O documento descreve a situação da estiagem na bacia do Rio Doce em Minas Gerais entre 2013-2015, incluindo: 1) precipitações abaixo da média histórica; 2) vazões dos rios muito baixas; 3) municípios declarando emergência devido à escassez hídrica.
2. Componentes do Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos
I - o Conselho Nacional de Recursos Hídricos;
I – A a Agência Nacional de Águas;
II – os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e
do Distrito Federal;
III – os Comitês de Bacia Hidrográfica;
IV – os órgãos dos poderes públicos federal,
estaduais, do Distrito Federal e municipais cujas
competências se relacionem com a gestão de recursos
hídricos;
V – as Agências de Água
3. Órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e
normativa (Resolução nº05/CNRH, Art. 1º § 1º).
Integrante do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos (Art. 32 e Art. 33, inciso III – Lei 9433/97)
Criado a partir de Decreto Presidencial no dia 25/01/2002
Composição:Composição:
60 membros (titulares)60 membros (titulares)
60 membros (suplentes)60 membros (suplentes)
6. Composição atual da CTGEC
Agência Nacional de Águas/ ANA
Instituto Mineiro de Gestão das Águas/ IGAM
AGERH/ES
CPRM
SANEAR – Colatina
CENIBRA
UHE BAGUARI
Instituto Pró Rio Doce
IAD
Prefeitura Municipal de Itarana/ ES
Prefeitura Municipal de Governador Valadares
Sindicato Rural de Governador Valadares
IFES – Colatina
UNIVALE
7. Atividades da CTGEC durante
a estiagem
Realização de reunião de planejamento das atividades em
jul/2014, que contou com a participação de membros da CT e
como convidados ONS , CEMIG, COPASA e SAAE/GV e
Ministério Público;
Reunião em ago/2014 com SAAEs de toda a bacia,
COPASA, UHEs, Consórcios intermunicipais de saneamento,
etc, para repassar o prognóstico da estiagem para o período;
Elaboração de dois boletins com informações sobre o período,
encaminhados a todos os membros dos Comitês com atuação
na Bacia do Rio Doce.
8.
9. Informações CPRM
Três últimos anos hidrológicos: outubro de 2011 a
setembro de 2012, outubro de 2012 a setembro de 2013
e outubro de 2013 em diante, tem sido registradas
precipitações abaixo da média histórica.
Vazões dos rios nesta região estão muito abaixo das
vazões médias já registradas. Estas condições podem
acarretar problemas de escassez de água para diversos
segmentos econômicos, tais como, abastecimento
público e industrial, irrigação, geração de energia
elétrica, navegação, etc.
10. Período chuvoso 2013/2014 com valores abaixo da
normal climatológica em todas as regiões
abrangidas pela bacia do
Rio Doce no estado de Minas Gerais.
MESORREGIÃO PRECIPITAÇÃO
METROPOLITANA (DO1, DO2, DO3
e
DO4)
Abaixo da normal: entre 10 a 55%
aproximadamente.
VALE DO RIO DOCE (DO1, DO2,
DO3, DO4, DO5 e DO6)
Abaixo da normal: entre 17 a 50%
aproximadamente.
VALE DO MUCURI (DO4) Abaixo da normal: entre 0 a 43%
aproximadamente. Com
algumas áreas acima do normal: entre
0 a 11%
ZONA DA MATA (DO1 e DO6) Abaixo da normal: entre 33 até 50%
aproximadamente.
22. Situação das estações analisadas da bacia do rio Doce
no mês de agosto de 2014
Fonte: CPRM
23. Boletim IGAM
17/11/2014
MESORREGIÃO PRECIPITAÇÃO
METROPOLITANA (DO1, DO2,
DO3 e DO4)
DENTRO DA NORMAL; Precipitação entre
550-850 mm/trimestre.
VALE DO RIO DOCE (DO1, DO2,
DO3, DO4, DO5 e DO6) D
DENTRO DA NORMAL; Precipitação entre
500-750 mm/trimestre
.
VALE DO MUCURI (DO4) DENTRO DA NORMAL; Precipitação entre
400-600 mm/trimestre
ZONA DA MATA (DO1 e DO6) DENTRO DA NORMAL; Precipitação entre
500-900 mm/trimestre
.
24. O fato de que a previsão da
precipitação para o trimestre NDJ
esteja dentro da média
climatológica não quer dizer que os
níveis dos reservatórios voltarão ao
normal, pois o déficit de precipitação
causado nos anos anteriores foi
significativo (IGAM, NOV/2014)
25. Boletim IGAM – 04/02/2015
MESORREGIÃO PRECIPITAÇÃO
METROPOLITANA (DO1, DO2,
DO3 e DO4)
EM TORNO DA NORMAL; Precipitação
entre 250-400 mm/trimestre
.
VALE DO RIO DOCE (DO1, DO2,
DO3, DO4, DO5 e DO6) D
EM TORNO DA NORMAL; Precipitação
entre 200-350 mm/trimestre.
VALE DO MUCURI (DO4) EM TORNO DA NORMAL; Precipitação
entre 200-300 mm/trimestre.
ZONA DA MATA (DO1 e DO6) EM TORNO DA NORMAL; Precipitação
entre 250-550 mm/trimestre.
.
26. Nota Técnica da CPRM Jan/2015
A estiagem de 2014 foi:
Pior seca monitorada em 70 anos de monitoramento nas bacias dos
rios Pará, Paraopeba, Velhas, Carinhanha e Alto Rio Doce;
Uma das piores secas monitoradas na calha do São Francisco,
Paracatu, Jequitinhonha, Mucuri, Médio e Baixo Rio Doce, Paranaíba e
Grande.
Com base nas informações levantadas até o momento observa-se que:
As vazões de outubro, novembro e dezembro de 2014 foram menores
do que as vazões de outubro, novembro e dezembro de 2013, nos
afluentes ao reservatório de Três Marias, rio das Velhas, rio Preto
afluente do rio Paracatu, bacia do rio Doce, parte mineira da bacia do
rio Paranaíba e na bacia do rio Grande.
Considerando as observações anteriores e as baixíssimas
precipitações registradas até 19 de janeiro de 2015, provavelmente, em
algumas bacias da região Sudeste, a estiagem do ano de 2015 será
mais severa do que a de 2014.
27. Boletim CPRM nº 4/2015
As precipitações acumuladas no período chuvoso atual, de outubro de
2014 em diante estão 70% abaixo da média histórica, sendo que 50%
abaixo da média nas bacias dos rios Doce, Jequitinhonha, Paraíba do
Sul, Itapemirim, das Velhas e Verde Grande. A título de comparação,
período chuvoso anterior de outubro 2013 a março de 2014, as
precipitações foram abaixo de 80% da média histórica na parte mineira
nas bacias dos rios Paranaíba e Grande, Alto São Francisco e rio das
Velhas.
As precipitações verificadas de 01 a 15 de março de 2015 encontram-
se abaixo de 50% da média histórica: Na bacia dos afluentes do rio
São Francisco: rio das Velhas, Paracatu, Urucuia, Carinhanha e Verde
Grande; Nas bacias dos rios Pardo e Jequitinhonha; Nas bacias dos
rios São Mateus e Itapemirim; Na bacia do rio Doce, na bacia dos
afluentes: rios Piranga, Piracicaba, Santo Antônio e Suaçui Grande; o
Na porção oeste da bacia do rio Paranaíba; oNos extremos leste e
oeste da bacia do rio Grande.
28. As vazões dos rios, até 15 de março de 2015, também
ficaram abaixo da média de março em praticamente toda
a área de atuação da SUREG/BH. Em relação às
vazões, observou-se que as regiões mais críticas até 15
de março de 2015 foram as bacias dos rios: Pardo,
Jequitinhonha, Mucuri, São Mateus, Santo Antônio,
Suaçui Grande e calhas principais dos rios São
Francisco, a jusante de Pirapora, e Doce.
31. Municípios com conflitos
Virginópolis - Córrego Santa Cruz (irrigantes, desvio do curso d’água,
barramentos) ;
Virgolândia - Córrego Taquaral (diminuição significativa do volume de água
do manancial);
Periquito – Córrego Tavares (irrigantes, barramentos)
Divino das Laranjeiras - Córrego Laranjeiras (barramentos, irrigantes);
Peçanha - Córrego da Divisa (pisoteio de bovinos em nascentes, desvio do
curso d’água) e Rio Suaçuí Pequeno;
Santa Efigênia de Minas - Córrego dos Caboclos (conflito de uso com
irrigante que capta volume de água acima do outorgado – Processo de
cadastro 26199/2014).
Guanhães – ( mineração)
32. Encaminhamentos
Identificar áreas com suspeita de conflito de uso
para intervenção dos comitês e órgãos gestores –
aguardando retorno da COPASA, Cesan, SAAEs e
Consórcios de Saneamento.
Março de 2015 – reunião de avaliação do período
chuvoso e planejamento das atividades, com ANA ,
IGAM, CPRM, MINISTÉRIO PÚBLICO .