesas do Governo num monumento
15€

a erigir a Alexandre Herculano. Uma conferência feita da Exposição Distrital de Coimbra acerca
das «Relações da Política com a Indústria» e outra realizada no Ateneu do Porto intitulada «A
Moral na Política».
Sacerdote, político e orador, António Cândido foi ministro do Reino, conselheiro de Estado,
presidente da Câmara dos Pares e procurador-geral da coroa. Foi um dos "Vencidos da Vida",
grupo de intervenção social e política do qual faziam parte entre outros os escritores Eça de
Queiroz, Ramalho Ortigão, Oliveira Martins e Guerra Junqueiro.
Exemplar valorizado com autógrafo e dedicatória do punho do autor [o destinatário da
dedicatória foi safado e rasurado]. Com carimbo oleográfico da «Casa de Palmela».
Encadernação do editor em percalina com ferros dourados gravados na pasta frontal e lombada.
64. RIBEIRO, Aquilino (1958) Maria Benigna & Antecipação. Lisboa: Livraria
Bertrand. De 20x15.5cm. Com 349 págs. Encadernado.
Para além do romance «Maria Benigna» vem publicada a novela
«Antecipação»: “(...) Esta novela é inédita, como aquele romance
«Maria Benigna» está batido dos prelos, editado e reeditado em
Portugal e Brasil, onde conheceu a sua hora triunfal (...). As duas heroínas e seu séquito de
amantes, zangões e gnomos, vão saindo duma intriga amena como uma bicharada multicor dum
nateiro em dia de sol. Quem dirá que as não conhece?”.
Muito boa encadernação meia francesa em pele, em casas fechadas e fio a ouro nas pastas.
Lombada com rótulos azuis com dizeres dourados gravados; preserva as capas de brochura; só
muito levemente aparado. [exemplar muito bem conservado]
17€
65. CASTRIES, Duc de (1986) La Scandaleuse Madame de Tencin. Paris: Libraure
Académique Perrin. 1ª Edição. De 20x13 cm. Com 297, [3] págs. + 8 fls. il. E.
Muito interessante estudo histórico-biográfico, sobre uma das
personalidades mais controversas e escandalosas do século XVII francês,
Madame de Tencin, mãe do matemático e enciclopedista Jean le Rond
D'Alembert, que abandonou poucos dias após o nascimento. Madame de Tencin, baronesa de
Saint-Martin-de-Ré, foi, no entanto, uma personalidade de relevo da sua época, quer pela obra
literária que produziu, quer ainda pelo famoso e muito frequentado Salon que matinha aberto
em Paris, intitulado o «Bureau d'Esprit». Dedicado inicialmente à politica e à finança, converter-
se-ia a partir de 1733 num centro literário por excelência. Foi frequentado pelos maiores
8€

escritores do seu tempo como: Fontenelle, Marivaux, o Abbe Prevost, Charles Pinot Duclos e
Marmontel, Helvetius, Marie-Thérèse Geoffrin e Montesquieu. [texto em francês]
Primeira edição, póstuma, do historiador francês Duque de Castries, Membro da Academia
Francesa, para a qual foi eleito em 1972 para a cadeira número 2. Ilustrado em folhas à parte
com reprodução de gravuras e frontispícios de livros.
Encadernação do editor com ferros dourados estampados na pasta frontal e lombada.
66. FAURE, Élie (1927) Histoire de L’Art. Vol. I: L’Art
Antique (a vol. IV L’Art Moderne). Paris: Éditions G.
Grès & C.ª. Nouvelle Édition, Revue et Augmentée.
4 Vols. De 22x15 cm. Ilustrados. E.
“L’Histoire de l’art d’Elie Faure est une vaste fresque
qui va de la préhistoire à l’art du début de notre siècle.
Commencée en 1909, achevée en 1927, avec à chaque fois des ajouts et des compléments, cette
histoire comprend tous les arts. Arts majeurs: architecture, sculpture, peinture, mais aussi des
arts différents et des objets: cuves, vases ou haches de cérémonie.
Son innovation consiste à présenter de manière originale les œuvres en abolissant les frontières
entres les siècles et les cultures pour montrer à la fois ce qui les différencie et les réunit. En
entamant son Histoire de l’art, Élie Faure annonçait son projet: «Je vais écrire une épopée à la
gloire de l’art et de l’homme». Son histoire se décompose en quatre parties: L’Art antique, L’Art
médiéval, L’Art renaissant, L’Art moderne. Cette dernière partie est la plus volumineuse de
l’ensemble”.
Edição de muito cuidada execução gráfica, impressa sobre bom papel couché e, profusamente
ilustrada no texto com centenas de reproduções de obras de arte.
Encadernações meias francesas em pele, com ferros dourados gravados na lombada. Com corte
das folhas à cabeça acabado a ouro fino.
23€
67. FERRO, António (1948) Apontamentos para uma Exposição. Lisboa: Edições SNI. 19x12 cm. Com
25-III págs. Ilustrado. Brochado. [leve mancha de humidade na margem do corte frontal]
“Discurso do Secretário Nacional da Informação, no Acto Inaugural da Exposição ‘14 anos de
Política do Espirito’, no Palácio Foz, aos 29 de Janeiro de 1948.”
6€

68. SILVA, A. F. de Figueiredo (1841) Curso Elementar d’Agricultura
e d’Economia Rural de M. Raspail: Tratado II – Hortas. Traduzido
e anotado por … Lisboa: Typ. Da Sociedade Propagadora dos
Conhecimentos Uteis. 1ª Edição. De 16x10 cm. Com 144 págs.
Encadernado.
O presente trabalho, II parte de um curso elementar dedicado à
agricultura, possuindo, no entanto, cada tratado uma autonomia própria, tem por objecto a
cultura das hortaliças; “isto é das plantas herbáceas, próprias por sua rama, raízes e fructos para
variar ou adubar as iguarias que diariamente se servem nas nossas mezas. (…) Versa sobre a arte
do hortelão…”.
Tratado, muito completo, que possui capítulos de grande interesse que vão desde «as
operações relativas ao terro» até à «forma de colheita e conservação das sementes», passando
pelos «meios d’abrigar as plantas dos ventos e vicissitudes atmosféricas», «das operações
relativas às sementeiras» e dos «cuidados que se devem dar às plantas». Possui um capítulo
dedicado às culturas especiaes: plantas aromáticas, fungos, tortulhos ou cogumelos, etc.
Esta primeira edição portuguesa possui cerca de duas dezenas de páginas com interessantes
notas que contextualização o tratado e o adaptam à realidade da horticultura portuguesa.
Encadernação da época com lombada em pele e artísticos ferros dourados. [lombada com
pequenas faltas de pele na parte inferior e pastas com ligeiros defeitos das extremidades]
23€
e d’Economia Rural de M. Raspail: Tratado IV – Jardins.
Traduzido e anotado por … Lisboa: Typ. Da Sociedade
Propagadora dos Conhecimentos Uteis. 1ª Edição. De 16x10 cm.
Com 148 págs. Encadernado.
É extremamente interessante esta IV parte do curso elementar d' agricultura relativo aos jardins
(sua construção, manutenção e géneros de espécies), da lavra de um dos técnicos/
investigadores mais respeitados e traduzidos no século XIX em toda a Europa. Esta edição
encontra-se valorizada com duas dezenas de páginas contendo notas do tradutor, com largas
referências a plantas de jardins em Portugal.
Encadernação da época com lombada em pele e artísticos ferros dourados. [pastas com
pequeníssimos defeitos nas extremidades; miolo muito limpo]
25€

e d’Economia Rural de M. Raspail: Tratado V – Economia Rural.
Traduzido e anotado por … Lisboa: Typ. Da Sociedade
Propagadora. De 16x10 cm. Com 204 págs. + 1 fls. il. Enc.
Abandonando os campos e os jardins, desenvolvidos nos
volumes anteriores, este quinto tratado é dedicado ao tratamento directo e indirecto da
produção, possuindo capítulos de muito interesse sobre a organização das: «casas da quinta ou
granja: cavalariça, curral, pateo das galinhas»; «Das casas em que se arrecadam e manufacturam
os frutos da quinta»; «Do aposento do rendeiro»; ou ainda sobre a «Criação de animais
destinados ao serviço da fazenda»; «Considerações especiais acerca da criação e emprego da
cada espécie de gado: cavalo, burro e macho, gado vacum, gado ovelhum, gado cabrum; das
abelhas, do bicho da seda»; ou interessantes recomendações sobre o «Fabrico dos produtos de
origem animal: do mel, do lacticínios, da farinha, do vinho, da cerveja, da aguardente e do
vinagre…»; etc.
À semelhança dos tratados anteriores este encontra-se valorizado com mais duas dezenas de
páginas contendo notas do tradutor, adaptando o tratado à realidade portuguesa. O volume
preserva a folha desdobrável que apresenta duas estampas reproduzindo uma planta e um
«complexo industrial de produção» cremos que de vinho. [estampas com alguma oxidação]
Encadernação da época com lombada em pele e artísticos ferros dourados.
25€
71. CHRONICA Do Condestabre De Portugal Dom Nuno Alvarez
Pereira. Com revisão, prefácio e notas por Mendes dos
Remédios. Coimbra: F. França Amado – Editor, 1911. De 19x12
cm. Com XLVI-234 págs. Encadernado.
Apesar da mais antiga versão conservada da obra ser um livro
impresso em Lisboa de 1526, a crónica original poderá ter sido escrita pouco tempo depois da
morte do condestável, em data não posterior a 1440. O autor é anônimo, mas é provável que
tenha sido alguém que o tenha conhecido, talvez um cavaleiro ou um clérigo, que se baseou em
depoimentos e documentos sobre os acontecimentos da vida de Nuno Álvares. É considerada
uma das grandes obras cronísticas do século XV português, descrevendo a vida do biografado
com um vasto vocabulário e grande riqueza de detalhes.
Boa encadernação meia inglesa em pele, com artísticos ferros dourados gravados na lombada;
preserva as capas de brochura, só levemente aparado. [capas de brochura muito frágeis]
18€

72. CORTESÃO, Jaime (1921) Adão e Eva. Peça em 3 Actos.
Lisboa: Edição da Empreza de Publicidade “Seara Nova”». De
18x12 cm. Com 133 págs. Encadernado.
Adão e Eva é a primeira iniciativa editorial da «Empreza de
Publicidade “Seara Nova”», antecedendo mesmo o primeiro
número da prestigiada revista Seareira.
Peça teatral representada pela primeira vez no Teatro Gimnásio em Maio de 1921, cujo herói,
Marcos, foi soldado da Grande Guerra, e que juntamente com «Memórias, 1919» marca não só
a viragem estético-literária do autor, como delineia desde logo temas e problemas do projecto
historiográfico de Jaime Cortesão. (David Mourão-Ferreira, 1966:105-133)
Perfeita e artística encadernação meia francesa em pele, adornada de finíssimos ferros
dourados na lombada e vinhetas encarnadas com dizeres gravados; pastas com fio dourado e
papel marmoreado de muito cuidada execução. Preservas as capas de brochura; só muito
levemente aparado à cabeça com corte das folhas tintadas à cor da encadernação. [exemplar
para amador de encadernações]
25€
73. MENDES, Manuel (1945) Bairro. Lisboa: Editorial Enciclopédia, Lda. 1ª
Edição. De 18x12 cm. Com 336, [1] págs. Encadernado.
Segundo Alexandre Pinheiro Torres “para se saber o que foi Lisboa nos
primeiros quinze anos depois da Primeira Grande Guerra, ou como viveu a
capital portuguesa nos nove décimos da sua misera gente trabalhadora, a tal
que desaparece veloz, após o trabalho, para os tugúrios onde repousa do estafamento, é
imperativamente necessário mergulhar nos volumes de Bairro”.
Sólida encadernação meia francesa em pele, com ferros dourados na lombada e rótulo com
dizeres gravados a ouro; preserva as capas de brochura; só levemente aparado.
13€
74. DUHAMEL, Jérôme e MOUTTAPA Jean (2000) Dicionário Inesperado de Deus.
Lisboa: Notícias Editorial. 1ª Edição. De 23x16 cm. Com 487 págs. Brochado.
Auxiliados por outros especialistas, os autores, reuniram três mil citações
vindas do mundo inteiro e que deram origem a um dicionário, o primeiro e
único no género, em que aparecem as mais diversas opiniões sobre Deus, sobre
a sua vida e a sua obra. Cristãos e judeus, ateus ou agnósticos, homens e mulheres, mais de
setecentos autores tentam afirmar ou negar a existência de Deus, através de ditos e factos.
6€

75. PALMEIRIM, Luiz Augusto [1851] Poesias por … Lisboa:
Impressa Nacional. De 15x10 cm. Com 458, [5] págs. E.
Muito invulgar primeira edição da obra mais importante de
L. A. Palmeirim, ilustrada em anterrosto com uma belíssima
gravura reproduzindo um retrato do autor aberto a buril em
chapa de cobre.
Deputado, jornalista, dramaturgo, crítico e tradutor, Luiz Augusto Palmeirim, distinguiu-se como
poeta, cultivando uma poesia popular de inspiração folclórica e temática cívica, influenciada
pelo poeta francês Béranger. Para a popularidade dos seus versos - Lopes de Mendonça
classificou-o "o mais popular dos nossos poetas modernos" -, frequentemente cantados nas
ruas, recitados nos salões e nos teatros, muito contribuiu, para além do uso das rimas fáceis e
dos metros tradicionais, a sua faceta real de "poeta-soldado", "poeta da liberdade", que se
funde com a sua própria arte poética, por vezes explícita em fragmentos metatextuais da obra,
onde proclama a "verdade" dos seus cantos, a "divina" missão da poesia, voltada para "Deus",
a "pátria amada" e as "cem mil tradições que nos revela do seu passado".
Das suas obras, destacam-se a coleção Poesias (1851; quatro edições até 1864) e o interessante
livro de memórias Os Excêntricos do meu Tempo.
Modesta encadernação meia inglesa em pele, com dizeres dourados gravados na lombada;
pastas cartonadas, apresentando ligeiro desgaste. [título de posse manuscrito em anterrosto e
carimbo oleográfico no verso da estampa]
20€
76. [duas obras encadernados num só volume]
PAIVA, Vicente Ferrer Neto (1844) Elementos de Direito Natural ou de
Philosophia de Direito. Coimbra: Imprensa da Universidade. 1ª Edição. De
19x12 cm. Com 190, [1] págs. E.
PAIVA, Vicente Ferrer Neto (1843) Elementos de Direito das Gentes.
Coimbra: Imprensa da Universidade. 2ª Edição, correcta e augmentada. De 19x12 cm. Com
94 págs. E.
Vicente Ferrer Neto de Paiva (Freixo, Vilarinho, Lousã, 27 de Junho de 1798 — Vilarinho, Lousã,
11 de janeiro de 1886) foi professor da Universidade de Coimbra, doutor em cânones e
introdutor do krausismo em Portugal. As suas obras ganharam grande influência,
particularmente depois de serem aprovadas como texto para os cursos de Direito da
18€

Universidade de Coimbra. Por essa via, no dizer de Cabral de Moncada, “foi o principal
responsável pela formação filosófica de toda uma geração de juristas e homens de Estado da
segunda metade do século XIX”.
Encadernação da época com lombada em pele, adornada de artísticos ferros e dizeres dourados;
exemplares só muito levemente aparados.
77. DR. JOSÉ MARIA BARBOSA DE MAGALHÃES. IN
MEMORIAM. [Lisboa: Ordem dos Advogados]. (Cisial –
Anadia, 1959). De 22x16 cm. Com 17-30-30-63 págs.
Jurisconsulto e político português nascido em 1878, em
Aveiro, e falecido em 1959, em Lisboa. Concluiu o curso de Direito na
Universidade de Coimbra em 1899. Foi professor na Faculdade de Direito de Lisboa entre 1914
e 1941, tendo sido aposentado coercivamente, por ter feito parte da Comissão Directiva do
Movimento de Unidade Democrática que na década de 1940 se opôs ao Estado Novo.
Eleito deputado à Assembleia Nacional Constituinte que se formou após a implantação da
República Portuguesa, foi um dos autores da Constituição Portuguesa de 1911. Foi Ministro da
Justiça, da Instrução Pública e dos Negócios Estrangeiros entre 1913 e 1922. Bastonário da
Ordem dos Advogados Portugueses (1933-1935), deixou vasta obra jurídica publicada.
Neste volume foram reunidos os quatro opúsculos publicados para perpetuar as solenidades
comemorativas do Centenário do Nascimento do Dr. José Maria Barbosa de Magalhães.
O 1.º contém o relato da sessão solene na Ordem dos Advogados; - o 2.º contém o relato da
sessão solene na Academia de Ciências de Lisboa; - o 3.º descreve as solenidades da aposição
de uma lápida na casa em que Ele nasceu e da colocação da respectiva placa na rua onde é
situada essa casa e que ficou tendo o seu nome e contém o relato da sessão na Câmara
Municipal; e o 4.º contém o relato de uma sessão solene promovida pela Delegação Distrital da
Aveiro da Ordem dos Advogados – menciona ainda resumidamente tudo o que foi apresentado
na Exposição Bio-bibliográfica e Iconográfica, promovida e realizada pela Comissão promotora
das homenagens em Aveiro.
Bela encadernação meia francesa, com lombada e cantos em pele. Com artísticos ferros
dourados gravados na lombada e vinheta encarnada com dizeres a ouro; pastas cartonadas com
fio a ouro; preserva as capas de brochura, só muito levemente aparado.
Exemplar para amador de encadernações, muito bem conservado e ilustrado com fotogravuras.
20€

78. DEUS, João de (1876) Folhas Soltas. Porto: Livraria Universal de Magalhães
& Moniz, Editores. 1ª edição. De 12,5x19,5 cm. IV-283-[1] págs. E.
Edição original de um dos mais estimados livros de poesia de João de Deus,
de invulgar aparecimento no mercado. Nas últimas 80 págs. apresentam-se
diversas “Criticas das Flores do Campo” assinadas por Alexandre da
Conceição, Luciano Cordeiro, Guiomar Torresão e Cândido de Figueiredo.
Encadernação meia inglesa em pele, com dizeres dourados gravados na
lombada; só muito levemente aparado.
Exemplar valorizado com autógrafo e dedicatória de oferta pelo punho do autor. [edição muito
valorizada no mercado alfarrabista]
38€
79. VERA, Álvaro Ferreira de (1791) Origem Da Nobreza Politica,
Brasons de Armas appellidos, cargos e títulos Nobres
dirigido a Luiz D’ Albuquerque de Mello, & c. per … fielmente
reimpressa: por … Lisboa: Na offic. De Joaõ Antonio da Silva.
De 15x10cm. Com 340 págs.
Segunda edição, rara e muito estimada. A primeira foi impressa em Lisboa em 1631.
Sobre o autor sabe-se que foi natural de Lisboa e “assentou residência em Madrid. Lá estava em
1640, e se conservou nos anos seguintes, continuando a reconhecer Philippe IV como seu rei,
não obstante achar-se aclamado e governando em Portugal o Duque de Bragança”, Inocêncio,
considera as obras de Ferreira de Vera estimadas e pouco comuns.
Encadernação da época inteira de pele mosqueada, com bonitos ferros dourados na lombada e
rótulo com dizeres gravados [rótulo com ligeira lacuna].
145€
80. MENEZES, Francisco Perfeito de Magalhães e (1944) Um Soneto - Respeitosa
Homenagem a Um Só Neto. Dom Duarte Nuno. Sangue Real de Três
Dinastias. Porto: [s.n.]. De 20x13 cm. Com CCVII págs. Ilustrado. Brochado.
[exemplar bem conservado]
É interessantíssima e muito curiosa esta
Homenagem do Conde de Alvellos, destacado monárquico, a D.
Duarte Nuno de Bragança.
Edição cuidada, profusamente ilustrada em folhas à parte com
reprodução de belíssimas e nítidas fotogravuras.
15€

81. [SOUSA, Fr. Pedro de] [1778] Compendio da
Prodigiosa Vida, exemplares virtudes, e
portentosos milagres do Proto-Santo de Todo
o Reino do Algarve, e novo Thaumaturgo de
Portugal, o Glorioso S. Gonçalo de Lagos, da
esclarecida Ordem do Grande Patriarca Santo Agostinho, da antiquíssima Provincia de Portugal.
Do Culto imemorial e diligências para a sua Beatificação e Canonização. Escrito por um Devoto.
P.D.S. Lisboa: Na Regia Officina Typografica. Anno M.DCC.LXXVIII. In.8º. Com VI-207-[3] págs.
Encadernado.
Primeira edição deste muito raro livro, especialmente quando acompanhado da gravura aberta
em cobre com a figura de S. Gonçalo de Lagos, como é o caso do nosso exemplar. Publicado
anónimo com as iniciais P.D.S. dizendo Inocêncio sobre este assunto: “Tenho hoje sem dúvida
que Fr. Pedro de Sousa foi o auctor do Compêndio da prodigiosa vida… de S. Gonçalo de Lagos”.
Sólida encadernação da época inteira de pele, com lombada de quatros nervuras e dizeres
dourados. [encadernação com pequenas imperfeições, mais acentuadas na parte inferior da
lombada]
80€
82. SARMENTO, Ignacio Pizarro de M. (1841) O Romanceiro Portuguez, ou
Collecção dos Romances de Historia Portugueza. Compostos Por... Fidalgo
Cavalleiro da Casa de S. M. F., Commendador de Santa Marinha de Lisboa,
da Ordem de Christo, Morgado de Bobeda, etc. etc. etc. Lisboa:
Typographia do Panorama. 1ª Edição. De 16x10 cm. Com [8], 270, [6] págs.
+ [II] st. Ilustrado. Encadernado.
Muito raro e procurado, preservando apenas 2 das 4 estampas intercaladas no texto.
Inácio Pizarro Morais Sarmento (1807-1870) escritor e político flaviense, foi o autor de, entre
outras obras, do Romanceiro Português.
"Para glória do poeta trasmontano bastaria o seu Romanceiro, livro adorável onde Pizarro coligiu
preciosamente a crónica oral e poética do nosso povo entrelaçando a flor melancólica da xácara
com a ridente flor da cantiga descuidosa [...] De todos os poemas que compõem o seu
Romanceiro, naquele em que Pizarro foi verdadeiramente admirável na grandeza e na
naturalidade elegante é sem dúvida o Frei Luís de Sousa que Camilo suscitou o reparo de ter o
drama de Garrett aparecido três anos depois. "Quem lesse as oitavas do snr. Pizarro, diz Camilo,
sentiria para logo a sublimidade dramática do sucesso; e se o leitor tivesse em si o ecce Deus de
20€

Garrett, faria ressaltar do poemeto do snr. Pizarro a formosa tragédia para a qual nunca se hão-
de esgotar elogios nem lágrimas".
Encadernação da época inteira de pele, apresentado algumas falhas, mais acentuadas no pé da
lombada. [com falta do rótulo na lombada]
83. DINIZ, Júlio (1880) Poesias. Segunda Edição, acrescentada com
uma poesia inédita. Porto: Em Casa de A. R. da Cruz Coutinho,
Editor. De 19x13 cm. Com 252 págs. Encadernado.
Trata-se da segunda edição, muito invulgar, apresentada numa
muito cuidada impressão.
Júlio Dinis, nunca publicou um livro de poemas em vida, apesar de os escrever esporadicamente
para jornais ou folhetins. Não foi, pois, com grande surpresa, que três anos após o seu
falecimento, em 1874, tenha sido publicado o livro “Poesias” que reúne mais de 100 poesias
escritas ao longo da sua vida, incluindo a juventude. Apesar de não ter sido um marco poético,
o livro foi muito popular à época, em parte porque Júlio Dinis já revelara nos seus romances, o
seu talento para compor poemas com um tom alegre e ritmado.
Muito boa encadernação com assinatura de Alfredo David – Lisboa, meia francesa em pele, com
dizeres dourados gravados na lombada de quatro nervuras; só muito levemente aparado.
[exemplar muito bem conservado e encadernado]
15€
84. DINIZ, Júlio (1882) As Pupillas do Senhor Reitor. Chronica da Aldeia.
Porto: Em Casa de A. R. da Cruz Coutinho, Editor. De 19x13 cm. Com 272
págs. Encadernado.
Dado a conhecer ao público em formato de folhetim de jornal em 1863 e,
posteriormente, editado e publicado como livro em 1867, o primeiro
romance de Júlio Dinis “As Pupilas do Senhor Reitor” encontram-se não só
entre as obras de maior sucesso do autor, como é também um dos romances mais vendidos dos
séculos XIX e XX em Portugal.
[exemplar muito bem encadernado]
13€

85. DINIZ, Júlio (1887) Os Fidalgos da Casa Mourisca. Chronica da Aldeia.
Porto: Em Casa de A. R. da Cruz Coutinho, Editor. 2 Vols. De 19x13 cm.
Com XXXVI-235; 250, [6] págs. Encadernado.
Quarta edição com «Esboço Biographico do Auctor», composto de trinta
e seis páginas, da autoria de Alberto Pimentel.
Último romance de Júlio Dinis, publicado postumamente em 1871. Os
Fidalgos da Casa Mourisca foi escrito de como um romance de crónica de aldeia se trata-se,
típico de Júlio Dinis, mostrando uma sociedade em mudança: de um lado, um velho solar quase
desabitado, propriedade de uma aristocracia em decadência, representado por D. Luís, o dono
da “Casa Mourisca”, do outro, uma nova burguesia rural, representada por Tomé da Póvoa, um
antigo empregado de D. Luís que enriquecera.
[exemplar muito bem encadernado]
15€
86. MENDES, José Amado (2002) História do Vidro e do Cristal em Portugal.
Lisboa: Edições Inapa. 1ª Edição. De 32x24 cm. Com 156, [1] págs. Ilustrado.
Encadernação do editor em tela com sobrecapa.
Esta edição surge como uma resposta a uma necessidade há muito sentida,
de reunir num só livro, abreviado, coerente, porém sempre representativo
a História do Vidro e do Cristal em Portugal.
Índice de alguns dos capítulos. «O vidro na história da
humanidade»; «Os alvores da produção vidreira em
Portugal. Artistas e artesãos dispersos pelo país (secs. XV a
XVII): Fornos de vidro, vidreiros e vidraceiros; Mão de obra
portuguesa e estrangeira no vidro; Vidro plano: vidraças e
vitrais»; «A formação de novos centros vidreiros (secs. XVIII-XIX): A Fábrica de Coina; A Marinha
Grande; O marquês de Pombal e os Stephens; Vista Alegre: uma imagem de marca também no
vidro»; «A revolução industrial no vidro (sec. XX): Concorrência, especialização e mecanização»;
«O vidro na arte e a arte no vidro: do artesão ao designer»; […]
Edição graficamente muito atraente e, profusamente ilustrada com centenas de belíssimas
fotografias e estampas de outras épocas, impressas a cores sobre papel de elevada gramagem.
16€

87. VITERBO, Sousa (1914) O Mosteiro de Sancta Cruz de Coimbra. Anotações e
Documentos. 2ª Edição correcta e augmentada. Coimbra: Imprensa da
Universidade. De 24x16 cm. Com 55 págs. Brochado. [capa de brochura
escurecida e com pequenas perdas de papel]
Opúsculo pouco vulgar, que arquiva preciosos subsídios para a história do
Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra. Com um extenso apêndice, onde são transcritos dezenas
documentos inéditos e compulsadas valiosas notas retiradas de correspondência oficial e
privada.
10€
88. CHAVES, Luís (1943) A Arte Popular: Aspectos do Problema. Porto:
Portucalense Editora. De 18x13cm. Com 131, [1] págs. Brochado. [capa de
brochura com ocasionais manchas de acidez e ligeiros defeitos]
Primeira edição, muito invulgar, de um conjunto de estudos etnográficos de
relevante interessante histórico, etnográfico e sociológico, dos quais
destacámos: «Arte popular quer dizer etimologicamente arte do povo»; «A Casa Portuguesa»;
«O Traje, síntese de actos espirituais e de realizações na matéria utilizada»; «Nichos e capelinhas
das alminhas, cruzeiros, etc.»; «Os barcos e os carros rurais».
10€
89. DAVID, Pierre (1943) A Sé Velha de Coimbra: Das Origens ao Século XV.
Porto: Portucalense Editora. 1ª Edição. De 24x18 cm. Com 111 págs. + 10 fls.
ilust. Brochado. [capa de brochura envelhecida, empoeirada e com uma
circunscrita mancha de tinta azul]
Edição ilustrada em folhas à parte com belíssimas fotogravuras impressas
sobre papel couché reproduzindo o monumento em várias perspetivas e pormenores.
Do «Prefácio»: “(…) Apresenta-se-me hoje a ocasião de abordar o assunto em língua portuguesa.
Tenho razões para acreditar que o meu texto em francês não foi interpretado com exactidão;
mas há motivos mais sérios que me levam a tratar de novo este tema. No artigo publicado no
«Bulletin des Études portugaises» utilizei os mais importantes, mas não os mais numerosos
textos por mim encontrados; terei agora, prazer em tirar partido dos outros, afim de apresentar
um quadro um pouco mais completo da Sé Velha, das suas obras de arte desaparecidas, da sua
via litúrgica anterior a 1400”.
10€

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